Por Que Commodus Foi o Responsável Pelo Início da Queda de Roma?

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O Império Romano foi a maior força do mundo por muito tempo. Por quase um século viveu a sua era de ouro, a Pax Romana, sob o comando de imperadores respeitados pelo povo romano. O último deles foi Marco Aurélio, o filósofo que lutou para manter a paz e a ordem em Roma. Mas a história da glória de Roma teve um fim e ele foi iniciado por um homem, o filho de Marco Aurélio, um imperador que desprezava o governo, que se via como um deus e que trocou o trono por uma vida de sangue e espetáculo na arena. A loucura de cômodo não foi apenas a história de um imperador, mas o primeiro passo para o colapso de uma civilização inteira. E é sobre a história desse imperador que nós vamos falar no vídeo de hoje. Para entender por a ascensão de cômodo foi tão trágica, é muito importante saber como era o mundo em que ele nasceu. Lúcio Aurélio Cômodo nasceu no ano 161 depois de Crist, em um dos períodos mais prósperos e estáveis do Império Romano. Essa era, que ficou conhecida como Pax Romana, era o auge da civilização romana. No trono estava seu pai, o imperador Marco Aurélio, considerado o último dos cinco bons imperadores. Ele governava ao lado de seu irmão de adoção, Lúcio Vero. No entanto, a vida de cômodo, apesar de todo o luxo, não foi totalmente tranquila. Ele nasceu em um ano de grandes desafios para o império. A Pax Romana, embora forte, enfrentava a sua primeira rachadura. No ano de seu nascimento, o Império Romano foi atacado pelo poderoso império parta no leste. As tropas romanas foram mobilizadas para uma longa e difícil guerra na região. Pouco depois, em 165, uma praga devastadora, conhecida como a peste antonina atingiu o império, matando milhões de pessoas e enfraquecendo as legiões. Apesar disso, a infância de cômodo foi marcada por um luxo e uma proteção que poucos romanos poderiam imaginar. Marco Aurélio tentou de todas as formas moldar seu filho para se tornar um líder à sua altura. Ele o cercou de tutores, poetas e filósofos renomados, garantindo que Cômodo recebesse a melhor educação possível. O plano era simples, transferir a sabedoria e a disciplina que Marco Aurélio usou para governar para o seu herdeiro. Mas a relação entre pai e filho era complexa e para alguns até mesmo trágica. Marco Aurélio era um homem dedicado ao serviço público e à filosofia histórica, que pregava a moderação e o dever. Cômodo, por outro lado, demonstrava uma aversão total aos estudos e uma paixão incontrolável por atividades mais mundanas. como a caça e as lutas de gladiadores. As fontes históricas da época, em especial o historiador Cássio Dill, sugere que o jovem cômodo era vaidoso, impulsivo e com uma veia de crueldade que preocupava seu pai. Marco Aurélio era um guerreiro relutante enquanto seu filho parecia ansiar por violência e espetáculo. A tentativa de Marco Aurélio de guiar cômodo não parou na educação. Para prepará-lo para o trono, ele o nomeou coimperador no ano 177, quando o cômodo tinha apenas 16 anos. Isso era uma forma de garantir uma transição de poder tranquila, mas também de tentar ensinar o filho às complexidades do governo. Cômodo acompanhou seu pai em campanhas militares na fronteira do rio Danúbio, contra as tribos germânicas. Foi lá que ele teve seu primeiro contato com a vida militar e as responsabilidades do império. No entanto, mesmo ao lado do seu pai, Cômodo se mostrava entediado com a disciplina das legiões e mais interessado na diversão e no luxo. A morte de Marco Aurélio no dia 17 de março de 180 em Vidobona, atual Viena, foi o momento decisivo. cômodo foi entronizado como imperador, sem a presença do pai para guiá-lo. O sonho de Marco Aurélio de ter um filho à sua altura havia fracassado. Para o povo de Roma, o choque foi enorme. A paz de quase um século garantida por um líder que pensava no bem do império foi substituída pelo reinado de um jovem impulsivo, vaidoso e totalmente despreparado. Uma das primeiras decisões de cômodo foi a de abandonar as campanhas militares na fronteira e retornar a Roma, algo que seu pai jamais faria. Essa decisão que ignorou os conselhos dos seus generais e foi vista como uma traição à memória de Marco Aurélio marcou o início de um reinado que seria definido não pela sabedoria ou pela virtude, mas pela busca incessante por prazer, pelo luxo e por uma paranoia crescente. De volta a Roma, naquele mesmo ano 180, o jovem imperador se recusou a governar. Ele abandonou os deveres do cargo, trocando as reuniões com o Senado por festas intermináveis, caçadas e, principalmente, por seus passatempos na arena. O povo e a elite romana ficaram chocados. Depois da seriedade