REGIMES TOTALITÁRIOS: O QUE VOCÊ NÃO APRENDEU NA ESCOLA?
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Um já está aqui conosco, o grande professor Rafael Nogueira, também teremos o José Carlos Sepúvida para falar desse assunto tão importante e tão atual. Já desejando boa tarde ao Jefferson Luz. ao Ademar Santos, a ao Gladson Lopes colocou aqui, ó, muito bom, torcendo por vocês da BP para um dia estar na TV aberta, quem sabe um dia, hein, Glaton. Também ao Velvo del Águila. Olha só, temos até pessoas estrangeiras aqui conosco. Luís Carlos governo, boa tarde. A Ana Pestille, boa tarde. Dois grandes mestres juntos. o Luiz Gustavo, o Manoel Ribeiro, a Carmen Canuti, a Zil Alves, a Taiane Aer. Então, tem muita gente já conosco aqui nessa live. E antes de começarmos, já apresentar aqui o nosso grande convidado, professor Rafael Nogueira. Boa tarde, professor. Se apresente pra nossa audiência, caso alguém não conheça, né? Entra. Boa tarde, meu amigo. Boa tarde a todos. Sejam todos bem-vindos esse lançamento. Vai ser um um prazer, uma mais uma obra prima aí da Brasil Paralelo e ao mesmo tempo tá contigo aí pra gente conversar com o professor Sepúveda. Vai ser uma alegria. Certeza. Inclusive o professor Sepúlveda já está conosco. Boa tarde, professor Sepúlveda. Boa tarde. Boa tarde, meu caro Bajé. Não é assim você é conhecido. Boa tarde, meu caro eh professor Rafael Nogueira. É uma alegria reencontrá-lo, não é? Eh, as, infelizmente, as nossas vidas não permitem eh nos encontrarmos com mais assiduidade, como seria uma alegria para mim. Mas aqui eh pelo menos os totalitarismos nos permitiram estar aqui juntos na mesma bancada. para eh fazer esse comentário ou eh essa conversa em em torno de um tema tão interessante. Maravilha, professor Cepúvida, seja muito bem-vindo. Inclusive, já vou começar com o senhor, com comentários aqui do professor Rafael Nogueira também. H, geralmente na escola e a gente aprende sobre regimes totalitários e fica algo um pouco com muitas dúvidas, algo pouco interessante, as pessoas não entendem o que é realmente esse significado. Então, já gostaria de fazer essa pergunta aos senhores. O que são regimes totalitários? Qual é esse significado da palavra totalitário? E quais foram esses regimes? E por que que segue sendo um tema atual mesmo no século que nós vivemos hoje? Olha, eh, eu vou, eh, eu vou, eh, abordar esse termo totalitário, eh, da maneira assim eh simples para eh para que nós todos entendamos, mas eh ou nos entendamos no que vamos conversar. Existe um eh existe uma ideia de que totalitário é o regime que tem um líder meio façanhudo, meio carrancudo, eh déspota, eh que não respeita muito as leis, que eh imprime ao Estado a sua vontade arbitrária e muitas vezes se cerca de eh políticos, de agentes do Estado para impor esse regime. Essa visão do totalitarismo tem algo eh de verdade, mas ela não abarca tudo. O totalitarismo, a palavra totalitário tem uma uma abrangência muito maior. é que o totalitarismo, como diz a palavra total, ela visa abarcar todo o existir humano, não apenas o existir político, mas todo o existir humano, todo a sua expressão cultural, a sua expressão social, a sua expressão eh a a política também, evidentemente, a sua expressão, enfim, todos os campos, a sua expressão profissional também, tudo isso ficar eh eh fica aparcado pela ideia de totalitário. E mais, os regimes totalitários visam criar um homem novo. Eh, essa expressão, aliás, é muito consagrada. Nós vemos isso no fascismo, nós vemos isso no nazismo, nós vemos isso no comunismo, nós vemos isso eh nos nas derivações do comunismo, como eh as eh as correntes meio anarquistas. Eh, todas elas pretendem criar um homem novo. Eh, São Paulo fala do homem novo que foi redimido por nosso Senhor Jesus Cristo. Mas essas doutrinas totalitárias ou esses regimes totalitários, eles visam também criar um homem novo. Só que não um homem novo configurado pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, mas um homem novo configurado pelas doutrinas de um estado omnipotente, omnipresente, eh e que eh tudo alcança, tudo quer, eh, e tudo pode, né, ou julga que pode. Enfim, essa seria assim eh um uma definição breve do que é que é totalitarismo. Professor CPUV. Inclusive, eh, o professor comentou sobre uns detalhes que foram ditos e abordados na nossa live anterior sobre a questão da perseguição política, aliás, a perseguição religiosa que geralmente esses eh regimes totalitários acabam fazendo. Professor Rafael Nogueira, essa perseguição religiosa, ela acaba se tornando um modus operande nesses regimes totalitários. Por quê? Olha só, a o quando a gente fala em totalitarismo, como bem disse o professor Sepúveda na definição, a gente fala justamente na tentativa de fazer uma totalidade, uma totalidade nova e que sendo totalidade, um corpo político total, ele vai responder a uma única verdade, a uma única visão que deriva aí quando a gente fala de líder, igual o professor Sepúlveda falou, muitas vezes a gente se define por um, define totalitarismo por um um líder forte. de líder forte tem autoritarismos em ditaduras, etc. O fato é que no totalitarismo e existe o líder, sim, mas o líder quebra todas as mediações entre as quais a religião quebra as mediações, por exemplo, de ah universidades autônomas. Quero dizer autônomas porque tem as muitas vezes as públicas que por vezes se alinham a governos ou a ou a ideologias ou a a a as particulares se se alinham também com preferências, com religiões ou com o mercado. Mas eh isso tudo deixa de funcionar para uniformizar. Então, essas mediações vão sendo todas atravessadas à própria família. A família não pode ter eh uma uma vida de família privada e autônoma. Ela passa a obedecer determinadas regras estabelecidas pelo Estado. E o Estado, enquanto força vigilante, contínua e invasiva, a o mundo privado passa, para de existir, né? e e para que ele se adecue perfeitamente às exigências do Estado totalitário. Então, é uma coisa diferente que passa a existir, segundo Hann Arrent, passa a existir só a partir justamente do século XX, né? Não, não, não houve antes. Pessoal fala: “Ah, houve totalitarismo na antiguidade”, mas aí era outra coisa, era ditadura, sim, tinha autoritarismo, etc. Mas totalitarismo, né? Eram, eram outras características. E o senhor falou um ponto muito importante, né? Estado totalitário. Então, muitas vezes, especialmente hoje em dia, a gente vive muito a questão da polarização, jogando regimes totalitários pra direita ou pra esquerda ou pro centro ou terceira via, como muitos dizem. Eh, então gostaria de saber do senhor essa parte do estado totalitário, então essa anulação do indivíduo como parte desse regime e o Estado controlando tudo. Então, como que isso se encaixa dentro de aspectos políticos, né, que a gente vive essa polarização e essas dúvidas também? Eh, olha, o hoje eu, por mais que enxergue eh aqui ou ali ímpetos totalitários, assim, pessoas querendo mesmo conduzir a coisa para caminhos ruins, eh, não vejo nenhum estado totalitário em existência. Eh, eu, eu estudo ciência política, não analisei todos os países em voga, mas assim, não, eu não vejo. O que a gente vê eh é uma tentativa, é uma má digestão do que aconteceu no século XX. Por vezes, algumas pessoas interpretam mal aquilo que aconteceu e querendo combater aquilo, a agem de forma parecida. Esse é o grande paradoxo que eu que eu enxergo hoje. E por vezes outras pessoas, por falta de conhecimento histórico, por falta de de ah pertencimento a uma memória coletiva bem estabelecida, acaba também repetindo inconscientemente algumas coisas. Mas o fato é que o fenômeno totalitário é bastante específico do século XX. tudo que veio do século XX, eu quero dizer, pós eh eh Primeira Guerra Mundial, né, e até o fim da Segunda Guerra Mundial, a partir da qual o mundo parece que se constitui eh para evitar o aparecimento de novos totalitarismos, ainda que haja muitos povos com ditaduras eh com nome de república, com nome de democracia, porque o nome aparece, né, ditaduras sanguinárias, ditaduras persecutórias e tal, o o a a construção de um estado totalitário, a eh e ele digamos assim, ele ele ele nos remete aquela experiência do do de meados paraa frente do século XX. Mas aí que tá, eu acho que valeria a pena eh exames sérios, né, de quais países hoje, se houvesse um índice assim de proximidade com o totalitarismo, quais países hoje estão mais próximos para evitar, né? Quais seriam os indicadores para isso? É uma boa pergunta também. Tinha, só para completar, tinha um autor, ele faleceu recentemente, que ele estudava na Universidade do Havaí. Ele promovia pesquisas sobre os regimes mais sanguinários. Sanguinários assim, uma matemática triste, uma matemática macabra, mas ela é uma é muito verdadeira. De quais regimes políticos mais mataram por força do Estado, né? Então, tem a ver com a tua pergunta. como o que ele chamou de democídio, é a morte de povos inteiros ocasionada por ação do estado. Então isso aconteceu, né, era o Rumel o nome dele. Ele levantou e mostrou que os regimes totalitários do século XX e derivados dos totalitarismos do século XX persistentes com algumas coisas são aqueles que mais mataram, mais do que ditaduras, né, mais do que regimes autoritários e muito, muito, muito mais. Então assim, eh é bem interessante estudar o totalitarismo por isso. E bem, na verdade, para que todos entendam, sem o estado não não tem totalitarismo. Porque desde cara, você lê Thomás Robs lá com o Leviatã, então desde quando se cria a ideia de um estado eh moderno, o estado moderno é a força acima da qual só Deus está, Deus, os anjos e os demônios, né? Mas é é só essa ordem sobrenatural, porque homem nenhum consegue enfrentar um estado, né? É uma coisa assim e tá até por isso tentou-se criar eh direitos, né? Os os a chamada liberdade negativa de que falava Zia Berlin são os direitos que nós temos, negando ao estado autorização para entrar, né? Então nós temos direito de privacidade dentro de casa, inviolabilidade do lar, direito de ir e vir, de liberdade de expressão, tal. pelo menos um papel, nós temos todos esses direitos conquistados a duras penas contra os excessos do Estado moderno, porque se ele quiser, ele invade tudo aí que tá, porque não tem força maior do que ele, né? Então é isso é interessante da gente pensar. O Leviatão, monstro bíblico que aparece no livro de Jó, colocado por Thomas Robs ali, é uma coisa monstruosa mesmo e muito difícil de de de eh dar o chega para lá nele. É por isso que a gente tem que ficar alerta, porque senão o estado ele realmente toma tudo. Aí vira um totalitarismo. Aí fica fica difícil de ter o antídoto para esse grande monstro, né? Para esse grande Leviatã. Ex. Eh, e o professor Rafael comentou algo interessante também que eu vou pedir pro professor Sepúveda complementar, que é justamente essa essa questão do tamanho do Estado perante o indivíduo. Nós acabamos de lançar o documentário Papa que venceu o comunismo e um dos principais pontos que a gente coloca é como que um indivíduo a que cresceu dentro de desse sistema totalitário, que sofreu com dois com dois dos maiores e eh regimes totalitários, ele sem fazer nenhuma revolução, sem se armar, como a gente mesmo diz no nosso no nosso manifesto, né? um homem de que dobrou os joelhos para derrubar um grande império. Ele fez essa inspiração, ele inspirou outras pessoas. E nesse sentido, professor Cepúveda, gostaria que o senhor comentasse um pouco sobre esse comportamento dos regimes totalitários, de, ao contrário de certo de certos regimes, dar mais liberdade. A gente vê esses regimes totalitários nos índices de tirar as liberdades individuais, de tirar eh o poder do dos indivíduos e dar mais poder ao Estado. Olha, eu eu queria pegar resgatar um pouco o que o professor Rafael Nogueira disse antes e e depois já entro no tema que você tá me propondo, porque tem a ver uma coisa com a outra. Eh, primeiro o seguinte, eu vou só aqui fazer uma vou só aqui fazer um um jogar no ar uma coisa só que é uma provocação, eh, porque nós e nós depois quando analisarmos historicamente os totalitarismos do século XX, nós vamos ver que nós temos uma eh uma falsa eh digamos assim, uma criação de uma oposição entre direita e esquerda que no fundo eh No caso concreto entre fascismo e comunismo, nazismo e comunismo, eram uma uma eh oposição artificial entre dois totalitarismos que eram muito mais parecidos do que eh diferentes. Bom, mas eu eu a minha provocação é o seguinte, existe um totalitarismo do centro também, que é aquele que diz que não pode haver eh ideias e claras, ideias eh eh ideias definidas e fundamentadas. E nós temos que viver uma espécie de relativismo político, assim como temos que viver um relativismo religioso, etc. Mas aí é só uma provocação. Mas o que eu queria eh antes de tudo eh mostrar é o seguinte, é a subtileza que nós temos dos eh regimes totalitários, porque é verdade que muitas vezes os regimes totalitários eles perseguem a religião, mas muitas vezes eles se usam, utilizam da religião. Por quê? Porque eles reconhecem, e isso houve em boa medida na questão do fascismo de Mussolini, eles percebem a força que a Igreja Católica tem, por exemplo, num povo que como era o povo italiano, como era eh a Itália daquela época, eh qual era a força da Santa Séudo isso. Então, interessa ao regime totalitário usar a religião e ter uma religião conformada ao Estado. Ou seja, não é a religião com toda a sua plenitude eh de espírito sobrenatural, de sacramentos, etc., ainda que sejam mantidos. Mas é religião enquanto fator social de coesão. A, então, apenas para facilitar, veja que isso é de tal maneira que o comunismo chinês, ele criou uma falsa igreja católica, eh, que é a igreja patriótica, como ela é chamada, que, eh, eh, nada mais é que uma tentativa de manipular o que é a Igreja Católica enquanto fator de coesão. Bom, agora esse esse superdimensionamento do Estado vem da onde? E acho que o professor Rafael Nogueira já apontou isso eh já na intervenção dele. é um estado a moderno, portanto, um estado que fez a ruptura com uma eh ideia e política que era decorrente, que que eu diria que é a ideia política que marca propriamente a cristandade, que era uma ideia política e e plena do do do acontecer humano, que era decorrente de uma ordem interna do homem e de uma ordem eh absoluta das considerações. Ou seja, quando, por exemplo, quando eh São Tomás fala da lei e ele fala primeiro da lei divina, depois da lei positiva, etc., da lei natural, depois da lei positiva, ele está fazendo uma ordenação hierárquica de valores. E assim era a cristandade, ou seja, havia absolutos eh havia absolutos em todas as esferas. Há tratados e já quase no final da Idade Média sobre caça, por exemplo, eh até relacionados com a com a com os reis de Portugal, que são extremamente interessantes, porque eles têm uma dimensão também eh eh dessa do que nós poderíamos chamar da criação divina. Bom, quando se perde isso, quando se rompe com essa ordem ideal e passa-se a ter uma visão que, se não é diretamente imanentista, tende para o imanentismo a ideia de valores absolutos e a ideia de uma hierarquia que passa do Deus criador para as criaturas e a ordem criada. Quando isso acaba, é natural que o Estado fique sem medida, que o Estado comece a gigantar e seja, como disse muito bem o professor Rafael Nogueira, o Leviatem, essa figura monstruosa que tudo quer devorar. Porquê? Porque o homem deixa de ter um absoluto e o Estado passa a ser esse absoluto. É claro que essas ideias proliferaram e vieram-se a concretizar de maneira terrível no século XX. Talvez tenha sido por isso mesmo que foram esses regimes que geraram guerras tremendas. Ou seja, aqueles que prometiam uma harmonia entre os homens, apropriaram-se dos direitos que não eram deles, se tornaram uma espécie de deuses. O estado se tornou deificado e gerou guerras e de uma proporção que nunca tinha sido vista na humanidade. Que aula, senhoras e senhores. Muito obrigado, professor, por essa grande aula que é só o começo. Então, se você chegou agora, já curta, comente, compartilhe essa live. Compartilhe paraas suas famílias aí, né, pros seus amigos nos grupos de WhatsApp. Se fosse fofoca, se fosse coisa ruim, você já estaria compartilhando então essa live aqui com os nossos convidados de altíssimo nível, uma aula sobre regimes totalitários. Então, fique conosco e também já avise, já avise, comente de onde você está nos acompanhando, seja no Brasil ou no mundo, porque nós temos pessoas aqui de vários lugares do Brasil e do mundo, como é o caso da Jomara, que está lá em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Ah, a Maria Inês, que está em Itapema, Santa Catarina. A Paula comentou aqui, ó, tudo que vocês fazem é muito bom. Muito obrigado, Paula, pelo comentário e pelo apoio. Ah, a Elizabeth Vieira, boa tarde, povo de bem e inteligente. Muito, muito obrigado pelos elogios e muito boa tarde, Elizabe. O Giraldino Rosado, boa noite e assisti, estou assistindo desde a minha cidade de Évora, Portugal. Então, temos também aí conterrâneos do grande eh José Cepúlveda, o Cláudio Ribeiro de Farol de São Tomé em Campos do Goitacazes, Ulisses Melo em Niterói e muita gente chegando agora. Lembrando que você pode mandar também a sua pergunta, as suas dúvidas que aqui pros nossos convidados especiais. E por que que nós estamos falando de regimes totalitários? Eu respondo para vocês, porque na terça-feira, dia 2 de setembro, às 20 horas, neste mesmo canal do YouTube, nós lançaremos o nosso primeiro episódio do épico A história do fascismo. É um épico de três episódios e o primeiro será lançado gratuitamente. E se você quer ficar com um gostinho aí