PERGUNTAS e POLÊMICAS sobre LAMPIÃO e o CANGAÇO!
0Antes de dele ler a pergunta, queria inaugurar também com um aqui que pode ser interessante, né? Qual a filosofia de Lampião? A filosofia saber ele, será que ele seria um aristotélico ou um cantiano? Qual a filosofia do Lampião? Pinhão era eu acho que ele era pragmático da filosofia do pragmatismo. Ele, ele era do pragmatismo americano. Pagmatismo americano. Americano. Tem que ganhar dinheiro, resolver os problemas rápido. Existe uma moral fora disso. Ele é existencialista e pragmático americano. Existe uma moral objetiva. Você que constrói com base na o meio vai te definir, não é? É da escola anglossaxã de filosofia. Antônio, vou pedir para você falar um pouquinho na frente que o pessoal tá falando embaixo. Vamos lá. Eh, o Gladstone Lima mandou um super chat aqui. Opa. Eh, obrigado. Vocês já viram mapas antigos de Minas Gerais em que o estado de Pernambuco tinha partes que hoje pertence a Minas? O estado de Pernambuco tinha parte partes que hoje pertence a Minas. Eu acho que Pernambuco com Minas eu já vi assim, Pernambuco perdeu território para a Bahia, né? Agora chegando a Minas Gerais, eu acredito que não. Acho que não. Pernambuco, por causa da dessas revoltas de 1817, de 1824 perdeu muito território para a Bahia, sobretudo também. Algum algumas partes de Pernambuco também quando foram fragmentadas, aí surgiu o estado de de eh de Alagoas, né? Talvez parte de de Sergipe, mas Minas Gerais acredito que não. A ligação de Minas com Pernambuco e com o Nordeste é o Rio São Francisco, né? Sim. Que nasce em Minas, né? Chico. É, nasce em Minas. Nasce em Minas. Muito importante. Serra da Canastra. Serra da Canastra. Muito importante o rio São Francisco pra gente, né? São Francisco. O que? São Francisco e Santo Antônio. Vamos aqui. Eh, tenho aqui chama super chat de bom ânimo, nome da pessoa, tá? Obrigado. Nome do canal, né? Eh, fala de Zé Rufino. O Zé Rufino. Eita, rapaz. Quem? O Zé Rufino foi campanha contra o comunismo com promoção imperdível, frete grátis e três cursos de bônus até o dia 7 de agosto. Aproveite. Não tinha Zé Saturnino. Zé Rufino foi, eu não tô lembrado agora, me deu um um branco. Zé Rfino acho que foi um um inimigo de Lampião, né? Não sei, eu não tô lembrando. Zé Zé Rufino. Procura aí, por favor. Zé Rufino. Vamos ver. Bota aí, Zé Rufino, que se você pega, se você pegar no início, eu relembro. Zé Rfino. Quanto isso tiver outro aí que Zé Rufino, esse esse sujeito aqui, esse camarada aqui. Ah, Zé Rufino foi, ah, foi um dos grandes, foi isso mesmo, um dos grandes caçadores de de cangaceiro. Zé Rufino, boa lembrança. É isso aí. Tem era da polícia ou da polícia? Da polícia. grande caçador de de de cangaceiro. Pegou muita gente, prendeu muita gente. José Osório de Farias, mais conhecido como Zé Rufino, foi um policial militar que era também chamado de o matador de cangaceiros. Matador de cangaceiros. Matado muito deles. É matador de cangace. Matador de cangaceiros. É irmão? É isso mesmo. É, Mosean Ferreira mandou um super chat também. Obrigado, Mosean. pergunta sobre a ligação de Lampião com o padre alemão José Keller. Sim. Que foi inquisitor das videntes de Cimbres, Pernambuco. Pois é. O o padre quando houve a a aparição de Simbres, a aparição de Simbres que a Simbres era uma era uma hoje Simbres é do município de de Pesqueira. Na época deveria ser de Arco Verde, né? E o padre José Kerler tava na região 1922 e era ele que fazia as perguntas a vides. Ele perguntava em alemão e elas respondiam. E elas sabiam alemão, não sabia alemão, né? Que coisa bizarra. É, era aparição de Cimbres da da imagem lá de Não, eu sei, eu conheço lá, mas eu não lembrava desse detalhe dele perguntar ela. Ele perguntava, depois ele perguntou idiomas, ela respondia. E e quando houve uma dos um das refregas de da família de Lampião com a família de José Saturnino, o Levino tinha ficado eh tinha tinha se ferido nessa nessa