Política, gênero e religião: o lado que não te contaram | Espectro Cinza

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Você falou que não acredita em Deus, por exemplo, quer dizer, uma posição ateísta. Então tá. Então, por que você faz o que faz? Vai começar o Iron Talks. Neste programa questionamos tudo sempre na busca pela verdade. Espectro cinza, voz disruptiva no universo digital, criadora do conceito de conciliacionismo de gênero, colunista, engajada e desafiante do debate público atual. Ela traz uma perspectiva afiada sobre feminismo, política e religião, sem concessões ou clichês. Por que que tu acredita, por exemplo, em Deus e não que existe, sei lá, um dragão metafísico girando em torno da Terra? Os homens da nossa geração fracos, improdutivos e covardes. Verdade. [Música] Todo poder corrompe. O poder absoluto corrompe absolutamente. Lordon lendá. Vamos lá. Por que espectro cinza? Pois então, eu lembro inclusive do dia que eu comecei a fazer ali um o brainstorm de criar um nome pro meu canal, né? E eu queria realmente algo que conceituasse bem assim logo de cara. E aí eu fiquei pensando, tá, o que que eu sou atualmente, né? Eu já tava com uma certa dificuldade ali, uma crise de identidade política, principalmente, né, ideologicamente. E aí eu pensei, cara, eu acho que eu já tô de saco cheio, né, de uma percepção muito maniqueísta e fechada. acerca da realidade, porque os fenômenos humanos e os fenômenos da vida são todos muito intrincados e difíceis. Depende de tantos fatores que torna tudo muito complexo. Então, não faria sentido eu enxergar que ou é tudo ou nada, preto ou branco. Sim. 880. Eu precisava de algo que estivesse no meio disso. E quase tudo tá no meio, né? Exatamente. É muito difícil uma coisa estar lá e a outra lá no outro extremo, entendeu? Então eu queria encontrar os tons de cinza, no caso de 50, as nuances. Nossa, realmente com certeza alguém já deve ter pensado que tinha a ver com sadomasoquismo, né? Com certeza. Mas não, não tem uma par pir essa daí. Com certeza. Não que não seja ruim, né? Não que seja ruim, realmente. É, pô. Tá bom. Tudo tem lugar e hora, pô. Exatamente. Exatamente. Então, é justamente para conceituar que a vida ela é muito complexa, né? que a vida demanda uma capacidade de enxergar nuances. Agora, se tu pudesse, e a gente fez um programa aqui antes, eu gostei muito do que você falou, então dizer assim: “A tua missão então qual que é no final das contas?” Tendo como base o essa esse meio do caminho, né? Uhum. Olha, é de uma forma muito generalista, mas eu quero deixar um legado positivo, um bom legado que pode ser temporal, mas esse é o objetivo da minha vida de deixar um legado positivo pra vida das pessoas e transformar a vida delas da forma que eu puder. Antes da gente mergulhar noss assuntos que vamos mergulhar, a gente vou voltar um pouquinho porque a gente estava conversando antes de começar o programa. Agora, por que você faz o que faz? Você falou que eh não acredita em Deus, por exemplo, né? Uhum. Uma posição ate Uhum. Então tá. Então por que você faz o que faz? Assim, veja bem, eu fui criada na igreja. Qual? A igreja Batista Independente. Sério? Sim. Eu primeiro eu frequentei a metodista. A mamãe ela era assembleana anos 70. Super rígido, assim, era brava. Exatamente. Bem fechado ali. Ela era bem rígida e tal. E aí desde criança, eu tive dificuldade em me adaptar na igreja, tanto comportalmentalmente quanto intelectualmente. Uhum. Mas eu sempre tive um senso de propósito muito forte, mesmo não tendo nada a ver com a igreja. E daí depois quando eu me tornei de fato a Teia, que eu assumi que eu era até, aquilo não fez mais diferença para mim, entende? Porque assim, como o meu senso de propósito e o meu senso existencial não dependia de Deus, quando removeu Deus continuou tudo igual. Deixa eu te fazer uma provocação. Será que não é ao contrário? Tu só tem esse senso de propósito porque tinha Deus. E aí mesmo você dizendo ou porque veja, nós nós carregamos muitos traumas. Sim, concordo. E assim, é óbvio, as decepções, a vida, nós amadurecemos. E aí é difícil tu acreditar em conto de fadas o tempo todo. E nem tudo do que é passado pra gente é dentro das próprias religiões. Tu olha falar: “Isso não faz sentido, cara”. Tipo, tá ligado? Isso aqui você percebe. E aí às vezes a gente tem um hábito de jogar o bebê com água fora do tá ligado? Mas eu não sou antirreligião. Não, não. Eu sei, entendi. Você na minha questão, quando eu te perguntei essa provocação, é porque às vezes, por exemplo, você tem maior senso de propósito, firme, estabelecido e fundamentado, mas a a minha colocação é porque só dá para ter um propósito firme se ele tiver pelo menos algum tipo de esperança de eternidade. Bom, então em relação a, por exemplo, eu não falei certeza, a provocação acerca do do fato de que talvez isso esteja me influenciando até hoje, veja bem, e que depende, porque uma coisa que eu já vi muitas pessoas, chora me engano, inclusive pessoas não ateças, é de que a vida não tem sentido, que a vida não tem propósito e que ou senão depois que se tornaram ateus, ficaram sem era, nem beira, né? que realmente para muitas pessoas essa crença na imortalidade ou pelo menos na existência de Deus é muito importante para fundamentar o que elas fazem diariamente. Só que eu nunca tive essa crise existencial, sabe? Porque eu lembro inclusive de um período em que eu estava nilista, mas não existencialmente, de fato, psicologicamente, era na prática. É, foi um período da minha vida que eu estava estagnada. E nesse período eu fui infeliz. Esse período específico assim, em um sentido existencial, eu vivia de uma forma miserável. Eu sentia que a minha existência ali era miserável, porque eu não estava agindo de acordo com os meus instintos, com a minha intuição natural, que era agir de acordo como se eu tivesse um propósito e que as coisas valeriam a pena. Agora isso não é fé, cara. Tenho com certeza. Eu acho que eu sou muito crente. Mas é isso que eu tô querendo te dizer. Você tá falando para mim como uma mulher. Só que eu não acredito em Deus. Esquece. Esqueira Deus. Esquece Deus. Tira Deus do Tira Deus da jogada. Eu vou te explicar uma maneira como eu enxergo. Eu conversei com o engenheiro Léo aqui. Ah, legal. Que que ele falou para belo programa. No final do programa a gente entrou um pouco nesse assunto. Ele falou: “Ah, eu tenho dificuldade de acreditar porque para mim as coisas”. Eu falei: “Cara, será que você não entende? Você tem muita fé”. Aí ele: “Mas aí ele não entendeu o ponto.” Eu falei para ele: “Cara, você tem muita fé. Por quê? Porque você não é como uma criança que precisa ficar vendo as coisas para acreditar, ok? Você simplesmente vive, tá ligado? E isso é fé. Fé uma convicção inabalável de alma. Quando eu chego e falo para você, por que você faz? Ah, porque eu tenho um propósito firme. Falei: “Beleza, mas da onde? Por que esse propósito? O que te direciona? Você vê que tem religiosos que vão chorar e dizer qual é o sentido da vida?” O propor na hora da morte começa a mijar nas calças, falar: “Ai, meu Deus, será?” Tá ligado? E outros estão atravessando a existência com firmeza, com dignidade e para além de si mesmos, cara. E não faz sentido. Sim. Nossa, que engraçado. Agora tu tá me fazendo me sentir uma ateísta muito crente. Mas eu Mas tu entende porque não faz sentido. Olha só, Deus não existe. Beleza? Sentido. A vida ela é natural e apenas natural. E assim, cara, foi um acaso. É aquela coisa ficar uma sorte absurda. Uhum. Tá sorte ou azar, eu não sei porque, né? Beleza, vai entender, né? Mas vai, chegamos aqui, estamos aqui, evoluímos todo esse tempo, mas a gente só vive 50, 60, 70 anos com sorte, 80. Legal. O que eu faço da minha vida, meu irmão? O que eu puder, porque eu sou bicho. Agora, quando eu, diferente dos bichos, começo a olhar pro outro e fala: “Pera um pouquinho dá para viver não só por mim, mas por alguém? Tem alguma coisa que não casa aqui”. Cara, é realmente uma perspectiva bem interessante, porque veja bem, eu passei por um processo bem longo até em relação à religião, porque eu tive um período em que eu acreditava, né? Aí depois eu comecei a titubear comportalmentalmente, intelectualmente e aí em dado momento eu me tornei atia. E aí logo em seguida eu tinha oeriza de religião, o ereriza assim é de todas praticamente. Só que o tempo foi passando e eu percebi que eu estava demasiadamente carnal. Uhum. Eu não sei explicar, mas era uma sensação de que eu estava vivendo como um bicho, sabe? Eu sentia que eu precisava de algo além, espiritualmente falando, mesmo ainda com essa concepção de ateísmo. E aí eu comentei isso com um amigo meu aqui em São Paulo, inclusive, e eu achei interessante porque ele prestou atenção. Certamente naquele momento ele teve o insight, eu vou levar essa desgraçada pra Iasca. feit ele me deu de presente e eu fui num culto chamânico aqui em São Paulo, inclusive foi no meio do mato com uma fogueira enorme assim, só que eu já tava num processo em que eu comecei a perceber o valor da construção humana ao longo das gerações. E ali eu percebi, cara, eu acho que eu tô me tornando um pouco mais conservadora do que eu jamais fui. Eu acho que o o principal traço conservador que eu sempre tive desde criança era aquele apego por construções antigas, monumentos, museus, sabe? Esse estudo pelo passado, pela manutenção da cultura sempre me gerou assim um interesse absurdo. Cultura. Mas veja bem, eu comecei a olhar pro metrô de São Paulo diferente. Eu comecei a olhar para aquilo e pensar: “Meu Deus, isso aqui é é um monumento da humanidade, é surreal. os caras fizeram um caminho embaixo da terra, né? Embaixo da terra. E assim, isso exige um estudo de inúmeras pessoas agindo em prol da existência desse metrô. Isso foi eh construído ao longo de anos de atrás de muita evidência científica, com muito cálculo, sabe? Com pessoas trabalhando literalmente colocando as mãos naquilo. E tu olhei: “Meu Deus, isso aqui incrível”. Não. E assim, basicamente a regra da natureza é entropia, é o caos. E aí olha para isso. Uhum. Isso é espiritual, na minha visão. A humanidade ela é espiritual. A civilização humana é impressionante nesse aspecto. E aí quando eu tomei a Iasca, veja bem, é quase como se tivesse assim fechado aquele ciclo que eu tava passando nesse processo. Eu tive um momento muito marcante. Eu sempre conto essa história porque foi um dos melhores momentos da minha vida, assim, eu tive uma o que se chama de miração, né? Eu tive uma visualização do meu lado, lado esquerdo, em que eu olhei pro lado e eu vi muitas pessoas, muitas, muitas, muitas pessoas enfileiradas. E aí elas começaram a se juntar uma na outra, pá pá pá pá, e entraram em mim. E eu pensei: “Meu Deus, eu sou avatar”. foi assim revelador. Naquele momento, é como se eu tivesse me reconectado com o fio da humanidade. Naquele momento eu pensei, eu sou só mais uma, eu sou só mais uma peça na continuidade da humanidade com esse legado. E isso fez com que eu tivesse uma reverência muito grande por todos que vieram e responsabilidade por aqueles que ainda estão por vir. Mas você vê que interessante, se Deus tira, vamos tirar o Deus daquação. Vamos só falar da eternidade, daqui a pouco eu te falo um pensamento, mas se eu não há eternidade, não há continuidade. Essa continuidade ela só faz sentido justamente pelo desejo, pelo menos, ou esperança de eternidade. Você entende essa esse senso de responsabilidade? Porque de novo, cara, eu não sei explicar isso. Eu vejo muito pessoal, pessoas, né, de de debatendo Deus. Eu falo: “Cara, como vocês são idiotas?” Entende? Deus, cara. Deus é impossível. Deus é impossível. Em que sentido Deus é impossível? Deus é impossível de se conhecer. Deus é impossível de se saber. Só definição. Deus, ó, Deus é amor. Se eu chegar para você, Glenda, e perguntar o que que é amor, você pode tentar definir isso para mim, mas eu digo: Deus é. Você experimenta male male. Nós experimentamos isso aqui. Então é a mesma coisa. Justiça, paz. E aí entra as definições. Eu tô falando de definições filosóficas de Deus. Então Deus é impossível. Ele pode ou não ser, ele é ou não é? Ele existe na existe, né? Ele é ou não é? Agora, para mim isso é impossível. Uhum. É impossível. Nessa odis, tu não tá mais para agnóstico, não. Vou te explicar agora nesse. Porque assim, veja, para mim Deus existe. Uhum. Mas ele me é impossível saber. E tá tudo bem aqui. Tá. Mas por que que tu acredita, por exemplo, em Deus e não que existe, sei lá, um dragão metafísico girando em torno da Terra? Vai ser Deus, como você quiser chamar. Hum. É porque aí é onde entra, na minha opinião, Uhum. as idiotizações do tipo Deus é um espaguete voador, tá ligado? Mano, isso aí beleza. É que é porque aí a gente vai no campo do quê de novo? É da banalização do próprio diálogo. Deus, Deus para ser Deus, quando a gente pensa filosoficamente até onde a nossa mente é capaz de chegar, e eu e eu trato isso com muito cuidado, por exemplo, um organismo superior, ele é capaz de entender o inferior. Uhum. Mas o inferior nunca vai entender, no máximo ele arranha. Por exemplo, uma bactéria não nos conhece, mas nós podemos entender o comportamento de uma bactéria. Uhum. Agora um cachorro é um pouco mais evoluído que a bactéria. O cachorro olha pra gente, entende alguns comportamentos, mas o cachorro não sabe sequer. Eu acho que o melhor exemplo analogia é nosso com macacos, por exemplo, Deus. Agora imagina Deus. Estão falando de o Deus. Deus e o homem. O máximo é o homem. Pô, eu amo. Tá ligado? Que sentimento interessante. Será que Deus ama? Não, não. Deus não é só amar. Deus tem que ser isso. É mais. Uhum. Só que veja, essa própria definição já é uma diminuição daquilo que deve