POR QUE BRASILEIROS LUTAM PELA UCRÂNIA? I Professor HOC

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No primeiro episódio, cruzamos fronteiras e entendemos a invasão russa pelos olhos dos estudiosos ucranianos. Agora as fronteiras desaparecem. A maior guerra do século XX pela visão de quem tá na linha de frente. E tem gente falando português. Lá lá lá lá lá. Tá em cima, tá em cima, tá em cima. Não existe uma estimativa sólida de quantos brasileiros estão lutando na Ucrânia. Eu tive contato com vários e recebi mensagens de números que eu não consegui encontrar no tempo que passei por lá. Desde antes de embarcar, uma pergunta me perseguia. O que faz alguém deixar tudo para trás e ir para uma guerra sangrenta, implacável, do outro lado do mundo? A resposta não cabe num slogan, nem numa manchete. Ela tá nas vozes que você vai ouvir agora. Histórias de escolha, medo, convicção e perda. Respira fundo. A realidade da Ucrânia acabou de ficar mais perto. [Música] [Música] Estado foi o Ribeiro, um brasileiro que tá na Ucrânia desde o começo da guerra. Sua história de amor ao país foi contada num lugar fatídico shopping center de Civic, que foi destruído por um míssil de cruzeiro, enquanto centenas de pessoas estavam lá dentro. E lutar, sou volutar. Eh, daí me deram abrigo e me deram eh três refeições por dia. Fiquei, me encontrei com nove brasileiros lá. Achei que ia chegar aqui, ia ser, né, Luçamico. Não, já tinha nove brasileiros lá, que é o pessoal ainda que a gente formou um laço muito grande, né, como se fosse a a turma do quartel quando você servio, né, peguei aqui se, né, ficamos 30 dias aqui em Internópolo, né, lá em Internópol e depois fui enviado para um batalhão, 49, batalhão de infantaria, carpatoes. Fui ferido, não gravemente. Tomei três tiros esse dia, né? Foi de uma na sétima ou oitava missão pelo Carpat Cites. Dois tiros pegaram bem na placa do colete e um tiro rascou a minha perna. E uma explosão também que cerca de 10 m e que explodiu perto de mim. Por isso que me na verdade que me deixou ferido, porque o caspão foi muito, muito leve. Tive uma concussão com o choque da explosão. E que que era que explodiu a drone? Foi morteiro. Morteiro. Naquela época tinha muito pouco drone. Aham. Sim. Drones ainda. Sim. Não eram utilizados para ataque ainda. Eram só para reconhecimento. Eh, foi um morteiro que que que atirou. E daí fiquei cerca de 20 dias em tratamento, tal. E aí você voltou front dois? Sim. Eh, na legião internacional voltei pra infantaria, né? Tá. Eh, trabalhei por cerca de 5 meses na infantaria e daí realmente fui ferido gravemente. Aí foi um ferimento muito sério. Isso foi quando foi em julho do ano passado, tá? Quase em Lândia. Fiquei cerca de 4 meses em tratamento. Quiz três cirurgias. Eles jogaram três granadas dentro da posição. Eh, e uma delas pegou. Eu olhei, eu vi ela assim, distância de 1,5 m. Eu olhei e vi e me virei de costas. Só escutei os bac jogado no chão e tava dentro do banco. Tava dentro do banco. Tá dentro do banco. Tá quase saindo. Tava na porta e não entende nenhum tiço. Nada. Tenho 122ços me atingir fiz três cirurgias. Ainda tenho dois estilhaços dentro de mão que não podem ser retirados mas eh não princípio não vou cagar. Tiro apagou na hora. Apaguei mas já se poss alguns segundos só. Já levantei e passei do lado de um de um amigo meu brasileiro que morreu nesse dia. Ele passou do meu lado, ele viu todo ensanguentado e falou: “Vai, vai, vai”. Continuiu atirando. Essa última imagem que tem um vierra, brasileiro do Paraná, garoto, garoto, 6 anos, era o meu melhor amigo aqui na CR. Realmente foi uma grande peira para mim. Fiquei um pouco abalado na época. Eh, mas enfim, a gente sabe que isso pode acontecer lá por causa de uma guerra, estamos na pior guerra da Europa. Levantou, mas e os outros estavam com vocês, eles caminam na hora. Por que do seu eles saíram junto com vocês, quatro foram queridos, tá? Sera morreu, mas o australiano também morreu nesse dia. Disse que os gustos morreram três nesse mesmo dia cantando tipo nosso pessoal e os outros cinco retornaram um dia. Sim, voltaram voltaram pr pra posição deles. E foi isso. Havia fatídico. Você tava sangrando nessa hora? Sim. E aí você saiu ali andando experimenta nas costas toa inteiro. Você virou de pó Sim. Mas você você tava de colete. Sim, sim. E aí você falou que você você rasquejou. Restejei por cerca de 100 m até a próxima posição e lá fui atendido. E o Murilo ficou para trás. Murílio é Murilho e ficou para trás. Ele ficou, ele ficou e ele conseguiu ser resgatado duas horas depois. ainda está vazio, foi levado para esse mesmo bunker médico e moveu dentro desse punkerm ferido duas vezes. Só voltaria eh pra infenaria, pro combate e aí real, né? Hoje no drone, como você se sente? Qual que é a diferença? Qual que é a sua sensação? Se precisar eu voltaria sempre, tanto graças a Deus, não fiquei com sempre ela nenhuma. Estou em conduções sonho do combax. Eh, mas