PROFESSOR HOC: ATUALIZAÇÕES GEOPOLÍTICAS – Irmãos Dias Podcast #211
0[Música] [Música] [Música] [Música] เฮ [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música] เ เฮ [Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] Fala pessoal, bem-vindos a mais um ao vivo aqui do Irmãos Dias Podcast, recebendo hoje o professor Rock que já esteve aqui com a gente outras vezes, sempre sucesso. E tem coisas muito importantes acontecendo aí no na política mundial, na geopolítica mundial, né? Nós temos aí encontro de Donald Trump com líderes eh das maiores economias do mundo, inclusive Zelensk, né, presidente atual aí da Ucrânia lá nos Estados Unidos. Então, a gente vai falar sobre tudo isso, o que que deve sair dessa reunião. Semana passada Trump esteve com Putin, né, com Putin, né, o presidente da Rússia. Então a gente vai entender aqui com o professor tudo que tá acontecendo, entre outras notícias aí sobre geopolítica que estão acontecendo pelo mundo. Então você que tá chegando agora, já coloca aqui pra gente no chat qual cidade, qual estado você está nos assistindo. A gente sempre gosta, né, de entender de onde vocês estão nos assistindo. Mas, primeiramente vamos falar aqui com o professor Roque. Bem-vindo, professor. Mais uma vez, obrigado por tirar o seu tempo, que eu sei que você é um homem super ocupado, está aqui com a gente num dia tão especial que pode mudar a geopolítica. mundial pro futuro aí, né? Pois é, André, prazer tá aqui. Mas enquanto a gente tá falando, tem coisas acontecendo em tempo real, né? Exatamente. Vários líderes do mundo estão reunidos lá com Trump, a gente não tá acompanhando, então temos que ser cauteloso aqui no que a gente vai dizer, porque daqui 2 minutos as coisas podem mudar, eh, porque nós não estamos acompanhando ao vivo o que tá acontecendo exatamente nesse momento, mas tem muita coisa importante. Legal, professor. Antes de mais nada, vamos falar aqui dos nossos patrocinadores de hoje. 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Eh, há poucos dias atrás nós assistimos o encontro do Trump com Putin no Alaska e esse foi um encontro bastante relevante porque o Putin iniciou uma guerra e o Trump resolveu conversar com ele, ele aceitou conversar com o Trump. Então é um encontro relevante, né? Muita gente estava esperando que saísse dali com algo resolvido. Não foi o que aconteceu. Na verdade saíram com algumas ideias. A gente não sabe tudo que foi discutido exatamente dentro da reunião. A administração do Trump e o Trump a cada momento soltam pequenas coisas. Ah, não, existe a possibilidade disso. A posição da Rússia até então é uma só. Eh, ninguém sabe se a Rússia vai mudar de posição. Qual é a posição inicial? A Rússia não quer que a Ucrânia possa se juntar ao OTAN. A Rússia quer uma troca de liderança na Ucrânia. Ou seja, ela não quer mais elens, que ela quer colocar a atores, agentes políticos que sejam leais, fiéis à Rússia. A Rússia que é o controle eh dos territórios que ela controla parcialmente, ela quer a totalidade desses territórios. E aí são quatro províncias. Você tem Lanski, Donetsk, Zaporija e Carson. Então a Rússia controla uma parte de todas essas, a não ser Lanski que ela controla inteira. As outras três, ela não controla a totalidade, mas ela quer a totalidade. Eh, e ela quer garantias que a Ucrânia não vai se armar, não vai eh tá forte, enfim, não vai ter meios para se defender depois, continuar recebendo armas. Óbvio que é para não se defender depois. Sim, ela diz que é pra segurança dela. A verdade, como a Ucrânia não é o agressor, não é pra segurança dela. E até porque a Ucrânia é infinitamente menor do que a Rússia. Então é incabível, né, a gente imaginar que a Ucrânia pode conquistar ou representar uma ameaça para a Rússia. Claro que as pessoas vão dizer que a Ucrânia não é a Ucrânia. A Ucrânia representa o Ocidente. Não, não tem tropas do Ocidente dentro da Ucrânia. a Ucrânia não faz parte da OTAN. E assim, o objetivo do ocidente também não é conquistar eh o território russo. Eh, o Ocidente sim pode querer eh deixar a Rússia mais fraca. O Ocidente pode querer deixar a Rússia sem possibilidade de expandir a sua esfera de influência, mas isso é válido pro outro lado também. A Rússia também tenta fazer isso. A Rússia também tenta enfraquecer o Ocidente. A Rússia também tenta diminuir a esfera de influência do Ocidente. Então, esse é o jogo da geopolítica, esse é o jogo da realidade. Eh, o jogo de poder é esse. Então, eh, não adianta as pessoas, né, eu escuto muito isso, as pessoas, ah, o ocidente quer cercar a a Rússia. Pera aí. E a Rússia não quer cercar o Ocidente? Esse é o jogo. Acusar o Ocidente de cercar a Rússia não tem nada de especial, não é uma acusação real, porque a Rússia também está tentando cercar o Ocidente. Então isso é do jogo. Isso pode ser trazido, e eu trago isso, como uma informação, mas não como uma justificativa do porquê. Uma justificativa não ponto de vista moral, mas do ponto de vista prático. Uma vez que você tá tentando me cercar, eu vou tentar te cercar. Uma vez que você tá tentando me enfraquecer, eu vou tentar te enfraquecer. E esse é o jogo. Isso é uma via de duas mãos. A partir do momento que a Rússia faz isso, eh, o Ocidente também tem que fazer isso, a Europa também tem que fazer isso. E esse jogo começou lá atrás há muito tempo, depois da Segunda Guerra Mundial. É o mesmo jogo que nós estamos jogando. Eh, a Rússia encolheu, a Europa expandiu. A Rússia encolheu porque depois dela expandir muito, ela fracassou, perdeu o território. Ela, o projeto de expansão foi decaindo e o rival e o inimigo foi avançando e assim por diante. E do ponto de vista da Ucrânia, é óbvio, a Ucrânia tá colocada, se ela tá no meio desse jogo de gigantes, ela quer sobreviver e ela quer sobreviver com o que ela acha que é melhor para ela. E ela acha que é melhor tá do lado do Ocidente, tá do lado das democracias. E a Ucrânia escolheu querer se aproximar do Ocidente e não eh da Rússia. E o Putin não gostou dessa escolha, porque é óbvio, ele tá perdendo um território, ele tá perdendo uma esfera de influência e ele possivelmente vai ter na no seu na sua fronteira eh uma influência que vai contra o seu regime, que é uma economia pujante, livre, aberta, eh liberdade de expressão, é uma série de coisas que não existem na Rússia que vão contaminar o seu controle do seu território. Então, ele não quer que isso aconteça. E várias outras questões geopolíticas que eu já expliquei muitas vezes, inclusive aqui, eh, de território, de fronteira, enfim, de acesso simples e fácil. O fato é que o Trump ele quer acabar com a guerra e essa esse é o objetivo dele. Eh, ele diz que ele é um pacifista, ele quer ganhar o prêmio Nobel da paz, ele não se conforma que o Obama ganhou o prêmio Nobel e ele fala: “Pô, se o Obama ganhou o prêmio Nobel, por que que eu não posso ganhar o prêmio Nobel?” E realmente o Obama ter ganhado o prêmio Nobel foi algo assim, no mínimo sem nenhum embasamento, sem nenhuma noção, porque simplesmente o Obama não tinha feito nada para ganhar aquele prêmio Nobel, mas o prêmio Nobel é dado por um grupo pequeno de pessoas, tal, associado ao Instituto Nobel e eles eh entenderam que o Obama tinha que ganhar. Isso não quer dizer muita coisa, mas tem uma credibilidade, um respeito que as pessoas olham aquilo como um status e o o Trump quer isso. E o Trump tá tentando acabar com as guerras. Óbvio que eu eu tenho repetido e dito, existem muitas maneiras de você acabar com as guerras. Nem todos os caminhos paraa paz são duradouros e são os melhores. Não é qualquer paz que vale a pena. Eh, deixa o Hitler conquistar os vizinhos que nós teremos a paz. Não, você não tá tendo a paz. Você tá plantando uma semente para uma destruição muito maior, porque você tá dando corda para um ditador sanguinário que quer um projeto imperialista, conquistar mais território. Então, não é qualquer paz com o Putin que é uma paz. Na verdade, ela pode ser uma instabilidade muito maior ou uma semente para um problema gigantesco. Então, eh, fazer a paz com a Rússia na Ucrânia tem que ser feita do jeito certo. E às vezes o Trump demonstra ou parece que eh não faz diferença para ele qual é o tipo de paz. O que ele quer dizer é que fez a paz, talvez pro seu objetivo pessoal, talvez paraa sua ambição de ganhar um prêmio Nobel ou ser percebido como um pacificador, não necessariamente para trazer estabilidade e ordem para o mundo. Ordem no mundo a gente alcança com equilíbrio de poder. Se você der mais território para a Rússia em recompensa ela ter invadido um país, você não tá trazendo equilíbrio, você está trazendo um desequilíbrio, porque você tá criando um incentivo e falando, ó, quando você invade, você ganha algo em troca. você, a gente te dá de presente o território que você sequer conquistou, como eu disse, das quatro províncias que ele quer, porque ele queria o país inteiro, o país inteiro ele já não conseguiu e talvez percebe que não vai conseguir. Aí das quatro províncias que ele quer, ele não controla as quatro e ele gostaria de ter as quatro. Então, eh, um dos dos aspectos da negociação que tá sendo colocado é entregar território para a Rússia. se falaram, né, na primeira conversa antes deles irem se encontrar no Alasca, que existia a possibilidade de troca de território. E aí então a Ucrânia entregaria alguns territórios e a Rússia devolveria outros, o que do ponto de vista dos russos não parece verdade, porque os russos em nenhum momento falaram que queriam eh entregar território para ninguém ou devolver território. contrário. Eles querem mais território. Sim, a discussão tá no ar porque o Trump continua dando indícios