deve ser, porque Deus é para além de tudo que eu possa pensar, pedir, imaginar. Uhum. Só que nessa odisseia, nesse caminho louco, o que me é possível, Glenda? Ser humano. A minha única possibilidade em vida é ser humano. E aí tu vai me perguntar assim: “Mas e aí? E Deus nessa jogada?” É aqui meu meu ponto de corte é esse. Mas qual que é o sentido da sua vida? É Jesus. Tu vai entender onde eu quero dizer. Então, tá? Tu acha que se tu não acreditasse em Jesus, não é Jesus, não é, não é o Jesusada, não é o Jesus que popularmente é pregado necessariamente nas igrejas. Tô falando, vou te explicar, é do Jesus que me ensina a ser humano e que olha para mim e fala uma coisa que é assustadora, tipo, qual é o maior de todos os mandamentos? Aí a galera pros religiosos. Ele falou: “Bom, meu óbvio, filosoficamente falando, me Deus de toda a sua força, homem, entendimento, [ __ ] é verdade, mas isso é muito relativo, é subjetivo. Você pode pensar uma coisa, o que isso significa na prática, né? Aí Jesus continua e tem outro semelhante a esse. Qual? Aqui mora a humanidade. Ame próximo como a si mesmo. Aqui começa a experiência humana que nos difere do que é ser bicho. Quando você tava naquele momento dizendo assim: “Poxa, chegou uma hora que eu tava olhando para mim e tava me achando um bicho. Exatamente. Você já não tava se amando. Você entende? Porque quando eu me animalizo, eu eu estou abrindo mão de toda a minha potência. Eu concordo contigo de uma certa transcedência, né? Isso. Eu concordo contigo. E veja e o que que tu pensa, por exemplo, sobre a possibilidade da imortalidade, tu não teria interesse nisso? Total. Mas eu acredito, não acredito na vida eterna. Aí de novo, meu povo. Mas eu digo uma vida natural, viver talvez 200, 300 anos. Não, para mim não tem problema. Poderia viver. Eu amo viver. Eu se eu pudesse. É, pô, você já quis morrer alguma vez? Já, já tive momentos como esses. Mas como é que eu posso dizer? É bem o que se entende geralmente quando se fala sobre suicídio, né, que virou um tabu, eu não queria morrer de verdade, eu só queria acabar com o meu sofrimento naquele momento. Sim. Acabar com aquela existência. É, exatamente. Não era com a existência. Exatamente. Porque eu propriamente amo viver, eu amo a vida. Sei. Então, eu já quis morrer. Eu já tentei morrer e aí quando eu não consegui morrer, eu fui encontrado. E quando eu fui encontrado, eu falei: “Caramba, como é bom viver”. E tudo mudou. E a grande loucura é que quando você começa a olhar para além de você mesmo, que eu tava falando para você, você pece, espera um pouquinho, há um equilíbrio nesse jogo todo, porque é amar ao próximo na mesma proporção, medida intensidade com que eu me amo. Então, ten que aprender a me amar, mas eu não me amo para mim, eu me amo pro outro. Hum. E isso é é a é a grande sacada da vida e é um desafio do caramba esse troço. Acho, eu acho que também tem muito a ver com que eu falei anteriormente sobre gratificação, né? Porque amar é algo muito doloroso na prática. Porque quando tu é criança ou quando tu é mais imaturo, a gente acha que amar é um sentimento. E amar é muito mais do que isso. Quando envolve sentimento é legal, quando tá conectado, amar, mas amar realmente é uma ação, é o que tu faz pelos outros, é uma entrega. Exato. E eu acho que talvez a essa minha espiritualidade, ela tá muito conectada com a minha transcendência, em que eu não vivo mais só para mim. Eu tenho prazer em viver pelos outros. Aí vou te dar uma notícia que aí pode te assustar ou te deixar selar. Mas eu vejo eu eu vejo como eu fui missionário 17 anos da minha vida é na Rússia. Só para você me conhecer um pouco. Maluco. É só para tu me conhecer um pouco. Eu fiz, tu é maluco? Foi, foi o velho. Aos 24 anos eu fui pra Rússia ser missionário e fiquei lá 17 anos. Pô, meu que coisa mais aleatória. Revelação. Revelação, né? É. É que bizarro do doido, né? E aí o que eu te falo que é muito interessante. O que você acabou de dizer é o que eu digo para todo mundo. Tu tem mais fé do que a maioria das pessoas que dizem conhecer a Deus. Eu eu já vi ter. Interessante isso. E sabe qual mais louco? Eu acredito. Então, e não, eu vou te dizer além. Eu te digo além. Jesus era o tipo, era o tipo de de pessoa que esse tipo de de coisa que você citou, ele falou assim: “É isso aí. Nunca vi tamanha fé em Israel”. Tá ligado? Por quê? Porque a pessoa, ela não tá fazendo por troca, ela não tá fazendo por validações exteriores, ela tá fazendo porque ela entende que isso é viver, isso é digno, isso é bom, é o certo. Só isso. Tu faz porque é certo. Só isso. Exatamente. Agora da É isso que eu te falo. Eu quando você fala de Deus e tal, eu creio em Deus. Aí eu falei Jesus. Por quê? Porque ele para mim é a revelação máxima daquilo que eu posso encontrar de Deus. Aonde? No homem. Eu não consigo achar Deus em nenhum lugar, Glenda. Eu só acho Deus em você, no Thago, na minha esposa. Olha só, Deus eu só encontro no outro. Eu não consigo encontrar Deus em nenhum outro lugar. Deus não é lugarizável. Deus não é tocável. Deus não tem olhos ou boca. Deus é espírito. O máximo que eu posso tocar em Deus é quando eu acordo de manhã cedo, minha filha entrar no quarto, eu abraço ela. Você entende? Tu poderia dizer que seria não exatamente uma entidade, mas uma espécie de fenômeno, talvez. Não, eu acredito que Deus é. Eu não sei o que é. Jesus quando perguntaram para ele, ele disse: “Ó, Deus é espírito.” Defin isso. Não tem como definir. Aí os caras estão andando com ele a mocota. Aí pergunta assim para ele: “Jesus, mostra-nos o pai, né? De o Deus. Mostra-nos o Deus. Aí olha e falou assim: “Vocês são tão burros, meu. Eu tô com vocês há tanto tempo, ainda não entenderam. Quem vê a mim vê o pai. O que que ele tá dizendo?” É isso que ele tá dizendo, gente. Deus se manifesta aqui, Glenda. Deus é amor. Isso é abstrato. Eu sinto, vivo e amo. Eu experimento nele. Eu vivo, me movimento, eu existo, eu respiro, eu tô em Deus. Como? Porque eu experimento essas virtudes. O que que é viver em Deus? ou ou esse amor é diferentemente de uma regra que a natureza ela segue essa lei, esse padrão inquebrável do instinto, por exemplo. Uhum. Nós dizemos não pros nossos instintos, tá? E por que exatamente o cristianismo e não outra religião? Porque eu não encontrei além de Jesus ninguém que tenha que seja, não que não haja diversos outros arquétipos, modelos ideais, mas eu nunca encontrei ninguém interessante que em prática tá no alto de uma cruz e diz: “Perdoa porque não sabe o que fazem”. Ou que chega e diz assim: “Se te derem um tapa numa face, oferece a outra. E se te e te magoarem e te maltratarem e te ferirem, perdoe até 70 x 7 e que fez isso até o último dia da vida dele. E aí tu vai ter gente como Fábio Sabino, vai dizer: “Não, mas ele não ressuscitou, fica com você. Tá bom, né? A minha experiência, a minha experiência ela é massimamente humana. E sabe qual o mais louco de tudo?” E aí você vai entender o que eu vou te dizer agora. Acredito muito. A gente olha no espelho quando a gente é sincero, sabe? Quando a gente tá para tomar banho, tá peladão, aí olha no espelho. Aí quando você quer olhar mesmo no fundo do teu olho, observar o observador, sabe que processo contrário. Você olha e você fala assim: “É, o bem que eu quero fazer eu não faço, mas o mal que eu Mas o mal que eu não quero, esse eu tô toda hora fazendo. Tem alguma miserabilidade dentro de mim? Quem pode me ajudar com isso? Quem pode me salvar com isso? Aí sabe o que você descobre? De alguma forma você tá aqui, não tá? E que você tá conectada, como a experiência da Ear te mostrou. De alguma maneira tu é aceita, de alguma maneira você tá inserida e não importa, você tem um propósito. E todos os dias se renova a possibilidade de você viver pelo certo e pelo que deve, pelo que é bom, pelo que é justo. É só isso. É a nossa experiência sempre hoje. Eu diria que é uma experiência espiritual. Com certeza. Eu acho que eu sou uma teia bem espiritualista, considerando o teu conceito. Nesse sentido que você falou, eu também sou ateu. Uhum. Inclusive, essa é uma coisa que geralmente eu digo, eu me sinto uma até bem católica, na verdade, que é o que geralmente as pessoas comentam ao meu respeito. Tem gente que diz assim: “Nossa, Glanda vira católica, de uma vez tu parece uma freira”. Esse tipo de coisa. E eu concordo assim, mas veja que isso aí também foi um processo eh em relação ao cristianismo, porque eu tive aquele período que eu tinha aquela geriza, aquela raiva, mas é que eu ainda não entendia de fato o que que era o cristianismo. Porque assim, eu acho, tá, eu assim que o que nós vemos hoje em relação ao cristianismo não é o cristianismo de fato, assim, o coração do cristianismo. O o que a gente tem visto hoje, basicamente é só mais uma marca diferente que é dividida em inúmeras denominações que estão ali para servir as vontades das pessoas. Então a pessoa basicamente ela vai na igreja para barganhar com Deus. Então eu faço isso, tu me entrega aquilo e eu quero mais isso aqui e tal. Exato. Muita superstição, pô. E muita barganha, né? com essa suposta entidade que teoricamente deveria ser incognocível e tu não barganha com ela por causa disso. É meio absurdo. Normalmente é cumenta. Normalmente é ciumenta, vingativa, punitiva. Maluquí isso. Ex. Exat. Exatamente. Exatamente. Cara, como é que pode? Se eu que sou mal, que sou homem, pecador, entendendo, né? Sou capaz de morrer por alguém, eu trato Deus pior que um homem, entendeu? não é, é absurdo mesmo. Então eu consegui através da Iásca enxergar o cristianismo de outra forma em relação ao coração mesmo, o que significa sacrifício de fato, o que significa realmente amor e compaixão acima de tudo. E a entrega pelo perdão, enfim, trabalho duro, inclusive, e foi por causa da Iasca. E às vezes as pessoas elas não entendem, tipo, ah, elas acham que eu tô maluquinha, mas não, cara. E eu penso que isso é em relação a várias outras religiões também. que tem um cérebno, um coração cheio de sabedoria que foi acumulado ao longo de gerações, hinduísmo, buditismo, lógico que todas têm. É, é cheio de sabedoria, mas atualmente eu diria que o que eu mais me identifico é com o cristianismo. Nunca imaginei que eu diria isso na minha vida, mas sim, eu sou uma taia cristã, digamos. Louco isso. Porque sobre ser ateu, eu até brinco, tem um pastor conhecido que ele diz exatamente isso. Eu também sou ateu, desse jeito, também sou ateu, porque isso não é isso, Deus é impossível. Então eu fico com quê? Eu fico com a odisseia da humanidade. Sei como é que é, entendeu? É exatamente assim que eu penso, cara. Porque mas tem que ter uma esperança por trás, entendeu, Glenda? Não dá para passar sem falar assim: “Pôra, cara, é muita dor, bicho. É muita dor. Tem muito sofrimento no mundo.” Eu sei, eu sei. E tu tem que olhar e dizer assim, cara, de alguma maneira. Talvez a religião, no meu caso, seja imortalidade, seja a transcendência com a humanidade. Eu eu eu conto essa história todas as vezes. Eu choro dessas eu não vou, mas é uma coisa que eu aprendi no último dia de vida do meu pai. Eu já contei algumas vezes, é que é um momento certo para te contar essa experiência. Eu vivi, cara, missionário 17 anos da minha vida. Tá bom, muitas experiências. Eu podia te contar milhares de histórias. Confesso que eu já gosto mais de você por causa dessa história de ter ido pra Rússia missionar. Tu é completamente maluco. Eu nunca fui cristão assim, nunca tive. Foi, foi, eu tive uma experiência e fui embora. Não é um dia eu te conto. Ah, entendi. Aham. E aí voltei da Rússia, meu pai diagnosticado com câncer. Então eu fiquei, meu pai é melhor amigo, beijava ele, abraçava, dava de mão dada na rua, meu velho e tal, amigão. E aí fiquei com ele um ano ali e pouco cuidando dele. Enfim, ele veio a falecer no último dia de vida dele. Câncer, cara, doença terrível. Último dia ele tava no paliativo em coma. 3:30 da manhã meu pai senta na cama do hospital já na morfina tava apagado. Coma pagado. Ele senta, ó, eu me emocionando, fog porque eu lembro de tudo. Aí ele, meu filho. Aí, oi, pai. Dê minhas mãos. Você me fez um homem muito feliz. Fechou os olhos e no dia seguinte morreu. É isso aí. Aprendi naquele dia que a única coisa que fica nas nossas vidas são as nossas memórias. Eu não sei dizer se isso é incrível ou ripilante ao mesmo tempo. É porque a maior lição tá ali, uma dádiva daquele momento ter acontecido e uma grande lição e responsabilidade ao mesmo tempo, porque ele fala: “Você me fez um homem muito feliz”. E eu pensei: “Caralho, o homem mais bonito que eu conheci. Meu pé era muito bom, muito bom. O cara bom, tava nu, pele e osso, tum, sem as unhas da mão, sem a mocosa da boca, destruído, sem nada, com uma sonda no pulmão. Eu pedi milhares de vezes para trocar de lugar com ele. Eu trocaria fácil. Ele era um homem muito melhor do que eu. E quando ele falou aquilo para mim, eu olhei e pensei: “Isso não é uma coincidência. O que é a vida? Porque tá para além da religiosidade humana. O que é a vida, Glenda? A vida, a nossa consciência de todo dia, quando tu vai deitar na tua cama, tu fala: “Porra, Deus, que dádiva! Isso aqui é legal para [ __ ] tá ligado? Isso aqui é muito bom, mano. Obrigado. A vida ela acontece todo dia nos abraços nesse momento. Apesar do cansaço, apesar da dor, apesar de choro, tristeza, a vida acontece aqui toda hora, mano. Olha, todo dia, todo mundo tem um privilégio, uma oportunidade. As nossas memórias, aí é o que eu te falo, a minha única esperança sobre a vida é Deus conserva as nossas memórias. É só isso. Eu vivo por um propósito como seu. Eu não sei se tem eternidade. Não importa. Eu eu quero acreditar. Uhum. Eu tenho esperança. Mas pelo que você vive? Eu [ __ ] eu vivo