RELATOS BIZARROS DE TRABALHADORES NOTURNOS!

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Oi, oi, gente. Sejam muito bem-vindos ao meu canal. Eu sou a Leandra e eu conto relatos sobrenaturais aqui todos os dias para vocês. Se por um acaso você caiu de para-quedas aqui, eu também conto relatos mais curtos lá no meu TikTok, no meu Instagram. E essas redes sociais estão aqui embaixo na descrição do vídeo. Se por um acaso você tiver aí algum relato para me enviar, os relatos devem ser enviados pro e-mail, que também já fica aqui embaixo na descrição. Bom, como vocês sabem, eu não gosto de enrolar na introdução, então já vamos para os relatos de hoje. Mas antes, não se esqueça de se inscrever no canal, caso você ainda não seja inscrito, de curtir esse vídeo agora no início e de hypar o vídeo se tiver aparecendo aí essa opção para vocês. Bom, agora sim, recadinhos dados. Vamos ao nosso primeiro relato dessa coletânea de hoje. E bom, o primeiro relato se chama A mulher ensanguentada. Eh, o Eli, você pode me chamar de Mariana, nome fiquetício. Tenho 26 anos e trabalho como atendente em um posto de gasolina que fica na entrada de uma cidadezinha, no interior de tal lugar. Prefiro que você não mencione aí o nome do lugar porque é bem conhecido. É um lugar relativamente tranquilo, mesmo ali durante a madrugada. A gente recebe bastante caminhoneiro, alguns casais viajando e às vezes, bem às vezes mesmo, bêbados voltando de festa, mas nada assim que fuja muito do normal. Bom, até aquela noite, pelo menos. Era uma sexta-feira e eu estava cobrindo o turno da madrugada de um colega que tinha passado mal. Tava um frio danado e quase não passava nenhum carro. Lá pela 1:30 da manhã, eu estava ali dentro da loja de conveniência junto com o Paulo, que era frentista, e também com o Daniel, que é o segurança do posto. A gente conversava sobre besteiras tentando espantar o sono, sabe? Até que escutamos um barulho do lado de fora, tipo uma pessoa correndo descalça ali no chão molhado. E antes que a gente tivesse tempo de reagir, a porta da loja se abriu, tipo, com tudo. E uma mulher entrou correndo, gritando por socorro, pedindo ajuda, sabe? Socorro, socorro, me ajuda, por favor. E ela devia ter mais ou menos ali uns 30 e poucos anos. Lembro até hoje, ela era magra, cabelo comprido e tava bem bagunçado. Mas o mais chocante mesmo lhe era o estado dela. A roupa estava completamente ensanguentada, tipo, tinha sangue no rosto, nos braços, na perna e ela tremia como se tivesse fugindo de alguma coisa horrível. E eu congelei. Paulo deu um passo para trás e o Daniel tentou se aproximar dela, mas a mulher só repetia: “Ele vai me pegar. Ele tá vindo. Me ajuda, por favor. E antes que conseguíssemos fazer ali qualquer coisa, ela correu direto para o banheiro feminino, que ficava ali ao lado da loja. A porta então bateu forte, como se ela tivesse se trancado lá dentro e a gente, né, foi atrás, é claro. E ficamos do lado de fora ali batendo na porta, perguntando se ela estava bem e tentando convencê-la a sair e prometendo que ninguém faria mal a ela. Mas não tivemos resposta. Depois de um tempo, Daniel resolveu abrir com a chave reserva. Eliandra, aí que veio o choque. O banheiro estava completamente vazio. Não tinha ninguém lá dentro e nenhuma gota de sangue, nenhuma marca no chão. Era como se aquela mulher nunca tivesse entrado ali. Bom, a gente ficou ali, né, se olhando em silêncio, meio que sem entender o que tinha acabado de acontecer. E chegamos até a cogitar que ela tivesse saído por uma das janelas, mas as janelas elas são pequenas e tinha grade, sabe? Ninguém passaria por ali. Naquela hora decidimos conferir as câmeras de segurança. O sistema do posto grava tudo e a loja tem uma câmera ali bem na entrada. Fomos na salinha onde ficam os monitores, já esperando ver a cena dela entrando desesperada, sabe? Cheia de sangue. Mas Leandra, pasme, ela não aparecia nada, absolutamente