e os seus assessores também de que sim, eh, talvez a Rússia estaria disposta a devolver alguns territórios em Kiv e Sum, eh, que são pequenos espaços que a Rússia conquistou dentro do território ucraniano, em troca da entrega do resto eh da totalidade da região de Dombás, que engloba duas das províncias de cima e congelaria o conflito das outras duas províncias de baixo, que é Zaporija e Carson. Eh, ninguém sabe se o Putin vai realmente aceitar entregar território em Karkinsumi e muito menos congelar o conflito em Zaporija e Carson. Certamente o Putin aceita receber o território que ele ainda não conquistou em Dombas. E aí é uma outra história. E claro, se você vai entregar algum território, né? Eh, um outro ponto importante é que garantia que você tem que depois que você entrega esse território, a Rússia não parta para uma próxima ofensiva. E aí a discussão é sobre garantias de segurança. Esse é um outro tópico importante dessa negociação. Dá para dizer que, na verdade, essa negociação ela gira em em torno de cinco tópicos. Primeiro é a sequência, o que vem primeiro. E a discussão do que vem primeiro seria cessar fogo, que era o que o Trump queria, que era o que o Zelensk queriam. Eu quero um cessar fogo e depois a gente para de brigar e a gente senta na mesa para discutir um acordo de paz definitivo. O Putin virou e falou assim: “Eu não quero isso. Eu quero um uma negociação definitiva de uma vez. Enquanto eu não tenha negociação definitiva, a guerra continua. Então ele quer continuar atacando enquanto eles estão dialogando ou negociando. O Trump mudou de posição e virou e falou assim: “Tá bom, eh, eu acho que não tem que ter cessar fogo”. ele já concedeu esta vitória ao Putin eh depois da reunião do Alaska, dizendo que tem que ter um acordo definitivo. Então, em termos de sequência, já não se discute mais cessar fogo. Hoje o que os líderes estão sentados reunidos com o Trump é para discutir eh acordo total, enquanto neste momento a Rússia tá atacando a Ucrânia. Então, a guerra continua acontecendo e eles estão lá falando de um acordo de paz. O segundo tema é o território. Território já expliquei aqui as quatro províncias, tal, troca ou não, terra e assim por diante. O terceiro são as garantias de segurança. E aí a Ucrânia precisa de garantias de segurança. Quem vai dar essas garantias de segurança? Tem que ser os Estados Unidos e a Europa. E aí a Europa tá disposta a mandar tropas? O Reino Unido tem dito que talvez aceitaria inclusive a mandar soldados para ficarem lá no solo. Eh, é uma garantia já mais robusta, é mais sólida. Sólida, mas a garantia verdadeira é os Estados Unidos. Não adianta a Europa colocar eh tropas da OTAN. E aí, veja que curioso, a e talvez irônico, né, dependendo da resposta do Putin. O que me parece de tudo que ele tem dito até hoje que ele não aceitaria garantias desse porte. Se ele quer a Ucrânia sem apoio militar e se ele quer que a Ucrânia não entre na OTAN, como é que ele vai aceitar agora soldados dentro do território ucraniano? seria uma contradição, mas não dá pra gente dizer, ainda não aconteceu. A gente não sabe se ele vai aceitar ou não. O fato é, me parece estranho que o Putin aceite isso. Ou seja, o que eu quero dizer é que parece estranho que a negociação caminhe para esse lado ou que ela tenha condição de prosperar. Vamos supor que o Putin aceite, então aí fica fica esquisito, porque se você não aceita que ela entra no OTAN, mas você aceita que tenha tropas da OTAN dentro da Ucrânia, sim, é um passo aonde a guerra não está hoje. Sim, não tem tropas da OTAN dentro da Ucrânia. Se passarem a ter, definitivamente a vida do Putin vai ser mais complicada. O ataque posterior a isso, invariavelmente pode ser um ataque a tropas da OTAN. E aí o que ele dizia que era, em teoria eh virou prática, que é uma guerra entre a OTAN e a Rússia. Eh, claro que isso só vai acontecer se ele continuar atacando. Sim. A gente não sabe se ele vai fazer isso também, mas tudo indica que ele deve eh se ele tá disposto a aceitar que tenham tropas ali, ele tá aumentando o risco dele. Estranho. Então talvez ele, se ele aceitar isso, pode ser um sinal. Ou pode ser que ele queira testar e falar assim: “Tá bom, que tenha tropas da OTAN europeia, se não tiver tropas americanas, tá tudo bem, porque aí eu ainda vou testar a aliança entre Estados Unidos e Europa.” Vamos supor, né? Tem tropas europeias da OTAN ali e aí o Putin decide fazer um movimento, não tem tropas americanas e aí ele ataca essas tropas da OTAN, um ataque a tropas da OTAN e um ataque à OTAN inteira. Sim. E aí vem a pergunta do artigo 5º que diz que um ataque a um é um ataque a todos. Os Estados Unidos iriam entrar em guerra porque tropas da OTAN europeias foram atingidas por movimento russo. Talvez não. E talvez é isso que o Putin possa estar vislumbrando. Vou criar um cenário e uma situação aonde simplesmente eh eu vou testar essa aliança e aí eu estico a corda. o Trump não vai defender a Europa. E eu mostro que essa aliança é é de papel e com isso então eu abro o caminho para uma ofensiva ainda maior, não só a Ucrânia, a outros. Claro que nós estamos no campo da conjectura aqui e esse é um problema que as pessoas eh têm, né, com com algumas das falas de geopolítica, porque todo mundo só faz pergunta na geopolítica sobre o futuro e ninguém sabe o futuro. Eu não sou mãe de só que as perguntas são sempre o que vai acontecer amanhã? Bom, e eu tô desenhando possíveis cenários. Eu não tô dizendo que vai acontecer isso. Eu não tenho como adivinhar o que vai acontecer. E tem que explicar isso para as pessoas porque elas não entendem. Elas acham que eu estou dizendo que vai acontecer isso. Eu não estou dizendo. Eu estou desenhando possíveis cenários. Porque não dá para só a gente falar de futuro. Não dá para entrar na cabeça do Putin e saber o que que ele tá pensando. Você não sabe o que vai acontecer. Tem um milhão. Exato. A cabeça do Putin, a cabeça do Trump, eh, o que pode acontecer no mundo. Tem um milhão de coisas que podem acontecer. Então essa conversa ela é uma conversa hipotética sempre. Sempre que você tá falando de futuro, ela é uma conversa hipotética. Claro. É, e em geopolítica, as pessoas querem sempre saber o que vai acontecer no futuro e não só o que tá acontecendo hoje, né? Eh, professor, mas você, assim, nós tivemos o primeiro encontro no Alaska, eh, teoricamente o Trump, pelo que eu tô entendendo, o Trump foi mais ouvir o que o Putin tinha a dizer, porque o, pelo que eu tô percebendo, o Trump não chegou com exigências ao Putin, né? Olha, você vai precisar fazer isso, isso ou isso. P pelo que tá ficando claro aqui para mim, por exemplo, é que o o o Putin deixou claro pro Trump o que ele quer para encerrar, né? E assim, ele não vai cessar cessar fogo, então ele quer um acordo final. Eu quero isto, isso. Eh, e hoje o Trump então deve est apresentando a visão do Putin para eles decidirem o que vai ser feito. É, na verdade, ele não tá apresentando só a visão do Putin. O que o Trump quer é o fim da guerra. talvez a qualquer custo. Por que que ele não faz a qualquer custo? Porque não depende só dele. Porque depende da Ucrânia, depende dos europeus. Os Estados Unidos têm um papel e uma influência no que pode acontecer, porque a Ucrânia precisa das armas. Sim. Porque a Europa precisa eh da força militar americana, eh precisa da inteligência, do dinheiro, né? Isso. Então, os Estados Unidos têm um papel e um poder de barganha nessa história, mas ele não pode enfiar goela abaixo qualquer coisa para os europeus e para os ucranianos, porque isso não vai acontecer. Sim, pelo Trump, você acha que já teria acontecido isso? Ele já teria falado, ó, aceita logo esse acordo e vamos acabar com isso? Acho que sim. Eh, o ponto é que o Trump, ele tá tão preocupado em em ter o acordo que ele não está, ele não percebe, não entende os riscos, isso, os riscos e as consequências de um acordo de qualquer jeito. Para o próprio Putin, por mais que ele ame, idolatre o Putin, eh, ele um dia vai ter que lidar com esse avanço do Putin. E a Rússia não é amiga dos Estados Unidos. A Rússia é um dos maiores rivais históricos que os americanos já tiveram. Sim. É, então assim, tiveram ali uma aliança na Segunda Guerra Mundial porque precisavam, né, para combater o nazismo, né? Tipo assim, não era uma aliança por afinidade, era uma aliança. O inimigo do seu inimigo é meu inimigo. Sim. Eh, e acabou aí. Tanto que no minuto seguinte a competição e a rivalidade se tornou entre os dois. Sim. Eh, e assim, isso é da natureza, porque a Rússia é um país muito grande, uma grande potência. Os Estados Unidos é uma super potência. Eh, é de você não tem super potências ou grandes potências amigas, as que realmente estão disputando eh o trono. Você tem os europeus, são potências menores que, ok, elas estão embaixo do guarda-chuva de uma potência maior que é os Estados Unidos. Mas as outras grandes, elas elas brigam pelo espaço. Sim. Elas brigam pela influência, pelo poder, pelo pela dominância, impor o seu regime, né? Isso. Pelas as suas vontades, os seus interesses se sobreporem uns dos outros. Então, não tem como você ter uma grande aliança de amizade entre potências muito grandes e fortes. Isso é natural do sistema. historicamente, Esparta e Atenas, qualquer um que você olhar e em qualquer momento da história, isso não é uma mágica. Então, é incompatível a ideia de que Estados Unidos e Rússia podem ser grandes aliados, amigos. incompatível, mesmo que diante de uma visão eh arriscada e perigosa e também distorcida, você falha assim: “Olha, eles vão dividir o mundo em três”. Eh, e acho que da outra vez que eu vem aqui a gente falou um