POR QUE SAÍ DO EXÉRCITO? | Motivo de eu ter saído da AMAN | Nicolas Lazaroto | Só Papiro PodCast

1
Share
Copy the link

Aí, por exemplo, que o pessoal mais fala assim, até meio polêmico, digamos assim, ah, ele saiu porque, sei lá, porque é com certeza ele saiu por dinheiro, digamos assim. É óbvio que com certeza eu vou ganhar muito dinheiro mais fora do que dentro do exército. Só que queria perguntar para ele qual foi o motivo dele ter saído. Eu cheguei a ver um vídeo breve que você postou. Perfeito. Tava no quartel ali. Eu vi aparecer o teu vídeo para mim. Eu dei uma olhada rápida. Mas eu acho que aqui você vai conseguir se explicar um pouco melhor, né? Tá. O, qual foi o motivo do Lazaroto? Que era um excelente aluno, um excelente cadete, foi saci, foi paraa infantaria, vibrou, tinha o sono, o sonho desde os 12, 13 anos de ser oficial de carreira. Chegou no segundo ano, aonde você mesmo falou no vídeo: “Cara, já era um momento que eu tava tranquilão, já não tinha piruação, já não tinha perturbação de nada, era só eu continuar a minha vida ali que eu ia me formar”. Por que você decidiu sair? Tá, vamos lá. Eu vou voltar um pouquinho só para responder a pergunta. Vamos lá. Eu, como falei no começo, não tinha nada que queria fazer na minha vida. Minha cabeça não sabia, igual meus colegas. Quando descobri a prova de oficial, foi o que eu falei, é isso que eu quero fazer. Então, primeiro, eu já bati o martelo pré-prova da SPSEX, sem conhecer direito as outras provas. bati já o martelo da PSEX e era só aquilo que eu me via fazendo. E na época que eu comecei a me interessar, eu queria ser operacional, então vibrava com as coisas, vibrava, queria fazer curso, cursos operacionais, etc. Ao longo da formação também continuei vibrando muito com isso, mas o meu, minha ideia lá atrás era só essa, porque eu não tinha afinidade nenhuma com nada. A partir do momento que eu comecei a estudar, eu comecei a desenvolver afinidade, principalmente pela educação. Então, principalmente parte de exatos, matemática e física, eu comecei a dar aula, comecei a gostar de dar aula, começar, comecei a gostar de estudar. Inclusive, quando eu passei, não passei na prep a primeira vez, eu passei em faculdade de exatas, tipo na USP, na Unicamp, que são faculdades que uma pessoa normal, digamos assim, que não estuda para esse tipo de prova entraria se tivesse passado, né? Inclusive meus amigos assim falam: “Pô, por que que você não vai entrar na Você passou na USP? Você não vai entrar na USP?” Então assim, é uma coisa que a galera faria, mas eu já tinha aquele objetivo de ser oficial, mas eu fiquei meio balançado, pô, será que eu não quero levar minha vida pro lado da educação? Então, quando eu entrei nesse PSEX, a minha ideia sempre foi me formar, só que eu sabia que uma hora ou outra eu ia voltar pra área de educação, porque eu curtia. E não é aquele negócio de, pô, eu vou eu vou ser militar, mas eu não quero ser militar, eu tô indo pela estabilidade. Não é por conta disso. Eu tava indo porque eu realmente queria ser militar, só que eu sabia que uma hora eu ia voltar pra educação de forma outra. No início me dera me formar primeiro. Aí beleza. Aí com o tempo, fazendo a atividade em si, já no final do PSX, eu fui percebendo que bater no matelo, que não era realmente aquilo que eu queria fazer pro resto da minha vida. Então assim, eu ainda achava que eu ia me formar, só que eu pensava: “Pô, não é isso que eu quero fazer pro resto da minha vida é ser militar de carreira. Não tenho essa pretensão. Eu acho que eu vou ser muito mais preenchido individualmente, assim, como indivíduo, assim, meu propósito é muito maior na educação do que sendo militar. Essa era a minha ideia. No básico, eu meio que bati o martelo disso. Então, no curso básico, eu falei: “Pô, realmente não é o que eu quero. Não, eu não quero ser militar pra vida toda.” E não é por, pô, não vibro com a atividade, eu vibrava, só que eu sabia que não era o meu propósito assim. Então, eu olhava um tenente, eu acho que isso é muito importante, eu vi um tenente, vi um capitão e falava: “Pô, eu não quero ser esse cara”. Sabe assim, mesmo que fosse um tenente, meus todos os comandantes de pilotão que eu já tive foram muito insanos, os cara muito bravo. Eu vi os cara, mas eu falava, pô, eu acho, eu admiro esse cara militar excelente militar, excelentes pessoas também, só que eu não quero ser ele, eu não tenho a pretensão de ser esse cara. Então eu comecei a perceber que talvez o meu sonho nunca tivesse sido realmente ser, pô, de carreira, de me formar, esse tipo de coisa. Talvez eu tenha ficado tão preso à ideia de entrar no exército e viver aquela experiência que foi o que o stopim de tudo lá atrás, de viver uma experiência militar que assim eu não pensava tanto no futuro. E quando eu entrei na prep, eu também já tava com esse pensamento de um dia eu vou voltar pra área de educação. E quando eu entrei na prep, eu também fiquei na dúvida se eu entrava, né? Eu fiquei meio assim, mas eu falei: “Pô, não tem como eu não entrar, porque eu papei muito tempo para isso, eu posso me arrepender e se eu me arrepender, não vai ter como voltar atrás. Se eu entrar e não for o que eu quero, eu saio. Essa era a minha mentalidade. Então, eu entrei, como eu vibrei, eu fiquei bastante tempo lá dentro, eu poderia ter saído na SpaceX, mas, pô, na Spx não ia ter vivido quase nada da experiência militar que eu tive, que inclusive é muito pouca comparada do com a que eu poderia ter, que nem na tropa eu cheguei, mas assim, foi o suficiente para meio que eu bater o martelo de que não era realmente o que eu queria. Aí a galera fala: “Tá beleza, não”. Por que que não saiu na Spesex? Por que que não saiu no básico resolve resolveu sair no ano mais tranquilo da formação? na Spx, na no primeiro ano da Man, normalmente a galera que sai, é porque como é muito puxado, a pressão é bastante, o cara ele acaba assim meio que desistindo mesmo, ele sai. Eu falei e normalmente é uma galera que se arrepende. Eu pensei: “Pô, eu quero sair com certeza do que eu tô fazendo.” Eu só entrei na SpaceX, mesmo estando na adess que eu queria, porque eu não ia tomar uma decisão sem ter certeza de que não era o que eu queria. Então eu vou entrar e vou ver se é o que eu quero. Então eu só vou tomar decisão disso aí quando eu tiver batido o martelo com certeza de que não é mais o que eu quero. E o me minha régua no curso básico não ia ser muito boa porque o curso básico não é a mã, não é o curso básico é muito mais difícil. Então falei, eu vou esperar acabar o curso básico, vou fazer ele inteiro, quando chegar na arma, aí eu vejo se realmente eu vou querer sair ou não. Aí beleza, cheguei na infantaria, tava vibrando, pô, fiz os campos, tals, fiz o primeiro campo na infantaria, o segundo, fui destaque do primeiro campo, então tava vibrando, não tava minha ração, não. Mas eu comecei a ir pras aulas e comecei a assistir a aula, eu ficava olhando, cara, pô, não é o que eu quero. Tipo assim, eu tô aqui para quê? Qual que é o motivo de eu tá aqui? Não quero me formar no sentido de do diploma que eu vou receber, eu não vou usar para nada, porque eu não quero ser oficial do exército mais. Eu não quero seguir essa carreira. Eu não tenho a pretção de ser tenente. Eu vejo os tenentes contando experiências que eles tem na tropa. Eu não tenho mais essa pretensão de de ter essa experiência. Não quero isso. Eu sei o que eu quero, que o que eu quero é seguir no mundo da educação. É isso que eu quero e isso eu já posso fazer. Então, meu maior pensamento foi esse. Uma coisa é um cara que tá numa formação militar, ele ter uma outra pretensão, mas não ter como fazer aquilo no momento. E é comum às vezes o cara, ah, meu sonho é ser empresário, só que, pô, eu tô na formação militar, não tem como eu ser empresário. Então, o cara vai se formar, vai criar uma estabilidade e depois vai ir pro sonho dele. No meu caso, como eu já tinha consolidado e construído uma coisa muito grande na internet, eu conseguiria facilmente voltar e e mudar de rumo assim do nada, meio que, por exemplo, talvez se fosse um amigo meu que tivesse o mesmo sonho, área de educação, se ele