Reconhecimento da Palestina: Recompensa ao Terror ou Caminho para a Paz?
0Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar. Neste vídeo falaremos sobre o porque cada vez mais países estão anunciando que reconhecerão formalmente o estado da Palestina e de como esse reconhecimento com Ramas ainda no poder em Gaza pode afetar o processo de paz na região. A sua empresa pode estar correndo um sério descrição. Nas últimas semanas, vimos uma cascata de anúncios de potências ocidentais prometendo reconhecer o estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU em setembro. Nos últimos dias, França, Reino Unido, Canadá, Malta, Austrália, Finlândia, Portugal, Espanha e outros países anunciaram essa intenção prometendo transformar a Palestina, já reconhecida hoje por 147 nações, como um estado com status de observador, em um estado pleno com acento na ONU e os mesmos direitos e deveres dos outros 193 estados que fazem parte da organização. Mas por que esse movimento agora? E o que isso significa para o processo de paz na região? O debate sobre um estado palestino e a chamada solução de dois estados não começou com as manchetes de hoje, remontando as cinzas da Primeira Guerra Mundial e ao colapso estrondoso do Império Otomano. Em 1917, a declaração Bfort prometeu um lar nacional para o povo judeu naquela região, que é o berço do judaísmo, com uma história com mais de 3.000 anos. E ao mesmo tempo, a declaração prometia direitos para as comunidades locais não judias, uma promessa vaga que plantou as sementes de conflitos em meio à imigração judaica crescente e ao nacionalismo árabe. Avançando para 1947, as Nações Unidas propuseram a resolução 181, o plano de partição, o primeiro esboço formal para uma solução de dois estados, com aquela região até então sob gestão britânica, dividida entre um estado árabe e um estado judeu, com uma zona internacional para Jerusalém e Belém. Os judeus aceitaram imediatamente, vendo isso como um caminho para a soberania após o holocausto. Mas os árabes rejeitaram imediatamente, argumentando que violava princípios de autodeterminação e favorecia os judeus, com a resposta árabe vindo sob a forma da guerra, um terrível conflito que ecludiu mesmo antes da implementação do plano, escalando para a guerra árabe israelense de 1948, quando Israel declarou a sua independência. Cinco exércitos árabes, dezenas de milhares de soldados invadiram a partir de todos os lados, antes mesmo de Israel ter forças armadas. Mas contrariando todas as expectativas, Israel venceu a guerra iniciada pelos árabes, com milhares de árabes fugindo ou sendo expulsos naquilo que chamam hoje de Nakma, com a faixa de Gaza tendo sido invadida e ocupada pelo Egito e com a Si Jordânia invadida e ocupada pela Jordânia. Isso criou o cenário para décadas de confrontos militares, como a guerra dos seis dias de 1967, quando Egito, Síria e Jordânia, apoiados por outras nações árabes, se preparavam para atacar Israel com centenas de milhares de soldados, mas foram apanhados de surpresa por um ataque preventivo israelense, que resultou na ocupação, por parte de Israel, da gigantesca península do Sinai, que pertencia ao Egito. Em 1973, os árabes lançaram a sua vingança, atacando Israel no Yongpur, o seu feriado mais sagrado. Mas apesar da gigantesca superioridade numérica árabe e do ataque ter sido lançado de surpresa e é em um momento em que as defesas israelenses estavam muito em baixa, Israel, novamente contrariando as expectativas da época, voltou a vencer. A vitória israelense foi tão avaçaladora que o Egito, poucos anos depois, aceitou reconhecer o estado de Israel, firmando a paz no final dos anos 70. E foi nesse contexto de aproximação entre egípcios e israelenses que a ideia de um estado palestino voltou a ganhar força em um movimento liderado pelo cidadão egípcio Iasser Arafat, um dos fundadores da Fatá. Entre os anos 80 e 90, em meio a conflitos sangrentos entre árabes e israelenses, diversas propostas de paz e de partição foram tentadas, como os acordos de Ózolo de 1993, quando Israel e a ONP se reconheceram mutuamente, estabelecendo ali a autoridade palestina para o autogerno interino de partes da SJordânia e de Gaza. O acordo Ózulo 2 em 1995 dividiu a S Jordânia em áreas A, sob controle da autoridade palestina, área B compartilhada e área C sob controle is sailense. Mas a implementação vacilou em meio à expansão de assentamentos e sailenses vistos como amortecedores militares e ataques terroristas palestinos. No ano 2000, o presidente Bill Clinton mediou a cúpula de Camp David com o primeiro ministro israelense Errud Barrack, oferecendo Gaza, Jerusalém oriental e 91% da S Jordânia. Uma proposta que Yasser Arafat recusou, exigindo mais terras e mais áreas comuns em Jerusalém. Foram tentadas muitas outras propostas nos anos seguintes, mas sempre esbarraram em negativas árabes ou na desistência israelense. Des de 1947, mais de 20 propostas ou estruturas principais faliaram por questões centrais relacionadas principalmente com o desenho das fronteiras, o controle de Jerusalém, o retorno de refugiados, assentamentos e silences e a presença de grupos terroristas em Gaza e na Si Jordânia, com o ataque terrorista palestino de 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1200 civis israelenses mortos, e 250 sequestrados. As negociações à volta de uma solução de dois estados, que, como demonstrei aqui, sempre foram complicadas, se tornaram ainda mais difíceis por causa da guerra iniciada pelo Ramas. Mas então, por que esses países querem avançar com o reconhecimento formal agora? E como isso pode afetar o processo de paz a longo prazo naquela região? Críticos, como o primeiro ministro Benjamina Netaniarro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentam que esse reconhecimento recompensaria o terrorismo do Ramás, encorajando os girradistas ao sinalizar que a violência extrema rende concessões. O grande problema, na visão dos críticos, é o papel do Ramás nesse processo, já que não está claro quem será reconhecido como chefe desse novo estado palestino. para Israel e os Estados Unidos, os maiores críticos dessa iniciativa. Se o estado da Palestina for reconhecido em setembro na ONU, a faixa de Gaza, agora com o status de nação, mas ainda sob o controle do Ramás, poderá se tornar um paraíso terrorista, ameaçando a segurança de Israel. Na visão dos críticos, seria como se a ONU reconhecesse a existência do Estado Islâmico como um estado de pleno direito nas Nações Unidas. No entanto, os que apoiam a proposta, como o britânico Kir Starmer, dizem que é essencial para a desescalada do conflito e um passo decisivo em direção à paz. Mas a questão do Ramás na faixa de Gaza permanece como um grande espinho para o avanço formal da ideia. Se o estado da Palestina for reconhecido na ONU em setembro, quem será o chefe desse estado? A autoridade palestina liderada por Mahemud Ab, atual líder da Fatá, que controla a Sir Jordânia, um grupo visto como muito mais aberto às negociações com o ocidente e que não apoia ataques terroristas, ou os terroristas do Ramas, que ainda controlam trechos da faixa de Gaza e ainda mantém civis cativos. Comas jurando a destruição de Israel e prometendo repetir os ataques de outubro de 2023, esse reconhecimento com Ramás como a principal facção palestina na faixa de Gaza pode alimentar ainda mais derramamento de sangue e não a paz. Por isso, para o grupo dos países críticos a essa ideia, antes de se falar em reconhecimento do Estado da Palestina, é preciso, primeiro e acima de tudo que o Ramás como organização política e grupo terrorista desapareça definitivamente dessa equação. E se ainda não está inscrito no canal, inscreva-se já e acione o sino das notificações para não perder nenhuma novidade. [Música]