do que vem por aí, tem um vídeo especial para você ficar com mais vontade ainda de assistir a esse nosso novo épico da Brasil Paralelo. Faismo do latim faces, hoje em dia também conhecido como achismo do brasileiro, arte de falar com convicção sobre o que não sabe. Vivemos na era dos especialistas em opinião, da convicção sem fundamento, em que o achar vale mais do que o saber e a ignorância grita como se tivesse razão. Vivemos na era do achismo, onde a pressa de opinar é maior que a vontade de aprender e entender. Não importa a história, a memória, os livros, os documentos. Não importa o que foi, como foi, o que é, o que não é. O achismo ignora fatos, escolhe a versão que mais lhe convém e defende essa versão como se fosse lei. Achismo é a convicção de que não é preciso saber, basta achar. Afinal, quem precisa da história quando se tem uma habilidade? Entre o achismo e a história existe um abismo. E é nesse abismo que foi jogada uma das palavras mais repetidas e menos compreendidas do nosso tempo. Facismo. No dia 2 de setembro, estreia o novo épico da Brasil Paralelo, história do fascismo. para produzir essa série documental. Conversamos com os maiores estudiosos do mundo no assunto: professores e especialistas de Oxford, Cambridge, Harvard, Londres, Berlim, tudo para compreender a fundo o tema com aqueles que escreveram e estão escrevendo a história do século XX. Toque no botão e faça seu cadastro para assistir de graça ao primeiro episódio da série História do FMO. Porque um tema sério como esse não pode mais ser tratado com base em achismo. [Música] Então está aí, dia 2 de setembro, fica esse convite para você assistir ao primeiro episódio de história do fascismo de graça. Mas como eu falei, são três episódios. Como você faz para assistir aos outros dois? É muito simples. Torne-se membro da Brasil Paralelo. E você hoje tem uma vantagem especial. Você que está, você aí que está acompanhando essa live, tem 50% de desconto no nosso melhor plano premium. O que que é o plano premium? Primeiro, você libera acesso a mais de 100 originais da Brasil Paralelo, incluindo O Papa que venceu o comunismo, o filme Oficina do Diabo, Brasil A Última Cruzada, 1964, Unitopia, ah, tem tantas, tantas outras. História do comunismo que nós estamos falando aqui sobre regimes totalitários. História do comunismo tem seis episódios. Então, só o História do Comunismo já vale a pena e todos esses originais que eu falei, mas nós vamos além. No plano premium também você libera acesso ao nosso catálogo de filmes selecionado a dedo, que é o catálogo da BP Select. Então a gente sempre desafia você apertar o play sem medo. Qualquer filme que você apertar ali o play, vai assistir e vai gostar, porque a nossa curadoria ela é especial para você, tá? Então, aperte o play sem medo, com segurança. Tem mais ainda, porque no plano premium você libera acesso ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos. Então você ainda fica mais inteligente com esse plano premium. Já não bastasse isso, quer dizer que não basta 50% off, não basta mais de 100 originais, não basta o catálogo da BP Select e não basta mais de 90 cursos. Então agora tem um motivo especial para você assinar a Brasil Paralelo agora, que é o tão cobiçado boné da Brasil Paralelo. Não é sorteio. Assinou hoje, 50% off, 50% de desconto e ainda leva esse boné para casa. Para assinar é muito simples. 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Lenir Camílio, também assistindo de Portugal. O Marcos Pacheco chegando agora, o Thiago Ribeiro Batista e tem muita gente chegando e tirando as suas dúvidas também, né, perguntando, como é o caso aqui nas palavras da Rossiclei Dias, num país que flerta dia sim e dia também com o totalitarismo, nada melhor do que esse debate no YouTube. Parabéns. Um super abraço ao professor Rafael Nogueira. Foi inspirado nele que fiz história. Olha que legal, que relato maravilhoso. Ros Cley Dias. Rosic Clei, um abração, muito sucesso pro seu estudo de história. Fiquei feliz de saber, viu? E agora, professor, tem uma dúvida aqui do Seik Marques. Ele perguntou: “O senhor tava falando sobre totalitarismo, ditaduras, figuras do líder, culto ao líder. Qual é a diferença entre ditaduras e totalitarismo?” Ditadura é uma modalidade de exercício de poder eh excessivo, né? autoritário, autocrático, Kratos, eh, é poder, o o auto é tipo para si mesmo. Então, quando o governante governa sobretudo para si mesmo, mas isso vem desde a antiguidade. A gente dá, vocês, por exemplo, a palavra ditadura no contexto da República Romana, que era um período de suspensão de certos direitos e certas liberdades. Ele geralmente durava seis meses. Às vezes era era exagerado, né? Durava um pouquinho mais, mas era justamente para recolocar as coisas diante de uma emergência. Era um estado de exceção, sabe? Uhum. E e isso acontece muitas vezes, aconteceu na história recente, né, no o Brasil, pelo menos de 68 a a a meados, décadas de 80, Chile e Argentina no mesmo período, mais ou menos, foram até mais intensas e e mais violentes do que do que a a aquilo que a gente teve. Mas a gente sabe que totalitarismo não é só um controle da política, diminuindo a competição e suspendendo alguns direitos civis, né, e sobretudo, na verdade, a participação política, porque, por exemplo, o nosso regime civil militar tinha eh parlamento funcionando, tudo, mas tudo reduzido, mas algumas liberdades civis eram eram retiradas. Então assim, isso é muito diferente do totalitarismo, porque o totalitarismo ele não é só uma concentração de poder político com suspensão da ou suspensão ou diminuição significativa da competição. É uma tomada total. Por por quê? Porque você toma a política, toma a cultura, toma a religião, toma a vida privada, o lazer, a família, as mentes e e por exemplo a violência episódica contra adversários, que é vergonhosamente realizada por ditaduras do mundo inteiro, enfim, que existem hoje, tem muitas neste momento em exercício. É, é ela no totalitarismo é uma violência militante, contínua, pedagógica e muitas vezes injusta, sem motivo. Injusta, tô dizendo pros parâmetros legais, porque quando há ditadura ou um regime totalitário, a lei muitas vezes ela vai se curvar à vontade do líder, né? Então, tanto num caso quanto no outro, é que no num caso a lei ela, como eu disse, ela é usada para fragilizar opositores, adversários, tudo. No totalitarismo, ela é usada como uma derivação da verdade, da nova verdade, revelada e estabelecida por aquele grupo, sabe? Então, é é diferente e é uma coisa assim que, ah, ah, mas o professor Rafael pode estar exagerando quando isso existiu? existiu, existiu na União Soviética, existiu na União Soviética, sobretudo no período estalinista, existiu no contexto hitlerista no nazismo, a existiu eh no no na fase do Mussolini ali. E diz a Hann Arent no livro de totalitarismo, ela nem sempre coloca o o fascismo dentro do totalitarismo, né? ela pode colocar como uma ditadura excessiva, mas eh hoje em dia já se considera, né, como um regime totalitário. E a gente tem eh também o a China mauísta, claramente, né, um um regime totalitário. Então, a gente tem eh essas diferenças bastante claras e é bom que o público saiba, porque quando a gente erra a mão e coloca tudo como uma coisa só, a gente perde a parâmetro, perde gradação, ou seja, você não percebe os graus do problema, né? Você vai achar que é tudo tudo igual, tudo um problema no mesmo nível e não. Existem problemas muito diferentes e às vezes sorrateiramente o problema mais grave vai aparecendo, a gente não tem recurso intelectual para identificar. Então, é muito positivo a gente pensar sobre o assunto. Eh, inclusive nesse raciocínio, nessa linha de pensamento, professor, o Carlos César Cesário, ele trouxe um um comentário importante. Eh, ele comenta aqui: “O problema é que se uma manifestação tentar combater o totalitarismo, será chamado de totalitário.” A política tem esse problema sério que é guerra de palavras, ou seja, se fala muito para se justificar. Então, nesse nesse contexto também vou vou trazer uma frase que é atribuída ao Winston Churchill, né? Não se sabe se ele realmente falou essa frase, que é que de que os fascistas do futuro eh chamarão, né, os a si mesmos de antifascistas, né? Então tem aquela aquele jogo de palavras de que, bom, eu vou acusar ele do que do que eu sou e esse comportamento que eu tenho muitas vezes tem mais sentido com aquilo que eu digo combater, né? Então tem tem muito aquilo de defender a a democracia, mas o que eu prego é tem que ser algo supremo e não pode não pode jamais ser questionado, né? Pois é, eu procurei bastante essa frase, então eu acredito que não seja dele, mas valeu a pena você ter trazido porque ela tem, ela guarda um sentido muito especial de que, cara, lá no século XX, esses esses regimes que eu falei, vamos recordar, eh, a União Soviética estalinista, o Hitlerismo, o nazismo, né, o fascismo com Mussolini, quando a gente pega a China mauísta, todos esses regimes não tinham tido anterior mente a eles regimes semelhantes que se ensinavam na escola, entendeu? Eles não tinham uma referência do mal, de um mal tão grande que possa ser eh perpetrado pelo Estado. Então não estava, gente, não estava disponível na memória coletiva, não estava disponível pra ciência histórica, pra ciência política, não estava. Então assim, eles fizeram uma coisa nova, crudelíssima, horrorosa e que fal nos faltam palavras. Tanto que a Hanarent, parece que ela que batizou, né? Na década ela escreveu as origens do totalitarismo e ela que batizou de totalitarismo porque ela dizia que não havia palavra no vocabulário da teoria política para definir o que aconteceu, porque era uma monstruosidade tão sombria, tão grande, que não tinha palavra. Era um controle que não se via, não tinha se visto antes, justamente nessa totalidade, né? Não éou o nome perfeito. Só que agora a gente tá no pós, né? Uhum. Nós nós aprendemos na escola os horrores desse tipo de coisa. Então aí pensa comigo, como é que eu vou apontar para uma pessoa para ela parecer muito má, merecedora de dos castigos mais horríveis e cruéis? É só eu chamá-la de Hitler, de fascista, de nazista, de não é isso? Aquele aquela velha capa do livro, né? Todo mundo que eu discordo é Hitler. Isso, exatamente. E o que que você faz quando quando aponta essa pessoa dessa forma? Você cria nela um alvo. Por quê? Ela se torna mais vulnerável de imediato, porque as pessoas preventivamente vão vão agir com ela assim: “Bom, é melhor evitar de empregar essa pessoa ou é melhor demiti-la? É melhor não ser amigo dessa pessoa, é melhor não fazer um trabalho universitário com essa pessoa, é melhor eu me afastar e também falar mal dela para perceberem que eu não tenho nada a ver com essa pessoa. Então você cria um ostracismo que antes era realizado com o quê? Com a maledicência que faziam com, no caso do nazismo, mais diretamente com os judeus, né? no caso dos outros, com os adversários que eles selecionavam como bods expiatórios do momento. Então assim, hoje vira bod expiatório, aquela pessoa que é de alguma maneira associada ao fascismo e ao nazismo. me admira que muitas vezes os tribunais não reconheçam o perigo, o risco disso, porque uma pessoa associada com esses ismos, com esse e e esse trecoísta aí, ela pode sofrer violência, ela pode eventualmente sofrer uma violência na rua. Aí vocês vão pensar: “Ah, mas tem que ser muito excessivo, mas tem gente maluca por aí, tem gente assolta que que pode não bater bem, pode ir muito além de não contratar, não se aproximar, ela pode achar: “Ah, então eu é melhor eu evitar que essa pessoa continue a existir”. Então, a violência ela ela, digamos assim, ela tá ela tá muito próxima desse apontar o dedo. Sabe como é que nasceu esse apontar o dedo? Como que nasceu esse apontar o dedo? Agora fiquei curioso. É porque tem uma uma conferência dada em Nova York pelo Humberto Eco. Eh, não é que nasceu ali, é que se intensificou ali por conselho dele. Sim. Essa ela virou um livretinho, foi transcrito, virou um livretinho chamado fascismo eterno. E aí ele começou a dizer como é que se identifica o fascismo, porque o fascismo ele não vai hoje se dizer fascista. É óbvio, porque o fascismo que se disser fascista, ou ele tá proibido pela lei, ou ele vai ser perseguido, ou ele vai ser trancafiado. Então o fascismo vai se disfarçar. Então o que que ele diz? Vocês jovens apontem o dedo e gritem fascista. Ele achou que tá fazendo um bem. Acho que deu certo, né? Ele achou que tava fazendo um bem. Eu escrevi um artigo sobre isso outro dia, né? Porque eh achando que tava fazendo um bem, ele acabou mostrando a arma poderosa que a pessoa tem na mão, que é apontar e chamar alguém de fascista, que é de fato assim mostrar o fascismo não morreu e aquela pessoa não vai se dizer fascista, ela tá disfarçada, mas ela é. Então vamos dar um fim nela. Como é que termina o Mussolino? Não terminou muito bem, não. Não, não terminou muito bem. Inclusive, eh, acontecem muitos, muitos contextos assim inimagináveis, né? Por exemplo, um grupo organizado acusando uma pessoa, um indivíduo de fascista. Ele sozinho é fascista. É aquele grupo todo coordenado, agindo contra aquela pessoa, contra aquele indivíduo. Não, não é, não é, que eles são anti antifascistas, né? Geralmente eles chamam de fascista alguém que não tem projeto de de poder, projeto de governo, projeto de uso do estado para criar um aparato, né, mental, estatal, policial, militante. Não tem nada a ver. Eles chamam de fascista quem discorda de um certo credo social aceito pela pelas pessoas que se consideram muito legais e ilustres e isso se torna muito perigoso. Por isso que eu acho, eu acredito que seja positivo que a gente pense no assunto, né? O que que é fascismo? A gente até, eu trabalho com o pessoal do Clube Ludovico, não sei se vocês conhecem o público, a gente publicou um livro O que é fascismo, de Stanley Pain. Stanley Pain foi um dos caras que quis estudar bem o que é fascismo. É claro que a perspectiva dele é mais de histórica, de voltar aquilo que aconteceu e mostrar isto aqui é fascismo. E acaba sendo um certo abuso usar fascista, fascismo em outros sentidos, mas ele dá critérios muito positivos. Eh, então quem quiser no a o ir no clube Ludovico dá para comprar pela loja interna. Agora veja bem, ah, vou só puxar um gancho professor porque se deixar professor não para de falar porque ele é um dos nossos entrevistados no no história do fascismo. Então, tive que puxar esse gancho atrasa pro nosso assado, porque ele foi um dos nossos entrevistados do épico O que é fascismo, né? Ele que escreveu esse livro e o nosso épico, história do fascismo, dividido em três episódios. Ele é um dos nossos entrevistados. E aí eu vou pedir que o senhor conclua, eu já vou chamar professor José Sepúveda também para conversar aqui conosco sobre esse contexto. Não, concluindo, eu nem acho assim absolutamente errado, abominável tentar encontrar constantes no fascismo, no totalitarismo, como fez a Hana Arent, como como o professor Sepúveda fez aqui, eu fiz aqui exer esse exercício mental de tentar encontrar ah o que que é o totalitarismo, né? Qual que é a sua diferença paraa ditadura? Qual a sua diferença paraa democracia? Qual a sua diferença para um regime legítimo de república? e e transformar isso numa categoria sociológica para identificação. Em outros casos, isso isso não é errado. Eu tô chamando de de de erro, de problema e até gostaria que fosse reconhecido como crime o apontar e chamar alguém de fascista para que essa pessoa perca tudo, se desumanize, para que ela seja tratada como uma inimiga da humanidade. E isso sim, para mim é um abuso tremendo que pode ser combatido com a ilustração, com estudo do que é o fascismo e tal, até por parte de autoridades que venham porventura, né, a lidar com decisões a serem tomadas relacionadas com o assunto. E aí entra o problema do achismo, né, nessa era que nós vivemos hoje, nós temos muito muitos especialistas de redes sociais, né, que estudam pouco, eh, acham muito, né, e sabem pouco de fato. e professor Zé Cepúvida, nesse contexto, duas eh duas interações aqui, dois questionamentos que eu tenho para o senhor. Primeiro, quais são os riscos eh de desse contexto histórico que nós vivemos hoje, dessa polarização? Esse apontar o dedo para quem eu discordo, pura e simples, né? Então, automaticamente, eu não tenho conhecimento profundo sobre o que essa pessoa está falando, discordo dela e automaticamente o meu apontar o dedo já valida esse meu pseudo argumento. E também ah sobre a importância desse, entre aspas, blindar desses comportamentos, né? O professor Rafael Nogueira já comentou sobre a parte do estudo, sobre a parte do conhecimento, mas no geral, especialmente nos comportamentos sociais, né? como que nós nos blindamos e quais são esses riscos do apontar o dedo para quem simplesmente discorda das nossas opiniões? Olha, eh, eu gostei muito da do da conversa e o e da e da exposição que fez o o professor Rafael Nogueira. Aliás, foi fundamental que ele estabelecesse bem essa de essa linha demarcatória entre o que é um regime totalitário, o que é uma ditadura, que são duas coisas diferentes, realmente diferentes, e que é importante nós considerarmos, já que nós estamos falando dos totalitarismos. Eh, mas eu eh bom, a sua pergunta ela tem muitos aspectos. Eu eu vou lhe dizer uma coisa, assim, se você me permite, eh vou lhe dizer o seguinte. Essa palavra tá se usando polarização, eu acho que é uma das palavras perigosas que está usando. Por quê? Porque ela tá valendo para tudo. Eh, tá valendo para o que é que é polarização? é ter haver ideias contrárias, mas haver ideias contrárias é a essência