Por que os Alimentos estão TÃO Caros?!

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Você já percebeu que qualquer compra pra semana 
passa fácil de 300 reais no mercado? E não tem nada de alcoólico, bobagens ou sequer carne. 
Basicamente só comida pra semana: vegetais, salada, massa, molho, arroz, pão, queijo e ovos.
Eu tenho uma teoria pra isso: qualquer item no mercado custa 10 reais.
Preste atenção na próxima vez que você for ao supermercado e calcule o 
valor da conta pela quantidade de itens. Você pode até pagar R$4,39 no quilo da cebola, 
mas é só olhar pro lado e ver o queijo a quase R$60 o quilo pra perceber que, no final, 
tudo se equilibra — pro preço total subir. Pra quem ganha menos, a situação é grave, 
porque a comida representa a maior parte do orçamento. Mas o problema é que a classe 
média também sente o impacto toda semana. E quando o preço da comida 
sobe, não tem pra onde correr. Então, o que explica esse 
aumento absurdo nos alimentos? E tem alguma chance da comida voltar 
a caber no bolso ainda esse ano? Antes de 2020, o mercado de alimentos no Brasil 
tinha uma certa previsibilidade. A inflação dos alimentos geralmente acompanhava a 
inflação geral, com variações sazonais que o consumidor já conhecia e podia se 
planejar. Um ciclo natural, onde o arroz, feijão e o básico da mesa brasileira raramente 
sofriam grandes oscilações ao longo do ano. O grande divisor de águas foi a pandemia de 
2020, seguida por uma série de eventos que desestabilizaram completamente o setor: crise 
hídrica em 2021, guerra na Ucrânia em 2022, e o caos climático do RS em 2024. 
Agora a imprevisibilidade é a regra. A alta repentina de preços, que antes 
era exceção, agora parece ser o padrão. O IPCA de 2024 mostra logo de cara a realidade.
A inflação geral no acumulado de 12 meses foi de 4,83%, mas o preço dos alimentos subiu 7,69%. 
E isso não é pouca coisa, especialmente se tratando de comida, que é um gasto que ninguém 
consegue simplesmente tirar do orçamento. Em 2023, os preços tinham subido só 1,03%. A alta 
de agora representa o maior aumento desde 2022. Quando a gente entra no detalhe, os 
números são ainda piores. O café moído, por exemplo, subiu 39,6%, a costela ficou 
21,33% mais cara e a carne de porco, 20,06%. São itens que fazem parte do prato do 
brasileiro e que subiram muito acima da média. E não foi só fazer comida em casa que 
pesou. Comer fora também ficou mais caro. Em dezembro de 2024, a alimentação no 
domicílio subiu 1,17%, e fora do domicílio, 1,19%. Ou seja, tanto a marmita quanto o almoço 
no restaurante tiveram reajustes bem parecidos. Isso mudou o comportamento 
das pessoas. O brasileiro, que já tava acostumado a pegar 
promoção, agora encontra cada vez menos. Um levantamento da NielsenIQ mostra que 
em 2024 houve uma redução nas ofertas de alimentos e bebidas. Isso acontece porque 
os próprios mercados estão operando com margens tão apertadas que mal conseguem cobrir 
seus custos, quanto mais oferecer descontos. E quando até a promoção some, fica claro 
que tá todo mundo no aperto — tanto quem compra quanto quem vende.
Outra coisa que pesa é que a alta da comida atinge mais forte quem ganha 
menos. Isso porque, nas famílias mais pobres, alimentação representa uma parte muito maior do 
orçamento. Então, se o arroz e o feijão sobem, o impacto é direto, sem escapatória.
E é exatamente isso que tem acontecido: muita gente precisando mudar o cardápio. Cortes 
de carne mais caros estão sendo deixados de lado, e os ovos e o frango viraram opções mais em conta, 
apesar do aumento no preço do ovo. Frutas, legumes e leite também estão sendo cortados da lista, 
e isso acaba afetando até a saúde das pessoas. Mesmo alimentos que eram considerados 
acessíveis, como arroz e feijão, estão com preços flutuando. Num mês estão mais 
baratos, no outro disparam. Isso gera insegurança: ninguém sabe se vai conseguir manter 
os mesmos itens na próxima compra. E quando o gasto com comida aumenta, os outros 
setores acabam ficando de lado. Vai menos dinheiro pro lazer, pra roupa, até pra remédio. Isso cria 
um efeito dominó na economia. Quando a alimentação pesa demais, ela puxa tudo pra baixo junto.
