por que a letra “A” é PROIBIDA na TABELA PERIÓDICA?

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Vamos supor que você descobriu um novo 
elemento químico. Provavelmente sua mãe deve estar muito orgulhosa, mas você se depara 
nesse momento com um problema. Qual deveria ser o nome e o símbolo da sua nova descoberta?
Bom, poderia se chamar Abacatium, porque sei lá você gosta de abacate. E o símbolo poderia ser a 
letra “A”. Parece um boa ideia, mas infelizmente esse nome poderia não ser possível e com toda 
certeza o símbolo da letra “A” não poderia ser usado. Ele é proibido na tabela periódica.
A princípio se alguém descobriu uma coisa nova, essa pessoa deveria ter total liberdade 
de chamá-la como quiser, e na prática nada te impede disso. Porém oficialmente 
falando ele poderia ter outro nome. Isso acontece porque a ciência é universal e deve 
ter termos claros e bem aceitos em todo o mundo pra que cientistas possam se comunicar 
e fazer ciência sem maiores confusões. Então por mais que você possa chamar esse 
animal não oficialmente de sagui-de-tufo-branco, sagui-do-nordeste, mico-estrela, sagui-comum 
ou genericamente como massau, mico, nico, saguim, sauí, sauim, soim, sonhim, tamari e xauim 
é importante deixar claro que oficialmente de maneira universal na ciência ele 
é chamado de Callithrix jacchus. Pra certas descobertas é preciso seguir um 
tipo de padrão. Por exemplo, o nome de espécies precisa ser um conjunto de dois nomes em latim. 
Sendo o primeiro já determinado pelo gênero que a espécie pertence, caso já exista. E o segundo 
nome do conjunto pode ser meio que qualquer coisa, você pode homenagear sua mãe, ou até um 
personagem de uma série de anime que curte. Então se eu descobrisse uma nova espécie 
de soim, eu poderia chamá-lo de Callithrix narutus… Sim, eu assisto dragon ball.
Essas regras são mais relaxadas pois existem mais de um milhão de espécies catalogadas, 
e potencialmente vários outros milhões esperando serem descobertas. Por outro lado, existem por 
volta de cento e vinte elementos químicos. Talvez por isso eles se dão ao luxo de terem padrões 
de nomes e símbolos bem mais restritivos. Segundo padrões de órgãos internacionais, 
elementos químicos obrigatoriamente têm nomes oficiais em latim e são representados 
com um símbolo oficial que pode ser uma ou duas letras. A primeira maiúscula 
e a segunda, se houver, minúscula. Dependendo de onde ele se encontra na tabela 
periódica ele precisa ter uma determinada terminação. Se for um gás nobre, por exemplo, 
deve terminar em -on, como krypton, xenon, radon e por aí vai. A única exceção é o helium.
O restante dos elementos a maioria terminar com -ium e seu nome deve fazer uma referência 
a um cientista, a uma localização geográfica, como uma cidade, estado, região ou país, 
a um mineral ou substância similar, uma propriedade do elemento, ou a um conceito 
mitológico, ou personagem de mitologia, com zeus ou poseidon. Ou seja, eu não poderia dar o 
nome de narutium pra um elemento… uma tragédia. Porém o que é mais peculiar é que se eu quisesse 
escolher a letra “A” como símbolo pro meu elemento, eu não poderia. Por que existe uma regra 
que me impede de usar letras de outros elementos, sejam elas adotadas atualmente ou não!
Existem vários elementos que mudaram de nome e símbolo, ou simplesmente descobriram que 
não eram elementos reais. E pra todos esses casos de símbolos que um dia já foram oficiais, não 
podemos usá-los novamente pra novos elementos pra não gerar nenhuma confusão histórica. 
E dentro dessa lista, temos ela, a letra A, que era o antigo símbolo oficial para o argônio.
Por isso que a letra A não pode ser a representação de um elemento químico. 
Por que estamos tentando preservar nosso passado e facilitar o nosso futuro.
E no futuro quando a humanidade estiver vivendo em outros planetas, temos muito o que 
agradecer aos antigos astecas que salvaram astronautas.. Como é o que você pode ver bem aqui!
Deixa o seu like e comenta aqui embaixo AAAAAAA se você chegou até aqui nesse vídeo do 
maior canal de ciência do nordeste! Tchau!

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