pouco disso, né? que o Trump tava dando sinais de que talvez ele queria dividir o mundo em três. Olha, Rússia, você fica com a Europa, a China fica com a Ásia e eu fico aqui com as Américas, eh, com a Groenlândia, com o Canadá, a gente tá separado pelos oceanos e tá tudo bem. Mesmo se você fizer isso, você não está seguro, porque você deu pra China e paraa Rússia um espaço muito maior do que eles têm. Ou seja, você abriu o caminho, você pavimentou o caminho para eles se tornarem uma potência muito mais forte, muito mais perigosa e muito mais desafiadora. E se elas chegaram nesse status de poder, controle e domínio, qual que é o próximo passo? Desafiar o outro que falta. Sim. Pô, por que que nós vamos dividir o mundo em três? Vamos dividir em dois, então, né? A Rússia fala pra China, vamos tirar a parte dos Estados Unidos. E óbvio que esse é o próximo passo. Então, por que transformar a Rússia que vai, eu diria que é uma grande potência e se você der a Europa inteira, ou se ela conquistar a Europa inteira, ou se ela avançar do jeito que ela quer livremente, ela vai se tornar uma super potência total. Por que você ajudar a Rússia a sair de grande potência para virar superpotência? Não faz sentido isso. E talvez o Trump ache que isso não vai acontecer, porque eu não acho que ele no fundo quer que isso aconteça. Eu não acho que ele olha e fala assim: “Você perguntar para ele, você gostaria que a Rússia se tornasse uma potência no nível dos Estados Unidos?” Hoje existem muitos níveis. Quando eu falo aqui, eu falo no completo, né? Econômico, militar, cultural. A Rússia, certamente é uma potência militar por causa da sua questão nuclear, não necessariamente pela sua capacidade de combate, como a gente tá vendo dentro da Ucrânia. Mas o fato é, se você perguntar pro Trump, eh, você acha que a Rússia deveria ser uma superpotência equiparável aos Estados Unidos? Certamente a resposta dele vai ser não. Então ele só não tem a compreensão eh plena e total da consequência desses atos, porque ele ele faz cálculos e ele acha que talvez não vale a pena pro Putin matar tanta gente. Ele tem repetido isso inúmeras vezes. O Trump ele fica falando: “Não, tá morrendo muito russo”. como se o Putin estivesse preocupado com essa informação. Talvez o Trump se preocupe com isso ou ache que é normal alguém se preocupar com isso, mas não pro Putin, não pra realidade russa, não pra realidade da eh da história de combate, da maneira como eles lutam, aonde o soldado russo ele é descartável, uma máquina de mo carne, eh joga aquelas pessoas ali para serem usadas, entende? Então, eh, eu acho que o o Trump ele tá mais preocupado com a ideia de que ele é um grande pacificador. Isso é perigoso, misturado com uma certa admiração que ele tem pelo Putin e uma noção de que ele faz acontecer. E não é assim. Então, eh, os europeus estão ali sentados com ele nesse momento e vamos ver o que que vai acontecer. A ideia é que deem garantias de segurança para a Ucrânia. Se, repito, se o Putin aceitar troca de território ou no mínimo congelar o conflito, uma vez que ele receba eh Dombaz inteiro. Mas o Zelens que tá disposto, você acha, Rock, a a ceder esses territórios? Olha, o Zelenski diz que ele não pode ceder. Eh, eu acho que antes da reunião do Alaska ele não estava disposto. Depois da reunião do Alaska ele tá sentindo que o Trump tá pressionando muito ele. E essas são as informações que a gente tem até o momento. Então, parece que ele tá sentindo que ele não tem muita saída. E os europeus estão falando: “Olha, se isso for para ser o desfecho guerra, tá bom? Você perde um pedaço de território, mas acaba. Só que, óbvio, é que a outra parte de Acaba não é tão simples. E mesmo essa parte de CD território tem questões técnicas muito complexas. Eh, de acordo com a Constituição da Ucrânia, para você entregar território por alguém, precisa ter um referendo nacional. Então, você tem que botar para votar. E se a população ucraniana virar e falar assim: “Eu não vou entregar porque eu não confio na Rússia”. E aí, entendeu? Não é óbvio. Ah, os elens que decide. Sim. Tem coisas ali que elas envolvem o que a população quer. Eh, a Ucrânia é uma democracia imperfeita e problemática como várias outras, mas é uma democracia. Diferente do Putin que não deve satisfação nenhuma para ninguém. Exato. Igual a China, né? Toma decisão, pronto, acabou. É. E essa esse essas regiões que o Putin quer são regiões que apresentam grandes riquezas. Eh, qual a grande importância dessas regiões? Por que que o Putin quer tanto essas regiões? Porque ele diz que ele tem um uma ligação histórica. Ali foi onde a União Soviética dominou. Eh, tinha uma presença ucraniana e ele colocou cidadãos russos, eh, uma zona industrial. todo o conflito começa eh em 2014, ele tentando eh uma movimento eh financiando movimento separatistas de dentro daqueles que falam russo na que moravam ali. Existia uma divisão eh linguística na Ucrânia antes da Guerra de 22, antes da invasão russa. Uhum. aonde uma parte da população queria que a Ucrânia tivesse conectada à Rússia e não a Ocidente. Uma outra parte eh que falava ucraniano queria tá ligada com Ocidente. E claro que depois de 22 isso mudou, mas mesmo essa parte que falava russo, eh, percebeu que o que a Rússia quer é na base da força, destruição, e se tornou mais nacionalista, eh, e, e se juntou com a ideia de uma Ucrânia livre. Mas o Putin acha que aquela região é estratégica. A Ucrânia tem um problema. Se ela ceder aquela região, não é só que ela cedeu um pouco de território. Ali é onde estão as maiores fortificações de defesa ucraniana. Uhum. Se ela entregar essas fortificações, ela está mais vulnerável para uma nova ofensiva, porque a Rússia conseguiu vencer essas fortificações e ela já tá com terreno aberto para partir para uma nova ofensiva pro resto do território ucraniano. Por isso que a discussão de garantias de segurança fundamentais, né? Ô, ô, ô, Roque, agora assim, eh, se essa guerra, a gente não tiver uma solução agora, né? O que que eu fico imaginando? Eh, até que ponto que a Ucrânia, que a gente sabe que é um país enorme, eh, eu acho que muitas pessoas não tinham a noção, porque quando falava Ucrânia tinha pessoas que achavam que era um país pequeno, mas não. territorialmente é um país muito grande e que tem um poderio militar, claro, não igual da Rússia, mas tem um poderio militar, mas até que ponto a Ucrânia tem lenha para queimar ainda para continuar competindo aí, para continuar conseguindo se segurar, que a gente sabe que a Europa tá ajudando, outros países, os Estados Unidos principalmente, mas atéonde a Ucrânia tem lenha para queimar e segurar esse conflito. Porque a gente não tá chegando num ponto de que a própria Ucrânia tem que chegar numa decisão ou não? Eles ainda têm lenha para queimar, para segurar mais um tempo. Olha, eh, em termos de soldado, a Ucrânia tem um problema. Eh, a quantidade de soldados que a Ucrânia consegue mobilizar tá diminuindo. Então, ela tem um exército eh em decomposição, né? É um exército que está cada dia menor e isso é um problema. Sim, claro. E ela tem uma população muito menor que a população da Rússia. E ela tem uma dificuldade porque ela não quer recrutar os mais jovens. Se ela fizer isso, ela acaba com o futuro do país. Quem vai reconstruir esse país depois? Você precisa dos jovens. Ela não quer mandar todos os jovens. Eh, nesse sentido, a situação da Ucrânia é muito delicada. acontece que a Ucrânia ela tá sendo mais estratégica e mais efetiva na capacidade de matar os russos. Então assim, eh a quantidade de russos que morrem é muito maior do que a ucraniana. Mesmo com menos soldados, a Ucrânia tem conseguido resistir. Essa resistência depende da ajuda, mas também tem uma parte dessa resistência que vem da resiliência dos ucranianos de não perder sua terra. Eles estão lutando pela sua terra. É bem diferente dos russos que estão lutando por conquistar um território que não é o deles. Não estão lutando pela sua vida, pela sua sobrevivência, pela sua casa destruída pela sua família. os ucrainianos estão eh a Ucrânia eh desenvolveu inovações militares bastante reveladoras, como os drones, e isso tem eh ajudado ela se manter firme. E ela também construiu uma defesa, uma linha de defesa eh bastante sólida, o que tá segurando o avanço russo. Nós chegamos num num momento da guerra que existe um impasse militar, aonde ninguém consegue quebrar a barreira do outro lado e avançar eh áreas extensas e substanciais. É uma guerra de de atrito, né? Uma guerra de eh pequena que você fica desgastando, uma guerra de desgaste que a gente chama. E e nessa guerra de desgaste você vai ganhando pouco território, de pouco em pouco. Então assim, no longuíssimo prazo, a Rússia entende que ela tem uma vantagem, porque ela pode continuar e ela não está preocupada, mas a Ucrânia faz uma aposta. Nós vamos matar muito mais soldados russos e vai chegar uma hora que essa vantagem não vai existir sim até para recrutar mais soldados, né? Porque o Putin, OK, ele não tá recrutando a sua elite das da a classe média, ele não tá recrutando eh os russos de Moscou, de São Petersburgo, ele tá recrutando gente de áreas e eh povos às margens, as periferias que tão indo lá porque estão ganhando dinheiro. Então eh por enquanto tá fazendo sentido, não é? Não, não dá para dizer que olha, a Ucrânia não tem mais como segurar a Rússia. existe o impasse. Eh, claro que o Putin aposta que ele vai ser capaz de romper esse impasse em algum momento no futuro, porque ele vai contar com o desgaste da ajuda. Mas aí não é só os Estados Unidos, porque a hora que talvez esse desgaste viesse, a gente falar que essa guerra