o Idone, eu percebo que eu consigo ajudar mais, eu consigo ter, não que não seja uma missão nobre da infantaria, pelo contrário, eu acho que a arma mais nobre que nós temos aqui é a infantaria que vai lá dentro da trincheira e tira o busto de Mas com o drone eu consigo expandir mais essa capacidade de ajudar o exército, ajudar o pessoal da infantaria, mas com certeza, se necessário for, eu ou se eu voltaria? Voltaria com certeza. Sempre fui de infantaria. Que que você você acha que vibeiro de antes e o vibeiro de agora? Meu, sinceramente, a minha vida se transformou por completo. Eu formei família aqui. Casou? Não casei no papel, mas moro junto com ela e provavelmente vou casar. É ucranian. Ucraniana. Eh, a família dela inteira me adotou, pai, a mãe, a filha dela, todo mundo. Eu já fiz um grupo, né, no WhatsApp que eu incluí a minha filha no Brasil também, que depois da guerra ela vai vir morar aqui. Olha, eu criei minha filha sozinho no Brasil, né? Pros zero aos 7 anos eu criei sozinho. Depois a mãe ali na briga na justiça levou indo embora, mas aí ela falou: “Pai, eu sempre quero estar com você”. Então é, quando eu vim, ela falou: “Quero ir já, como ela era menor ainda, tem 17 anos, hoje a mãe dela não deixa, né?” Daí ela falou: “Não, mas com 18 eu venho”. Eu falei: “Não, filho, venha depois acabar a guerra, envelhecer bem daí. Não, mas você tá aí tes aí, todo mundo não é normal.” Eu falei: “Não, mas é melhor depois da guerra já tá combinado de ela vir morar aqui comida na Ucrânia”. Então, na verdade eu comecei uma outra vida. Eu sou apaixonado pelo povo da Ucrânia. Um bom coração. Um bom coração. Um coração imenso, cara. Imenso. Você tá no fronte lá, você vê aquelas senhorinhas que não tem nem para elas, cara. Elas te convidam para Uma vez eu fui convidada, tava no Carpatica City, eu tinha uma menina de 11 anos que morava lá junto conosco lá na vila, que quando a gente vai pro fronte, a gente ocupa vilas que foram abandonadas pelos civis. Mas muitos civis ainda continuam morando porque não tem para onde ir. E uma uma garotinha de 11 anos, ela me ensinava o ucraniano, né? Então eu ficava mostrando para ela que isso tal, isso é tal. E daí um dia ela falou: “Minha mãe quer que você vai almoçar com a gente”. Cara, vou falar. A começo tinha, eu achei que el era a única criança, tinha mais sete crianças dentro da casa. Eles me colocaram uma sopa que era batata apoiando na água. uns pedacinhos. Cara, aquilo ali acabou com meu coração, cara, porque eles só tinham aquilo, estavam me oferecendo para mim, cara. Então, eh, a partir desse dia, eu falei: “Não, eu vou vou ficar na Ucrânia e vou ajudar esse povo aqui a ser o que eles querem ser. Eles querem ser europeus, eles gostam de de falar inglês, eles amam Estados Unidos, eles usam camisa americana. Vamos, vamos, vamos. Não, não, não, não. Vamos, vamos assim que essa rápida. Não vouar. Olha aqui não. Voltando um pouco na história para entender como estrangeiros vão parar a Ucrânia, eu conversei com um recrutador de uma unidade de elite do exército ucraniano que nos revelou um fato impressionante sobre o nosso continente. What you do in the army? You are in the army, right? One of my initial tasks right now is recruitment. Recruitment. Yes, I also participate in the in the combat. So I do operate with the guys who I recruit. So the guys who I recruit, they have a chance to show themselves in battle how they are because not so many people are good in battle. Like how do you get the contact of these people? How do you know they w to fight? They all is volunteering to fight. So they are filling their information in the Ukrainian website of international legion they [ __ ] them their information and later they are receiving calls from and with their information comes their resume right their curriculum and then you you analyze and then you contact the ones that you think they are more exactly that’s that’s exactly what happening in a beginning now is different we have recruitment center so people would come to recruitment center and I was just do the selection I do the physical test because our battalion is special purpose battalion so we do selection we do the physical test we do the interview I need to know the background of the person he need to perform some exercise to see if he fit because we only take fit people sure and you see like half of Ukrainian army right now is like guys who 45 and and about so we need really youngst special operation unit people come and they basically are looking for this battalion but not everybody is allowed to enter how many people are interested in doing this yeah every every time we have like thousand and thousands of applications that’s that’s the reality but not all of the guys is fit not all of the guys is in the right age in the Ukraibil what is the country that most people in Europe like which European country has send more volunaries? I can tell you the most South