Por que PÃO COM SALSICHA é “CACHORRO QUENTE”? #IberêResponde

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embalar objetos frágeis? É verdade. Eu só descobri essa história por causa da pergunta, porque eu não fazia a menor ideia. Em 1957, dois engenheiros lá dos Estados Unidos queriam criar um papel de parede texturizado, um papel de parede com algum relevo. E eles tiveram a brilhante ideia de colar duas cortinas de banheiro, daquelas de plástico, mas deixando um pouco de ar dentro. O resultado, sabe qual foi? Uma porcaria. Não servia para nada aquele negócio. Ficou horroroso. Mas eles acharam que, sei lá, que tinha algum potencial ali. Continuaram fazendo experiências em cima desse tipo de material que guardava ar dentro. Alguns anos depois, a IBM lançou um computador chamado 1401, que era um computador meio que para popularizar essa máquina. Até então só tinha computador em centro de pesquisas e empresas gigantes que estavam testando e tal. Esse 1401 era para pequenos negócios, para empresas menores e tal. Quando eu falo isso não vai pensar que era um notebook, não, tá? Era assim uma tipo uma coleção de vários eletrodomésticos gigantes, tipo uma cozinha industrial esse computador, tá? E é lógico que tinha uma dificuldade de transporte, porque eram máquinas frágeis, elas precisavam ser acondicionadas ali com muito carinho. E aí, que que os dois engenheiros fizeram? Venderam pra IBM uma solução que era o plástico bolha. Na época a IBM era tipo a Apple. Hoje conseguir um contrato com eles era uma coisa do outro mundo, era sensacional. E aí plástico bolha estourou, né? Quer dizer, plástico bolo estourou, enfim, você entendeu. Se a água ferve a 100ºC, como é que ela evapora no banheiro se lá não atinge essa temperatura? Você tem razão e mais, essa pergunta chega aqui toda a hora. É verdade. A água no banheiro jamais atinge 100ºC, senão a gente sairia cozido do banho. A água do banheiro eu chuto ali, que se chegar a 40, você já vai se sentir incomodado porque tá quente demais. Ferver é quando você coloca a água no lugar muito quente, tipo no fogo, numa chapa quente, depois de algum tempo ela vai chegar a 100ºC, começar borbulhar e aí a água vai passando pro estado gasoso. Inclusive, a gente já gravou um vídeo bem legal aqui, mostrando que se você for para um lugar alto, a pressão atmosférica é menor e a água também ferve a uma temperatura menor. A gente subiu uma serra lá de Campos do Jordão, um lugar extremamente alto, e a água ferveu, eu acho que a 94 ou 93ºC. Foi bem legal. Evaporar é outra coisa, é água e aos pouquinhos passando do estado líquido pro estado gasoso. Quando você pendura uma roupa no varal, por exemplo, não chega nem a 30º às vezes e ela seca. Se você derrubar um copo d’água no chão, for embora e voltar uma semana depois, a água secou, ela evaporou. Como é que isso é possível se não chega a 100ºC? Vamos pensar que a água é uma sopa de moléculas de H2O. Ali algumas moléculas têm um pouco mais de energia e elas escapam, elas escapam naturalmente ali do líquido e passam pro estado gasoso. E esse escape dessas moléculas pode ser acelerado por algumas coisas. Primeiro pela superfície da água. Quanto maior a superfície, quanto mais contato com o ar, mais isso vai acontecer. Então, se você embolar uma roupa molhada, vai ser muito difícil dela secar. Se você esticar a roupa, ela seca fácil. A segunda coisa é o vento. Quanto mais ventilação, mais fácil da água evaporar. E a terceira coisa, até meio óbvia, é o calor. Quanto mais quente tiver, é mais fácil da água evaporar. Agora pensa no chuveiro, você tem um monte de gotinhas caindo, então você tem uma superfície bem grande, a água tá em bastante contato com o ar, você tem vento porque a gota tá caindo de lá de cima. Então ela vai raspando no ar até chegar no chão e você tem uma temperatura alta, tá quentinho para você tomar banho. Então tudo isso favorece muito a evaporação da água. E aí aquela fumacinha que você vê, na verdade, já são gotículas de água que evaporou e já se liquefez de novo. Ela já passou de novo pro estado líquido e você tá vendo ali aquelas microgotículas no ar. E verê, de onde vem o versário de aniversário. Eu imagino que ane vem de ano. É verdade. Anne vem de ano e versário é tipo versos que são recitados assim na hora que a gente canta. Parabéns a você nessa data querida. Muita felicidade, muitos anos de vida. Ó, vem do latim. Versus ou vertere significa voltar, regressar. Então, aniversário é uma coisa que volta todo ano, que acontece todo ano. Mas vou aproveitar essa pergunta porque o que eu acho muito legal nessa série B Responde é vocês me fazerem uma pergunta e eu voltar com um pouco mais do que vocês perguntaram. É aí que tá a magia da coisa. É por isso que talvez seja o vídeo que eu mais gosto de gravar aqui no manual do mundo. Em inglês, a gente tem quase a mesma palavra que é anniversary. Escrevendo assim, mesmo que você não saiba falar inglês, você já entende na mesma hora. Só que você não pode usar isso pro aniversário de uma pessoa. Usa para aniversário de empresa, aniversário de descobrimento do Brasil, aniversário do título de campeão mundial do Corinthians, até aniversário de falecimento de alguém. Mas quando vai falar aniversário de uma pessoa, você usa a palavra birthday, que é o dia do nascimento, que eu acho bacana porque é mais específico, né? Um dia de nascimento só pode ser de um ser vivo e não de uma empresa ou do título do mundial do Corinthians, que eu já tô ficando com saudade dele. Guardar as unhas que a gente corta durante a vida toda serviria pr alguma coisa? Olha, e eu acho que serve uma coisa muito útil, que é espantar alguém que tá a fim de você e você não quer ficar com essa pessoa. Ó, pensa comigo. Nossa, seus olhos são tão bonitos. Isso é porque você não viu ainda a minha coleção de unhas. Se a gravidade puxa tudo pro centro da Terra, ela também puxa o ar. Quanto mais a gente sobe, menos ar tem. Ah, Tatiane tá muito espertinha. Senhora podia trabalhar, não NASA já sim, você tá certíssima. A gravidade puxa o ar para baixo e é por isso que a gente tem pressão atmosférica. É por isso que o ar faz pressão aqui em cima da gente, por causa desse peso, né? Concentra todo o ar aqui. É lógico, quanto mais perto você tiver do chão, mais ar, mais concentradas as moléculas de ar estão ali. Conforme você vai subindo, você vai tendo menos ar e o arco. Até chegar uma hora que não tem mais ar. Isso acontece bem devagar, tá? bem, sei lá, você sobe um pouco, vai começando a dar falta de ar, você sobe mais um pouco, você nem consegue respirar mais. Até que chega uma hora que os satélites conseguem ficar girando em volta da Terra lá, sem bater em ar nenhum. Mas voltando ao que eu falei, as perguntas de vocês são muito legais, porque a gente consegue explorar outras coisas além da pergunta em si. A gravidade ela garante que o ar não vai embora do planeta Terra. Se a gente não tivesse gravidade suficiente, a nossa atmosfera ia embora e não poderia ter vida aqui. Então também é gravidade que garante que o ar fique aqui juntinho da gente, que ele não desapareça e vá pro espaço. E mais uma coisa que ajuda a manter a nossa atmosfera aqui é o campo magnético da Terra. Nosso planeta funciona como se fosse um ímã gigante por causa do núcleo de metal que ele tem, que fica se movimentando lá. Só que enquanto isso, o sol ele fica soltando um monte de partículas, um monte de partículas que a gente chama de vento solar. Quando essas partículas chegam perto da Terra, o campo magnético desvia as partículas. Se não tivesse campo magnético, essas partículas iam bater na atmosfera e começar a arrancar pedacinhos dela. Na verdade, isso até acontece, mas tão pouquinho que não faz muita diferença pra gente. Pergunta do Alan, que é membro do canal, sempre tem uma pergunta aqui garantida pros membros. No Iberê responde. Iberê, se os balões de gás sobem, inflam e consequentemente podem estourar, porque as naves não estouram ao chegar no espaço? Você tá certíssimo, Alan. Quando a gente soltou o nosso balão pra estratosfera, a garantia que ele ia voltar é que uma hora ele explode, ele infla tanto por causa da falta de pressão que uma hora a pressão de dentro do balão é maior que a pressão de fora e ele cai. Agora, por que que isso não acontece com as naves? Porque elas são muito mais resistentes do que um balão. Elas são feitas para não estourar. É como se você voasse numa carcaça ali dentro de um bujão de gás que consegue segurar a pressão do ar dentro. Porque precisa ter pressão do ar dentro, porque a gente tem pessoas ali, né? senão você não conseguiria respirar dentro da nave. Então sim, o ar que tá dentro da nave, ele quer escapar e como fora já não tem ar fazendo pressão, existe uma força ali a todo momento forçando as paredes da nave, mas as paredes da nave já são preparadas para isso. E um dos grandes riscos de você ir pro espaço é que qualquer furinho que tiver na nave vai ser que nem um furo no pneu. O ar vai começar a vazar por ali e despressurizar a nave. O ar vai começar a ir embora. Então, se você tiver lá no espaço e passar, sei lá, um parafusinho que escapou de um satélite antigo e tum furar sua nave, meu, na hora vai começar a perder a pressão. Uma coisa legal sobre tudo isso é que não acontece só com nave espacial, acontece com avião também. No momento em que o avião sobe e vai lá para 10 km de altitude, ali já tem bem menos á e a pressão dentro do avião vai ser maior que a pressão de fora. Então as pessoas ali estão pressurizadas. Por isso que a gente diz que a cabine é pressurizada e tudo mais. E sim o casco do avião, né? A parede externa dele tem que ser forte suficiente para aguentar essa pressão. Por que se fala zero no plural? Exemplo, R$ 0. É, eu acho que até eu já falei isso alguma vez. Ah, tipo, eu tenho R$ 0, eu fui lá zero vezes. Mas a verdade é que a gente não pode falar isso. Eu fui pesquisar aqui e a regra é a seguinte: você só usa coisa no plural quando é de dois para cima. Então eu falo que eu tenho R$ 0, eu tenho R$ 0,5, eu tenho R$ 1, R$ 1,5, eu tenho R$ 1,9 e eu tenho R$ 2. Eu sei que no dia a dia a gente fala R$ 0, a gente brinca com isso e tal, mas essa é uma linguagem informal. Quando é linguagem formal é concurso, prova de vestibular, etc. Tem que usar a regrinha que é só é plural a partir de dois. 1,999 ainda é cinc lá. É diógenes do jeito que tá aqui, eu imagino que seja meu nome, né? Porque as pessoas não usam mais vogal. Porque afinal de contas, por que usar vogal? Vamos usar só as consoantes que dá para entender do mesmo jeito, né? Já já fica mais fácil. Economiza teclado, economiza, estimula o raciocínio de quem tá do outro lado. Enfim, a gente chama de microscópio, pois é utilizado para ver microisa. E o telescópio, essa palavra vem do grego. Micro quer dizer pequeno. Scópio quer dizer olhar, observar. Então, o microscópio é um aparelho para você observar coisas pequenas. E o telescópio é tipo um instrumento pra gente observar televisão. Não. Tele também vem do grego e quer dizer longe, distante. Então, um telescópio é um instrumento para você observar coisas distantes. Esse telha aparece no nome de várias outras coisas, tipo telefone. Fonos é de voz. Então, o telefone é para você ouvir uma voz distante. O telégrafo é esse instrumentinho aqui que inclusive eu consegui comprar no leilão, o antiquíssimo. Preciso fazer um vídeo com ele qualquer dia, que você consegue mandar mensagens escritas com código Morse. Telegrafos é uma escrita à distância. E a palavra televisão, no caso, é um monitor de computador, mas representa bem uma televisão, tá? Ela é uma mistura de grego com latim, tele de distante e visão de visão. Então você consegue ver coisas que estão distantes aqui na telinha da na telinha do monitor, do computador, da televisão, etc. Só pela quantidade de tralha que a gente junta aqui no Manual do Mundo, acho que valia aquele joinha. Não valia. [Música] Já falei várias vezes aqui no manual que quando um foguete sobe, ele vai soltando os pedaços dele para trás. Então esse aqui é o Saturno 5, foguete que chegou até a lua. Logo que ele tava aqui ainda na atmosfera terrestre, ele soltava o primeiro estágio. Isso aqui ia embora, caía no mar e é jogado fora. É completamente desperdiçado. Depois ele solta o segundo estágio e também é jogado fora. E depois ele só eu não vou desmontar tudo porque depois dá um trabalho para montar e já tá tudo meio quebrado, tá difícil de montar de novo. Mas enfim, tudo isso na época em que foguete ainda não dava ré. E será que não era mais fácil botar um para-quedas aqui e salvar essa parte do foguete para usar de novo? Conexão aqui já foi pro espaço, gente, ó. Já não conecta direito. Quer dizer, foi pro espaço. Quando a gente tá falando pro foguete pode dar uma impressão errada, mas enfim, já não conecta tão bem sim. Sua ideia é tão boa, mas tão boa, que a NASA já usou em outro projeto muito importante, que é o ônibus espacial. Ele não tá na mesma escala do Saturno 5, tá? desse foguetão que foi pra lua, porque a gente imprimiu menorzinho. Um dia a gente ainda vai ter uma coleção completa de naves do na escala um para 100. Isso não é uma promessa, porque vai dar muito trabalho, mas mas um dia vai acontecer. E como é que funciona aqui? A nave parte com todo esse conjunto, tá? A parte principal, que é esse aviãozão que tá por cima, é o ônibus espacial em si. Aqui dentro vão as pessoas, os equipamentos, tudo mais. Essa talvez seja a nave mais legal, mais bonita, mais confortável já construída na história, mas infelizmente não voa mais. E quando ia decolar, ele saía com tudo isso, só que é um tanque de combustível imenso e a gente tem dois foguetes auxiliares aqui do lado. Chegava num ponto em que esses foguetes eram desconectados e eles caíam de volta pra Terra e para não se espatifarem no chão, porque não podia dar ré, abriam para-quedas e eles podiam ser encontrados e reutilizados. E com isso eu posso dizer com certeza que se o mundo acabasse só os inscritos do Manual do Mundo conseguiriam construir o mundo de novo, porque essas ideias são tão boas que já foram feitas. O quão longe foi o homem no espaço? Pois é, a gente não foi muito longe, na verdade. Os astronautas que foram mais longe foram os que viajaram pra lua nesse foguete, no Saturno 5, ali no final da década de 60, começo da década de 70. De todas as viagens que se fez pra lua, a que os astronautas chegaram mais longe da Terra foi a Apolo X, que inclusive é uma em que eles não conseguiram pousar lá. Essa nave teve um problema no meio do caminho. Inclusive tem um filme muito bom chamado Apollo X com Tom Hanks e tal, ganhou vários prêmios e para eles conseguirem voltar sem pousar na lua, eles usaram a própria gravidade da Lua para ajudar nessa viagem de volta. E nessa voltinha que eles deram em volta da Lua ali, eles chegaram na maior distância que um ser humano já chegou da Terra, que é de 400.000 1000 km. Isso é um pouquinho maior do que a distância da Terra até a Lua, que é de 384.000 km. Mas é lógico, a gente tem robôs que chegaram muito mais longe. A que chegou mais longe de todos foi essa aqui, ó. É a Voyager. É uma sonda, né? Uma nave cheia de sensores e de câmeras que a gente mandou para estudar os planetas mais externos, né, de Júpiter pra frente. Só que tem um vídeo inteirinho que a gente gravou só sobre ela. Não vou contar a história inteira agora. Eu também não sei se esse vídeo foi publicado antes ou depois do outro, mas enfim. A gente acabou de fazer um vídeo sobre a Voyager, é por isso que eu tenho a impressão dela aqui que ficou bem bonitinha. Inclusive nessa nave tem uma mensagem pra alienígenas. E eu tô falando sério, por que as rodovias às vezes fazem curvas, sendo que é só fazer uma pista reta? Ah, Miguel, antes o mundo fosse tão simples assim, vamos pensar como é que surgiram as rodovias. No geral, elas são caminhos que alguém já fez muitos e muitos, talvez séculos atrás. caminhos que antes passava gente, depois passou gado, passava cavalo e aí ao longo do tempo aquilo começou a passar carro, foi asfaltado. E você não pode mudar muito o traçado de uma coisa que já tá há tanto tempo, porque todos os terrenos obedecem aquele caminho, os bairros que tem ali, os comércios, as cidades e tudo mais, eles já funcionam. Tudo baseado naqueles caminhos antigos. Mas tudo bem, você pode falar: “Poxa, vamos indenizar o pessoal, pagar os terrenos, desviar um pouco para tentar fazer estradas mais retas”. Sim, você pode conseguir. A questão é que as montanhas também não são retas, né? As montanhas são todas tortas. Se você quiser manter a estrada no mesmo nível, você vai ter que construir um monte de túneis, eh, um monte de pontes e abrir um monte de barrancos, né? Você vai ter que rasgar montanhas para construir essas estradas. E sim, as rodovias mais modernas, se você pegar aqui no estado de São Paulo, por exemplo, a Castelo Branco ou a rodovia dos Bandeirantes ou a rodovia dos tamoios que desce a serra aqui, que é a rodovia mais nova que desce a serra do Mar aqui em São Paulo, todas elas são rodovias que tem pontes, que tem túneis, que tem montanhas rasgadas, que tem contenção de barranco e tudo mais. E isso faz com que elas sejam muito mais retas do que as rodovias mais antigas. Tipo aqui a gente tá perto da Raposo Tavares, que é uma rodovia muito velha já, né? O caminho é muito velho e ela é toda tortuosa. Iberê, é verdade que o dinossauro de brinquedo foi feito com dinossauro real? Essa dúvida já me bateu e eu fiz a pergunta para um cientista que trabalha no SPS, que é o Centro de Pesquisa lá da Petrobras, num vídeo em que a gente foi visitar. Eu vou botar a resposta dele aqui porque eu acho que é bem interessante. Pode ser que esse dinossauro um dia já foi dinossauro também? Não, ainda mais no caso do Pressal, a realidade não é essa. A gente tem que imaginar que as rochas do Pressal foram formadas no ambiente de um grande lago. E esse lago tinha uma série de microrganismos vivendo ali. Então a origem do petróleo vem dessa acumulação de microrganismos no fundo desse lago. Bactérias, algas que vão se acumulando, formando um como se fosse um lodo, um pântano ali no fundo do lago. E isso vai se acumular durante milhões de anos para então gerar o petróleo que a gente vai produzir no pressal. O que são os buracos da lua? Seriam meteoros que caíram por lá? Sim, todo tipo de coisa que caiu por lá, meteoro, cometa, asteroides. Só que tem uma diferença grande da Lua e da Terra. Isso também cai na Terra e também caiu muito durante a formação da Terra. A primeira é que a gente tem atmosfera, então quando cai alguma coisinha do tamanho de um grão de arroz, esse negócio na hora que chega na atmosfera da Terra, ele vai queimar, né? A resistência do ar muito forte, ele esquenta e vira poeira. Outra coisa é que as crateras que se formaram aqui na Terra, elas foram sendo desgastadas por causa de chuva, por causa de vento, por causa dos bichos que andam em cima, das plantas que nascem ali. A gente tem muito poucas crateras que a gente consegue ver aqui no planeta Terra. Uma delas inclusive fica dentro do município de São Paulo e a gente já foi visitar, fiz um vídeo especial só para isso. Chama a cratera de colônia. Vale a pena dar uma olhada nesse vídeo nasce um vulcão novo no meio do oceano, ele solta lava, solta cinza, solta um monte de coisa, ele vai encobrindo, vai mudando a paisagem. E a gente ainda tem movimentação de placas tectônicas. Então, um continente vai entrando por baixo do outro ali e todo relevo que existia no continente antigo, ele vai desaparecer. Na lua não tem nada disso. Então, qualquer coisinha que caia no solo lunar ali na poeira vai ficar marcado. Vai formando craterinhas pequenininhas, mini crateras, até crateras gigantescas. E aí, mais uma vez, não foi o que você perguntou, mas que eu acho muito legal de responder. Eu fui pesquisar qual é a maior cratera da Lua. Ela é gigantesca e a gente não consegue ver aqui da Terra porque ela fica no lado oculto, no lado que não tá virado pro nosso planeta. Então ela só foi vista agora faz pouco tempo, décadas atrás, quando a gente teve acesso, conseguiu mandar nave para tirar foto desse lado. Chama bacia do polo sulken, porque ela começa no polo sul e termina numa outra caratera chama Itken. Ela tem 2500 km de diâmetro. Só para vocês terem uma ideia, é a distância daqui de São Paulo até Manaus. Essa parte escura que vocês estão vendo aí nessa foto não é uma cratira perfeita, porque tem várias outras créas que se formaram em cima. Enfim, tem várias outras coisas que aconteceram em cima da cratira. Mas se a gente for pensar na área dela, ela tem uma área mais ou menos da metade do território brasileiro. É uma baita de uma cratera. Vocês estão perguntando coisa do espaço que não acaba mais. E eu vou falar para vocês que eu tô selecionando as perguntas que eu acho eleições, de repente eu poderia me candidatar a presidente do Brasil. Não sei se seria uma boa ideia. Melhor eu continuar o que eu já tô fazendo. Mas vamos ver se eu preencho os requisitos, né? Se eu poderia me candidatar a presidente do Brasil. Primeira coisa, ser ficha limpa, não tem nenhuma pendência na justiça, não tem nenhum impedimento para se candidatar por causa de algum problema que aconteceu antes. Bom, nesse ponto não tenho nenhum processo na justiça, tá tudo certo. Ser brasileiro nato, pois o cargo de presidente é privativo a brasileiros natos. Sim, nasci em Sorocaba a 70 km aqui de São Paulo. Sou um brasileiro nato. Ter no mínimo 35 anos completos até a data da posse. Pois é, até 2027, quando for a data da posse, já vou ter 45 anos. Tenho 43 ainda. Tá calma aí. Mas é que até lá já vou ter 45. Está com título de eleitor regular e domicílio eleitoral no Brasil? Sim, eu tenho o meu título de eleitor certinho e eu moro no Brasil, aqui em São Paulo. Então tá tudo certo. Ser alfabetizado. Ótimo. Sou alfabetizado. Inclusive eu tô lendo essas perguntas porque eu consigo ler o que tá aqui na tela do celular. Não ter substituído o atual presidente nos seis meses anteriores à eleição. Não substituí porque eu não sou