possa durar mais vários anos, os europeus vão ter preenchido o espaço dos americanos, porque eles estão se preparando para isso, porque essa guerra é no quintal deles. Sim, claro. Os próximos podem ser eles, né? Isso. Então, os europeus tão eh se rearmando, tão ativando sua indústria bélica, entenderam que a coisa mudou, entenderam que não dá para depender dos Estados Unidos e tudo isso. Uma hora eles vão estar prontos para ajudar com mais força, né? É, para ajudar com mais força e segurar. E se os Estados Unidos estiver cansado e não quiser mais, a Europa vai ter que se envolver. Não tem essa, eu tô cansado. Sim. Aí você é o próximo. Exato. Eh, então assim, não dá para dizer que eh olha, a Ucrânia não tem chance. Eh, ninguém deu pra Ucrânia os meios para que ela enfrentasse a Rússia mais de igual para igual. Igual. Sim. Isso é culpa dos Estados Unidos e do Ocidente, da Europa. Europa porque não tem ou porque tem medo e os Estados Unidos com o Biden porque tinha medo. O medo seria de Al Rússia utilizar armas nucleares? É, é sempre suscetível essa ameaça da do uso da arma nuclear. Toda vez que os Estados Unidos ia fazer alguma coisa, o Trump fazia alguma ameaça, algum blef, né? É, o Putin e aí o E aí o Biden recuava. Então, então o medo é devido às armas nucleares, né? Isso. E a Europa vai ganhando tempo com isso também, né? Porque ao mesmo tempo você disse, né? Eles estão melhorando as suas armas, ativaram sua indústria bélica, tudo isso ele vem ganhando tempo. E o Putin não é bobo, ele tá vendo que isso tá acontecendo, né? É, mas assim, eh, a Europa poderia tá muito mais segura se a Ucrânia tivesse vencido a guerra. Com certeza. Se a Ucrânia vencer a guerra, a Rússia tá em maus lençóis. Você não acha que que a Rússia tá muito confortável e não ser atacada? Porque pelo que eu vejo, a Ucrânia só se defende, a Rússia só avança. Se os Estados Unidos tivesse posição de mandar sua tecnologia, a Europa começasse a atacar a Rússia, como aconteceu na Segunda Guerra Mundial com a Alemanha, talvez o [ __ ] come recuar. Eles querem evitar isso, né? Evitar virar uma guerra aberta geral, que aí vira a terceira guerra mundial, né? Talvez a China entra, talvez isso. Eles não querem que escale que a coisa vai escalando. Mas não é que a Ucrânia não tenha atacado. Ela tem feito operações pontuais, estratégicas muito bem sucedidas, como a operação que ela destruiu os aviões russos que estavam nos seus aeroportos, que ela contrabandeou drones em contêiners e colocou dentro do território russo. Foi uma grande operação de sucesso. Destruiu um número alto de bombardeiros russos sofisticados que estavam todos na pista de pouso. Ela, ele mandou, como é que foi essa? Não, não, não li. Ele foi uma grande operação de sucesso de inteligência ucraniana. Ele colocou ele conseguiu contrabandear contêiners com drones escondidos. Escondidos. E esses contêiners ficaram estacionados do lado dessas bases e tinha um controle remoto e você abriu o teto e aí eles ficaram anos planejando tudo isso. Aham. Eh, uma operação parecida com aquela do de Israel dos Pagers. Ah, lembro, lembro que explodia os Pagers, tá? Só que não era com pessoas, não era com pagers, era com drones do lado de bases aéreas, bases militares, no caso, né? Não civil. Isso é bases. Eh, eh, mas no caso do do resbolar não eram civis, né? Eram, eh, terroristas que estavam com os pagers. Sim. Eh, e essas bases aéreas militares, eh, eles ficaram monitorando o movimento dessas bases, onde que esses aviões saíam, da onde que eles pousavam, quando que eles mudavam de posição. Então, a Ucrânia usou alguns ataques eh para induzir esses aviões a irem para outras bases, exatamente as bases que eles estavam com os seus drones posicionados. E aí um dia do nada dentro do território russo levanta um monte de drone num aeroporto, numa base, numa pista de pouso, uma base militar aérea do lado e destruiu as aeronaves paradas e estacionadas todas na pista. Várias bombardeiros, eh, que inclusive podiam levar armas atômicas, caramba, bem sofisticados. E foi um ataque extremamente bem-sucedido, inteligente, né? Isso muito inteligente, que nem o Ocidente conseguiu ou imaginou fazer uma operação dessa. Então, não é que a Ucrânia não consegue, mas são coisas pontuais, são coisas estratégicas para mostrar: “Olha, eu consigo ir lá”. Mas ela não tá ofensivamente entrando dentro do território. Ela já conquistou um pedaço eh de KSK, que é um território dentro da da Rússia e acabou perdendo. Os russos recuperaram, vieram com 50.000 soldados e mais soldados na Coreia do Norte. Então, eh, a gente percebe a intensidade desse conflito. Você tem soldados de outros países lutando ali, eh, soldados não voluntários. Eu tive na Ucrânia eh recentemente e tem vários soldados brasileiros. Sim. Eh, mas são soldados que foram se juntar ao exército. Decisões de um indivíduo, né? Um país virando e falando: “Eu vou mandar tropas para lá”. Que é o que a Coreia do Norte fez com a Rússia. Tropas. Foram muitos soldados da Coreia do Norte. Tem uma estimativa, 10.000 soldados por aí. É, é, mas assim, né? Nessa, nessa batalha, nessa batalha, por volta de 10.000 lutaram, mas a gente ninguém sabe o número exato, mas acredita-se que mais soldados já foram enviados. Então já é uma guerra de caráter internacional. Sim, claro. Mundial, né? É o mundo inteiro. Outros países não estão mandando tropas para não tão pra Ucrânia, né? A Ucrânia tá segurando sozinha ali com algum, como você disse, com pessoas que estão indo lá por conta própria, né? Brasileiros que estão de olho no no dinheiro ou na na aventura, não sei. Exatamente. Mas não tão mandando. O Brasil não tá mandando tropas. A Europa também não tá mandando, né? França, Reino Unido, ela tá por conta própria ali, né? É, então é diferente. Então, eh, não dá paraa gente achar que eh claro, a Ucrânia não tem os meios e não tá ostensivamente, diariamente tentando invadir o território russo. Ela faz ataques pontuais, estratégicos. uma operação deu certo, é onde ela capturou esse pedaço de território, só que ela não conseguiu manter. Sim, porque ela precisa de mais equipamento, precisa de mais gente, precisa de uma série de coisas. Então, essa não é uma guerra que representa uma ameaça existencial pra Rússia de forma alguma. Ela tá confortável até então, né? Claro. Eh, é uma guerra que não afeta o dia a dia do russo. Agora, ô professor, eh, nesse encontro na Alasca entre o Putin e o o Trump, muito tem se falado, né, algumas fontes confiáveis, outras nem tanto, de que eh aviões com potencial até de levar armas nucleares estariam sobrevoando ali o encontro, né? Isso foi para fazer uma proteção ali pro ambiente ou foi pro pro Trump de certa forma falar: “Ó, aqui sou eu que mando.” Como é que você enxerga isso? Não, eu acho que, enfim, era uma base militar. O Trump gosta de mostrar força. É um jeito dele mostrar força, falar: “Ó, eu tenho os equipamentos militares mais poderosos do mundo.” Claro, o presidente americano tá ali, o presidente russo, ele fala: “Olha, nós estamos seguros aqui”. Mas não tinha necessidade de passar um avião ali. Uhum. Claramente ninguém iria sobrevolver aquele espaço naquele momento. Sim. espaço aéreo tava todo controlado e vigiado. Ele queria mostrar força pro Putin. Do mesmo jeito que ele mostrou deferência também, do mesmo jeito que ele se mostrou receber o Putin daquele jeito, com tapete vermelho, eh, da forma como ele se mostrou eh atencioso ao Putin. Tudo aquilo é exagerado e não condiz com o que o Putin fez. O Putin sai dali uma imagem de forte, bem recebido. Tá vendo? Eu sou um líder respeitado. Sim. E não é o que ele deveria ser pelo que ele fez. Não, mas aí é o problema do Trump com a maneira como ele fica eh se relacionando com esses ditadores ou como ele fala do Putin, particularmente do Putin, ele tem uma uma relação diferente. É, porque você vê que ele fala do Putin com um certo apreço. Aí vamos falar de um outro ditador, claro, de um país que tem muito menos capacidade do que a Rússia, do que a Venezuela do Maduro, que ele cita que o Maduro é tá envolvido com narcotráfico. vou vou oferecer uma recompensa milionária paraa captura do do Maduro. Eh, então são são tem distinções muito fortes de como ele trata um e trata outro. Agora sim, eh, professor, até com o Irã mesmo, né? Até com o Irã. Você não acha que o efeito China é o que mais preocupa o Trump hoje? Porque assim, o Trump, querendo ele tá financiando conflitos, não só ali na Ucrânia, mas também ali em Israel. E os Estados Unidos, querendo ou não, é muito dinheiro indo nessa nessa nessa nessa lomba aí, né? Ao mesmo tempo, você tem a China, que é uma preocupação grande pro Trump. Você não acha que a ideia dele querer acabar logo com esses conflitos é para ele poder economicamente continuar subindo e não deixar a China escapar? Não, esse dinheiro que o Trump usa, que os Estados Unidos usa para as guerras, ele não é nada nada para os Estados Unidos. uma gota num oceano. Dinheiro que foi usado de ajuda paraa Ucrânia militar não é absolutamente nada. Faz diferença alguma pra economia americana. Economia americana ela não vai melhor ou ela não tá debilitada por causa desta migalha, literalmente. É isso que é. Eh, ao contrário, se a gente vive um momento que todas as indústrias de defesa estão em ascensão em um momento que o mundo inteiro está se armando, se você não tiver um parque industrial de defesa bélica ativo produzindo, você está em apuros. Se você quiser enfrentar a China, a indústria de defesa americana tem que estar super aquecida. Para ela está super aquecida, não é ela ficar produzindo para nada. Ela precisa ter o que fazer. Ela precisa ter que