para deixar esse lugar um pouco melhor do que eu encontrei, sem nenhum tipo de pretensão, porque eu sou pó, mas eu tá aqui porque eu vou, como meu dever, eu sou casado, vou tentar ser um marido bom, vou limpar minha filha, pros meus filhos, tentar ser um amigo, um cara, tentar, mas eu não tenho nenhuma arrogância. própria, porque eu sei, eu quando olho no espelho, eu sei quem eu sou, eu sei onde eu posso ir, eu sei que se eu tirar o pé do freio, se eu eu sei para onde eu posso ir feio, tá ligado? Então não sou não. E aí eu olho se tu se refere a suas fraquezas? Ah, com certeza. Eu sei, eu sei de onde eu vim, eu sei o que eu já pensei, eu sei o que eu já quis fazer comigo mesmo e com os outros também. Opa. Tu sabe no dia que eu quase morri, ou quase mesmo morri, hum, olha que loucura essa. Como é que tu explica essas coisas? Como é que explica? Tem coisas que a gente não explica, Glenda. Eu lembro dessas coisas. Eu eu tava num túnel, tentei me jogar de um túnel. Como assim? Eu tava até contra a minha própria vida e aí não deu certo, não consegui. Eu saí a exma andando. Eu andei por mais de 3 horas aquele dia completamente sem rumo. Sem rumo não. E completamente fora de mim. Assim, eu tava com andarilho, né? Névoa, mental. Tava só andando. Eu atravessava as duas, eu nem olhava, só andando. Ama. Eu tinha voltado de, eu tinha vindo de São Paulo naquele dia e ninguém Sim, enfim. E de repente eu ouço um cara me chamando, filho, eu olho meu pai. Aí ele vem e me dá um abraço. Filho, tava te procurando. Ele nem sabia onde eu tava. Uma cidade grande, Santos, mas alguma coisa falou no coração dele que ele tinha que me procurar. Ele saiu pela cidade andando e ele me achou. Ele me abraçou e falou: “Filho, tava te procurando. Vamos que eu vou te levar para casa e eu vou cuidar de você. E daquele dia paraa frente, tudo na minha vida, literalmente tudo mudou. É isso que eu tinha te falando. A vida, eu não sei o que é, mas é uma coisa muito legal. É uma aventura de fato. Você entende? Sim. Eu acho que tá para além. E por isso que eu te perguntei e que a gente tava conversando antes, né? Acabou entrando, não era nem pauda nada aqui do que eu tinha imaginado. Mas eu fico pensando, Glenda, tomara que tenha, sabe? Então eu eu Tomara que tenha. Realmente eu não tava pensando por esse lado assim de sobre o que eu gostaria, né? Eu, honestamente, eu gostaria que existisse esse as minhas memórias fossem preservadas e que eu não fosse jogado num lago de enxofre e fogo, né? Porque assim, não sei se seria um bom final. Sabe o que é muito louco? É isso. A religião é muito louca com isso, né, cara? Coloca medo nas pessoas. Hum. Coloca muito medo nas pessoas. Mas agora se a imortalidade não for exatamente o que se é ensinado, eu gostaria, inclusive, na verdade, honestamente, eu nem gostaria de morrer. Eu também. Eu gostaria de viver para sempre. É legal, né? Imaginar isso, né? Sim, eu também. A vida é incrível. E eu acho que tu tem uma força em si mesmo que corresponde também ao que eu vivi na Iasca, que é a gratidão. Então, a pessoa extremamente grata pela tua realidade e isso te proporciona um bem-estar que é difícil de se perceber hoje em dia devido à banalidade da vida, né? As pessoas, elas se habituam com as coisas que elas têm, com conforto, com as facilidades, com a agilidade e tudo, mas elas não percebem o quão difícil é ter construído e manter tudo isso aqui até hoje. Não, você falou, nós vivemos melhor, melhor que os reis do passado e continuamos nos queixando. Exatamente. Exatamente. O que nós temos é simplesmente fenomenal. E às vezes eu tento fazer com que as pessoas percebam isso em que eu acho que é engraçado comentar isso. Teve uma vez que eu fiz amizade com americano e eu tava explicando para ele em relação ao sentido da vida e tal e que eu disse: “Meu Deus, eu acho que a vida, o que nós temos hoje em dia é absurda, fenomenal e tal”. E eu vi que ele ficou meio assustado assim do tipo, como que uma pessoa que vive num país de terceiro mundo pode dizer algo assim, tu é maluca? Porque ele disse: “Cara, minha vida é extremamente fácil”. Ele falou: “A minha vida é extremamente fácil, eu tenho absolutamente tudo. A minha vida é praticamente perfeita.” E eu acho que ele ficou horrorizado com o fato de eu ser uma terceira mundista falando um negócio desse, sabe? Porque as pessoas não entendem que a dor ela engrandece o homem. Eu concordo plenamente contigo. Plenamente. Não é plenamente. Tudo depende de como você olha. Se você tem um bom porquê, tu vai aguentar qualquer coisa. Exato. Sim. Sim. Não, desculpa. Amo você. Sério? Sim. Tu só precisa de uma ficção nobre. Tu morre por ela. Simples. É isso. S. Eu tenho um bom porque você suporta qualquer coisa. Isso é víor Franco no campo de concentração. Sim, sim. Sim, sim, sim. É por isso que eu te falo aí. Aí que eu te falei, tira misticismo todo. Uhum. Jesus, ele diz exatamente isso. [ __ ] eis um batismo. Ai, a há um batismo que de ser batizado. Como me angusti até que ele venha, mas ele vai vir, cara. Tô aqui. Se tu tem um porquê, [ __ ] o como. Simples assim. Eu tenho três filhos. Eu tenho uma mulher, eu tô casada há 17 anos com a mesma mulher que eu amo de paixão. Deu para perceber, inclusive. É verdade. Eu amo minha mulher, minha mulher, minha vida e tenho três filhos. A minha menina é a menina é diferente dos meninos, tá ligado? O menorzinho é cabuloso. É cabuloso. Tá cada vez mais Não, tá cada vez mais engra um ano. Mas tá, tá começando a andar, cara. Menino, menino que você olha no olho e você fala. Que menino bom, velho. Menino bonzinho. Sabe aquela coisa dos três? O que tem um olhar mais puro, doce. É incrível. Ai, que interessante isso. O primeiro Igor é um, tem 12 anos, vem aqui trabalha. Ele é ele vai ser, esse moleque vai ser diferente também. Bom, sou pai, sou suspeito, mas eu, eu sou crítico demais, eu sou firme com os meus filhos. Mas a menina, a menina é muito cabulada. Tu acha que ela é sagaz, esperta? [ __ ] minha filha, a minha filha, tu vai conhecer um dia. Vou fazer questão de te conhecer. Quero mesmo, cara. De verdade, a minha filha, [ __ ] minha filha é muito pra frente. A minha filha é muito absurda. Fala com os estranhos, mas fala mesmo com os maduros. Mas é impressionante. A roupa, ela é que é muito, mas ela é muito muito rápida. Muito, mas é muito. Que idade ela tem? Três. [ __ ] Tu não tem noção o tamanho dela. Ela é grande, bicho. E aí é cabulosa. Que aí é, ela é aquela que acorda, ela pula do berço, tá ligado? Ela pula, ela pula do berço, vai pr, vai pro quarto, abre a porta, corre e pula na tampa me dá bom dia. É uma bar. Ah, o papaizinho é sempre favorito da menina. Aí eu te pergunto, tem essa vida já não é um bom propósito, [ __ ] Não, concordo plenamente. É um excelente propósito, né? Só que aí é muito legal na humanidade porque a gente estende isso, né, velho? O triste é quando o ser humano vive correndo atrás do vento, não sabendo pelo que faz o que faz, entende? Sim. Sim. E eu acho que uma das coisas que mais tem atormentado as pessoas é que elas não percebem que elas estão sofrendo por evitar o sofrimento. Isso. Elas não entendem isso. Elas estão dando murro em ponto de faca e elas elas querem porque querem ser felizes e nesse processo elas vão ficando cada vez mais infelizes e mais sentidas, angustiadas, ansiosas. Mas sabe por quê? Elas querem quando elas deveriam entender que são. Aí morora gratidão. Teu dia só hoje, Glenda. Teu dia não é amanhã. E uma experiência minha coca como você a gente já dividiu. Foi muito claro isso para mim. Teu dia não é amanhã, filho. Teu dia só hoje. Todo dia tu nasce e morre. Todo dia tu morre e nasce. Morre. Todo dia tu fecha os teus olhos num travesseiro. Tu não sabe. É como iso foi muito interessante uma experiência que eu tive. Foi como se eu me visse nascendo literalmente dentro da minha mãe. Puf. E aí aquilo me mostrava, sabe? Tipo, cara, tu não entende quando tu acorda é de novo. Ah, você percebe que você respira naquele momento. Tô aqui. A experiência da consciência, no caso, né? Uhum. É só que todo dia essa novidade. Todo dia é o hoje. Então, hoje ou sou ou não feliz. Hoje não é amanhã, é hoje. Ah, eu estou vivendo para ser. Então, tu não é. Seja, porque amanhã não há. Agora olha pra tua vida com bons olhos e seja, tá ligado? Mas puxando nisso e pegando o gancho agora paraa gente vir para um assunto bom. O feminismo Uhum. Não, justamente distorceu isso pela beleza, havia muita dor. Uhum. Vamos corrigir. Uhum. Mas hoje já não sabe mais de onde veio, nem para onde vai, de certa forma. e tenta blindar de tal maneira as mulheres que elas não entenderam que vão perdendo a própria essência de quem são. Cara, eu acho que aí entra o aspecto de justamente haver um mundo tão livre que causa confusão. Sim. E angústia nas pessoas, ansiedade, porque elas não sabem exatamente o que fazer e como fazer. Mas o que é liberdade, Glanda? O que é ser livre? Basicamente, ser livre é tu ter alternativas eh apresentadas para te para que tu possa escolhê-las, em que tu não tem eh pressão religiosa demasiada, social ou institucional, portanto, tá uma pessoa livre. Mas só isso? Essa é minha percepção. Vamos, vou posso conversar contigo um pouco além lá. Que nesse programa aqui eu gosto de conversar, tá ligado? Sim, pode. Vá lá, vai lá. E se eu te dissesse que tudo que você falou tá certo, tá perfeito, mas eu tento fazer um adendo. Qual? Dizer não para aquilo que me é tentador ou desejável. Inclusive, eu entenderia isso como uma liberdade de escolher a própria vida, inclusive em se limitar. Por exemplo, tem uma, eu sou livre, [ __ ] posso fazer o que eu quiser. Uhum. Mas tudo me convém fazer. Então, por isso que eu digo atualmente, assim, eu tô meio viciada nessa palavra. Acho que tá sendo a palavra dos últimos meses que é ficção nobre para acreditar e viver por ela. Sim. Sim. Então, realmente a gente pode fazer inúmeras coisas. A questão é: por que que tu tá escolhendo fazer isso? E eu acho que tu tem que ter um excelente motivo, suficientemente capaz de te convencer de que vale a pena viver por esse motivo e também o suficientemente valioso ao ponto de ser compartilhado com outras pessoas. Porque não adianta tu viver por uma ficção que ela é só sua, não. E uma utopia fantasma. É, é o que a gente chama de solipismo, né? Tudo aquilo que gira em torno do sujeito e todas as minhas experiências são completamente pessoais. Isso não é o suficiente. Ou mentira também. Também. Então, uma forma é justamente de conseguir compartilhar isso com as outras pessoas, que é o que te mantém muito mais firme em relação aquilo que você tem fazer. O feminismo hoje Uhum. Não tirou essa perspectiva, grosso modo, do olhar das mulheres, e perverteu a verdade em mentir em muitos aspectos. por exemplo, mulher, vou dar um exemplo, né? Eh, a mulher negar a própria característica biológica dela, tá? Porque acha que é igual ao homem tudo, tá? Vamos lá. Primeiro, essa é uma coisa que eu demorei para entender, só que eu acho que inversamente acaba dando um problema quando as pessoas vão para outro extremo também. Porque assim, quando eu era mais nova, como eu falei antes, né, no sofá, eu já tinha traços comportamentais que não eram tipicamente femininos. Uhum. Inclusive, minha mãe, às vezes, ela comenta com isso, que ela me olhava quando criança e pensava: “Essa guria aí vai me dar trabalho”, né? Inclusive, inclusive, às vezes eu faço a comparação analogia. Eu acho que houve um momento Uhum. que a minha mãe olhou para mim e me viu como se eu fosse assim um demôiozinho peludo, babando, rosnando. Se tu encostava dava choque. Porque realmente eu acho que eu fui uma criança muito excêntrica e difícil de lidar mesmo. Eu sempre fui muito furiosa, temperamental. E ela, justamente ao contrário, ela sempre foi muito mais institucionalmente conservadora. Embora ela seja muito dura, ela é conservadora em relação às convenções sociais, entende? E eu era o contrário. Eu queria enfrentar, eu queria mudar as coisas, eu era mais progressista em relação à forma como eu elaborava as coisas, entende? Inclusive, essa é uma coisa que eu acho importante sempre de se pontuar, que é que existe uma diferença entre ser conservador e progressista em um sentido psicológico e no sentido político. Ser conservador em um sentido psicológico significa que é uma pessoa que ela demora mais para aceitar as mudanças. Ela é muito mais precavida. Ela desconfia das coisas, não somente em relação a uma mudança de uma lei, não. Ela é desconfiada em, por exemplo, juntar as coisas dela e se mudar para outras cidades, entendeu? Agora o progressista não, ele adora tudo que é diferente, tudo que é estranho, tudo que é novo. E eu era assim. Então eu adorava pessoas que vinham de outros estados, eu achava o máximo outros idiomas, pessoas que vinham de outros países, eu queria viajar, eu queria experimentar tudo que fosse novo e diferente. E a minha mãe não, ela ficava, pera aí. Então essa é a cognição dela, a forma como ela elabora e processa as emoções. E veja bem, como eu sempre fui assim, eu esperava que as mulheres que me cercavam fossem igual a mim. Uhum. E eu pensava que elas não eram devido à criação, mas na verdade eu tive uma criação muito parecida com todas as outras mulheres, mas eu era diferente. Não, não melhor, eu era diferente. Apenas isso. A sua identidade. Exatamente. É minha identidade. Então, veja bem, existem características tipicamente femininas e tipicamente masculinas, mas sempre vão haver as ovelhas desgarradas, uns homens mais femininos, algumas mulheres mais masculinas. Sim. Eu penso que um dos maiores erros do feminismo nesse aspecto mesmo, nessa discussão, é negar que existem características típicas biológicas que se desenvolveram