Por que a RODOVIA Transamazônica se TORNOU um PROBLEMA Nacional? Deixou Caos Total e ABANDONO…
0a década de 1970 foi um período de grandes transformações tanto para o Brasil quanto para o mundo e ainda provoca saudade em muita gente em plena Guerra Fria e com o medo constante de um conflito nuclear o planeta viu surgir os disquetes a máquina de ressonância magnética o cubo mágico o telefone celular e o videogame yari para citar apenas alguns exemplos por aqui a situação não era diferente e a década comeou com muito entusiasmo por conta do tricampeonato Mundial conquistado na Copa do México enquanto o país parava em frente à televisão para assistir novelas como o Bem Amado mulheres de areia e Dancing Days o Brasil vivia um dos seus momentos mais emblemáticos marcado por um grande crescimento econômico e forte repressão indo além da Cultura a década de 1970 Também deixou um importante legado ao Brasil principalmente em infraestrutura com a construção da ponte Rio niteró e o início das obras para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu outra obra marcante desse período é a Rodovia Transamazônica com seus mais de 4000 km e que prometia levar desenvolvimento para a região norte mas passados mais de anos da inauguração Qual é o estado atual dessa Rodovia como é possível que uma obra tão grande impactante tenha sido construída sem estudos e por que a Transamazônica se tornou um problema nacional provavelmente se fosse hoje a rodovia br2330 também conhecida como Rodovia Transamazônica jamais sairia do Papel mas eram outros tempos tanto para o Brasil quanto para o mundo e a obra apesar dos grandes desafios foi considerada pronta em poucos anos em um país de dimensões continentais integrar e ocupar todo o território é uma tarefa complicada e desde 1874 diversos planos haviam sido elaborados para interligar os pontos mais distantes da superfície Nacional mas para uma obra dessas dimensões acontecer é necessário o alinhamento de vários fatores que vão desde a viabilidade financeira a disponibilidade de recursos e até mesmo vontade política o cenário ideal para a construção de uma Rodovia ligando o Brasil de Leste a oeste começou a se formar ainda na década de 60 com a instalação da ditadura militar a partir de 1964 e acrescente disputa entre os Estados Unidos e União Soviética pelo controle da hegemonia Mundial para garantir a soberania Nacional na Maior floresta tropical do mundo era preciso construir estradas que ajudassem na ocupação do território e também servissem para movimentar tropas só assim poderemos proteger nossas fronteiras e realmente afirmar que a amazônia é Nossa mas também existiam outras questões que lev a construção da rodovia principalmente internas entre os anos de 1969 e 1973 o Brasil viveu o período que ficou conhecido como milagre econômico com taxas de crescimento anual acima de 10% naquele momento a euforia era grande o país Parecia ter encontrado seu caminho e o futuro sonhado havia chegado o sentimento de grandeza só aumentou com a conquista da copa do mundo e a música paraa Frente Brasil criada pela TV Lobo para as transmissões era cantada muito além dos eventos esportivos o bom momento foi acompanhado de grandes investimentos em infraestruturas como a construção da ponte Rio Niterói inaugurada em 1974 e a usina hidrelétrica de Taipu que apesar de ter sido inaugurada Na década seguinte teve a obra iniciada em 1975 não podemos esquecer que esse período também passou para a história como os anos de chumbo marcado pela forte repressão fechamento do congresso e perseguição dos opositores ao regime militar sem a necessidade de aprovação em órgãos legislativos bastava a palavra do presidente para iniciar um projeto mesmo que não existissem projetos ou estudos prévios de viabilidade Econômica ou impacto ambiental dessa forma o governo se aventurou em mais uma grande obra que conforme o plano Inicial ultrapassaria as fronteiras nacionais e interligar o norte e o nordeste brasileiro com peru e Equador e teria mais de 8000 km os desafios eram imensos mas os sonhos de grandeza eram ainda maiores Será que deu [Música] certo Por mais que possa parecer Improvável iniciar uma obra sem projeto Ainda mais desse porte foi exatamente o que aconteceu com a Rodovia Transamazônica de acordo com antô Neto que era Ministro da Fazenda naquele perío a Ide de construir uma rodovia ligar o norte e o nordeste do Brasil