nada. A gravação mostrava só a gente, os três, reagindo, olhando pro nada e falando sozinho, sabe? Mostrava a porta se abrindo, é como se algo tivesse entrado, mas esse algo não apareceu na filmagem. mostrava a gente indo ao banheiro, a gente lá, sabe? Como se nós fôssemos três loucos. Leandra, a gente até riu da situação depois disso. Enfim, o mais bizarro é que mesmo depois da gravação, todos nós lembrávamos ali da mulher perfeitamente. A cor ali da blusa, né, vermelha, mais encharcada de sangue, os olhos arregalados de medo, os gritos dela. E aquilo não foi um delírio coletivo, foi real, sabe? Muito real. Na semana seguinte, o Paulo decidiu ir atrás de histórias locais e descobriu uma coisa sinistra. Segundo Segundo ele, no ano de 2009, uma mulher foi assassinada a facadas por um ex-marido abusivo numa estrada próximo dali. E parece que ela correu alguns quilômetros assim, meio que pedindo ajuda, mas ela não resistiu e acabou eh acabou caindo e falecendo na rodovia mesmo, sem ter nenhuma ajuda. E aí ela foi achada morta, né, eh, no dia seguinte por pessoas que estavam passando ali e o ex-marido ali foi embora. Enfim, a gente pensou que talvez essa mulher, né, essa situação que aconteceu poderia ser ela. Mas assim, Li, não tem nada que comprove que era o espírito, né, dessa mesma moça. Mas que foi algo bizarro foi. Eu peguei outros turnos naquele horário, mas nunca mais vimos nada. Os outros dois rapazes também nunca mais presenciaram nada. Talvez aquela data era importante para o espírito. Nós não conseguimos descobrir ao certo qual foi a data do falecimento da mulher, né, de 2009, mas talvez tenha alguma coisa a ver. E bom, Li, esse foi o relato. Espero muito que leia e gostaria de sua e de saber sua opinião. O que você acha que pode ter acontecido? E aí o relato acaba por aqui. Então assim, ó, um beijo, tá? muito obrigada por ter enviado. É, pode ser que eh às vezes o espírito dela faz isso sempre, mas talvez naquele dia vocês três assim, talvez estavam com o espiritual mais aflorado, né, a mediunidade mais aflorada, vamos dizer assim, ou talvez é realmente pode ser o aniversário da morte ou alguma data que pro espírito era importante. Mas assim, não vou muito nessa segunda teoria não, porque eu acho que no caso ela ia ficar aparecendo no lugar onde ela faleceu, sabe? Não ali, porque ela não chegou a ir até o posto, né? A mulher que faleceu em 2009, ela caiu na rodovia e faleceu. Então, acredito que era mais, sei lá, o espírito mesmo que eh resolveu aparecer nesse dia. Mas gente, que deve ter sido bizarro deve, né? Porque nem na câmera apareceu. Pensa ai. Enfim. Muito obrigada. Vamos para o próximo. Deixa eu só achar ele aqui, né, no e-mail porque tá uma bagunça. Ah, só um minutinho, gente. Vamos para o próximo relato que se chama Exu agradece. Oi, Li. Meu nome é Camila e hoje eu quero contar algo que aconteceu com o meu esposo durante a a pandemia em 2020. Ele trabalha como motoboy e nessa época nós ainda não nos conhecíamos e ele morava sozinho e fazia turnos durante a madrugada. Eh, e fazia turnos durante a madrugada quando muita gente evitava sair, mas ainda fazia muitos eh quando muita gente não evitava sair, mas ainda assim faziam muitos pedidos por delivery. Durante aquele ano estranho, abriu na nossa cidade uma lanchonete que funcionava a madrugada inteira. O curioso é que mesmo de madrugada os pedidos não paravam. Era um tal de sanduíche, batata, milkshake. O lugar vendia de tudo. E como era uma novidade, pois por ser uma cidade pequena, não há não havia na época outro comércio assim de comida que funcionava durante a madrugada. E como era de madrugada, os donos decidiram aceitar somente Pqus para não haver nenhum problema, sabe? nada de dinheiro ou maquininhas e também sem devolução caso o cliente dormisse ou não atendesse. Guardem bem essa informação. Bom, em uma dessas madrugadas, por volta ali de 3 horas da manhã, meu marido