[PODCAST] Alfredo Monteverde: o que aconteceu com o fundador do Ponto Frio

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[Música] Bem, amigos do Curioso, sejam muito bem-vindos a mais um Histórias do Curioso. E hoje a gente vai entrar num assunto que eu estou um pouco com medo aí, meus amigos. É um assunto que na época foi muito dito. Anos depois um livro saiu que acabou sendo inclusive proibido e é sobre isso que a gente vai falar hoje. Então, vamos rezar e público nos apoie para tudo dar certo, porque não é algo que é muito contado hoje, mas a gente vai entrar de uma forma bastante profunda, que é a história do Alfredo Monteverde, o homem que criou o Ponto Frio, né? E essa história já foi muito comentada nas nossas rodas de amigos e a gente sempre procurou destrinchar e fomos atrás dos livros e de matérias antigas para hoje poder apresentar da melhor forma para vocês. Então, Mateus, como é que você está, meu amigo? Tô bem, um pouco de frio, mas tô bem. Estamos aqui diretamente de Porto Alegre, num frio de 4º. Exato. Então tá difícil, mas vamos lá. E você, meu amigo greco? Vou muito bem, obrigado. Tá bem mesmo, cara? Tô bem. Ah, então tá bem. Então, um pouquinho preocupado. É, estamos pegando uns uns temas meio polêmicos ultimamente, né? É, Nelson Tanúel de Breche agora aí até no próprio Conversas do Curioso, né, do Bill Brother israelense russo. Ainda bem que tem pouco viu o podcast, né? Não, mas é aí que vocês podem nos ajudar compartilhando bastante o podcast para chegar em mais gente, porque aqui tem conteúdo, né? a gente consegue entregar muito bem, acredito eu. E Greco, por que que a gente vai falar sobre esse assunto? Por que que o Alfredo Monteverde é o personagem do episódio de hoje? Olha, essa é a típica história que eu adoro, né? Uhum. Uma história muito boa, pouco falada, tem mistérios, né? envolve um grande empresário, envolve além dele, outros personagens interessantes. Uhum. Né? Que é Edmon Safra, Lily Safra. E embora muita gente conheça o Ponto Frio, né, que é uma das maiores redes de varejo do Brasil, que hoje pertence ao P de Açúcar, pouca gente conhece a história do fundador, né? Muita gente nem sabe que foi um imigrante da Romênia de origem judaica. Uhum. Né? Que veio fugindo da Segunda Guerra Mundial, né? Desembarcou no Rio de Janeiro e simplesmente construiu uma das maiores redes varejistas do país, né? E e a história dele em si é muito interessante. Eh, só que aí que tá, ele faleceu faz muito tempo, né? faleceu jovem nos anos 60 ainda, mas o ponto frio deu deu muito certo já no de início, né? Então, um dado interessante aí é que a fortuna dele foi estimada em mais de 300 milhões de dólares nos anos 60. Sim, né? Então, se hoje 300 milhões de dólares já é bastante coisa, tu imagina nos anos 60, sim, né? Então, a gente tá falando um dos maiores empresários e varegistas, um dos homens mais ricos do Brasil nos anos 60, que tem uma história de vida muito interessante, só que é pouquíssimo falado e mal tem coisa sobre ele na internet que acho que também, infelizmente, a trajetória dele foi curta, né? Ele não é, morreu muito jovem, né? 45 anos, mas ele ele tinha uma ele era aquelas pessoas que têm uma vida interessante, né? O cara era um bom vivã, ao mesmo tempo work holic, mas pertencia à alta sociedade carioca europeia também. Éuropeia. Então era, viveu muito a vida, embora com alguns problemas que a gente vai comentar, mas é uma história interessantíssima que deveria ser muito mais falada. Eh, e cravo aqui, pode pesquisar no Google, ver se acha algo. E a gente, pô, a gente querendo ou não, tem essa fama de ser bons pesquisadores e nós conseguimos achar bastante coisa, até fotos do fato ocorrido que a gente vai comentar depois. Enfim, é, é por causa disso. A história é muito boa mesmo. Tá muito bem explicada na minha visão. Justamente primeiro por não ter nada já não chama atenção, né? E aí começando a pesquisar um pouco mais e olhando quem está por trás, talvez interesses grandes e, enfim, como tudo se finda. É uma história que com certeza quem ficar até o final vai gostar muito. E vamos começar pelo começo, né? Comentou ali, né? Para mim já começa essa história meio estranha, né? Como é que um romeno, tá? eh, que vamos dizer, não é o país que mais emigrou pro Brasil, né? A gente, a maioria dos nossos imigrantes são alemães, italianos, japoneses, etc. Eh, como é que esse romeno chegou aqui? Quais eram as circunstâncias, né? Eh, que o, enfim, por que que ele chegou aqui ao Brasil? Sim. Acho que só antes de mais nada, acho que eu esqueci de colocar na intro, né, que a morte dele foi misteriosa, né, só para chamar atenção. Mas vamos lá pro início. Ah, então ele veio da Romênia. Ah, e mas vale mencionar que ele não, ao contrário de diversos imigrantes, né, que chegaram aqui sem nada.Um, legal. Ele já veio de uma família muito rica. O pai dele era um banqueiro na Romênia. Seu Alfred Ianco Grunberg. Isso é. E aí? Eh, o pai dele Não, desculpa. Isso era ele. É isso era ele. Era ele. Nome do pai dele não temos aqui. Não me recordo agora, mas ele era um banqueiro da família real. E o o Alfredo Monteverde se chamava inicialmente Alfred Gromberg. Aham. Groomberg, que é a tradução de Isso, Monte Verde. Monteverde. Até esse é um ponto que eu inicialmente eu não reconheci o sobrenome, que não não é um sobrenome tradicional judaico, né? Perfeito. Mas o o original é, né? E é engraçado que algumas matérias colocam o nome dele como Frederico também, porque o apelido dele era Fred. É, o apelido dele era Fred. É o Alfred. Mas enfim. E quando ele se naturalizou ali em 40 40 e poucos, ele botou daí Alfredo. É, então era Alfred. Ã, e aí ele tinha uma tive uma infância, teve uma infância super rica, né? Hum. estudou no na Inglaterra e tal, só que o pai dele, ele foi, ele tinha sofria de depressão e em 1937, se eu não me engano, ele isso tirou a própria vida. Bom, isso. E essa é uma informação importante. Uhum. Que a gente vai falar mais para frente, tá? Mas aí então ficou a mãe dele, é Regina. O o Alfred e mais a irmã, o Alfred que tinha 13 anos apenas, né? Isso é ele era muito próximo da irmã, tinha uma relação muito forte com eles. Aham. Exato. E aí eles foram eh eles foram pra Inglaterra, tá? E para fugir da Segunda Guerra Mundial, eles tentaram ir pros Estados Unidos. Sempre lembrando que era uma família de posses, né? Então eles tinham bastante ouro. Uhum. Só que o visto foi negado, né? E aí eles acabaram desembarcando no Rio de Janeiro em 1940. É, ele tinha, então eles queriam primeiramente ir eh pros Estados Unidos, não conseguiram e aí chegaram ao Brasil. Foi nessas circunstâncias, em 1940. 