do debate público. Agora, se polarização é apenas uma espécie de resguardo em posições que são irracionais, aí compreendo que ela não seja, essa polarização não seja boa. Mas eu vejo que há muita gente também manipulando a palavra polarização e propondo uma espécie de pacificação que não me parece uma pacificação, mas me parece uma maneira de calar as pessoas. Então isso aqui é só apenas um, enfim, uma uma consideração sobre a palavra polarização. Agora o, se vocês me permitem, eu vou contar um pouquinho uma memória pessoal, porque no ano de 1974, Portugal ser sofreu uma revolução, uma revolução e feita por militares e depois acompanhada por civis, mas uma revolução que foi comandada eh de diretamente pelo Partido Comunista Português, que era um partido stalinista, e era comandada diretamente de Moscou. Eh, portanto, uma revolução que foi se radicalizando no comunismo e chegou a ter eh episódios claramente estalinistas e claramente de perseguição política violenta, eh propriedades que foram roubadas, eh eh pessoas que tiveram que fugir do país, eh eh empregos que foram perdidos, etc. Mas eu porque é que eu estou contando isso? Porque naquela época qualquer um, mas qualquer um que dissentisse dessa orientação, dessa revolução de cunho stalinista ou em certos aspectos mauísta, enfim, havia muitas correntes de esquerda dominando a cena. Qualquer um que dissesse alguma coisa contra isso era fascista. fascista. Eh, nem se sabia o que é que era ser fascista. A única característica era levantar a mão e e pronto, isso já era o fascismo. Então, realmente, isso é o fenômeno que o professor Rafael Nogueira apontou, que é literalmente o apontar o dedo de uma maneira absurda. Eu tinha até um amigo, um amigo grande da minha família, que ele fez um cartão de visitas e para debochar dessa situação, ele pôs o nome dele embaixo, em vez de pôr a profissão que ele colocou, fascista, latifundiário, tá, tá, todas essas eh essas eh essas essas acusações que eram lançadas na ponta de um dedo que era apontar que era eh eh dirigida à pessoa. E com isso ficava impossível a pessoa se manifestar ou a pessoa ter atitudes que contrariassem aquela aquela situação. Mas nós hoje vivemos isso. Vivemos eh, por exemplo, uma coisa que me custa bastante é o seguinte. Agora vamos esquecer fascismo, vamos esquecer essas coisas, mas eh eu costumo dizer que eh criaram-se etiquetas ou criaram-se caixinhas e as pessoas que se interessam pela política, eu digo a pessoa comum, ela querem e ela quer pegar uma realidade ou pegar um personagem e enfiar dentro de uma caixinha. Não, isso aqui é tal coisa. Isso aqui é tal outra. E e isso torna praticamente impossível eh realmente fazer uma análise eh profunda dos acontecimentos, porque as forças revolucionárias se muito mais se interpenetram do que nós imaginamos. Eh, eu acho que eu posso confessar aqui, né? Eh, e já com isso eu convido todos os que estão assistindo, aqueles que ainda não assistiram, para assistir ao primeiro episódio, porque eu fui benévolamente convidado para ir ao cinema assistir o o pré-lançamento desse primeiro episódio eh sobre o fascismo e que ali se viu uma seriedade muito grande. Por quê? porque se vai eh houve um esforço de pegar grandes autores, de pessoas que se debruçaram durante anos eh para estudar o fenómeno não apenas político, mas sociológico, eh histórico, tudo mais, eh até até de análise eh de pessoas, eh, por exemplo, análise do próprio Mussolini, por exemplo. Mas tudo isso dá uma seriedade e dá uma fundamentação muito grande. Mas nós vamos ver e as pessoas que assistem ao documentário terão os documentos, não os achismos, mas os documentos que mostram que o fascismo nasce de dentro do ovo do comunismo. Então, quando a pessoa não tem essa abertura de espírito para estudar, para analisar, para perceber, ela vai pega uma realidade que ela mais ou menos inti, faz uma etiqueta e pá, e já joga eh numa eh já analisa a pessoa segundo um rótulo que ela põe na cabeça. Isso, enfim, isso, eu acho que isso vem muito também, não tô dizendo que esse fenômeno é restrito ao Brasil, mas esse fenômeno vem de uma qualidade do brasileiro, que é pegar muito rapidamente uma realidade. Muitas vezes um europeu não pega com essa e essa destreza e com essa intuição uma realidade, mas isso ao mesmo tempo faz com que a pessoa que int muito estude pouco e então acaba eh simplificando as coisas. Os franceses dizem, eh, tem uma frase que é, eh, la verit e dan leance, ou seja, e a verdade está nos eh matizes e nós precisamos eh realmente aprender a ver os matizes das coisas. Isso eh evitaria eh esse fenômeno do apontar o dedo, né? Perfeito, professor. Ótima análise. Inclusive, para você que está assistindo, está chegando agora, como é o caso da Maridália Carvalho, que está em Brasília, a Kati, que está em Itapetininga, São Paulo, a Angelina que está em Taubaté, o Marcelo que está em Porto Ferreira, São Paulo, a Renata que está em Belo Horizonte, o LCP Educacional que está em Giparaná, Rondônia e a Renata Brígida que está em Aracaju, Sergipe. Como eu falo, tem pessoas de todo o Brasil, de todo mundo acompanhando essa live. Não esqueça de curtir e compartilhar. E também comente de qual lugar do Brasil ou do mundo você está nos acompanhando. Também comente uma pergunta aqui para os nossos professores sobre esse tema que nós estamos falando. E o professor José Sepúvida acabou de falar que ele foi um dos privilegiados que já assistiu ao primeiro episódio do nosso novo épico História do Fascismo. E pr você que está acompanhando aqui, dia 2 de setembro, nessa terça-feira, às 20 horas, aqui no canal do YouTube da Brasil Paralelo, você também vai ter esse privilégio de assistir ao primeiro episódio. E agora você vai ter um gostinho desse primeiro episódio. Quais são os conteúdos que serão abordados? [Música] Sarà il secolo [Música] durante il male l’Italia tornerà per la terza volta ad essere direttrice della civiltà umana. [Aplausos] [Música] ridiculed by people really don’t know much about was expelled from socialist party and then he started trying to find an ideology what transformed Muslini and made the real Mussolini the full Mussolini history of course was experienced world war for many people it feels like there’s a revolution uma política bastante forte e portanto era preciso construir o homem novo que era o guerreiro que ia a conquistar o império italiano. The propaganda must have been quite extraordinary. Buildings absolutely covered with images of Mussolini. The end was everywhere. He wanted to present this violence as a restoring order. Marcelini gave a speech of L in Milan where he came out with the most important phrase defining his regime. He said that we are a totalitarian state where nothing’s against the state and nothing and nobody is outside. Viu? Acabou, você acabou de assistir a um pedacinho, um pouquinho do conteúdo que será abordado no primeiro episódio do nosso épico de três episódios, a história do fascismo. Esse primeiro episódio você pode assistir gratuitamente no dia 2 de setembro às 20 horas aqui no canal do YouTube da Brasil Paralelo. E para assistir às outros dois episódios, você tem que se tornar membro da Brasil Paralelo. E hoje você tem uma condição exclusiva, uma condição especialíssima, que é 50% de desconto no nosso plano premium, que é o nosso melhor plano. Você libera, além de mais de 100 originais da Brasil Paralelo, também libera o catálogo de filmes da BP Select e também ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos. Então você se torna ainda mais inteligente, tem entretenimento na BP Select, tem muito mais informação, história com os nossos originais, mais de 100 originais. E hoje, assinando hoje até às 23:59, você também levará para casa o nosso tão cobiçado e tão querido boné da Brasil Paralelo. Então, até às 23:59, corra para garantir 50% de desconto no nosso plano premium, liberar acesso a mais de 100 originais, catálogo da BP Select, núcleo de formação com mais de 90 cursos e também levar para casa aqui o boné tão querido da Brasil Paralelo. E as a nossa produção, ela é tão espetacular, mas tão espetacular, que surpreende até os nossos velhos conhecidos, né, como o caso do professor Rafael Nogueira, que comentou aqui do especialista Pain e que estava no documentário, né? Ficou surpreso, professor? Pois é, fiquei surpreso. Vou dizer para vocês que eu nem sabia porque esse esse documentário eu tô trabalhando muito, né, no governo de Santa Catarina, tô, enfim, com a editora na Unialo. E aí desse eu não fiz parte, mas eu tenho certeza que tá que tá excelente. Eu vi os os trailers e olha só, acabei de ver o Stanley Pain aqui, que é autor que a gente a gente traduziu e trouxe pro Brasil esses tempos. Eu sou professor do século XX e eu já ensinava ele, mas ainda tava em inglês, não tava traduzido. A gente trouxe e vocês trouxeram ele entrevistado. Ele já tá bem idoso, né? Sim, ele já tá com 93 anos, se eu não me engano. Já já passou a casa, a pedra 90, como dizem os mais antigos, mas está bem lúcido. E a entrevista foi sensacional. Vocês colecionaram ouro aí porque o o Stanley Pin, ele foi capaz, por exemplo, de mostrar o antiliberalismo e o anticonservadorismo do fascismo, sabe? Ele, isso tá claro no livro dele, assim, não tem como misturar, é uma coisa totalmente diferente, tá? Então, para mim foi uma surpresa muito grata e como professor de história já fica aí uma recomendação especial porque não é um autor costumeiramente estudado, ele incomoda justamente para fazer essas distinções, sabe? Sim, sim, sim. traz reflexões um pouco mais incômodas para isso, embora seja tecnicamente muito capaz, sabe? É tudo muito sério. Não é uma questão de que, ah, ele é do tal grupo político, por isso que ele fala isso. Nada a ver, é uma, são distinções técnicas, é por isso que não falam mal dele. Só o apago, deixa um de lado e vocês aí estão fazendo esse belíssimo trabalho de trazê-lo aí em tempo, né, para para que o público brasileiro e de fora, né, o público da BP aí possa possa aproveitar. Valeu. Inclusive, esse é um dos principais pontos, né, uma das nossas principais preocupações. Além de trazer eh os nossos conteúdos de forma mais didática possível para que todo mundo tenha acesso e todo mundo entenda, nós também vamos atrás dos principais especialistas em cada assunto, como é o caso do professor Rafael Nogueira quando falamos da história do Brasil, história do século XX. E também como nós vamos falar agora sobre o fascismo, nós fomos entrevistar os maiores especialistas, os maiores professores de Harvard, Oxford, eh, Berlim, Londres e por aí vai, para que você tenha acesso de forma fácil a essas informações e deixar os achismos de lado. Aqui você pensa com as próprias pernas, com a própria cabeça. Então, já desejando também, boa tarde. Tem muita gente chegando agora, ó. A Zélia Oliveira está em Aracaju, Sergipe de olho na Brasil Paralelo. Muito obrigado, Zélia. Muito obrigado, Salete também comentou: “Gosto do enfoque de vocês com muito conteúdo fundamentado”. Excelente. Muito obrigado, Salete, pelo seu comentário. A Bet Almeida está em Paranabíba, Mato Grosso do Sul. O Marcos Garcia, boa tarde, obrigado pelo excelente tema. Nós que agradecemos a sua participação, Marcos. Muito obrigado pelo comentário. E mais uma vez aqui fica aquele desafio, né? Se não quer acreditar na gente que está falando aqui, acredite quem está comentando, como é o caso da Maria Reis comentou: “Sou membro há um ano e adoro a Brasil Paralelo”. Então, muito obrigado, Maria, pelo seu apoio, muito obrigado pelo seu comentário. Também tem o Artur de Belém do Pará, o Marcos Garcia que está em Palmas, Tocantins e a Maria Reis comentou aqui também: “Estou aprendendo história na Brasil Paralelo. Antes era só professor enchendo linguiça, então aqui não. Aqui nós enchemos com muita informação e muito conhecimento, né, professor? Isso. Tem muita gente chegando agora. E você que está chegando agora, não esqueça também de conferir se você está inscrito no canal da Brasil Paralelo para que chegue sempre os nossos conteúdos. tem conteúdos diários aqui no nosso canal do YouTube da Brasil Paralelo. Mas lembrando que nós somos muito mais do que um canal do YouTube. Nós temos o nosso streaming com mais de 100 documentários, como eu falei aqui. Tem também o nosso streaming de filmes que é ABP Select. Filmes selecionados a dedo para você apertar o play sem medo, sem medo de agendas ocultas, sem medo de ficar horas e mais horas escolhendo filmes e depois se arrepender no final. E também para você se tornar ainda mais inteligente com o nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos, é muito simples. Toque no link da descrição ou aponte a câmera do seu celular pro QRCode, ou melhor, minha dica de ouro, ligue para o 0800 5919575 para falar com o membro da nossa equipe comercial que vai tirar todas as suas dúvidas. Lembrando também que você vai falar com uma pessoa, não é inteligência artificial, não é um robô, vai falar com um membro da nossa equipe comercial e tirar todas as suas dúvidas sobre conteúdos, pagamento, duração do plano e por aí vai. Então fica a dica para você ligar. Agora seguindo no nosso tema aqui sobre regimes totalitários, professor Rafael Nogueira, ah, a gente já falou sobre alguns desses principais regimes totalitários e as suas características, né? essa totalidade no controle desde o dia a dia, o cotidiano, o que a pessoa lê, o que a pessoa se informa. E eu gostaria de perguntar ao senhor, quais são os pontos em comum desses, vamos pegar esses três mais gerais, né? H, o fascismo, o nazismo e o comunismo. Quais são os pontos em comum e quais são as diferenças de uma forma geral para que a nossa audiência compreenda um pouco mais desses regimes totalitários? Ah, boa pergunta. Boa pergunta, porque assim, a gente pode pegar aquele indicador do Rumel que eu falei de qual matou mais, qual é o grande campeão. Eu dou uma pausa dramática assim e volto dizendo que é o comunismo, é o estalinismo. Matou mais do que o os outros dois, mais do que o nazismo, que fica em segundo lugar, e mais do que o fascismo. Eh, a gente tem, então, essa diferença na na no máquina, né, de uma porque é muita diferença, tá? Vocês vão ver lá, vocês pesquisarem, vocês vão ver. Mas ao mesmo tempo a gente tem uma diferença fundamental na ideologia. Todos têm uma ideologia. É uma ideologia. Se a gente pegar a definição que lhe dá Eric Fgling, a ideologia é uma tentativa de trazer para este mundo o juízo final e nós, portanto, conduziremos o presente, a nossa vida, tendo em vista um juízo que vai acontecer aqui nesta terra e que nós estamos sendo chamados para produzi-lo. Nossa, como assim, né? Eh, é como se fosse uma herança de heresias e gnosticismos, né, do do da da época medieval e da idade moderna. Eh, é uma tentativa de não só fazer justiça nessa terra, mas de trazer o paraíso neste mundo, não outro. É uma perda da abertura para o transcendente. É uma perda da referência a Deus, a religião, a vida após a morte. Tudo começa e termina neste mundo. E então a revolução ela vai acontecer sempre justificando toda a violência, toda a dominação num futuro melhor que será construído, né? Então isso os torna comuns, tá? Essa é a parte que a gente tem de semelhança. Mas aí a gente vai pegar detalhadamente cada um, vamos encontrar inúmeras diferenças. Nós vamos encontrar inclusive eh como a gente fez mais semelhanças, né? Então os totalitarismos como irmãos, digamos assim, eles vão brigar, são irmãos brigados entre si, tá? Então você vai reparar que muitas vezes depois de um tempo, depois de alguns acordos de ajuda mútua, vai ter uma certa dialética e um certo comportamento por parte dos fascistas de serem anticomunistas, tá? E isso vai fazer com que os comunistas sejam na em alguma medida contrários aos fascistas, tá? Então isso, ainda que haja muitas semelhanças, eles vão brigar entre eles. O o o fascismo, ele tem uma ideia porque a Itália ela não tinha, digamos, se tornado capitalista, exatamente capitalista ainda. Então ela vai se converter com base numa questão histórica de mobilização total do povo, né, com com a ideia de Roma antiga Rede Vivo e o povo guerreiro. Quando você pega a o nazismo, já é uma pseudociência biológica que vai falar de superioridade e inferioridade, justificando, né, com base nessa pseudociência, eh, e a raça deles como superior, né? E aí, portanto, ah, e também a da inconveniência da manutenção das raças inferiores convivendo com as com as superiores, das misturas, etc. Então isso vai gerar uma espécie de luta de raças, enquanto que lá em Roma vai gerar uma luta de promoção da grandeza da Itália, que seria, digamos, um restabelecimento de uma honra antiga que já tinha existido e que nunca deveria ter acabado. Então é uma coisa bem interessante e e tudo meio, vocês estão vendo que é tudo meio viagem, né? Tem bastante de imaginação grande eloquente, utopia. Exatamente. Justificação, o futuro que vai chegar, justifica tudo. Uhum. É a grandeza da Itália, a nova Roma. O ontem foi glorioso, o hoje é duvidoso e amanhã a gente vai em busca dessa glória antiga. E no comunismo já é a luta de classes com base também numa pseudociência que a gente chama de marxismo, né? A pseudociência que fala da luta de classes, que tudo pode ser explicado por meio da luta entre classes sociais e que também neste mundo chegaria o momento que essas lutas essa luta acabaria. Mas a geração presente, presente no caso deles, né? entendi uma geração presente tinha que ser a justiceira de fazer isso acontecer, né? E aí tudo também é justificado em nome disso. A agora isso aí, ainda que sejam diferenças, vocês viram a semelhança enquanto ideologia, né? Enquanto