American country Columbia. Yes. Colbia number. Chegando mais perto da linha de frente, com o som ao fundo da interminável artilharia, conversamos com dois brasileiros, o Johnny e o Cobra, que fazem um dos trabalhos mais perigosos da guerra, se infiltrar perto do inimigo para obter informações. Sim, que que você faz? Qual que é a área que você tá? Se tá em infantaria, se tá com drones, tal. A gente trabalhamos num batalhão de reconhecimento, tá? Entendeu? e assalto, né? Esse reconhecimento é para inteligência. Isso, exatamente. E aí você tem que ir lá e e visualmente eh descrever o que que você tá vendo e trazer essa informação de volta. Então, a gente faz todo o mapeamento eh em descobrir o que que o inimigo ele estava usindo no terreno, as posições, tipo de amamento, eh quantos homens tem, eh a posições da trincheira, a posição da tropa, tudo que está acontecendo no terreno, a gente tem que tomar as informações. Desse jeito a gente sabemos qual passo que o inimigo vai dar, onde que ele vai atacar, eh, qual tipo de herramento que ele está usando, entendeu? eh, se eles estão avançando, se eles estão, se eles estão retraindo. Então, tudo aí a gente eh tem que saber, tem que tá a par de tudo o que está acontecendo no terreno, entendeu? Se tem artilharia, se não tem, se tem blindado, se tem atiradores, tudo isso aí a gente, entendeu? E como que você consegue ver isso à distância? A gente geralmente a gente avança bastante, então depende da situação, a gente fica a 50, 100 m. Às vezes com sem eles perceberem que vocês estão ali sem perceber. Às vezes com binóculo a gente avança, se não tem como a gente usa um binóculo. Então a gente faz todo o trabalho, a gente vai à frente de tudo. Então de extrema camuflagem, exatamente tem uma perícia, bem devagar, um trabalho calmo, lento. E alguma vez que você tava numa dessas missões, drones passaram? Ah, sim, várias vezes. Aí a gente tem que manter a calma e orar para Deus para que a gente não não detecte nós, entendeu? O treinamento ajuda bastante a gente poder eh manter uma calma, uma respiração boa para que a gente não fica apavorado e sair correndo. É isso aí. E e o como que você impede do drone te detectar? Uma boa camuflagem, não se mexer, pra gente camuflar bem, não se mexer, uma boa respiração, mas não tem sensor de calor. Se você tiver com equipamento certo, às vezes não consegue. Ele não consegue identificar, entendeu? Você manter ali a fica quieto no lugar sem movimentar. Às vezes ele pode passar com térmico, ele vai embora, ele não detecta. E você já fala ucraniano? Não, não fala ucraniano, infelizmente ainda não, mas preciso aprender. E a comunicação é inglês. Então é, a gente, o grupo nosso é brasileiro, né? Então ajuda bastante, né? É, às vezes o básico em inglês a gente consegue arranhar alguma coisinha, mas a comunicação nossa é brasileira, é português. Então, mas quem tá no rádio com você tá falando, fala português também. Portug em português. Então, nosso comandante fala bem português, fala bem ucraniano. No Brasil você era militar? Sim, era militar. Eh, aonde? Eu era militar do Sim, do exército. Exército. Eh, servi em Osasco por 8 anos. Ah, eh, lá eu vivi bastante assim a realidade de conflito real e missões no exterior, missões internas também no Brasil, inclusive intervenções. Onde que você foi para fora do Brasil pelo exército? É, no Brasil é consegui ter intercâmbio com exército americano, com exército argentino, é, com exército paraguaio, tive missão real fora também. Uhum. Eh, então eu vivi realmente bastante realidade, não tanto conflito como aqui. E no inverno era muito frio, muito frio, muito frio. Eu já cheguei a pegar temperatura de -1. a gente usa bastante o aqueles fogão de antigo que a gente queima na madeira, ele aquece bem o bunker, então isso ajudava bastante. O que arruinava fumaça saía ou não? Sim, a fumaça tinha um cano que saía para cima, que despessava a fumaça. Tem muitos desses bunkers aqui, né? Assim, dessas eh trincheirazinhas com a chaminé e tal. É, o, a parte ruim disso é que atraía muito rato. Por conta da temperatura lá fora ser muito fria, os rato iam para dentro, muito rato. Se você às vezes à noite, se você apertasse algum rato que, tipo, a já aconteceu comigo do rato subir no meu rosto, dá um tapa. Então, tipo, se você apertasse ele, ele te mordia. Já aconteceu casos que te de morder, porque era muito frio lá fora, então por causa da temperatura do bank, enchia muito e era muito rato, muito rato mesmo. Jura? Juro, quanto assim, quanto rato você via? Muito. Era você acordar e ter rato caminhando em cima da sua, do seu saco de dormir assim, era loucura. E não tinha como matar, não adiantava. É, é o rato é uma praga, né? Ele surge do nada a gente chegava lá, fazia a limpeza. De dia eles não aparecem, mas quando é a noite que tu que apaga a luz, pum, aí começa barulho e eles começam a ro. Nossa. Então dificul bastante a gente para alimento da gente que era a gente levava