PRESOS E CENSURADOS: O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A DIREITA NO MUNDO?

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[Música] Recentemente, o Brasil assistiu a um novo capítulo de sua história política. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada por vídeos divulgados em redes sociais, em que Bolsonaro aparece conversando com aliados em manifestações. Segundo o magistrado, isso teria violado a proibição do ex-presidente de usar as redes, seja diretamente ou através de terceiros. Essa e outras restrições foram impostas a Bolsonaro no inquérito que apura denúncias contra as ações de seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos Estados Unidos. Bolsonaro ainda responde a um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe e está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral, mesmo sem condenação criminal definitiva. O julgamento considerou que Bolsonaro teria cometido abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por reunião convocada com embaixadores. Em 2018, o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva foi preso após ser condenado em segunda instância a mais de 17 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula ficou inelegível com base na lei da ficha limpa até 2022, quando suas condenações foram anuladas e ele voltou a ser autorizado para disputar eleições. Apesar das evidentes diferenças, os dois casos simbolizam a crescente influência do poder judiciário na política e nas disputas eleitorais. Esse fenômeno tem sido observado em vários países, mas agora se apresenta com uma tendência de punir apenas um dos lados do espectro político. Venha conosco conhecer outros casos de políticos que foram presos ou se tornaram inelegíveis ao redor do mundo. Antes de continuarmos, compartilhe este vídeo para que mais pessoas tenham acesso a essas informações. Para que este conteúdo chegue a mais pessoas, curta o vídeo e se inscreva no canal da Brasil Paralelo. Ative o sininho para não perder as próximas produções. Na França, a líder da direita, Marine Le Pen, enfrenta uma condenação por desvio de verbas da União Europeia. Tratada pela mídia tradicional e por seus adversários como representante de uma perigosa extrema direita, Lepen recebeu pena de 4 anos de prisão, além de multa e inelegibilidade por 5 anos. A decisão a impede de disputar eleições presidenciais em 2027. Na Alemanha, o partido Alternativa para Alemanha, principal sigla de oposição, sofre uma campanha para ser banido da vida pública. Acusado de extremismo ideológico, o Serviço de Inteligência Interna já o classificou como ameaça à ordem democrática e a justiça autorizou sua vigilância. Na Venezuela, liderada pelo ditador Nicolás Maduro, dois nomes punidos pelo judiciário do regime se destacam. Leopoldo Lopes, então principal líder da oposição venezuelana e ex-prefeito, foi condenado pelas autoridades a 14 anos de prisão, sob a acusação de incitar a desordem pública durante manifestações. E Maria Corina Machado, favorita nas eleições de 2024, foi declarada inelegível por 15 anos sem julgamento criminal por supostos desvios administrativos. Posteriormente foi detida durante uma manifestação por agentes de segurança do regime sob acusação de desordem pública. Atualmente Maria Corina está em liberdade e consegue se manifestar através de suas redes sociais. Na Nicará. Outra ditadura latino-americana, a jornalista Cristiana Chamorro, foi presa em casa após anunciar sua candidatura contra Daniel Ortega. O ditador da Nicarágua é acusado de violações de direitos humanos por várias instituições, como ONU, Anistia Internacional e Human Rights Watch. Acusada de receber dinheiro do exterior para desestabilizar o governo, foi condenada por crimes financeiros em 2022 a 8 anos de prisão domiciliar. Atualmente vive fora do país e tem status de exilada. Ortega foi reeleito pela quarta vez consecutiva ano passado depois que muitos de seus opositores foram presos. Em Hong Kong, território pertencente à China, uma das figuras mais conhecidas do movimento pró-democracia foi preso pelo governo chinês. Joshua Wong foi acusado de conuio com potências estrangeiras, de liderar protestos e de participar de primárias não oficiais. De acordo com a lei imposta por Pequim, Wong pode ter de enfrentar prisão perpétua. Na Turquia, Ecren Imamoglu, prefeito de Istambul, foi preso no mesmo dia em que foi confirmado como candidato à presidência. Acusado de insultar autoridades públicas e prestar apoio a grupos terroristas, o prefeito nega as acusações e