1940, tá, né? Então vieram pro Brasil, assim como muitos imigrantes vieram, né? E fugindo da guerra. Chegaram no Rio de Janeiro. Chegaram no Rio de Janeiro. Uhum. Naquela época, né, o Rio de Janeiro era uma cidade diferente do que é hoje em dia, né? Sim. Era capital federal, era muito forte economicamente era muito turística, né? Sim. Era uma, era bem elitizada assim, né? Se tu for ver, parecia uma uma Nova York da vida, uma Buenos Aires, né? Sim, sim. E eles já desde o início, como vieram com bastante ouro, eles já sempre participaram da alta sociedade carioca, né? Então, inclusive, eles eram muitos, muito próximos da família Seária, que era uma família de um grande banqueiro industrial, que inclusive eu vou pedir pro editor colocar o triplex do Ceabras na no bairro do Flamengo, que é onde também os Ginley tinham seu sua cobertura. Hum. O seguinte, ó, o patriarca da família Seabra, esse banqueiro. E um dia ele tava em Nova York, achou um edifício lá, coisa mais linda, um apartamento, e ele quis fazer um igual aqui no Rio de Janeiro. Aham. E aí ele reservou o, esqueci o nome, mas o do de Nova York, o nome era da cota, mas esse no bairro do Flamengo, daí ele reservou os três últimos andares pra família. Eu vou botar, a gente vai colocar as fotos porque é um negócio surreal, tá? E uma pergunta, desculpa, fugindo um pouco do assunto aqui, tem alguma ligação com Antônio Luiz Seabra da Natura? Tu sabe? Não encontrei nada. É, mas é o mesmo, é o mesmo sobrenome, mas eu não sei se é porque, porque o esse se abre é do Rio, né? Uhum. Enfim, vale a pesquisa também. Eu não não achei nada. Até os herdeiros venderam esse triplex em 2012, mas é uma pegada tipo dos guin assim, então uma família super importante. E o o Alfred e a irmã andavam muito com os herdeiros dos seabras, então viajavam junto para Nova York, era alta sociedade. Sim. Tá. Mas aí já muito jovem, embora o Alfredo sempre teve essa fama de de bom vivã e tal, de participar da do Jets, ele começou a trabalhar, né? Primeiro ele se ele se formou em filosofia. Uhum. Né? Depois ele trabalhou na Rádio Nacional. é, traduzindo notícias, né, da Europa. É, depois na Shell, mas aí jovem ainda em 46, acho que ele tinha uns 22, acho 20 e poucos, ele fundou a Globex. Sim. Portadora e exportadora. Uhum. Né? Sim. É o, no caso, a, a, o que ele percebeu na época e era o que tava acontecendo no Brasil, era um fenômeno de urbanização, né? Então, o pessoal tava saindo do campo para ir mais pro pra parte urbana do país. Perfeito. E ao mesmo tempo, eh, a abertura do mercado também, mercado internacional, que também tinha uma, percebeu que existia uma uma oportunidade ali de vários produtos que ele já tinha contato, né, em outros países, porque ele era um cara extremamente bem relacionado, viajava o mundo inteiro. Sim. Ele via que aqui não, esses produtos não, não existiam, né? Uhum. Então ele logo percebeu que existe uma oportunidade aí e aí trouxe, fundou a ser importador. Perfeito. É, ele o Racional foi um um mercado consumidor muito grande, né, que era o Brasil mesmo naquela época, né? E e que nem o Mateus falou, ainda não tinha diversos produtos que já tinha nos Estados Unidos, principalmente eletrodomésticos, né? Produtos para dentro de casa. Ex. Ele começa com pneu, né? Na verdade, é. É, e é muito curioso também que um dos primeiros produtos que deu que ele começa a trazer é uma coisa que que existia muito na casa das pessoas antigamente que é a máquina de costura. Aham. Também. Sim. É as as dolares, né, acabavam em casa fazendo, né? Era muito comum, né? Fazia pra filha lá, enfim. Ex. Todo mundo tinha uma máquina de costura em casa lá. Exato. Exato. E aí por isso a ascensão da Singer também, né? Que a gente já contou a história e tal, que é a maior do mundo, etc. Exato. E aí a outros utensílios domésticos também. Uhum. N esse esse for ver é um play que muita gente já fez, né, de arbitrar coisa que tem nos Estados Unidos com que não tem no Brasil até hoje, né? Até hoje, né? Imagina lá era um mato alto ainda, né? Anos 40. E aí um desses produtos que começou a virar bestseller eram as geladeiras da de uma marca americana chamada Cold Spot. Code spot, que significa ponto frio. Ponto frio. Ponto frio. E aí, de todos os produtos que ele vendia, esse era o que mais vendia, né? Vendia muito, muito, muito geladeira. Até vamos colocar as fotos das geladeiras. Tem anúncios da época, Cold Spot. E então, baseado nisso que ele cria a sua primeira loja, né? Então, estamos falando de 1946. Sim, né? Globex. Ele atuava, na verdade, como importador e distribuidora, né, até esse momento, né? É. Aí ele abriu uma loja chamada Ponto Frio, bem no centro do Rio de Janeiro, Saara ali. Sim. Na rua Uruguaiana começou é rua Uruguai. É, não sei direito. Começou a vender então as geladeiras Cold Spot. Aham. E o negócio começou a dar certo, né? Isso aí. Estamos falando anos 40, tinha um famoso logo, né? Um pinguim. É. É, eu eu até encontrei numa matéria, uma revista, uma curiosidade que é o que falavam, né? Não tenho certeza, mas que o pinguim veio porque num inverno carioca lá chegou uma, sei lá, uma leva de pinguins numa praia do rio e daí que surgiu fica aí. Aí é, tem uma curiosidade duvidosa, duvidosa. É, mas enfim, o negócio começou a começou a crescer, né, a dar certo. Estamos falando aí dos anos 40 e aí nos anos eh anos anos 50 ali, ele já deu um salto, né? Já deu um, ele começou com essa loja e depois foi crescendo. Uhum. E o que se diz, né? executivos da época e pessoal que trabalhou com ele, é que ele era muito inteligente, um gênio assim, no sentido de fazer todos os cálculos de cabeça e ser muito visionário. Ah, e falava em computador quando ninguém falava em computador. Exato. Até tem umas aspas aqui que eu acho legal que é um homem de negócios incrível, com uma visão incrível, né, dito por um outro executivo, né, ele era um cara, entre aspas, brilhante. Aí também essa aspas eu gostei muito. O único a ganhar dinheiro vendendo para os pobres a preços com descontos. É, é verdade. Esse foi um ponto também que diferenciou muito a o ponto frio, porque ele foi o pioneiro no que hoje é muito tradicional no Brasil, que é parcelar as compras, né? Então ele notou que o poder de compra do brasileiro era muito menor do que o do americano. E ele começou a dar crédito pro pros clientes dele. Uhum. Né? Que na época era caro pegar dinheiro prestado no banco. Ele começou a financiar então pro brasileiro poder comprar uma geladeira, uma televisão. Sim. N. E isso fez com que o Ponto Frio crescesse muito e ganhasse muito dinheiro, né? Então essa década já de 1950, 1960, ele já tinha enriquecido demais assim, porque ele começou a abrir outras lojas também. Aham. Abriu uma série de lojas. Perfeito. E aí até aquilo que eu falei antes, né? Ali na década de 60 ele já tinha uma fortuna estimada em 300 milhões de dólares. Muito, né? Uhum. E a partir ali de 64, que foi com a com a ditadura militar. Uhum. Eh, como grande parte dos judeus, né? em termos de incerteza, não sabia o que ia acontecer. Ele até começou a mandar um pouco desse dinheiro para fora, né? Perfeito, né? Começou a mandar pra Suíça. Hum. E o seu banqueiro era nada mais, né? Ninguém mais, ninguém menos que Edmonsfre. Sempre ele, né? Sempre ele tá em todas, né? Então, a inclusive tem uma uma passagem da que a ex-secretária dele, que trabalhou a vida inteira com ele, ã, falou que em determinado momento o Alfredo Monteverde, né, chamado de Fred, era o maior cliente do Trade Development Bank, que era o banco do safra lá na Suíça. Uhum. Né? Porque o safra tinha o banco na Suíça, tinha um safra aqui no Brasil e tinha mais o Republic National Bank nos Estados Unidos. É isso com 30 e poucos anos, né? Mas enfim, o que aconteceu é que ele se tornou o banqueiro de confiança de de toda a comunidade judaica que queria proteger os seus bens e mandava pra Suíça, que historicamente é um lugar neutro. Inclusive tem vídeo aí no canal, né? E o Edmon era o rei da Suíça, né? Sim. Enfim. Eh, então é só para mostrar o poder de fogo do Alfredo, né, que que era um cara muito pra frente. É, ele era, né, considerado um worker holic, né, o que a gente hoje chama de work hol, o cara trabalhava das 7 a às 20 horas, né, ã, e diz que ele tinha um prazer nisso, adorava trabalhar. ele se colocava, né, coisas que hoje a gente escuta muito, né, ele trocava de lugar com seus funcionários para atender diretamente ao cliente para ver qual que eram as dúvidas, né? É, e nesse ponto me chama muita atenção, porque a gente já fez as histórias, por exemplo, do