recebeu um pedido para um bairro mais afastado ali da cidade. E para chegar lá, ele precisava passar por uma grande encruzilhada que ficava no cruzamento ali de três estradas antigas. E foi justamente ali, naquela madrugada silenciosa e úmida, que ele viu algo curioso. Tinha algumas pessoas colocando oferendas na encruzilhada. Ele ficou respeitoso, né? Apenas passou devagar ali e seguiu sua rota. Disse que o pessoal estava lá eh assim colocando oferendas normalmente. Enfim. E ele contou também que sentiu um arrepio eh quando passou por ali, mas nada de ruim. Foi uma até foi até uma sensação boa. Enfim, quando ele chegou na casa do tal cliente, ele buzinou três vezes, como sempre fazia, mas ninguém apareceu. Tocou a campainha em nada. Então ele resolveu ligar pro número do pedido, chamou pelo portão, mas nada, nenhum sinal de vida. E assim, Li, pelo que ele conta, era comum isso acontecer. Parece que os clientes, sabe, faziam o pedido e ia dormir. Assim, eu sei que não faz muito sentido, mas acontecia muito. E era exatamente por isso que os donos da lanchonete só aceitavam Pix. Por isso eu pedi para vocês guardarem a informação que eu dei anteriormente. Então, como já estava pago e ele não podia devolver os lanches e não, então assim, como já estava pago, ele não podia devolver os lanches para lanchonete e não podia ser reembolsado. E ele não podia devolver os lanches porque aquele seria o último pedido da noite, pois ele sempre largava ali por volta das 33 e pouca, onde outro motoboy assumiria o plantão. E e dali ele voltaria pra casa. Só que nessa época ele estava de dieta e ele não ia comer aqueles três lanches sozinhos. É, não ia comer nenhum, pois como eu disse, ele estava de dieta e também morava sozinho. Então não tinha para quem dar os lanches, mas ele também não queria deixar estragar. Então quando ele passou retornando ali, passando pela encruzilhada novamente, aquelas pessoas ainda estavam lá. Ele então teve uma ideia, parou a moto, tirou o capacete e, com todo o respeito, ofereceu os lanches. Ele contou a situação, explicou que os lanches eram de qualidade, que estavam embalados direitinho e explicou, né, o que tinha acontecido e que achou melhor doar do que desperdiçar. E estranhamente, Leandra, eles estavam em três pessoas. Enfim, não sei se é coincidência ou não, mas foi o que aconteceu. O mais velho do grupo ali, né, a pessoa mais velha, sorriu e disse: “Ah, a gente viu você passar antes e agora você voltou”. E o outro completou brincando. Exu agradece por você lembrar da gente, viu? Isso é aché. E bom, eles aceitaram, agradeceram muito, sorriram ali entre si e até brincaram pela coincidência. Eles conversaram um pouco e depois o meu marido se despediu e pegou o caminho de casa. E é aqui que a coisa muda. Quando ele estava já na rua de casa, a poucos metros da garagem, a moto simplesmente parou, apagou assim do nada. E não era falta de gasolina nem erro do painel, ela simplesmente desligou. Ele ficou bravo, né? tentou ligar de novo, xingou, mas como já estava pertinho, resolveu ali, né, descer da moto e empurrar até em casa e disse que olharia essa situação no dia seguinte com mais calma. E foi essa simples decisão que salvou a vida dele. Segundos depois, quando ele começou a empurrar a moto, saiu do meio da rua um carro desgovernado e veio em alta velocidade e bateu com tudo no portão da casa. O mesmo portão que ele abriria se a moto estivesse funcionando normalmente. Foi um estrondo enorme. Os vizinhos saíram assustados e o carro ficou destruído. O motorista era um rapaz bêbado que havia dormido no volante. Saiu cambaleando, todo ensanguentado, mas milagrosamente vivo. Naquele momento, meu marido congelou. O corpo dele inteiro ficou arrepiado e a única coisa que ele conseguiu pensar foi que aquilo era um grande livramento. E ali naquele momento, enfim, não sei da onde, mas apareceu um cheiro muito forte de cigarro. E ali ele não