Quem Limpava o Coliseu Após as Batalhas? A Surpreendente Realidade dos Faxineiros do Coliseu!
0O Coliseu é um dos monumentos mais emblemáticos e grandiosos de Roma, famoso por sediar batalhas de gladiadores e por ser o centro do entretenimento romano. Só que por trás desses jogos havia uma tarefa árdua e muitas vezes não vista, a limpeza da arena após cada combate. Essa responsabilidade era atribuída a um grupo específico de escravos conhecidos como serve publice, que eram fundamentais para a continuidade desses eventos, embora o seu trabalho fosse muitas vezes esquecido. Os serve publ eram escravos pertencentes ao estado romano, que trabalhavam nas funções administrativas e nas obras públicas. Embora a maioria desses escravos estivesse envolvida em tarefas administrativas, um número considerável estava alocado em trabalhos mais físicos, como, por exemplo, a manutenção de grandes estruturas públicas, entre elas o coliseu. Esses escravos não estavam apenas encarregados da limpeza da arena após os jogos de gladiadores, mas também eram responsáveis por outras tarefas essenciais, como, por exemplo, garantir que as instalações do Coliseu estivessem sempre em bom estado para o próximo evento. Então, imagine o trabalho terrível desses escravos. Após cada combate, o coliseu ficava coberto de sangue, restos de animais e corpos de gladiadores. A limpeza era uma tarefa brutal e complexa que exigia um grande esforço para restaurar a arena a sua aparência impecável, pronta para o próximo espetáculo. A arena do coliseu era coberta por uma camada espessa de areia que tinha o nome latino arena, do qual vem a palavra que nós usamos até hoje arena. e ela servia para absorver o sangue dos combates. Cada luta deixava a arena em condições deploráveis após os eventos. Por isso, era necessário que essa areia fosse removida e para isso, os serve publice recolhiam a areia saturada de sangue e resíduos e aplicavam uma nova camada, garantindo que o local estivesse preparado para o próximo combate. Além da troca da areia, havia a necessidade de remover os corpos dos gladiadores, que muitas vezes eram deixados sobre o piso da arena como parte do espetáculo. O trabalho dos escravos também envolvia a remoção dos restos dos animais mortos nas lutas, como leões, tigres e outros animais selvagens que eram trazidos para lutar contra os gladiadores ou entre si. Para essa tarefa eram necessários catadores ou equipes designadas que se encarregavam de recolher esses restos. Além disso, os serve public também precisavam limpar os resíduos deixados pela multidão de espectadores que jogavam restos de comida, bebidas e outros objetos durante os jogos. Essa sujeira precisava ser varrida e retirada para que o coliseu estivesse limpo para o próximo espetáculo. Era, sem dúvida, um trabalho exaustivo e sujo, mais essencial para o funcionamento contínuo do Coliseu. Uma outra tarefa desses escravos era retirar as armas e armaduras dos combatentes caídos, já que qualquer gladiador derrotado seria despojado dos seus pertences logo após a luta. Essas armas, uma vez retiradas, eram entregues aos donos dos gladiadores, especialmente se eles fossem escravos, ou então levadas aos arsenais, onde poderiam ser reutilizadas em combates futuros. Como já falamos em outro vídeo aqui do canal, os corpos dos gladiadores eram levados ao espolário, que ficava localizado no subsolo do coliseu. Ali, muitos dos corpos dos gladiadores eram simplesmente jogados aos animais selvagens mantidos no coliseu, como leões, tigres e outros predadores. Mas caso um gladiador morresse e tivesse parentes ou pessoas próximas, como por exemplo seu lanista, camaradas ou familiares, eles poderiam solicitar o corpo dos combatentes aos escravos responsáveis pela remoção dos mortos na arena. Com isso, a família do gladiador tinha a possibilidade de financiar os custos do seu funeral e de um memorial, garantindo a ele um enterro digno. Apesar da vida desses escravos do Coliseu fosse marcada pela dureza e pela falta de liberdade, havia certas oportunidades de melhoria nas condições de vida desses escravos. Eles podiam ganhar uma certa quantia de dinheiro para o seu próprio uso e também recebiam um subsídio anual do Tesouro Imperial, o que dava eles uma forma de sustento além da alimentação básica. A possibilidade de acumular riqueza, apesar de limitada, existia e isso oferecia aos escravos uma chance de melhorar sua posição social. Além disso, havia a possibilidade de alforria para os serve publicacassem em seus trabalhos. Se um escravo fosse particularmente útil e eficiente, ele poderia ser libertado, o que significava uma mudança significativa na sua condição social. Com isso, alguns desses escravos poderiam alcançar uma posição de respeito, em especial se estivessem envolvidos em tarefas administrativas ou na construção de obras públicas essenciais para o Império Romano. Após a queda do Império Romano, o Coliseu continuou a ser um símbolo poderoso da história de Roma. A arena, que antes abrigava lutas sangrentas, passou a ser vista como uma relíquia histórica. E o próprio Papa Pio V, que viveu no século X, sugeriu que peregrinos coletassem a areia do coliseu como relíquia, afirmando que ela estava impregnada com o sangue dos mártires. Essa ideia de que o coliseu era um local sagrado, manchado de sangue, refletia a importância simbólica do lugar ao longo dos séculos. No entanto, poucos se lembram dos escravos que silenciosamente desempenhavam o trabalho de limpar o coliseu após cada evento. Mas me diz aí nos comentários se você já conhecia o trabalho desses escravos públicos na Roma antiga. E se você gostou desse vídeo, não se esqueça de deixar um like e também de se inscrever no nosso canal. Então, a gente se vê no próximo vídeo.