Prisão, tortura e manipulação: Sergei Magnitsky contra a Rússia
0A audiência de custodia de Magnitsky ocorreu no tribunal distrital de Diversco em Moscou, dois dias após sua prisão. O governo alegou que Sergei representava risco de fuga e como prova exibiu um relatório do departamento K, mostrando que ele havia solicitado um visto para o Reino Unido e reservado uma passagem aérea para Kiev, na Ucrânia. Só que ambas as alegações eram falsas e fabricadas. O réu informou não ter solicitado visto algum para o Reino Unido e começou a refutar a suposta reserva para Kiev, mas foi interrompido pelo juiz. “Não tenho razão para duvidar das informações fornecidas pelos órgãos investigativos”, disse o magistrado, ordenando que o réu fosse mantido em prisão preventiva. Retirado rapidamente do tribunal, Sergei foi algemado e colocado em um veículo de transporte prisional. Passou 10 dias em local não revelado. Depois foi conduzido para uma prisão conhecida como centro de detenção de Moscou número 5, local onde passaria os dois meses seguintes. O governo pretendia enfraquecer cada vez mais ser gay até o ponto dele sucumbir. O objetivo era forçá-lo a confessar crimes inexistentes e delatar outros associados de Bill Bruder. Bill Browder did this crime or just anything where you withdraw your testimony against the police and and the tax inspectors and the lawyers who work with them. And what they didn’t anticipate was that although he looks like a refined high level for him a puring and bearing magnit foi transferido várias vezes sempre para uma cela pior que a anterior. Uma delas não tinha aquecimento nem vidros nas janelas para barrar o congelante arduo ártico que quase matou Sergei por hipotermia. Os vasos sanitários eram buracos no chão e ficavam na mesma área de dormir. Frequentemente, o esgoto borbulhava e escorria pelo chão. Numa das celas, as únicas tomadas elétricas ficavam ao lado do vaso. Então, para ferver a água com a chaleira, era necessário ficar em pé sobre a latrina e os dejetos. A água que lhe dava era sempre suja e o alimento contaminado. Levaram-no de cela em cela, de prisão em prisão, como se quisessem apagá-lo lentamente da existência. No início de 2009, Sergei foi novamente transferido, desta vez para um centro de detenção chamado Matraskaina. Ali o preso começou a padecer com dores estomacais agudas. Os episódios duravam horas e exultavam em violentas crises de vômito. Em meados de junho de 2009, ele já havia perdido quase 20 kg e sua saúde havia se deteriorado seriamente. Na ala médica do presídio, foi diagnosticado com pancreatite, pedras na vesícula e colistite. E os médicos prescreveram um exame de ultrassom e uma possível cirurgia para o início de agosto. uma semana antes do exame, porém foi novamente transferido pelas autoridades, desta vez para Botirca, um centro de detenção de segurança máxima. Em Botirca não havia instalações médicas. Para se ter uma ideia da intenção do governo, o local nos tempos soviéticos era uma estação de passagem para os Gulacs, os campos de trabalho forçado da Rússia. E o que Magnitsk passou ali dentro foi uma verdadeira sessão de tortura. Já no primeiro dia da nova instalação, Sergei pediu aos agentes prisionais que providenciassem o tratamento médico de que precisava, mas a demanda foi ignorada. Durante semanas, Magnitsk defininhou em sua cela com uma dor cada vez maior. A certa altura, a dor de estômago tornou-se tão aguda que ele não conseguia se deitar. só conseguia algum alívio quando dobrava os joelhos e se encolhia em posição fetal, rolando de um lado para o outro. Mas, apesar da dor excruciante, ele não recebeu atendimento nenhum. Sergei e seu advogado escreveram mais de 20 solicitações desesperadas para todos os setores do sistema penal e judicial da Rússia, implorando por atendimento médico. A maioria das petições era simplesmente ignorada, mas quando não eram, as respostas recebidas vinham ainda mais chocantes. O major Selchenko, por exemplo, escreveu: “Nego integralmente o pedido de exame médio”. Um juiz do Tribunal Distrital de Diversco respondeu: “Seu pedido para revisar as reclamações sobre a retenção de atendimento médico e tratamento cruel foi negado.” A juíza e Helena Estaina, uma das magistradas que ordenou a continuidade da preventiva de Serguei, decidiu: “O seu pedido para revisar os registros médicos e as condições de detenção é irrelevante.” Em Botirca, as condições eram medievais. Sua cela estava infestada de insetos, infestada de ratos, sem água encanada, com comida podre e frio constante. Ele adoeceu, sentiu dores insuportáveis. Enquanto era sistematicamente torturada em Botirca, Sergei passou a receber visitas regulares de um homem que se recusava a se identificar ou revelar a instituição à qual pertencia. Sempre que o homem chegava, os guardas arrastavam serguei de sua cela para uma sala abafada e sem janelas. Os encontros eram breves porque o homem trazia sempre a mesma mensagem: “Faça o que queremos ou as coisas vão continuar a piorar para você”. O processo de tortura não se dava apenas fisicamente, porém, de forma até mais grave, era a tortura psicológica. O governo russo negou o contato de Magnitsk com todosos seus entes queridos. Quando Sergei solicitou que sua esposo e mãe o visitassem, a resposta foi: “Pedido indeferido, não é conveniente para investigação.” [Música] Quando pediu permissão para falar ao telefone com seu filho de 8 anos, recebeu outra negativa sob o argumento de que o filho era muito jovem para uma conversa telefônica. As autoridades também recusaram um pedido de visita da tia de Sergei, alegando que não se podia provar que ela fosse parente. Além da família, a agonia também afligia Bill Brother, que passava noites em claro pensando no sofrimento de seu advogado e amigo. Numa noite, levou um susto ao ouvir o alerta de correio de voz de seu celular. Era um aparelho de uso restrito, um número que quase ninguém tinha. Brother discou para ouvir o correio de voz. Havia uma mensagem com sons de gemidos e gritos de um homem sendo brutalmente espancado. A gravação durava cerca de 2 minutos e foi cortada no meio de um gemido de dor. Quando o estado de saúde de Sergei Magnitsk já estava crítico, os agentes prisionais de Botirca decidiram finalmente enviá-lo ao centro médico de Matroska China para receber cuidados de emergência. Ao chegar ali, no entanto, o preso não foi levado para a ala médica, mas para uma solitária, onde foi algemado a uma grade. Em seguida, adentraram o local oito guardas com equipamento completo de choque. Sergei exigiu que o oficial responsável chamasse seu advogado e o promotor. Estou aqui porque denunciei aos 5,4 bilhões de rublos roubados por agentes da lei”, disse. Mas os guardas não estavam ali para ajudá-lo, e sim para espancá-lo. E assim o fizeram brutalmente, com cacetetes de borracha. Naquela noite deixaram Serguei algemado ao aquecedor, sangrando, enquanto um médico e oito guardas assistiam impassíveis à sua agonia. 1 hora1 minutos depois, um médico civil chegou e encontrou Sergei Magnitsk, morto no chão da cela.