ideologia revolucionária. Agora tem uma uma questão que ah as diferencia assim absurdamente. A ideologia fascista parece que ela não tem lugar no mundo de hoje, né? a pelo menos a a histórica, não a sociológica. Se a gente, ah, o fascismo tem essa essa essa característica, a gente tá extraindo categoria sociológica, é um outro papo, mas aquele fascismo não tem mais lugar. O nazismo não tem mais lugar, né? Só quem acredita em pseudociência, tudo não tem partido, autorização para partido fascista, nazista. Ainda bem, isso tá certo. Agora o comunismo tem lugar, tem partido, tem tudo. Então, só fica para pensar, né? O comunismo é o que mais matou. é o que mais se espalhou. Teve a queda do muro de Berlim, ainda existem partidos comunistas, inclusive no nosso país autorizados. Então assim, ah, mas houve uma mutação, é isso que eles alegam. Houve uma mutação depois com uma espécie de incorporação dos direitos humanos e que e que deu novas páginas aí. Então, os comunistas de hoje não são aqueles revolucionários de ontem. É, não é bom perguntar para eles. Fica um questionamento bom, né? É bom ver se é verdade isso. E e aí que a gente entra na questão também da diferença entre teoria e prática, né? Aquela aquele jogo de palavras também que a nossa seguidora fez o questionamento. E falando em questionamento, eu vou trazer aqui algumas perguntas à nossa audiência. Vou convidar o professor José Sepúlvida para responder essa, né? Será que acho que o professor ele ele vai responder essa com mais uma aula de uma grande aula de história. Professor Zé Cúvida, a Carla Meira Cheffer, que está lá em Curitiba, no Paraná, ela faz uma pergunta aqui. Absolutismo e totalitarismo são faces da mesma moeda? E aproveitando essa pergunta também da Carla Meira, tem a pergunta aqui do Thiago Ribeiro Batista. Monarquia é um exemplo de regime totalitário? Ficam esses dois questionamentos, professor José Cepúlvida, eu acho que o o professor Rafael Nogueira também gostaria de Com certeza vai complementar a resposta. Bom, e se você me permite, eu vou só eh vou só eh eh terminar o, digamos assim, o pensamento do do professor Rafael Nogueira antes de responder a essas duas perguntas. muito interessantes e que eh até exprim muitas das confusões de conceitos que existem hoje em dia, não da pessoa que tá perguntando, mas do que se ouve por aí. Mas eu diria o seguinte, eh ele eh eh disse que eh realmente os dois, os totalitarismos, por exemplo, fascista e comunista acabaram se eh lutando entre si. Eh, e isso é um fato histórico, mas existe um um problema que eu acho que é uma é uma das coisas que dificulta eh o a apreciação desses totalitarismos, é que o totalitarismo comunista, por exemplo, outro dia assistia a uma palestra de um professor chinês eh que falava sobre a China e como o comunismo, eh, se implantou na China. Ele dizia o seguinte: “O princípio básico da implantação do maumo e de todo o comunismo na China foi um, a destruição da civilização chinesa na cabeça das pessoas, ou seja, era preciso destruir todo o passado. Ora, por exemplo, o fascismo e o nazismo, eles vão trabalhar com uma outra ideia, que é a exaltação do passado, a exaltação de glórias passadas, só que depois vão sendo distorcidas. eh ele vai apelar para a ordem eh numa sociedade que estava desfeita por ideias liberais, por ideias eh de rupturas sociais. eh ele vai trabalhar, digamos, uma, como aliás está muito bem colocado até no no documentário de Brasil paralelo, é a consequência da própria guerra das trincheiras, não é, que envolveu o mundo numa violência desumana e que essa violência desumana acabou passando eh para o dia a dia, era consequência, as pessoas tinham uma espécie de eh atos de violência, mas queriam que voltasse à ordem. Eh, há um dos professores que que apareceu aí até no no nesse breve filminho que apareceu aí sobre o o documentário e que ele diz o seguinte, que o o no fundo o o próprio Mussolini foi eh procurar uma ideologia que servisse aquela ideia de poder. Ou seja, foi construído, isso foi construído. Houve um movimento que tinha aspectos sociais, mas e todo ele era baseado na ideia de restauração da ordem. Por isso é que os movimentos nazistas e fascistas têm essa peculiaridade que que assusta um pouco e que engana um pouco. Eles não seriam restauradores da ordem. Eh, e isso traz um outro problema que eu não vou tratar aqui, mas foi um grande problema, que era o problema dos católicos diante, por exemplo, do fascismo. Bom, mas respondendo aí às perguntas, eu acho o seguinte: o absolutismo nada tem a ver com o totalitarismo. O absolutismo era uma ideia, era uma prática eh proveniente de várias condições históricas. eh eh proveniente do fim da Idade Média e do fim do poder feudal, eh com algo que também se se viveu, eh, em certos países da Europa, chamada anarquia feudal, que eh depois obrigou os reis a concentrarem como uma reação, a concentrarem um poder. era seria preciso entender como era o poder medieval, que era um poder muito distribuído por toda a sociedade. Então, houve uma absolutização do poder eh nos monarcas. Eh, isso levou inclusive também à vida social a a ter eh cortes muito grandes, onde ficava quase toda a nobreza importante do reino, em vez dela ficar nos seus locais. eh eh de origem. Eh, mas isso nada tinha a ver com a ideia totalitária, como nós disemos aqui, o professor eh Rafael Nogueira muito bem mostrou, também falei disso. A ideia totalitária é uma ideia de tomar o homem todo, de tomar todas as suas atividades, de condicionar todo até o modo dele falar. Por exemplo, na nessa palestra que eu vi sobre a China, até a maneira de escrever foi modificada, porque era preciso modificar tudo. Então isso não havia no absolutismo, não é? Bom, e a outra coisa é se eh, se eu me lembro bem da outra pergunta, é se a monarquia teria alguma coisa de ditatorial, né? Eu acho que eh, bom, primeiro nós não podemos falar assim a monarquia, porque a monarquia teve muitas expressões ao ao longo dos séculos. Houve muitas versões da monarquia, mas a monarquia ela não é concebida como uma autoridade eh ditatorial, pelo contrário. E se quanto mais para trás nós vamos, quanto mais próximo da Idade Média, menos ela é, digamos assim, menos autoridade ela tem, se pudéssemos dizer assim, porque há, por exemplo, quando um rei dava um feudo a um senhor, a um nobre, ele perdia uma série de autoridades sobre aquele território, sobre o próprio eh quem ele fazia entregava um feudo, ele passava a ter poderes que eram, a bem dizer, retirados do rei. Então, a ideia de que a monarquia é um regime, eu tenho visto muitas vezes dizer isso, que eh há eh a democracia é o contrário da monarquia, não. A democracia nascida da Revolução Francesa, essa pseudodemocracia, né, eh, nascida da Revolução Francesa, teve esse caráter antinobiliárquico e antidonárquico, mas o conceito original de democracia não tem nada de oposto à monarquia. Tanto que eh São Tomás dizia que o o regime mais perfeito pela própria condição humana seria aquele em que houvesse monarquia eh junto com o poder aristocrático e o poder democrático. O que é que era o poder democrático? Eram todas as expressões do poder do povo que eram garantidas pelas monarquias tradicionais. Então, eh, não sei se eu guardei bem as duas perguntas, mas guardou muito bem e as respondeu muito bem. Inclusive, o professor Rafael já vai complementar também essas essas perguntas, né, professor? Sim, mas não complementar para como se tivesse faltado algo. Foram brilhantes as explicações do do do professor. É mais porque concordando com o professor Sepúlveda, a a absolutismo e totalitarismo nada tem a ver. Absolutismo, o professor já explicou muitíssimo bem. Eh, é que usaram uma palavra, né, para para os historiadores, eh, quando quando surge essa palavra, ela é usada com exagero, né? Nossa, absoluto. Então, absolutismo. E aí a gente fica com a ideia absolutismo, totalitarismo. Se for pelas palavras, não dá. A gente precisa ir ao conceito e examinar o momento histórico eh que esse conceito quer, digamos assim, explicar, né? Então, é um trabalho que vai para além da primeira impressão, que é a palavra causa. Isso professor Cúbeda já fez, mas eu eu faria o seguinte complemento que para existir o totalitarismo, que é esse evento do século 20 de, né, de de tomada total do do âmbito privado por parte de um estado liderado por uma personalidade cultuada e que o Estado é promotor de uma verdade, uma verdade pública, mas não construída de forma pública. é construída por ideólogos e ela é obrigatória, né, de aceitação obrigatória. Tudo isso só é possível com tecnologia. Então, com quero dizer, eu me refiro à tecnologia moderna criada no século XX, sobretudo depois da Primeira Guerra Mundial, porque a gente sabe que os momentos tensos, os momentos de dificuldade fazem com que inteligências queiram trazer soluções. E a gente teve, então, no século XX, não só eh antes da Primeira Guerra, um ápice econômico que permitiu pesquisas científicas, etc., como a Primeira Guerra Mundial, que exigiu muito avanço, não só em armamento, mas em transporte, em saúde, toda questão logística. Isso, em toda essa questão logística. E isso aumentou o poder central do estado. Uhum. E quando a gente ainda tem outros incrementos, como a televisão, o cinema, a o rádio, a então toda a parte de comunicação que foi desenvolvida também, sobretudo por causa da guerra, a internet foi desenvolvida também no âmbito da Segunda Guerra, mas é depois. Eh, isso tudo vai aumentar formidavelmente a possibilidade de concentração de poder, que foi o que acabou acontecendo com os totalitarismos. Então assim, a tecnologia moderna é um item sem o qual fic muito difícil de se pensar em totalitarismo, tá? Então mesmo quando você vê a 1984 do OEL, você tem a tecnologia envolvida. Quando você vai examinar de perto os regimes, né, que houve aí, os regimes totalitários que houve no século XX, vai ficar claro, translúcido que houve uso maciço das novas tecnologias para isso. Então o fica muito difícil da gente pensar, isso quem disse foi um foi um autor francês, né, que ele escreveu o seguinte na na contramão do do de um certo credo público também de que nós estamos caminhando na direção da democracia e da liberdade. Uhum. Ele escreveu Bertrand Juvenel, o nome dele. Ele escreveu um ensaio sobre o poder. Ele disse o seguinte: “Com as novas tecnologias, o poder se torna cada vez mais centralizado e os governantes detém em suas mãos muito mais informações, poder de mobilização eficaz e rápida e poder de violência. Tudo isso aumentado, extraordinariamente aumentado. Então o que que a gente tem, pelo menos na visão de Bertan Venel, a gente tem um aumento do poder central e uma diminuição das liberdades privadas, né? Esse esse é um é esse é o paradoxo da atualidade, né? Nós gostamos mais de democracia, eu acho mesmo. Nós gostamos mais de liberdade democracia hoje do que nossos nossos ancestrais próximos. Só que se a gente for ver, eh, é um pouco ilusório, né? a gente tem que lutar mais por a gente tá mais distante disso, né? É claro, eu me refiro aqueles que não passaram diretamente pelos regimes totalitários. Aquilo foi muito pior, mas a a a gente, aqueles que não viveram isso, a essa essa coisa extrema na pele, eles estavam diante de poderes menores, né? Eh, sobretudo aqueles do século XIX para trás. século XX foi muito intenso pra gente comparar, mas hoje em dia, eh, eu não duvido que as empresas que, por exemplo, ten, a gente tem aplicativos instalados, assim, é, eh, pode ter monitoramento, um monte de coisa que que a gente não tem certeza aqui e que não existia anteriormente. Quando a gente pensa no estado, o estado também pode ter uma série de informações nossas que antes não tinham, que era preciso de monitoramento pessoal, perseguição, tudo. Tinha que um agente do estado até a casa, até a localidade daquela pessoa para ter mais informações. Hoje em dia basta instalar ali um aplicativo, mandar um Pix, todas informações ali. Lógic e estão sabe o quê? Estão colocando câmera em todo canto, né? Câmera com reconhecimento facial por inteligência artificial. Então assim, eh eh a gente tá perdendo liberdade, privacidade, tudo. Se a gente valoriza, é bom pensar no assunto. É, vale, vale a reflexão. Eh, e inclusive já vou desejar aqui boa noite a quem tá chegando agora. Rita Faleiros lá de Ribeirão Preto. Ah, o Mateus Santos em Janaúba, Minas Gerais. Olha só o Felipe Rocha que está em Lima, Peru. Eh, a Márcia está no Piauí, Moacir que está em Campo Novo de Parcis, Mato Grosso. Vladimir está em Brasília, a Tati Cruz no Espírito Santo. Ah, a Elia Beckman está em Sinope, no Mato Grosso. Jader Augusto Rodriguez encruzilhada do Sul. Terezinha Ramos Arruda em Santa Catarina. a Rosa Sepúveda que está em São Paulo, acredito que seja parente pelo menos de de sobrenome do José Carlos Sepúlveda. A Carla Cheffer que já fez aqui o questionamento. Inclusive se você ficou com alguma dúvida, mande a sua pergunta aqui que nós repassamos aos nossos professores. A Geová Silva, Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Great Chicago, que está em Chicago, nos Estados Unidos. O Douglas Barreto aqui comentando: “Parabéns, BP, muito obrigado, muito obrigado pelo seu apoio.” Ã, o Mário Sol, que está em Londrina, Paraná. Ah, feliz acaso de domingo. Impressionante, pois toda a história verdadeira parece que se repete. Pouco se atém ao poder da propaganda com bom marketing. Então, como a gente estava falando da questão da da propaganda dessa guerra de narrativas das informações, a Ana Flávia colocou aqui uma verdadeira aula da história. Muito bom. Ah, turma da Isadorinha, Maceió, Alagoas, parabéns. Muito bom. Mande suas seus questionamentos, mandem suas dúvidas. E o Carlos Barzeloni comentou: “Ó, essa explicação do professor merece um corte porque é ótima”. Vamos ver quem mais mandou aqui. Ã, tem muita gente mandando boa noite ainda agora. Então fica aí o nosso convite para você fazer as suas perguntas e as suas dúvidas para perguntarmos aqui aos nossos queridos professores. Ah, aproveitando que eu citei o professor José Sepúlveda. Professor Sepúlveda, o senhor que teve esse privilégio, né, de assistir ao primeiro episódio do História do Fascismo, que será o nosso próximo épico de três episódios, né? Acredito que o senhor já esteja ansioso para assistir aos outros dois episódios. professor, que gostaria que o senhor comentasse um pouco desse primeiro episódio, o que o senhor assistiu, o que chamou mais atenção para que a nossa audiência também fique aí nessa vontade, nessa expectativa de assistir ao primeiro episódio gratuitamente, dia 2 de setembro, terça-feira, aqui no canal do YouTube, às 20 horas gratuitamente mais uma vez, olha, a primeira coisa que eu posso dizer é o seguinte: não percam, não percam porque tá muito muito bem feito, muito bem feito. Bom, e eu aliás e e gostaria assim só de fazer uma menção a uma coisa que o professor Rafael Nogueira falou agora e você também falou que é a questão da propaganda, que é uma das primeiras coisas que está no documentário, é o papel que teve o fascismo na criação propriamente da ideia da propaganda política. eh é um dos dos autores que é que é consultado eh fala disso. Bom, mas qual é a minha qual foi a minha impressão e qual foi a minha análise desse primeiro episódio? Primeiro, eh, antes de tudo, uma, eh, algo de muito aprasível na apresentação de de todo o documentário, as imagens, as imagens históricas, a narrativa. Eu acho, eu, eu pessoalmente tenho um uma atração muito grande e por narrações e e a narração era muito bem feita e muito convidativa. Depois sempre pontuada por aqueles eh especialistas que foram entrevistados e que dão uma riqueza muito e muito grande ao documentário. Ou seja, o o esforço que a Brasil paralelo fez de ir a vários países para encontrar especialistas que escreveram livros, que se debruçaram sobre o problema, que eh analisaram documentos, que fizeram estudos aprofundados. Isso deu uma riqueza muito grande ao documentário. E depois temos a imagem. Eh, a imagem ela consegue, inclusive o símbolo que foi colocado eh como o símbolo do do comentário, ele ele transmite muito, se nós pudéssemos dizer, o que é o espírito do fascismo. Eh, tá muito bem feito, eh, porque não apenas pela imagem em si, mas até pelo material que aquilo parece um bronze que dá a ideia de algo de uma força assim incoercível. Bom, depois todos os momentos eh do próprio Mussolini, do os momentos históricos, eh essa essa essa conjugação eh de imagens históricas com imagens das pessoas, dos autores sendo consultados e sendo sendo apresentados os trechos das suas entrevistas, é algo de muito muito eh aprasível. e depois uma um denominador comum que existe, que é uma grafia que foi eh criada para o documentário, que me pareceu também bem feliz, porque ela transmite também o que era o, digamos assim, a concepção, que eu diria, estética do fascismo. Isso aparece em certos monumentos que que é claramente aquela arquitetura a meio massacrante e de e linhas retas que dava ideia do poder incoercível do Estado. Eh, isso também aparece, mas depois a grafia das imagens que são usadas para e a transição dos temas me parece muito feliz. E também o a sonoplastia também é ela muito muito agradável. Então eu volto a dizer, não percam porque vale muito a pena. Eh, a pessoa se sente enriquecida ao ver um documentário desse e a pessoa percebe o seguinte: eh, estudar um assunto, debruçar sobre a história é algo de profundamente enriquecedor paraos nossos espíritos e nos faz eh ter elementos para discutir, para eh conversar, para debater, enfim, seja lá para o que for. ou simplesmente para conhecer o que é que foi esse flagelo do século XX que foi o fascismo. Maravilha, professor Cepúvida, muito obrigado por esses comentários e como o senhor falou, é enriquecedor o documentário, assim como está sendo enriquecedor eh esse bate-papo, essa conversa e infelizmente, né, o senhor, por conta do horário eh vai tem outros compromissos, vai ter que sair agora. E eu peço as suas considerações finais. Olha, eh, mas foi uma alegria estar aqui consigo, com o professor Rafael Nogueira. Eh, eu dou o maior incentivo a que eh não só esse documentário eh tenha o maior sucesso da Brasil Paralelo, mas que eh Brasil Paralelo vá escolhendo outros temas com essa riqueza para criar realmente um espaço de debate público no Brasil que não seja reduzido a clichês, que não seja reduzido e a afirmações gratuitas. Eu achei eh achei muito interessante aquela parte do achismo, achismo achei eh muito muito boa. E e o e então eu as minhas considerações finais são uma saudação a todos aqueles que estiveram aqui connosco, que venham assistir essa live depois. Mais uma vez um grande abraço ao meu amigo professor Rafael Nogueira, a você também Bagé, e a todos os da Brasil Paralelo. Muito obrigado, professor. A honra foi nossa, né, de compartilhar aqui esse essa conversa sobre os regimes totalitários. Uma boa noite, até a próxima, professor Sepúvida. E agora até a próxima. O nós daqui a pouquinho teremos outro convidado especial aqui na bancada, mas antes de chamar o próximo convidado especial, lembrando que você hoje tem uma condição exclusiva de 50% de desconto no nosso plano premium. Você libera acesso a mais de 100 documentários da Brasil Paralelo, mais de 100 originais, também ao nosso catálogo especial de filmes da BP Select e também ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos para você se tornar mais inteligente, inclusive cursos com o nosso querido professor Rafael Nogueira que está aqui. Então 50% de desconto, nosso plano premium libera tudo que está na nossa plataforma e hoje leva para casa também o queridíssimo boné da Brasil Paralelo. Então, ligue no 08005919575 para garantir essa promoção. Toque no link da descrição ou aponte o celular da câmera, aliás, aponte a câmera do seu celular aí pro seu QR code. E após essa fala do professor José Sepúlveda, você também vai ficar com um vídeo do nosso episódio 2 do épico história do fascismo, que estreia dia 2 de setembro às 20 horas. said that if you’d been able to travel back in time and youd asked an intelligent wellined European which country would be the one which by 1945 would have deliberately killed 6 million Jews they would not have said Germany [Música] his life before he became a sold Vien communisting in Bavaria in 19 establish Bavarian Soviet Republic [Música] What you get after world war throughout Europe, not just Germany and Austria, is the idea that the Jews are behind communism. In 192, Germany was still a country with enous problems. Germany was not respected by any time Hitler would possible to Berlin and take over. Hitler did not have the political background to attempted to adopt the communist tactic of joining a violent insurrection to overth the German government and this brought him within eyelash of being killed. Bitte gehen wir jetzt zur Arbeit und ist Jahr vergangen soll ein Riesenberg zeigen. [Música] would make count great empirey goes into the steel which is alliance with Nazi Germany and signed up to if you go to war he had to form an alliance with a revisionist Hitler the turning point came in March 1939 when Hitler invaded the rest ofchoslavia and that was what awakened the British government and others too. was about achieving the domination of Europe. [Música] Hitler was human. He was no monster. He was noisto. He did what other people do. Nazi violence certainly once you enter the the equation the issue of the holocaust is completely different at that point it becomes not only a system of anation thate race hat trumped even the survival regime and this is the worst part would expority Roman empire in Mediterrane Albania Greece and Northern Afri this was a pretext for the Americans not only going to war with Japan but also with Germany and Germany Você acabou de assistir a um vídeo com apenas de alguns conteúdos que nós abordamos no segundo episódio do nosso próximo épico que será lançado dia 2 de setembro às 20 horas aqui. Aqui no canal do YouTube da Brasil Paralelo, história do fascismo. Fomos a vários lugares do mundo entrevistar os maiores especialistas no assunto, especialistas de Harvard, Oxford, Londres, Berlim e por aí vai falando sobre o fascismo. Então esse assunto é muito sério para ser tratado com achismos. Então, nós fomos entrevistar os maiores especialistas no assunto para que você entenda e deixe os achismos de lado. Para assistir ao primeiro episódio gratuitamente é muito simples. Dia 2, terça-feira, aqui no canal do YouTube da Brasil Paralelo, às 20 horas, você terá acesso gratuito a esse primeiro episódio. Ao segundo e ao terceiro, ao segundo que você acabou de ver aí alguns dos conteúdos, você tem que se tornar membro da Brasil Paralelo. E hoje está muito fácil se tornar membro da BP, assinando com 50% de desconto o plano premium libera acesso a mais de 100 originais, ao catálogo da BP Select, ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos e hoje especialmente ainda leva para casa esse boné aqui que é o queridinho, o boné da Brasil Paralelo não é sorteio, assinou, garante o boné da Brasil Paralelo. Então ligue no 0800 5919575 se ficou com alguma dúvida. e assine hoje, torne-se membro da Brasil Paralelo. E agora nós temos uma substituição. Sai o professor José Carlos Sepúveda, entra Pedro Alaer. E aí, Pedro, se apresente paraa nossa audiência, fale um pouco do seu trabalho, especialmente porque está aqui ele que acabou de estacionar a sua Harley Davidon lá na no nosso estacionamento, né? Exatamente. Exatamente. Boa noite, Pedro. Boa noite, pessoal. Boa noite, professor. Boa noite, Pajé. Mais uma vez a Brasil Paralelo me coloca numa saia justa, porque da última vez eu tive que substituir o padre, agora tô tendo que substituir o professor CPUvida, que é, enfim, tenho muito carinho pelo Sor Cúvida, um abraço, seu CPUvida. E enfim, tô aqui pra gente falar um pouco sobre formação de imaginário, todas essas coisas que envolvem tudo o que tá relacionado com a com a implantação de uma de uma ditadura autoritária, sobretudo nesses tempos mais sombrios aqui do Brasil, onde a gente tá vendo cada vez mais loucuras acontecendo com mudanças de linguagem, enfim, mudanças de no tom das narrativas. Então, acho que vai ser uma co vai ser muito interessante essa nossa live pra gente trazer duas perspectivas. O Bajé tava brincando aqui no nos bastidores que a gente vai ter o professor que de fato estudou sobre o tema e vai ter eu que sou preguiçoso que assistiu todos os filmes para entender como é que essas coisas funcionam. Então vai ser uma dinâmica muito interessante. Mais uma vez agradeço a todo mundo por por estar aqui hoje. Gostei que eu tô aqui como mediador, então eu sou um pouco dos dois mundos, né? Li um pouco dos livros e assistir um pouco dos filmes, né? Para para estar aqui já desejando boa noite ao Pedro e desejando boa noite também a vocês que estão chegando agora, como é o caso da Susana Aguiar. Boa noite lá do Rio de Janeiro, a Luciana Leite de Fortaleza, a Elisete de Fátima, o Profutre Biotecnologia Animal, boa noite. Está falando de profeta na Bahia, a Mônica Santos também na Bahia. O Alessandro Rio das Ostras, o William Clippel até brinca aqui, né? Já que estão falando os endereços, acompanhando da terra do tio S aqui, ó. Davis Califórnia. Olha só, tem tem gente do do mundo inteiro. A G falando de Farropilha no Rio Grande do Sul, a Jeis Silvério lá no interior de São Paulo em Casa Branca, a Reila, Mato Grosso, Alto Taquari. Ah, e agora vamos também às perguntas. Tem duas perguntas aqui muito boas. Ah, o do Thiago Ribeiro Batista: “Poderiam citar algumas ações de regimes totalitários para controlar a população?” E aí, professor Rafael, pode citar alguns desses exemplos desses dessas ações, desses regimes totalitários para controlar a população? Sim, sim, são muitos exemplos. Alguns dos exemplos são, por exemplo, uma uma são, por exemplo, fica horrível, né? Antes, agora eu vou abortar a minha minha frase, vou falar de outra coisa. O meu pai adora esse boné. Ele, eu moro em Florianópolis e minha família de Santos, quando ele vai me visitar, ele tá sempre vestindo esse boné. Tá uniformizado já. Vocês vão gostar. Vale a pena aderir hoje aí. Então, assim, eh a essa ideia de de quais são os exemplos? Exemplo, por exemplo, uma vigilância construída. Naquela época, ainda que eu viesse no século XX já muita tecnologia, não havia ainda internet, monitoramento por por smartphone, etc. Então, havia todo um componente de milhares de colaboradores anotando de onde vinha, para onde ia a pessoa, o que que comia, o que fazia. Ou seja, a ficha era puxada. Hoje é muito mais fácil, repito, né, para quem para alguém quiser fazer isso. Mas enfim, o papo não é sobre hoje. E aí então eh eh havia todo um registro do que que as pessoas faziam, diminuindo, portanto, a privacidade. Privacidade diminuída, informações compartilhadas com o governo central, isso pode ser usado para violência, para controle, né? Então, quem que fazia isso? Por exemplo, no no contexto da da Alemanha, a eh havia a Guestapo, né? havia a no contexto da União Soviética, a KGB, quando a gente pensa também na nas prisões políticas, as prisões políticas muitas vezes envolviam também trabalho forçado, eh, e eventualmente a aniquilação, extermínio, né? Então, esses eh a gente tinha na União Soviética os gulags, que eram eh regiões de trabalho forçado nas regiões extremamente frias ali na da hã da Sibéria, né? E quando a gente tinha também a Sibéria, eu tenho Husk siberiano, fiquei tentando lembrar o o o lugar aqui, né? Aí, aí veio, é, é a a minha rusk querida marquesa. É, é o seguinte, na Sibéria a gente tinha os gulags e o o regime nazista, ele tinha os campos de primeiro campos de concentração, depois campos de extermínio, ou seja, essa segmentação que começa com transformação em geto. Gente, para fazer geteto e você cria regiões proibidas, né? Eh, você proíbe, portanto, de na região das pessoas eh mais próximas, mais leais, a circulação daqueles que são menos, daqueles que são inferiores ou de classe ou de raça, ou distantes do projeto central ali do guerreiro, né, do grande guerreiro. Então, assim, você fazia essa separação. Essa separação permitia uma maior discriminação, porque você diferenciava. discriminação é esse processo de diferenciação. Diferenciando, você pode aí perfeitamente reduzir a gueto o o outro grupo, eliminando os empregos daquelas pessoas, retirando os meios de vida para obter maior controle, criando racionamento muitas vezes entre inclusive os seus, não é? Então o racionamento você pode comer tanto e vai buscar ali na bancada tal, né? Eu lembro uma vez quando eu lecionava por uma escola técnica que eh eles começaram a a para desencorajar o capitalismo das cantinas ali, começaram a uma escola pública a dar um um lanchinho. Aí forma-se uma fila quase que interminável, imensa de todo mundo indo pegar ali. Era legal, claro, porque porque tavam, enfim, alimentando os adolescentes ali. Tem a Não é a merenda das crianças, gente. Eu tô dizendo pra escola técnica de ensino médio. E e aí você tinha uma uma fila enorme, você tinha direito a uma cota disso, uma cota daquilo e outra daquilo. Então era um crime pegar mais, né? E e você tinha aquele direito. Então assim, tinha uns malandrinhos que furavam a fila e tinha os que tentavam furar fila para pegar de novo, aquela coisa. Colocava o boné, aí tirava o boné, colocava o moletom, tirava. Os amigos da tia, cara, os mais próximos ali do da burocracia, né? Os amigos da tia podiam levar dois sucos, né? Tinham essas coisas. Então funcionava assim. a gente dá risada, mas ser muito cruel viver de ração, né? Sim. Eh, e ração justamente significa medida. gente da ração do cachorro diária e ao mesmo tempo tem a medida ali para no contexto do regime totalitário. E essas prisões eh políticas, né, tinham e eh prisões diferenciavam os crimes comuns e as prisões políticas que muitas vezes envolviam tortura para descolar a delação. Havia também eh julgamentos espetaculos justamente para criar uma ambiência de medo geral, né? Então isso acontecia eh e mais uma série de coisas assim, controle de igreja. A igreja tinha que ser, digamos, vinculada ao partido, sabe? O partido era um só e dominava o governo. Então assim, eh tudo isso são são exemplos eh históricos, né? Não é coisa que eu tô inventando de de literatura. Perfeito. E trazendo esses exemplos, Pedro, em quais filmes, quais séries, como que a gente provou o nosso imaginário com essa essas realidades tão tristes, né? E a gente vê isso muito no no cinema, na na sétima arte, retratando essas essas realidades. A gente tem 1984, tem Brasil, tem vários outros filmes, né, que retratam isso, que são baseados muitas vezes em histórias reais e muitas histórias fictícias que povoam o nosso imaginário para tentar compreender ou pelo menos criar aquela aquela blindagem, como eu falei anteriormente, a esses regimes, né? Então, como que a gente faz e principalmente indicações, né? Tu gost, tu é o cara das indicações, gosta de indicar muitos filmes pra nossa audiência? Eh, ainda ainda respondendo a pergunta do do nosso espectador, vocês vejam que outra ferramenta muito grande na hora de de fazer um controle autoritário é mexer na linguagem. Você vê que praticamente todas 99,9% de todas as distopias, seja no cinema, seja na literatura, eles têm essa característica de criar uma língua nova, 1984 mesmo, com a com a nove língua. Até no Laranja Mecânica, não sei se vocês já não sei quem quem já assistiu, tem comente aí quem já assistiu, né? Comenta aí quem já assistiu. Sensacional. Tem uma coisa muito particular, não vou não vou saber pronunciar o nome do do autor de L mecânica, acho que é Anthony Burgs, alguma coisa assim. De qualquer maneira, ele era professor de literatura e na hora de escrever o Laranja Mecânica, ele misturava eh algumas gírias de gangues de Edimburgo lá na Escócia, justamente para que você tivesse a sensação de tá entendendo só 80% do que era falado. Olha, então eh ele ele até dizia assim, ó: “Quando vocês forem ler o Laranja Mecânica, quando vocês forem assistir, não pode procurar no dicionário o que aquela aquelas palavras significam, porque é para você ter justamente essa sensação de que você tá entendendo metade do que é para ser entendido.” A sensação que tá perdendo alguma coisa, né? Exatamente. A sensação de que você não tá 100% inserido naquilo. Então você vê, é até muito muito diferente da gente assistir Laranja Mecânica Dublado, porque tem umas palavras que você fala assim: “Caramba, cara, isso aqui não faz sentido nenhum”. E é justamente aí que tá. Então, eh é até eh bom da gente comentar isso, sobretudo com o com o lançamento do do novo épico da Brasil paralelo, porque eh enfim, fascismo virou literalmente uma palavra que ela perdeu completamente o significado. É mais uma de tantas palavras que a gente tá vendo que vai perdendo cada vez mais o significado. Pode significar desde um sujeito que você não gosta até o cara que não limpou a sujeira do cachorro no meio da rua. Então, não significando mais nada. ela pode significar absolutamente tudo. E isso é muito importante para que os regimes totalitários eles se imponham, para que a gente não tenha mais um senso de realidade. Até porque você ter eh a palavra xícara e a palavra gato impede que você tente tomar um gole de gato e você entende que isso é uma xícara e outra coisa é um gato. A linguagem ela é literalmente a estrutura que a gente consegue e formar a realidade dentro da nossa cabeça. É o que impede a gente de, enfim, fazer as maiores loucuras. E essa é uma das primeiras coisas que um regime totalitário vai tentar eh mudar no nosso imaginário. Então, respondendo a pergunta do BAG 1984, talvez seja a mais assim acessível para todos. E tentem assistir, para quem já assistiu Laranja Mecânica, tenta olhar com esse novo olhar de entender eh como que a linguagem ela tá sendo modificada, como que você não se sente 100% parte daquele daquele ambiente, daquele enfim, dos termos que os personagens estão utilizando. A mesma coisa pode ser dita hoje em dia com democracia, com o estado democrático de direito. Esses termos ficaram completamente elásticos. O próprio o próprio uso da palavra violência, por exemplo, ah, você fez um uso violento de palavras. Olha só que que jogo que jogo esperto. Então isso tudo abre base para as maiores atrocidades que podem ser cometidas. Então fica aí a recomendação para vocês assistirem 1984 e também Laranja Mecânica com essa perspectiva nova. E fica aí também a dica pro Galvão adquirir esses dois filmes, né? O 1984 que a gente já teve na plataforma, podemos trazer novamente o Laranja Mecânica para nós fazermos essa análise. E o Pedro já tá convidado aqui para fazer essa análise, né? que é inclusive um dos nossos diferenciais que nós temos na nossa plataforma da BP Select. Começamos a falar sobre filmes aqui. Ah, então dentro da nossa plataforma, dentro do streaming da Brasil Paralelo, você pode assistir a filmes, aprender com os filmes, da mesma forma que pode aprender também com o professor Rafael Nogueira nos nossos cursos. E para fazer isso é muito simples, é só se tornar membro da Brasil Paralelo. E eu tenho uma dica de ouro que eu já venho falando desde o início da live. Ligue no nosso 0800 5919575. 0800 5919575. Você vai falar com um dos nossos membros da nossa equipe comercial para tirar todas as suas dúvidas. Então, ligue já. Agora eu entreguei a idade, né, com esse Ligue já. Eh, professor, aqui nós temos um questionamento do Júlio César Castro de Souza, já começou com o nome forte, né, Júlio César. Olha só. E ele pergunta: “Por que é tão fácil doutrinar o brasileiro? É por falta de conhecimento ou o povo só quer mesmo pão e circo? Uma pergunta complexa, né? É muito boa. Eh, o o doutrinar hoje em dia tá mais fácil todo e qualquer povo. O brasileiro, em especial tem suas vulnerabilidades porque ele, primeiro, a gente tem uma alfabetização geral muito muito recente e segundo, a qualidade dessa alfabetização tem sido comprovadamente atestada como fraca. Então, a gente tem uma dificuldade de formação da da capacidade intelectual própria de elaborar juízo sobre aquilo que vê, sobre aquilo que percebe e sobre aquilo que ouve. Então, é natural mesmo pessoas formadas, né, mesmo pessoas com ensino superior, a gente percebe que tem dificuldades nisso. Então, a gente tem mesmo um desafio pela frente aqui no Brasil. a gente tem um desafio de que nós precisamos aprimorar a alfabetização recebida na escola, mesmo, repito, mesmo as pessoas de ensino superior e de que nós aí educadores, professores, que que t uma trajetória de estudos e que tem uma uma uma capacidade especial de de ler e de ensinar e por aí vai, eu ten um desafio de ajudar o brasileiro a se desenvolver intelectualmente, a desenvolver suas capacidades cognitivas. Então, a gente tem eh essa essas dificuldades favorecendo, né, a todas essas implementações, inclusive de linguagem de que falava, né, aqui o meu colega, ah, meu Deus, esqueci o sobrenome dele. É o o Pedro Alaer. Alaer, Alaer, né? Alaer. E a gente tem a a a questão de que o brasileiro também ele parece que isso é histórico, né? Ele ele gosta de de lideranças, né? de lideranças que eh são, digamos assim, exemplo da ordem que lhe parece a mais adequada do futuro, o portador em alguma medida da bandeira de futuro que lhe parece melhor aquela questão do paternalismo, né? É, é isso é histórico, porque por um lado nós passamos por muito tempo eh num regime que foi chamado pela historiografia de patrimonialismo, então havia sempre um líder regional. a gente passou por monarquia com Dom João, Dom Pedro, Dom Pedro II, etc. A gente teve regimes ditatoriais muito longevos, muito longos, né? Então, por exemplo, com Getúlio Vargas, com regime militar, a gente teve longos períodos de de ã autoritarismo. Então, a gente tem, digamos assim, um pouco dessa uma certa habitual habitualidade, né? é o hábito de esperar que alguém à frente do estado vá resolver os problemas que todos juntos, né, estado e sociedade acumulamos. Então é essa é uma característica do brasileiro. Eu não tô dizendo que necessariamente nós tenhamos que mudar isso, né? É, eu eu acredito que tem a opção do do povo criar capacidade de autoorganização e uma outra opção também legítima do povo de saber filtrar melhor aqueles que o povo escolhe para liderá-lo. Então, é, e tudo isso envolve também as a capacidade cognitiva e a reflexão sobre política, não é? Se a gente quer participar, desde 2013, o brasileiro resolveu que quer participar, porque no durante o regime civil militar aí e e durante a a a transição, a fase de transição paraa democracia, durante a implementação da Nova República até final da década de 90, início dos anos 2000, a bem da verdade. Eu fiz ensino médio nessa época e é e quem falava de política era o chato. Quem gostava de política era só quem era ideologicamente vinculado ao petismo ou alguma coisa parecida que com ele se coligava. Então o povão, ele gostava de desfrutar as liberdades privadas, mas não gostava das liberdades que de que a Zaia Berlin dizia, né, que eras liberdades positivas de participação, não queria tomar as rédias. Agora quer de 2013 para cá, já faz 12 anos pelo menos que a gente disse: “Olha, a gente quer participar porque tá muito ruim”. Beleza? Então tem que estudar. Brasil paralelo nasce também nesse contexto 2016 para ajudar a a a gente a se conduzir diante desse estudo. Pô, e uma e uma o desenvolvimento de uma obra como essa, entrevistando grandes luminares que estudaram sobre o fascismo, é uma contribuição muito boa pros debates públicos, né? Não, e já ia comentar aqui que foi só uma pergunta de da nossa audiência do Júlio César e já nós tivemos essa aula com o professor Rafael Nogueira. Então, imagine só se tornando membro e assistindo as aulas do professor Rafael lá na nossa plataforma, né? Então, inclusive fica mais uma vez o convite para você tirar a sua dúvida, trazer seus questionamentos aqui pro professor Rafael Nogueira e também aqui para o Pedro. Eh, já desejando boa noite também a Maria Ferreira que está em Juara, Mato Grosso. A Carmen Goldoni, boa noite, Petrópolis, Rio de Janeiro. Senhor CPUvida é didático em suas palavras. Muito bom. Aí, infelizmente ele teve outros compromissos, mas fica aí a live gravada para você e revisitar as palavras do José Cepúlvida. O André Souza, boa noite, aqui de São Paulo capital. Boa noite, André. E aqui fica mais uma pergunta da Adriana. Poderiam comentar sobre as diferenças entre estado e governo e como isso funciona na prática? Claro, claro. Estado é uma, quando a gente fala de estado, a gente fala daquilo que é mais estático e durável no contexto de uma sociedade organizada. Sociedade é organizada, ela cria as chamadas instituições, ela cria a Constituição e estabelece leis. Eh, a Constituição ela vai ter algumas cláusulas pétrias e outras cláusulas que, ainda que não sejam pétreas, elas são de muito difícil modificação. Então, é aquilo que estabelece, portanto, a institucionalidade dessa sociedade organizada. Os governos se sucedem, o estado permanece, tá? Então, a gente tem um mesmo estado desde, pelo menos, pelo menos dessa organização constitucional, desde 1988, quando a nova constituição veio. Aí vocês vão dizer: “Tá, mas então não era Brasil antes da Constituição de 88, era a gente mantinha mais outras características do Estado que eram a população, que era a mesma, e o território, dentro do qual nós temos alguns costumes e o idioma compartilhados, tá? Então, esses itens permaneceram na transição daquela república que havia aí de eh no contexto, se não me engano, 67 em diante, naquela Constituição que vigia para a nova república. A Nova República inaugura uma nova constituição, portanto é uma nova fase do nosso estado. Ele ele se modificou grandemente, mas não mudou não mudou o tamanho nos mudaram as nossas fronteiras, não mudaram muitos dos nossos costumes, não mudou o nosso idioma. Deu para entender? Então, o Estado é formado basicamente, não é, por eh instituições, uma institucionalidade que geralmente é inscrita numa constituição, eh é formado por população, né, e o e tudo aquilo que dá o seu elo e é formado também por eh território. Maravilha. Mais uma aula do professor Rafael Nogueira. Mais uma vez, mande seus questionamentos. E aproveitando essa questão, eh, Pedro, de características de um povo, características especialmente que nós estávamos falando sobre a parte educacional, a parte do conhecimento, nós podemos povoar o nosso imaginário com coisas ruins e com coisas boas. Então, dentro desse contexto de regimes totalitários, quais filmes, por exemplo, na BP Select, nós temos vários filmes que falam sobre isso, são baseados em histórias reais, como é o caso de neegação, né, que é um dos julgamentos mais famosos da história, que fala sobre isso, os falsários, que está ali também no contexto do nazismo da Segunda Guerra Mundial, e tem vários outros filmes baseados histórias reais e que abordam essa questão dos regimes totalitários. Então, qual é a importância de nós povoarmos o nosso imaginário com essas histórias que já aconteceram para nós aprendermos com esses erros e também para nós identificarmos, né, o que tá sendo totalitário, o que tá sendo autoritário, o que está eh tolindo minhas liberdades, o que está aumentando minhas liberdades. Então, queria que tu comentasse nesse sentido, Pedrão. Bom, vamos lá. Eh, o brasileiro, infelizmente, ele foi completamente tolido de absolutamente todas as boas referências que a gente teve ao longo da nossa história. O próprio trabalho da Brasil Paralelo é um é um trabalho ímpar na hora de resgatar todos esses esses bons homens, essas boas mulheres, esses, enfim, esses grandes brasileiros que que a gente vê ao longo da nossa história. Em relação aos filmes, é, tem uma tem uma coisa muito interessante, sobretudo e a respeito da própria condição hoje do brasileiro, que é a seguinte: no filme Brasil, que tem na na plataforma da BP Select, é um regime totalitário, só que a grande diferença para todas as outras distopias é que não tem um vilão, não tem um partido, não tem eh, enfim, um grande cataclisma que faz a humanidade ficar completamente insana, são as próprias pessoas. A humanidade ela vai ficando tão burocrática, tão burocrática, vai terceirizando tanto a responsabilidade que o inimigo maior da população do mundo é literalmente o tamanho do estado. Justamente isso que o professor Rafael Nogueira tava falando aqui pra gente, o tamanho das instituições. As instituições elas ficaram tão grandes, mas tão grandes, que agora elas tomam conta da de praticamente todos os aspectos da vida ali das pessoas. E nesse nesse filme a gente vê um um sintoma muito gigante aqui no nosso país, que é a apatia completa. Se o sujeito não não é ferido, não é, enfim, tolido de alguma forma, aquilo ali não interessa. Então, tem até aquele negócio que a gente que a gente falou eh sobre as manifestações de de 2013. A gente viu o Brasil ser saqueado de tudo quanto era jeito, politicamente, moralmente, eh, imageticamente, poeticamente, de todas as formas. Mas o brasileiro só resolveu ir paraa rua mesmo, se manifestar quando doeu no bolso, quando a luta ela não era mais sobre uma nação, não era mais sobre defender única e exclusivamente o seu país e sim o seu bolso. Lógico que isso tem melhorando, graças a Deus, mais uma vez com eh a ajuda de trabalhos como aqui o da Brasil Paralelo, talvez seja o maior expoente dessa dessa luta e desse resgate para que a gente não vire uma nação com o com perdão do trocadilho, como virou no filme Brasil. E é com Z, tá gente? Vocês podem procurar lá na plataforma. É um filme sensacional. que literalmente terceirizou todas as suas responsabilidades por estado e hoje vive a merced. Ele tem uma cena muito interessante, o protagonista, ele é um funcionário público, ele tá querendo subir de de patente, tá querendo subir ali a a sua na sua carreira e eles estão almoçando num restaurante chique, etc. E a mãe dele tá falando: “Poxa vida, você precisa ganhar mais”, etc. E aí simplesmente acontece um ataque terrorista e aí as coisas explodem, meu Deus, aquela aquela coisa toda. E a mãe dele fala assim para ele: “Poxa vida, você é um funcionário público, você devia dar jeito nesses terroristas”. Ele fala: “Não, mãe, agora não, que é meu horário de almoço, isso não é nem do meu departamento e eu ainda tô no meu horário de almoço”. Então, é é muito interessante da gente ver que a apatia naquela sociedade, ela ficou tão grande, mas tão grande, que vê as coisas mais absurdas acontecendo e não faz absolutamente nada. não consegue nem se eh simpatizar com quem tá com quem tá do do lado. E há uma há uma coisa muito interessante também nesse filme, não é um spoiler, é só uma curiosidade pro pessoal que vai assistir. Tem uma teoria que diz que naquele universo não existem terroristas, existe a ineficiência do Estado. Porque como eles controlam absolutamente tudo, essas explosões, essas coisas que acontecem, é porque os funcionários do Estado eles são incompetentes e aí o estado, exatamente, o estado coloca culpa em um em um terrorismo imaginário para para continuar com a população sob controle. Enfim, então essa é a importância da gente ter eh bons, boas réguas para medir a nossa realidade, a gente ter boas histórias para comparar com o nosso mundo para saber por qual caminho que a gente tá indo. Então, quando você olha para uma produção dessa e não consegue ver nem um pouquinho de realidade no enquanto você olha ao redor, então significa que tá precisando melhorar um pouco mais as suas referências. A gente vê isso literalmente olhando em volta. Você olha pela janela, vê realidades muito parecidas. E tá aí a importância da gente educar o nosso imaginário. O imaginário da gente é literalmente o lugar onde a gente guarda todas as nossas referências. Esse esse finalzinho dessa palavra ário é o mesmo sentido de armário. Então é literalmente o lugar onde a gente guarda as a as nossas referências. É muito bom que que esteja cercado de boas referências. Para que a gente possa interpretar cada vez mais a realidade de uma forma mais precisa também. E puxando brasa pro nosso assado, as boas referências estão aqui. Com certeza, né? Ó o tanto de boa referência aqui. Tudo para assistir, viu? Muito bom. Já desejando boa noite a Verônica Muniz de Araújo que está no Rio de Janeiro, o Lion Barbosa, que está em Goiânia, o Douglas Gutierrez que está em Ara Cruz no Espírito Santo, o Eduardo Darian Connect Cut, ó, tem muita gente dos Estados Unidos, tem muita gente de Portugal, muita gente de fora hoje acompanhando. Eh, também a nossa a nossa live, a Denise que está em Sul de Minas, Guaranésia. É, olha, quase que eu ainda bem que eu consegui falar certinho aqui o nome, senão ia nem Crateus, né? Crateu, Crateus. Na última live eu fiquei, eu tive que ser corrigido três vezes, professor. Eu falei Crateus, depois Crateus e depois Crateus, que é o que é o correto lá no lá no Ceará. Inclusive a gente vai ter que fazer uma uma visita lá, né? H, a Mirza Novais que está em Campinas. Eh, o Mário Sol comentou aqui: “Tenho 62 anos e observa uma decadência acelerada a cada ano. Será alucinação minha?” El falou relacionado àquela questão eh educacional, né? Das pessoas terem sua formação, seu imaginário, né? Eh, o Egon Becker, Belém Novo, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, a Mara Maria em Itajaí. E aqui tem mais uma pergunta do Thiago Ribeiro Batista. Ele pergunta aqui, professor, o regime militar do Brasil em 1964 foi considerado totalitário? Acho que aqui já cabe também um esclarecimento eh de governos militares, né, que é algo que eu sempre eh gostava de explanar na nas minhas aulas. Quando a gente coloca assim, regime militar, parece que é uma união, né? Parece que de 64, 85 era é a mesma coisa, tudo igual. Não tivemos presidentes diferentes, não tivemos comportamentos diferentes, não tivemos situações diferentes. Então, esclareça aí pra nossa audiência a pergunta do Thiago Ribeiro. Isso não. Primeiro, nenhuma das fases do do do regime militar, o regime civil militar foi totalitária, tá? Foi um regime autoritário, sim. Eh, tradicionalmente considera-se pelo menos a partir de 68 ditatorial, né? Até então, eh, havia o governo do Castelo Branco, primeiro presidente. E aquele, aquele governo foi considerado, por que que se chama regime civil militar até por historiador estalinista? Então assim, por que que é chamado assim? Inclusive na historiografia mais recente, eu me refiro a Daniel Arão, ele também ele chama assim. Por quê? Porque as instituições civis foram quase eh totalmente favoráveis a a naquele momento a ruptura com a ordem, né, da Constituição de 46, eh, para implementar esse regime, que em tese, né, que ele se falava em revolucionário pródemocracia. E o presidente Castelo Branco, ele tinha uma concepção que o que no nosso documentário 1964 eu defini como intervenção cirúrgica. Houve alguns mentecapitos eh gravando depois eh vídeos no YouTube dizendo: “Ó, o Rafael Nogueira falou positivamente que era uma intervenção cirúrgica”. Então era um tratamento tudo. Pelo amor de Deus, não fui nem eu que criei essa expressão. Essa expressão ela é consagrada, ela é usada em livros de ri, de relações internacionais, em livros de história do Brasil para não é para dizer que é algo bom. E próprios militares da época defendiam que era uma cirúrgica no caso de ser pontual, né? Importância da linguagem aí, ó. Linguagem tá aí. É os os militares que eram considerados os da Sorbone. Os da Sorbone eram considerados os nerdes, os os estudiosos, né, que era uma turma que se ou castelistas, né, ligados ao Castelo Branco, que eles queriam o que que era intervenção cirúrgica. Desse ponto de vista, não é o Rafael Nogueira dizendo que foi positivo, foi lá e tirou um tumor. Não sou eu, gente. Eh, eh, eles tinham que fazer um espurgo e uma, digamos assim, uma contenção contra uma possível eh comunização do Estado brasileiro. Então, isso feito em 4 anos, 5, seis, no máximo, seria poder ser entregue de novo a novas eleições, né? e de repente voltaria a Constituição de 46, que era uma constituição até que razoável, né? Para que eles pudessem então eh restabelecer um regime de eh competição, né? É isso é uma das características da democracia, existirem no mínimo dois lados, existirem uma eh eh um um sistema permissivo conta quanto à oposição, certo? Mas o que que acontece? Acontece muita coisa no mundo em 68. Não dá tempo de eu explicar porque não é história do Brasil, mas você sabe muito bem que 68 foi um ano difícil, né? Teve o tal do maio de 68 na França, já o nosso presidente já era o segundo presidente que era de outra linha que era da linha dura, já não fazia parte da linha castelista. Alguns da linha dura diziam que olha, eh, o nosso regime pode chegar até os anos 2000, aí lá a gente abre. Então assim, tinha alguns mais exagerados que achavam de ficar um tempão, né? Então assim, era uma, já era uma outra galera, né, com Costa Silva. Costa Silva já tava adoentado, amedrontado com o que tava acontecendo e acabou forçando um pouco a barra. A gente tem a a figura aí do ato institucional número cinco. Então o o ato institucional número cinco ele reduz significativamente a alguns direitos, né, os direitos civis. E isso e e essa redução ainda não chega nem perto do totalitarismo, tá? é uma redução assim, ah, não é uma uma uma guestapo que vai anotar tudo que todas as pessoas fazem, mas vai haver uma uma diminuição na liberdade de reunião. Você vai ser observado, alguém pode delatar alguma coisa assim, vai ter uma diminuição na liberdade de expressão, vai ter uma diminuição quanto uma diminuição, não, um aumento quanto a censura. Então tudo isso foi acontecendo ali. O o regime também se reconstruiu, depois vai ter uma constituição em 67, vai construir o sistema bipartidário, aí a coisa vai se alterar. Mas o fato é de e Castelo Branco para Costa Silva houve uma mudança, né? Mas aí a gente tem outros presidentes ainda. O Mice, o Mice ainda ele foi, ele teve a frente de um de um regime que aumentou muito grandemente o PIB brasileiro. Ele a ele são atribuídas obras faraônicas. Isso com um pouco de ironia, tá? na época falava obras faraônicas e o povo com fome, que é como se o PIB crescesse, mas ainda houvesse muita desigualdade. Essa era uma uma maneira, a linguagem da esquerda de se referir à época, mas também é uma realidade, a realidade de que o PIB crescia e muitas vezes isso não se manifestava no PIB per capta, tá? Então famoso milagre econômico. Isso houve um milagre econômico, mas os chavões, os chavões que nós aprendemos em sala de aula, né, naquele período foi o milagre econômico. Mas o que aconteceu? Milagre, né? Então, perfeito a análise do do professor Rafael Nogueira. Não sei o senhor quer continuar. Eu acho melhor não, porque sen não tô dando aula de história do Brasil. O fato é depois do mé para nós tá maravilhoso essa aula de história do Brasil. Com certeza, né? Inclusive a nossa a nossa a nossa audiência aqui comentando sobre isso, né? Baita aula da história do Brasil. Então, legal, legal. Não, a gente ganha a Copa no contexto do M. Então, foi um momento assim quase de nossa, o Brasil tá muito bem, aquela musiquinha pra frente Brasil. Então foi momento de eh não gosta, vai embora, sabe? Um momento bem de amo. Exatamente. Foi um momento de de exaltação nacionalista, etc, etc. O ms era da linha dura, ainda que uma personalidade mais aceita, mais branda, ele era da linha dura. E depois vem os os da transição já, né? Eh, então os os dois finais aí, Geisel e Figueiredo, o Geisel começa a a reabertura e o Figueiredo conclui a a abertura. Esses aí você percebe o seguinte, o regime civil militar, né, o regime militar ainda em sua fase mais dura com Costa Silva e mantendo ainda o cerceamento de várias liberdades, ele ele começou a abertura. Aí você vai dizer: “Não, mas havia muitos movimentos”. Havia movimentos porque eles deixavam, eles perseguiam e com força movimentos armados, tá? Movimentos armados. Aí você vai me dizer: “Ah, houve perseguição, morte, prisão injusta”. É claro, né? Ninguém tá discutindo isso. Houve, houve um regime autocrático, houve um regime ditatorial e indefensável em sobre muitos aspectos. De qualquer forma, houve uma certa liberdade na no âmbito cultural para que a esquerda pudesse, por exemplo, fazer o seu discurso oposicionista. Então você já tem uma abertura acontecendo e uma abertura espontânea conduzida também desde cima. Então, só para vocês verem que isso não tem nada com nada com totalitarismo. O totalitarismo ele invade absolutamente todos os âmbitos, sobretudo a cultura, não é? O cinema, a literatura no regime soviético tinha que ser o realismo soviético. Senão, já pensou um cara fazendo poesia lírica ali? É isso aí. É, é mania burguesa. Não, não, não pode. Então assim, havia um controle absoluto das artes e da cultura. Não havia a a essa essa política de do Golberi, de libertar as artes para as esquerdas, sabe? não existia isso. Então assim, eh, e o movimento, e, por exemplo, o, o, o o Hitler falava em 1000 anos, Rich de 1000 anos, cara, é óbvio que o Mossolini se sentia iniciando um novo momento também milenário. Então, assim, não tem nada a ver com o regime que, a princípio escolheu para si quatro ou 5 anos e depois previa 30. Ainda, ainda assim é muito diferente do de um regime totalitário e não só pelo tempo, mas eu já expliquei os outros aspectos aqui, acho que bastante bastante foi mais uma aula e uma aula gratuita, né? Então, tanta gente querendo ter aula com o professor Rafael Nogueira aqui, tá tendo aula gratuita. E se você gostou aqui dessa aula que o professor Rafael Nogueira eh deu brevemente aqui para nós, imagine tendo acesso ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos, incluindo cursos, como é o caso do Titãs, da civilização ocidental, que é ministrada pelo grande professor Rafael Nogueira, que está aqui conosco. Então, para você ficar mais inteligente, acesse ao nosso núcleo de formação lá no streaming da Brasil Paralelo. Para acessar é muito simples. Hoje você tem uma condição exclusiva, uma condição especial, que é 50% de desconto. Você vai pagar metade do preço no nosso plano premium, que vai liberar acesso ao nosso núcleo de formação, como eu acabei de falar aqui, com mais de 90 cursos para você estudar história, linguagem, filosofia, música e por aí vai. Se, como eu falei, são mais de 90 cursos para você se tornar mais inteligente e também acesso ao nosso catálogo de filmes selecionados a dedo da BP Select para você apertar o play sem medo. Acabamos de citar alguns filmes aqui. Um que eu vou indicar a vocês é o filme Negação, porque um desses entrevistados do nosso próximo épico história do fascismo, o Richard Evans, está sendo interpretado. Ele foi interpretado nesse filme Negação porque é baseado numa história real, num julgamento, um dos julgamentos mais famosos da história e é um filmaço, super indicamos para você. E além disso também você libera acesso a mais de 100 originais na nossa plataforma. Então, incluindo 1964 o Brasil entre armas e livros, como o professor Rafael Nogueira acabou de comentar aqui, fala sobre todo esse período histórico, todo esse contexto com vários detalhes também com muitos entrevistados e especialistas exclusivos. Também tem o clássico Brasil Última Cruzada, primeira arte que fala sobre a história da música, sétima arte que fala sobre a história do cinema, unitopia que fala sobre o problema das universidades brasileiras também o clássico que todo mundo gosta que é o Entre Lobos, que fala sobre a segurança pública, os problemas da segurança pública no Brasil. Temos também lançado esse ano o Rio de Janeiro, paraíso em chamas, que fala sobre os problemas da segurança pública, especificamente do Rio de Janeiro. E também tem todos os documentários e filmes que nós que nós vamos lançar futuramente. E para você garantir acesso a tudo isso é muito simples. Ligue no nosso 0800 591975 para garantir acesso a tudo isso nessa condição especial. E também hoje você leva o boné da Brasil Paralelo. Esse boné que é sucesso, queridinho e cobiçado, que não está à venda, só leva para casa se assinar a BP hoje até às 23:59, viu? assinou, levou para casa esse boné maravilhoso. E aqui a nossa querida diretora Mai soprou para mim que tem um grande épico também que eu esqueci de falar que é a história do comunismo. São seis episódios falando sobre toda a história do comunismo, desde a parte teórica até a parte prática. Nós fomos em Cuba, fomos na China, fomos em vários países da antiga cortina de ferro para explicar tudo sobre o comunismo também com os maiores especialistas no assunto. Então fica aí a dica de ouro para assinar hoje 50% de desconto a Brasil paralelo e nos apoiar aí nesse resgate dos bons valores, ideias e sentimentos. E para resgatar os bons valores, ideias e sentimentos, como o Pedro vinha falando, tem que se munir de boas referências, né? E eu sei que eu já fiz essa pergunta em outras lives, mas agora eu vou aproveitar o professor Rafael Nogueira aqui também. Vou fazer duas perguntas pro Pedro e duas perguntas pro professor Rafael Nogueira. Bora. Primeiro, se tu fosse Pedro Alaer, um documentário, um original da Brasil Paralelo, qual documentário você seria? E depois qual filme da BP Select você indica, tirando negação que eu acabei de indicar, tá? Ah, eu acho que se fos eu não seria nem nenhum documentário. Vou vou modificar um pouco a pergunta. Ess seria o primeiro congresso da Brasil Paralelo. O primeiro nossa aquele que teve porque inicia Não, não, porque é o início da jornada, gente, pelo amor de Deus. Eu sou eu sou começar tudo aqui porque é o é o início da jornada. Eh, eh, é um pouco, eu acho que, enfim, eu me identifico muito com com aquele com aquele momento em específico da Brasil Paralelo, porque foi o kickst muitas coisas boas que vieram. é literalmente você se posicionar no tempo e no espaço e a gente entender onde a gente tá, para onde a gente gostaria de de ir e principalmente o que veio antes da gente. Então, muitas vezes a gente nasce simplesmente como se não tivesse absolutamente nada antes ou ou depois da gente. A gente, principalmente aqui no Brasil, é só jogado. A gente e enfim, como como eu já disse, a gente teve os nossos heróis negados, a nossa história negada. Então eu acho que esse esse primeiro, o primeiríssimo lá, aquele aquele comecinho humilde, hoje, graças a Deus, tá conseguindo produzir filmes praticamente, enfim, em todo produzir conteúdo em praticamente todos os continentes. Então, eh, eu acho que eu seria aquele aquela primeira produção da Brasil paralelo. Agora, pra gente, enfim, eh, continuar nesse, nesse assunto do, dos regimes totalitários, lógico que fica minha recomendação. Brasil, eu sempre gosto de recomendar a vida dos outros. Boa. Agora tu veio vida dos outros. Vida dos outros para você entender de fato que é um regime totalitário. Você tem literalmente uma história de espionagem pessoal. Vocês imaginem que tem literalmente um departamento dedicado a fazer com que o governo saiba exatamente o que você tá fazendo. No livro Desinformação do Yomi Hai Pachepa, ele diz que tem tinha mais gente paraa produção de desinformação, pra produção, enfim, de de espionagem, etc. O que dentro das próprias Forças Armadas da União Soviética. Então vocês imaginem o tanto que esse pessoal levava a sério o controle da informação, o controle da vida das pessoas. Então, se você quiser ver um pouquinho disso na prática, fica a minha recomendação para assistir a vida dos outros lá na BP Select. Bem demais. A vida dos outros é excelente. Ganhou o Óscar inclusive de filme estrangeiro, né? Ex. Parece o nome de filme de fofoqueira, né? É verdade. É porque na realidade era mais ou menos o que acontecia, né? Só que era um fofoqueiro, agente do governo, né? Recebia fofoqueiro profissional. Exatamente. Eh, professor, então eu sei que o senhor tem muito tem é muito ocupado, né? Acredito que não tenha visto muitos filmes da BP Select, mas eh o a parte do documentário eu vou seguir com a pergunta. Eu vou fazer duas perguntas diferentes, né? Se o senhor fosse um documentário, qual seria? Mas não vale ser o Brasil Última Cruzada. Esse aí é quebrei o professor aqui já tava com a resposta pronta. E qual é o seu documentário favorito da Brasil Paralelo? Muito bem, excelentes perguntas e tô falando isso para ganhar tempo, porque eu tenho que pensar um pouquinho. Não, na verdade eu vou ter que dizer ao Brasil, a última cruzada, ainda que esteja fora da resposta, esse é o meu favorito, Orcour, assim, eh, aquilo foi das coisas que eu mais gostei de fazer na vida e até hoje eu sou cumprimentado por pessoas na rua que voltaram a ser patriotas ou se tornaram patriotas ou passaram a gostar do Brasil ou de história. Por minha casa, hoje a gente recebeu, né, uma mensagem. Uhum. É, a a colega aqui vai virar historiadora, tá se formando em história por causa, ela colocou por minha causa, mas provavelmente foi por causa do do última cruzada. Então assim, e tudo isso sem o bigode, hein, professor? E sem o bigode era antes do bigode, antes do bigode, cara. Então, aí e agora é o seguinte, da BP, assim, eu recomendo, eu gosto muito do Amado e Ultrajada, né, que também ajudei a a fazer do Não, pode fazer mais de um. Fica à vontade, professor. Aquele do Rio de Janeiro também, tem mais de 100 pro senhor escolher. Fica à vontade. O do Rio de Janeiro também de que participei. Eu gosto tanto do Rio de Janeiro, da nossa capital por mais tempo e ao mesmo tempo tão negligenciado, tão perigoso. Eh, e há cidades mais perigosas do que ele nos números, né? Mas é o é o símbolo, é a síntese do Brasil. e permitindo que o Rio de Janeiro esteja nesse estado, a gente permite, a gente cria no nosso paradigma, né, no a a cidade, enfim, a cidade eh cartão postal do Brasil é Rio de Janeiro. Então, se a gente permite que ela esteja nesse estado, é porque a gente tá criando um um parâmetro eh bastante diabólico aí, tenebroso pra gente. Então, eu acho que a vale muito a pena assistir esse do Rio, tá? Eh, ele tem um nome diferente, não é Rio de Janeiro, né? É, é Rio de Janeiro, paraíso em Chamas. Paraíso em Chamas. Exatamente. Rio de Janeiro, paraíso em Chamas. E também na BP Select já eu já assisti muitos filmes, sim. Só que muitos eles entram e saem do catálogo, né? Então para eu não, aí o senhor pode falar esses filmes que aí se eles não estão no catálogo, a gente já faz uma convocação ao Galvão para trazer. E aí a gente faz uma trilha aqui, ó. Indicações do professor Rafael Nogueira. Sério? Gostou? Gostou dessa? Isso fo vocês tá tá improvisado ao vivo o Galvão já. E olha que ele ele ele está arriscando. É, ele está arriscando aí a BP. Olha só, tem um filme que ele estava eh no no catálogo que é o de do também com a participação do do Fran Capra, que era o A mulher faz o homem em português, né? A mulher faz o homem. Mr. Smith Ghost to Washington. Então esse filme é fantástico. Por quê? Eu me identifico tanto com ele. Eu eu assisti ele na na juventude e já o adorava, mas eh agora eu gosto mais ainda porque é um professor que cai perdido no meio da política e até que faz um papel bonito assim. E eu me identifico porque, cara, eu era professor de escola, aí eu nunca sonhei para, sabe? Era aquele cara que eu fiz direito até o final e pensei: “Tá, não vou ser advogado, posso ganhar um pouquinho menos porque eu gosto de estudar e falar do que eu estudo”. Então era aquele professor vocacionado, sabe? que o máximo que eu ia fazer era terminar na universidade com com pesquisa e e trabalho de educação. E me chamaram paraa política e eu senti, eu tenho que fazer alguma coisa. Eu fiz, claro, um trabalho ligado a livros, ligado à cultura, foi um trabalho bastante vinculado à minha personalidade, mas e cara, eu era, né, um pouco alheio a esse tipo de formação, a elite que que se coloca lá e mostra o quão ingênuo, por um lado puro, né, a gente não vai com as artemanhas de quem já tá, então a gente vai puro, mas ao mesmo tempo um pouco ingênuo. Então assim, e esse filme mostra por um lado, essa situação que é aquela com a qual eu me identifico, a ideia de mulher faz o homem, é porque é justamente uma mulher que conhece as artemanhas, que o ajuda a se encaminhar nos meandros da política e por outro lado mostra como a democracia, por mais frágil que ela seja, ela pode resistir. Basta que uma pessoa honesta esteja ali, né? E isso é muito bonito. E que outras pessoas honestas e eram crianças e adolescentes, ou seja, é a representação de pessoas também ingênuas e frágeis, né? Frágeis à violência. Essas pessoas se dispuseram aí às ruas para ajudar contra gigantes esse esse professor a a se dar bem, a regenerar alguns aspectos da política e de alguma forma, bom, não vou dar o spoiler aqui, mas vale a pena assistir. E um outro que eu não vou resumir com tanto tempo que eu me empolguei aqui, né, falando do filme, eu adorei, eu adorei essa empolgação, adorei essa Ele tá no nosso contexto porque ele foi, ele é um filme da década de 40, final da década de 40, se não me engano. Então ele foi feito no contexto da guerra mundial, no momento em que a democracia liberal estava sofrendo severos ataques, ou seja, o os fascismos da vida estavam ganhando na propaganda, gente. Eles estavam vencendo a guerra cultural na propaganda. E a democracia liberal contra-ataca com filme como esse, que não foi o único, tá? tem um outro, eh, cara, os filmes dessa época que defendem a democracia, que defendem essa essa ideia, né, das instituições eh ligadas aí à democracia liberal, eles são fantásticos. O segundos segundo segundo filme favorito, que eu acho que nunca esteve no catálogo e é por isso que eu disse que você estava arriscando, eu vou sugeri-lo, ele é da década de 40 também e o nome dele era eh a Rosa de Esperança em português, Miss Miniver. E ele mostra justamente a sociedade inglesa resistindo à Segunda Guerra Mundial. Então tem religião, religião, tem uma ideia de conflito entre classes e o marxismo tentando entrar causando algum tipo de ruptura, mas ele não não se efetiva. A luta direta contra os nazistas, aparições episódicas do Churchill e uma mulher de novo sendo uma espécie de rimo aí de fortaleza no âmbito de uma família burguesa. Gente, isso é maravilhoso. Então, acho que vale a pena assistir. Tem uma cena ali que foi retirada, foi retirada, foi imitada por aquela belíssima série que é Downton eby, né? Então Down pegou uma cena desse filme, pouca gente sabe, eu já tinha assistido esse filme antes, então eu reconheci isso em Daltoneb. Quem já viu Daltoneb, então não deixe de assistir Miss Miniver ou A Rosa de