tinha que deixar isso pendurado assim mesmo assim ainda alguns conseguiam subir. E quando vinha os ataques e morteiro e drone e vocês entravam no bunker, chegou a atingir o bunker mesmo, o teto do bunker? Já já. E e o bunker não colapsou? Não, não, não. Cai cai um pouquinho de terra na cabeça, mas isso é uma coisa mais normal quando você segura a trincheira. É, eh, na hora ali dá um gelo no coração, mas mas o negócio aguenta, segura, segura. Não, realmente funciona o banco. Realmente todo de concreto. Não, não são madeiras, madeiras grossas e cobertas. Sim, são madeiras muito grossas que eles que eles colocam por cima. Não é concreto não. E você chegou a fazer algum algumas operações de assalto? Já, sim. Inclusive fui ferido em uma delas. Fui ferido sim. Onde? Como? Eh, fui ferido em Chacviar, ferido por por uma artilharia, uma missão de assalto que a gente estava indo. A gente estava infiltrando ainda, a gente não tinha completado a missão. E foi quando eu começou um bombardeio contra contra não contra a gente, eu estava à frente como esclarecedor do grupo, eu tava como líder de equipe e como esclarecedor do grupo do grupo. E aí acabou que fui bombardeado artilharia e acabei sendo alvejado. E você se feriu? Sim, me feriei. Quebrei meu braço e tive o ferimento na perna também. O que que foi? Foi uma explosão do lado e ela é ela pegou na minha frente e voou voou estilhaço no meu braço e na minha perna e aí quebrou o seu braço. Quebrou tem um crat aqui. Mas você que quebrou o antebraço. Quebrou o antebraço. E aí você teve que operar? Sim, operei. Eu passei por três cirurgias. Caramba. Pegou aqui e saiu aqui. Aí eu passei pra cirurgia de reconstrução ossa. O osso que foi colocado aqui foi tirado de outro lugar. Ah, é. Porque o osso que tava que foi estraçalhado tudo, desperaçou e não teve como reconstruir novamente. E tá zerado hoje. Eu ainda sinto bastante dor, inclusive eh alguns estilhaços que tá que ficou dentro do prazo que não pode tirar porque ia interferir no funcionamento dos nervos. Então o médico disse que não seria bom tirar. E na hora você você você ficou desacordado? Não, não, eu caí e de momento eu não não acho que pela adrenalina a gente fica um pouco mais focado em sair do local onde você foi ferido. Então quando eu caí eu tomei eu tomei o impacto. Eu pegou algumas algumas no no meu peito ainda que amassou o carreg os carregadores que estavam no meu peito. Quando eu caí que eu coloquei a mão no chão, a mão tava solta, tava solta. Aí eu vi que tinha quebrado. Simplesmente levantei e não senti dor. Incrível. Eu não senti dor. Senti o braço formigando, acho que sangue vazando. E eu simplesmente levantei e saí dali. E começou ainda o bombardeio. Bombardeio. E agora como você tá? Agora eu tô bem, graças a Deus, disposto a continuar trabalhando e dando o melhor de mim. E você decidiu vi para cá por essa ideia de lutar? Você queria vivenciar a guerra? O que queou? Sim. A a ideia era essa. A gente a gente conversando entre si, te falei meus amigos, a gente queria viver assim realmente confunto real. a gente tem tá no sangue isso, a gente viver conflito real, ver como que é realmente um conflito de verdade em si. Eu, como eu te falei, eu tinha vivido no Brasil, só que não intensamente igual aqui. Uhum. Só que hoje em dia a guerra ela evoluiu bastante em questão de tecnologia, então não é mais uma guerra igual antigamente da Segunda Guerra Mundial. Então hoje em dia a guerra ela é vencida pela tecnologia. É, não mais homem é homem igual antigamente. O que que você falou? Ah, isso tá no sangue. O que que como que você consegue explicar isso? O que que é tá no sangue? O desejo de lutar. Eh, esse espírito guerreiro, eh, você luta por alguma razão ou só porque isso faz parte de você? Como que você explica isso? Porque você não é ucraniano, certo? Sim, sim. E você veio de outro país para vir lutar numa guerra que não é a sua. Exato. Sim. O desejo que lutar, que eu falo, essa vontade de estar no sangue, é a vontade de sempre tentar fazer o bem, ajudar de alguma maneira que eu posso, de alguma trazer um pouco da minha experiência que eu já tive em outras situações, trazer para cá e tentar ajudar de alguma maneira. Uhum. Eu vejo que no meu ver, realmente a Ucrânia ela tá sofrendo um ataque injusto da da Rússia. Eh, a soberania, Ucrania tá sendo atacada, por mais que não seja o meu país, só que eh eu procuro sempre defender o bem. E eu acho que aqui eu tive eu tinha a oportunidade de viver o que eu o que eu gosto de ter conflito e poder ajudar pessoas de bem. O dia seguinte visitamos um centro de treinamento para entender como um soldado estrangeiro que se voluntaria pra guerra é treinado. E aqui uma área de treinamento. É isso. Isso aqui é uma área que a gente faz todo o nosso treinamento mais básico, né? Aí quando a gente vai para alguma missão, vamos supor que a missão de assalto da missão de ataque. Uhum. A gente vai para um treinamento específico, vai pr