tinha mais dúvida. Alguma entidade o protegeu naquele momento. E até hoje ele liga esse livramento aos lanches que ele deu ali para aquelas três pessoas que estavam na encruzilhada. Li, nessa época eu não conhecia ele, mas depois que a gente já eh já estava se conhecendo melhor, ele me contou essa história e contou com brilhos no eh com brilho nos olhos. E até hoje ele lembra desse ele lembra desse livramento com muito carinho. Nós não somos de nenhuma religião de matriz africana, mas respeitamos muito, principalmente o meu marido pelo livramento que ele teve. Bom, Li, esse foi o relato. Espero muito que leia e que você e seus inscritos gostem dessa história. Um grande beijo, ó. Um beijo, tá? Muito obrigada a você e também ao seu marido, né, por compartilhar essa história. Gente, que doideira, né? Se a moto não tivesse desligado, Senhor Jesus. Pensa, a gente tem vez que a gente escapa por um trisco, né? Tipo assim, tá? Às vezes ele não ia falecer, né? eh, mas que alguma coisa ia acontecer, ia, né, porque pelo tempo ele estaria ali guardando a moto, talvez abrindo a garagem, né? Então, assim, gente, não tem como aqui não não tem não temos dúvidas. Eh, foi um grande de um livramento. Mas enfim, muito obrigada, tá, por ter enviado o relato. Vamos para o próximo que se chama o quarto 17. Eh, olá, ali e a todos que assistem o canal. Me chamo Janaína, tenho 33 anos hoje e até o ano passado eu eu trabalhava como atendente de quarto em um hotel de médio porte da na região metropolitana de São Paulo. Eu trabalhava na parte de dentro, assim, não na recepção. A minha função era levar pedidos ali, né, até os quartos, repor frigobar, ajudar na arrumação ou ou então ajudar na arrumação quando solicitado. Era tudo bem rotineiro, apesar das situações inusitadas que esse tipo de lugar nos proporciona. Eu fazia o turno da noite, das 22 horas às 6 da manhã e mesmo com o cansaço, eu gostava do trabalho. O ambiente era silencioso e a equipe era pequena e respeitosa. Mas o que aconteceu em uma madrugada de quarta-feira mudou completamente a minha vida e a minha forma de ver o mundo espiritual. E desde então eu não consigo passar perto daquele local sem sentir um aperto no peito. Era por volta das 3 da manhã. Eu estava sentado na eh sentada na copa tomando um café quando o interfone tocou. Era o 417 solicitando o serviço de quarto. Eu achei um pouco estranho, pois eu tinha quase certeza que naquela noite, segundo ali o controle da recepção, o quarto 17 estava desocupado, aguardando limpeza. pois o último casal havia saído por volta da meia-noite. Mas como assim não era o meu papel verificar os registros, era apenas atender aos pedidos. Eu pensei que poderia haver algum engano. Então eu peguei a bandeja assim com o que foi solicitado, que era um refrigerante e dois copos e fui até lá. Bati na porta e assim, guardem a informação de que eu ouvi uma voz feminina no interfone pedindo o refrigerante, os dois copos, ou seja, tinha uma pessoa lá dentro. Mas quando bati na porta, ninguém respondeu, mas a luz da varanda estava acesa. Bati de novo, então a porta se abriu sozinha. Meu primeiro impulso foi dar meia volta, mas alguma coisa me empurrou para dentro. Não fisicamente, mas psicologicamente. Sabe quando algo te atrai sem explicação, foi isso que aconteceu, como um chamado silencioso. Lá dentro a iluminação estava baixa, o ar condicionado ligado e o quarto estava cheirando uma a flor murcha misturado com algo que eu não sei explicar. E então eu a vi. Tinha uma mulher sentada na beira da cama com os cabelos longos cobrindo o rosto e ela chorava baixinho. Estava seminua apenas com um lençol fino enrolado no corpo. Eu pensei que talvez alguém tivesse entrado ali sem passar pela recepção ou que fosse uma hóspede confusa. Então eu perguntei, né, eh, me aproximei devagar e perguntei: “Moça, você tá bem?” E foi quando ela levantou ali o rosto e me eh me olhou direto nos olhos. E