REAJA BRASIL – O TRIBUNAL DA HISTÓRIA
1Após o julgamento do Bolsonaro, eu comecei a refletir sobre como eu iria me manifestar sobre tudo que aconteceu. Foi então que eu percebi que eu não queria mostrar um monte de matérias e observar as opções que poderíamos ter. Eu queria ir além. Eu queria contar uma história, a nossa história pelo meu ponto de vista. E é o que eu vou fazer agora. เฮ [Música] [Música] Durante muito tempo nós assistimos, nós denunciamos, mas com um sistema tão aparelhado, nós a direita brasileira não fomos apenas ignorados, fomos criminalizados. A desumanização do seu oponente é uma técnica fascista e nazista. Os judeus eram compados a baratas, um bicho que trazia malefícios à sociedade. Exterminá-los seria um bem comum. Durante muitos anos, nos perguntamos como o mundo permitiu que judeus fossem mortos em massa, sem nenhuma intervenção. Após a chegada de Hitler ao poder, ele criou o Ministério do Heich para esclarecimento popular e propaganda. E o objetivo desse ministério era fazer com que a mensagem nazista fosse entregue à população através da arte, da música, dos filmes, do teatro, dos livros, das rádios, dos materiais escolares e também da imprensa. Os alemães eram sempre lembrados de que estavam lutando contra inimigos estrangeiros. Os judeus eram chamados de traidores, inimigos internos e conspiradores. E antes da lei contra os judeus de fato ser criada, as campanhas de propaganda criavam um ambiente de tolerância à violência contra esse povo. As propagandas também incentivavam a aceitação de medidas que estavam prestes a serem tomadas contra os judeus, porque os judeus se rebelaram contra os nazistas, mas a imprensa relatou que os nazistas, na verdade, estavam restabelecendo a ordem, interferindo no caos que os judeus criavam. retrataram os judeus como parasitas culturais, como algo que corroía e contaminava a sociedade. Caricaturas em jornais eram usadas para desenhar as acusações. Quando a perseguição contra os judeus começou a avançar, a propaganda do Haich tentava mascarar a situação. Diziam que os getetos, as prisões dos judeus, eram um modelo e que inclusive recebiam visitas monitoradas da Cruz Vermelha. Enquanto tudo isso acontecia, um outro ambiente era criado, o ambiente em que discordar ou resistir se tornava perigoso. Diziam que tais pensamentos, os pensamentos de estamos indo longe demais, eram irracionais. Afinal, eles estavam restabelecendo a ordem contra parasitas, contra os agitadores, contra os inimigos da Alemanha. A propaganda nazista associava os judeus a inimigos do estado, a traidores, como se eles fizessem parte de uma guerra oculta. E essas ligações permitiam que medidas de segurança fossem justificadas, como deportações com fiscos de bens, prisões e violência. Tudo sob o pretexto de proteger a pátria. Com a sociedade doutrinada e sem oferecer resistência, seja por convicção, seja por medo, chegaram ao holocausto. [Música] Gubbels, o ministro da propaganda de Hitler, disse, abre aspas, uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade e ele ensinou como o método de repetição era eficaz para moldar a opinião pública. Gubbels também disse coisas como não é tarefa da propaganda descobrir a verdade, mas sim persuadir nessa citação, Gabbels ensina que você não precisa lidar com a verdade, porque o seu plano não é conscientizar um povo, mas convencê-lo de que o que vocês estão fazendo é o certo. Outra frase impactante: a propaganda não deve servir a verdade, especialmente quando esta pode favorecer o inimigo. Agora ele diz que a verdade é relativa, porque se a verdade favorecer o seu oponente, você pode simplesmente tratá-la como uma mentira. É só você controlar a comunicação. E não, eu não tô relatando esses fatos históricos, fatos que fique claro, para tentar traçar uma linha de comparação entre os judeus e qualquer outra linha de perseguição já cometida no mundo. O holocausto é incomparável com qualquer coisa. Aquilo foi o ápice da maldade do ser humano. Uma ferida que jamais será cicatrizada e nunca será esquecida. O termo nazista se tornou referência mundial do que existe de pior no ser humano. Os nazistas se tornaram as baratas, os parasitas. E é importante você guardar essa observação. Eu vou te mostrar como esse termo virou arma de propaganda na nova leva de desumanização de opositores. Minha intenção ao contar essa história é mostrar que o método de propaganda nazista foi eficiente e que Hitler não conseguiria fazer o que fez sozinho. Ele teve ajuda no convencimento. Ele tinha o Ministério da Propaganda que convenceu a população de que aquilo era o certo a se fazer. Hitler criou um modelo de propaganda para efetivação de regimes e isso se espalhou por todo mundo. Charlie Kirk perdeu sua vida porque debatia com pessoas que pensavam de forma contrária a ele. Veja bem, debatia, ele conversava, mas seus argumentos eram muito bons. Seu ponto de vista era claro. Charlie Kirk alcançou milhões e milhões de pessoas e suas palavras os convidavam à reflexão. Seus argumentos eram poderosos porque não podiam ser refutados. E ele começou a ser visto como um inimigo pelo lado oposto. Como Charlie ousou chegar numa universidade, refutar as doutrinas e trazer os jovens, que sempre serão o futuro da nação, e os convidarem a rever as convicções que foram ensinados por décadas. Lembra o que Gabbels disse? A propaganda não deve servir a verdade, especialmente quando está a favorecer o inimigo? E esse é o grande problema da verdade. Ela não pode ser refutada. Ela se impõe em qualquer ambiente quando exposta de maneira clara. E quando a pessoa que sempre acreditou numa mentira se depara com ela, com a verdade, a pessoa doutrinada se sente atacada. Ela prefere acreditar que aquilo é um discurso de ódio, admitir que foi enganada por toda uma vida, porque já dizia o ditado, a verdade dói. E atacar a verdade muitas vezes é um método de fuga e de autopreservação. Charlie Kirk destruía a propaganda há tempos propagada, mas a verdade por si só convence e não pode ser refutada. Então ele foi assassinado. Não podiam destruir os fatos, alterar os fatos. Então, destruíram quem os propagava. É o fim do debate. Agora eu quero falar do Brasil que eu tô vivendo. Não é algo novo que militantes de esquerda associem seus opositores políticos ao nazismo. Em 2006, durante a campanha para a reeleição, Lula comparou o discurso da oposição, que na época era Geraldo Alkim e Cristóvão Boarque, ao de Hitler. Na época, Cristóvan Boarque chegou a dizer que Hitler também fugia dos debates em referência Clara a Lula, que não comparecia aos debates eleitorais. O PT também fez diversas charges colocando Alkmin numa estética nazista. Aquela era a forma da esquerda desumanizar a oposição. E o mais engraçado nisso tudo é que hoje Alkmin é o vice