pegasse is da mãe, ele ia ter que trabalhar, sei lá, trabalhar de motoboy para se sustentar? Eu sei que eu não, que eu consigo trabalhar com outro tipo de coisa. Então, a minha decisão foi madura no sentido de realmente bater o martelo e saber que não era mais o que eu queria e no sentido também de ter a consciência de que se que eu saí, eu ia ter coisa para fazer. Agora falando, se eu não tivesse, por exemplo, nunca ter feito vídeo, não tivesse canal no YouTube, não tivesse outro jeito de me sustentar sem ser amã, eu não teria tomado essa decisão, porque não seria uma decisão madura, porque eu ia sair com uma mão na frente, outra atrás, mas querendo ou não, eu saí sabendo já o que eu ia fazer, já meio que programada exatamente o que que eu ia fazer. Então, foi mais ou menos isso. Eu tava lá dentro, já meio que sabia muito tempo que eu não era o que eu queria, mas eu olhando realmente, batendo no matelo, eu falei: “Pô, não é o que eu quero, eu já posso fazer o que eu quero”. E e tu teve uma atitude bem madura, ao ponto de você esperar para sair, para você ter a a plena consciência, a plena certeza de falar assim: “Cara, eu não saí porque estava difícil”. Sim, eu saí porque realmente chegou um momento que eu já não via sentido. Porque se você sai no primeiro ano, eu acho que depois que você saísse, você pensaria assim: “Cara, eu saí porque eu fraquejei e assim, eu saí porque tava difícil, não era, não era realmente que eu queria”. É. que por exemplo, a visão que se tem de lá lá dentro é exatamente essa. Assim, se eu tô no curso básico e um colega meu sai, pode não ser, pode não ser, pode ser que ele realmente tenha se identificado em outra profissão e tenha ido para outra coisa, mas o pensamento que vai vir na minha cabeça é o seguinte: pô, ele saiu porque ele não aguentou o curso básico. Ponto. Agora, o cara pegar e sair depois do básico é tipo assim, [ __ ] o cara realmente ele achou um negócio que ele realmente quer fazer e ele saiu. Aí, por exemplo, que o pessoal mais fala assim, é até meio polêmico, digamos assim, ah, ele saiu porque, sei lá, porque é com certeza ele saiu por dinheiro, digamos assim. É óbvio que com certeza eu vou ganhar muito dinheiro mais fora do que dentro do exército. Só que antes de eu entrar no exército, se eu não tivesse entrado, eu poderia nem ter ido por dinheiro. Também não mudou nada. O o dinheiro que eu ganharia, digamos assim, antes de entrar na Spex não mudou nada em relação ao que eu conseguiria ganhar hoje no mundo da educação, digamos assim. Irmão, a verdade é nem todo mundo vai concordar com você. Não, com certeza. Por mais que você fique explicando aqui até ano que vem. Ei, também. E também outra coisa, se se fosse, digamos assim, se não tivesse explicação também não não tem problema. Saí porque eu quis. Pronto. Poderia ser. Eu estudei, eu passei na prova na vida. E porque saí na vida a gente tem que fazer escolhas. Sim. Ano passado eu peguei e saí, né? que eu tá a gente tava trocando a ideia antes de subir aqui. Eu ia sair segundo sargento 2027. Eu entrei lá, garçom, tal, passei com filha pequena, eu tive que fazer uma escolha. E é isso, ô Lazaroto, você queimou os barcos. Eu costumo falar muito isso com os alunos. Você tem que queimar os barcos. Você não tem plano B, não tem como Lazaroto dar errado, porque você não tem opção de dar errado. E na verdade você já tava construindo o seu emprego sem saber que é a educação, pô. Sim. E eu e todo mundo que conhece um pouco de papiro sabe, eu me perguntava por que que o Lazaruto tá fazendo na mão. Eu me perguntava isso, sinceramente, falo abertamente, porque você tem potencial para ser muito mais, não menosprezando o tenente, com o tenente é [ __ ] mas você consegue agregar e ajudar milhares de pessoas. Você tem uma influência muito grande. A verdade é essa. Aí você vai falar assim: “Vou sair para vender curso”. Você não vai conseguir, filho. Não é fácil. Não vai achando que vou sair para. Então vai lá, sai. Você é muito difícil. Agora uma eterna cobrança é um trabalho que não para. É 7×7, é todo dia da semana, parceiro. Você