eu juro por tudo que é mais sagrado. Os olhos dela eram profundos demais, como se não houvesse fundo, como se olhasse para dentro de mim. E antes que eu pudesse reagir, ela me empurrou com uma força absurda, me fazendo cair de costas na cama. E a sensação que eu tive foi uma sensação de desmaio, mas não como um desmaio comum, foi como eh foi como cair dentro de um sonho lúcido, um espaço entre o real e o irreal. Eu estava no mesmo quarto, exatamente igual, mas como uma mas como uma e mais com eh uma atmosfera diferente. As paredes pareciam respirar, as luzes pulsavam como velas e ela estava lá. Só que agora ela sorria. Um sorriso que misturava desejo, dor e loucura. Ela se aproximou, começou a tocar no meu corpo e, estranhamente eu não conseguia reagir. Mas ao mesmo tempo eu sentia tudo com uma intensidade inexplicável. Era como se a minha energia estivesse sendo drenada por cada toque, um prazer sombrio misturado com medo. Eu olhei ao redor em busca de alguma lógica, de alguma saída e vi o meu celular caído no chão do quarto. Eu peguei tremendo e tentei ver as horas. E aquele momento parecia ter durado uma eternidade, mas quando eu vi o relógio, haviam se passado apenas 10 minutos. Na mesma hora, a mulher simplesmente sumiu como fumaça. O quarto ficou escuro, silencioso e eu, de repente, acordei deitada na cama sozinha. O refrigerante ainda estava na bandeja, eh, que estava no chão também. Eu suava frio, o coração disparado e a boca seca e os membros tremendo. Eu levantei cabaleando e saí do quarto como pude. Ninguém viu nada, ninguém escutou nada. Fui direto ao banheiro do vestiário e comecei a vomitar. Eu me sentia esgotada como se tivesse corrido quilômetros. E no dia seguinte, eh, não, dali eu fui para um hospital, me mediquei e no dia seguinte eu estava fraca, com febre e muita dor no corpo. Eu tive que ir ao hospital novamente, mas fizeram exame de sangue e não deu nada em específico. O médico disse que poderia ser algum tipo de virose ou algum estresse emocional. Mas eu sabia que aquilo não era estresse, que aquela mulher ali de alguma forma drenou algo de mim. Bom, depois de um ou dois dias eu comecei a melhorar. Era como se a minha vitalidade estivesse voltando ao normal. Só que assim, Li, eu fiquei muito traumatizada e não consegui continuar naquele emprego e foi onde eu pedi demissão. Hoje eu trabalho em um outro setor. Eu decidi continuar trabalhando em motéis, pois eu fiquei com muito medo. Eu tenho absoluta certeza de que o que estava naquele quarto era fruto da energia do que acontecia ali quando um casal se hospedava ou quando várias pessoas, porque era bem comum ter esse tipo de festinhas em quartos e ali do motel. Enfim, Li, esse foi o relato. Espero que leia e que goste. Ó, um grande beijo, tá? Muito obrigada. É, provavelmente é um daqueles espíritos, né, eh, íncubos e súcumbos, né, que ficam ali assim, se alimentando desse tipo de energia, mas o que eu achei bem estranho foi tipo assim, ela ter ligado no interfone, você ter escutado a voz de uma mulher, assim, uma coisa tão, sei lá, né, tipo, é, pelo que deu a entender, igual quando ela entrou, o quarto tava de uma forma e quando ela saiu, tipo, o quarto tava escuro. Então foi como se assim, tá doido, gente. É assim uma, acho que vocês estão entendendo o que eu tô querendo dizer. É, é uma coisa muito forte, são muitas coisas assim para apenas um fantasma fazer, sabe? Então, sei lá, era algo bem poderoso. Ai, gente, eu morro de medo desses negócios de motel, porque eu fico imaginando a energia mesmo do lugar. Deve ser uma vibração baixíssima, baixíssima, gente. Ai, Deus me livre. Mas enfim, muito obrigada por ter enviado e vamos para, eu acho que tem mais um relato ou esse é o último? [Música] Não tem mais um relato. Achei que esse era o último. Então vamos para o próximo e acredito que esse sim é o último da coletânia, que se chama O passageiro do Último Banco. Olá, Liliquinha. Meu