produzir mais. Para ela produzir mais, a existência desses outros conflitos são necessários, são instrumentais para que os Estados Unidos esteja preparado para enfrentar a China. Eh, a discussão não é, ah, vamos reativar a indústria eh da construção de navios americana pra gente poder ter porta-aviões, pra gente poder ter submarino e ter uma marinha forte para contrapor a chinesa. Você não simplesmente pega, direciona dinheiro e fala: “Comecem a construir”. é muito mais eh sólido, muito mais forte se você já tem uma razão para tá construindo, já tem um destinatário, já tem um cliente pronto. No caso, o cliente foi à Ucrânia. E aí tem outro ponto que as pessoas não entenderam. Todo o dinheiro gasto com armas paraa Ucrânia não foi pra Ucrânia. Por quê? As armas são produzidas aonde? Nos Estados Unidos. Estados Unidos. Exatamente. Que movimenta a economia americana, né? Isso. Então é um dinheiro pra economia americana para arrumar mais emprego, para aquecer a indústria de defesa americana, empregar mais gente e produzir mais. Então esse dinheiro não foi dado pra fábrica de armas na Ucrânia, ele foi dado pra fábrica de armas americanas. É uma forma de um subsídio. Indústria de defesa precisa de subsídio. Defesa não é um negócio, você fica produzindo arma, construindo munição e se não tá em guerra. Mas você precisa ter isso mesmo não tando em guerra. Então, é óbvio que precisa existir subsídio governamental para a defesa. E é isso que a Europa tá fazendo. Então, assim, gastar eh com a defesa de aliados americanos em lugares eh que estão sofrendo um ataque militar, é o começo do aquecimento dos Estados Unidos, porque ele vai ter que enfrentar. O que ele tem que fazer é enfraquecer todos esses aliados do eixo das ditaduras e não simplesmente falar assim: “Ah, pode levar aquilo lá à Rússia porque eu vou focar no no mais forte de todos vocês.” Não. Enfraquece a Rússia, enfraquece o Irã, enfraquece a Coreia do Norte, que a China vai estar sozinha e mais fraca e que vai ser mais fácil conquistar ou vencê-la. Você citou o Irã, né, professor? O Irã, você acha que ele sai de toda essa história que que ela vem passando junto com Israel enfraquecida? Ah, com certeza. Irã tá muito enfraquecido. Realmente, as armas nucleares foram destruídas ali do Não, por completo, né? Mas boa parte ali foi danificado. Você atrasou o programa nuclear iraniano. Ele não foi desfeito porque ele pode ser reiniciado. Sim, porque a gente não sabe exatamente quanto das armas ou do material radioativo foi retirado dali, do material de enriquecido, de urânio enriquecido, foi retirado dali onde ele está. Sim. Se já existe outra instalação clandestina, ninguém sabe tudo isso. Mas claro que o que se sabia foi destruído e isso atrasa. Cientistas foram mortos, a estrutura militar iraniana foi abalada. Tem uma série de coisas que aconteceram e todas deixaram o Irã mais fraco. Mas o regime continua no poder também. O problema não foi resolvido por completo. Não é impossível a gente assistir daqui alguns meses eh um confronto de novo. Repito, isso é uma possibilidade de um cenário. Isso não é uma previsão, porque não dá para fazer previsão do que vai acontecer. Mas existe esse cenário, existe uma possibilidade de um cenário de que eh Israel e o Irã voltem a uma nova rodada de confrontos militares. Por enquanto tá tá parado ali, né? Por enquanto, exatamente nesse momento. Em meses isso pode mudar, mas Israel tá ali no na Palestina, não parou ali a questão de de enfrentamento contra o Ramas. né? Não, não. Sim, o Irã agora tá quieto ali, digamos assim, mas pode voltar, mas o conflito na região ali não parou por completo, né? Não, não. O conflito continua. Eh, Israel tá tentando vencer o Ramás, ainda não conseguiu por completo. Os reféns continuam lá. Eh, Israel faz um cerco a Gaza. Letanarro diz que vai eh tomar Gaza eh por completo com apoio dos Estados Unidos. Trump apoia isso, né? Apoia com apoio, eh, e com o objetivo de controlar Gaza para conseguir vencer o Ramá. Claro que existem muitas discussões se Israel depois vai sair de Gaza, eh, ou vai continuar em Gaza. Do ponto de vista da segurança de Israel, controlar Gaza vai ser um problema. Uhum. Permanecer em Gaza vai ser muito difícil. Por isso que Israel decidiu sair de Gaza eh há décadas e abandonou Gaza. Porque ficar controlando, gerenciando aquele território não é uma boa ideia. Você você poderia fazer uma comparação dos Estados Unidos com o Afeganistão, que também não foi fácil ali os Estados Unidos ficar ali no Afeganistão, né? Muito dinheiro, muitos homens envolvidos, né? muito difícil você ocupar um país eh nos dias de hoje, aonde existem tecnologias acessíveis, existe resistência simétrica, eh você não consegue ter o controle total da população e a população se rebela. Eh, você tem grupos radicais que surgem ou grupos de insurgência ou de resistência. Nenhuma guerra hoje você consegue ocupar uma nação e ficar lá controlando ela. Sim. E e esse vai ser uma dificuldade para Israel se decidir ficar lá dentro. O ponto é que Israel tem um impasse, porque simplesmente falar: “Não, a a abandonem a guerra e o Ramás e os reféns.” Ah, não. O Ramás vai devolver os reféns. Ramaz não quer devolver os reféns. Aliás, enquanto a gente fala hoje, parece que o Ramas disse que aceita uma proposta de devolver 10 reféns por um cessar fogo por um período. Vamos ver essas negociações. Todo dia ela anda pra frente, anda para trás. Maior parte das vezes não chega em lugar nenhum. Tem uma estimativa de quantos reféns estão na mão do R? Sábia, certo? Talvez 50 ainda, mas alguns muitos estão mortos. Eh, então a gente não sabe quantos estão vivo totalmente. Quando a gente fala 10, então é um número significativo. Se a gente tá falando em torno de talvez 1/3 dos que estejam vivos, vai. Sim, eles não vão devolver todos. Claro, eles vão eles vão querer segurar uma parte para Então, enquanto eu não devolver todos, não acaba a guerra, né? Exatamente. Porque a guerra se iniciou com esse movimento inicial. Sim. Uma guerra que começa com movimento de captura de civis e sequestrar esses civis. E as pessoas que querem que acabe a guerra, elas deveriam exigir que o agressor, o rabaz, devolva os reféns. Você sabe, professor, que assim, eu entrevisto muita gente aqui, né? Eh, a recentemente vieram alguns comunistas aqui no no meu podcast e o Jones Manuel, por exemplo, veio aqui eh uma pessoa hoje que tá muito grande nas redes sociais, o Gustavo Gaio Fato. E o que que o que que o pessoal prega, né, principalmente e esse pessoal que tem o o o pensamento comunista. E a gente é um espaço aqui que a gente vai abrir, né, a informação aqui, enfim, para eles colocarem também o pensamento deles. E eles pregam muito a ideia de que o real agressor é Israel, né, que não é que que a Palestina tá sofrendo muito. que que até a gente chegou a conversar aqui que aquele aquela matança que aconteceu naquela festa, que muitas pessoas foram mortas, que o Ramás invadiu, matou não só israelenses, mas estrangeiros também, que aquilo foi um mal necessário, porque numa num conflito desse não tem como você chegar a entregar flores para um, para outro, enfim. Mas eles colocam até que Israel prega o novo regime nazista, comparação nazista da atualidade, né? Que que você pensa sobre isso? Bom, primeiro que eh comparar qualquer coisa que não é um regime nazista a um regime nazista é uma imprecisão histórica e factual. Regime nazista é um regime nazista. Ou você me mostra alguma coisa que seja exatamente igual ao regime nazista, ou a sua fala não passa de uma fala retórica, de uma narrativa, de uma figura de linguagem hiperbólica exagerada, que você quer chamar atenção, você não tá sendo preciso. Então esse é o primeiro ponto, chamar eh qualquer judeu eh ou um estado judaico, né? O estado de Israel é um estado dos judeus. Uhum. Não só, mas é um estado que foi criado com esse objetivo, uma terra para o povo judeu. Sim. de nazista é um comentário antissemita porque eh o que os judeus sofreram no holocausto, nossa, absurdo, é, e você acusar os judeus daquilo que eles sofreram, esse é um comentário antissemita. E aí você tem que estudar a história do antissemitismo, como que esse tipo de preconceito acontece, por que parte do preconceito é alimentado em você acusar a vítima do que o seu algó faz. Então, é, essa é uma técnica que no fundo revela uma parte de um profundo ódio, racismo, eh, e assim alguma coisa contra os judeus. Então, essa fala, ela é antissemita. Você numa situação poderia fazer essa equivalência se realmente a equivalência fosse real. E como eu disse, não é que essa equivalência é discutível nesse caso, ela é ela é discutível em qualquer caso da história, porque nós não tivemos nada na história que tenha chegado aos pés daquilo. Talvez o que o Stalin fez é na Rússia pode ser parecido em números, certamente, mas ainda assim os campos de extermínio e assim é o lugar mais eh talvez horripilante em que a humanidade já chegou. Então você chamar qualquer outra coisa igual à coisa mais horripilante é no mínimo aquela coisa tem que ser igual. Eles justificam que o que os palestinos estão passando com esse enfrentamento de Israel cercando o Ramás, que o povo tá passando fome, que que muitas pessoas, muitos civis estão morrendo ali devido os ataques de Israel. Por isso que eles fazem esse tipo de comparação, né? Então, mas assim, você pode fazer, você pode ter uma discussão, é que nem você virar e falar que o Bolsonaro é fascista, que o Lula é comunista, não é verdade. Bolsonaro não é fascista, o Lula não é comunista. Sim. Eh, Israel não é nazista. Apesar que o Lula tem uns tracinhos de comunista, né? É, mas ele não é um