foi do próprio Presidente Emílio garastas Mice o ex-ministro declarou que o presidente teve a ideia depois de realizar uma visita ao nordeste em 1970 e constatar os efeitos da seca na região após voltar a Brasília Med deu a ordem para construir uma estrada que servisse como uma rota de fuga para que os agricultores afetados pela falta de chuva pudessem escapar e encontrar as terras férteis que ele e muitos outros imaginavam existir na Amazônia esse pensamento foi traduzido no slogan das propagandas oficiais que era uma terra sem homens para homens sem terra menos 3 meses após a ordem presidencial em 9 de outubro de 1970 o Presidente Med se acompanhou na cidade de Altamira a cerimônia de início das obras com a derrubada da primeira árvore voltando a citar o ex-ministro Delfim Neto em uma entrevista concedida ao programa câmera Record em 2020 ele declarou que para amazônica não tinha projeto não tinha nada com ou sem projetos o plano era de que a rodovia começasse na cidade de Cabedelo no litoral da Paraíba passando pelos Estados Ceará Piauí Maranhão Tocantins Pará e Amazonas onde deveria terminar na cidade de Benjamin conster isso em território brasileiro porque segundo anunciado na época a rodovia ainda cruzaria o peru e o Equador com o objetivo de facilitar o escoamento da produção brasileira pelo Oceano Pacífico ao todo seriam 8.000 km de rodovia com a maior parte em território brasileiro tão ou mais ambicioso do que o tamanho da rodovia era o prazo estipulado pelo governo para a conclusão da obra a pressão era grande pois além da necessidade de ocupar e explorar a Amazônia a situação da região Nordeste era de calamidade devido a um longo período de seca por isso logo no primeiro ano o governo realizou licitação para nove treos de aproximadamente 300 quilômetros cada um que começaria na cidade de Imperatriz no Maranhão e terminaria em uma Maitá já no Estado do Amazonas o prazo para a conclusão desse tramo era de 520 dias um prazo apertado para qualquer obra e que ficava ainda pior devido às condições locais todos os trechos foram concedidos a empreiteiras nacionais e nomes tradicionais como Mendes Júnior Queiroz Galvão e Camargo Correa participaram no projeto o número exato de trabalhadores é impossível saber pois as construtoras já utilizavam naquela época a prática de terceirizar parte dos serviços a empresas menores que por sua vez recorriam a recrutadores conhecido como gatos que colocava muita gente na obra sem fazer o registro desses trabalhadores mas uma reportagem da revista semanal Cruzeiro publicada em 1971 falava em 15.000 homens trabalhando as dificuldades como você deve imaginar eram imensas tanto para os trabalhadores que precisavam lidar com mosquitos animais selvagens e doenças quanto para as empresas que tinham desafios logísticos tão grandes quanto a rodovia Os relatos sobre a obra podem ser encontrados no livro publicado por Wilson quintella ex-presidente da Empreiteira Camargo Correia que conta entre outras coisas a necessidade de transportar os equipamentos desmontados através de barcos até o canteiro de obras onde eram montados novamente ele também aborda as dificuldades técnicas como a camada de um metro de humos que existia por cima do terreno e a dificuldade de transitar pela obra segundo ele para inspecionar a obra eram necessários dois tratores de esteira D8 para puxar um jip as falhas de projeto ou falta deles também são mencionadas como a falta de levantamento topográfico que fez muitos acreditarem que a floresta amazônica era uma grande planície mas que por baixo das Copas das Árvores foram descobertas elevações significativas que provocaram alterações no trajeto Aos Trancos e Barrancos o governo realizou a inauguração na data prevista porém só de uma parte da rodovia no dia 27 de agosto de 1972 o presidente M inaugurou um trecho de 1300 km que mesmo assim tinha várias partes sem asfalto mesmo assim a euforia era grande a cerimônia de inauguração foi transmitida para todo o Brasil pela televisão e vários meios de comunicação deram destaque para o fato órgãos oficiais do governo como o Ministério do interior divulgavam a obra em propagandas como essa que dizia chega de lendas vamos faturar em outra peça publicitária o governo afirmava que a Transamazônica era a pista para encontrar a mina de ouro além dessa da Empreiteira Andrade Gutierres que dizia que para unir os brasileiros eles haviam Rasgado