briga entre as famílias e ele foi cuidado pelo padre Kerly. Então, o padre Kerly chegou a ter alguma relação com o a família de Lampião. Agora, agora chegar a dizer que era uma relação de amizade, né? Não se tem um registro de que era uma relação de amizade, mas um contato com a família do Lampião, ele teve, ele chegou a cuidar do irmão do Lampião, né? E claro, sempre numa numa numa mais numa atitude de caridade cristã do que conivência com a bandidagem, entendeu? Mas nesse sentido, tá? Eh, Antônio, qual o papel das novelas e da mídia para a romantização do cangaço? Veja, agora no próximo semestre, eu acredito que vai surgir, né, que vai surgir agora tem uma vai vai virar agora uma série da Disney sobre a Maria Bonita. Sério? Da Disney. Disney. Produzir sobre Maria Bonita. Sim. F curioso a sede da Disney. E eu vi o trailer, né, já nessa visão eh romantizada, né, da de Maria de da de aí vai vir a série da Disney. Me parece que vem uma novela também baseada no livro de Frederico Pernambucano de Melo Guerreiros do Sol. É um livro muito importante paraa compreensão do fenômeno do cangaço. E também tiveram muitos filmes, né, o Au Valência fez filme A Luneta Mágica. teve o um filme de sobre Lampião, que foi o Bale Perfumado. Eh, tiveram novelas eh eh propriamente filmes com atores famosos. Então, assim, o filme eh ele ajudou, teve uma peça que foi escrita por Raquel de Queiroz sobre o cangaço, que essa peça dela foi a base de um filme que o nome do cangaceiro era Galdino, né? Não era, não era lampião. Me lembro, eu me lembro que o criança, eh, eu assistia um filme sobre o cangaço e, e, e assim eu passava, né, a a admirar a figura do cangaceiro. Então, assim, o o a mídia, né, nesse sentido, ela trabalhou muito a imagem do cangaceiro para tornar o a figura do cangaceiro aceitável, né, pra sociedade. Provençando, fala sobre os melhores livros sobre Lampião. Veja, eh, o primeiro livro que eu li sobre o Lampião, eu era, eu ainda morava em Catend, era bem novinho. E eu li um livro chamado Memórias de um soldado de volante de Optatugueiros. Esse livro é um livro documental, é um livro que vai ter muita informação, mas é um livro chato de ler, certo? Eh, um livro que se você não tiver tempo e você Não, eu quero ler um livro de Lampião, início meio e fim. Eh, Lampião do Billy Jane Schendler. Foi um americano que escreveu sobre Lampião. Então, esse livro ele tá, ele vai condensar a história de Lampião início meio e fim. Mas aí você quiser aprofundar, aí tem eh o Guerreiros do Sol de Frederico Pernacano de Melo, você vai ter assim morreu Lampião de Antônio Amauri de Araújo, que era daqui de São Paulo, apaixonadíssimo pelo cangaço, uma das pessoas que mais estudou o fenômeno do cangaço foi ele. Ele até ajudou alguns cangaceiros sobreviventes a ser reinseridos na sociedade com trabalho, com a ressignificação da vida. um homem que tinha uma uma biblioteca vastíssima. Então assim, morreu o Lampião. Eh, Elise Jasmim ou Jasman, uma fran uma francesa que escreveu sobre Lampião, o rei do o rei dos cangaceiros, alguma coisa assim. Hanufo prata, eh, Lampião, herói bandido. Esses são os livros, né? Tem um livro de volta seca, o Mundo Extranho dos cangaceiros. É o livro que eu gosto muito. Agora dizem que lá tem muita história que foi foi aumentada, né? Quem conta um conto aumenta um ponto nesse estilo. É, é esses livros aí que eu falei agora. Eh, Frederic lançou agora outro livro Apagando Lampião. Esse eu não li ainda, né? Mas eu vejo sempre referências sobre esses livros. Até o Pavinato escreveu um livro, o que eu falei para você, que eu li o livro, um livro rápido de leitura, um livro bom, um livro que tem uma perspectiva boa também, né? Tá bom. Mais perguntas? Tem mais uma aqui. Eu vou fazer a do Faz a do estúdio. Então, só só antes para efeito de informação. Eh, um dos, não sei se você sabe, um dos cangaceiros do Lampião foi um dos fundadores da Igreja Assembleia de Deus no Brasil. Não sei se você sabe da formação. Sobrenome Correia. Poxa vida. E ele e o irmão dele depois que ele saiu, sobreviveu do bando, um dos que sobreviveram, eles montaram o ministério da Assembleia de Deus de Santos. Olha só, que foi um dos primeiros, né, ministérios da Assembleia do Brasil. Coisa interessante, viu? Incrível, né? Curioso. Lembro desse cangaceiro Correia? Não, pelo nome assim, ele devia, ele ele devia ter um apelido. Cangaceiro. Devia ter, né? Ah, tá. Ele eles tinham apelidos, né? Os apelidos, inclusive eles eram eh tinha, por exemplo, se você tinha um apelido fosse gato, por exemplo, aí o gato morreu, aí entra outro, aí fica o mesmo nome, que é para dar a impressão de que o camarada Ah, é? Era assim, era? Ah, curioso. Impressão que nunca ninguém morre. que nunca ninguém morre que nó na na luta o cara disente. Mas não matei ele naquele dia, ele tá aqui de novo. Ah, curioso. Então saiu um buto nome é aí tem um, dois, três. É bem pensado isso daí. Então se dava apelido e acabou. Ele dono de uma cadeira. É dono da cadeira. É dono de uma cadeira. Morreu ou o cara fica dono daquela cadeira. É isso aí, caramba. Entendeu aí? Entendeu aí, professor? E a minha pergunta é assim, para quem é mais novo, né, e não conhece a história do Lampião, você conseguiria fazer um comparativo hoje? Eh, qual o tipo de bandido hoje, o nome de alguém que você consiga lembrar que se comparar, Lampião se compararia aí? Mas eu acho que eu acho tem muitos pontos de encontro do do banditismo de Lampião com eh com chefes de de milícias, com traficantes, né? Então, eh, Lampião, ele teve uma época que ele que ele concedia uma espécie de passe para você andar em determinados lugares do do sertão sergipano e baiano. Se você não dá um exemplo, se você não tivesse uma espécie de passaporte, passaporte lampiônico, você não andava, você correu o risco de morrer. Você correu o risco de morrer, né? É, então assim, a questão da corrupção, o contato com o contato com as autoridades, teve um cangaceiro que disse, se não fossem as autoridades, na Pião não conseguiria desenvolver tanto a sua a sua vida criminosa, né? Porque essa guarida que ele conseguia entre as autoridades faz dava dava proteção à ação. E aí vai ter, alguns dizem que eh Lampião, o cangaço começou a ser eh sufocado por causa da revolução de 30, modernização da política. Outros vão dizer que não, porque já tinha feito maldade para com tanta gente que aí havia alguém ia se vingar de alguma forma, né? Mas o fato é que o desenvolvimento eh das comunicações e o desenvolvimento do do das estradas para região do sertão, pro cangaço não era bom. Olha, esses dias aqui, né, eu e o nosso nosso coronel Antônio, né, nosso professor coronel Antônio, ouvimos de uma pessoa que é uma máfia tá protegendo o centro aqui de São Paulo, né, que o lugar aqui de São Paulo não tá vendendo droga por causa de uma máfia. E, né? Ele foi falar numa pessoa, a gente ouviu isso, né? Não sei nem se pode falar o nome melhor, melhor falar não. Que era uma máfia que Pronto, melhor não. E aí uma coisa oficial. Você acha que o o o cangaço não teria espaço hoje em dia com tecnologia, estrada? Não, não, esse não. Nesse formato quase que folclórico de Lampião, porque assim, o de Lampião chega a ser um pouco folclórico também, né? por causa do de todo de toda a questão, porque você vem tem a questão da dança, do do da vestimenta, né? É uma coisa muito própria daquela região, né? Então assim, esse formato plástico é por eh Luiz Gonzaga, por exemplo, ele adotou, né, a indumentária que lembrava um cangaceiro, né, da cultura, mas inspirado Napoleão, não inspirado no cang não Gonzaga, ele ele diz uma entrevista que ele era apaixonado por pro por Lampião. Ah, sério? Então ele ele também tinha essa visão dele ser um Não, assim, ele ele ele depois ele via, né, que ele disse ele disse que quando era criança que ele via que ele via Lampião, ele até dizia que