Em resumo: 2024 foi o ano em que a comida virou protagonista da inflação. E não foi por 
luxo, por exagero ou por escolhas erradas das pessoas. Foi porque o básico — o que deveria ser 
o mínimo — passou a custar demais. E isso está mudando o jeito como a gente se alimenta, 
planeja as contas e enxerga o futuro. A comida tá mais cara. E o prato, mais vazio.
Mas o que tá por trás desse aumento todo? O que rolou em 2024 foi uma mistura pesada 
de fatores: clima extremo, dólar nas alturas, exportação em ritmo acelerado e custo de produção 
lá no topo. Tudo isso junto criou o cenário perfeito pra gente pagar mais caro por tudo.
“Foi um ano em que fatores climáticos diversos influenciaram nos preços de alimentos”. E 
não foram só dias quentes. Teve de tudo: secas, chuvas fora de hora e enchentes pesadas.
O caso mais simbólico foi o do Rio Grande do Sul, onde as enchentes e o excesso de chuva 
atrapalharam a colheita de diversos produtos. Isso somado a ondas de calor fora do 
comum em outras regiões aumentou o estrago. Essa bagunça climática fez com que a entressafra 
— aquele período entre duas safras — ficasse ainda mais complicada de lidar.
E os efeitos dos problemas climáticos seguem gerando altas.
Um exemplo claro é o tomate. Em abril de 2025, ele subiu mais de 30% no mês. Isso depois de já 
ter subido 12% em março. Como apontam as análises, o calor fora de época prejudicou a lavoura, e o 
resultado tá aí. O valor do tomate começou a cair em maio de 2025, e à medida que a safra 
de inverno for chegando às prateleiras, a perspectiva é de queda, mas é com esse exemplo 
pontual que percebemos como estamos reféns de fatores que fogem do nosso controle individual.
O mercado reage como sempre: se a oferta cai e a demanda continua, o preço sobe.
E quando o problema vem da natureza, como clima extremo, não tem muito o que fazer. Não importa 
quanto o consumidor esteja disposto a pagar, se não há produto suficiente, o preço dispara. E não 
adianta esperar que o governo “resolva” o problema do clima – é um fenômeno global que está afetando 
culturas em todo o mundo, não apenas no Brasil. E se a natureza não ajudou, o dólar também não.
A moeda americana disparou ao longo do ano. Em doze meses, o real desvalorizou 27% em relação ao 
dólar, encerrando 2024 a R$ 6,18. E isso tem um efeito direto na comida que chega até a mesa.
Com o dólar tão valorizado, muitos produtores preferem exportar os produtos, porque ganham 
mais vendendo lá fora do que no mercado interno. Isso vale pra café, carne, milho, soja ou 
trigo… Quando vai mais produto embora, sobra menos aqui — e o que sobra fica mais caro.
Mas não é só a comida que fica mais cara quando o dólar sobe. Na prática, tudo fica mais 
caro. Comprar um carro, construir uma casa, fazer uma viagem ou mesmo comprar carne 
pra um churrasco — tudo sobe o tempo todo. Porque nosso real está valendo cada vez menos. E é 
exatamente por isso que você precisa diversificar seu dinheiro e ter pelo menos parte dele em dólar.
É por isso que eu uso e recomendo a Nomad, ele também dispara os custos de produção 
aqui dentro do país. O custo do milho, que é base da alimentação das galinhas, e 
das embalagens, impactou no preço do ovo. Mas nem sempre esse aumento aparece 
direto na etiqueta de preço. Tem uma parte dessa inflação que é invisível — e 
que o consumidor só percebe na prática. É a chamada “pressão nos custos de produção”, que 
começa lá no campo ou na indústria e só depois é repassada pra prateleira do supermercado.
Quando o insumo agrícola, como fertilizante ou semente, fica mais caro, ou quando o diesel 
para os tratores sobe, ou quando um temporal destrói parte da safra, esses custos não são 
imediatamente repassados. Existe uma cadeia longa: o produtor tenta absorver o impacto até onde 
consegue, depois o distribuidor faz o mesmo, e por fim o supermercado também tenta segurar um pouco.
Resultando em um reajuste progressivo, que vem em ondas.