comunista, né? Ele não é um comunista, tipo, convenhamos, entendeu? Tipo, qual a palavra comunista? Eh, ele não é um comunista, ele pode ser um monte de outras coisas. Eu não tô dizendo que ele não é essas outras coisas. Eu tô dizendo que vamos usar a as definições corretas, as palavras corretas, tipo isso daqui é mesa, não é cadeira. Exato. Entendeu? Mesa é mesa, cadeira é cadeira. Eh, nazismo é uma coisa muito fora da curva. Se você vai usar essa palavra, você descredibiliza o seu argumento, porque claramente você mostra que você não tá eh tendo uma discussão fidedigna e real argumentando um para um lado ou levantando pontos de atenção sobre o que acontece num conflito. Sim. Você escancara a discussão com adjetivo mais exagerado, mais distante possível. E aí isso não é uma discussão, isso é um discurso político demagogo, ideológico. Eh, então eu respondi a esta fala específica. A gente pode ter uma discussão sem usar esse tipo de fala antissemita sobre a guerra, sobre eh a situação dos civis, sobre a situação dos palestinos, sobre o que tá acontecendo. Essa discussão, ela pode acontecer quando as pessoas se mostram eh eh com uma honestidade intelectual e com uma vontade de discutir algo de real e sem marcar pontos ideológicos. Sim. Claro. Eh, e aí a gente pode começar discutindo isso, avaliando, por exemplo, quem é o culpado. E e essa discussão, ela passa por isso. Certamente os palestinos civis estão sofrendo muito, muito, claro, muito. Isso é indiscutível. Agora, a pergunta é por que eles estão sofrendo? Quem é a causa desse sofrimento? E esse que é o ponto, você não pode eh falar disso e ignorar eh o papel que o Ramás tem nessa história. Porque quando você faz isso, você simplesmente constrói uma narrativa do do jeito que te convém. Sim. Eh, o Ramas iniciou a guerra, o Ramas iniciou o conflito. Se as pessoas vão dizer: “Ah, não, mas o Ramás tinha uma justificativa porque ele tá lutando eh pelos palestinos. O Ramaz não tá lutando pelos palestinos. Quem achar isso não não entendeu ou quer fingir que não entendeu. Ramás não luta pelos palestinos. Ramás mata palestinos. Ramás ele assassinou os membros do Fatá, que é o outro grupo político, depois de ter ganho a eleição, deu um golpe e domina e controla eh a faixa de gás na base da força e da violência. Eh, o governo de Israel não mata os seus oponentes políticos israelenses internos. Existe uma diferença muito grande em você eh lidar com uma democracia e com, não é, uma ditadura, com grupo terrorista suicida, fundamentalista, fanático, extremista. E quando qualquer discussão sobre o que acontece em Gaza, ela estirpa o raversa. Desculpa, a pessoa não está querendo discutir aquilo. Ela está mascarando e escondendo a discussão da verdade porque ela está no fundo querendo eh defender ou o rabá ou porque ela não está preocupada com isso. ela só quer marcar um ponto contra Israel ou ela ela tem uma um viés ideológico que não permite que ela enxergue eh uma discussão equilibrada do que tá acontecendo. Não tem como a gente falar do sofrimento em Gaza sem falar do Ramas. E aí qualquer pessoa que falar disso para você ou qualquer pessoa que ouvir uma conversa sobre Gaza sem ouvir, qual é o papel do ra? Essa não é uma discussão real, ela é uma discussão fantasiosa. Quem domina a Gaza? O Ramás há muito tempo. O que é o Ramás? O que o Ramás quer? O Ramás não está lutando pelos palestinos da Sordânia. O grupo que governa S Jordânia foi assassinado e morto pelo Ramás. O Ramás ele controla Gaz. Israel não ocupa Gaza. Não ocupava Gaza. Então, qual é a justificativa do Ramas cometer o ataque? Gaza não tá ocupada, entende? Ah, não, ele está lutando pelos palestinos. Isso não é verdade. Ele não luta pelos palestinos. Ao contrário, ele usa os palestinos. Os palestinos não tm valor nenhum pro Ramás. O que tem valor para ele é a ideologia dele, é o poder dele, é o dinheiro dele, é o fanatismo dele e os seus objetivos políticos de poder. Os líderes do Ramás, todos que foram quase mortos, né, sobraram poucos aí, a maioria deles foram mortos, eram todos bilionários e viviam aonde? Eles não viviam no túnel em Gaza. Não, no túnel, desculpa, o túnel é protegido, é só para quem é terrorista. Eles não viviam junto com as famílias e as crianças palestinas ali eh em solo. Eles viviam eh simplesmente no Qatar, no Four Seasons, bem protegidos e é bilionários, fora do conflito. Então eu não tô entendendo como que eles estão ajudando eh Gaza ou como que eles estão protegendo e defendendo os palestinos. Depois eles gastaram todo o dinheiro que eles tinham. para construir túneis para eles se protegerem e não para proteger a população. O dinheiro que de defesa que Israel gasta, uma grande parte, uma das maiores partes, é com baterias aéreas de defesa, que é o Iron Dome, que protege a população de Israel para que ela não seja morta dos ataques do inimigo. Por que que o Ramás não criou mecanismos de defesa para sua população? Por que que ele não construiu grandes abrigos subterrâneos para milhares de pessoas? Não, ele construiu túneis paraa liderança dele. O Ramás não está preocupado. Uma pessoa que realmente se preocupa com os palestinos, ela não pode desconsiderar isso. E e assim, a gente pode passar horas aqui falando disso, mas eu posso te dar outros exemplos. Eh, ah, Israel cercou eh Gaza. Gaza não faz fronteira só com Israel, faz fronteira com quem? O Egito. O Egito é um país árabe, muçulmano, sunita de um povo irmão. Por que que o Egito não abre a sua fronteira para Gaza? Por quê? Porque será que o Egito está preocupado com os terroristas do Ramás ou com a população palestina? Infelizmente a população palestina, uma parte dela, foi dominada por um grupo terrorista e ela está a mercê desse grupo que usa ela e usa ela com a maior maldade possível para destruir ela, para alcançar os seus objetivos. O que que eh o Egito tá mais preocupado em se proteger dessa organização terrorista e não salvar a população palestina que não quer fazer parte disso? Por que que eu digo que não é é 100%? Porque você tem uma grande parte que votaram no Ramas. Aí você vai dizer assim: “Não, mas você vota, você se arrepende.” É, tá bom. Então, aqueles que votaram, se arrependeram e não quiseram continuar e não aprovam que o Ramás faz, são vítimas. Mas existe uma outra parte que tá lá dentro que votou, ajudou, continua apoiando e continua achando que o projeto do Ramá tá certo. E aí essas pessoas estão fazendo uma escolha. E que que você que que qual a consequência dessa escolha? Eh, então assim, essa essa essa discussão é ela ela tem que ser contextualizada, ela fora de contexto e apontar eventos eh específicos, pontuais, que só e só descrever nesses eventos a ação de um dos lados, ela não faz sentido algum. Na verdade, nada funciona assim. O direito não funciona assim. Uma coisa é eu virar e falar assim: “Você me deu um tiro”. Outra coisa é a justiça vai olhar e falar assim: “Qual é o contexto de você ter me dado esse tiro? Eu tinha acabado de matar a sua mãe, eh, a sua mulher e eu apontei uma arma para você. E aí, o que você fez? legítima defesa. Você me deu um tiro. Depende como eu conto essa história. Se só virar e falar assim: “Eh, o André me deu um tiro. O André está dando tiro nas pessoas, tá bom?” Aí você fala: “Nossa, que terror, o André é um psicopata, ele é um eh ele é um nazista.” E não é assim. Qual é o contexto da história? Quanto que a gente quer voltar no contexto? Tá, Israel ocupa eh Israel tem assentamentos na Jordânia. Desde quando? Quanto quanto você quer voltar? Então, quem começou a primeira vez? Nós vamos voltar quanto na história? Porque se você quer voltar para 10 anos para trás ou para um ano atrás ou para 20 anos atrás, vamos voltar para 50 anos atrás. Vamos voltar quando a Uno fez a divisão e os países árabes não aceitaram a divisão. Percebe? Ah, não. Então não é suficiente. Tá bom, então vou voltar 5000 anos. Então, não adianta você justificar uma ação de hoje com uma ação de 10 anos atrás, porque eu vou evocar uma ação de 20 anos atrás e aí você vai evocar uma de 30, tá bom? Então, nós vamos voltar 5000 anos na história e vamos entender o que tá acontecendo. E a história diz que esses povos e aquela terra, ela não vive em paz há muito tempo, né? É. E aí, e você acredita que o Ramas vai ser extinto ou não? Por exemplo, o Talibã não foi. O Talibã se escondeu um tempo e voltou com toda a força para Afeganistão, né? Eu acho difícil de extinguir o Ramas. Primeiro porque o Ramas é uma ideia, né? Uma ideologia. Não tá com não tá na testa de cada um, né? É, se tirar um, outro aparece. Sim. Eh, você pode eliminar as pessoas que estão eh atuando em serviço do Ramás, que estão encabeçando o processo, né? É, vão surgir outras. Eliminar a ideologia você não vai, porque a ideologia também pode mudar de nome. Hoje é Ramaz, amanhã pode ser Jiad Palestina, Jirad Islâmica Palestina. E depois pode ser outro nome. Sim. E sempre vai ter alguém financiando. Como não existia Ramás antes. Um dia Ramás veio como um produto da irmandade muçulmana que tá no Egito. Sim. E e a Alqaida veio da irmandade muçulmana na Arábia Saudita, que tava no Egito, para Afeganistão, via Bing Laden. E assim por diante, resbolar e vão surgir. A ideologia existe. Quanto que o resbolar é um produto em parte eh da Revolução Islâmica Iraniana? dos iatolás do Irã. Xita também fundamentalista, islâmico também. Então, essas ideias do fundamentalismo, elas estão enraizadas naquela região. É um problema daquela região. Sim. Do mesmo jeito que tem ideias enraizadas aqui no nosso país, que é um problema da nossa realidade territorial e que a gente não conseguiu vencer e que talvez a gente nunca