do dever de Marco Aurélio, o novo líder agia como um adolescente mimado. Cômodo não via o império como sua responsabilidade, mas como seu brinquedo. A negligência do imperador gerou um vazio de poder perigoso. O desinteresse de cômodo pelo governo foi o combustível perfeito para que os inimigos se formassem dentro do próprio palácio. E a primeira a dar o passo fatal foi a própria família. Com cômodo, ignorando suas responsabilidades, a corte de Roma virou um ninho de cobras. As pessoas mais próximas a ele começaram a brigar por poder e as conspirações para matá-lo não demoraram a aparecer. A primeira traição veio da própria família no ano 182. A irmã de cômodo, Lucila, que já tinha sido imperatriz, se sentia humilhada. Ela planejou matar o irmão. O plano era simples. Um nobre chamado Cláudio Pompeiano Quintiano deveria esfaquear cômodo durante um evento no Coliseu. Mas o plano deu errado de um jeito bizarro. Em vez de agir rápido, Quintiano levantou a daga e gritou: “Isto é o que o Senado lhe envia”. Ele foi pego na hora. Esse momento foi um ponto de virada para Cômodo. Ele percebeu que não podia confiar em ninguém, nem mesmo na própria irmã. A partir daí, a sua crueldade não teve limites. Lucila foi exilada e depois morta. E a paranoia de cômodos só aumentou. Com o imperador isolado, duas pessoas se tornaram extremamente poderosas. Tigídio Perenes e depois dele Cleandro. Perenes era o chefe da guarda pessoal do imperador e por trs anos foi ele quem mandou em Roma. Ele ficou muito rico e poderoso e isso subiu à sua cabeça. Perenes cometeu o erro de planejar colocar seus próprios filhos no poder. Mas em 185, um grupo de soldados que voltava da Britânia contou acômodo sobre o plano. Furioso, o imperador mandou matar Peren e toda a sua família na hora. O lugar de Perenes foi ocupado por Cleandro, que era um ex-escravo que virou o braço direito do imperador. A ascensão de Cleandro mostra como Roma estava caindo, um ex-escravo que vendia cargos públicos para quem pagasse mais governava o império. Mas o poder de Cleandro não durou muito. No ano 190, a população de Roma estava morrendo de fome por causa de uma crise de falta de grãos. O povo foi convencido de que a culpa era da ganância de Cleandro. A revolta foi tão grande que Cômodo, com medo, não hesitou em entregar a cabeça do seu próprio amigo para a multidão furiosa. Depois de se livrar de Perenes e Cleandro, Cômodo mergulhou de vez na sua loucura. Ele passou a acreditar que era a reencarnação do herói mitológico Hércules, filho de Júpiter. Ele usava uma pele de leão, empunhava um porrete e forçou as pessoas a mudarem o nome de Roma e até os nomes dos meses em sua homenagem. Mas a maior loucura de todas era a sua paixão pela luta na arena. Para os romanos importantes, lutar na arena era algo vergonhoso. Era trabalho de escravos, não de um imperador. Mas cômodo adorava o aplauso da multidão e a arena era o seu palco. É importante deixar claro que as lutas de cômodo não eram de verdade. Os seus inimigos eram feridos de propósito ou usavam espadas de madeira. Ele gostava de matar animais selvagens e gladiadores que já estavam machucados para parecer forte. Para o povo, ele era um herói que matava monstros igual a Hércules. Enquanto ele brincava de gladiador, Roma se desfazia. Ele gastava a fortuna do império em suas festas e jogos. Ele também desvalorizou a moeda romana e a economia entrou em uma crise terrível. A loucura de cômodo chegou ao limite quando ele decidiu que ia lutar na arena no dia do ano novo em 193. Para a amante dele, Márcia, e para o chefe da sua guarda chamado Quinto Emílio Neto, isso já era demais. Eles sabiam que cômodo estava fora de si e que em breve eles seriam as próximas vítimas da sua paranoia. Eles já estavam em uma lista de pessoas que ele queria matar. Por isso, a conspiração para matá-lo foi rápida. Márcia envenenou o vinho de cômodo. Quando o veneno não fez efeito rápido bastante, o treinador pessoal dele, o lutador Narciso, o sufocou na banheira. A vida do imperador gladiador acabou de um jeito tão violento quanto ele tanto gostava. A morte de cômodo no dia 31 de dezembro de 192 depo de. Cristo jogou Roma em uma guerra civil, dando início a um período de problemas que durou muitos anos. O império nunca mais foi o mesmo. Mas e você, o que que você achou dessa história? Você acha que a loucura de cômodo foi o que fez o Império Romano começar a cair? Deixa aí sua opinião nos comentários e não se esqueça, se você gostou desse vídeo, deixe o seu like e também se inscreva no nosso canal. Eu vou deixar aqui de lado uma outra sugestão de vídeo para você assistir. Então a gente se vê no próximo vídeo.

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