evolutivamente sob as pressões externas e do ambiente também da seleção sexual. Sim. Que acabou determinando certos comportamentos, entendeu? Então é isso aí é basicamente negacionismo científico. É uma coisa óbvia. Existem características tipicamente masculinas e tipicamente femininas eh agora e masculinas. Agora, o problema é querer enfiar guela abaixo as das pessoas que elas têm que corresponder a certa tipicidade. Então, no meu caso, por exemplo, seria enfiar guela abaixo, que eu deveria ser extremamente submissa, meiga e gentil, que eu deveria gerar ter cinco filhos e casar com o maridinho numa casinha, não sei. Eu nunca fui essa mulher e ninguém me ensinou a ser desse jeito. Muito pelo contrário, eu fui criada na igreja para ser religiosa. Mamãe, ela tinha um sonho que eu ia namorar e eu ia casar com o meu primeiro namorado e eu ia ter filhos e não sei o quê. Eu nunca fui essa pessoa. Então eu acredito que existem esses dois aspectos dos conservadores, eles assumirem que sempre vão existir anomalias. As anomalias elas são comuns na natureza, entendeu? As exceções. Exato. As exceções elas existem e inclusive elas também são expressões da natureza, não exatamente como um bug, mas também porque elas são necessárias, entende? para equilibrar isso tudo, tornar tudo mais colorido, pô. Exatamente. Tem tem questões de inclusive relativas à sobrevivência, tá? Porque, por exemplo, eh, entre macacos isso acontece, que é destronar líderes, né? O macho alfa, no caso, quando ele está sendo incapaz de proteger, prover e de reduzir a os conflitos intragrupais, ele tem que ser capaz de reduzir as mortes naquele ambiente. E ele é destronado, né? Porque o macho alfo, ele não nasce, é uma posição, é que nem ser um César, que nem ser um presidente, né? Inclusive eu digo, o maior macho alfo do país é o presidente. Basicamente é isso, né? Sendo homem, sendo mulher, é o líder, né? É ele que foi eleito de fato. Aqui no Brasil nem tanto. Não, mas é assim, agora pode ser que os macacos sejam péssimos para escolher, entendeu? Os macacos estão sendo péssimos em escolher o seu macho alfa, entendeu? Mas eh sempre vão existir esses certos certos macacos, digamos assim, alguns indivíduos que eles são mais ousados e progressistas em querer enfrentar determinados líderes autoritários. Então essa personalidade mais combativa, ela também é necessária pra manutenção de um ambiente que seja razoavelmente suportável, para te fazer pensar, pelo menos. Exatamente. Para manter um ambiente que seja harmonioso, sustentável, que haja proteção, provisão, etc. Sim. Porque você pode estar tradicionalmente fazendo coisa errada. Exato. Exatamente. Tradicionalmente cometendo erros. Então, o meu ponto é justamente trazer esse aspecto, o espectro de sinosa, que é existem tipicidades, mas existem anomalias. O problema é que tanto de um lado quanto do outro, qual é o negócio? Aqui joga de novo tudo fora. O de cá vai dizer o quê? Não, tradicional tá errado. Todo mundo é exceção. Concordo. Concordo. Concordo plenamente, cara. E aqui, aqui temos um problema sério, porque aqui nega a exceção e aqui diz que não, a regra que não existe, tem que ser a exção. Aí, cara, você fala, cara, ferrou. Esquizofrenia geral e total e vai adoecer e vai machucar as pessoas. São dois dois tipos diferentes de negacionismo. É, por exemplo, liberdade sexual. Não tem problema nenhum. De novo, estamos livres. Mas aí ia te perguntar isso. Você é uma, eu eu tenho um amigo meu que é terapeuta, Dr. Flávio Calheiros, cara, o cara animal, cuida de mulheres principalmente, o cara top, amigo meu, cara que eu admiro demais. Eu perguntei para ele, doutor, na sua experiência, as mulheres, porque obviamente tem tido mais relações sexuais livremente, aleatórias, conhece o cara no Tinder hoje, já faz sexo amanhã, tá beleza. Ótimo. Isso tem feito bem ou mal pras mulheres? Aí ele falou: “Ó, na minha experiência, fala assim, cara, tem mulheres que suportam, ão, tudo bem, se amanhã tiver que se conectar com alguém, vai. Tem outras que realmente faz muito mal, cara. É incrível. Parece que virou conversa de comadre, mas eu penso exatamente assim. Eu penso que talvez pra maioria das mulheres não seja tão bom e gratificante assim. Para outras não tem nenhum problema. Elas simplesmente não ligam. O problema é o discurso. Exato. Exato. Ah, não. Você é livre. Vai lá e faz aí. Paga para ver. Sim. O paga para ver é muito perigoso, isso, meu. É que eu digo assim que não, eu até penso que é razoável tu pelo menos se conhecer ao longo do tempo, se se dispor, se arriscar, se conhecer um pouco, fazer um teste para ver se esse tipo de vida serve para você. Inclusive, eu tenho uma amiga lá de Carazinho que ela hoje é católica, ela já foi evangélica. E eu conheci ela num período que ela tava mais [ __ ] louca, assim, ela tava experimentando, saindo com pessoas diferentes e tal. E ela disse para mim um dia: “Cara, aquele tipo de vida não era para mim, para ela não funcionou”. Sim. Entendeu? Então assim, ó, por isso que eu falei anteriormente, cara, as pessoas elas têm que parar de só querer fazer propaganda sobre uma vida perfeita. Vida perfeita não existe. Tu vai ter que lidar com determinados e desvantagens do modo de vida que tu escolheu para você. Agora, a questão é o seguinte, tá? É legal fazer sexo casual? É legal. Não é para todo mundo que é legal e não é todo mundo que vai conseguir lidar com o ônus desse tipo de vida também, porque tem consequência. Tem tem consequência. Sim. Por exemplo, essa tua amiga que foi, ela falou assim, ó: “Para mim não era esse tipo de vida, ela testou. Só que nesse caminho ela podia ter pego uma doença, nesse caminho ela podia ter engravidado nesse caminho de uma pessoa errada.” Inclusive, posso te falar um bagulho louco? Eu car esse argumento, quase ninguém usa, eu nunca vi assim, pelo menos em programa, eu fiz aqui já algumas vezes, por exemplo, por que eu não acho que mulheres, isso é minha opinião, devem transar com um cara que conheceu agora por um argumento só. Só um só um. Esquece psicologia, feminismo, masculinismo. Esquece o que que é por um motivo. Deixa não. Risco de vida. Ah, como é que ninguém nunca pensa que tu vai entrar num quarto de motel ou num apartamento de alguém ou tu vai abrir a porta do teu, ou tu vai alugar um apartamento, seja o que for, para estar com um cara que é 30 kg mais pesado que você? Uhum. E que literalmente naquele momento, se ele for um pouquinho maluco, pode fazer o que ele quiser, bicho. Então, mas isso é risco de É risco, cara. Veja bem, é, eu penso que também a gente tá num num momento que talvez muitos problemas estejam surgindo de uma falsa percepção da realidade que é gerado pelas distorções das redes sociais. Uhum. Porque a gente tem a impressão de que as pessoas estão transando loucamente em todos os lugares feito macaco, né? Hoje em dia as pessoas fazem pouquíssimo sexo, né? Parece que todo mundo virou uma tia careta. É, tá todo mundo pra [ __ ] As pessoas não transam mais, entendeu? da igreja de isso aí. Não, isso que eu acho engraçado. Vencemos pelo excesso. Eu acho muito engraçado porque eu falo, gente, vocês vivem no mundo conservador e vocês não perceberam ainda. As pessoas não transam mais, as pessoas não cometem mais crimes. Ganhamos, ganhamos do diabo. Quem proporcionou isso foi a internet, [ __ ] Pandemia, as pessoas não saem mais de casa. E assim, é absurdo porque assim, não usam mais drogas, não bebem mais. Inclusive a o consumo de bebida alcoólica está diretamente associado com sexo casual e as pessoas praticamente não bebem mais. Deixou de ser interessante pros jovens fumar, sabe? Comportamento de risco no geral. A gente não faz mais essas coisas. Exato. Por causa da porcaria do videogame celular. Exatamente. As pessoas não saem mais de casa. Então assim, nesse quesito, eu penso que nós estamos muito melhor do que as pessoas acabam pensando justamente por causa da das distorções de redes sociais, que inclusive e isso se chama viés de disponibilidade. Uhum. Então, quando tu tá em uma situação que ela foi emocionalmente impactante para ti, como por exemplo, sei lá, fui assaltado ali no Itaim Bibi, aquilo vai te gerar um viés de disponibilidade, fazendo acreditar que aquilo realmente acontece muito mais do que acontece. ou tu acha que tem uma chance muito maior de acontecer do que realmente aconteceria. Agora, eu penso que também em relação ao risco de vida, depende do ambiente que tu tá inserido, né? Porque alguns lugares são realmente demasiadamente muito mais perigosos. Então, por exemplo, em relação à Índia, tá? O norte da Índia é um ambiente muito tribal, muito menos educado e muito mais violento do que o sul da Índia. Então assim, eu honestamente penso, cara, uma mulher que vai viajar sozinha, completamente desacompanhada de um homem no norte da Índia, ela é maluca. Porque veja bem, eu tava conversando com amigo indiano ontem, não, anteontem, inclusive, ele falou: “Cara, isso é perigoso para mim”. Entendeu? Para um homem na cara não vá para o norte da Índia. Não vá para o norte da Índia. Não vá, mano. É, é bizarro assim, porque inclusive ele me mandou um vídeo que eu fiquei horrorizado. Parecia filme de terror, tá? Tem uns assaltantes, uns caras malucos assim, em que eles vão atrás do cara, né, que tá dirigindo, eles vêm na tua direção, tu tá lá dirigindo, os caras vem na tua direção, eles com os facões desse tamanho assim na tua direção, assustador, correndo atrás da pessoa, do motorista. E eles tentam te cegar com espelhos, com luz, para te deixar confuso na estrada. Meu, parece um filme de terror do tipo espurgo. Que isso, mano? Não, aí realmente eu concordo contigo. Existem casos excepcionais e que eu não recomendo para ninguém. Vem cá, mas pensa comigo voltar Brasil, cara. Tá beleza, não vou comparar com o norte da Índia porque eu já percebi que o negócio lá é tenso, mano. Mas vim para cá, [ __ ] A gente fala: “Meu irmão, tá beleza, tem o risco da gravidez, tem o risco de doença, mas cara, além disso tudo, além disso tudo, o povo brasileiro não é um povo, não é pacífico como a gente pensa. Eu entendo questão de ambiência, nós somos violentos.” Assim, o Brasil é um país muito violento, então, bastante. Concordo com você. Pô, é só tu pensar, tu não anda com o celular na rua com tranquilidade, mano. Aí, beleza, tu não anda com celular, mas vai ficar pelado com alguém num quarto sozinho. Aí tu vai dizer, é porque o outro também quer. Sim, mas eu não sei o que pode mudar na cabeça daquele cara ou daquela mulher, inclusive na hora. Ó, vou te falar uma cois. E as leis estão [ __ ] com todo mundo, mano. Ó, vou te falar uma coisa muito sincera, tá? Dá a mãozinha aqui, ó. Dá a mãozinha aqui. Algumas mulheres são malucas. Eu sei, eu sei. Não são excêntricas, são malucas. Malucas. Porque, meu, e tem outra coisa, tu sabe por que os homens estão ferrados? Os caras estão com medo. Tão com medo. Aí é igual eu tava te falando assim, pô, o cara vai chegar e vai simplesmente agir com violência com uma mulher. Não tem um risco. Tem um risco, sim. Como tem um risco da mulher ir com o cara pra cama e no dia seguinte fazer um bo contra ele porque ele pegou e Sim, sim, sim, sim, sim. É a mesma coisa do tipo assim, ah, mas não tá acontecendo toda hora. Mas pode acontecer e só pode acontecer. Já cheguei que levantar uma bandeira dizer: “Calma, vou me precaver, tá bom? Vou fazer sexo com um cara, eu tô afim de fazer sexo, mas tu não deixa eu fazer com alguém pelo menos conhecido ou, né? Chamado pau amigo. Isso, pau amigo. Pau de todos nós, tá ligado? Ai, legal, legal. Aí beleza. Ou [ __ ] espera um pouquinho, tá fim? conhece um pouquinho melhor, tem umas duas, três, quatro interações e aí vai, meu, tem problema. Mas é um risco, pô. Meu, o o meu medo é de novo, quando eu eu pego, tiro de cá, desse extremo, jogo pro outro ou ou daqui para cá, ou eu vou reprimir demais, eu vou liberar demais, sem explicar as consequências da própria. Por exemplo, reprimir não é bom. Você vai criar uma geração de traumatizados, recalcados, e neurótica e falsa e hipócrita. Uhum. Eu acho que especificamente mais em relação à segurança, é um aspecto realmente bem relevante. Eu concordo contigo, principalmente considerando o Brasil. Ah, bom. Concordo contigo. Concordo. Deixa eu te fazer uma pergunta agora por curiosidade. O que que você acha das leis que vieram para proteger a mulher, mas que também ao mesmo tempo podem estar protegendo em certa medida? tá ferrando com os homens, mas mais do que ferrar com alguns homens, colocando uma uma barreira, parece nos relacionamentos. Cara, eu vou te falar bem sinceramente assim, eu já tô até pensando em mudar do Brasil. Não, jamais. Eu tenho um porquê. Eu preciso sofrer aqui, entendeu? Eu não teria uma vida boa na Suécia, na Noruega. Eu quero problema, eu quero, eu quero problemas para resolver. Os cara nem lumbri os cara tem é muito limpinhoo limpinho. Ah, não, obrigada. Não quero isso para mim não. Pois veja bem, eu concordo que nós estamos sim lidando com inúmeros problemas em relação a certas leis que podem ser chamadas de feministas, mas gerando um pânico moral. Mas eu penso que o que mais gera pânico moral atualmente é o discurso, a propaganda que é muito beligante, ela é histerica, demagógica e muito unilateral, ela é maniqueísta. E isso impossibilita que as pessoas consigam conversar. E veja bem, as pessoas elas estão com tanto ódio umas das outras que elas não se escutam mesmo quando as pessoas estão mutualmente certas. Uhum. Só que para que tu consiga demonstrar isso, como eu falei antes, tu precisa ceder e deixar de ser tão combativo. E as pessoas, elas não querem, elas não querem deixar de ser combativas. tem o hype, mas existem algumas pessoas que elas