vença. E existem em todos os lugares do mundo. Eu não sei se dá para resolver. Acho que a gente tem países ali que t feito avanços. Eh, acho que o Emirados Árabes é um país que mostra um mundo islâmico rico, moderno, muito mais aberto e que tá tentando se transformar, que tá tentando encontrar uma fórmula de junção entre a sua tradição religiosa, histórica e cultural e a modernidade de liberdade, eh, de mais espaço. eh, de negócio e que é um é um outro é um outro modelo. Sim, claro. Emirados Árabes é minúsculo, mas a Arábia Saudita tá tentando seguir nesse caminho. Ia te perguntar isso de modernização que é diferente do caminho do Irã. Na verdade, são os dois grandes modelos hoje do Oriente Médio. Um lado o Irã e do outro lado a Arábia Saudita. O Irã antiquado e Araba Saudita se rejuvenecendo, se reformando, se abrindo, se corrigindo. Os dois são ditaduras, mas é diferente. Arábia Saudita tá abdicando dos seus poderes, dos seus ambições revisionistas. Ah, eu quero dominar o país do lado, eu quero influenciar isso, aquilo. E tá focada muito mais internamente em se transformar como sociedade. Óbvio que ela não, provavelmente nunca vai ser eh, sei lá, uma França, vai, um país muito aberto, porque ela tem uma questão religiosa, ela tem um DNA, ela tem uma característica cultural. Agora o Irã, ele não tá conseguindo sair do lugar, ele tá ficando para trás. A Arábia Saudita tá levando inteligência artificial, tá construindo neon, tá construindo, gastando fortunas, bilhões para se tornar um hubby mundial do esporte, do turismo, do do imobiliário, dos negócios, de tecnologia. Quanto que isso tá à frente do Irã? Tá muitos anos na frente. Muito. Você vai falar assim: “Ah, mas Arabia Saudita tem muito petróleo”. É saber usar esse dinheiro, esse petróleo é parte da, né? Até aí a Venezuela tem muito petróleo também, né? Até aí o Irã tem muito petróleo e não sai do lugar porque ele tá gastando dinheiro e constru tentando construir uma bomba atômica. São escolhas. Qual é a escolha que o regime iraniano faz? Qual é a escolha que o Ramás faz? Qual a escolha imperfeita, porém melhor que desses dois que a Arábia Saudita faz? Qual a escolha que Israel faz? Não tem comparação. A única democracia sólida, imperfeita, claro, com vários problemas, mas é uma democracia sólida da região. Eh, se talvez tenha um um Líbano ali tentando ser uma democracia e o resto me desculpa. Então, eh, são projetos diferentes, né? E quando a gente vai discutir o que acontece, a gente tem que levar em conta essas questões, porque elas fazem toda a diferença. Claro. E quando a gente fala em democracia, eh, professor, eu queria falar com você sobre a China. Até veio aqui também o Cobore também, poxa, inteligentíssimo. E ele cita que ele gosta muito do modelo atual da China que ele considera um sucesso, onde o estado ele tem poder para tomar decisões mais longevas, digamos assim, né? Eh, ele até citou, por exemplo, que o Brasil a gente sofre muito com isso, porque a cada 4 anos a gente tem ali um presidente e que muitas vezes a gente não tem um projeto de longo prazo devido a isso e que a China conseguiu hoje trabalhar com projeto de longo prazo, porque ali você tem uma pessoa só tomando decisões e que ele acredita que é um modelo de sucesso hoje a China. Que que você pensa desse modelo da da China hoje? Olha, eu não acho que eh o modelo ditatorial autoritário, ele é o melhor modelo de desenvolvimento econômico. Eu não acho. Eh, eu acho que você constrói uma consistência de interesse nacional orgânica dentro de uma democracia. Sim, é muito mais difícil de você conquistar eh eh essa consistência orgânica, ou seja, essa continuidade do que é o interesse nacional, independente do partido que assume o poder a cada 4 anos. E eu acho que a hora que você alcança isso, você tem uma solidez assim e resultados muito maiores, porque aquilo foi consentido, aquilo foi autônomo, aquilo foi pensado por todo mundo. Eh, e a democracia tem mecanismos de autocorreção que as ditaduras não têm. Então, não é só sobre ai a velocidade que a China toma uma decisão. A velocidade que você toma uma decisão, ela é proporcional à velocidade do tamanho do erro que a sua decisão errada eh chega e alcança. uma decisão tomada que não vai ser questionada, se ela for uma decisão errada, o tamanho do roubo que aquilo vai causar é proporcional à velocidade que ela foi implementada, é proporcional à falta de contestação que existe naquela decisão. Então assim, eu gosto muito mais da ideia, né, da lógica empreendedora, que o fracasso não é uma derrota. O fracasso para qualquer empreendedor é o quê? Uma escola, é um aprendizado, é uma correção de rota. Você precisa testar, você precisa fazer, você precisa errar, você precisa aprender, você precisa evoluir. Só assim se alcança a maturidade, só assim se alcança a emancipação verdadeira da sociedade, aonde todo mundo tem consciência. Claro que você tá sujeito a retrocessos, porque o ser humano não é constante. Só que os retrocessos quando eles vêm numa ditadura, eles são muito piores porque eles são grandes colapsos. Eles são, eles abalam os alicerces e aquela bomba relógio que tava sufocada, ela explode de um jeito incontrolável. Não que isso não possa acontecer numa democracia. Mas eh o ambiente que a democracia cria, ele é um ambiente mais justo, eh ele é um ambiente mais livre, eh ele é um ambiente mais igualitário, eh, enfim, e eu acho que esses três valores são suficientes para a gente preferir esse modelo. Não acho que a prosperidade material do chinês é maior. Ah, tá, eles ainda estão crescendo, OK? Mas eu não acho que o governo chinês vai deixar eles terem uma prosperidade, uma liberdade igual você pode ter na Europa ou nos Estados Unidos. Sim. Então, eu não concordo eh com a ideia de que eh o modelo chinês, que não é diferente de nenhum outro modelo autoritário, não sei qual é qual a distinção de critério para dizer que o modelo chinês ele é especial, ele é um modelo ditatorial e a ditadura tem esses problemas. Eu acho que esses problemas no longo prazo, na corrida final, eles são decisivos pro sucesso e fracasso de uma nação. E e não adianta falar: “Ah, não, mas a China, a China fracassou diante do seu próprio autoritarismo.” A história chinesa não é uma história de democracia. A cultura política chinesa é uma cultura dinástica, hierárquica, autoritária. Eh, e essa cultura levou a China a sucessos e muitos fracassos. E na modernidade, o modelo chinês eh autoritário, seja porque é uma dinastia ou porque é um partido, não foi capaz ainda de vencer o modelo democrático livre do Ocidente. E eu nem acho que se a China vencer esse confronto, eh, é porque o modelo chinês é melhor, porque a gente tem que levar em consideração o problema do modelo ou o colapso que possa vir acontecer no Ocidente por conta própria, porque tem alguma coisa acontecendo diferente que que tá abalando as democracias. Mas não é e esse alguma coisa que tá acontecendo aqui não é uma não é causado porque o modelo chinês é melhor. Modelo chinês talvez ele esconda esse problema que nas democracias ele é aparente e ele controla esse problema na base da força. Eu acho que isso é problemático, porque a hora que isso explode, você tem colapsos gigantescos. eh, inclusive de separação dos territórios da nação, que é a história chinesa. Sim, a história da China é uma grande sanfona que cresce, diminui, encolhe, fica pequena. Dinastia fica desse tamanho, controla outros povos, outros povos se rebelam. Eh, é uma loucura lá, né, professor? Vou dar uma olhada aqui no chat rapidinho, mandar um abraço aqui pro Bruno Augusto, pro Nicolas Garcia, pro Sonic Sound, pro Raymond Júlio. Ó lá falando que já passamos de 500 likes, mas chegamos aqui a 1500 pessoas ao vivo, gente. Um grande abraço para vocês. Estamos aqui ao vivo com o professor Rock. Vou aproveitar também para falar dos nossos patrocinadores aqui, né? Casa Capital hoje aqui com a gente, considerado aí o melhor escritório do BTG no Brasil, tá certo? Eh, o Casa Capital hoje que conta com ótimos assessores. Se você não tá satisfeito aí com o seu banco, com a sua corretora, tá, dá uma palavrinha com a Casa Capital. Olha, eles têm me ajudado muito, inclusive eu que também ultimamente tô na correria, tô sem tempo, eh, a ver para mim bons produtos no mercado secundário que tem taxas maiores do que a renda fixa do mercado primário. Então, conversa com eles, fala que eu falei, André Dias aqui para vocês falarem com eles sobre o mercado secundário. Tesouro Direto tá uma uma fase muito legal, dá pra gente ganhar com a marcação ao mercado. Eles vão te ensinar isso. Então, muitas vezes você tem um assessor aí que tá acomodado, preguiçoso, vai lá conversar: “Poxa, André, mas eu tenho conta em outro lugar. Você pode fazer aí, né? Você pode transferir tua conta para eles, tá? Você pode fazer de forma simples, eles vão te ajudar. Eu vou deixar aqui o QR code para vocês do pessoal da Casa Capital e aqui embaixo o link na descrição do vídeo, conversa com eles, tá bom? E hoje também aqui com a gente o site Investidor 10, já conhecido de todos vocês, com certeza. Site investidor 10 hoje é o maior site de pesquisas, de estudos, de ações, fundos imobiliários, ativos no exterior, tá? Então, se você quer saber mais sobre a ação do Banco do Brasil, o que que tá acontecendo? Vai lá no site investidor 10, eles têm as últimas notícias, tem todos os indicadores fundamentalistas, eles te ensinam que são esses indicadores fundamentalistas, tudo de graça, tá certo? Vou deixar aqui o link aqui também embaixo para você acessar. Vai pelo nosso link para você dar uma força aqui pro nosso podcast. Professor, eu queria entender