forças especiais. E aqui é um treinamento do quê? Que é treinamento básico como você manamento, dizer treinamento de combate, por quê? Tem gente aqui que eles vem de de algum exércitos diferentes. Alguns tem uma posição de um jeito, de outro. Ah, eu aprendi assim. Então, a gente ensina um padrão só o craniano, entendeu? Então faz esse básico para ser rapazes depois que eles tiverem decidido qual que vai ser a função que eles querem peneirado. Esse cara, esse esse soldado ele não é muito ágil, ele não serve, ele vai ficar aqui para fazer tal função. Ele serve de motorista e bota ele motorista. Não é sinal que vai chegar um soldado aqui e ele vai falar que ele é bom, mas se ele não for bom entre eles aqui, eles não mandam. Eles colocam, eles, eles visualizam muito isso porque é fica bem comprometida a missão se colocar uma pessoa que não tenha desempenho igual aos outros. Então ele sabear muito bem isso. Quanto tempo ele fica aqui treinando? O mês fica um mês treinando. Depois desse mês a gente começa a planejar uma missão. Vamos supor que é uma trincheira. Eles já estão treinando, já vão tá vendo as trincheirinhas aqui? Eles começam aqui e aí a gente vai passando para aqui é definido por linhas, linha 3 2 1 0. Então a gente chama manda pra linha três depois de turnamento, que é uma linha que não é muito não tem porque já das opas. Eles estão se sentindo seguro na linha três, estão percebendo mais ou menos? Aí eles vão passando aqui é tipo um bunkerzinho, tá vendo? É só para treinamento que eles fazem, mas só para senhor ter noção, aqui é uma entrada, tá vendo? É só um um vou te mostrar as outras pra cima ali que tem também. Aqui é só uma entrada de banca. A gente cava tal, só pr você ter noção como da fundura que é um bunker. Ele é um pouquinho mais fin que isso normalmente. Mas mas tipo, por que que você faz aqui? Aqui esse aqui é só um exemplo de entrada que a gente mostra para eles, né? Treinamento. Mas normalmente um bunker ele ele entra assim e ele vai para outro lado. Então é tipo um é tipo um tanto, vai um quarto, vai uma sala de arinha dentro, tudo. Mas não tem concreto, é só madeira. Só madeira. E aguenta, aguenta bem. Mas se explodiu um negócio exatamente aqui em cima, não vai cair a madeira? Não vai cair não vai porque ela é bem reforçada. Bem forçada. Isso aqui é só para exemplo. Eu vou mostrar. Mas isso é construído por pelos próprios soldados. A gente mesmo vai pra fronte, a gente vai com ela corta a madeira, pega, vai capar, vai cava cava e vamos cavar, né? A gente vai fazendo aí e vai fazendo a posição da gente, a gente mesmo que constrói. Aqui são em memória de quem já morreu, são maioria são colombianos, né, que é a unidade, essa unidade chama Guarrios. Aí Guarrido é o nome da unidade pelo fato do soldado Guarrio, que foi o primeiro a tombar em combate, que eles falam aqui, né? E ele era colombiano. Colombiano cha. Por isso que a soci unidade aqui é colombiana, entendeu? Então aqui é só eles. Agora a gente vai. Que que tem tanto colombiano? Cara, eu não entendo. Não é só por vontade de lutar também, mas dinheiro conta bem, né? Porque quer ou não, para eles na Colômbia o salário daqui dá muita grana na Colômbia. Uhum. Entendeu? Então eles preferem vir tentar a vida deles aqui, tentar a sorte também. E agora tá notando de brasileiro também. E por que que os brasileiros estão vindo? Às vezes porque no Brasil o cara se alista no exército brasileiro. Tá bom. que aí para você servir a vida inteira você tem que fazer um concurso para você ficar como oficial, sargento de carreira. Aí tem pessoal que entra como temporário, fica 6 anos, eu acho que é obrigatório, tipo obrigatório um ano, mas 6 anos você pode estendendo, depois acabou o contrato na rota você vai ter que sair. O que acontece? vem para cá, cara que gostava da atividade, gostava do exército e viu que é uma oportunidade para eles est servindo e uma oportunidade de ganhar um salário que você não vai ganhar sendo um soldado no Brasil, entendeu? Então junta quanto que quanto que ganha mais ou menos um soldado cara por alto ã tá mais ou menos se o cara for pra missão de defesa, ele vai ganhar 120.000 1 grivinas um mês mês tá mais ou menos aí acho que se 16 mais ou menosis reais creio que é isso mais ou menos eu posso estar errado, mas é na conversão, mas acho que é isso. Uns 16 agora se o cara for pra linha de assar que a linha zero, ele ganha um bônus a mais entendeu? Eu acho que ele ganha 70.000 aqui em usar mais. Então acho que vai para 190, 195.000 Mês de volta pra K, fomos conhecer o Azarel e o Everson, dois brasileiros que estão sendo treinados para usar um novo drone ucraniano. Daí, como é que funciona o drone? Ó, mas esse drone ele é fabricado aqui, fabricado pela Ucrânia. Esse esse é o novo drone ucraniano. Esse aqui é o novo modelo daquele que você tava vendo voando ali, o vampiro. Você ouviu falar no vampiro, né? Esse é o novo modelo do vampiro. Mas e quanto custa esse drone? E é o E é uma empresa privada que produz privada ucraniana que produz uma só. Não, aí que tá a Ucrânia disse 10.000 e média esse valor ou mais ou É que depende muito da configuração, entendeu? Depende do sistema, depende muito da configuração. E é o e é uma empresa privada que produz privada ucraniana que produz uma só. Não, aí que tá. A Ucrânia descentraliza muito a produção de drones. Então tem empresa que produz um drone hoje, oferece pro exército, o exército, ó, compra esse projeto, outra empresa vem com outro projeto, OK? Assente esse projeto. É mesma coisa com o drone FPV, mesma coisa. Então aqui funciona assim, ó. A gente solta esses suporte aqui que fixa a munição. Solta os quatro. Aqui tem mais um. Solta. Volta o cervo aqui, ó, para trás. Isso daí foi desenvolvido. Sim, foi desenvolvido pra guerra. Tipo essa parte de baixo, esse suporte não existia não, porque ó e tá fixado. Daí o drone a gente coloca as quatro. Colocar quatro, sim. Quatro munições. A gente prepara o drone para voo. Vai conectar a bateria que ele vem com duas baterias. Conectou a estação de controle, o bunker vai ficar a uns 30, 40 m atrás. Aqui a gente tem o controle do drone por rádio, por rádio, rádio controle. Só que ele vem conectado, a gente não tá com todo equipamento completo, mas conecta no notebook. O programa do notebook vai passar as informações para para a antena, que a gente tem antena aqui que não tá montado dessa antena. Essa daqui é repetidor de sinal do drone. Repetidor de sinal. E onde você põe isso? Vai ser fixado na antena, tá? E direcionado pra direção do alvo, tá? Qual, qual é a distância que ele voa? Distância máxima 14 km de trabalho 10 km. Tipo, ou seja, você tá aqui, você vai operar isso para um alvo a 10 km, 10 km com efetividade, carregando até 12 kg de explosivo. Ele levou, a carga máxima dele é 40 kg. Máxima. Quanto pesa essa daqui? Essa munição, cara, essa munição ali tá em torno de 1 kg, 1,5 kg por aí. E qual é o estrago dela? Cara, essa munição, essa aí é antipessoal, então ela é pr pra tropa, para soldado. Ela vai ser uma dessa, se uma dessa daqui cair num carro como esse, vai danificar bastante. Provavelmente vai utilizar o carro se cair bem próximo, entendeu? Mas como ele é antepessoal, ele é para matar, então ele é para te ferir. É estilhaço. Estilhaço. E mas se você não perde o drone, não. Esse drone ele é um drone bombardeio. Ele é feito para ir e voltar. Acontece da gente perder o drone na missão. O russo tá usando um rap, um antidrone, tá? Tá. E o R interfere no sinal? Sim. Corta o sinal do drone. Esse drone é, ele tem duas duas formas de trabalhar. Ele trabalha com GPS e sem GPS. Se você tiver utilizando GPS, o Rus tá usando um RP, você não consegue controlar o o drone. Por isso que você trabalha sem GPS. O drone fica mais instável, bem mais difícil de pilotar, mas o russo não consegue pegar teu drone, entendeu? 14 km você tem que chegar bem perto do front. A gente trabalha numa de aí em média 1 km a 4 km, depende a posição. A gente fica até 1 km do fronte até 4 km. Depende a missão. Se a gente vai ter que atar, ele vai ter que entrar dentro do território russo da russa, territorio russ todas nossas missões é só em território russo. A gente só atravessa a fronteira, ataca infraestrutura. Infraestrutura território e posição russa. Posição e território russo. Dentro território russo, tá vendo? Dentro da fronteira russa, passando fronteira, dentro, passando a fronteira russa. Não só os lugares que os russos ocuparam dentro da Ucrânia, aonde eles deixam a artilharia porque artil Sim, porque artilharia fica 10 km para trás da 10 km, 20 km. Eh, a casa onde fica os soldados, tal. Mas aí você vai de carro, vocês vão de carro até lá na carro, até lá chegamos até a posição, mas aí não tá minado o campo, não tem obstáculo, por isso que morre muita gente. Quais são os tipos de drones que tem? Então esse daqui é o quê? Esse é o Pegasus quatro hélice. Quatro hélice. Mas ele, como que é o outro nome? Abre. É o vampiro. Não é MVP, não é? É VP FPD. FPD. É FPV e o AV, né? Que é essa o AV que é aeronave não tripulada, né? Ah, tá. Sim. Eh, tá. Então, tem esse que tem as quatro hélices e o outro? Sim. O outro é o vampiro que são seis hs. 6 L seis que é um drone maior, outras maior que isso. Maior que isso. Ele é, não sei se não tem um voando agora, mas ele é, ele é maior, bem maior. Só que o problema dele é que ele é muito pesado, muito grande. Daí já foi desenvolvido, já foi melhorada a tecnologia para chegar nesse daqui, entendeu? E quanto tempo dura a bateria? Em média vai durar aí uns 27 minutos, 27 minutos de voo, porque ele pode chegar numa velocidade de cruzeiro para ataque de 60 km/h, 60, 50 até 110 ele chega sem carga, sem munição. Então ele vai lento e volta rápido. Entendi. Mas aí você tem que parar antes para ele conseguir voltar, você não perder o equipamento. Parar o ataque como é tipo você seu ataque tem que se planejar pra bateria. Sim, exatamente. Tudo, o