Por que as pessoas estão ABANDONANDO São Paulo?

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são Paulo durante mais de um século a cidade foi o destino de quem queria mudar de vida milhões de pessoas vieram de outras regiões do Brasil e do mundo em busca de trabalho renda e futuro a cidade atraiu nordestinos mineiros sulistas imigrantes italianos japoneses e até espanhóis todos vieram pela promessa de empregos e oportunidades que não existiam em suas cidades de origem mas esse fluxo começou a mudar são Paulo atingiu seu pico populacional em 2019 com cerca de 11 milhões e de habitantes e desde então a cidade tem encolhido o contraste é claro em 1950 a capital crescia 5,5% ao ano mas entre 2010 e 2022 esse ritmo caiu para apenas 0,15% mas o que está acontecendo na grande São Paulo por tantas pessoas estão deixando a maior cidade do Brasil [Música] durante muito tempo viver em São Paulo era uma espécie de investimento pessoal as pessoas aceitavam aluguéis caros trânsito e até insegurança porque em troca tinhaam acesso a empregos melhores serviços de ponta e uma vida acontecendo mas essa lógica começou a ruir e hoje o que se vê é o oposto cada vez mais gente está indo embora da capital justamente porque o custo de ficar se tornou alto demais em 2024 São Paulo liderou o ranking das cidades mais caras do Brasil a consultoria Mercer colocou a capital paulista na posição 124 de um ranking global de custo de vida por cidade subindo 28 lugares em apenas um ano essa escalada reflete diretamente no bolso do paulistano especialmente por causa da inflação e da alta do dólar que impactam alimentos transporte energia e até saúde o aluguel é um grande problema segundo o índice FIPZP o metro quadrado de um imóvel alugado em São Paulo chegou a R$ 57,59 no fim de 2024 isso significa que um apartamento de 50 m² custa em média R$ 2.879 por mês fora condomínio e IPTU esses números vão além das estatísticas eles refletem histórias reais de quem escolheu partir é o caso de João Soares e Rosa Moniz um casal de instrutores de yoga que trocou São Paulo por Atibaia na capital gastavam R$ 7.000 por mês com aluguel de dois estúdios em Atibai alugaram uma casa de 500 m² por R$ 4.500 que passou a funcionar como moradia e espaço para as aulas essa mudança não é isolada segundo a Fecomércio SP o custo de vida na região metropolitana de São Paulo subiu 4,9% em 2024 sendo que os maiores impactos foram justamente em áreas essenciais para as classes mais baixas alimentos e transporte no mesmo período o salário mínimo nacional teve um reajuste de apenas 6,97% passando de 1320 em 2023 para 1412 em 2024 em valores absolutos esse aumento foi de R$ 92 o que não cobre nem metade da alta registrada só no aluguel de um imóvel pequeno em São Paulo o aumento é sentido mais intensamente por quem ganha menos e não consegue mais manter uma vida digna na capital enquanto isso cidades do interior e da grande São Paulo começaram a parecer mais atraentes menor custo mais espaço mais silêncio e com home office essa decisão deixou de ser um sacrifício passou a ser uma escolha estratégica o novo tipo de mobilidade urbana se desenha onde não é mais necessário estar no centro da capital para trabalhar empreender ou estudar são Paulo sempre foi uma cidade marcada por contrastes e um dos mais evidentes é o da segurança por um lado os números oficiais mostram avanços por outro a percepção nas ruas é bem diferente e tem pesado na decisão de muita gente para sair da cidade segundo uma pesquisa do Data Folha feita em abril de 2024 64% dos paulistas afirmaram que a segurança pública piorou no último ano somente 8% acreditam que a situação melhorou esse medo se traduz em atitudes cotidianas 43% das pessoas em São Paulo dizem que vivem com medo constante de ter o celular roubado na rua o mesmo vale para agressões físicas sequestros e balas perdidas todos com índices mais altos na capital e não é só a sensação embora o número de homicídios tenha caído foram 498 vítimas em 2024 o menor da série histórica e 3,5% abaixo do registrado em 2023 os latrocínios que