contigo também pra gente se encaminhar pro final aqui da nossa entrevista. América do Sul. A gente tá vendo que o Trump tá com uma relação muito boa com Milei, né? Eh, estão até falando, talvez em em os argentinos não terem nem obrigação de visto para entrar nos Estados Unidos. Qual é o real interesse aí de Donald Trump na Argentina, na sua opinião? Não, acho que é ideológico assim, tipo, ele tem uma proximidade com Milei. Milei eh apoia ele, tá no mesmo campo político que o dele. Eh, acho que não tem grandes interesses maiores do que isso. Argentina não é tão relevante pros Estados Unidos. Eh, tá fazendo um bom trabalho. Mlei tá resolvendo eh décadas de e é um governo de direita também, né, que é que que se encaixa melhor no padrão do Trump, né? política deles ideológica. Claro que o Milei tá fazendo um bom trabalho, tá resolvendo um monte de coisa na Argentina que ninguém conseguia resolver a décadas, mas não acho que os Estados Unidos ten um interesse específico na Argentina que transcenda a afinidade ideológica. E a Venezuela agora a gente tá vendo em um monte de sites falando aí que que o que o Donald Trump colocou inclusive uma recompensa para quem tiver mais informações e captura de Nicolas Maduro. Você acha que nós estamos chegando aí no final da história de Nicolas Maduro e sua ditadura ali na Venezuela? Isso pode acontecer? Pode os Estados Unidos invadir a Venezuela, digamos assim, ou esses isso não existe? Não, não existe. Os Estados Unidos não vai invadir a Venezuela. pro Trump fazer um ataque pontual com um avião contra o Irã e acabou a guerra naquele minuto. Foi algo bem assim, bem é bem tipo além do esperado. Eh, então, tipo, não acho que ele vai invadir a Venezuela, muito menos com soldados. Eh, ele aumentar a recompensa para quem der a cabeça do Maduro, normal. Os americanos sempre fizeram isso, não é? o Trump que tá fazendo isso. Todo presidente americano eh eh é prática do governo americano dar recompensas para quem entregue inimigos dos Estados Unidos. Isso foi feito com Bin Laden, foi feito com o líder do ISIS, uma série de figuras. Eh, eles aproximarem navios militares aqui mais próximo, digamos, da América Central e América do Sul. Você acha que é algum tipo de estamos de olho em você ou não tem nada a ver? Eh, eu não acho que os Estados Unidos vai atacar a Venezuela. Eh, os navios estão aqui porque o Trump deu uma ordem para que o exército americano, os militares possam atacar os cartéis. Então existe uma mobilização para que eventualmente os Estados Unidos, mas eles podem entrar num país eh para atacar os cartéis ou tem tem que ter uma autorização ali, por exemplo, na Colômbia, na época do Pablo Escobar, eles trabalhavam em conjunto ali Estados Unidos e Colômbia, né? Isso. Eh, do ponto de vista legal, você tem que ter uma autorização, mas o direito internacional ele é meio que uma fachada, porque não tem como você aplicar ele, não tem como você fazer ele ser cumprido, não tem punição, eh, não tem mecanismos, investigações, não tem nada. Então é uma coisa simbólica. Você cumpre porque você entende que é melhor cumprir ou é o certo é cumprir, mas os países na hora que a coisa aperta eles descumprem. Eu eu não acho que o o governo americano deixaria de atacar o território de um país onde estão abrigados cartéis ou traficantes com a desculpa que isso é uma intervenção à soberania. Até porque você pode trazer um argumento legal que vai dizer: “Olha, você já não controla mais aquele território, você perdeu a soberania daquele lugar, porque aquele lugar está controlado por essa organização criminosa. E se ela controla aquele território, você não tem mais soberania sobre aquilo. Eu posso então eh tomar uma providência porque ele invade a minha soberania ao cometer ações criminosas no meu país. Eh, então você poderia dar essa justificativa legal, mas eu não acho que a discussão passa por aí, porque isso não é o ponto mais importante. O ponto mais importante é: eu posso fazer e eu vou fazer alguma coisa. E aí eu acho que os Estados Unidos deve fazer alguma coisa. Se o Trump deu a ordem até para mostrar pro seu público, não acho que serão grandes coisas. Vai ser ataques pontuais do mesmo jeito que foram feito com o Irã, eh, contra posições do de cartéis ao redor da América Latina. Eh, pode atacar alguma coisa na Venezuela que tá ligada com o cartel? O governo da Venezuela tá maduro diretamente, está ligado com cartéis. Você fala para mim, os Estados Unidos pode eventualmente atacar o Maduro? Descartaria. Acho estranho, porque os Estados Unidos não quis atacar o regime iraniano, ele atacou a instalação nuclear porque ele não queria que o regime colapsasse. Uhum. Se o regime colapsasse, você causaria uma instabilidade no país. Se você causar uma estabilidade na Venezuela, você precisa ter meios para que a Venezuela imediatamente chegue uma nova liderança no poder e uma liderança decente, que essa liderança tem a força para manter a ordem. Eu não sei se a oposição na Venezuela tá pronta para assumir. Para assumir ela pode até tá politicamente, mas em termos de força, em termos de ordem, na Síria aconteceu próximo a isso. É, mas não tá ordenado, tá uma bagunça lá, né? Isso. Que loucura. Com vários conflitos. Então, eh, eles têm um exército na mão, eles têm forças militares, as forças chavistas vão lutar, vão resistir. Não adianta decaptar a cabeça se o resto do corpo vai continuar lutando. Eu não acho que os Estados Unidos fará um movimento ou faria um movimento desse diante eh do risco que pode ser uma guerra civil dentro da Venezuela. Sim. E aí o Trump, tudo que ele não quer é guerra. Trump funciona mais com ameaça blef do que com ação. Sim, no Irã ele fez isso, mas Israel tinha preparado todo o terreno, tava tudo seguro. Ele só foi lá e colocou a cereja do bolo ali dentro e mostrou força e falou: “Ó, eu tô aqui”. Mas ele também não deixou que Israel decaptasse o regime, matasse o eatolá. Agora, você não achou estranho a Rússia e a China não se pronunciarem frente a esse ataque pontual dos Estados Unidos no Irã? Tá? Achei, achei um sinal curioso, eh, importante pra gente entender que a aliança do eixo das ditaduras, que é Rússia, China, Irã e Coreia do Norte, ela não é igual. Os quatro membros não têm o mesmo nível de conexão entre eles. Uhum. Rússia, China e Coreia do Norte são muito mais similares, muito mais próximos. Inclusive os três têm fronteira um com o outro. Sim. O Irã é o irmãozinho estranho. Ele é religioso, fundamentalista, islâmico. Tanto a China quanto a Rússia tem problemas com fundamentalismo e problemas com o Islã. eh, ele tá mais longe. E na hora que a coisa apertou, eles olharam pro Irã e falaram: “É, o Irã não é tão relevante para mim. Eu não vou me envolver nessa. Eu não vou gastar meu cartucho, minha munição, é minha energia para salvar o Irã.” Isso mostra que e existem pontos mais frágeis do elo dessa aliança. E é importante perceber isso para usar ela e minar o resto da aliança. Sim, você pode começar pelo mais fraco para depois se preocupar com os mais fortes, né, professor? Isso. Legal, Roque, professor Roque, muito obrigado pela sua participação mais uma vez aqui no Irmãos Dias Podcast. Queria que você deixasse aqui os seus recados finais paraos nossos telespectadores aqui. Bom, pessoal, quem não me segue, Professor Roque, YouTube, Instagram e TikTok, tem análises mais longas e profundas sobre cada um desses temas. E convidar vocês para conhecerem o meu aplicativo Rock Academy. Você baixa na loja da Apple e do Google e você consegue eh assistir um monte de cursos especiais. É uma assinatura anual, é muito barato, tem todo tipo de conteúdo exclusivo, tem uma parte que se chama bunker do rock e ali a gente eh é um feed de notícias em tempo real com tudo que tá acontecendo. Então você não sabe qual veículo seguir, qual notícias você segue, a gente dá a notícia resumida dos eventos mais importantes todos os dias de tudo que tá acontecendo no mundo. E para quem quiser ir mais fundo ainda, eh, estudar geopolítica para entender para onde o mundo caminha de verdade, seja por causa do seu negócio, seja por causa da sua carreira, seja da empresa que você tá, uma multinacional ou o banco, o setor financeiro. Eu tenho uma pós-graduação em geopolítica com a PUC do Paraná. é um curso desenvolvido especialmente, é tudo online. Você não precisa ter feito graduação de relações internacionais para fazer essa pós. São vários professores de várias áreas, eh, gente muito técnica, muito profunda, gente muito qualificada e você tem grandes atrações, como Tony Blair, é um dos professores, eu entrevisto ele num bate-papo e a gente vai debatendo o que tá acontecendo no mundo. Além, eu dou aula lá também e vários outros professores de outras áreas, finanças, economia, eh direito internacional, relações, eh organizações internacionais, eh comunicação, tecnologia, todo mundo olhando para essas áreas sobre a ótica de poder da geopolítica. Vale a pena. Eh, PUC do Paraná chama dinâmica global e é uma pós geopolítica. Legal, professor. Obrigado mais uma vez. Quero te agradecer também, né, por você estar aqui com a gente. 1 hora 40 de podcast, muito conteúdo, geopolítica, que é super importante pro seu dia a dia também, a gente entender para onde o mundo tá indo. Quero te agradecer pela presença e também se puder já deixa aí o botãozinho do like apertado que vai nos ajudar muito, tá legal? Um grande abraço para você. Toda semana um convidado super especial aqui no Irmãoos Dias Podcast. Hoje a Carol Dias não está, ela está de férias, tá em Miami. Eu amanhã embarco paraa Turquia também vou sair de férias. Mas aí a Carol assume na próxima semana.