mapping, né, até da própria Mesda, mas principalmente o mapping, ele tinha um enfoque nas classes A, né, enfim, era um lugar onde as pessoas se encontravam, a alta, a elite eh paulistana, né, no caso, os grandes produtores de café, né, e ele deu esse enfoque para todo o resto do público, né, também atendia. Mas cara, ele ele teve a genialidade de entender que tinha realmente um público muito maior. Só que como é que ele operou isso dando crédito, né, que era algo, como o Greco disse, eh, muito novo na época, era difícil porque era caro, né? E dessa forma ele conseguiu realmente crescer de uma forma exponencial, ficando multimilionário rapidamente. Sempre lembrando, como o Greco disse, ele não é o caso de um imigrante tradicional que veio, por exemplo, que não tinha oportunidades lá fora, né? Ele chegou aqui com muito ouro, né? Principalmente, mas ele soube multiplicar, né, esse e essa riqueza dele, né? Então é muito interessante porque isso foi feito em um curto espaço de tempo também, né? né? Então, pô, o cara realmente viu, ele importou uma ideia, o que é muito comum, né? Vamos dizer, viu que o mercado do consumidor americano já tava fazendo, importou o Brasil com todas suas dificuldades, operando em varejo, que é uma dificuldade ainda hoje já é difícil, imagina naquela época, e conseguiu crescer muito, né? Então, chama muita atenção esse esse tempo aí, que foi o tempo que ele conseguiu realmente multiplicar a riqueza dele, porque em um curto tempo de espaço o cara ele conseguiu com uma visão, né, realmente colocar algo em prática e o que deu muito certo e que foi um case para outras empresas, inclusive a empresa que depois compraria ele o pão de açúcar, né, que começou mais ou menos nessa época, um varejo alimentício, né, focado em supermercados, etc., mas que também tinha um diferencial, né, de focar nesses públicos. É, e eu acho que eu acho interessante também é que nas pesquisas, né, conforme a gente foi lendo, ã, o Ponto Frio, tanto na década de 70, 80, 90, tava sempre nas cabeças, tava sempre no topo. Sim. E isso é muito difícil, porque o varejo é um negócio muito difícil. E a gente como conta histórias já vimos que vários ficaram pelo caminho, né? Quando falou do mapping, Mesbla, eh, Arapuan, Casa Centro, Casas da Banha. Sim, né? Casas da Banha. E aí? E, e, e então o cara conseguiu criar algo muito forte, né? Uhum. Uma fortaleza muito grande, assim, uma marca muito forte. E isso chama atenção, né? Porque olha, operar varejo é difícil, né? É. E ele entendeu tão bem isso que ele inclusive queria criar um banco, né? Ahã popular, né? Para para os pobres, né? Então, tipo, era um foco muito interessante. Sim. E é muito louco que também quando tu lê as matérias antigas, eh, apesar de tá voltado para esse público com menos no classe A, né? BC ele trazia produtos de muita qualidade e dava acesso a isso com o crédito. Então, a marca se construiu muito forte em cima disso também naquela época porque eram coisas que é que produtos de muita qualidade importados, né? Uhum. e que dava acesso essa esse esse perfil de cliente que talvez não conseguia comprar nas outras lojas justamente por causa essa questão do do crédito. E então ela ficou muito conhecida por isso, por também por ter produtos bons, sabe, de acesso de acesso a todo mundo. É, eu, ele não é o único, né, mas ele é um dos pais de uma cultura que se perpetuou no Brasil, que é realmente a questão do crédito, né? Quando a gente viaja paraos Estados Unidos ou para outros lugares do mundo, não é tão comum ou não existe, né? Então aqui no Brasil é e é difícil você não fazer uma compra a crédito ou parcelada, etc, né? Não, e às vezes aqui é tão, a cultura ficou tão forte que tá enraizada até quando tu tem dinheiro para comprar, tu vai lá e faz parcelado, né? É uma coisa muito louca. Sim. Não, agora que os gringos criaram o tal do como é que é? By now payer. Sim. Nada mais é do que o crediário, que o Brasil já existe desde os anos 50, né? Nisso a gente é rei, né? É, é. Os cara botar nome bonitinho pra parcela, né? E o Alfredo Monteverde já fazia isso há décadas, né? É, mas por trás desse gênio dos negócios, né? A gente pode colocar assim, porque ele realmente no mínimo era um cara de muita visão, né? Mas também de execução, né? porque eh é incrível a quantidade de lojas que ele conseguiu abrir, expandir rapidamente, né? Sim. Eh, existia uma personalidade bastante eh ímpar, né? A gente poderia colocar assim, né? Então, acho também legal a gente desmistificar isso, porque isso também teria consequências no futuro para ele, né? É, ele além de de ser um cara workaholic, ele ele também mesclava com uma personalidade de bom vivã, né, de galã. É, por muito tempo era o solteiro mais cobiçado do Rio de Janeiro. Sim. Eh, mas ele também tinha uma questão muito séria que foi a depressão, né? Assim como o pai dele, ele foi diagnosticado com depressão, né? Bipolaridade. Sim. Transtorno bipolar. Isso. E aí, então ele oscilava muito entre a euforia extrema e a depressão profunda. Uhum. Né? E ali nos anos 50 isso começou a ficar cada vez mais grave, né? Em alguns momentos ele chegou até a ser internado. Sim. E porque ele ele numa da ele chegou a escrever uma carta paraa irmã dele que ele dizia que que ele tinha tudo, que ele adorava Globex, que ele tinha dinheiro, tinha tudo, mas faltava algo. Ele não conseguia de jeito nenhum encontrar a felicidade. Sim. Uhum. Né? Então pensa, o cara era jovem, né? ali nos anos 50 tinha bonito, rico, bonito, rico. Ah, e e tem algumas excentricidades também que que eu acho muito interessantes, né, que tem no no livro que uma não é tanto, até é um é um jeitinho brasileiro que ele comprou uma ambulância, cara. Isso é muito louco. Isso aí tem uma uma matéria na Folha, inclusive, que ele foi parado por causa disso, né? É, ele comprou uma ambulância para evitar o trânsito, né? Ah, então ele ligava lá o o giro para chegar todo dia. Ele não ele não gostava do trânsito. Trânsito no Rio de Janeiro. Sim. Imagina naquela época já tinha trânsito. E daí tem até nessa matéria da Folha fala que daí a ambulância chegava todo dia no escritório no Rio de Janeiro, o mesmo horário, né? Uma coisa tipo super louco, como assim? Uma ambulância chega naquele escritório todo dia. Aí um dia ele foi parado, ele tava na atrás deitado na maca fumando o cigarro ali no jornal. É. É. Ele tinha, todo mundo que conhecia ele falava que ele era um cara muito excêntrico assim, né? E esse é um exemplo, né? Tipo assim, o cara era meio loucão assim, né? [ __ ] louca. Sim. Jogava, tem uma história também ali que ele um dia perdeu 200.000 jogando pôker, né? Era umas paradas assim, né? É, comprou o Rolls Ryce do Getúlio Vargas depois que ele morreu. É, umas umas loucuras. Sim. É. E ele era Hugo Garrincha também. Ele era amigo, amigo de vários, inclusive de Salvador dali, comprava várias obras de arte, né? Ele era um colecionador também. Ah, sim. Ele tinha uns gogs que ele transformou em, ele transformou, não, ele transportou em umas vans, tem umas histórias bem engraçadas sobre ele, mas a questão da saúde mental dele era algo assim que era uma grande preocupação para a família, né? E ele ficou, como o greco disse, internado e na verdade ficou internado em alguns hotéis, né? Mas enfim, tava internado ã em hotéis de luxo e tudo mais. Ah, e aí tomava algum algumas medicações, né, incluindo o mandrax, que é algo bem forte, né, ã, mas que e e que inclusive não ajudavam e piorvam os problemas deles, né? Então, era uma depressão bem forte, né? E aí, justamente nessas oscilações, tanto positivas quanto negativas, que ele fazia muita coisa, né? Então, tipo, quando ele tava eufórico, ele chegou a se casar e tava, daí separou. Depois ele até chegou a namorar com uma miss Israel na época, mas era uns negócios assim na na euforia, meu Deus, te amo, bá bá, daqui a pouco já se separava tanto na parte pessoal, né, e na parte de business, ele também quando tava eufórico, saía comprando terreno e armazém e vamos expandir, vamos expandir e aí entrava na parte depressiva. Ele mandava lá os executivos desfazer todos os negócios que ele tinha feito pra gente te ver como era algo bem ã pesado, né? Sim. É uma montanha russa, né? Emocional do cara. E ele vivia isso, nem tu falou, tanto que na no nos casamentos antes da da Lily, né, que é a personagem também que vai entrar na nossa história, ele casou duas vezes, né? É isso. Ele duas vezes. Então o cara bem, inclusive num desses casamentos que daí ele adotou o Carlinhos, né, Carlos Monteverde, que também vai ser um pevô importante dessa história. É, ele casou em 1955 a M Israel, né, que ah, a Viva, o nome dela, não sei se é isso, separou logo depois e logo depois se casou em Nova York, logo depois e separou em 1959, ou seja, 4 anos depois ele se casou com a Scarlet, que foi com com quem eles adotaram, enfim, eles adotaram o Carlinhos. E ele tinha uma relação muito próxima com a irmã dele, né, com a Rose, que era uma espécie de confidente dele, né, onde ele era a única pessoa que ele realmente se abria e falava, por exemplo, da doença dele, né, sobre a depressão, mas também sobre quais os rumos do dos negócios que ele que ele tinha, né? Ah, e a mãe dele, sim, era tinha uma preocupação bastante obsessiva, né? Inclusive é assim que é dito pelo histórico do pai também, né? é, com a saúde mental dele, porque ela, enfim, já tinha perdido o marido, né, anteriormente, justamente com a mesma doença. Então, ela tinha eh ela tinha muito medo que ele seguisse o destino do pai, né? H, e tem um cara, antes da gente entrar na na personagem também, a outra personagem eh principal que o Greco comentou antes, que ele era um grande cliente do Edmund Safra, né? E o Edmund Safra e ele também tiveram uma relação muito próxima, né? né? Eles acabaram se tornando bons amigos, até porque, enfim, ele colocava muita uma grande parte do do dinheiro dele e o Edmon Safra depois também apareceria nessa história, né? Mas antes disso ele foi novamente se casar, né? E aí ele foi se casar com uma mulher chamada Lily Watkins. É, Lily Watkins Cohen, que já tinha se separado uma vez. E eles se casam em 65. Uhum. Né? Gaúcha de Canos. Há controvérsias. Mas acho que é é uns lugares dizem canoso, outros dizem Porto Alegre. Mas enfim, talvez seja aquela canoense que sempre não tem vergonha na cidade. E aí ele se casa com ela, então terceiro casamento, né? O dele. Sim. E aí vivem no Rio, né? tem uma um lifestyle bem, né, de luxo, vamos dizer assim. Sim. Então aí já com os três os três filhos da Lily mais o Carlinhos, né? Uma família classe alta do Rio, né? Estudava nas melhores escolas e tal. Uhum. É, só que ã acabou não durando muito, né? Uhum. novamente. Logo logo depois, é, por todas as questões do próprio Fred, né? Eh, mas também com o tempo, como ele era muito próximo da irmã, ã, a Lily começou a ter problemas, né, com a com a irmã. Ah, qual é o nome dela mesmo? A irmãos né? Uhum. Começou a ter problema de ciúmes, que ele era muito próximo com ela, não sei o que, tal, tal, tal. E a relação foi foi ficando meio desgastada, né? E ali por 68, 69 ele já tava então decidido a pedir o divórcio. Sim. É, foi após cerca de 3 anos, né? Ele começou a confidenciar a amigos, a a própria secretária dele e inclusive o seu diretor que pretendia se divorciar, né? Ah, só que tem um porém que a Lili não aceitava o divórcio, né? Sim, isso é importante colocar porque a família dela, no caso, enfim, os filhos dependiam do ponto frio, né? Então, é, começou meio que uma guerra ali, né? Até teve um incidente lá com a casa amaldiçoada que aí acharam, enfim, umas coisas a mais. Mas começou então na verdade um embate, né? para ele realmente conseguir, enfim, se separar. É, o ponto frio meio que bancava, fazia uma contabilidade criativa, meio que bancava as contas até tipo contabilidade criativ do dos irmãos. O o nome do irmão dela era engraçado, Artigas Watkins, que in Bom depois vamos falar do Artigas, mas ele então ele tinha toda a família Sim que o Ponto Frio bancava e tal. Então no caso a família dela também no só filhos. Então, humanos, etc. Perfeito. Aí a o o Alfredo deu emprego pro Artigas e tal e então tá ali por 68 ele já, né, 3 anos depois do casamento, não durou muito. Então ele decide. E aí que então em ele bate o martelo ali em 69. Uhum. 69. Um dia ele eh marca uma reunião com a com o ex da Lili. Sim, né? Um empresário agrio Coen. Uhum. Né? Judeu também, né? Todo mundo judeu aí nessa história. É isso. A data que foi e é importante. A partir de agora a gente meio que colocar as coisas numa linha do tempo. Sim. Esse dia foi uma segunda-feira, dia 25 de agosto de 1969. Isso, né? O Alfredo tinha 45 anos e aí foi ter uma um almoço, na verdade no Copa Cabana Palace com a Lily e o seu ex-marido. É para discutir a questão justamente do divórcio e o que seria feito com os três filhos da Lili, né? Uhum. Na guarda dos filhos. Exato. E aí, né? Então, acho que agora a história tomou outro rumo, né? Falamos do do Alfredo, do do Ponto Frio e tal. Sim. E aí agora o negócio vai para outro rumo e que é um rumo polêmico, né? É, sim. Tem que ter cuidado com as palavras. A partir de agora, rapazes, vamos pensar bastante antes de falar. É, senão o processinho vem. Acho que é até legal fazer um disclaimer já da biografia não autorizada da Lili, né? que que ótimo foi feitao por uma autora americana, não foi autorizada, na verdade não foi por causa dela que não foi autorizado, mas depois a gente vai falar melhor. Mas então tudo que a gente vai falar a partir de aqui tá escrito e foi investigado por essa autora que entrevistou pessoas do círculo de relacionamento do Alfredo. Uhum. E inclusive a secretária que tava muito presente na vida dele, os próprios diretores do Ponto Frio. Então é só para fazer esse disclaimer que as fontes são essas, né? Uhum. Olha, não autorizada. E desde 2013 a venda do livro é proibida no Brasil, né? É. É exato. Então não sei se poderia falar isso ou não. Não. A venda, né? Um fato, né? Exato. É um fato. É um fato. Foi proibido. Eu fui o filho do Artigas que entrou com processo e e a justiça brasileira até hoje Uhum. proibiu a venda e impôs uma multa, né, pra pra editora que ela vende cada venda, cada cópia é vendida. teria que pagar uma multa de R$ 100 por cópia. É, e isso porque a gente tá falando, na verdade, a gente não falou o nome dela até agora, a Lily Watkins, é, ficaria muito conhecida por outro sobrenome, né, que é a Lily Safra, tá? Então agora, a partir desse momento também, sempre quando a gente se referir a Lily é a Lily Safra. E depois a gente explica como ela virou a Lili safra. Isso. Isso. Tá. Então, voltando para essa segunda-feira, fatica, 5 de agosto de 1969, meu amigo. 69, hein? É. E então ele ele vai para esse almoço. E só que nesse dia aí ele tava com bastante dor de cabeça, né? Então ele almoça com o Mário e com a Lili e ao invés de voltar pro escritório do Ponto Frio, né, da Globex, ele passa em casa antes para tirar uma para descansar um pouco, o que não era comum. O que não era comum, né? Ele vai descansar um pouco e pede pros empregados dele na mansão dele no Maitá, inclusive é, né? Top. O GR, o Greco é um grande apreciador de mansões antigas para bel um belo imóvel. Eh, rua 9, rua Icatu, número 96. Pode pesquisar aí. Agora começa os problemas. É. Ah, pior, né? Putz, não deve. Os os balgart que eu digo, não dá para falar das casas das pessoas. Mas enfim. Daí então ele volta pro volta para tirar essa soneca para ver se alivia um pouco a dor de cabeça muito forte que ele tava. Sim. pede para ser acordado às 15 horas, só que ã dá 15 horas e nada dele, 15:30 e nada dele, não, não responde. E aí quando a a doméstica eh a acha estranho e pô, vou entrar no quarto para ver, ele tava morto, morto com dois dois tiros no peito. Tô me sentindo naqueles, sabe? Ó, virou um episódio de True Crime agora. Bota, bota um uma trilha aí, ó. É, é verdade. True crime do curioso agora. Ai, e aí e aí que tá, né? O estranho, né? Tipo, aí começa uma série de coisas que que tão na nesse livro, né, nessa biografia que questionam várias várias coisas ali que aconteceu, até o contexto de tudo, né? Importante falar também que nesse momento, segundo o relato da própria secretária dele, das pessoas próximas, ele não tava num momento de depressão, ele tava num momento eufórico. Sim, verdade. É, ele chegou, segundo esses relatos, ao escritório aquele dia na manhã, antes do almoço, com um ótimo humor. Exato. Então ele foi almoçar, ficou com dor de cabeça, foi para pra sua casa tirar um cochilo, o que não era comum da parte dele, né? Ã, e aí após algumas horas, ele foi encontrado morto na sua cama, né? No caso, baleado duas vezes no peito com o revólver calibre 32. 32. A porta do quarto estava trancada por dentro e toalhas enroladas foram colocadas debaixo da porta, sugerindo uma tentativa de abafar o som. Exato. Bom esse contexto? Ah, não. Top. Faça mais. Isso. Ficou perfeito. Porque esse até um dos pontos, né, que o pessoal achou estranho é como que ninguém ouviu. Sim. Por causa das toalhas e também porque a casa era gigantesca, né? Enfim. Só que aí começou as grandes controvérsias dessa história, porque é como eu disse, né, sugeria uma tentativa de abafar o som e tudo levava a crer que era um suicídio. Isso, correto. É, e inclusive tupia aí, diretor, na palavra para não é um sui, enfim. E apesar da conclusão oficial ser de um sui, Aham. H, muitas dúvidas, né, foram levantadas porque existiam evidências bastante plausíveis que levavam a crer que não se tratava de um sui. Exato. Perfeito. Muito ruim esse sui. Ah, ah, que ele tinha tirado a própria vida. E aí também vou ler aqui para Acho que o editor pode tirar, né? É, enfim. Mas o que acontece? O médico legista, ele não encontrou resíduos de pólvora nas mãos de Alfredo. Exato. O que já é muito estranho. É. E aí sim, aí vem a parte do que que aconteceu, né, que o Greg tava comentando. A a mãe dele e a irmã começaram a questionar esse esse laudo, né, que a polícia deu oficialmente, que ele tinha tirado a própria vida. Uhum. também porque elas não estavam no, depois a gente vai falar melhor sobre isso, mas elas não estavam no testamento dele, né? Então também gera um pouco de de sei lá, de remor estranheza, estranheza. Então elas começam a a questionar várias várias vários fatos, né, dessa morte dele. E um deles é justamente esse. Eh, primeiro, a a o tiro vem do lado esquerdo ou do lado direito, ele é destro ou canhoto. Enfim, é um é o é o lado contrário dele, né? Ele é destro, o tiro vem. É o Alfredo era destro, só que Mas os tiros sugeriam que teriam sido disparados com a mão esquerda. Isso. Ou seja, já não, isso não faz sentido. Olha aí o fato de não ter pólvora na mão. Sim, né? Uhum. E o e e o mais estranho de tudo, né? Do quem quem consegue tirar a sua própria vida com dois tiros? É no peito. No peito. No peito. Só isso aí já é estranho, né? Não. Aí tu pega, pô, mas não tem pólvora na mão do cara. O cara tinha que ser canhoto para conseguir. Ele é destro. É, é, é estranho, né? Né? E outra, tipo assim, pô, se tu tá querendo já seifar a tua vida, por que que tu vai botar toalha para abafar o som? É, ninguém, tipo, não vai querer que ninguém te ache depois. Est, é, daí tinha até outras dúvidas que também vou ler aqui porque, enfim, é importante a gente ser certeiro, né? não errar em palavras aqui. Eh, mas o uma dúvida um pouco menor que não é tão grande como essa, mas o quarto onde ele Alfredo ã vivia, enfim, era con Alfredo era conhecido por ser bastante bagunceiro, né? Então ele e estava, entre aspas, estranhamente imaculado, né? Aí o relatório inicial mencionou eh dois tiros, mas depois de toda essa eh investigação feita, foi encontrada ã apenas uma bala no colchão. Só um projétil. É. Aí tem também essa questão, né? Que a mãe Regina, né? a irmã Rose e aí amigos próximos como o Geraldo Matos e Vera Chevichenko. Acho que a Vera era secretária, né? Era secretária. Eles nunca acreditaram que ele cometeu suicídio, né? Então, ah, aí que começaram eh surgiram inclusive rumores que alguns policiais foram subornados para abafar a investigação e classificá-la como suicídio. É, é isso rumor, né? com Lourdes Matos, esposa de Geraldo, alegando que 80.000 foram pagos aos policiais, né? Então, eh, mais algumas não evidências, mas mais rumores que foram que atentavam para não ser realmente para ele não ter tirado a própria vida e sim ele ter alguém ter matado ele. Sim. É, se eu não me engano, a mãe e a irmã contrataram um investigador, né? fizeram uma investigação particular. Uhum. E de certa forma não culpo elas, né? Porque a polícia do Rio de Janeiro, É verdade. Pontos, pontos. Vamos parar por aqui. Não vou entrar em detalhes, mas né? Desde sempre a polícia tem essa fama. Mas tá. Então esse tudo tudo isso falou já é suspeito. Uhum. Tá aí elas aí a mãe até dele tava fora do Brasil, chega, né? Elas ela vem pro pro velório, que também foi meio estranho. Sim. Por quê, né? Porque já no É, segundo consta, a própria, na verdade, foi a irmã, né? A a Rose, que falou que ela tava super mal, a mãe também, né? Destroçada. E eh a Lily preparou ali uma recepção lá na casa, né, que era uma coisa acho que mais comum antigamente, né? Sim, sim. Do velório lá e tal, só que ela tava ela tava muito bem, vamos dizer assim, né? Ã, preocupada com a organização da festa, super bem arrumada e recebendo todos os convidados e tal. E só que não parecia que era uma viúva, alguém de luto, né? Sim. Isso na avaliação da das familiares, da irmã e da palavras dela, né? Mas isso aí já é um ponto que ela achou estranho. Aí logo depois, ã, logo depois acontece então essa questão do testamento, né? Sim. Sim. que simplesmente o testamento, né, ficou todo para Lily Safra e pro Carlos e pro Carlos, né, o filho dela, porque é então assim, as a irmã e a mãe que que tinham que eram sócias no negócio lá no início, né? Sim. Acharam muito estranho isso, né? Tipo assim, como assim o o testamento foi todo para Lily, né? Inclusive, isso foi depois pra justiça, né? E o e curiosamente o testamento foi assinado com testemunhas, né, por feito pelo próprio Alfredo, com testemunhas. E da e e ele relata que a mãe mesmo mesmo eh na no livro, eu acho que tem isso, eh fala que a mãe mesmo depois de de tudo que aconteceu não acreditava que o filho tinha feito aquilo, mas também eh como é que eu posso dizer? eh achava que ele que ele tava naquele momento de depressão, sabe? Tinha feito alguma coisa tinha acontecido que ela não sabia exatamente o quê. Uhum. Mas que ele tinha ele tinha feito isso, o testamento e um momento de muita baixa isso porque o testamento foi em 1966, né? Gre isso foi a contestação da defesa da dos Monteverde. Ex. Uhum. Falando que ele quando ele assinou esse testamento, ele não tava em boas condições mentais, né? Uhum. Tava