do próprio Lula. Lula! Lula! Viva Lula! Mas falemos mais da situação da oposição versus governo nos anos em que o PT esteve no poder. Gilmar Mendes, ministro do STF, sempre foi uma figura ligada ao PSDB de Alkim, de Aécio Neves, oposicionistas a Lula. O ano era 2012, quando Gilmar Mendes deu uma entrevista à revista Veja, dizendo que Lula havia ligado para ele pedindo que o julgamento do mensalão fosse adiado. Segundo a matéria, Lula teria relatado que Zé Dirceu estaria desesperado, pois havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal como chefe de uma organização criminosa que distribuiu recursos públicos para parlamentares bancarem despesas de campanha via caixa dois. E em troca, esses parlamentares só deveriam votar junto com o governo. Eis aí o mensalão. [Música] Mas ainda, segundo o próprio Gilmar Mendes, Lula teria oferecido a ele uma proteção, já que Lula teria afirmado que o governo controlava a CPI do Carlinhos Cachoeira, que poderia chegar a uma suposta reunião entre Demanes Torres, acusado de ser o lobista do bicheiro Carlinhos Cachoeira e Gilmar Mendes em Berlim. A oposição, à época comandada pelo PSDB, Democratas e PP, pediu que o PGE investigasse Lula por coação no curso do processo, chantagem, dentre outras coisas. A Polícia Federal chegou a interceptar ligações telefônicas de Carlinhos Cachoeira, em que o nome Gilmar apareceu entre os passageiros de um jatinho em companhia do próprio Demostenis. Mas nem Lula foi investigado pelo PGR, que não viu nada demais na pressão ao ministro, nem Gilmar Mendes foi investigado por esse grampo telefônico. Lula não foi acusado de coersão nem de interferência no curso do processo. O escândalo do Mençalão estourou em 2005, chegou ao Supremo em 2007 e só foi concluído em 2014 com condenações de Dirceu, Delú Soares, José Genuíno, João Paulo Cunha, Valdemar da Costa Neto, Roberto Jeferson, Henrique Pisolato, Marcos Valério, Pedro Correa, dentre outros. Foram 7 anos de análise na Suprema Corte para poder julgar políticos que assaltaram os nossos bolsos em compra de votos para sustentar o governo do momento no poder. A título de informação de um indutor Zé Dirceu, dentre outros, que hoje estão em liberdade e fazendo matérias em jornais. E quando achávamos que a justiça tardava, mas não falhava, nos deparamos com o petrolão. [Música] E vale a pena lembrar como isso tudo funcionava. Empreiteiras superfaturavam contratos com a Petrobras, como, por exemplo, obras em refinarias, plataformas e serviços. E a parte desse dinheiro extra, após ser superfaturado, voltava para os políticos e funcionários públicos em forma de propina. Essa propina era paga a diretores da Petrobras e a políticos, em especial da base do governo à época do PT. E não era apenas um esquema de enriquecimento via assalto ao povo brasileiro, era também um esquema de perpetuação no poder, já que muitos desses valores entravam para financiar campanhas eleitorais. Emília Odebrecht, pai de Marcelo Odebrecht, chegou a declarar que iria derrubar a República e que teriam que construir mais três celas, uma para ele, uma pro Lula e uma pra Dilma. Gilmar Mendes nessa época deu aquela declaração que entraria pra história. Por isso que se defende com tanta força as estatais, não é por conta de dizer que as estatais pertencem ao povo brasileiro, porque pertencem a eles. Eles tinham se tornado donos da da da Petrobras. Esse era o método de governança. Infelizmente para eles, felizmente para o Brasil deu errado. Isso revelou e nós estamos nesse caos por conta desse método de governança corrupta. Nós temos hoje como método de governança um modelo cleptocrata. O Brasil assistiu perplexo as delações que eram cheias de detalhes de como a máquina pública havia se transformado em uma máquina de propina em benefício de políticos que alcançavam cada vez mais poder e mais dinheiro. Mas lembra, naquela época a oposição que conhecíamos era o PT de esquerda e o PSDB de direita. E enquanto a Lava-Jato avançava para cima dos petistas, o PSDB deitava em cima de tudo. Os espolos da corrupção petista eram colhidos pelos tucanos. E em plena eleição de 2014, a direita se organizou para votarem Aécio Neves como seu representante, que após perder pediu uma auditoria do sistema eleitoral. Matérias da época nos contam que a auditoria do PSDB, no entanto, não encontrou fraudes na eleição, mas fez uma constatação preocupante. O relatório apontava que o fato de fraudes não terem sido encontradas não era o reconhecimento de que o sistema brasileiro é inviolável, mas sim que é inaferível e inauditável. Só a título de curiosidade, nem a Écio, nem PSDB foram acusados de atentar contra o Estado democrático de direito, até porque logo na sequência começou o movimento Fora Dilma, que resultaria em seu impeachment. Aécio Neves e PSDB seguiam sendo a voz da direita brasileira até que o impensado até aquele momento aconteceu. A É o Neves também caiu na Lava-Jato e com vasto material probatório. Afinal, quem aí não se lembra do áudio em que ele dizia que o cara para recolher o dinheiro via Joesley deveria ser alguém que eles pudessem matar antes que fizesse uma delação? Como é que a gente com tem que ver? Você vai lá em casa o Fred. Se for o Fred, eu ponho um menino meu para ele. Se for você, sou eu. Tem que ser entre dois. Não dá para ser. Tem que ser um que a gente mata ele antes aquilo caiu como uma bomba. A Lava-Jato enfim alcançou o PSDB e a direita imediatamente se voltou contra Écio Neves, que se viu juntamente com seu partido no epicentro do maior esquema de corrupção até então conhecido. Paulo Preto foi identificado como operador do PSDB no esquema e não foi preso uma, mas duas vezes e saiu da cadeia as duas vezes com abes corpos de Gilmar Mendes. Ao longo das investigações e com condenações, inclusive pelo TRF, Paulo Preto, lobista do PSDB, foi condenado a mais de 200 anos de cadeia, mas após o último abes corpus concedido por Gilmar Mendes, ele não voltou mais à cadeia e recorre em liberdade até os dias de hoje. Não é novidade para ninguém que de entusiasta da Lava-Jato, Gilmar Mendes se colocou como mais ferrenho crítico, chegando a chamar o grupo de investigadores de bandidos e pervertidos. Mas há outras controvérsias, como por exemplo, a prisão de Jacó Barata Filho pela operação Lava-Jato, que chegou a fazer uma modelação premiada contando como o cartel de ônibus funcionava e detalhando os repasses feitos a políticos. Gilmar Mendes foi padrinho de casamento de Jacó Barata Filho, que se casou com a sobrinha de Guilmar Mendes, esposa de Gilmar Mendes. E mesmo assim o ministro não se sentiu impedido emitir um abes corpos para tirar o Jacó Barata da cadeia por três vezes. Para aumentar o sentimento de revolta da população para com as decisões da corte, foi vazado um áudio de Gilmar Mendes com Aécio Neves, em que Aécio pedia Gilmar que intercedesse junto a outros políticos para que a lei do abuso de autoridade fosse aprovada. Por que um senador pediria para um ministro ligar para outros parlamentares para que votassem favoravelmente algum projeto que corria no legislativo de interesse de um cara que estava sob a lupa da justiça? Eis a interferência do judiciário no legislativo registrada em áudio. O material revelado para Lava-Jato era de fato impressionante, pois o medo da Lava-Jato era real. Chegaram perto demais, foram longe demais. Oi, Gmar. Alô. Oi. Tudo bem? Oi. Você sabe um um um telefonema que você poderia dar que me ajudaria na na condução lá? Sei como é que a tua relação com ele, mas ponderando, enfim, ao final dizendo que me acompanhe lá, que era importante, era o Flecha, viu? Flecha, tá bom, falo com ele, porque ele é da ele é o outro titular da comissão, somos três, sabe? Tá bom, falar com elas. Eu falei, eu falei, eu falei com a Anastasia e falei com T. Tá, não é da comissão, mas anast, ah, tô tentando construir e e dá uma palavrinha com flecha na importância disso e no final dá um sinal para ele, porque também ele não é muito assim, né, de entender profundidade da coisa. Fala, acompanha a posição do lá que eu acho que é mais serena, porque o que que a gente pode fazer no limite? É, apresenta um destaque para dar um satisfa e vota o texto que vota antes, entendeu? Uhum. Uhum. Destaque, destaque é destaque. Depois não vai ter voto, entendeu? Pelo menos você vota o texto e dá uma Uhum. uma satisfação para para não parecer que a bancada também foi toda contrariada, entendeu? Uhum. Uhum. Você pudesse ligar pra flecha aí falar, eu falo com ele, falo com ele. Ligo para ele. Ligo para ele agora. Ligo para ele agora. Tá bom. Um grande acordão com Supremo, com tudo. Como é política? Tem que resolver. Tem que mudar o governo para direito. A solução mais fácil era botar o bichão também. Eu sou Renante para sua um aborto que não gosta de Michel aborto. É um acordo do Michel um grande acordo nacional com o Supremo com tudo para todo mundo e aí foi delimitado onde tá. Mas Joesley Batista, que hoje viaja pra China como Lula, foi além. Ele deixava claro a Marcelo Odebrecht como fazer para pegar o Supremo. Era só pegar o Zé. Porque no final a realidade é essa. Nós não vai ser preso. Nós sabemos que nós não vai. Vamos fazer tudo menos ser preso. Surtou por causa do Zé. Não, surtou por causa do Zé. E porque sabe que se nós entregar o Zé, nós entrega o Supremo. Eu falei, eu falei pro, pro Marcel, falei: “Marcelo, você quer pegar o Supremo? Quer pega o Zé?” Seguinte, guarda o Zé. O Zé entrega o Supremo. O Zé em questão era José Eduardo Cardoso, ex-ministro de Dilma Russef. Lula chegou a pedir a Dilma que falasse com a Rosa Weber porque ela teria o poder de tirá-lo das mãos da Lava-Jato. Eu acho para fazer a cena. Importante você falar com a Dilma. Eu acho que eles quiseram antecipar o pedido nosso que tá na Suprema Corte, que tá na mão da Rosa Verber. Entendi. Sabe, eles estão tentando antecipar como eles ficaram com medo que a roda fosse dar, sabe? Eles estão tentando antecipar tudo isso. Entendi. Porque ela poderia tirar do Lava-Jato. Então o Moro fez o espetáculo para comprometer para comprometer a Suprema Corte. Mas eu, querido, então ela tá falando dessa reunião. Ô Wag, eu queria que você visse agora falar com ela, já que ela tá aí, falar o negócio da Rosa Verber, tá bom? Que tá na mão dela para defir. Falou, falou. Se homem não tem saco, quem sabe uma mulher corajosa possa fazer não quiseram. Tá bom, falou. Tá bom. Combinado. Valeu. Em meu momento, Maria do Rosário, eu pergunto, mas o que é isso? uma tentativa de coagir uma ministra da Suprema Corte e interferência direta no curso do processo, que simplesmente não foi tratada como crime, por mais que existam áudios mostrando o fato. Assim, fomos conhecendo os bastidores da política brasileira e como os juízes que têm vedada a atuação político-partidária se transformavam em protagonistas, heróis salvadores e até garotos de recado. Em 2016, o país explodiu em revolta numa das maiores manifestações já registradas. Era pelo impeachment da Dilma que acabou caindo. Os áudios das delações premiadas assombravam à população que não acreditava que aquilo tudo estava acontecendo, que políticos que deveriam cuidar do seu povo, na verdade usaram desse mesmo povo para obter poder e dinheiro. Enfim, a alternância de poder entre PT e PSDB havia chegado ao fim. O povo não confiava mais nem nos políticos, nem na justiça. E assim, nesse contexto todo, aparece Bolsonaro. Fora da bolha PT ou PSDB, era ele o outsider. Com uma população apunhalada pelo mensalão e pelo petrolão, um assalto a bolso do pagador de impostos, ele veio com o discurso de que o problema não era o Alkim, não era o Lula, eram os dois. A política no país estava errada, a justiça do país corrompida, a moral de nossos representantes eleitos era duvidosa. Ele disse que o sistema implantado era falso, que o que a mídia relatava não era notícia, era propaganda e chamou a todos a participarem da mudança. Era hora de renovar, nem PT, nem PSDB. O Stablman definitivamente não estava preparado para isso. Tanto que num primeiro momento fez piada. Bolsonaro era apenas um maluco extremista com ideias revolucionárias que ninguém deveria levar a sério. É a única coisa boa do Maranhão é o presídio de pedrinhas. É, é só você não estuprar, não sequestrar, não praticar latrocínio que tu não vai para lá, [ __ ] Acabou. Acabou. Mas o movimento em torno do turrão improvável crescia. Foi inaugurada a recepção nos aeroportos que se tornaram um evento. Suas ideias falavam diretamente com a população que estava recém-saída de um cárcere privado, onde os corruptos os mantinham como reféns. A mídia seguia o chamando de extremista. Aécio Neves havia caído, mas ainda tinha o Alkmin. Lula havia caído, mas ainda tinha o Hadad. A população não deveria escolher para o extremo oposto de ambos. Chegamos em 2018 e inaugurávamos a era em que a TV, o Fantástico e o Jornal Nacional não mais elegiam candidatos. Chegamos à era da internet em que o Brasil começou a chamar Globo de lixo. A realização deste exameixo. Só um minutinho, vou esperar. É, é, é isso aí. Achávamos que era o fim da propaganda ideológica. Achávamos que era só colocar um cara lá que pautasse o que o povo pedia, que nós faríamos o resto. Era só botar 1 milhão na paulista que o Congresso não aguentaria. Mas a verdade é que naquela época a gente ainda não sabia de nada. Em julho daquele ano, o cerco da Lava-Jato continuava a avançar e jornais estampavam a informação de que Dias Tofle recebiam uma mesada de R$ 100.000 R$ 1.000 em operações não informadas pelos bancos aos órgãos de controle de sua esposa, dona de um escritório de advocacia. Queramos respostas para tantos indícios anunciados e investigações que nunca saíam do lugar. E aí a gente gritou pedindo providências. A mídia, o PT e o PSDB, enfim, enxergaram que o discurso de Bolsonaro não poderia ser freado, que as ideias do cara convenciam pela naturalidade com que eram ditas. A linguagem simples arrebatou a massa. Não dava mais para pará-lo com base em propaganda. E foi aí que tentaram matá-lo. [Música] O homicida, um ex-filiado ao PSOL, que teve na mesma hora do atentado sua entrada registrada na Câmara dos Deputados, o que levantou imediatamente uma suspeita de tentativa de forjar um álibe, mas nada foi amplamente investigado. Trataram Adélio Bispo como um louco lobo solitário. O trancaram em uma instituição psiquiátrica sem autorização de entrevistas, sem autorização para que desse qualquer declaração. E lá ele tá até hoje. Nunca foi efetivamente explicado como advogados de alto padrão chegaram de helicóptero em sua defesa. Apenas um lobo louco solitário e exfiliado ao PSOL. Aquele atentado aumentou ainda mais a revolta da população e a vitória de Bolsonaro se anunciava entre os mais discrentes após a vitória no primeiro turno. Foi quando apareceu o primeiro escândalo que daria o tom do que seriam os próximos anos. Jovem contrária a Bolsonaro é agredida com socos e marcada com símbolo nazista. Em todo o Brasil multiplicaram-se atos de violência e ódio cometidas contra seguidores do candidato Bolsonaro. Toda a imprensa repercutiu à vésperas do segundo turno, que uma menina que usava a camiseta do Ele não havia sido marcada com o símbolo nazista. E o que eles queriam dizer com essas matérias era que apoiadores de Bolsonaro tinham simpatia pelo deplorável regime. Como eu disse, o escândalo correu por todo o país e foi relatado a exaustão em todas as mídias abertamente. Ela mesma havia se automutilado. Até que câmeras, perícia e testemunhas desmentiram a versão da jovem que acabou indiciada por falso testemunho e posteriormente acabou condenada. Sem nenhuma surpresa, Bolsonaro foi eleito, o que gerou a revolta da classe artística e jornalística, que não fez questão alguma de esconder o que fariam a partir dali. Desumanização e perseguição. [Música] Logo após a vitória de Bolsonaro, a jornalista Patrícia Campos Melo, essa moça aqui. Eh, como você define sua opinião política? Eu sou uma pessoa de esquerda. Eu sou uma pessoa de esquerda. Eu sempre votei no PT. fez uma matéria alegando que Bolsonaro havia feito disparo em massa pro WhatsApp durante o período eleitoral e sua matéria abriu a primeira discussão envolvendo o judiciário brasileiro contra Bolsonaro. Foi um processo longo e arrastado que estampava todos os jornais. Queriam, de certa forma convencer a população, nos convencer de que Bolsonaro havia sido eleito porque sua campanha supostamente havia enviado mensagens de WhatsApp para 8.000 pessoas. O governo sequer havia começado e a esquerda já bradava a cassação da chapa Bolsonaro Mourão. Ficou bem claro que para a esquerda democracia só existia se eles estivessem no poder. O avanço em cima de empresários que apoiavam Bolsonaro se iniciava ali. Luciano Hang foi investigado por ter sido citado por Campus Melo e no final, depois de um espetáculo pago com dinheiro do contribuinte, o inquérito foi arquivado pela absoluta falta de provas, com direito a frases de impacto ditas por Alexandre de Moraes. E a justiça é cega, mas a justiça não é tola. Nós não podemos aqui e criar de forma alguma precedente Avestruz. Todo mundo sabe o que ocorreu. Todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições e depois as eleições. Então, uma coisa se há a prova específica da imputação, não houve disparo em massas. Houve disparo em massas. Se os autores da ação negligenciaram na prova, isso é uma outra questão. Há gabinete de ódio, foi dito na tribuna por um dos advogados em momento algum se falou em gabinete do ódio. Ah, gabinete do ódio, sim. A sequência disso foi tanto a Folha de São Paulo, veículo que publicou a matéria, como a jornalista Patrícia Campos Melo, condenados ao pagamento de indenização de R$ 100.000 a Luciano Rang. Segundo o juiz que julgou o caso, a única prova apresentada pela jornalista para embasar a sua denúncia foi um bloco de anotações escrito por ela mesma. Coube recurso, mas eu não sei dizer o resultado dele. O governo Bolsonaro começa sob forte reação da população brasileira perante as investigações da Lava-Jato, que se aproximaram e muito de ministros da Suprema Corte. Era 2019 e o Brasil não confiava mais em seu sistema de justiça e os ministros estavam no topo dos protestos. Com o avanço das investigações, chegamos ao documento da Receita Federal que apontou suspeita de fraude do ministro Gilmar Mendes, que reagiu dizendo que as investigações eram ilícitas, cobrando providências de Dias Tofley. Em fevereiro de 2019, a Receita Federal também chegou a mirar a esposa de Dias Tofle, além de outra ministra do STJ. Tofle à época era o presidente da corte. A resposta à fúria da população foi a abertura do inquérito das fake news, que tinha como alvo ataques à corte. E diferentemente do que todos pensam, o primeiro alvo do inquérito não foi a imprensa. Olha aí a matéria. Tofol abre inquérito para apurar fake news e ameaças contra ministros do STF. Investigação será conduzida pela corte e pode ter como alvo procuradores da Lava-Jato. Tudo começou quando Tofle tomou conhecimento de ofensas do procurador da República, Diogo Castor de Matos, integrante da Lava-Jato. Ao site antagonista, o procurador afirmou existir um novo golpe contra Lava-Jato articulado pela segunda turma do STF, o que chamou de turma do abafa. Além de investigá-lo, Tofle também pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público instaurasse uma reclamação disciplinar contra o procurador e teve seu pedido aceito. O inquérito aberto por Tofle se baseia no artigo 43 do regimento interno do Supremo, que diz que abre aspas, ocorrendo em fração a lei penal na sede ou dependência do tribunal, o presidente instaurará inquérito se envolver autoridade ou pessoa sujeita à jurisdição ou delegará essa atribuição a outro ministro. Fecha aspas. Numa manobra de entendimento surpreendente, a Suprema Corte decretou que a internet estava dentro da corte, nas dependências da Corte. Então, o que fosse dito nela, na internet aconteceria dentro das instalações do Supremo. Mas nem deu muito tempo de repercutir o avanço do Supremo contra o procurador da Lava-Jato, porque ninguém esperava que Marcelo Odebrecht soltaria uma bomba durante sua delação. Mas é quando você fala amigo do amigo do meu pai, tá se referindo. É, é na na nossa visão, quando a gente estava fechando pra gente, ao fechar com o Sérgio, ele tava cuidando do assunto do do amigo do amigo do meu pai, que é o Tófol. Tofoly era a pessoa por trás do codenome O amigo do Amigo de Meu Pai. A revista Cruzoé fez a histórica matéria com a capa o amigo do amigo de meu pai, revelando à população o teor delatado envolvendo o presidente da Suprema Corte. E a reação da mesma corte foi a censura da revista Amando do ministro Alexandre de Moraes. A população, já enfurecida com os escândalos que rodeavam a corte, majoritariamente apoiava o presidente Bolsonaro e assistir à corte promover a censura de uma revista porque trazia em sua capa justamente um suposto envolvimento de um ministro em um esquema de corrupção, era algo inadmissível. De fato, a justiça do país se tornou alvo de milhares de manifestações públicas contra a atuação dos juízes e aquilo precisava ser contido. Afinal, Moro estava no Ministério da Justiça. A sensação que a população tinha perante aos escândalos ouvidos por mais de uma década era de total impunidade. Foi quando a corte entendeu que os ânimos dessa população precisavam ser contidos. Na sequência ocorreram as primeiras operações de busca e apreensão e bloqueio de redes sociais contra sete pessoas que, no entendimento do ministro Alexandre ofenderam a corte. Ali, ainda no início, a mídia era crítica ao inquérito. O Globo postou: “Por que o inquérito do STF é chamado por críticos de novo, 5?” e trouxe a manifestação de Randolf Rodriguez, que na época disse abre aspas, Tofle e Alexandre de Moraes fabricaram para si um A5. Falou mal deles, dançou. Fecha aspas. Randolf Rodrigues chegou a entrar com uma DPF no STF para barrar a investigação da corte e o avanço desse inquérito. O senador Alessandro Vieira concordou afirmando, abre aspas, é o AI5 do Supremo. Foi decretada a ditadura da toga. Fecha aspas. Eu fiz questão de trazer para vocês a manifestação de políticos que estão ao lado oposto da direita para que você entenda que era um descontentamento generalizado. Mas o inquérito acabou escalando de forma rápida. De sete pessoas comuns, chegamos em parlamentares e membros do governo que cobraram publicamente um freio à Suprema Corte e se tornaram alvo do próprio inquérito. E eu nem preciso mencionar que esses parlamentares eram todos apoiadores do Bolsonaro, né? Era algo que parecia ser retroalimentado. Enquanto a corte tentava coibir as manifestações contrárias a ela usando o inquérito, mas atraía a revolta popular. E assim o inquérito parou de andar e começou a correr apenas em cima de apoiadores de Bolsonaro, entre pessoas comuns, influenciadores, parlamentares e até twititeiros. Ao perceber que o inquérito mirava apenas apoiadores do presidente Bolsonaro, a mídia então mudou o discurso. O inquérito se tornou uma arma contra pessoas antidemocráticas que atacavam uma instituição respeitada e provavelmente essas pessoas mereciam isso. Agora havia uma arma jurídica contra o governo e sua base e eles usariam essa arma muito bem. Só que os problemas iam além da Suprema Corte. Tínhamos uma mídia ideologicamente motivada e ela fez muito barulho. O Estadão fez uma matéria onde criou uma lista contendo o nome de funcionários do governo e influenciadores, anunciando que aquelas pessoas citadas na matéria faziam parte de uma máquina de moer reputações de opositores. Sim, a mídia criou uma lista. Quais outros regimes criavam listas de opositores? Essa foi a matéria berço do que viria a ser conhecido como gabinete do ódio. [Música] E aqui um pequeno exemplo do que foi implantado na mente da sociedade. Joyce Rassem atuava para que o então PSL apoiasse Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. À direita, os eleitores de Bolsonaro eram contrários a essa indicação e falavam publicamente sobre isso. E o nome dessa manifestação é opinião política. Joyce foi acusada de atuar contra os interesses dos eleitores e foi alvo de cobranças públicas. Mas para não ter que lidar com a rejeição da população, que era real, foi dito que, na verdade, aquilo era uma ação de robôs coordenadas pela máquina de moedos listados pelo Estadão. Não era uma rejeição real, era tudo fabricado, era o gabinete do ódio. Em 2018, Joyce teve mais de 1 milhão de votos. Em 2022, teve 13.000 votos e não se reelegeu. Em 2024, ela tentou ser vereadora. teve 1600 votos, o que nos mostra que não era uma rejeição fabricada por robôs, como alegaram durante 4 anos. A direita não podia se reunir, discutir pautas, alinhar discursos, algo natural na política até então, sem ser acusada de milícia digital, de gabinete do ódio, de ter uma mínima organização, que, aliás, nunca existiu criminalizada. Os crimes apontados eram sempre no ambiente digital e isso não é gratuito. A mídia tradicional, as TVs, os jornais são majoritariamente de esquerda. A direita não escolheu a internet, ela foi empurrada para ela. E isso se confirma quando uma pesquisa publicada em 2021 revelou que mais de 80% dos jornalistas brasileiros são de esquerda e são os jornalistas que produzem as matérias que pautam debate político e controlam a informação que chega até a população. Nesse mês, a pesquisa Quest nos mostrou que 55% dos lulistas, 40% da esquerda não lulista e 40% dos que não possuem posicionamento político se informam sobre política pela TV. Já 47% da direita bolsonarista e não bolsonarista se informa sobre política nas redes sociais. A conclusão é que a TV, a mídia tradicional composta por mais de 80% de profissionais de esquerda, sustenta a própria esquerda. Recentemente, questionado sobre as verbas públicas direcionadas para a TV Globo são 17 vezes maiores do que as verbas direcionadas para o SBT, segunda colocada em direcionamento financeiro. Sidone, o ministro da comunicação de Lula, se limitou a responder que era por causa da audiência. Porém, também recentemente a Globo demitiu Daniela Lima após pesquisa interna apontar que a Globo News era um canal de esquerda. Entenderam? Eu quis trazer esse panorama para que você compreendesse melhor as informações que estão por vir. Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, a mídia nacional, com ajuda internacional tentou promover um caos ambiental em que o culpado pelas queimadas da Amazônia seria Bolsonaro, chamado pela imprensa e por opositores de Bolsonaro. Macron chegou a dizer que a nossa casa está queimando, referindo-se à Amazônia como casa da França e que o assunto seria levado ao G7. Para continuar promovendo o caos mundial, o mesmo Macron, Gisele Binting, Gaz Hoffman e Leonardo Dirio postaram uma foto de 2003, ano de governo Lula, em que a Amazônia pegava fogo, dizendo ser o momento vivido no Brasil sob o governo Bolsonaro. E ao mesmo tempo em que o desgaste internacional era promovido, começava a tentativa de criminalizar o bolsonarismo com a CPI das fake news, que foi aberta com depoimentos do Frota, da Joyce Nere Crispin. O rótulo de milícias digitais estava enfim implementado com sucesso, mas eles precisavam ir além. A Globo chegou a fazer uma matéria no Jornal Nacional em que, de certa forma, tentou ligar Bolsonaro a Mariele Franco, vereadora do Pissol, que foi assassinada. Pelo amor de Deus, onde vocês estão com a cabeça? Vocês não t juí TV Globo, vocês não tem juízo. Parem de trair o Brasil. Vocês não estão traindo a mim, não. Estão traindo o Brasil. Vocês querem arrebentar com o Brasil? Tava muito bom com governos anteriores. Mamavam bilhões de estatais. Bilhões mamavam de estatais. Publicando balancete de estatais, de bancos oficiais, anunciando nor vocês. Os correios anunciando que entregava a carta. Precisa o correio anunciar que entrega a carta. Só o correio entregar a carta do Brasil. Acabou essa mamata, não tem dinheiro puro para vocês. E um absurdo daquela matéria vinculada na TV em horário nobre é que a Globo apontou um horário para a liberação de entrada de um suspeito no Rio de Janeiro, na mesma hora em que Bolsonaro estava em Brasília com presença registrada no plenário. Mas o desgaste com o tema Mariele promovido pela Globo deu certo durante todo o mandato de Bolsonaro. A esquerda o relacionou com o ocorrido. Apenas em 2024 o assunto sumiu das redes sociais, já que os acusados pela morte de Marielle foram identificados como os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa. Mesmo assim, naquele ano, o governo contava com o apoio maciço da população que lotava as ruas em cada manifestação. Milhões em todo o Brasil inauguravam as manifestações a favor de um presidente. Antes do governo Bolsonaro, as pessoas iam pras ruas para protestar, mas as pessoas estavam com o sentimento de que se estivessem ali mostrando seu apoio, seria como em 2016, quando vencemos o Congresso e derrubamos a Dilma. Era gente demais para ser ignorada, era apoio demais. Bolsonaro, enfim, se consolida como um líder das massas. Com Lula preso, os caras já faziam os cálculos para 2022. Qual outro líder de massas poderia enfrentar e derrotar Bolsonaro? Foi então que em novembro daquele ano, revertendo o seu próprio julgamento recente, o STF soltou o Lula. Chegamos em 2020, já com a pandemia aparecendo no início do ano. E aí, com as pessoas trancadas em casa vendo TV em tempo integral, foi a vez da mídia atuar de forma mais forte. O genocídio assombra Bolsonaro. Há indícios significativos para que autoridades brasileiras, entre elas o presidente, seja investigada por genocídio. Eis aí mais um rótulo implementado com sucesso. Genocida. Durante uma live, o presidente Bolsonaro, que era extremamente crítico às pessoas permanecerem em casa durante os primeiros sintomas, esperando o agravamento do quadro para procurarem ajuda médica, simulou uma falta de ar para deixar claro que aquele, na percepção dele, não era o momento de se procurar ajuda médica, mas antes que se chegasse a esse ponto, o que eu faço aí que aqui é contra, tá? Sem problema. Se tu começar a sentir um negócio esquisito lá, tu segue aí a receita do ministro Mandeta. Você vai para casa, quando você tiver lá falta de você vai pro hospital. Eu perguntei pro Mandeta na época, Manda, pro cara comir falta de vai pro hospital para fazer o quê? para ser entbado. Meu Deus do céu. Esse ato foi amplamente difundido pela mídia e pela oposição ao governo Bolsonaro, mas com a conotação de que ele estaria zombando de pessoas com sintomas graves. Uma narrativa que até hoje é repetida como se fosse uma verdade. As vésperas das eleições de 2022, o Jornal Nacional questionou Bolsonaro sobre o tema e ele ressaltou o ponto que não era zombaria, era uma crítica ao protocolo de esperar para procurar ajuda. Mas não adiantou. Como eu disse, isso é repetido até hoje por jornalistas, opositores de Bolsonaro e militantes de esquerda. Uma manifestação chamada de artística pela mídia e pela esquerda achou de bom tom jogar bola com uma réplica da cabeça do Bolsonaro. Um jornalista da Folha fez uma matéria explicando o por ele torcia para que Bolsonaro morresse. Um festival para comemorar a facada contra Bolsonaro foi criado e Mônica Bérgamo achou muito legal postar em seu Twitter abre aspas. Sucesso. Facada Fest, festival investigado com a anuência de Moro, chegou aos assuntos mais comentados do Twitter. A jornalista estava feliz porque todos estavam falando do festival que celebravam o atentado contra o presidente da República. Sucesso. A Folha de São Paulo fez uma matéria inteira que continha apenas xingamentos direcionados ao presidente Bolsonaro. Bolsonaro tá aqui. Bolsonaro. Nóio, basculho, baixo, repugnante, canalha, deplorável, mesquinho, estúpido, obó, parvo, pacóvilo, inapte, desqualificado, pequi roído, genocida, charlatão, perverso, monstro, ditador. Ditador. E quando o Bolsonaro reagia ao ataque da imprensa, as matérias relatavam a resposta como o ataque de Bolsonaro ao trabalho da imprensa, um ataque às mulheres jornalistas. éramos nós, não eles que espalhavam ódio. Vera Magalhães foi até seu Twitter e publicou a imagem de um grupo de militares orando pelo presidente Bolsonaro, mas para ela, o ato de erguer as mãos sobre a pessoa alvo da oração tinha, na verdade outro significado. E ela postou abre aspas. É disso que se trata. Se você tem uma explicação, uma justificativa, um mas ou uma flanela para passar, vai que é tua, Tafarel. A história lembrará. Fecha aspas. O deputado lulista Paulo Teixeira também foi às redes sociais dizer que aquele ato era uma saudação nazista em pleno Alvorada. Enquanto a mídia e a esquerda atuavam na desumanização da figura de Bolsonaro, a Suprema Corte seguia na sua busca por justiça contra os apoiadores do presidente que atacavam as instituições. Foram dezenas de buscas e apreensões, dezenas de rostos expostos nos jornais como criminosos devido à sua ideologia política. centenas, não milhares de pessoas censuradas sem jamais terem acesso ao processo com tais determinações. [Música] Novos inquéritos foram abertos e esses inquéritos se retroalimentavam. Chegamos em 2021 e a situação parecia completamente fora de controle. Enquanto a mídia relatava a despiora da economia brasileira, responderam aos avanços de todo esse sistema era chamado de ato autoritário. E esse foi mais um rótulo pra coleção do processo de desumanização. Bolsonaro foi investigado por ter mostrado em uma live um inquérito real que investigava a entrada irregular de um hacker no sistema do TSE após o hacker ter obtido a senha de uma pessoa autorizada. Estávamos todos em meio à discussão da PEC 35 do voto auditável. Bolsonaro foi inserido em um inquérito por desacreditar o sistema eleitoral e os jornalistas e influenciadores. Eu também no meio disso. Também fomos investigados no inquérito das milícias digitais bolsonaristas. Fui desmonetizada e chamada a prestar depoimento na Polícia Federal. E uma pergunta me foi feita três vezes. Quanto eu ganhava de super chat? Como eu não faço lives, a resposta era zero. Mas para mim ficou claro que eles queriam verificar se eu recebi algum dinheiro do governo e talvez estava lavando esses valores através de super chats. Também me perguntaram qual era o meu conhecimento técnico para falar de urnas eletrônicas. O que também me ficou claro é que a partir daquele momento eu não poderia mais falar do assunto. Hoje essa proibição já é consolidada. Durante o julgamento de Bolsonaro, nesse ano, Alexandre de Moraes exibiu um vídeo de 2021 em que mostrava todo o autoritarismo que era rotulado ao presidente federal. Se isso não é ameaça, isso infelizmente não acontece. Temos um ministro dentro do Supremo que ousa continuar fazendo aquilo que nós não admitimos. Logo, um ministro que deveria zelar pela nossa liberdade, pela democracia e pela constituição, faz exatamente o contrário. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas turve a nossa democracia e ameace a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos. Arquivar os inquéritos. ou melhor, acabou o tempo dele. Sai Alexandre de Morais, deixa de ser canelha. Mas nesse vídeo eu vejo o Bolsonaro pedindo encerramento de inquéritos infinitos, dizendo que não se deveria ter que cumprir ordens ilegais. Um discurso político que também acabou criminalizado. Prova de um crime. A CPMI da COVID investigava Bolsonaro, mas se recusou a investigar os R 50 milhões de reais gastos pelo consórcio Nordeste para compra de respiradores que nunca apareceram. Quando o assunto foi cobrado durante uma sessão, Simone Tebet, hoje ministra do Lula, disse: “Não é porque o recurso é federal e foi repassado para estados e houve má veração do dinheiro público que ele pode ou deve ser investigado por essa comissão. Estava claro que nenhum outro assunto era mais importante além dos que envolviam Bolsonaro, que contava com a resiliência do seu eleitorado cada vez mais criminalizado. Mesmo assim, perante toda a campanha de desumanização, toda a tentativa de criminalização, os eleitores de Bolsonaro mais uma vez lotaram as ruas em manifestações gigantescas e impressionantes. Era um povo que ainda não havia perdido as esperanças e entendia o que estava acontecendo. A sensação era de todos contra nós, então teríamos que permanecer unidos. Mas foi também em 2021 que a Suprema Corte anulou as condenações de Lula e o declarou legível. Eh, muitos dos personagens que hoje estão aqui e e pasam de todos os quadrantes políticos, só estão porque o Supremo enfrentou a Lava-Jato. Eles não estariam aqui, inclusive o presidente da República. E inclusive o presidente da República. Chegamos em 2022, ano eleitoral, e o Congresso em foco publica uma matéria citando as 11 vezes em que o bolsonarismo flertou com o nazismo. A mídia bateu muito nas emendas do relator, no que chamou de orçamento secreto, dando um ar de escândalo absoluto no governo Bolsonaro. O detalhe de que Bolsonaro não possuía nenhum controle sobre a distribuição dessas emendas não era mencionado, a meu ver, propositalmente. Na verdade, Bolsonaro perdia orçamento a ser aplicado em outras áreas devido à imposição desse pagamento que se tornou inconstitucional apenas em dezembro de 2022. As vésperas da posse do Lula. Mas um detalhe importante, o orçamento secreto existe até hoje, mas o rótulo, sabe-se lá por, não é mais usado. Bolsonaro era acusado de ter ideias fascistas, de ser um líder autoritário. As manchetes estampavam que o presidente espalhava ódio e desinformação eleitoral. Quando Bolsonaro reagia com falas públicas ao avanço do judiciário, era ainda mais atacado pela imprensa e pela própria justiça. O 7 de setembro, sempre gigante durante o governo Bolsonaro, foi criminalizado e usado para torná-lo inelegível por acusá-lo de uso político daquele momento. O chefe de estado não podia mais usar as imagens do velório da rainha da Inglaterra em sua campanha eleitoral. Aliás, ele foi proibido de fazer suas tradicionais lives no Alvorada, que era sua casa. O documentário da Brasil Paralelo sobre quem mandou matar Bolsonaro foi censurado previamente. A esquerda acusou o Bolsonaro de ser Pedo e até de ser um canibal. E quando nós postávamos que Lula era a favor de que uma mãe interrompesse a gravidez, que Lula tinha simpatia por ditaduras e que ao longo dos anos houveram várias matérias que mostravam uma certa proximidade entre o PT e organizações criminosas, fomos censurados e processados. Eu mesma fui processada pelo escritório do Zanim, a época advogado do Lula, hoje ministro da Suprema Corte que votou pela condenação do Bolsonaro. A esquerda, livre de qualquer censura nas redes sociais, propagava que Bolsonaro ia acabar com Bolsa Família. Uma militante de esquerda chegou a falar abertamente o que eles estavam fazendo durante as eleições. Verdade. Mas sabe, a gente que tem que ir atrás de tudo. Nós estamos exaustos. Nós influencers da esquerda, progressistas, estamos exaustos. Lula tem que meter logo um Janones na comunicação para ele poder pautar a discussão do dia, como aconteceu no segundo turno das eleições na campanha. Foi o Janones que comandou a campanha inteira. Não tem como falar aqui não. A gente eu já entrava no Twitter, já ia direto no perfil dele para saber do que que ele tava falando, para saber sobre o que que eu ia falar. era ele que tava pautando. E aí os bolsonaristas tinham que desmentir as a as fake news, que nem eram tão fakes assim, né? Mas desmentir as narrativas da esquerda, eles não tinham tempo de ficar criando fake news porque estavam correndo atrás das nossas fake news. É isso que tem que acontecer, entendeu? Nem era fake news, era, sabe, uma pequena, né, uma uma leitura envieszada de alguns fatos aí do Bolsonaro. Por exemplo, aquela aquele aquela declaração horrível que ele fez, que pintou um clima com uma menina de 14 anos. Se não fosse Janones peitar isso e pautar e ficar falando disso, talvez tivesse passado batido, mas não. Aí foi toda a esquerda em cima desse assunto porque a gente tinha um incentivo ali, tinha um apoio, tinha uma, né, uma tinha alguém a quem seguia, tinha um comando. Bonner proclamou em pleno Jornal Nacional que Lula não devia mais nada à justiça, quase como uma absorvição pública de crimes que não foram perdoados, foram anulados pela Suprema Corte. E mesmo com todo o aparato que atuou contra Bolsonaro por 4 anos, o presidente perdeu as eleições por 50,9% versus 49,1%. Passou raspando. Nós derrotamos o bolsonarismo, mas havia um receio. Lula não era o mesmo. Lula é um analógico em tempos digitais, com falas desastrosas que agora seriam amplamente repercutidas. Se Lula fizesse um governo