Isso ajuda a explicar porque muitos supermercados não conseguem mais fazer promoções. Eles já estão 
operando no limite, com pouca margem de lucro. E, com isso, o consumidor vê o preço subir sem 
nem ter a chance de aproveitar uma oferta. E aí entra mais um fator: o 
comportamento de quem compra. Com tudo mais caro, o consumidor também mudou 
de estratégia. Ao invés de comprar como antes, agora ele troca marcas, muda a cesta de compras, 
muda de supermercado ou até corta itens — tudo pra tentar fechar a conta quando chega no caixa.
Ou seja, a galera não compra mais o que quer — compra o que dá.
Por fim, toda essa pressão foi se acumulando ao longo de 2024 e virou 
uma bomba-relógio. Quando o clima piorou, o dólar subiu, os custos explodiram e as exportações 
dispararam, o impacto foi direto no supermercado. Então, como isso tudo alterou a forma que o 
brasileiro faz as compras no supermercado? E será que tem alguma chance da comida 
voltar a caber no bolso ainda esse ano? A inflação mudou radicalmente a forma como 
as pessoas fazem compras e o que colocam na mesa. ‘Driblar os preços’ virou estratégia 
de sobrevivência para famílias de todas as classes sociais, cada uma à sua maneira. Como 
explica o economista André Braz, do FGV-Ibre, ‘quanto menor a renda, menos espaço para 
outra despesa que não seja comer. Logo, se a pessoa só compra comida, ela 
só pode sentir a inflação da comida’ Brasileiros de todas as classes estão se 
adaptando. Quem sempre precisou economizar apenas intensificou hábitos que já tinha, como escolher 
produtos mais baratos independentemente da marca. Já quem consegue pagar valores mais altos de 
uma vez só, está migrando para as compras em atacado, onde embalagens maiores 
oferecem melhor custo-benefício. E não foi só o consumidor que se adaptou. Os 
mercados também tão encontrando maneiras de tentar minimizar os problemas. No supermercado 
que eu frequento já percebi que no caixa eles não falam mais o valor total das compras, 
só perguntam qual a forma de pagamento. Talvez é uma forma de não assustar o 
consumidor, mas o valor precisa ser pago igual. Nas periferias, a carne vermelha, que encareceu 
mais de 20% apenas em 2024, está sendo substituída por alternativas mais econômicas. A carcaça 
de frango, que é um item que nem aparece nas prateleiras dos grandes supermercados, tá sendo a 
solução para muitas famílias. Por cerca de R$30, é possível adquirir aproximadamente 4 kg 
desse produto em granjas e mercados locais. Essa carcaça se transforma em sopas, caldos e 
refogados que podem alimentar uma família por até duas semanas. Outra alternativa que ganhou 
popularidade é o suã, a espinha de porco vendida em açougues. Essa mistura de osso, carne e 
gordura suína, por volta de R$ 10 o quilo, virou um item valorizado por quem precisa 
economizar sem abrir mão totalmente do sabor e do valor nutricional da proteína animal.
Segundo uma reportagem da DW, de março de 2025, “Na casa de Ionara, a presença 
diária de carne vermelha na mesa cessou há mais ou menos seis meses”
E “com o ovo mais caro, ela perdeu um dos substitutos comuns das classes mais baixas 
diante da impossibilidade de comer carne.” O que está em jogo não é apenas o preço da 
comida, mas a qualidade da alimentação das famílias brasileiras. Como observa a advogada 
Léa Vidigal, especialista em Direito Econômico e Soberania Alimentar, ‘a desigualdade se 
mede muito pela qualidade dos alimentos que as pessoas das diferentes classes comem’
Enquanto as classes mais altas podem trocar de marcas ou fazer ajustes menores, para 
muitas famílias a inflação significa simplesmente comer menos ou pior.”
Então, até quando pessoas como a Ionara vão viver improvisando à mesa?
Existe uma solução pra esse problema? Depois de um ano tão pesado, 
muita gente se pergunta: tem alguma luz no fim do túnel? E a resposta 
é: mais ou menos. Tem coisa boa vindo aí, mas também tem obstáculos no caminho.