ataque todo, ele é ele é calculado. Você calcula a distância, calcula o teu raio de ação, calculado, calcula quanto tempo você vai ficar no ar. A bateria é checada o tempo todo para ver se tá em boa qualidade. O peso da munição é pesado para ver se vai ser compatível. E qual que é o alvo lá dos russos? Que é tropas? Tropa, artilharia, carro brindado, minagem. Esse aqui é diverso, várias funções você pode fazer com ele. E como que você escapa de um ataque disso? Bom, você escapa tendo muita sorte e tendo, tipo, se você tá lá, você também é alvo de outros drones, né? Exatamente. E se você vê um drone chegando do inimigo, o que que você faz? Você corre, você se joga no chão, você se esconde. Então, o Neves vem dar a experiência dele agora. Fala um pouco sobre isso aí, né? Porque nós passemos no Quer tirar esse veio partir para você comentários? Não, quero botar no outro que ela é mais fácil. Essa daqui é porque o ganchinho é menor. Sim. Senão essa daí é não tá muito legal não. Mais fácil arrumar na última aqui. Então, professor, deixa eu tir tira essa daqui. Pera aí. Vamos dobrar ele já. Agora eu deito o drone aqui. Ah, isso, isso, deit. Facilita o processo. E volta um ganchinho que tem ali atrás, um botão, tipo um botãozinho. Você tem que ver se se o pino vai pegar ele primeiro. Pegou isso. Se você tá lá e aparece um drone inimigo, que que você faz? A gente conta muito com com a estratégia, porque todo lugar que a gente vai, a missão é muito bem planejada de onde a gente vai passar, onde a gente possivelmente vai se esconder durante um ataque. Mas por por experiência própria, posso lhe dizer que a gente conta muito com a sorte. A gente atua numa região que basicamente é drone. A gente não luta com tropas, a gente luta contra os drones inimigos, porque a guerra constantemente ela vem inovando com novas tecnologias e o drone tá sendo uma ferramenta muito ah forte no campo de batalha. Então é do mesmo jeito que a gente trabalha com os drones, os inimigos também trabalham com muitos drones e é complicado, mas a gente sempre tem que preparar muito bem, tudo é muito bem planejado, onde a gente vai ficar, possivelmente a gente tem rotas de fuga, mas mas você já se deparou com uma situação que você viu o drone inimigo? A gente já se deparou, só que por ele ser um drone grande, ele fazer bastante barulho também, muitas vezes de longe a gente consegue perceber que ele tá vindo. Exatamente. Eu tive essa sorte. É, a gente se esconde dentro das das trincheiras, dos bunker mesmo assim, né? Ali sim, a as posição que a gente vai para trabalhar, a gente é uma posição de trincheira mesmo, só que de segunda linha. Ali é um bankker preparado pra gente ficar, pra gente operar com os drones. Então a gente tá geralmente a 1 m embaixo da terra ali seguro pra gente poder operar com segurança. Então quando acontece do drone inimigo também vim perto de nós, a gente entra pr pra trincheira e fica escondido até o drone se sumir. O drone não consegue perceber a trincheira que ela tá camuflada ou ele percebe? A gente sempre faz um bom trabalho de camuflar muito bem a nossa posição, justamente porque a gente trabalha com drones. Então, a gente sabe quando um lugar tá mal camuflado, a gente sabe quando alguma coisa pode entregar a nossa posição. E onde que estão as câmeras dele? A câmera tá aqui na frente, ele, mas ela vira para baixo. Sim, ela tem um controle praticamente 360. E ela é noturna e diurna. Ela tem câmera termal e câmeraal exatamente trabalha. Mas vocês estão com roupa para tentar a anular o termal do do outro drone ou não? Não, porque de noite a gente fica dentro do nosso bunker, a gente não tá visível a câmeras terms. Mas de qualquer forma a gente é um exército, a gente trabalha com com roupa camuflada. À noite a gente também vai est dentro do banco, então não vai ser possível ver a gente. Então a gente se se ele jogar uma dessa munição em cima do bunker, o bunker aguenta? Depende da fortificação do bunker. os nossos, como foi a gente que fez, a gente trabalhou, a gente passou semanas trabalhando, eu digo que aguenta. Você ficou construindo manualmente. Manualmente, como é uma área Você tava lá construindo, vocês estão lá construindo. Exatamente. Exatamente. Porque as muitas vezes pessoas pensam que máquinas vão lá fazer esse trabalho, mas as máquinas não chegam porque a gente tem horário certo para chegar, a gente tem horário certo para sair, justamente pros drones amigos não ver a nossa movimentação. Então a gente chega lá, a gente no apá, a gente cava bunkers do tamanho de quase um carro fundo, onde a gente possa fazer uma cobertura com troncos, com terra, com saco de areia, justamente para manter a nossa segurança madeira. Como sempre tronco, sempre sempre. Por isso que a gente sempre preza por fazer essa exposição para trabalhar com drone em florestas, onde a gente cerca de uns 100 m a gente pode ir lá cortar e trazer pro nosso bunker fazerificado. No