respira agora isso? Sim. E voltando pr aquela frase, a só um minuto. Aqui é [ __ ] Rabelo não para de comer. Você amassou tudo, só você. Eu estou em fase de crescimento, [ __ ] O Lazaroto ele comeu, ele nem quis comer, [ __ ] Ele é educado, [ __ ] Ele, ele, ele é oficial. Sou sargento, [ __ ] Granfino. É grfino. Eu sou sargento, pô. Tô cheio de fome, ó. Tô treinando para [ __ ] Para você para levar pra casa, meu amigo. Assunto sério. Éão. Um cara comendo para [ __ ] Ficar na moral, Rab. [ __ ] come essa parada aí. Fica na moral, bebê. Então, Lazaroto, voltando aqui o raciocínio, cara, eu acho, sei que minha opinião não vale de [ __ ] nenhuma, desculpa até o palavrão, mas tu foi muito assertivo, tu mandou muito bem, você tem um potencial enorme e tu vai, já tá voando, tu vai voar muito mais, tu mandou bem demais. E a gente vai, você vai responder as perguntas agora pro pessoal pra gente quer fechar, quer falar alguma coisa para fechar? Não, só voltar para aquela frase que eu tinha falado no começo. Manda ver. Tudo que eu planejei deu errado e é só por isso que eu cheguei onde cheguei. Então assim, tudo que eu planejei, planejei passar de primeira, não passei, planejei me formar, não me formei. Só que o que eu quero deixar de mensagem, que eu acho que é o mais importante, é que todas as portas que você abriam na minha vida foram por causa da educação. Todas. Tudo que aconteceu foi porque eu decidi sentar abando numa cadeira e começar a estudar. Tudo, tudo, tudo. Então, se o cara ele não decidir, não tomar a decisão de mudar a vida dele pela educação, não vai mudar. Tudo que eu fiz foi por causa disso, eu poder chegar no segundo ano da manade da minha formação. São 10 staffs ao longo da formação, tinha feito cinco, eu tava na metade. Eu poder chegar e abandonar uma formação de 5 anos que eu tinha já tinha feito 2 anos e meio, é porque eu tinha outras portas abertas e que todas foram geradas pela educação. Então, de verdade, acreditem na educação, estude. Pô, eu sou velho já, conheci concurso velho. Beleza, se você tem um ano para passar na prova, estuda. Se você não passar, a educação ela vai te levar a algum lugar que você não estava esperando. Quando eu comecei a estudar a prova da SPSEX, eu nunca estava esperando estar onde eu tô hoje. Por quê? Porque o meu, o minha minha meta não era o fim de, ah, quero fazer isso, eu quero engrandecer no caminho. E, pô, a galera fala: “Ah, jogou sei lá quantos anos da vida fora porque eh estudou para uma prova, passou, entrou lá dentro e saiu. Joguei nada fora. Todo conhecimento que construí hoje em dia, se eu quiser, eu passo no concurso que eu quiser, eu faço o que eu quiser. Então, acreditem na educação, que é realmente a única coisa que vai mudar a vida de vocês. Agora podemos ir pras perguntas. Excelente, cara. O moleque tirou onda agora. Mas é o que tu falou, cara, pela educação você consegue fazer o que você quiser. Você sai da mã, beleza. Ah, eu quero passar para auditor fiscal. Você sabe que você tem potencial porque você já passou por esse processo. Quero ser, sei lá, quero fazer faculdade de matemática, beleza, eu vou lá e vou fazer porque eu sei que eu tenho potencial. Então, educação e outra, mesmo que, digamos assim, eu não vá usar a minha formação militar para nada em específico, eu só eu, por exemplo, eu nunca ia saber que eu tinha desenvoltura, por exemplo, para liderar se eu não tivesse entrado na mãa, que eu não ia perceber ao longo dos campos que eu conseguia liderar o pessoal ou qualquer coisa nesse sentido, eu não ia criar a disciplina que eu tenho hoje. Então, assim, tudo que eu aprendi, tudo que eu passei na minha vida foram para eu estar onde eu tô hoje e formam quem eu sou hoje. Então assim, eu acredito que tudo que eu vivi tem um porquê, tem um sentido e se não fosse do jeito que foi, eu não estaria onde eu tô hoje. Então, só o papiro liberta. É isso aí, só o papiro liberta. É por isso que o nome é só papir, só papiro podcast. Estamos chegando na finaleira, mas não acabou não.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *