Por que quase 90% dos blindados M1 Abrams foram destruídos na Ucrânia?
0Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de Hoje no Mundo Militar. Neste vídeo responderei uma pergunta muito repetida por aqui. Porque, apesar de ser visto como um dos blindados mais avançados do mundo, perto de 90% dos M1 Abrams enviados para Ucrânia foram destruídos em combate. A sua empresa inteligência atualizados até agosto de 2025, dos 31 abrames fornecidos pelos Estados Unidos à Ucrânia, impressionantes 27 foram destruídos, danificados ou capturados pelos russos. Mas apesar de ser considerado um dos tanques mais avançados e letais do mundo, por ele sofreu tantas baixas nesse conflito? Vamos começar pelo berço dessa máquina. O M1 Abrams não nasceu do nada. É um filho legítimo da Guerra Fria, uma era em que o Ocidente temia a ameaça de hordas de tanques soviéticos invadindo a Europa Central. No final dos anos 60, os Estados Unidos e a Alemanha Ocidental tentaram desenvolver um blindado conjunto, o MBT70, para substituir o envelhecido M60 PON. Mas o projeto fracassoua em 1971 devido a custos exorbitantes, problemas técnicos e divergências políticas. Os americanos então pegaram as lições aprendidas e em 1972 lançaram o programa XM1 para criar um novo Man Battle Tank que priorizasse três pilares: poder de fogo letal, mobilidade superior e, acima de tudo, sobrevivência da tripulação. O nome Abrams foi uma homenagem ao general Crayton Abrams, herói da Segunda Guerra e da Guerra do Vietnã, que enfatizava a importância de blindados rápidos e protegidos. A missão original do M1 era clara, enfrentar os tanques soviéticos como T72 e o T80 em cenários de guerra convencional na Europa, onde a OTAN esperava ser numericamente inferior face às intermináveis colunas de blindados soviéticos. Ele foi projetado para operar em formações de cavalaria blindada, avançando rapidamente, atirando com precisão em movimento e resistindo a impactos graças à blindagem composta Choberhan, uma inovação britânica com camadas de cerâmica e aço que dispersa o impacto de projéteis perfurantes. seu motor. A turbina AGT 1500 de 100 cavalos permite velocidades de até 72 km/h, tornando um velocista no campo de batalha, mas a custa de um consumo exagerado de combustível, aumentando a complexidade logística de grandes operações. A produção começou em 1979 pela Chrysler, hoje General Dynamics com o primeiro M1 entrando em serviço em 1980. Mas o Abrams não parou no tempo com a sua evolução refletindo as mudanças na guerra moderna. A versão original, o M1 veio com um canhão de 105 mm de alma raiada emprestado do M60 e a armadura básica Choberhan, com mais de 3.200 200 unidades produzidas até 1985, mas logo veio o IPM1, uma melhoria interina com upgrades leves na suspensão e eletrônicos, surgindo em 1985 o M1A1, o grande salto com canhão de alma lisa de 120 mm, licenciado da Heine Metal Aleman, capaz de disparar munições APFSDS do tipo flecha e uma inovação autenticamente revolucionária. Blindagem reforçada com urânio empobrecido, aumentando brutalmente a densidade e a resistência. Essa versão provou o seu valor na Guerra do Golfo de 1991, com os blindados abrames, destruindo centenas de blindados iraquianos como o T72. Com um detalhe impressionante. Nenhum Abrams foi perdido para o fogo direto do T72. Avançando para os anos 90, o M1A2 trouxe a era digital com o sistema para compartilhamento de dados em tempo real, visão térmica independente para o comandante e mais eletrônicos para aumentar ainda mais a precisão dos disparos, mesmo durante a noite e em movimento. Variantes como M1A2 SE CP de 2000 adicionaram computadores balísticos avançados e proteção contra minas. O CP V2, nos anos 2010, incluiu telas multifuncionais e melhorias na rede de comando, com o CP V3 em serviço desde 2017, o padrão do exército dos Estados Unidos, com um peso reduzido com nova blindagem, geradores auxiliares para operação silenciosa e integração com drones. O CP V4 em desenvolvimento foca em sensores de inteligência artificial e proteção ativa contra mísseis. Agora vamos à pergunta a título do vídeo. Se esse veículo é assim tão avançado, por abrams estão sofrendo tanto na Ucrânia? Primeiro, há diferenças cruciais entre as versões, com os Estados Unidos enviando à Ucrânia 31 blindados do modelo M1A1 SA. Uma variante de exportação reformada para incluir visão térmica melhorada e eletrônicos básicos, mas sem o seu maior diferencial, a blindagem de urânio empobrecido. Comparado ao CEP V3 usado pelos Estados Unidos ou Polônia, o M1A1 ucraniano é muito mais vulnerável a ataques no topo e laterais. é mais pesado, ultrapassando as 60 toneladas, o que é péssimo para o terreno lamacento da Ucrânia e exige manutenção muito mais intensiva. Isso explica tantas baixas? Sim, mas não é tudo. E além da versão enviada ser inferior em muitos aspectos, os Abrams foram jogados pelos ucranianos em frentes quentes, como a vidívica, sem cobertura de artilharia ou de aviação, enfrentando minas, mísseis cornet e principalmente drones. E por falar em drones, os modelos do tipo Kamikazi estão redefinindo a guerra blindada. Tanques como os T72, T80, T90 e Abrams foram pensados para ameaças frontais, como canhões e mísseis guiados. Mas drones baratos, alguns custando menos de 500, atacam de cima ou conseguem até mesmo entrar nos blindados por portinholas abertas, carregando explosivos que detonam o combustível ou amunição, causando incêndios e explosões devastadoras. Na Ucrânia, drones desse tipo destruíram diversos blindados abrames, e, mobilizando-os com impactos na torre ou no motor, seguidos de ataques secundários, com relatórios de 2025 mostrando que 87% da frota ucraniana foi perdida assim, forçando adaptações como gaiolas antidrone e até mesmo armadura reativa explosiva soviética nos abrames restantes. Em resumo, o M1 Abrams é um prodígio da engenharia nascido para dominar os campos de batalha da Guerra Fria. Mas a versão enviada para Ucrânia, inferior até mesmo quando comparada aos veículos usados na Guerra do Golfo de 1991, revelam um fato óbvio. O tempo passa e a tecnologia evolui. E se os veículos não acompanharem essas mudanças, o resultado no campo de batalha é inevitável. 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