vice-presidente, nem ministro do STF, nem presidente do Congresso, nem nada disso. E o último ponto é estar filiado a um partido político. Sim. No Brasil, para você concorrer a qualquer cargo, você precisa concorrer por um partido. E eu não sou filiado a partido nenhum, então eu não poderia concorrer a presidência do Brasil. Gustavo Jardim: Como criar um experimento caseiro para demonstrar a tensão superficial da água? Tensão superficial é a espécie daquela película que se forma em cima da água. Se você olhar bem de perto assim num laguinho onde tem vários bichinhos, você vai ver que tem alguns insetos ou aranhas até que conseguem andar em cima da água mesmo sendo mais densos do que a água. Folha também, boia. Se você colocar o dedo, você percebe que tem uma certa resistência ali da água para você colocar o dedo dentro. E isso acontece porque as moléculas de água elas se atraem uma pelas outras. É como se elas fossem um monte de irmãzinhos pequenininhos que estão todos grudados entre si. Para você colocar alguma coisa ali no meio, você tem meio que abrir espaço entre esses imãzinhos. E isso não é tão simples de fazer. Precisa romper essa tensão superficial da água. Mas vamos lá. Eu tava com saudade de fazer experiência aqui no Ral do Mundo. O que que você pode fazer para mostrar a tensão superficial acontecendo assim na prática, na cara das pessoas que foram visitar a sua feira de ciências? Você vai precisar de uma moeda, tô usando aqui a de 25 centavos, pode ser qualquer outra, de água e de um contagotas, tá? Só isso aí. Você vai desafiar as pessoas a ver quantas gotas elas são capazes de colocar em cima de uma moeda, tá? Se aposta com elas, faz um chute, elas vão chutar alguma coisa tipo 15, 10. Eu já tô no 12, 13, 14, 15, 16, 17, 26, 27, 28. Agora você pode perceber que já formou uma bolha de água em cima da moeda e ela não escorreu. Ela não tá escorrendo por causa da tensão superficial, por causa dessa força que junta as moléculas de água, elas não querem se separar. E eu já pinguei agora. 29 30 31 32 33 34 35 36 A bolha já tá saindo da moeda, já tem uma gordurinha para fora. 37, 38, 39, 40, 40, 41, 42, 43 gotas. É uma experiência, ao mesmo tempo um desafio, um jogo. É muito legal para fazer na feira de ciência. Mas calma que tem mais coisa. A ideia agora é fazer metal flutuar na água. Eu tenho na minha mão aqui uma moeda de 1965 de 10 cruzeiros e é uma moeda de alumínio. Não é uma coisa tão comum assim, mas o Brasil sim já produziu moedas de alumínio e você pode encontrar moedas de outros países. O Japão, eu acho que tem moeda de alumínio também. Se você colocar logo em cima da água, a moeda vai afundar. Eu não vou fazer isso agora porque depois dá um trabalho para pegar a moeda lá embaixo e essa água que tá no copo vai sair toda. Como é que você faz para colocar a moeda com muito cuidado na água? É botar um papel embaixo, um pedacinho de papel higiênico e a moeda por cima. Eu vou fazer e gravar ao mesmo tempo para vocês poderem ver já acontecendo aqui, ó. Coloca o papel em cima da água e em cima do papel se coloca a moeda e vou embora. Não deu tempo. Eu acho que esse copo aqui é muito pequeno. O difícil é fazer com as duas mãos, porque daí você não sobra a mão. Ó o papel, a moeda. E agora não deu certo. Tô achando essa moeda muito pesada. É, a moeda brasileira acho que não dá não. Bom, já que a gente não conseguiu com alumínio, vamos tentar com aço. Só que em vez de uma moeda, você vai precisar de uma agulha, que aliás é muito mais fácil de achar do que moeda de alumínio, né? Que vamos combinar que moeda de alumínio é uma coisa meio assim de antigamente. Se você inclusive quiser fazer logo uma bússola de vez, você pega a agulha e vai passando em cima de um ímã, sempre na mesma direção. Isso vai mantar a agulha, vai transformar a agulha no ímã também. E no final tudo isso vai ser uma bússola. A agulha, assim como a moeda, é difícil de colocar no copo. Então, eu vou mais uma vez usar o papel higiênico. Eu não sei se esse copo não tá pequeno demais, viu? Tô achando a boca desse copo muito pequena. Vamos ver se vai dar certo. Aqui é um bercinho de papel com agulha. Aí agora o papel ele vai descer, o papel vai para baixo e a agulha fica. Essa que é a ideia, ó. Ah, não. A agulha desceu. Esse esse copo tá grande demais. Não dá. Vamos, vamos pegar um copo maior. Eu tenho certeza que é o copo, porque eu já fiz essa experiência muitas vezes. Agora tem uma tacinha de doce aqui que tem uma superfície muito maior que o copo. Acho que vai ser mais fácil. Vamos colocar de novo aqui, ó. Então, coloco o papel e em cima eu coloco a agulha. E agora aqui você pode usar, sei lá, um palito de churrasco, qualquer coisa assim, para empurrar o papel para baixo. Ele vai descer. O papel é mais denso que a água. Deixa ele descer naturalmente. Ó lá, a agulha boiou por causa da tensão superficial da água. A questão agora é essa agulha, ela tá alinhada com o campo magnético da Terra? Ela tá servindo de bússola ou não? Vamos pegar uma bússola e comparar. Não tá muito, né? Mas também tá em cima do negócio de ferro. Ou será que eu não nãoi a agulha suficiente? Tá bem desalinhada, na verdade. Vamos imantar a agulha de novo. Ah, não. O imã tava aqui embaixo. O imã tava perto. Não pode ter imã perto, pô. Agora sim. Ó, o imã de longe. Mesmo tando longe, ele ainda influencia. E esse pedaço de aço embaixo, acho que também. Ah, agora sim, ó. Sem aço perto, ó. Norte, sul, norte, sul. Agora sim, ó. Agulha tá aqui, bússola, tá aqui. As duas estão alinhadas. A agulha tá servindo como bússola. Ou seja, é uma experiência que serve para duas coisas de novo. Serve como bússola e como prova da existência aqui da tensão superficial. Mas só que eu não tô feliz porque aquela moeda afundou. Agora eu quero fazer a moeda boiar. Vamos ver. Eu peguei uma outra moeda de alumínio aqui, dessa vez de dois cruzeiros. Ela é um pouco maior e eu acho que ela tem uma superfície maior. Vamos ver se isso aqui funciona. Ah, [Música] aqui alumínio boiando na água. Não é fácil, mas funciona. E o mais doido, se você colocar uma gotinha de sabão, por menor que seja, essa moeda afunda. Vamos ver. O sabão quebra a tensão superficial da água, porque aí a água começa a se ligar também com as moléculas de sabão. Vocês viram que o efeito é imediato. Pingou a gotinha, plum, a moeda vai lá para baixo. Gustavo, três experiências legais para fazer. Duas delas, as duas mais fáceis, tem duplo sentido, serve para explicar outras coisas. Muito legal. Vai, Tailan Sávio. Por que tem aqueles ventiladores dentro dos túneis da estrada? Essa pergunta parece óbvia. Ventilador é para ventilar o túnel. Mas afinal de contas, por que que a gente precisa ventilar o túnel? Se você não colocar ventilador, a poluição dos carros, ela vai se acumulando dentro do túnel e ela vai ficando presa ali e o ambiente lá dentro fica irrespirável, fica horrível. E talvez você possa falar: “Mas ribere quando o carro entra, ele não tem aquele efeito pistão, ele não empurra o ar e fica movimentando o ar lá dentro? Isso já não supre a necessidade de ficar ventilando. O carro não é suficiente para ventilar o próprio túnel? Dependendo do tamanho do túnel, pode até ser. A questão é que pode acontecer congestionamento no túnel e quando acontecer congestionamento, aí é que o túnel vai poluir de vez, sem movimentação de carro nenhuma. Então o ventilador ele vai tirar o ar, vai fazer renovar o ar lá dentro e mais se tiver algum incêndio, ele também tira a fumaça. Porque imagina só se no meio de um congestionamento um carro pega fogo dentro do túnel, as pessoas vão morrer asfixiadas. Então você tendo ventilação, tendo ar correndo lá dentro, isso não vai acontecer. Artur Vinicius, como vocês conseguiram uma placa de carro personalizada? personalizada? Sim. Tá. tudo dentro da lei. A primeira regra é que isso só serve para carro novo. Você não pode mudar a placa de um carro que já existe, tá? Então, se você tiver tirando um carro zero da concessionária, você pode no Detram pagar uma taxa e escolher a sua placa. Aí, essas placas novas agora do Mercosul, elas têm quatro letras e três números. Você vai ter que inventar uma combinação ali que você quiser de quatro letras e três números. não pode fugir disso. Eu não consegui achar também se você tem que seguir aquelas regras estaduais, porque dependendo do estado, você precisa ter algumas letras necessariamente tal. Vou confessar para vocês que os sites de Detran que eu entrei era um pior que o outro, tá? Então, meu, Detrans, pelo amor de Deus, né? É um serviço que tem que prestar ao cidadão. Vamos fazer um site decente em que as coisas são fáceis de achar, porque as informações eu achei tudo em outros sites, menos no Detran. Mas vamos lá. Crítica ao Detran feita, você vai lá, escolhe a placa do carro do jeito que você quiser, personaliza. Não