inverno a gente preza por fazer isso no verão, porque no inverno é impossível, é praticamente impossível. Até mesmo para acabar a trincheira, exatamente por causa do frio e o gelo congela a terra. E já me deparei com a situação. Ali tentando quebrar e não vai conseguir com picareta e não, muitas vezes não consegue, não vai. Eh, tá. E aí você se escondeu e o drone não te viu. Quando acontece essa situação, o drone ainda procura um alvo, ele procura alguma coisa que possa aparecer. Se ele chegou naquele ponto, ele não encontrou nada, ele vai pro próximo ponto, entende? Então essa é a estratégia. Ele chegou naquele ponto, não encontrou nada, ele vai pro próximo. Diferente de nós, nós trabalhamos com missões planejadas. A gente tem um alvo certo, a gente não bota o drone voar, procurar alguma coisa. A gente tem, alguém fez isso? Alguém de reconhecimento disse para vocês tem que ir lá e fazer isso nesse lugar, desse jeito. A gente tem uma sala de inteligência com drones de inteligência que voo que não são esses, que não são esses. São modelos totalmente diferentes. São aqueles tipo pequenos aviões assim. Exatamente o que a gente pode chamar de de daqueles drones eh planadores. Isso tem diversos tipos de drone que eles usam para inteligência. Então, a gente tem a inteligência que vai verificar a área, vai achar possíveis alvos estratégicos que valem a pena a gente atacar. é ido para uma sala de de inteligência, onde é conversado sobre as possibilidades, que tipo de munição e é tudo entrado num consenso e passado a missão para nós. Ó, tal dia vocês vão pra missão, vocês têm quatro alvo e complete a missão. Não tem batalha de drones, né? Acontece. Como é que é isso? A gente já aconteceu de a gente perder um drone que um FPV inimigo acertou o nosso drone. Ele veio direto de vocês. V direto. Hoje a gente já tem, eu posso, podemos considerar o céu um campo de batalha, porque nossos drones de drones, porque nossos drones não tripulados. Os nossos drones são abatidos, veículos não tripulados, veículos aéreos não tripulados. Exatamente. Porque nossos drones são abatidos no ar. Ah, do mesmo jeito que a gente abate também os drones dos inimigos. Não, nossa equipe, mas outras equipes conseguem fazer serviço. Tudo na suicídio. No suicídio tudo queicass, não é? Não tem uma arma específica que sai. Eu já vi vídeos de combates que que foi arrumado, acoplado uma arma, uma escopeta, num drones parecido com esse nosso que pegou e disparou e destruiu a tiro. Mas não é o comum que a gente usa aqui. O comum, um exemplo, um drone desse é que um FPV Camicaz vai acertá-lo. Por que vocês vieram para cá? Que que que que vocês faziam no Brasil? Como que vocês vieram parar aqui? Olha, professor Ro cada um tem uma modificação diferente. A mim, eu posso dizer que desde que começou a guerra, eu acompanhava por vídeos e matérias de jornal tudo que vinha acontecendo aqui e até que tomei a decisão de vir poder ajudar esse povo porque não concordava com o que vinha acontecendo. Então, em janeiro de 2023 eu vim pra Ucrânia, onde me alistei na Legião Internacional e fui pra Trincheira. Foi um longo período que passei lá, mas justamente eu vim por poder ajudar o povo ucraniano, que não merecia est sofrendo essa injusta agressão em pleno 2022, né, que até então 2022 não existia as guerras, né? Hoje a gente vê bastante, né? Mas isso que me motivou bastante em poder vir ajudar o povo ucraniano. Mas você tinha alguma origem militar? Você tinha alguma ligação nisso? Eu venho da vida civil, até minha vida é bem curiosa, porque eu já tive diversas profissões. Eu já fui músico, já fui Uber, já fui empresária. E agora faço parte da vida militar, uma vida que eu sempre tive muito apreço, mas no Brasil eu só fazia tiro esportivo, nada do militarismo que estão. E como você se sente aqui? Você você tipo assim, sua vida tá em risco toda hora, né? A gente tem um sentimento muitas vezes de de desigualdade, porque a gente sabe que o inimigo que a gente tá lutando, mas cada um tem um propósito, cada um luta por aquilo que acredita. E por mais que eu sei que a gente não tá lutando contra qualquer exército, eu ainda encontro forças em fazer uma coisa que eu gosto. Primeira vez, quando o primeiro exército que eu fiz parte da da legendar nacional, eu trabalhei como médico de combate, então eu socorri vidas, eu peguei pessoas praticamente em pedaços e essas pessoas estão vivas. Então isso me motiva saber que eu tô lutando pela causa certa e por saber que eu já salvei vidas. No próximo e último episódio, nós vamos conversar com as autoridades ucranianas para entender como elas enxergam o conflito e também vão começar a nossa jornada de volta. Foi ainda mais complicada do que a ida. Fica ligada. Vistados até até tudo, todas as malas. Abrimos todas as malas. Queremos saber se a gente armas, munição, drogas. Espero que esse seja o lado da Ucrânia e da Polônia. [Música]

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