num momento de baixa da inclusive tomando aquele remédio. É, inclusive o próprio médico aí fala que no período onde em que ele assinou esse testamento, ele tava sob medicamento, sobre tratamento desse do de do de um psiquiatra, né? Aham. E é um é um remédio com bastante implicação, assim, é bem forte isso. É comprovado. Sim. É. E aí, então, e aí então começa uma batalha judicial aí, né? Porque também daí a Lily consegue adotar o Carlinhos. Sim, né? Então, e aí naturalmente o que era dele vai já vai tudo para ela. Perfeito. E como se não bastasse, né, ela aí que tá, né, com a ajuda do Edmon Safra. Uhum. Ela consegue adotar o Carlinhos no Reino Unido, em que as leis são diferentes e tem uma série de brechas jurídicas que aí ficou muito difícil. da da contestação, né? Da contestação, né? Até porque uma outro fato estranho é que um mês depois da morte do Alfredo, isso, a Lily simplesmente pegou o Carlinhos, se mudou para Londres e o não deixou nem o guri se despedir da avó, né? Da pô, esquece, a Rose e a Regina, tá? Regina Monteverde. Então, segundo a Regina Monteverde, novamente, né? Segundo o que elas estão falando, ela achou estranho o fato de ter sido de ter isso, disso ter acontecido tão rapidamente, né? Um mês só depois da morte, ela simplesmente parecia que era uma fuga, né? É porque ela não levou nem as roupas. Exato. Foram simplesmente se simplesmente se mudou Uhum. Para Londres, né? E deixou o encarregado para cuidar de toda parte jurídica e de herança. Isso aí. Ninguém menos que Ed Monsra. Ele me eh ele se tornou, entre aspas, um faz tudo, né? Sim. Dela. Ele ele fazia tudo. É, inclusive a inicialmente ali ele tava bancando as contas dela lá em Londres, que não era nada baratas, né? Ã, porque ela ela já desde a época do do Alfredo, ela tinha um lifestyle bem luxuoso. Sim. Mas aí que tá, né? Então, já muito muito cedo, né? o Edmund Safra começou a a cuidar de toda a parte legal, né, toda a parte jurídica e financeira. E aí a Regina e a Rose foram paraa justiça, né? Só que como elas sabiam que a, pô, a justiça brasileira, Exato. até hoje não é confiável. O grego tá fiado hoje, hein? Pode rolar suborno. Que que elas fizeram? a elas foram pro Rule of Law, né? Foram paraa Inglaterra, uma corte mais respeitada. Só que beleza, estamos falando de, pô, a família Monteverde super rica até hoje, né? Depois a gente vai falar, até hoje é super rica. Só que do outro lado tinha um Edmon Safra que colocou toda a equipe jurídica dele do Trade Development Bank para cuidar do assunto. Sim, sim. Eh, entre aspas, os melhores advogados do mundo. Exatamente. Pegou o alto escalão dos advogados dele Nova York, Londres. E aí, meu amigo? E aí essa batalha é foi louca, né? Então assim, vamos lá. Vamos. Eu sempre tento fazer esse, né? Porque é muita, para mim é muita informação, mas vamos lá. O Alfredo faleceu e olhando pro testamento dele que tinha sido feito anos anteriores, eh, sobre circunstâncias e aí sim laudos psiquiátricos feitos por médicos, ele fez aquilo ali, ah, ã, sob medicamentos, desculpa, fortíssimos. Medicamentos. Eh, ficou de um lado depois da morte dele, a mãe e a irmã, e de outro a Lily safra e o Edmon safra também, porque ele acabava ajudando muito nele. As circunstâncias foram muito estranhas e a partir disso começou uma batalha judicial, justamente porque a mãe e a irmã, que segundo relatos de muitas pessoas, isso é importante ser colocado, se davam extremamente bem com ele, principalmente a irmã, como eu disse, era uma confidente e ele e elas não estavam no testamento. Por outro lado, né? Eh, eh, as circunstâncias foram realmente estranhas, ou seja, o cara dá dois tiros, eh, eh, em teoria com a mão direita, mas ele era canhoto e uma série de outras coisas. Ela, a própria Lily estava estranha, comportamentos estranhos. E aí no segundo momento começa realmente uma batalha judicial, onde a mãe e a irmã, no caso, estão praticamente sem dinheiro. Não vamos dizer que não tinha dinheiro, mas como não estavam no testamento, ficaram sem muitas posses, né, contra um banqueiro que já era mundialmente conhecido e com quem ficou com a fortuna pertencente ao ao Ponto Frio. Então meio que virou um Davi contra Golias, né? Até é, mas dando o exemplo que a gente deu no B ali, mas não se aplica, né? Então, ah, esse era o contexto dessa do começo dessa briga, né? E aí, estranhamente novas coisas foram surgindo a partir desse momento, né? Sim. Que foi inclusive um relacionamento. Sim. É. E aí vale também só mencionar que a gente tá falando de de dois dois processos, né, que é a questão do testamento e a questão do da guarda do Carlinhos, né? e que para ajudar a mãe biológica do Carlinhos no Rio de Janeiro também entrou com uma ação. Então ficou três processos, dois em Londres, um no Rio de Janeiro. Pensa o a fortuna que encastaram com advogados, né? Então assim, muito complexo. E aí logo depois disso, poucos anos, acho que foi 73, se eu não me engano, a L a Lily Watkins casa com Edmund Safra e vira a Lily Safra. 76, 3 anos. Você errou, meu amigo. Que horror. 76. 76. Então o que já todo mundo meio que suspeitava e achava estranho, uma proximidade tão grande se concretiza. Sim, porque pouco tempo depois da morte, né, do Alfredo, o a Lily e o Edmund, eh, pessoal suspeita que eles começaram a namorar, né? Aí foi se concretizar, realmente. Aí ficou, né, óbvio, em 1976 que eles daí realmente casaram. É. E porque tinha eh algumas pessoas falavam que que na verdade o Edmon já conhecia o a Lily já antes, né? Ele começou a se aproximar depois da morte, mas ã Lily era casada com o Alfredo, ela dava bastante jantares no seu na sua casa lá. E geralmente o E o Edmon Safra inclusive ia com o Joseph muitas vezes. E o Moise, né? Uhum. Porque o Alfredo era um grande cliente e tal. Sim. Então lá que eles se conheceram, né? Mas daí tá. Daí depois com a morte ele começou a cuidar de toda a parte burocrática, jurídica. E aí então depois que que vocês eles ficam junto e aí dá mais pano pra manga, né? É. É. E enfim, se casaram, né? Mas o interessante é que eh bom, a batalha judicial se estendeu por anos, né? É, entre as partes. Porém, a família do Alfredo, né? A família, eu digo, mãe e irmã acabou sendo derrotada. É isso. É as ações do as ações do ponto frio, que também é uma curiosidade, né? Muitas vezes quando, ainda mais um varegista, né? Mas muitas vezes quando uma empresa entra numa disputa judicial e acionária, as muitas vezes a empresa quebra, né? Uhum. Não foi o caso, porque as ações do Ponto Frio ficaram tudo para Lily, tá? E uma parte pro Carlinhos, né? Que até hoje, né? Tem, enfim, ganhou muito dinheiro. Mas o que que aconteceu? A Lily não tocava o negócio, obviamente. Obviamente não, mas ela não era uma administradora, não era uma empresária. E isso aí também ficou a cargo do Edmon Safra. E o Edmon Safra colocou um braço direito dele para tocar, que tocou durante décadas, tanto é que foi um dos motivos que fez o Ponto Frio ser uma máquina, né? Sim, claro. Já pegou uma base muito boa do Alfredo e aí depois ele só colocou esse cara para tocar e e aí então eh a Regina e a Rose não não venceram essa batalha. Perderam porque é difícil, né? Batalhar com Sim, de pockets do Edmon Safra, né? Eu não queria tá na ponta oposta dele, não. Um lugar difícil. É. Mas enfim, aí a a a fortuna, todas as ações da do Ponto Frio ficou ficaram para Lili. Uhum. E na e na verdade ela depois, né, com o Edmund, ela ainda ficou mais rica ainda. Não era nem pelo ponto frio, né? Era pro próprio Edmund que vendeu dois bancos por 10 bit de dólares, né? Sim. Que também tem uma história misteriosa nesse