pode ter palavrão, não pode ter marca na placa do carro, que talvez isso fosse um problema já pro manual do mundo, mas tem um problema pior ainda, que eu não tinha pensado. Só quando eu li essas matérias é que eu me dei conta. Se você não pode mudar a placa nunca mais, você vai ter que vender o carro com aquela placa personalizada. Então, se eu escrever manual do mundo na placa, depois eu vou ter que vender o carro escrito manual do mundo. E isso pode ser um problema na hora de vender. Primeiro porque talvez as pessoas não queiram comprar e segundo que aí as pessoas vão sair na rua com a placa do manual do mundo. Bom, Artur, pelo jeito você percebeu que essa placa aqui então não é de verdade, porque ela não tem sete caracteres, ela não tem nenhum número. Foi uma placa que a gente inventou para colocar em cima da placa do carro quando a gente fosse gravar para não ficar mostrando a placa do carro. Enfim, é uma placa, inclusive que tá do tamanho errado, porque a gente se baseou na placa antiga que era cinza, que é um pouquinho menor. Então, na hora que a gente coloca ainda aparece uma bordinha da outra placa e a gente prende com esses elásticos em cima. É uma coisa tosca, a gente não pode sair na estrada com ela, tá? Então, sempre que a gente grava na estrada, a gente não tá com essa placa aqui, mas aí a gente não deixa aparecer a placa. E um egg é que o Qcode funciona, hein? Onde será que dá? Mas vamos pra nossa pergunta que abriu esse vídeo. É a pergunta top das galáxias. Porque a gente chama pão com salsicha de cachorro quente. O que que o pobre coitado do bicho tem a ver com isso? Antes de qualquer coisa, vamos lembrar que essa palavra não é brasileira, tá? A gente emprestou esse nome do inglês hot dog. Quer dizer, cachorro quente também. Inclusive em espanhol existem alguns países que chamam de perrocaliente e em francês também tem alguns lugares que vão chamar de shiancho. É, eu acho que fala assim, mas enfim, se escreve desse jeito. Você tá vendo aqui embaixo. Não existe nenhuma história que a gente possa confiar 100%, tá? De onde vem esse nome, mas tem algumas coisas que a gente sabe com certeza. Primeira coisa é que esse sanduíche ele apareceu nos Estados Unidos e ele era feito por imigrantes alemães, gente que veio da Alemanha para morar nos Estados Unidos no século XIX, em 1800 e pouco. Outra coisa que a gente sabe é que os alemães trouxeram pros Estados Unidos aquele cachorro compridinho, que também é difícil de dizer o nome, que é esse nome que tá aqui embaixo, que eu imagino que se fale das hunt, alguma coisa assim. E olha o começo da história aí. Como é que a gente chama esse cachorrinho lindinho aqui no Brasil? A gente chama justamente de salsicha. E lá nos Estados Unidos, sabe como que eles chamavam nessa época? A salsicha que era feita no estilo de Frankfurt, que é uma cidade na Alemanha de Dashun. Ou seja, aqui no Brasil a gente dá o nome de salsicha pro cachorro, mas lá eles davam o nome do cachorro pra salsicha. Então era meio que uma salsicha cachorro. E aí imagina só a pessoa vendendo o pão com essa salsicha lá nos Estados Unidos. Ela podia falar: “Vem aqui comer esse pão sal, vem aqui comer essa salsicha cachorro quente.” A salsicha cachorro quente. Uma das várias histórias diz que em 1901 um cartounista fez um desenho, né? Fez uma piada ali com uma barraquinha vendendo esse sanduíche e tava escrito ali hot dog. E dizem que ele escreveu hot dog porque ele não sabia escrever dashs. Então ele escreveu em vez de escrever hot das ele escreveu hot dog. Essa história é meio contestada porque nunca se achou o desenho original e também porque alguns pesquisadores descobriram que já se usava essa palavra hot dog em outros lugares antes dessa data. Enfim, mas o que tudo indica é que o cachorro salsicha tenha dado origem ao nome hot dog, porque o cachorro parece uma salsicha. Vamos combinar, vai. É muita coisa legal que deu pr aprender nesse vídeo e eu mesmo não sabia várias dessas coisas que eu contei. Eu tive que pesquisar muito. Então todas as fontes que a gente pesquisou estão aqui embaixo na descrição do vídeo. E eu espero que ralo bastante para encontrar essas perguntas. Seleciono centenas, depois vou pegando as melhores, estudando. Algumas não dão respostas e é por isso que eu não coloco aqui. Enfim, conto com a ajuda de vocês. Fechou? Um abraço grande.

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