são roubos seguidos de morte aumentaram só na capital houve 10 casos a mais do que no ano anterior amanda de 37 anos ilustra bem essa situação após se tornar mãe ela decidiu deixar o bairro de Santa Cecília no centro de São Paulo e se mudar para Americana a 140 km da capital a decisão foi após uma tentativa de assalto sofrida por seu marido o que foi a gota d’água para a família a gota d’água que foi quando meu marido a umirão de casa foi sofreu uma tentativa de assalto com fata assim no ponto de ônibus foi o o meu ponto final assim de não chega dessa cidade outro grande problema da capital é a cracolândia que virou um símbolo da crise de segurança urbana o fluxo de usuários de drogas as cenas de violência explícita e o comércio ilegal colocaram bairros inteiros em estado de alerta comerciantes relatam prejuízos constantes moradores mudam de rotas para evitar determinadas regiões e o policiamento se mostra incapaz de manter uma presença eficiente e contínua apesar dos esforços do governo estadual em ampliar o efetivo com mais de 9.000 novos policiais contratados desde 2023 a sensação de vulnerabilidade continua alta [Música] viver em São Paulo sempre significou viver no limite do tempo é acordar antes do sol enfrentar duas horas de trânsito para chegar no trabalho comer correndo viver no barulho gastar energia demais só para manter a rotina funcionando o zelador Ludovico Jesus Toso de 58 anos vive isso na pele ele sai de casa às 4:40 da manhã em São Mateus e enfrenta 3 horas em três conduções até a Vila Andrade na zona sul e outras 4 horas para voltar são quase 8 horas diárias dentro de um ônibus e metrô 1/3 da vida dele passa pela janela do transporte público longe da família em 2024 o tempo médio para todos os deslocamentos de Áries na cidade de São Paulo foi de 2:25 em algumas regiões como a sul e a oeste esse tempo chega perto de 2:50 são quase 3 horas por dia todos os dias presas no trânsito ou no transporte público quem mora em cidades menores como Jundiaí gasta bem menos tempo em deslocamentos e isso se converte em mais tempo livre menos estresse e mais saúde essa mudança de ritmo tem nome qualidade de vida e é isso que tem guiado boa parte do êxodo paulistano além do trânsito da poluição há também um barulho constante com a chegada da pandemia a cidade desacelerou a força o home office que começou como improviso virou realidade para uma parcela expressiva da população com isso a pergunta passou a ser: Por que continuar aqui pagando caro se eu posso trabalhar de qualquer lugar no fim a tecnologia acabou quebrando dos maiores argumentos a favor de São Paulo a necessidade de estar fisicamente na capital com isso a Metrópole perdeu um dos seus maiores trunfos e se tornou para muitos um lugar onde é mais difícil viver do que realizar o que estamos vendo em São Paulo não é apenas um fenômeno pontual é o retrato de uma mudança de mentalidade pela primeira vez em décadas morar fora da capital deixou de ser visto como um retrocesso cidades como Cotia Barueri Atibai e Jundiaí se tornaram destino de famílias que até pouco tempo atrás jamais pensariam em sair da capital em Barueri por exemplo a população cresceu mais de 15% entre 2010 e 2022 enquanto São Paulo aumentou menos de 2% no mesmo período essa descentralização mostra que o sonho brasileiro está mudando o CEP antes ele era concentrado em poucas avenidas como a Paulista ou a Faria Lima agora ele está nos bairros arborizados do interior os condomínios afastados nas casas com quintal ele está na internet no trabalho remoto no tempo livre que antes se perdia no trânsito isso não significa o fim de São Paulo mas talvez o fim de um ciclo o futuro das metrópoles passa por uma reconfiguração profunda menos concentração mais distribuição menos centralização mais conexões a pergunta que fica é: São Paulo ainda é a cidade dos sonhos se você já pensou em sair da capital ou já viveu essa mudança compartilhe sua experiência nos comentários considere também deixar seu like e se inscrever no canal um abraço

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