falava pra mãe dele, olha que bonito, né? Achava bonito, né? O o toda aquela é a é o efeito plástico, né? Do do do personagem ver o o isso da personagem, né? E aí este formato, né? Não se tem, não se teria mais. E aí, por quê? Porque aí aí é outra mentalidade, é outro Brasil, aí é outro mundo, né? Lampião faz parte de um outro mundo que não existe mais. Que não existe mais. Então assim, querer dizer que hoje se fala do novo cangaço, né? Mas não tem nada a ver com esse esse cangaço lampiônico. Então assim, lampião ele batia em mulheres, por exemplo, que tinha o cabelo curto, porque ele dizia que isso era uma moda ruim. a mulher aparecia de cabelo curto, ele batia na mulher e, né, não admitia ele, ele, ele se ele se colocava numa posição como uma espécie de eh de árbitro de de de da moralidade. Nossa. É, mas essa história que é cada é essa história que eu comentei, né, para dizer que muita gente acha, né, que as organizações criminosas, né, milícia, tudo mais, né, que cumpre muitas vezes o papel, né, ah, não, essa organização é criminosa, mas cometem crime, mas fazem algo, né, defendem o povo, né, o povo oprimido, né, que ah, aqui não não tem muita organização lá, eles que cuidam desse tal lugar aqui abandonado. É, ironicamente, né? Ironicamente, a a Maria Bonita quando vai entrar, ela deixa o cabelo curto, né? E Lampião não. E Lampião deixa o cabelo longo e ele não e ele não vai dizer nada, né? Até até com isso Lampião não pode, né? Mais algum? Dá tempo de mais algum? Temos temos dois super chats aqui. Um é uma pergunta e o outro é o Frederico Aleixo. Olá, Frederico, tudo bom? Federico aí mandou um super chat. Obrigado. Tem raiz na no sertão paraibano. Ele fez um comentário aqui, ó. Grande Coroné Antônio, ótima explanação. Um abraço, Cas terras dos Bandeirantes. Grande abraço aí ao nosso caro Frederico Aleix. Abraço que tem que é da família dos Bernardo de Boivelho. E tem mais um super chat aqui do Bom Ânimo. Eh, obrigado. Bom ânimo. Bom ânimo. Zé Rufino foi assediado por Lampião para entrar no bando. Não aceitou. Foi ameaçado. Teve que entrar para a polícia para não morrer. História bonita. Muito bonito. Muito bom. Muito bom. Muito bom. É isso. Aqui foi. Mais algum comentário? Antônio, eu lembro de uma história, né, de Nertã Macedo, no livro dele, ele falou que um sargento foi preso pelo bando de Lampião, né, e estava e no caso Lampião tava nessa nessa situação, né, e aí ele estava estropeado, né, com muita sede, a ponto dos cangaceiros e eh ficarem até comovidos, com dó e e e dizer para Lampião ofertar água para ele, né? E e Lampião, então, vendo aquela cena, disse: “Não, eu vou eu vou me compadecer, mesmo ele sendo policial, eu vou eu vou oferecer eu vou oferecer água para ele”. E aí para o comboio lá, pega o o pega lá a quartinha, né? Põe água e vai dar para esse bravo sertanejo. A resposta dele: eu não aceito água oferecida por bandido. Que isso? Impressionante. Olha isso. Que isso? Esse aí tem coragem. E a e é com essa história que eu encerro, né? A é o comentário final, não é? O comentário final. Comentário de muita lição. Eu não esperava esse desfecho, não. São as conclusões. Muito bom. E Lampião. E Lampião com ele não fez nada. Nossa, impressionante. É, não teve coragem. Não tem. Diante de uma coragem dessa, até essa a fera, né? Como um problema para resolver a prova de um doido, tem que trazer outro doido, né? Tem uma história que a grande fera dos sertões parou, né? Teve que ceder, né? Teve que ceder. Impressionante. Para para pegar um corajoso, você tem que botar um mais corajoso ainda. Chegar na cara dele e dizer que é bandido, não vai tomar da água dele. Muito bom. Então tá bom. Obrigado, Antônio. Obrigado, Víor. Obrigado a todos que nos acompanharam. Muito obrigado, Marcelo. Obrigado, Marcelo. Você acaba de assistir um corte do Canavelas Podcast. Na tela está aparecendo o episódio completo e outro corte. Muito obrigado pela atenção.