o inferno Verde informações como essas onde a rodovia era chamada de pista para a mina de ouro indicam outra intenção por trás da construção que não os geopolíticos ou então para ajudar aos moradores da das regiões atingidas pela seca na década anterior à construção alguns estudos indicavam a existência de grandes reservas de minérios do solo da floresta como a mina de Carajás e outras a construção da rodovia também servia para a exploração dessas riquezas após a primeira inauguração outras foram realizadas muitas vezes sem as obras estarem concluídas a partir de 1974 a rodovia deixou de ser prioridade para o governo brasileiro pois o grande fonador do projeto o presidente medice foi substituído pelo General Ernesto gisel que considerava a construção da rodovia um erro e praticamente abandonou o projeto de todo o trecho previsto inicialmente a estrada acabou encurtada ficando com seus 4223 km e não chegou até a cidade de Benjamin constan parando na cidade de lábia bem distante da divisa com o peru e muito mais do Oceano Pacífico na época da construção o custo da rodovia foi estimado em 320 milhões de cruzeiros que segundo uma reportagem da Folha de São Paulo era o equivalente a mais de 2 Bilhões em 2020 a falta de estudos projetos e planejamento custou caro aos cofres públicos porém custou mais caro para milhares de famílias que acreditaram Na promessa de uma nova vida no meio da floresta segundo o artigo publicado na revista gestão e políticas públicas da Universidade de São Paulo o plano do governo era sentar 1 Milhão de pessoas ou 100.000 famílias porém ainda de acordo com a revista no final de 1978 menos de 8.000 famílias haviam se mudado o abandono do projeto pelo governo gerou dificuldades para as famílias que decidiram viver o sonho de riqueza oferecido no início dos projetos e não demorou muito para se darem conta da realidade do Futuro que as esperavam ao contrário do que se imaginava o solo da Amazônia não é fértil e as plantações não rendiam como esperado a falta de de conclusão da rodovia também deixava essas pessoas ilhadas e as dificuldades foram muitas em uma reportagem exibida pela TV Record o morador se lembrou dessa época e afirmou que para sobreviver tiveram que comer carne de macaco Mas será que depois de mais de 50 anos da inauguração alguma coisa [Música] mudou é possível afirmar que as coisas mudaram mas não dá para dizer que para melhor desde que a rodovia foi inaugurada Ela ficou em Total estado de abandono e o que era para ser um caminho que permitisse a chegada de moradores se tornou a estrada que ajudou criminosos a contrabandear em madeira retirada de maneira ilegal traficar em animais e cometerem muitos outros crimes como garimpo ilegal para os moradores tanto os que já estavam na região quanto os que chegaram sobrou uma estrada que passa todo período de chuvas praticamente intransitável que se torna um atoleiro e não dá a menor condição de de trafegar por ela ao abrir caminho para uma região que não tinha condições de vigiar e controlar o governo permitiu desmatamento desenfreado além da br2330 durante a ditadura brasileira outros trechos foram construídos como a rodovia santaré Cuiabá ou br13 a rodovia Cuiabá Porto Velho batizada de BR 364 ajudaram a aumentar o desmatamento segundo uma reportagem da Folha de São Paulo o Ministério Público Federal apresentou o levantamento que mostra que nove das 10 áreas com maior incidência de desmatamento na Amazônia estão na zona de influência das rodovias construídas durante o regime militar quanto ao futuro da rodovia É difícil fazer qualquer previsão porque as promessas se acumulam e entra governo e sai governo ela continua sendo tema de muito debate e pouca realização hoje a rodovia pode ser considerada um grande problema Pois caso o governo decida asfaltar e melhorar as condições da rodovia pode provocar um imenso dano ambiental tanto durante obra Quanto depois pois isso pode favorecer ainda mais a invasão de terras e o desmatamento ilegal por outro lado se deixa de atuar continua prejudicando milhares de pessoas que só estão naquele lugar por conta de promessas feitas pelo próprio governo provavelmente tudo ficará como está por ainda um longo período se você gostou desse vídeo com certeza vai gostar desse sobre as rodovias alemãs sem limite de velocidade é só e já nos vemos muito obrigado por assistir até aqui abraço e até o próximo vídeo