ruim, se ele não fosse o estadista prometido pela imprensa, a chance de Bolsonaro voltar era imensa. Ele era o líder das massas. As pessoas teriam de forma recente a comparação do governo Bolsonaro e do governo Lula 3. E assim como aconteceu em outros países em que após voltarem com a esquerda, o eleitorado sentiu falta da direita que voltou ao poder, essa possibilidade por aqui era bem real. Senti saudade da [Música] Bolsonaro não poderia ter essa oportunidade. O eleitorado não poderia ter essa opção. Milhares de pessoas então foram presas e tiveram suas redes sociais removidas da internet. Centenas foram processadas. Bolsonaro foi investigado até por importunação de baleia. O inquérito das milícias digitais virou investigação de cartão de vacina onde Cid foi preso, num país que solta traficante em audiência de custódia. Essa investigação promoveu uma grande rodada de busca e apreensão em Bolsonaro e seu entorno. O cartão de vacina virou investigação sobre os presentes recebidos por Bolsonaro, nova leva de buscas e apreensões, até que aparentemente chegou ao seu objetivo final com o inquérito do golpe, que nunca aconteceu após um enorme e explícito ficha expedition. Mora foi sancionado como violador de direitos humanos, mas Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão. As matérias já relatam que prender Bolsonaro não será suficiente para conter o bolsonarismo. Agora, um novo inquérito mirem Eduardo. Mas não podendo ficar de fora, Flávio Dino também pediu a abertura de um inquérito para investigar os crimes apontados pela CPI da COVID. E não, eu não tenho nenhuma esperança que o caso dos respiradores do Consórcio Nordeste seja investigado. Porém, o desgaste será mantido em cima da família Bolsonaro. Sobre isso, eu não tenho a menor dúvida. O inquérito das fake news está aberto há mais de 6 anos e agora ministros da Suprema Corte deixam claro que ele vai permanecer aberto, pois é uma espécie de proteção aos ministros do STF. O inquérito do fim do mundo se tornou, de alguma forma o inquérito infinito que traga atos futuros contra críticos à atuação da Corte. Por mais que a Constituição e o Código de Processo Penal não permitam isso. Mas quem liga? A anistia virou dosimetria das penas e os parlamentares agora se reúnem abertamente com ministros da Suprema Corte para construírem juntos um texto que o STF possa aprovar. Tudo isso exposto no jornal como algo comum. Mas isso é muito surreal em muitas camadas. A única garantia que temos até agora é que mesmo com redução de penas, Bolsonaro estará inelegível e não poderá disputar 2026. Esse é quase o acordo. Após um longo período paralisados pela perplexidade e pelo medo, enfim, entendemos que para mudar o que realmente acreditamos estar errado, precisaríamos de mais do que eleger um presidente. Vamos precisar eleger a maioria absoluta no Congresso, Câmara e principalmente Senado, casa que poderá promover o impeachment de ministros da Suprema Corte. Juristas já colocam as revelações da Vazatoga como fato principal na discussão do tema para algo que já tomamos como certo, a maioria no Senado. É, pelo que eu entendi, há uma matéria jornalística. O ministro Alexandre de Moraes dá ordem para o essa assessoria de combate à desinformação produzir algum relatório. Ele determina a busca e apreensão somente com base na matéria de jornal, sem saber se aquelas se aqueles diálogos eram verdadeiros ou não, se tinham autenticidade ou não. Depois o outro desembargador que é a juiz auxiliar dele, pede ao senhor Eduardo Tagliaferro para ajudá-la a confeccionar um novo fundamento da decisão. É isso. Exatamente, senador. Então, e o senhor e o senhor consegue provar que a a o fundamento paraa busca e apreensão foi feito depois da busca e apreensão. Então, houve uma fraude de um documento. É isso. Exatamente. E isso me deixou um tanto quanto preocupado e entendi porque todos os processos são físicos e ele só tira o sigilo no momento que ele acha interessante e nas peças que ele acha interessante. A Columbra estima que a direita terá em 2027 54 senadores. Pelas minhas contas, teremos 51, talvez 52. E já enxergando esse cenário, Gilmar Mendes começa a analisar mudanças no rito de impeachment que poderão alterar a forma como o processo ocorreria. Mas independente do que a Suprema Corte agora decidir, com a maioria no Senado em 2027, a gente desfaz. Integrantes do governo americano agora anunciam que na próxima semana as consequências pelo julgamento de Bolsonaro serão anunciadas na semana em que Lula estará nos Estados Unidos para o evento da ONU. Talvez eles queiram uma repercussão mundial. Não sei. Vamos ter que esperar. E eu quis trazer tudo isso para vocês, porque o sistema sempre continuará a se proteger. E se a gente não permanecer unido, seremos novamente derrotados, porque nada é mais eficaz do que dividir para conquistar. Esqueça os estereótipos, brancos, negros, ricos, pobres, héteros, católicos, evangélicos, porque acima disso nós somos todos seres humanos e maior do que as nossas diferenças tem que ser aquilo que nos une. Todos queremos justiça. A história deles é longa, eu sei, mas a nossa também será, porque ela mal começou. E do momento em que conhecemos nosso passado, poderemos corrigir os nossos próprios erros nesse futuro que se aproxima. Não esqueça a história que nos trouxe até aqui. Não esqueça as convergências que nos levaram à vitória. Precisamos fazer isso novamente, de forma maior e mais eficiente. Então, levanta a cabeça, porque já estamos na trincheira e aqui vamos permanecer até 2027. Vamos mudar esse país com mais do que um voto. Vamos com a consciência de que dessa vez nós vamos resetar esse sistema. Nós vamos ocupar todos os espaços e não terá sido em vão se o futuro for nosso. Portanto, reaja a Brasil. [Música] Por muito tempo a gente esperou, viu o poder se fechar e calou. Mentira em rede se multiplicou e até pensar virou alvo e temor. Desumanizam para impor, rótulo cola no opositor. Antes da lei vem o clamor e a vitrine cobre a dor. A ferida do mundo não tem par. Memória exige não repetir. O método tenta sempre voltar. Cabe a consciência impedir. Reage a Brasil, levanta do chão, retoma a razão. Reaja Brasil, rompe a corrente da manipulação. Reaja Brasil na luz da verdade com força de novo. Reaja Brasil. Quem cala a sua voz não ama o seu povo. [Música] [Aplausos] Nas ruas cresce a multidão, esperança, viração. Mudam o nome da opressão, mas é o mesmo plano em execução. Memória fia, direção. Cidadania é construção. Não é Salvador, é união. Maioria firma a decisão. Reaja Brasil, levanta do chão, retoma a razão. Reaja Brasil. Rompe a corrente da manipulação. Reaja Brasil na luz da verdade com força de novo. Reaja Brasil. Quem cala a sua voz não amo o seu povo. [Música] [Aplausos] [Música]







