R$ 1,4 Bilhão e 676 Km Prontos: A Ferrovia Que Está Mudando o Nordeste
0[Música] Depois de anos de incertezas, uma das obras mais ambiciosas do Brasil está finalmente ganhando forma e pela primeira vez com avanço real visível. A transnordestina, que já foi símbolo de frustração, hoje avança em ritmo acelerado pelo sertão. Com mais de 75% da primeira fase concluída, a ferrovia pode começar a operar ainda em 2025. Neste vídeo, você vai entender porque a ferrovia mais estratégica do Nordeste voltou ao radar nacional e como ela pode mudar o futuro da logística brasileira. A Transnordestina é uma ferrovia de 120 km de extensão que liga Eliseu Martins, no sul do Piauí, até o porto do Pessem, no litoral do Ceará. O projeto faz parte de uma estratégia logística para conectar o interior do Nordeste diretamente a um porto de grande escala, viabilizando a exportação de grãos, combustíveis e minérios com custos menores e prazos mais curtos. Seu traçado passa por cidades estratégicas como Paulistana, Trindade, Salgueiro, Iguatu, Quixadá e Cacaia, até chegar ao terminal portuário de PEN, no município de São Gonçalo do Amarante. A ferrovia foi desenhada para receber trens de carga pesada, com bitola larga, sistema moderno de controle e terminais intermodais que integram rodovias e centros de produção agrícola. é sem dúvida uma das peças chave do chamado arco norte logístico brasileiro, que tem ganhado protagonismo nas exportações nacionais. A origem da Transnordestina remonta ainda aos anos 1990, mas foi em 2006 que as obras começaram oficialmente sob responsabilidade da concessionária Transnordestina Logística SA. O projeto original previa uma ligação ferroviária entre Eliseu Martins no Piauí, o porto do Pessém no Ceará e o porto de Suap em Pernambuco. Mas em 2017 o trecho pernambucano foi retirado do plano por inviabilidade técnica e financeira. A partir daí, o foco passou a ser apenas a chamada fase um, de Eliseu Martins até o Pessem. Porém, desde o início, a obra enfrentou inúmeros problemas: repasses irregulares, paralisações, mudanças contratuais, embargos ambientais e até suspeitas de superfaturamento. Durante mais de uma década, os canteiros ficaram parados e a ferrovia se transformou em sinônimo de desperdício. A estimativa de entrega passou de 2010 para 2016, depois para 2020 e foi esquecida por muitos. Mas isso começou a mudar. A partir de 2022, o projeto foi reestruturado, ganhou um novo cronograma, novos recursos públicos e privados e voltou a ter prioridade dentro dos programas de investimento do governo federal. Depois de quase duas décadas marcadas por promessas frustradas, a Transnordestina finalmente entrou em sua fase mais consistente e acelerada. Em vez de projetos em papel e contratos suspensos, agora o que se vê são trilhos sendo assentados, frentes de obra ativas e um cronograma que começa de fato a ser cumprido. Em 2025, a ferrovia atingiu um marco importante, 676 km executados, ou seja, mais de 75% da fase 1 está concluída. Um dos principais trechos atualmente em execução é o lote 8. Localizado entre Quixadá e Baturité, no Ceará. Com 46 km de extensão, esse trecho recebeu um investimento de R$ 1 bilhão deais, oriundo do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste. Esse lote é essencial para ligar o interior ao eixo final da ferrovia e garantir a continuidade da malha rumo à costa. As obras começaram em meados de 2024 e, segundo o cronograma atualizado, devem ser concluídas até o fim de 2025. Outro trecho chave que começou a sair do papel neste ano é o lote 11, que conecta o município de Calcaia diretamente ao porto do Pessem. São 26 km de trilhos, considerados os mais estratégicos de toda a fase um, pois finalizam a ligação com o terminal portuário. A ordem de serviço foi assinada em janeiro de 2025 e as obras foram iniciadas em ritmo forte no primeiro trimestre. O governo do Ceará acompanha de perto esse trecho que representa o elo final entre ferrovia e navios cargueiros. Além dos trechos em execução, outro fator que consolidou a virada foi o aporte de 1,4 bilhão deais anunciado pelo governo federal em julho de 2025. Esse valor é parte de um pacote de reforço orçamentário destinado exclusivamente à Transnordestina, com recursos do FDNE e apoio de bancos públicos. A meta é clara, concluir a fase 1 até 2027, com operação assistida iniciando ainda em 2025, em trechos já consolidados. Antes de continuar, deixa eu te dar uma dica que vai fazer diferença, principalmente se você, assim como a Transnordestina, também quer atravessar fronteiras. 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Esses números não representam só estatísticas, representam canteiros de obras em operação, máquinas trabalhando em ritmo acelerado e trechos que começam a tomar forma definitiva no interior do Piauí, Pernambuco e Ceará. Outro ponto importante é que a ferrovia está sendo construída com tecnologia de alto padrão. O projeto adota trilhos soldados continuamente, o que reduz a vibração e o desgaste das composições. Algo essencial para um corredor de exportação de longa distância. Além disso, a bitola utilizada é larga, 1,60 m, o que permite maior estabilidade, velocidade e capacidade de carga. Toda a estrutura está sendo preparada para o transporte de até 30 milhões de toneladas por ano, com foco especial no escoamento da produção agrícola do Matopiba, a fronteira agrícola formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. E esse escoamento não será apenas interno. O objetivo é ligar o sertão nordestino ao arco norte, onde os portos tem posição estratégica para a exportação direta aos Estados Unidos, Europa e Ásia. Com a conclusão da primeira fase prevista para até 2027 e os primeiros trens operando ainda em 2025, a ferrovia Transnordestina entra definitivamente no radar como uma das maiores revoluções logísticas da história recente do Brasil. Mas o que muda na prática? A resposta começa no campo hoje. Boa parte desses grãos percorre milhares de quilômetros até os portos do Sudeste. Com a Nova ferrovia, o trajeto será encurtado em até 40% e o custo do frete pode cair mais de 30%. Na prática, isso significa mais competitividade para o produtor rural. A ferrovia deixa de ser só trilho, passa a ser vetor de desenvolvimento regional. Além disso, o porto do PESEN ganha uma vantagem estratégica. Com acesso ferroviário direto, ele se consolida como huborção do Arco Norte, pronto para atender mercados exigentes como Europa e Ásia. E num cenário global cada vez mais disputado, essa vantagem logística pode ser a diferença entre fechar ou perder contratos internacionais. E mais, ao tirar caminhões das estradas e reduzir o transporte por rodovias, a ferrovia também entrega benefícios ambientais. Menos emissões de CO2, menos acidentes, menor desgaste das rodovias e mais eficiência energética. Mas não para por aí. Técnicos da TLSA, a concessionária responsável, já sinalizaram que a fase dois do projeto, que inclui trechos em Pernambuco e ligação com SUAP, pode ser antecipada. A expectativa é que as obras se iniciem até 2027, ampliando ainda mais a malha ferroviária da região. O Brasil tem um longo histórico de projetos que nascem grandiosos e morrem no papel. A Transnordestina quase foi mais um deles, mas contra todas as estatísticas ela está ganhando forma e mais do que isso, está começando a mudar o jogo. E se você quer continuar acompanhando essa transformação, se inscreva no canal Alameda, ative o sininho e veja também este outro vídeo que está aqui ao lado sobre o porto que pode transformar o Nordeste em potência global. E não se esqueça de abrir sua conta na Nômade. É só ler o Qcode na tela. [Música]