simplesmente elas não vivem de internet, mas elas são combativas, elas têm ódio umas das outras e aí elas começam a alimentar e propagar esse ódio para outras pessoas que talvez nunca tenham tido nenhum tipo de relacionamento. E as pessoas se negam a ter relacionamento porque elas já têm um medo incutido nelas a partir de outras pessoas que tiveram traumas, que foi introjetado por causa dos outros. Então assim, ó, eu sempre vejo comentários Uhum. de que ah, nenhuma mulher presta, todos os homens são bando de Jaguara, todos traem isso e aquilo. Não é verdade. Não é verdade. O que eu posso dizer assim, ó, não, não. Vamos, vamos considerar a realidade aqui. Vamos te matar aí por causa disso. Aí nem todos os homens, [ __ ] Sim. Pois então, por incrível que pareça, nem todos os homens traem. Mas veja bem, o brasileiro no geral, tá, homem e mulher trai muito. Sim, o brasileiro ele é safado. Homens e mulheres são safadinhos aqui no nosso país, tá? Pô, anticoncepcional todo mundo ficou safado. Então dá tudo certo. Não é real. Todo mundo ficou safado. Con anticoncepcional mudou o game, cara. Mas veja bem, eu penso que ainda assim não é um discurso que é saudável, além de que as pessoas elas acabam distorcendo a realidade a partir da própria ideologia. Sim. Então, cara, veja bem, a minha amiga lésbica, cara, eu acho impressionante porque teve um dia que ela falou assim: “Meu, eu não suporto mais a Calaguria porque ela veio com um monte de teoria feminista para cima de mim, distorcendo tudo, me acusou de ser tóxica, de gas light, isso e aquilo.” Eu pensei: “Meu Deus, essa mer essa merda tá enchendo o saco até das sapatunas, cara. Não, real, assim, ninguém aguenta mais essa merda. Só que é muito difícil que o sujeito pegue a porcaria de um espelho e olhe para si mesmo e pense assim, ó. Mas eu acho que eu tô fazendo merda mesmo, sabe? Que as minhas atitudes são perniciosas, que elas não estão sendo equilibradas e muitas vezes vão justificar eh comportamentos contraproducentes com ideologia e daí em vez da pessoa assumir que ela tá cometendo algum erro, ela distorce e diz: “Não, isso é gasl, tu tá sendo opressor, isso é tóxico, isso e aquilo”. E esse tipo de dinâmica gera trauma nas pessoas e elas começam a espalhar e todo mundo fica traumatizado por osmose e as pessoas deixam de se relacionar. para tirar prova viva, como são as pessoas de fato em um relacionamento. E veja bem, eu já namorei antes, tive relacionamentos que não foram perfeitos. E veja bem, o meu primeiro namoro, tá? Meu Deus do céu, assim, ó, eu eu não gosto de falar mal de inclusive, que é um uma coisa muito ruim, mas ele era muito ciumento. Sim, muito ciumento, assim, e ele gritava, fazia escândalo e tal, não sei que ele era tóxico. Ele era tóxico, né? Temos que temos que ceder nesse aspecto. Muito velho, né? Chico, né? Muito velho. Mesmo assim eu também eu não era das pessoas mais fáceis do mundo assim, né? Então tá cheio de piercing. Então para com isso. Me deixa com meus piercings, tá? Eu só esses dois são reais. Então esses dois só que são reais. Nem um pouco fácil. Por tá, ela vai passar no no detector de metal para entrar no banco. Qual segurança? Tira essas pancarias da cara. Realmente, mas veja bem, eu também não era perfeita, mas eu ainda consigo ter gratidão por aquele relacionamento, porque assim, essa é uma coisa que eu percebo que as pessoas elas têm dificuldade, elas terminam o relacionamento e aquele sujeito virou um monstro. Não existe isso. São casos excepcionais em que a pessoa realmente assim, ó, não presta. Sim. E tu descobre que o cara era realmente ou a mulher assim. Exato. É uma coisa completamente diferente. Porque assim, cara, eu sempre digo: “Meu Deus do céu, eu tive problemas em outros relacionamentos, mas eu aprendi com essa pessoa, eu avancei, eu tive momentos bons, sabe? E eu acho que é uma distorção da experiência que tu teve em que tu prefere olhar pelas coisas ruins. Tu passou todo aquele tempo dormindo com aquela pessoa, viajando com ela, convivendo com ela diariamente. Deu risada para caramba, deu risada, aprendeu e aí agora tudo nada mais nada. Pera aí. Aí quando eu vejo uma pessoa falando mal de ex, eh, basicamente sempre tem aquela pessoa que ela é amarga de relacionamento. Assim, eu fico pensando, cara, eu não quero me relacionar com esse sujeito, porque primeiro me parece que é uma pessoa que não enxerga que ela comete erros também. Ela não é grata por aquilo que ela viveu e se tornou uma pessoa amarga, provavelmente você é a próxima pessoa. E provavelmente porque nunca amou e deixou de amar, sabia? Tem muito disso, né? Tu acha que tem muito disso? [ __ ] Ah, cara, é o seguinte, no final de um relacionamento, vamos lá, via de regra, quando uma das partes decide terminar e a outra não tava achando que terminaria, ferrou. Aqui vai embora, vai se tornar o diabo daquela ali. Mas é porque, cara, ela olha, por que que terminou? Até hoje ela não entendeu que terminou, cara. Eu até entendo quando a pessoa fica com raiva, quando é um término recente, normal ficar com ódio e tal, não sei quê, mas assim, ó, meu, passou 5 anos, 10 anos, meu filho, pelo amor de Deus, né? Tu ainda vai ficar alimentando isso. Nunca nunca viu aquela frase, amor de [ __ ] onde bate fica? Não, malandro, isso daí é fixo, velho. Isso aí não muda, meu velho. Isso aí é um azedume que eu não entendo. Porque veja bem, eu meu Deus, eu tive términos de relacionamento assim que eu fiquei triste, eu sofri muito, entendeu? Mas hoje em dia eu olho e penso, cara, um cara legal, mas é orgulho, como ele pode ter me deixado? A pessoa não, a pessoa não entendeu. Ela achava que era o último biscoitinho do pacote. Aí o cara saiu fora, ela falou: “Ai, caramba”. E aí, meu amor? Já era, cara. Eu acho que assim, ó, tu nunca deu, tu nunca, tu nunca meio que, tipo, desprezou alguém, a pessoa começou a correr mais atrás de tu, tu nunca fez jogo de duro assim, o cara começou a Nunca. É que eu nunca fiz joguei tranquilo, muito ass. Mas cara, é ligado isso daí a pessoa te despreza um pouquinho, puto, tu se apaixona. Que no fundo é isso aí quando o cara ainda termina o relacionamento, meu Deus, tanto homem quanto mulher. Sim, eu acho que isso acontece com os dois de fazer joguinho mais vai atrás. Eu concordo agora, galera, então, mas aí é é tá dito isso, é tudo que a gente conversou, lance das mulheres, o que que mais provoca dificuldade nelas hoje, na tua opinião? Uhum. Liberdade, amor ou pertencimento. Qual que é o maior, o maior gap da mulherada hoje? Crise, a crise existencial das mulheres, liberdade, amor ou pertencimento. Vou falar, eu acho que nesse caso e eu eu vou ter dificuldade de não associar isso com os homens atualmente também. Uhum. Mas eu acho que nós estamos em uma sociedade em que as mulheres acreditaram que elas não precisam sofrer, que ninguém precisa sofrer. Eu acho que isso é um problema grave que nós estamos vivendo hoje, que é de evitar o sofrimento em qualquer circunstância, em um sentido nobre, tá? Porque não é sofrer por amor, é sofrer por uma causa, é sofrer por um bom motivo. Qual é o maior motivo que uma mulher tem para viver, via de regra, tira as exceções? Uhum. Uhum. do que ser mãe, porque vocês só vocês podem fazer isso, cara. Então, veja bem, a gravidez pra mulher, ela é um desejo, ela acontece quando se é criado um ambiente, um ambiente propício para que ela deseja que isso aconteça. Veja bem, eu vou falar uma coisa que inclusive é quase uma defesa do patriarcado, tá? Porque assim, isso acontece também entre macacos, tá? Entre outras espécies. Que que acontece? As fêmeas elas são necessárias para dar legitimidade para que os homens governem, para que os machos da espécie governem. Se elas não dão legitimidade, isso não acontece. Eles são derrubados ou eles não acendem. Então, é como se elas fossem uma espécie de eh como de validadoras para que isso aconteça, certo? Questão é o seguinte. Se nós vivemos em um período em que os homens estão largados e eles são improdutivos, essas mulheres vão desprezar esses homens. Se elas desprezam esses homens, elas não desejam. Se elas não desejam, elas não querem se casar e, portanto, ter filho com eles. Então, esse é um dos principais problemas que nós temos atualmente. Os homens da nossa geração são fracos, improdutivos e covardes. Verdade. Verdade. Então, se eles não têm a capacidade de gerar esse respeito e admiração e, portanto, desejo, as mulheres não vão querer engravidar com eles. Não vou querer engravidar com eles. Mas elas não deixam de querer engravidar, não. Claro, claro. Só que veja bem, tem que ser da pessoa certa, né? Sim, alguém sim, sim. A questão é que elas até podem querer ser mães muitas delas, mas elas não vão achar a pessoa correta, entendeu? Então eu penso que a gravidez, eu acredito, essa é uma boa pergunta, porque realmente eu nunca tinha pensado sobre qual talvez seja o maior propósito das mulheres no geral, que seria de gerar uma vida, mas eu penso que isso é possível de acontecer ou de ser de certa forma reconquistado, mas para isso os homens têm que ser capazes de gerar esse respeito, essa admiração e, portanto, o desejo das mulheres. E aí elas legitimam o poder deles para que eles sirvam aos interesses da sociedade. Uma vez eu conversei com uma psicoterapeuta aqui, especialista em mulher e tal, e aí eu perguntei para ela, primeira pergunta do programa, qual o propósito da mulher? Eu não falei do ser humano, tá? Do humano, eu falei da mulher.Um. Uhum. Aí, óbvio. Uhum. Porque existe o humano, existe o homem que é humano e existe a mulher que é humana e algumas exceções aqui no meio, tal, espectro cinza, tal. Tá tudo bem. Mas vamos falar via de regra pelas pelas pelas massas, né? Pelo pelo que é sei lá comum. Mulher, aí eu perguntei para ela, mulher, ela o que ela quiser. Falei: “Não, não, não tô falando de da individualidade de cada uma, tô falando da mulher. Mulher, mulher como mulher.” Uhum. Ela parou, pensou, ela é ser mãe, porque todas podem ou tem potencial para ser. Algumas não podem, algumas não querem. Tá tudo bem. Mas via de regra, isso ser mãe. Aí uma questão de capacidade biológica, né? Ok. Aí e o homem pô aí outras coisas como por exemplo prover, trabalhar, via de regra trabalhado. Trabalhar o quê? Servir que eles podem fazer, né cara? Eles não podem gerar. Servir que é servir. É servir. Trabalha é servir em vários níveis, aspectos, mas é trabalho. O homem é trabalho, óbvio. Tá bom. E o humano? Aí tu sobe. Humano. [ __ ] eu já falei com você, a gente conversou aqui. Amar. Uhum. como aí um serviço, porque quando a mulher tem um filho, ela já ama servindo a família, o homem, a mulher, os filhos e aí vai estendendo pra sociedade e cada um carregando a sua individualidade. Aí vão ter outras questões próprias de cada um. Adên aquela pessoa é isso, tá lindo. Chegamos, estamos aqui, óbvio. Agora, cara, eu não consigo entender se é um propósito, por exemplo, ser mãe, por que que a pirâmide parece que tá de ponta cabeça das mulheres não quererem? Não, na prioridade das mulheres, na construção da própria vida. [ __ ] Porque aí o que que acontece? Eu falo, ó, faz uma pergunta dessa para qualquer pessoa que tem filhos, beleza? Tá bom. O que é mais importante na tua vida? Na minha vida, vou dizer, é a minha mulher, depois meus filhos. Ótimo. Tá bom. Trabalhei para [ __ ] Tá construir as coisas. Legal. Ótimo. Algum filho seu adoeceu, você tivesse que vender tudo que você tem para dar para ele, curá-lo, você daria? Você nem pensa, claro. Ah, o meu próprio coração. Tá bom. E por que diabos tu deixa de ter filho, por exemplo, por carreira ou dinheiro ou fama? Porque esse raciocínio que eu acabei de trazer, qualquer pessoa em san consciência dizer: “Claro que é é isso, eu daria, mas a pessoa deixa”. Aí ela às vezes a pessoa nem ela mesma fez esse tipo de reflexão do tipo, estou invertendo prioridades na minha vida, valores de fato. Porque se a mulher ela passa e ela começa a construir a vida dela, entendendo, pera aí, ser mãe é um bom propósito, porque é comum às mulheres, ela começa a construir a si mesma no autoconhecimento, em valores, pô, estudo, tudo, mas vai gerar em torno desse propósito principal. Uhum. E esse propósito ele não é secundário, ele é o primário. Então eu penso que é difícil fugir do aspecto da individualidade, porque não indalidade vai existir. É porque veja bem, eu também penso que no geral, atualmente todos nós estamos sendo criados para sermos produtivos, né? Mas eu honestamente desconfio piamente de que independentemente das da cultura, as mulheres não iriam querer gerar filhos se não fosse o aspecto anterior que está intimamente ligado com os homens. Mas os homens também não vão querer ter filho com mulheres que não são mulheres, entendeu? Que eles eles também não estão olhando mais aquela mulher que [ __ ] que cuida, que ama, que também é carinhosa, que [ __ ] que valida ele, pô. [ __ ] o cara chega em casa, a mulher não tem um, não demonstra um mínimo de admiração pelo cara. Cara, mas eu vou te dar um exemplo, tá? Isso tá acontecendo no mundo inteiro, porque um vai ficar jogando a culpa pro outro, entendeu? Não, mas veja bem, isso tá acontecendo no mundo inteiro, tá? Inclusive em sociedades que são bem patriarcais, tá? Como, por exemplo, China, Japão. Ninguém mais quer casar e ter filho nesses lugares. Então, eu penso que o modo de vida atualmente, o nível de produtividade que nos é exigido faz com que a gravidez se torne muito custosa, tá? Por isso que eu falei anteriormente que tem um aspecto muito relevante que reduz o custo da gravidez para que as mulheres voltem a fazer filhos. E esse custo, por exemplo, é a divisão de tarefas, é a divisão do tempo. Então, no geral, as mulheres, sim, elas ainda querem ter filhos, tanto que elas vão ter uma disposição muito maior em abrir mão do trabalho, da carreira, de ficar horas e horas dentro de uma empresa para cuidar do filho, porque é mais gratificante para elas, né? Então, veja bem, a questão é, são poucas que têm a oportunidade de estar em um ambiente propício que gerefiguração para que elas realmente coloquem isso em prática, entende? Porque atualmente é praticamente impossível. Vou te dar um exemplo, né, mais uma vez da China. Cara, é uma situação tão absurda assim, porque o modo de vida deles é tão exigente, eh, em relação ao trabalho, que tem caso de mulheres que elas têm que tomar soro no final de semana para poder voltar a trabalhar de novo na segunda. Além de que os homens lá, como eles têm um comportamento muito machista, eles não cuidam dos filhos. Sim. Eles não cuidam, eles não limpam a casa, eles não dividem tarefas. Então, essas mulheres têm percebido, sem o feminismo inclusive, tá? Porque o feminismo não faz sucesso lá no Oriente que não tem, não tá valendo a pena, sabe? Tá sendo demasiadamente custoso. Qual, qual é o grande problema aqui? Dois erros nunca vão fazer um acerto. Tu concorda comigo? Dois erros não faz acerto. Qual é o erro aqui? Não tem homem de verdade na [ __ ] da China. As mulher e as mulheres estão entendendo isso. Sim. Agora, o problema não é ela ser mulher, o problema é não ter homem de verdade que olha para ela com amor e com proteção. [ __ ] eu penso que o maior problema que nós temos agora atualmente, que é o que eu percebo, tá? Eu eu digo isso por quê? Porque eu meio que virei a xuxa dos incéus, tá? Ainda mais ainda maisha, né? Porque assim, eu comecei a acolher essa galera porque quando eu soube desse tal fenômeno, eu tinha uma aversão, eu tinha raiva e desprezo por esses caras. Só que um dia um amigo meu, que inclusive é comunista, tá? Ele me trouxe uma visão diferente. A gente começou a discutir sobre aquilo, a gente ficou debatendo um tempo e tal e ele falou: “Glenda, tu não tá entendendo. Muitos desses caras eles não são misógenos. Eles são deficientes físicos, eles são pobres, eles são feios, eles são autistas e tem inúmeras dessas características que estão influenciando nesse fracasso social deles. E aí aquilo ficou martelando na minha cabeça por um tempo. Eu pensei, realmente, talvez eu esteja sendo injusta e eu estou ignorando eh aspectos fundamentais que estão gerando esse fenômeno. E aí eu comecei a estudar um pouquinho mais sobre isso e eu percebi que a misogenia ela não é intrínseca ao inicielismo. Ela está conectada, mas não é intrínseco. E muito dessa misogenia advém justamente do ressentimento que é ser rejeitado pelas mulheres, tá? Então assim, ó, muitas vezes eu vejo que os caras que mais me atacam, os homens que mais me odeiam, eles estão abaixo de mim socioeconomicamente em relação a capital político, capital social, intelectual. Al te conhece na moral porque tá legal para [ __ ] Não que um cara te odiar, bicho? O cara é burro. É assim, não é? P desculpa, G. Não tem nada a ver uma coisa, na moral. Não é porque ele é pobre ou porque ele tá baixo socialmente. É só porque ele é burro. Não, nem te conhece, [ __ ] Não tem lógica, [ __ ] Você ma equilibrada e cheia de bom sensinho. Você que tá falando comigo com maior que isso, [ __ ] Cara, então é que infelizmente o ressentimento gera essa hostilidade, entende? Então, então assim, muitos desses caras eles são hostis as mulheres porque eles sentem rejeitados por elas. E as redes sociais também têm distorcido a percepção deles acerca do que é a vida real, tá? Então, por exemplo, eu fico assim, [ __ ] da cara, quando eu vejo, veja bem, um sujeito dizendo, “Eu sou em céu, tá? E eu pergunto para ele: “Quantos anos você tem?” 15. Tu tá dizendo que tu é incel porque tu é virgem com 15 anos. Só pode tá maluco. Tu não é um virgem de 40 anos. É normal sergem com 15 anos, 16 anos, 18, até 20 anos. É normal, tá tudo certo. Só que as redes sociais elas distorcem, dando a impressão que tá todo mundo [ __ ] que nem macaco nas árvores, nos cantos, todo mundo fodejo adolescentezinho dizendo que é em céu e ele tem 12 anos. Tá aí, veja bem, [ __ ] eu nunca me esqueço de um dia que um guri veio conversar comigo e ele falou assim, ó: “Eu sou vcel”. Que que é o vocel? Tá, [ __ ] Daqui a pouco é do céu, do céu, vô, o voel. O que que ele é? Ele é o celibatário voluntário, ou seja, ele resolveu não se relacionar com as pessoas, tá? E um dia eu perguntei para qual foi essa? Por que que tu não quer se relacionar? Ah, porque relacionamentos humanos são muito difíceis. Eu pensei: “Meu Deus, o que que tá acontecendo com essas pessoas?” Isso aí é resultado dessa aversão que nós temos atualmente ao sofrimento. Em qualquer hipótese, o sujeito está se negando a se relacionar romanticamente porque ele tem medo de sofrer. Isso é incompreensível na minha cabeça. E olha, eu vou te dizer, viu? Eu sofri muito bullying na minha adolescência, muito. Assim, os guris, eles eram cruéis comigo, me humilhavam assim, atiravam pedra, era horrível, não era uma merda, entendeu? Não, não tinha, pô. Não, juro, juro, não. Os guris eram malvados comigo, assim, eles eram cruais, eles me tratavam mal mesmo. E era visível por causa da minha aparência, visivelmente porque eles me achavam feia. Mas não, mas se você é uma mulher bonita. Obrigado. Hoje eu sou. Mas é que quando eu era criança, meu cabelo era extremamente crespo, tá? Num período que ninguém gostava. No interior do Rio Grande do Sul eu usava óculos, eu tinha os dentes tortos, eu era pobre, eu era nerde. Então eles me odiavam. Entendi. Entendi. Então veja bem, eles me tratavam muito mal. Ixe, razão. Sim. Eu confesso que sim. Quer dizer, em me achar feio assim, não me tratar mal. Não se tratar mal. Calma, calma. Vírgula, né? Vírgula, tá? Mas veja bem, ai Deus. Nunca, nunca em nenhum momento da minha adolescência, eu pensei: “Nossa, eu nunca vou querer me relacionar com homem na minha vida por causa disso. Ah, eu não vou querer namorar por causa disso. Eu odeio todos os homens por causa disso.” Porque eu sempre tive bons amigos, eu tive um bom pai, eu tive um excelente pai, sabe? Eu tive professores, eu tive amigos que me trataram bem, apesar de eu ser estranha, apesar de eu sofrer bullying, eram os meus melhores amigos, eles eram gentis, eles eram calorosos comigo, sabe? Foram pessoas excelentes. Isso já era o suficiente para eu perceber que as pessoas, exatamente, que que nem todo mundo era assim, entendeu? E eu também não cresci, né, sob uma ideologia bizarra propagada na internet, que o sofrimento ele é ruim o tempo todo, em qualquer circunstância. Tu precisa ser estressado, tu precisa vencer e superar dificuldades na sua vida. E aí o que que eu tenho visto jovens que falam comigo assim nas minhas lives a respeito desse assunto? Ai meu Deus, se apaixonar é horrível. Eu não quero me apaixonar nunca mais na minha vida. Eu penso qual? Como é que pode, né, cara? Como é que pode se apaixonar? Melhor sensação do planeta. [ __ ] um beijo na boca é incrível, pô. Não, tu fica chapado de hormônio. É a melhor sensação. Ai, eventualmente vai acabar, meu filho, essa é a vida real. Isso é o que existe de uma pessoa adulta, uma pessoa madura, que sabe enfrentar o mundo como ele é e tá tudo certo. Tu vai conseguir superar isso, achar outra pessoa eventualmente. Faz parte da vida. É. E pode não acabar, tá? Não. E pode não acabar. Exatamente. Mas a questão é, são casos raros em que sempre vai acabar num conto de fadas. A vida é entrópica, é assim. Então, veja bem, eu acho que quando tu tem essa clareza de como a vida é, tu tem mais coragem de enfrentá-la e processar as coisas. Não é como se tu fosse surpreendido por algo que tu não esperava. Mas veja bem, por causa desse tipo de comportamento, os meninos também têm saído cada vez menos de casa, tá? Então, como eu falei, eu sou a xuxa dos incéos. Veja bem, eu percebo que eles não fazem esporte, eles não praticam esporte, eles não vão em balada, eles não conversam com pessoas estranhas, eles não se desenvolvem socialmente, filhos perfeitos, né? Não, eles não se desenvolvem emocionalmente. Fala com estranho, não vão pra balada, sonho de todo pai. Exatamente. Não. E é bizarro. Te liga bem. Não te liga. O problema é que assim, ó, esse eu vou recomendar para vocês um excelente psicólogo chamado Jonathan Heide, que inclusive desenvolveu sobre aquilo que eu tava falando antes em relação à mente moralista, né? Uhum. Então esse é um livro excelente que eu recomendo para todo mundo. Ele fala também que os efeitos da internet são piores pros meninos do que pras gurias, tá? Tá? Então, pros guris é muito mais fácil gerar um comportamento de autoresignação e de isolamento. Nas meninas, não. Então o que que tem acontecido? As meninas continuam saindo de casa, estudando, trabalhando e os caras estão ficando para trás. Isso é um problema porque elas não vão querer se relacionar com bando de bunda mole, né? Porque veja bem o que que acontece. Tu tá com 30 anos de idade, né? Tu é uma mulher que tu é inteligente, estudada, experiente. Vem um cara da sua idade, 30 anos de idade, que passou anos e anos e anos da vida dele atrasando inúmeros momentos, fases ritualísticas pro desenvolvimento dele. Ela vai perceber que ele tá agindo que nem um idiota, tipo infantilizado. Exato. Ele foi infantilizado porque ele não se arriscou na vida. Então assim, uma coisa que eu sempre digo pro pessoal, meus queridos, amados irmãos, tá? Não tem como pular etapas na sua vida. Não tem. Eventualmente tu vai ser humilhado, eventualmente tu vai sofrer, tu vai ser ostracizado. E quem nunca? E quem nunca? Só que assim, ó, eles querem pular etapas achando que eles vão evitar a humilhação. Meu filho, ó, eu fiz balé por 10 anos, tá? Que ambiente [ __ ] do [ __ ] A gente é muito bonitinha, fofinha, sorrindo de tutuzinho, mas lá são os demônios, tá? Escola de balé, fumão escondido, é umil. fumando escondido, pelo amor de Não, é um covil, elas são cobras. É, é um ambiente muito hostil e competitivo, sabe? Sim. E mulher é fogo, mano. Mulher, ó, mulher em jogo de poder é fogo, irmão. Não, e veja bem, é um ambiente também muito militarista, tá? Não, é engraçado pensar nesse sentido porque parece que pega o pior do polo feminino e o pior do polo masculino, porque é muito com aparência de beleza e delicadeza, tá ligado? Bem bonitinha. Então assim, é um ambiente, é um ambiente muito exigente, né, em formação militar, mas ao mesmo tempo ele ele lida muito com exclusão, ataque de reputação, essa competitividade hostil, sabe? Então é um ambiente que realmente exige bastante. O meu apelido no balé era Bet Feia. Te falar, vou começar a chorar, [ __ ] Jogavam pedra, mal foi fazer balia para ficar bunda. Era beta feia, né? Então, veja bem aí, meus assim era bullying, elas riam de mim, eu era excluída, sabe? Eu não tinha muita voz naquele ambiente, era bem difícil, mas assim eu tinha um porquê. Uhum. Então não importava como. Toda terça e quinta eu estava lá e era no frio, no calor, na chuva, na ventania, lá do Rio Grande do Sul. E eu ia lá toda vez a pé. Então eu fazia ensaio, eu participava de campeonato, de festivais de dança, eu viajava com as minhas colegas, lidava com o bullying delas, a cobrança da minha professora. Cara, isso foi extremamente importante no meu desenvolvimento. Eu não tiraria um dia sequer da minha presença naquele ambiente, porque o esporte ele é necessário porque ele te gera um senso de responsabilidade, de dever, de pertencimento e também assim de compromisso com outras pessoas. Porque é muito engraçado pensar que mesmo quando a gente se odiava, ninguém queria que a outra se fodesse no meio da apresentação, porque era uma responsabilidade compartilhada. O meu erro é o seu, sim. Entendeu? Então assim, eu também fui estimulada a ser mais líder, mais corajosa, mais criativa, resiliente psicologicamente. Fazer uma, viu um insight aqui agora que eu vi pensando, tu falou isso daí, lembrei um pouco da história que você falou da sua mãe. Uhum. Vou fazer um Tu não percebe que esses incelos aí são aqueles aqueles garotos super protegidos dentro de casa? Cara, por exemplo, em algum grau, em algum grau, claro, quando é uma família equilibrada, é o é o cenário perfeito. Um estimula e outro segura. Isso, isso. Mas vamos pensar que ainda haja um desequilíbrio, como você falou, sua mãe era muito enérgica, mas seu pai era muito carinhoso. Então ainda havinha um pouco de equilíbrio aqui. Mas a tua mãe é a primeira a te pôr pressão para tu olhar pra vida e dizer: “Mano, a vida é dura. Não, minha mãe fez esse trabalho excelentement. Vou ter medo do bagulho e pelo e ainda mais não vou ter medo do bagulho. Eu vou me eu vou arriscar. Esses garotos eu acho que eles são tão super ultra mega protegidos que eles têm medo de porque não tem nenhum tipo de estímulo de dentro. É de saída, bicho. É o que eu sempre digo, cara, alguém tem que chutar a pessoa do para fora do ninho. Não tem jeito. Tem tem ch é são os pais. Inclusive eu honestamente acho que muitas vezes eu faço esse papel, tá? É clã, com certeza. Às vezes eu faço esse papel de se eu meus seguidores dizem que eu tenho a energia do pai que bate, né? Eu acabo fazendo esse papel aí de estimular e mandar eles para fora de casa ou da mãe brava também, porque cara, eu digo para eles, façam esporte. Claro, é importante e ter esse senso de pertencimento, de responsabilidade, dever, de compromisso, de resiliência também. Inclusive, a prática do esporte tá muito também associado com um senso de alta eficácia. A pessoa percebe que ela tem controle sobre a própria vida e que vai perder uma hora. Exatamente. E que inclusive aprendi a perder tantas vezes. Isso é chorar [ __ ] de novo. P a poderia ter vencido, eu poderia ter dançado melhor. Aí tu ganha uma hora, tu fala: “Puta, ganho também”. É exato. Exato. Mas que não é só perder, é senso de alta eficácia. Exatamente. Então assim, muitos desses jovens eles não estão se desenvolvendo porque eles ficam demasiadamente enclausurados e protegidos em casa. Quer ver um outro exemplo? Ninguém reprova mais colégio. Nossa, isso é um problema também. Já reprovou? Pensa, ó, peguei um aleatório aqui que veio na minha cabeça. Hora que você falou: “É, cara, se no colégio o moleque entra e já é aprovação meio que é automática porque não reprova, ele não sabe nem o que é perder de fato. Não tem medo mais de de de fracasso. Então quando ele pensa na possibilidade do fracasso na rua, ele trava, né? Ele fica apavorado, né? É que não tem mais sistema de incentivo, é um problema, todo mundo super ultra mega protegido, velho. Eu concordo. Eu concordo. E veja bem, por causa disso, esses jovens ficam ansiosos e aí o tempo passa pr as gurias, porque elas continuam enfrentando a vida e eles ficam para trás. Como é que elas vão querer se relacionar com esses caras? Porque mesmo que elas sejam compassivas, empáticas, cara, elas vão sentir que elas estão lidando com uma uma criança, um adolescente. Problema. O problema está no homem. Ponto final. Isso eu tô contigo. Tem um médico que eu que eu gosto muito dele, Dr. Alessandro Loiola. Ele já teve aqui uma vez, duas vezes na verdade, e ele fala exatamente isso. Eu não, eu meu problema não são as mulheres, as leis, pode estar do jeito que for. Meu papel aqui é ensinar o homem a ser homem. [ __ ] homem que tá com problema, não é mulher. Porque se o homem for homem, ele vai passar isso pra mulher, a mulher vai entender o game. Cara, eu vou te dar um outro exemplo. Nossa, que bom que tu comentou disso, porque assim, eu lembrei do insite que eu tive outro dia, porque assim, ó, o que que eu tô vendo atualmente é uma onda conservadora misógena, tá? Não é não é o meu problema com conservador, eu não sou anticonservadora, mas a questão é a seguinte, eu tenho visto um desejo de certos rapazes de voltar para períodos anteriores retrógrados que as mulheres tinham menos liberdade. Por quê? Porque seria uma forma de barganhar e equilibrar o poder, porque eles se sentem tão abaixo que eles precisam encontrar meios de segurar as mulheres para que elas possam se relacionar com eles de novo. Exatamente. Então o que que eu falo? O ideal é que os homens voltem a se desenvolver e serem produtivos para que o sucesso feminino não seja um problema. Uhum. Porque é é uma mentalidade medíocre de perdedor, que é impedir que os outros se desenvolvam, porque tu não alcança aquelas pessoas que estão vencendo, não. O problema é tu que tá perdendo, não são os outros que estão se desenvolvendo, entendeu? Então a gente precisa voltar a estimular, não sei, encontrar métodos, ferramentas para que esses guris voltem a se desenvolver, para que o poder feminino deixe de ser uma ameaça. Simplesmente vai ser uma mulher normal, do mesmo nível que o teu e vocês vão poder ter uma relação horizontal. Exato. Tu vai deixar de gerar medo nos homens e, portanto, também ressentimento e ódio, né? Problema é que todo mundo é aquilo que a gente tá conversando, ó. Vou vou dar meu exemplo pro pessoal, tá? Uhum. Para você me conhecer um pouco mais. Eu te falei que eu sou casada há 17 anos, eu sou médico, a minha esposa também é médica. Eu fiz endocrinologia, tenho residência, a minha esposa também fez endocrinologia, tem residência. Então quando eu chegar na menopausa, já sei com quem fala. Fácil, fácil. Além disso, ela tem anestesiologia com residência, então ela tem uma mais que eu. Beleza. Quando ela engravidou, a gente tava na faculdade, cara. [ __ ] difícil para caramba. Pegava trem grávida, barriguda, tal. Beleza. Foi. Nossa, ela é [ __ ] hein? muito menos menos 25º 3 horas para chegar na faculdade de trem. É, a gente, eu vivi muitas coisas na Rússia, você não tem ideia. Muito uma vida muito difícil. Minha mulher, ela é [ __ ] Teve do meu lado todo esse tempo, aguentou. Se fosse outra não teria suportado nem perto. Graças a Deus estamos junto até hoje. E graças a Deus. Mas vamos voltar. Ela engravidou, beleza, se formou na faculdade e ela fez as residências, tudo mais. Só que você veja quando vê a segunda e o terceiro, ela abriu mão. Ela não, eu cuido, quero cuidar dos nossos filhos. Uhum. E eu não sou um cara rico de verdade mesmo. Se eu abrir a minha conta aqui, você vai chorar um pouco comigo, mas tá tudo bem. E é verdade. É verdade. Ficar chateado. É, isso aqui é um desafio do caramba. Eu, eu uma aposta que eu fiz na minha vida. Beleza. Só que ela acredita, eu faço o que eu tiver que fazer na Rússia. Eu cheguei a trabalhar em três empregos ao mesmo tempo. Era o Júlios. Todo mundo deu com isso. Ela brinca com isso até hoje. Ela brinca ela brinca Júnior, Júlios. E aí o que que acontece? O que que eu percebo assim? Foi uma uma decisão dela. Uhum. Porque ela ela falou assim: “Eu tenho uma prioridade aqui. Eu confio em você, eu vejo que você trabalha”. Uhum. E beleza. Uhum. E ela tá satisfeita. Foi uma escolha dela. O meu ponto é quando as pessoas querem impor umas à outras, não que elas não possam querer ter preferências. Quando isso é colocado na mesa de cara. Uhum. Mas, por exemplo, eu vejo que a decisão dela, e isso me alegra muito, tá ligado? Falei assim: “Porra, minha mulher cuida dos meus filhos, dos nossos filhos. E ninguém pode cuidar melhor dos nossos filhos que a minha mulher.” Quando você falou uma coisa interessante, [ __ ] é porque o custo é caro. Por que que o custo é caro? E se eu baixar o meu custo? E se eu viver com menos? Não, eu não falei no custo financeiro, tá? Tá. É o custo do cuidado também, das responsabilidades gerais. Quando existe uma redução do custo geral de gerar um filho e também cuidar, as mulheres voltam a querer ter filho de novo. Porque eu acho que é o lance é de quem tá do lado delas, mano. Sim, eu penso que isso é muito relevante, muitíssimo, tá ligado? Eu acho que é muito sobre isso. Eu não sei, eu não sei como é que a gente vai resolver esse problema, mas eu acho que o ponto principal é homem voltar a ser homem, mano. Cara, eu tenho uma alternativa e é natural a mulher volve ser mulher, entendeu? Ó, eu tenho uma alternativa que é ultras artificiais, tá? Eu sou aceleracionista, eu sou bem tecnológica nesse aspecto, tá? Eu acho que assim, nós poderíamos resolver alguns desses problemas com úos artificiais. E ó, agora eu vou ir pra minha utopia futurista aí, que daí eu já fico imaginando que a gente tem que continuar gerando, gerando gerando filhos e começar a colonizar outros planetas. Iremos pra Marte e talvez depois pra galáxia. Mas sabe sabe um ponto que eu vou te fazer? E eu eu entendi você, mas hum eu só fiz sexo casual uma vez na minha vida. O quê? O quê? Agora agora era 17 anos na Rússia. Agora [ __ ] Como assim? Não. Bção, padre. Pode me abençoar aqui, padre. O que que é isso, minha gente? Pelo amor de Deus. É verdade. Até me sentindo uma pecadora. Não, nada. Eu sempre namorei, eu tive namoradas, sempre foi. E uma vez na minha vida eu experimentei isso aqui. Aham. E aí é interessante assim porque quando eu fiz, eu tive essa relação, foi igual aquela tua amiga. Isso aqui não é para mim. Eu me senti muito vazio. Por quê? Porque minha primeira experiência sexual já foi com uma namorada. E eu fiquei com aquela namorada muito tempo, tipo 4 anos. E aí depois eu namorei mais uma vez e depois eu casei, namorei e casei, tá ligado? Então eu tive poucas mulheres em vida na minha vida sexual falando, é muito louco isso aqui. Mas quando eu tive aquela relação sexual, eu falei: “Caramba, não é legal. Por qu?” Aí é uma coisa que eu brinco, eu falo para todo mundo. Você pode fazer sexo com 1000 pessoas ou pode beijar milhares de bocas, mas quando você beijar aquela que tu ama é diferente. Não, isso é indiscutível. Qualquer coisa que tu faça com amor é muito melhor. Mas eu te pergunto, as pessoas deixaram de buscar o amor, sabe por quê? Eu não sei se não, eu não sei se na prática isso realmente acontece, porque as pessoas continuam agindo. Amor não é sentimento em torno disso. Amor não é sentimento. Lenda, sabe por que que tem tanto divórcio? Sabe por que que tem tanto divórcio? Por quê? Porque as pessoas entenderam que podem se divorciar. Quando o divórcio ali é uma opção, calma, não que não seja. Uhum. Mas quando o divórcio ele é uma opção vulgarizada, ele vai acontecer. Então, por exemplo, eu tô casada há 17 anos com a minha mulher. Sabe por que que eu tô com ela até hoje? Não é porque a gente é, [ __ ] vocês são Não, é porque eu decidi nunca me separar da minha mulher e ela também. Então, no final do dia, lembra do dia que é hoje, tu tem que resolver, bicho. Tu quer dizer no sentido racional, tomar uma decisão. É óbvio que eu posso milhar, imaginar milhares de casos onde o divórcio é uma é necessário, não é nem uma opção, ele é fundamental, necessário, tal, indiscutível, mas grosso modo, na via de regra, enquanto isso é uma máxima no coração de duas pessoas que se amam, aí então elas vão se amar. Porque eu não amo a minha esposa pelas virtudes dela. Eu amo justamente a compreendendo e tá estando do lado dela nas fraquezas dela e vice-versa. Agora hoje se eu olho e tudo é líquido e tudo é fugaz, tudo é vazio. No primeiro momento de briga contigo, falar: “Quer saber?” Ai meu cansei. Tchau e bção. Acabou. E vai acontecer isso aí. Agora sabe qual que é qual é o motivo? Simples. Eu tô abrindo mão do amor. O amor não é sentimento. Eu assim não estou discordando de ti que as pessoas elas estão incapazes de lidar com frustrações, inclusive no relacionamento. Eu só não sei se eu concordo contigo que as pessoas terminam relacionamentos com facilidade. Ah, termina? Não, eu calma. Deixa eu explicar. Eu eu tenho dificuldade, não tô nem dizendo que tu tá errado. Eu até acho que eu deveria ler um pouco sobre isso, porque eu sou meio cientificista e eu realmente gostaria de saber como que as pessoas lidam com términos de relacionamento. Mas o meu viés pessoal é de que geralmente as pessoas fazem o contrário, elas empurram com a barriga relacionamentos o máximo que elas podem. Elas insistem, insistem, leva chifre, bota chifre, leva chifre, toma chifre e empurra, empurra, empurra, empurra, empurra o máximo que elas podem. Mesmo quando elas já não amam mais tanto a pessoa, mesmo quando elas não têm mais desejo sexual, mesmo quando o relacionamento é disfuncional, elas têm medo de ficar sozinhas, então elas insistem o máximo que elas podem, mas pode ser viés completamente meu. Eu vou te explicar porque que eu acho que não é assim mais. Você nasceu na igreja, você sabe. Uhum. Antigamente um crente se separa era o quê? [ __ ] era um absurdo. Hoje tem pastores de quatro, cinco casamentos já, porque na igreja evangélica já entendeu o divórcio como algo completamente normal. Então, quando você entendeu isso e vê isso dentro da igreja, que seria o último baloarte para não acontecer, você fala: “Opa, pera aí, mas no caso dos pastores, eu já acho que é um caso excepcional pelo fato de que o aspecto financeiro é muito relevante, tá? Eu vou dar um exemplo, né, de casos excepcionais, artistas. Por que que geralmente relacionamento de artista não dura muito tempo? Porque simplesmente a gente tá ali no maior love durante sei lá três meses. Estamos casados, né? Ah, esse aqui não deu muito certo, conheci outra pessoa melhor, né? Também porque a disponibilidade de pessoas interessantes, gostosas, é muito maior. Aí tu olha, cara, cansei de você. Sabe o que que tu faz? Tu pega tuas malinhas e vai para outra casa porque tu tem dinheiro para fazer isso. É muito fácil. tem uma questão logística que é muito relevante. Eu acho que esse aspecto dos pastores também, a logística para terminar relacionamentos é muito diferente. A mesma coisa em relação a pessoas comuns. As pessoas comuns elas não têm dinheiro para nada, basicamente. O que acaba também desestimulando que elas terminem relacionamentos para cada um pegar suas coisas embora. Não, isso aí eu entendi que você falou sobre a questão do aspecto financeiro ser às vezes um dos fatores da pessoa empurrar com a própria barriga. Mas aí de novo eu volto porque a análise que eu disse é o quê? Qual é a motivação? A falta do amor. Elas elas já tão divorciadas ainda que cas ainda aqui no papel e morando no mesmo prédio, bicho. Uhum. Entendeu? O lance todo é que as pessoas estão desistindo de experimentar a conexão real do amor para ter relacionamentos líquidos e vazios, entende? Mas veja bem, eu penso que o que acontecia antigamente era as pessoas decidirem ou aceitarem, devido a convenções e pressões, ficarem casadas e estarem divorciadas no relacionamento. Isso acontecia muito antigamente. As pessoas estavam vivendo sob o mesmo teto, nem se olhavam na cara, não conversavam. Um dorme na sala, outro dorme no quarto. Isso acontecia muito. No passado acontecia e hoje acontece. E hoje acontece também, sabe? Mas eu penso que talvez hoje a gente tenha uma possibilidade melhor e mais fácil de deixar de ser hipócrita, de viver em um ambiente que já não tem mais amor. Exatamente. Mas as pessoas antigamente tinham que ficar lá. Não, antigamente o divórcio no Brasil é liberado da década de 80 paraa frente. Sim, sim, sim. Foi muito recente. Não dava. Mas mas a mas meu ponto é, independentemente de qualquer coisa, as pessoas decidiram abandonar as conexões. Eu acho que o amor num geral, bem honestamente, sempre foi raro e vai sim. E eu penso que o amor vai continuar sendo raro. [ __ ] eu eu não sei. Meu pai foi casado 24 anos com a minha mãe, velho. Então, meus pais estão juntos até hoje também, né? Então, cara, por que que é tão raro assim, cara? Eu eu realmente acredito que no passado também era muito raro, mas existiam outros aspectos relevantes, como por exemplo convenções sociais e silenciamentos. Pessoas antigamente elas valorizavam muito, como eu poderia dizer, as aparências. As aparências eram muito mais importantes. Então, manter um casamento e fingir que ele é perfeito, apesar de desavenças, agressões, humilhações internas. e as pessoas continuavam ali. Mas o amor mesmo, eu penso que sempre foi muito raro. Tanto que antigamente era legitimada a violência doméstica, estupo marital, eh humilhação contra a esposa e tal. Cara, as coisas que às vezes eu escuto assim, a minha mãe tá, uma mulher conservadora religiosa me contar sobre como era a vida da avó dela, casado com o vô dela. Assim, ela dizia, mano, assim, ó, o marido dela pegava uma ripa com um prego na ponta e dava na cabeça dela, tá? Era um nível de tolerância, de agressão dentro de um casamento que hoje em dia é inimaginável, né? Mas assim, a vida das pessoas no passado era muito mais dura e difícil do que da vida que nós temos hoje e, portanto, também as impossibilitava de amar mais do que nós amamos hoje. Inclusive, até engraçado, a minha tese, justamente ao contrário da sua. Eu acho que as pessoas nunca amaram tanto, porque a vida da minha mãe foi pior do que a minha e a vida do pai e da mãe dela foi pior ainda, porque a vida no geral era muito difícil. colocava as pessoas em situações de agressão, de violência, de humilhação, de abandono, que hoje em dia nós consideramos um tabu, um absurdo, sabe? Mas você viu, mas você viu a sua mãe amando seu pai? Você acha que eles se amam? Sim, eu penso que os meus pais eles se amam. Então, porque a geração do seu pai e da sua mãe, a minha geração, talvez tenha sido a geração do meio, as que mais experimentaram que amor agora, mas eu eu conheci as de antes menos e as de agora menos. Mas eu eu conheci muitos casais também que estavam juntos, principalmente, por exemplo, eh uma pessoa muito próxima a mim que tava casada há muito tempo e não havia mais amor ali. E são pessoas mais velhas também. A mesma coisa, minha avó, né, que realmente passou malos bocados com o meu vô. Então eu penso que hoje talvez as pessoas elas tenham uma qualidade de amor maior, mas não necessariamente de tempo. Entendi. Eu acho que os relacionamentos são mais fluidos, mas eles são melhores. Não sei. Eu não sei. Até porque eu vou te dizer uma coisa de novo. Eu não tô caindo na na no emocionalismo do amor. Eu tô falando do amor que é aquele amor que serve, que tolera, que espera, que tudo suporta, que tudo crê. Uhum. Uhum. E nesse sentido às vezes vai ter ou não sentimento, tá? Agora realmente faz todo sentido. Sim, meus pais se amam bastante, entendeu? E aí quando tu olha hoje em dia tolerância, então e hoje a tolerância ao contrário, não existe mais. Tá, nisso eu concordo contigo. As pessoas estão extremamente intolerantes aos defeitos mudos. Concordo. Glenda, pra gente ir encerrando, tu casaria e teria filhos se encontrasse um homem cabuloso? Pergunta de 1 milhão de dólares aí. Você é muito nova ainda, cara. Que pergunta, hum, que pergunta cabulosa é essa. Se eu disser que não, eu estaria mentindo, tá? Mas eu acho que seria um caso excepcionalíssimo, entendeu? Primeiramente, porque se eu fosse ter filhos, eu realmente pudesse escolher, não gostaria que fosse no meu corpo, tá? Eu gostaria de ser mãe através de talvez barriga solidária ou de útero artificial, tá? Mas eu diria que já seria um avanço, né? Já já haveria a possibilidade de eu ter filhos. Mas veja bem, eu tenho muita vontade de ter muitos filhos, tipo uma fazenda, tá? Então, eu tô até pensando em fazer doação de óvulos. Eu gostaria muito de deixar a minha descendência. Eu acho que eu já tô me sentindo tipo uma erva daninha, entendeu? Então, eu quero me multiplicar o máximo que eu posso, tanto geneticamente quanto intelectualmente. Eu quero fazer o possível. Só que como eu não sou um homem, eu não posso sair distribuindo o esperma como se não fosse nada. Então eu gostaria de eh eu tô pensando em congelar óvulos, eventualmente doar, fazer o possível, fazer propagandas. Ó, crie meus filhos aí, né? Cuida dos meus filhos. Eles são, serão responsáveis pela sua criação. Mas você não é aberta para encontrar um cara cabuloso, um cara legal, um homem de verdade assim que olha para tu, te ama, [ __ ] que dialoga, que troca ideia, que te ouve, que te protege, que assume a responsabilidade de, [ __ ] tô contigo, pô, e tu tá comigo. Qual o problema disso, pô? Não tem problema nenhum. A questão é que, no meu caso, é praticamente impossível. Por quê? O que te faz tão problemática na tua cabeça para isso? Eu não sou problemática, muito pelo contrário. Eu acho que eu sou Então, então conversando contigo aqui, tu não é nada problemático. Então, com toda a modéstia, eu me considero uma companheira, aliás, agora ainda mais do que no passado, bem tolerante, amorosa, carinhosa. Por que você tá dizendo que para você é quase impossível? Não, como é que não é como se eu fosse problemática. É que eu sou muitíssimo exigente e a maioria dos homens têm medo de mim. E os homens que não têm medo de mim não me querem. Tá. Você tá falando que é super exigente no que? No homem. Fala três coisas que o homem é imprescindível o homem ter para estar contigo. Ele precisa ser extremamente inteligente. Tá bom. Brilhante, poderoso. E o que é um homem poderoso? É uma boa pergunta. Eu tenho que olhar para essa pessoa e pensar que ele é extremamente admirável. Isso é totalmente variável. Mas eu preciso olhar para essa pessoa e pensar: “Esse sujeito é admirável na naquilo que ele se propôs a fazer”. tá falando de caráter, de índole, de conduta, de postura. Caráter é inegociável. Para mim já é lugar comum. Isso isso para mim é um cara poderoso. Sim, sim. Eu eu eu vivi com a minha mulher na Rússia. Minha mulher era uma mulher poderosa, tinha parede, tinha ratos nas paredes. A gente ficava dentro de casa, vendo os ratos correndo dentro das paredes. Beleza? E ela grávida, suportou tudo ali comigo. E eu trabalhava, como eu te falei, um olhava pro outro, admiração, [ __ ] E a gente era pobre, então não tem a ver com riqueza. Esse poder que você tá falando é de essência. Essência. Sim, sim, sim, sim. Não tem nada a ver com dinheiro. Não é dinheiro. Inteligência bilas tá falando de minimamente bom senso. Porque inteligência fazer conta, jogar xadrez, não quer dizer muito. Você tá falando de um cara lúcido da vida na diante da vida. Sim. Eu Sim. Certo. É uma pessoa muito inteligente nesse caso uma pessoa sábia. Ilústra, sábia, poderosa e que mais? uma pessoa compassiva porque empática, empática, uma pessoa doce, boa de verdade. Então, então vem cá isso aqui que você acabou de citar, pô, tá certo. Minha filha quando ela me dis, pai, é isso aqui, mas isso aqui é cinequa não de fato. E tu acha que tá muito difícil? Por quê? Não é por tua causa. Essa tua exigência, eu diria que ela é o mínimo. Não dá para ser de um homem diferente aqui. Talvez o bloqueio esteja na tua cabeça, mas impossível. Eu tô totalmente aberto ao amor. Eu amo amar. Eu amo me apaixonar. Amo ter um braço. Então não pode duvidar que isso aqui é é totalmente acessível. Porque é você tá querendo me arrumar um relacionamento, quer que eu engravide, né, seu safado? Você quer que eu forme uma família, né? Não, eu torço para que você que uma mulina doce para que você viva num na máxima no máximo potencial de acontecimento, porque isso aqui que você acabou de me dizer é algo que tá no teu coração. Eu torço para que aconteça só isso. Eu torço por você para que você não deixe de desfrutar isso que tá no teu coração, na tua alma. [ __ ] olha, milagrosamente tu diz que eu sou uma pessoa doce. Mas é, dificilmente as pessoas enxergam isso. Não, mas é, eu conheço muitas, eu falei com muitas pessoas, eu já vivi muito para dizer para você. S. Sou uma boa moça. Fala olhando no teu olho. Você tá vendo? Ué, eu não vou chorar em público. Eu não faço isso. Eu não faço isso. As pessoas simplesmente perderam a capacidade de olhar um pro outro. Lenda, eu já já conheci com muitas pessoas. Sou é uma menina muito muito muito legal. E tudo que eu tô falando com você é olhando para você e torcendo por você. Agora sim você me dá bção, padre. Carinho, tá bom? De verdade, eu teria, vou falar uma coisa para você. Eu nunca falei antes. Eu vou falar para você. Se você fosse minha filha, eu teria orgulho de você. Você é uma menina muito legal, muito inteligente, muito bonita e doce. Parabéns, porque você viveu muitas coisas e tá aqui inteira. Você é inteira. Você não é um fragmento, você tá inteiro. Você, você, você conservou a tua persona, a tua individualidade, a tua excentricidade. Você nunca se deixou. Isso é perfeito. Isso é motivo de orgulho. Eu teria orgulho. Se você fosse minha filha, aquela menina sagaz de 3 anos, eu diria: “Cara, parabéns”. Aí você tô contigo. Eu sei um pai orgulhoso. Nossa, não sei nem o que dizer, realmente. Muito obrigada. Corção. De todo o meu coração. Tá bom. Foi um grande privilégio conversar com você. Digo mesmo. Eu fiquei bem surpresa assim, tudo bem impactante. Foi muito surpreendente. Sério, eu não imaginei que teríamos esse nível de profundidade de conversa assim. Isso foi especial para mim, porque, como eu falei, geralmente o que as pessoas enxergam de mim é uma mejera, né? Porque eu tô sempre numa posição muito combativa de debates, de racionalidade. E muitas vezes as pessoas também elas confundem achando que tu é um fragmento, que tu é um personagem, que tu é bidimensional, né, ou unidimensional, de que porque ai uma mulher ela é poderosa ou ela é competitiva, logo ela é masculinizada, logo ela não é doce, logo ela não pode ser graciosa ou carinhosa. E as pessoas estão erradas. É uma perspectiva extremamente simplificada da personalidade humana num geral. Como é que pode alguém como você que vive pelo próximo para tornar esse lugar um pouquinho melhor do que você encontrou, não ser alguém boa, doce e poderosa? É que as pessoas acabam confundindo do fraqueza muitas vezes. Nunca. Ou tu acha que é mais fácil perdoar? A é a coisa mais difícil que existe em as pessoas confundem isso. Eu sei. É muito difícil. É muito mais na prática. Entende? Porque a doçura é um fardo. É um fardo. E porque a doçura é um poder. Porque a misericórdia é um poder. Porque a compaixão é um poder. Por quê? Um poder. É maravilhoso. Isso de fato. É poder porque é difícil. Claro. Eu sei. Eu sei. É difícil tu andar nas ruas e não olhar aquele pessoal deitado lá nas calçadas lá e não ser indiferente, entendeu? Porque é mais fácil tu tu só passar. Inclusive eu sempre digo que odiar os outros é fácil. Para mim é um sinal de fraqueza. É isso. Pessoas que odeiam muito são fracas. É isso. Elas não conseguiram elaborar suficientemente as suas emoções tanto quanto as experiências de vida. Elas se deixaram dobrar diante da vida e das circunstâncias. O amor é um sinal completamente inverso. E aí eu vou finalizar aqui com você dizendo algo para ti que é aparentemente contraditório, mas para mim é uma verdade tão óbvia. Você é uma das mulheres com mais fé que eu conversei até hoje, porque você vive tudo que vive sem livro de regras para te dizer o que você deve viver. OK? Faz todo sentido. Ok, eu te cedo esse ponto. Realmente ninguém tá me dizendo para fazer isso. É interessante, né? Isso só prova que você não é uma criança, que você é uma adulta. Sabe o a alegria de todo pai? É quando ele olha pro filho dele e fala: “Pô, meu filho é um homem, uma mulher, são adultos”. Por quê? Porque eles fazem o que devem fazer, não porque tem medo ou porque eu tô mandando, mas porque eles têm uma gratidão no peito que faz todo dia ser um pouquinho melhor. Isso é amor. Parabéns mais uma vez. Muito obrigada. Caramba, só pessoa cheia de amor. Ai Jesus. Deixa o recado aqui pra galera e eu finalizo aqui na sequência. Aqui aqui na guia pra galera e eu finalizo na sequência. Aliás, muito importante, se inscrevam em todas as minhas redes sociais. Eu sou a Spectro Cinza, é o nome de uma vilã de história em quadrins, talvez uma antiheroína. Assine Valet Plus, tá? Eu faço conteúdo, eu posto lá semanalmente a respeito de inúmeros assuntos. Eu tenho certeza que vocês vão gostar. E vocês também vão receber uma, duas revistas, na verdade, gratuitamente, frete grátis na casa de vocês. Rezinho por mês, só me ajudem a bater a meta, tá? Tenho certeza que vocês vão gostar. É um nível de conhecimento e a respeito de dissidência intelectual e de filosofia que vocês vão gostar para [ __ ] Então, muitíssimo obrigada. Olha, e você que nos acompanhou até aqui, por favor, se inscreva no canal. deixent carinhosoenda, a famosa Xuxa dos incéos e lar, né? Cantando aqui. E se é para brigar com alguém, briga comigo, não tem problema. Mas no final das contas, acabei de conversar com uma das mulheres mais incríveis que eu conheci na minha vida. Deus abençoe. Eu tenho certeza do que eu tô falando, porque eu li no fundo do olho dela. Beijo, até o próximo. Valeu. Brain Juice, o segredo para turbinar mente e corpo. Nosso primeiro patrocinador desse programa entrega o que há de mais saudável e inovador com extratos concentrados de Lions Money, líder mundial para memória, Cordiceps, que eleva foco e disposição, e o Heis, o favorito asiático para imunidade e sono. Esse super alimento natural em só 15 gotas garante performance no trabalho, resistência nos treinos e noites tranquilas. A Brainice é muito bem avaliada nas redes. Por quê? Porque ela desperta o seu potencial. Use o cupom Iron 10 e experimente agora esse super alimento.

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