A boa notícia é que esse ano ainda promete uma supersafra. A produção de grãos no Brasil 
deve chegar a “328,31 milhões de toneladas, um crescimento de 10,3%, ou 30,6 milhões de 
toneladas a mais, em comparação com a temporada anterior”. Essa quantidade toda de comida 
no campo pode ajudar a derrubar os preços. E esse movimento faz sentido. “A supersafra 
gera um aumento ‘súbito’ de oferta que não costuma ser acompanhado de um mesmo movimento 
na demanda, o que faz com que os preços caiam”. Com mais produto no mercado, a tendência 
é o valor cair — pelo menos no atacado. Só que esse alívio não chega 
na prateleira da noite pro dia. “O preço no bolso do consumidor não deve ser 
imediato”. Isso porque tem um caminho longo entre o campo e o supermercado — e nesse caminho 
tem frete, imposto, armazenamento e uma porção de custos que ainda pesam bastante.
Aliás, a logística continua sendo um baita problema.
Tem lugares no Brasil onde só o custo de levar o produto até o mercado já 
faz o preço disparar. Um exemplo disso é o frete no Mato Grosso, que subiu 62% entre janeiro 
e fevereiro de 2025. E isso mexe com todo o preço final. O alimento até pode estar barato 
na fazenda, mas fica caro só pra sair de lá. Outro ponto é que o Brasil tem pouco ou 
nenhum estoque regulador de alimentos. Isso faz com que a gente fique totalmente refém das 
variações do mercado. Segundo os dados oficiais, “Estoques de alimentos foram praticamente 
esgotados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente Luiz Inácio Lula da 
Silva prometeu reativá-los, mas ainda não o fez.”. E o estoque não serve só pra guardar comida. 
Ele tem um papel estratégico: quando o governo compra e armazena produtos em grande escala, 
ele consegue controlar melhor os preços. Como explica o relatório, “O estoque serve até como um 
alerta para produtores que querem aumentar preço: ‘Se você aumentar, o governo vai liberar o estoque 
que ele tem e você vai perder mercado’. Já quando o preço cai, o governo garante um preço mínimo”.
“O estoque público de café, por exemplo, está praticamente zerado desde 2019. 
O café moído subiu 39,6% em 2024”. Além disso, tem o fator juros. Com a 
Selic ainda alta, o crédito continua caro. Isso atrasa investimentos, compra 
de máquinas e produção em larga escala. Mas nem tudo é notícia ruim. Existe 
uma expectativa real de que os preços comecem a desacelerar aos poucos a partir 
da metade do ano. “Alimentos como arroz, milho e derivados de soja devem ficar mais baratos 
no supermercado a partir de junho de 2025.” É uma luz no fim do túnel— 
quase apagando, mas necessária. A questão agora é saber se essa luz vai 
se concretizar na saída que precisamos tão urgentemente. Porque o cenário ainda 
é instável. A gente depende do clima, da cotação do dólar, da política agrícola… tudo 
isso muda rápido. E, enquanto essas variáveis estiverem fora de controle, o consumidor 
vai continuar trocando carne de gado por frango, por ovo, ou pior, carcaças.
E mesmo com previsão de safra recorde, a gente ainda barra na infraestrutura. Se 
não houver investimentos — como estradas, armazenamento e escoamento — o produto vai 
continuar encarecendo até chegar na mesa. Então sim, tem chance do preço da comida 
cair esse ano. Mas depende de muita coisa dar certo ao mesmo tempo: nenhum problema 
climático, uma estabilidade no dólar, exportações equilibradas para não esvaziar o 
mercado interno e um esforço do poder público pra garantir infraestrutura e condições mínimas 
para o bom funcionamento do mercado de alimentos. Na sua opinião, qual desses fatores tem mais 
risco de não dar certo? Deixa nos comentários e aproveita pra dizer o que achou do vídeo.
E se você quer proteger o seu dinheiro e ainda ter um super cartão de crédito. Não dá 
mole! Abra sua conta agora na Nomad apontando a câmera para o QR Code na tela ou acessando 
o primeiro link da descrição. No cadastro insira o código de convidado ELEMENTAR40 
para ganhar até 40 dólares de cashback na sua primeira conversão de reais para dólares.
E pra entender como São Paulo sustenta o Brasil, mas recebe de volta só centavos do que manda pra 
Brasília — e por que isso revela um sistema que parece mais castigo do que pacto — confere 
esse vídeo aqui que tá na tela. Então aperta nele aí que eu te vejo lá em alguns segundos. Por 
esse vídeo é isso, um grande abraço e até mais.

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