Esperança. E aí, viu, Galvão, ficou esse compromisso aqui, ó. Primeiro, trazer de volta o a mulher faz o homem, pra plataforma e também a rosa de esperança. E todos estão no contexto, no nosso contexto aqui. Sim. Inclusive já temos aqui quem vai analisar o filme, né? Já fica aqui o compromisso aqui é o ganha ganha. E aí com certeza o pessoal de casa tem que ajudar. E como que você ajuda para que esses filmes estejam na nossa plataforma? inclusive dê sua sugestão de filme aí para que esteja na BP Select. É muito simples você nos ajudar nessa causa. E hoje é mais simples ainda, porque você tem 50% de desconto para se tornar membro da Brasil paralelo no nosso plano premium e ainda levar para casa esse boné maravilhoso da BP. É 50% de desconto, libera acesso a tudo na nossa plataforma. Mais de 100 originais, o catálogo de filmes selecionados selecionado a dedo da BP Select, o nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos, o boné e então hoje até às 23:59 eu não deixaria pra última hora, tá? Eu já ligaria agora o 08005919575. Está aparecendo aqui na tela, 08005919575, para você garantir essa promoção exclusiva e nos apoiar nesse resgate dos bons valores, ideias e sentimentos e também no resgate a esses filmes maravilhosos que fazem todo sentido estarem no catálogo da BP Select. Desejando aqui boa noite a Rosana Lazarini, boa noite, BP. Ela falou que tá voltando ao início do vídeo. O Mário Sol já fez aqui, viu? O pessoal é é ligeiro, já fez aqui a sua a sua sugestão. Fenheit 451. Bom, qual das duas versões? Eu espero que seja a versão original, né? Porque tem a segunda com o Michael B. Jordan, que não fez jus ao original e não fez nem jus ao ao livro. Aí aqui minha opinião pessoal, viu? Aqui também tem um um comentário, ó. A Luciana chegando de Cariacica, Espírito Santo. A Luzia chegando de São Paulo, tá aqui na capital. Patrícia Rosa chegando de Porto Alegre. Ah, e aqui tem uma um comentário que eu vou passar a bola pro Pedro que é da sabedoria sábia. Gostei do do nick aqui, ó. Sabedoria sábia. Sensacional. Ah, o caráter é formado na criança, porém crescendo no meio em que já em que já não existe noção do que é ter caráter, pois sua pois à sua volta só vivem outros desconhecedores de tal. Ou seja, e eles, sabedoria sábia que estava falando da questão da formação do imaginário da criança e como que o contexto e a realidade que essa criança está inserida pode moldar para o bem ou para o mal. Bom, perfeito, perfeito. Eh, mais uma vez, é por isso que é muito importante a gente ter o nosso imaginário povoado com boas referências, porque independente do contexto que você tá vivendo, você consegue ver eh onde tá a ordem e onde tá a desordem. Graças a Deus, minha mãe, ela sempre me colocou para assistir os melhores desenhos na infância, eh, desde a de a primeira infância até até depois de um pouquinho mais velho. Então a gente quando quando eu era criança, principalmente mesmo que nas ações mais simples ali do dia a dia, porque você assisti um um o desenho da Liga da Justiça que passava no SPT, que ele é o meu favorito de toda, assim, de todos os desenhos da face da terra, você conseguiria ver abertura clássica melhor que tem, cl, você conseguia ver, por exemplo, eh, que era errado você não jogar o lixo no lixo, por exemplo. Você leve falar assim: “Pô, o Batman não faria isso. O Batman ia pegar, ia jogar o negócio, faria, faria que é o certo”. Então, eh, é sempre bom que a gente tenha essas essas boas histórias em mente para usar de régua pro mundo. Essas são essas boas histórias que elas vão balizar a nossa a nossa vida. E eu posso dizer isso com muita segurança, porque graças a Deus eu sou um fruto das boas histórias que me foram apresentadas quando eu era criança, depois quando quando eu fui adolescente e até até chegar aqui. Então, boa parte de tudo o que eu eh reconheço hoje como valores foram as boas histórias que me ajudaram a entendê-los na realidade. Então, quando você fala assim: “Ah, você tem que ser bonzinho para uma criança”. Legal. A criança não vai entender o que é o que é ser bom, não vai entender o que é a bondade. E muitas vezes os adultos, pô, na loucura do dia a dia, a gente não vai conseguir explicar, mas agora a gente consegue ter uma noção do que é a bondade transmitida em ações. Então, mais uma vez, independente do contexto em que a criança, em que o jovem, em que todo mundo tá inserido, é muito interessante que a gente tenha não só esses esses valores inseridos através dessas obras, mas também o porquela obra ela é valorosa. Uma coisa que eu sempre costumo falar em em todos os lugares que eu apareço é o seguinte: a gente viveu a década dos filmes de superherói e mesmo assim a gente nunca teve uma juventude tão mimada, tão fraca, tão eh ditatorial, tão perseguidora e etc quanto a gente teve nessas nessa, enfim, nesses últimos anos. E aí fica a pergunta, são as produções que estão ficando piores, eh, são as pessoas que não estão conseguindo entender os bons valores que aquelas obras produzem ou é uma mistura dos dois? Eu acredito que seja uma misturas dos dois. Então, é justamente por isso que existem trabalhos como o da Brasil Paralelo, como o da BP Select, que não só vem indicar essas boas referências, mas vai te falar o porquelas referências são boas. Então, seu filho não tem que gostar do rock só porque ele ele bate nas pessoas, só porque ele é o mais forte, porque ele malha, porque ele corre, isso também, mas eles ele tem que gostar de do rock, por exemplo, porque ele é um homem que se sacrifica, ele corre atrás dos seus objetivos, ele é um homem invencível. A mesma coisa vale para todos os outros as nossas referências da cultura pop, da literatura e até mesmo da nossa história, principalmente da nossa história. Então, eh, mais uma vez, para, para fechar o comentário, vou repetir mais uma vez. Independente do contexto onde você tá inserido, é sempre bom que você esteja cercado de boas referências para entender o que é certo e o que é errado, independente do contexto. E é engraçado, Pedrão, que agora, como tu tava comentando, eu tava lembrando, né, dessa questão da bondade, do imaginário e da infância, né, da da criança. E eu lembrei justamente do papa que venceu o comunismo, porque a gente fez várias lives e muitas pessoas comentaram assim: “Nossa, esse é o papa da minha infância, esse é o papa da minha adolescência”. e por aí vai. E é um desses grandes exemplos, uma dessas grandes referências, inclusive de bondade. E se você ainda não assistiu ao Papa que venceu o comunismo, agora nós vamos rodar um VT para você ficar com aquela vontade de assistir ao novo documentário da BP, o papa que venceu o comunismo. Why was he opposed to naism? [Música] Как я люблю глубину твоих глаз хочу [Música] [Música] Catholicism is enemy of the I mean that has been understent himself [Música] narut communisbaus [Música] papa John Paul had become the leader of a human więcej będzie zdolnych do podejmowania tego Ryka ryzyka od tym silniejszy będzie Chrystus nikt nie nie przewidywał że coś może się wydarzyć [Música] oczywiście on go trafił na śmierć i mówię natychmiast do szpitala If there was no would solidarity and if was solidarity would gor the prem ofion [Música] abbiate paura. [Música] Niech wstąpi duch twój i odnowi oblicze ziemi tej ziemi. M. [Música] assistir a um trecho com alguns cortes, alguns conteúdos do novo documentário que já está disponível para os nossos membros, o papa que venceu o comunismo, a primeira biografia, o primeiro documentário biográfico da Brasil paralelo. O primeiro de muitos, com certeza. E nós iniciamos com a história inspiradora do Papa João Paulo I, o Papa que venceu o comunismo. Para você entender por que nós escolhemos esse título, por que o Papa João Paulo II venceu o comunismo, você tem que assistir ao documentário que já está disponível na nossa plataforma. Mais uma vez lembrando, para você se tornar membro é muito simples e hoje você tem uma condição especial de 50% de desconto no nosso plano premium com mais de 100 documentários, incluindo história do comunismo, nosso épico com seis episódios, o papa que venceu o comunismo, que nós acabamos de ver aí um vídeo sobre ele, ao nosso catálogo selecionado a dedo da BP Select, com vários filmes para você assistir também ao nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos, incluindo cursos com o professor Dr. Rafael Nogueira, que é o nosso convidado especial de hoje. E a condição especialíssima de hoje, além dos 50% de desconto, também você leva para casa, não é sorteio, assinou, garantiu o boné da Brasil Paralelo. Esse boné que muita gente pergunta: “Como é que eu faço para ter o boné?” É muito simples, é só assinar hoje que você leva para casa o boné da BP. Inclusive, a minha dica de ouro é ligue aqui no nosso 0800 591975. Tire qualquer dúvida sobre pagamentos, valores, planos, conteúdos e também troque uma ideia aqui com a nossa equipe. Lembrando que são seres humaninhos, tá? Então são seres humanos. Aqui não é inteligência artificial, não é robô. Você vai falar com uma pessoa, com um membro aqui do nosso da nossa equipe comercial que vai tirar todas as suas dúvidas. E como tudo que é bom termina, né? Ah, vamos encerrando, vamos encaminhando aqui para o final da nossa live e pedir aí as considerações finais do nosso professor Rafael Nogueira, já agradecendo. Foi uma honra poder trocar essa ideia com o senhor. Honra minha. Agradeço a BP a oportunidade de poder falar sobre esses temas, sobre totalitarismo, sobre história do século XX, sobre as questões que colocam em risco muitas vezes a ordem que a gente considera inabalável, né? E ao mesmo tempo história, né? Eu sou apaixonado por história. História é um dos melhores eh e mais cultos, digamos assim, entretenimentos, né, que uma pessoa pode ter. Então eu gosto de história, não é só uma questão cívica, uma questão política. É porque isso é maravilhoso saber história, porque nos nos dá mais pertencimento com aquilo de que gostamos e ao mesmo tempo nos permite nos afastar mais daquilo que nós vemos como bastante prejudicial pra humanidade. Então é um prazer estar aqui. Falei também de história do Brasil, que é uma das minhas predileções e ao mesmo tempo sempre sempre é bom estar com a BP. Eh, eu além de ter participado desde o momento inicial, assim, no segundo episódio do congresso, o nosso amigo Pedro falou do congresso, segundo episódio do congresso, eu tava lá falando de história do Brasil, já chamou bastante atenção do público e posteriormente a gente foi construir a última cruzada. Então isso aí eh me dá muito orgulho de estar com a BP em toda a trajetória dela. E agora eu tendo visto a qualidade que tá, né, o do dos entrevistados, a qual não, gente, a qualidade de de ligada a a à cores, a qualidade da captação da da, né, do áudio, da imagem, a produção, a edição, tudo isso é é fantástico. Então, assim, recomendo muitíssimo que vocês assistam. É terça-feira, né? terça-feira, dia 2 de setembro. Não deixem de assistir isso porque vai ao mesmo tempo ser legal. Como eu disse, eu me divirto mesmo assistindo, estudando isso, mas vai ser uma possibilidade de também eh sanear, organizar um pouco esse esse tema tão maltratado, mesmo nas escolas e universidades. Um tema tão maltratado. Vai ser muito bom. Obrigado. Parabéns aí pela tua condução. Parabéns a BP, a todo mundo que participou da produção desse vídeo. Que seja um grande sucesso. E eu vou est lá também assistindo porque eu não vi ainda. Vou est lá. Maravilha, professor. Foi uma honra para nós. Muito obrigado. E agora suas considerações. Pedro Alaer. Bom, mais uma vez é um é um prazer gigante estar aqui. Eh, como eu disse lá no começo, ter a Brasil Paralela como uma das minhas referências foi fundamental. É até esquisito, como como o professor bem disse, eu vi ele lá no segundo episódio falar: “Caramba, cara, quem imaginar que um dia eu ia dividir bancada com um dos caras que me ensinou a história do meu país?” Então, esse esse é o poder das grandes histórias. Eu, graças a Deus, sou fruto disso. E a Brasil Paralelo, BP Select, é a casa das boas histórias. Então, é aqui que você vai conseguir ter boas referências para você melhorar a sua vida, para você melhorar o seu país. E a mudança ela começa dentro da gente mesmo, dentro da nossa casa. Essa é principalmente a lição do documentário do Papa que venceu o comunismo. Um homem só, um único homem sendo praticamente um sacerdote, conseguiu derrubar talvez um dos maiores impérios que a humanidade já viu. Tudo isso, graças a Deus, com pouco, sendo uma boa referência para as pessoas, sendo uma boa referência até hoje. Então, mais uma vez agradeço aí o Bajé, agradeço a produção que tá aqui pacientemente aguentando todos nós. Mais uma vez, sempre uma honra estar por aqui e até uma próxima, se Deus quiser. Maravilha, Pedrão. Mais uma vez uma honra compartilhar uma bancada contigo. Também já agradecer aqui a nossa produção, a nossa equipe comercial que está aqui conosco num domingão, um domingão de derby paulista, né? É, então, mandar um abraço a todos que estão aqui conosco e também, obviamente, eu tenho que mandar abraço aqui para um abraço e um beijo pra Franciele, né, o meu amor, senão eu apanho quando chegar em casa. Então, boa noite, amor, te amo. E antes de encerrar a live, já mandar a o último recado, né? Se você está aqui conosco até agora e ainda não assinou a Brasil Paralelo, fica mais uma vez o convite. E mais uma vez, não quer acreditar em mim, não quer acreditar no Pedro, não quer sequer acreditar no professor Rafael Nogueira que está aqui falando sobre tudo isso que a Brasil Paralelo produz com altíssima qualidade, é só ler os comentários de quem já assinou e quem já é membro da Brasil Paralelo e que não se arrepende de ter decidido se tornar assinante da Brasil Paralelo. Lembrando mais uma vez, só com o apoio dos membros, somente com as assinaturas dos nossos membros, tudo isso aqui que você está vendo é possível. Nós não aceitamos nada de dinheiro público. Então é somente com apoio, com a fé e com as assinaturas dos nossos membros assinantes, que tudo isso aqui é possível. Então, torne-se membro da Brasil Paralelo. Lembrando que hoje você tem uma condição especial de 50% de desconto. Você paga metade, é o último dia, hein? Senão depois vai ser tarde demais, né? Então, amanhã já será tarde demais. Então, você tem até às 23:59, ó. Ligue no 0800 5919575. 08005919575. Para tirar todas as suas dúvidas com um dos nossos membros da equipe comercial. Lembrando mais uma vez, 50% de desconto. Você paga metade do preço no nosso plano premium, que libera acesso a toda a nossa plataforma, mais de 100 documentários originais, incluindo o filme também, Oficina do Diabo, que vale muito a pena. Também falando em filme, ao catálogo de filmes da BP Select, selecionado a dedo para você apertar o play sem medo. E também o nosso núcleo de formação com mais de 90 cursos. Se nada disso te convenceu, aposto que isso aqui vai te convencer. assinou hoje, leva para casa esse boné maravilhoso da Brasil Paralelo, que não está à venda, é só para quem assinar. Então, aproveite essa condição, ligue no 0800 ou aponte a câmera do seu celular para o QRcode ou toque no link da descrição. Agradecemos a sua audiência, agradecemos os comentários, agradecemos ao seu apoio e até a próxima. Muito obrigado. [Música] Sarà il secolo durante ile. L’Italia tornerà per la terza volta ad essere direttrice della civiltà umana. [Aplausos] people was exp from party andy [Música] trans [Música] theory ofer world For many people it coming. People you know thinking who’s going to protect us from this right to many people see the fascist doing stuff and they think for them. tinha uma política expansionista bastante forte e, portanto, era preciso construir o homem novo que era o guerreiro que ia a conquistar o império italiano. The propaganda must have been quite extraordinary. Buildings absolutely covered with images of Mussolini. The end was everywhere. He wanted to present this violence as a restoring order. Marcelini gave a speech of L in Milan where he came out with the most important phrase defining his regime. He said that we are totalitarian state nothing’s against the state and nothing and nobody is outside fascismo do latim faces. Hoje em dia também conhecido como achismo do brasileiro, arte de falar com convicção sobre o que não sabe. Vivemos na era dos especialistas em opinião, da convicção sem fundamento, em que o achar vale mais do que o saber e a ignorância grita como se tivesse razão. Vivemos na era do achismo, onde a pressa de opinar é maior que a vontade de aprender. e entender. Não importa a história, a memória, os livros, os documentos. Não importa o que foi, como foi, o que é, o que não é. O achismo ignora fatos, escolhe a versão que mais lhe convém e defende essa versão como se fosse lei. Achismo é a convicção de que não é preciso saber, basta achar. Afinal, quem precisa da história quando se tem mobilidade? Entre o achismo e a história existe um abismo. E é nesse abismo que foi jogada uma das palavras mais repetidas e menos compreendidas do nosso tempo. Fismo. No dia 2 de setembro, estreia o novo épico da Brasil Paralelo. História do fascismo. para produzir essa série documental. Conversamos com os maiores estudiosos do mundo no assunto: professores e especialistas de Oxford, Cambridge, Harvard, Londres, Berlim. Tudo para compreender a fundo o tema com aqueles que escreveram e estão escrevendo a história do século XX. Toque no botão e faça seu cadastro para assistir de graça ao primeiro episódio da série História do Fmo. Porque um tema sério como esse não pode mais ser tratado com base em achismo. [Música]