meio tempo, né? como o greco colocou, é interessante analisar, porque eu acho, a gente sabe que e tem até uma frase, né, que o varejo não permite erros, né, tu não pode, enfim, é é um é um setor muito ajustado, é muito difícil, né, mas até algumas fontes, né, atribuem realmente o sucesso. Claro que o Edmund Safra botou um braço direito dele lá, o cara não, né? Não, não dá para diminuir a importância dessa pessoa. Mas o que se coloca que a base era tão boa, né, realmente que eh do o que no caso o que o Alfredo fez, né, naqueles poucos anos, como ele era um gênio da administração, que durante décadas o ponto frio sempre esteve entre os três maior entre as três maiores varegistas do do país, né? O que quase soa o inacreditável, né? Porque como o Greg disse, pô, ainda teve uma batalha judicial no meio ali que poderia fácil, já acabou com muitas empresas, né? E aí como a gente, né, até se tornando repetitiva, pô, o varejo não permite erros, aí aconteceu isso, mas mesmo assim o Ponto Frio seguiu a sua expansão com números bastante expressivos, sempre estando entre os maiores, né? É. Aí aí eles a Lili continuou como acionista junto com o Carlinhos, né? O Carlinhos também não administrava, já morava em Londres, né? Só tirava dividendo, bons dividendos. Mas aí então 2009, na verdade antes ela ela decide vender, né, as ações e aí puxa um pede para alguns bancos de investimento achar com o comprador. E aí em 2009, então ela fecha a venda das ações dela para pro Pão de Açúcar, né? Uhum. Por mais de R 1 bilhão deais. Sim, né? O que li em alguma matéria, cara, que acho que acho que foi os caras do Goldman Sax falaram que foi difícil de de vender porque ela não precisava de dinheiro, ela não tinha menor pressa, né? Ela não tinha menor pressa, então sempre que achava um interessado, ah, pô, quero 1 bilhão, a gente paga. Não, daí eles iam até ela, falou: “Não, se pode pagar 1 bilhão, pode pagar 1 e 100, 1,200”, né? Porque é típica a pessoa que não precisava, tá rica. Até porque ela já tinha dado a fortuna do Édon quando ele faleceu. Eh, mas em 2009 aí no ano que o Pão de Açúcar, né, compra o Ponto Frio e a Casas Bahia, né? Sim. Né, para formar um grupo, um grupo gigantesco, né, maior do Brasil, que depois foi um um fiasco, né? Qual que é o nome do grupo? Hoje é Via Varejo, né? Mas GPA, é GPA, daí virou via varejo, mas daí depois se separaram tudo, tá uma confusão ainda, tá, né? Nossa, essa trista aí também é boa de entrar. A via varejo hoje não vale nem 500 milhões, eu acho. A ideia a a ideia do super grupo de varejo acabou indo. É, eu acho que morreu muito justamente ali em 2011, 12, quando o Abílio saiu, saiu, né? Sim. Que foi um erro dele, sim. Mas a todo o dia de foi estranho, tipo com ponto frio até que não, mas a li na biografia do Abílio que a logo depois que eles compraram as casas do Bahia, acho que uns cinco dias depois os Kin pediram para reverter o Dilm, né? Enfim, falando da da da confusão que foi, mas foi isso. Então, eles saíram definitivamente do ponto frio, que na época era o quarto maior varisto do Brasil, né? Ela vendeu as ações, né? Então, eh, ela tem esse histórico assim, né, de muitas pessoas chamar ela de viúva negra, né? Porque teve dois maridos que morreram em circunstâncias estranhas, no mínimo. É. É, que que acontece? de 99 a ela demorou 10 anos para vender o Ponto Frio. É, então, só para exemplificar o quão difícil foi esse essa venda, mas a Lili safra e se a gente quisesse fazer um vídeo sobre, né, eu acho que ele explodiria, porque ela ficou realmente conhecida, como o greco disse, como a viúva negra, porque anos mais tarde o o parceiro dela, né, o Edmund Safra, por isso que ela se tornou a Lily Safra também faleceu numa circunstância muito estranha, né, de um incêndio criminoso. Até hoje é discutido se é verdade, se não é, né? É, muitos e tem muitos detalhes nessa nessa história que não não fecham, enfim, dizem que o Ted Mayer lá, que foi o cara que confessou, dizem que foi pago para confessar, não sei o quê. Enfim, muitos boatos. Coisa, né? É, muitos boatos, muito mistério. É, mas é, foi isso. Acho que se querem saber mais do Edmontra, tem o vídeo. Mas só contextualizando, em 99 ã ele vendeu dois bancos pro HSBC por 10 bit de dólares. Isso em maio, tá, de 99. Em dezembro, alguns dias depois de que realmente entrou o dinheiro para ele, aconteceu um incêndio do no apartamento dele em Montecarlo, né? Que a gente vai colocar a foto aí porque era um belíssimo. Me desculpa. Clar bizarro. baita apartamento. Mas acontece que o seguinte, ele então ele ele tinha vários apartamentos pelo mundo e tal, mas ele tá por último, ele tava lá em Monte Carlo, né, em Mônaco, porque ele tava bem debilitado da doença de Parkinson. Então ele morava lá e tinha uma equipe de enfermeiros e tal cuidando dele. E um belo dia e vale contextualizar, né? Mônaco não é conhecido por ser um lugar violento, né? Então isso tudo na época isso gerou muita polêmica, muitas manchetes, né? Teve muitas mesmo. Eh, porque numa madrugada de 99, dezembro de 99, simplesmente começou um incêndio eh na cobertura do Edmon e ele morreu, né, sufocado pela fumaça. E aí começou essa essa essa busca para entender o que que de fato ocorreu, né? Uhum. E aí foi uma loucura, né? A história tem várias nuances legais de entender. É, até no nosso vídeo a gente conta melhor, né? Mas no final do das contas, um enfermeiro lá confessou que que ele queria ã fazer um colocar fogo no apartamento e aí salvar o Edmund para ganhar uma recompensa. Essa foi a história oficial. Uhum. E aí ele confessou e foi preso e tal. É, é que ele queria fazer um resgate heróico, coisa assim, pegar um res. E é estranho também porque o Edmund ele vai para um quarto lá meio blindado, né? Em vez de sair do apartamento que dava tempo até, mas ele vai pro por esse quarto aí, se fecha lá e acaba tudo muito estranho, né? Aí como é o fato de seu o terceiro marido dela, o segundo morto em circunstâncias também assim, no mínimo estranhas, né? Um, o Alfredo já foi estranho, depois o Edmund. É. E sempre envolvendo quantias enormes de dinheiro. É, foi o que pegou essa fama aí que muitas pessoas Sim, né? Mas deixando claro que são só fas, mistérios, nada é provado. É, é, nada, nada nunca foi comprovado e e mas é algo que é um papo muito ã falado, né? Tem muita gente que comenta isso, não muito, né? Porque afinal, como o Greco disse, eh, a família safra, né, a qual a Lili eh pertenceu, né, ela virou uma a matriarca da família, faleceu recentemente, 2022, né? 2022, chegou a ser a mulher mais rica do Brasil. Exatamente. E e então aí pesa contra elas essas acusações que a gente não tem certeza de nada, mas o que o greco colocou é que em ambas as eh em ambos os fatos eles foram fatos estranhos e por isso que tem toda essa aura, né? Tem toda essa questão por por trás e que quando se diz em Lili safra as pessoas, ela ficou claro também conhecida pela filantropia, etc. mas também, né, na na nas rodas aí ao redor do Brasil, né, principalmente da alta sociedade. E isso a gente já teve a oportunidade de estar em algumas e e até nos perguntarem por eh pelo conhecimento que temos em termos de estudo e tudo mais, né? E a gente eh obviamente não tem como afirmar nem ou não afirmar, né? É algo que realmente foi feito, aconteceu, mas as investigações tiveram suas conclusões, as batalhas jurídicas aconteceram e e no caso da da Lí, ela sempre foi inocentada, né? Então, eh o que é, inclusive o próprio testamento do que nem a gente falou, o próprio testamento do do Alfredo foi assinado com testemunha, né? Exato. É, então, querendo ou não, era o