afirma sofrer perseguição política. Imamoglu é o principal rival de Erdogan nas eleições e sua prisão levanta suspeitas sobre motivações políticas. A prisão de Imamoglu provocou as maiores manifestações da oposição na Turquia desde 2013, com mais de 300 pessoas detidas pela polícia turca. Na Romênia, o Supremo Tribunal anulou os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais de 2025, alegando irregularidades no processo eleitoral. A decisão gerou forte reação entre eleitores, já que o candidato mais votado era um conservador opositor ao governo atual. E talvez o caso mais emblemático, Alexei Nava. O maior crítico de Vladimir Putin foi envenenado, preso por fraude e enviado à prisão no Ártico. Morreu em 2024 em condições suspeitas. Para muitos, um assassinato político encoberto. Em alguns casos, episódios de violência política têm vitimado, sobretudo figuras de direita, levantando debates sobre democracia, segurança e liberdade de expressão. No próximo bloco, exploraremos os fatores por trás dessas dinâmicas e seus impactos no cenário político. Mas antes de prosseguirmos, um pedido. Se estiver gostando do vídeo, deixe um like. Isso sinaliza para nós que você assistiu até aqui e que podemos seguir produzindo mais conteúdos neste formato. Em 2018, Jair Bolsonaro levou uma facada em plena campanha presidencial. O autor Adélio Bispo, foi considerado inimputável e até hoje não se conhece quem financiou seus advogados. Em julho de 2024, Donald Trump sofreu um atentado durante um comício na Penilvânia. A tentativa foi atribuída a um atirador radicalizado, aumentando o clima de tensão eleitoral. Trump escapou por pouco e sofreu ferimentos leves. Em alguns casos, os ataques não apenas ferem, mas tiram vidas. No Japão, o ex-preiro ministro Shinzuab foi morto a tiros. AB era conhecido por sua política externa firme e sua posição conservadora. No Equador, o candidato presidencial Fernando Vila Vicêncio, foi assassinado em plena campanha eleitoral. Na Colômbia, o pré-candidato de direita à presidência, Miguel Uribe, foi baleado na cabeça enquanto participava de um ato político e segue em estado crítico. Em todos esses episódios relatados, um ponto chama a atenção. Os alvos de processos, julgamentos, prisões e até atentados físicos pertencem ao campo da direita ou que se colocam como opositores do chamado establishment. Outro ponto em comum é a adoção, por parte de seus adversários e das autoridades do discurso de proteção da democracia para justificar a exclusão destes candidatos do jogo eleitoral. Maduro, que declarou publicamente que seus opositores tentam dar golpes, chegou a alertar que uma vitória da oposição traria um banho de sangue à Venezuela. O governo da Alemanha classificou o partido de direito alemão como incompatível com a democracia. Lula, em declarações recentes, afirmou que a democracia está enfraquecida e que o radicalismo e o negacionismo de extrema direita estão ganhando espaço. Nem sempre o apoio popular garante a presença de um candidato no pleito. Em diferentes países, decisões judiciais controversas têm impactado diretamente a composição das disputas eleitorais e até mesmo a implementação dos planos de governo dos políticos eleitos. Essa situação é chamada, de modo informal, de juristocracia. O termo foi cunhado por Han Hirschell e descreve um sistema onde o poder judiciário assume um papel preponderante, muitas vezes em detrimento dos poderes executivo e legislativo. Quem afinal está moldando os rumos da democracia? Foi pensando nisso que a Brasil Paralelo reuniu os maiores cientistas políticos e juristas do país para lançar a trilogia A crise dos três poderes, um documentário original que investiga as causas da instabilidade política do nosso país. O filme apresenta uma pesquisa inédita pelo olhar dos maiores especialistas sobre o assunto. São mais de 25 entrevistados para ajudar a entender a crise política no Brasil. Um resgate histórico para compreender o arranjo do Estado brasileiro e fornecer informação para encararmos os problemas atuais. Para uns, a democracia está sendo ameaçada pelo poder executivo. Para outros, o poder judiciário e a existência de uma camada política do Congresso Nacional impedem a governabilidade. Afinal de contas, o que está acontecendo com o Brasil? Torne-se um membro da Brasil Paralelo e assista agora ao documentário A crise dos três poderes em nosso streaming. Toque no link na descrição para conhecer nossos planos e mergulhe nesse oceano de conhecimento hoje mesmo.

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