Por Dentro da Base Mais EXTREMA Feita de Containers na Antártida
0em meio ao gelo implacável da Antártida existe uma estrutura que parece ter saído de um projeto futurista uma base de pesquisa construída inteiramente com contêiners não é ficção científica é realidade a estação Barati da Índia foi projetada para resistir aos extremos mais hostis do planeta enfrentando ventos que ultrapassam 300 km/h e temperaturas que mergulham abaixo de 40º negativos em um ambiente onde a natureza não dá trégoa essa base não apenas sobrevive ela opera de forma eficiente sustentável e inovadora barat é um símbolo de engenharia de precisão logística impecável e adaptação inteligente uma obra modular desmontável montada a mais de 12.000 1 km de seu país de origem e que hoje serve como um dos pontos mais avançados da presença humana no continente gelado neste vídeo vamos descobrir o que faz dessa estação um verdadeiro colosso de aço e ciência a estação Barat está localizada em Larsman Rios na Antártida Oriental uma região remota e rochosa posicionada entre as latitudes 69º sul e 76º leste a base fica a cerca de 35 m acima do nível do mar em uma área livre de gelo permanente o que facilitou a instalação de sua fundação metálica sobre a rocha exposta uma condição rara no continente esse ponto estratégico oferece acesso direto ao Oceano Antártico e proximidade com importantes rotas logísticas da região permitindo o reabastecimento anual por embarcações especializadas durante a curta janela de verão polar a escolha desse local também teve um forte componente científico larsman Ross faz parte de uma zona de interesse internacional para pesquisas geológicas baleoclimáticas e biológicas além de oferecer um ambiente estável para o monitoramento atmosférico e marinho a partir dali a Índia ampliou sua capacidade de coleta de dados sobre mudanças climáticas camadas de gelo biodiversidade extrema e circulação oceânica a região ainda serve como base avançada para o estudo do magnetismo terrestre e das interações entre o vento solar e a atmosfera aspectos fundamentais para o programa espacial indiano barat não é apenas um ponto fixo no mapa é uma plataforma de observação estratégica que fortalece a presença científica da Índia em um dos territórios mais desafiadores e politicamente sensíveis do planeta as obras da estação Barati representam um dos feitos mais impressionantes da engenharia modular em ambientes extremos tudo começou com um concurso internacional de arquitetura lançado em 2006 pelo National Centry for Antarctic and Ocean Research da Índia o projeto vencedora foi concebido por uma equipe de especialistas da Alemanha e da Índia unindo o escritório BOF Architecten a consultoria IMS e os engenheiros do P Consulting durante os três anos seguintes o projeto executivo foi desenvolvido entre Hamburgo e Goa alinhando critérios científicos climáticos e logísticos para viabilizar a construção em um dos locais mais inóspitos do planeta a solução escolhida para a estrutura foi a utilização de 134 contêiners ISO de 40 pés pré-fabricados e modificados na Alemanha esses módulos passaram por um processo complexo de reforço estrutural com colunas reforçadas aberturas laterais cortadas com precisão para criar espaços amplos e a instalação prévia de redes elétrica hidráulica e de ventilação cada unidade foi numerada e adaptada ao sistema Plug and Play permitindo uma montagem rápida e organizada na Antártida uma das etapas mais críticas foi a logística de transporte os módulos seguiram por trem até o porto da Antuérpia na Bélgica onde foram embarcados em um navio quebra gelo com destino à Antártida a embarcação fez uma escala técnica na cidade do Cabo na África do Sul antes de alcançar Larsman Rios no início do verão Antártico de 20112 uma janela de poucas semanas com temperaturas minimamente favoráveis para a construção cada hora era preciosa enquanto isso no verão anterior de 2010 equipes já haviam preparado o sítio foram construídos um L ponto tanques de combustível para abastecimento das futuras operações e as passagens subterrâneas para cabos e dultos a fundação da estação foi feita com estacas de aço cravadas diretamente no afloramento rochoso evitando o contato com o perma Frost e permitindo a circulação de vento sob a estrutura o que ajuda a reduzir o acúmulo de neve e melhora o desempenho térmico a montagem em campo seguiu uma sequência rigorosa primeiro foi instalado um gradeamento metálico primário que conectava todas as estacas e servia de base para os módulos em seguida os contêiners foram empilhados horizontal e verticalmente em três níveis com reforço por soldas e placas de sisalhamento para criar uma caixa rígida e estável as passarelas internas escadas remodulares e eixos técnicos já estavam pré-posicionados otimizando o tempo de montagem após o empilhamento os técnicos aplicaram os painéis de proteção externa uma casca composta por lã mineral espuma de poliuretano de 200 mm e uma chapa metálica inclinada em 15º cujo formato foi testado em túnel de vento para reduzir o impacto de rajadas e acúmulo de neve a cobertura metálica e o afastamento em relação ao solo garantem que a estrutura possa suportar rajadas de até 321 km/h e temperaturas de até -40ºC mantendo estabilidade e eficiência térmica internamente três unidades de cogeração a quererosene com cerca de 150 kW cada fornecem não só a energia elétrica da base mas também o aquecimento reaproveitando o calor residual para manter os ambientes internos aquecidos mesmo nos períodos mais críticos o sistema de tratamento de água e esgoto também foi instalado no piso técnico garantindo total autonomia e sustentabilidade operacional todo esse processo do início da montagem até o comissionamento completo foi concluído em apenas 127 dias uma façanha monumental considerando que cada erro poderia comprometer meses de operação a estação Barat não é apenas uma construção é uma demonstração clara de como o planejamento a modularidade e a engenharia de precisão podem vencer até mesmo os ambientes mais extremos do planeta no interior da estação Barati tudo foi projetado com precisão cirúrgica para garantir o funcionamento da base durante os 12 meses do ano enfrentando ventos cortantes isolamento extremo e temperaturas abaixo de 40º negativos a estrutura é dividida em três níveis distintos cada um com uma função bem definida no térrio ficam concentrados todos os sistemas vitais os três geradoresp que fornecem energia e calor para toda a base os laboratórios científicos equipados para estudos em climatologia geociências oceanografia e biologia além das oficinas de manutenção e os depósitos de suprimentos é nesse piso que também estão os sistemas de tratamento de água e esgoto operando com reatores de membrana compactos que garantem a autossuficiência da base em recursos hídricos subindo ao segundo piso o ambiente muda completamente ali está a área residencial que concentra os dormitórios individuais e duplos dos pesquisadores a cozinha principal um refeitório coletivo sala de estar biblioteca e até uma pequena academia elementos que podem parecer triviais mas que são essenciais para a saúde mental e física de quem vive isolado por meses consecutivos também neste andar está localizado o posto médico equipado para atender emergências e realizar procedimentos básicos reduzindo a necessidade de evacuação aérea em situações críticas esse núcleo de convivência foi desenhado para manter uma rotina minimamente confortável mesmo diante das condições extremas lá fora no terceiro e último nível entra em cena a funcionalidade técnica a parte superior do edifício abriga o sistema de ventilação chaminés de exaustão e áreas técnicas que sustentam a climatização de todos os ambientes inferiores também funciona como um terraço científico onde são instalados sensores meteorológicos antenas e equipamentos de comunicação via satélite manter essa estrutura viva exige um sistema energético de alta eficiência a estação utiliza três unidades de cogeração a kerosene cada uma com cerca de 150 kW de potência o funcionamento simultâneo dos três geradores garante não apenas o fornecimento de eletricidade contínua para todos os módulos mas também o aquecimento completo da base graças ao reaproveitamento do calor gerado no processo de combustão esse calor residual é canalizado para o sistema que distribui a energia térmica por todos os ambientes internos mantendo temperaturas estáveis mesmo no inverno antártico tudo foi pensado para garantir redundância se um gerador falhar os outros dois mantêm a operação plena da estação com essa estrutura a Barate é capaz de abrigar até 47 pessoas durante o verão período em que as campanhas científicas mais intensas são realizadas no inverno esse número é reduzido para 24 residentes permanentes ainda há espaço para a instalação temporária de módulos extras caso seja necessário acomodar mais profissionais durante expedições científicas toda a logística da base é organizada para funcionar de maneira praticamente autônoma durante 9 meses por ano sem qualquer necessidade de ressuprimento a comunicação com a Índia é feita por satélite em tempo real através de uma antena da ISRO instalada na estrutura superior lados científicos chamadas de voz videoconferências e até suporte técnico são mantidos mesmo durante as semanas mais inóspitas do inverno com energia água calor tratamento de resíduos e comunicação operando de forma independente a estação Barate é hoje um exemplo de engenharia integrada para ambientes extremos capaz de sustentar vida ciência e estrutura sem depender do mundo exterior por longos períodos mas e você o que achou deste incrível mega projeto comente este é o canal Urbana deixe seu like inscreva-se e assista o vídeo anterior