que ele queria. Uhum. A gente não pode dizer, tá? E aí hoje em dia o Carlos Monteverde, né, Carlinhos mora em L, tem umas fotos, tinha umas fotos bem engraçada dele, talvez, ele mora em Londres, ã, é um dos maiores colecionadores de carro esportivo do mundo. Inclusive tem uma Inclusive tem uma curiosidade que ele entrou com processo contra o Jerry Seinfeld, o comediante mais rico do mundo, né? Bilionário, porque o Jerry Sefeld, para quem não sabe, é um grande colecionador de Porsche, né? E o Carlinhos também. E o Carlinhos comprou um eh comprou um Porsche do Seinfield. E quando ele foi fazer lá a restauração, eh, a empresa que cuidava disso falou para ele que aquele porche não era o não era autêntico, vamos dizer assim, não era o que ele tava realmente comprando. E aí ele entrou com processo com Seinfeld, que aí o Seinfeld teve que entrou com processo contra a empresa que ele tinha comprado, falou: “Pô, como assim não é?” e tal. Mas aí no fim se acertaram lá, né? Mas é, imagina briga de bilionário, né? Não. E a empresa dinheiro de pinga também para ele. A empresa do Carlos Monteverde se chama Fica Frio. É exato. É. E o Porsche era um porche de 1956 que ele pagou a bagatela de 1,4 milhões de dólares. É, é uma família muito, muito rica que tirou seus, seus dividendos por muitos anos do Ponto Frio e também do do da próprio dinheiro da Lily, né? porque ele era virou filho dela. Eh, e até até a Bob Monteverde, né, é uma trabalha com arte, enfim. Aí de tempos em tempos vem pro Rio de Janeiro, porque segundo ela ela tem um um apartamento em Ipanema. Então, mas ela se considera Londrina, el tem uma galeria lá em Londres, né? É alta sociedade total, né? E tu vê, cara, não, se eu falar muito, né, do sobrenome Monteverde, Groomberg, não, com certeza. Ah, mas me me chama atenção a a história da família e do Ponto Frio, né, cara? Que que loucura. Uma bela história. Inclusive, eu acho que cabe um documentário também, né, além desse episódio. É, acho que seria legal até para ter mais alcance também, né? É uma história que todo mundo, todo mundo deveria, não precisa nem ser do do Alfredo, mas do Ponto Fri continuar até contando tem bastante foto boa e tal, né? Teria mais alcance porque o podcast é mais pros raiz mesmo, é para quem nos ama. É, é, é interessante, né? Porque eu acho que eh até dando indo pros finalmentes, eh, pô, é uma história que tem essas questões de ele é improvável, né? porque é um imigrante romeno que, pô, queria ir pro pros Estados Unidos, né? Foi o caso. E até a gente não encontrou o por que foi negado, né? Porque afinal era uma família eh de posses e os Estados Unidos eh tinha uma aceitação bastante grande naquela época de acho que ele pegou o antissemitismo, talvez, né? Pode ser, a gente não sabe, né? H, mas aí veio parar no Brasil, o cara começa importando eh pneu e coisas do tipo e se torna em determinado momento, inclusive, a maior varegista do país, né? Foi, esteve ali entre as três maiores durante décadas. Eh, porém, ã, muito novo, né? Aos 45 anos acabou morrendo, né? E e o que chama atenção é principalmente para mim, né? É os relatos desses dessas pessoas que estavam ao redor dele, né? de pessoas, de executivos e tudo mais, falando da genialidade dele, né? Então é uma, de certa forma, também é uma pena que ele tenha falecido tão cedo, porque ele poderia ter construído muitas outras coisas, como era o caso, por exemplo, do banco, né, que ele queria fazer para para um banco popular, né, com foco na classe Bider, no caso, na época só base. Então, é é muito é uma história triste, né, mas que também volta de polêmicas que não são muito ditas. Ah, porque inclusive a gente tá mexendo, entre aspas, num vespiro que poucas pessoas falaram, né, que como Mateus disse, inclusive como é que a gente chegou ao livro, é porque a gente morou fora do país e foi por isso que a gente leu, né, deixando bem claro esse exato. Não compramos de território nacional. Então é é uma história bastante trágica, mas que traz assim alguns ensinamentos também na minha na minha visão, principalmente de como se perpetua um negócio, né, com bases muito fortes, né, com uma raiz muito forte, ele realmente conseguiu botar o ponto frio durante muitos anos é eh com inclusive também muita inovação, né, que era a questão do crédito, ã, na na cabeça no sentido de das maiores do Brasil, né? Então, me chama muita atenção essa história, eh, principalmente pelo ar eh, sombrio, mas também do que que poderia vir a ser esse império, né? É, e eu eu acho também que acaba acabou, né, com com o tempo e pelo que aconteceu, talvez a morte muito muito cedo dele, ele acabou ficando um nome um pouco esquecido, eu acho, nesse ah nesse ru de empresários, né, de dos próprios varegistas que existiram no Brasil, acabou ficando um pouco de lado assim o nome dele, apesar de ser um cara muito genial. E inclusive, bom, a prática do crédito que a gente falou aqui, tá disseminou pelo Brasil, né, até hoje. Então, para ver, entender a genialidade desse cara e a importância dele também, né? Sim. No no no Brasil. Verdade. É uma uma de certa forma uma ah uma forma de resgatar um pouco da do legado dele, né, que foi um cara importante. Tem vários caras que já foram conhecidos como rei do varejo, né? pega Brastel, pega um monte de varegista. No entanto, não, aquilo que eu falei lá no início, não tem tanta coisa sobre ele, não tem matérias, não tem, é uma coisa meio, como faz muito tempo que ele faleceu, né? 69, acho que é isso que acabou ficando. Não, trajetória é muito curta, né? Deu tempo nem de agradecer. Eu acho que eu acho que ele entra na naquele hall lá, tipo um Mario W Simons também, sabe? Acho que esses caras que morreram nos anos 60 assim, poucos ficaram conhecidos e tal, né? É, na verdade são boas, se for analisar, né? Claro, hoje o acesso à informação e a informação ela é ela, enfim, pipoca muito mais, né? Porque existem e n empresas de mídia, né? Porque a internet ela, inclusive o curioso mercado foi criado assim, né? Mas o a história dos empresários brasileiros, ela elas elas ou não foram contadas ou foram contadas e acabaram sendo esquecidas, né? E aí que entra essa questão, né? Olha a importância de um cara como esse que foi criador de uma, foi um dos criadores, né, de uma cultura que está enraizada em todos os lares brasileiros, né, e que nos difere muito, né, que como o grego colocou, pô, agora os americanos estão fazendo isso, criando um nome bonitinho, mas, pô, a gente fez isso há muito tempo. E a e a própria virada de de acesso a um monte de produto que não existia no Brasil, né, uma coisa, pô, o cara botou dinheiro nisso, né? Uhum. Sabe, podia não dar dar não dar certo, sim, né? botou energia, criou. Então é é admirável. Acho que é um ba de um empreendedor verdadeiro, assim, empresário mesmo, com certeza. É isso, senhores. É isso. Então, pessoal, muito obrigado por terem nos acompanhado até agora. Espero que tenham gostado da misteriosa história do nosso amigo Alfredo Monteverde, que traz grandes lições e também traz questionamentos, né? Eh, grandes questionamentos que a gente nos faz há muito tempo, né? Inclusive, eh, é uma história que, como eu disse lá no começo do episódio, a gente sempre comenta e procura no, enfim, novas fontes e coisas do tipo, mas que sobretudo foi muito eh abafada, né? Acho que esse é um e essa é a é a frase que define essa história, né? Ela foi abafada em circunstâncias que eh são duvidosas. Então, muito obrigado e próxima semana tem mais do Converso do Curioso. Muito obrigado. Valeu. Valeu, galera.

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