nome é Aline. Já sigo você há um bom tempo e hoje eu quero contar uma história que marcou a minha infância, não por eu ter vivido, mas por ter escutado repetidas vezes da boca do meu pai, sempre do mesmo jeito. Sério, sem exageros e com um olhar distante, como quem lembra de algo que nunca conseguiu explicar. Meu pai, Leandra, foi motorista de ônibus por muitos anos. Trabalhou em várias linhas, mas teve uma época entre ali o ano de 2008 e 2013, em que ele fazia uma rota rural mais afastada, que passava por sítios, pequenas vilas e estradas de terra. Era uma linha puxada e por conta da distância ele só conseguia devolver o ônibus à garagem ali da empresa por volta da meia-noite. O cobrador que trabalhava com ele era um rapaz que morava numa das paradas finais. Então, depois de deixar os últimos passageiros, o meu pai sempre fazia o trajeto de volta sozinho, dirigindo ali no silêncio da madrugada, eh, noite/ra madrugada, né? Com os faróis cortando a escuridão das estradas de terra. E foi nessa solidão que ele começou a notar algo estranho. Tinha um ponto específico do trajeto onde tudo parecia mudar. Era depois de uma curva longa, onde havia um pé de jamelão antigo, enorme, quase cobrindo parte da estrada com seus galhos. Ele dizia que toda vez que passava por aquela árvore, ele tinha a impressão de que alguém subia no ônibus, mesmo que ele não parasse. Mas o mais estranho era o que vinha depois. Ele sentia energia estranha dentro do ônibus e enquanto dirigia, em algum momento era ele olhar rapidamente pelo retrovisor, que ele via uma sombra sentada no último banco do ônibus. Ele não conseguia ver o rosto e nunca assim ouvia barulho de passos ou de catraca ou algo do tipo. Era só uma presença escura e imóvel que parecia que aparecia logo após passar pelo talpé de jamelão e sempre sumia quando o ônibus se aproximava de uma empresa que é uma empresa de mármore e granito. E era nesse trecho que é invariavelmente Era nesse trecho que invariavelmente alguém puxava a cordinha de descida. O estalo da cordinha era claro e nítido. E ali pelo reflexo, eh, o meu pai não parava o ônibus, né? Mas pelo reflexo do espelho, ele via que a sombra sumia, como se o que estivesse ali descesse bem ali em frente essa empresa do mármore e do granito. Enfim, o mais curioso é que isso não acontecia todas as noites, mas com certa regularidade, pelo menos uma vez por semana, segundo ele. E nos 5 anos em que ele fez essa linha, ele via essa figura, escutava a cordinha e sentia aquela presença atrás dele. E um detalhe, ele só conseguia ver se olhasse pelo retrovisor. Quando virava, né, o pescoço para olhar com seus próprios olhos, a presença sumia. E por incrível que pareça, ele nunca teve medo. Ele me dizia: “Filha, tem coisa que não é para entender e tem alma por aí que só quer seguir o caminho dela. Enquanto não atrapalhar, a gente respeita.” Bom, o tempo passou e meu pai foi transferido para uma outra linha e nunca mais viu sombra nenhuma. Mas ele lembra até hoje do passageiro do Jamelão, que é assim que ele costuma chamar. Lembro que ele contou essa história para mim quando eu tinha idade suficiente para entender e essa história me marcou muito e apesar de ser algo sobrenatural e que eu particularmente teria medo de trabalhar em um ônibus assim, é uma história que para mim é gostosa de se ouvir. E aí o relato acaba por aqui e realmente é tipo assim assim, é assustador para quem passa, sim, mas eu entendo ela. Tem umas histórias de terror que são gostosas de ouvir. É quando não tem muita coisa macabra envolvido assim, principalmente. Essa é uma delas, né? É uma história que você fica assim, gente, que loucura. Tipo, coitado, o espírito parece que não teve paz nem depois que faleceu, porque aparentemente eu acho que ele ia pro lugar trabalhar, né, gente? Assim, não faz sentido ser outra coisa, né? Então, pensa, o pobre coitado não teve descanso nem depois da morte. Senhor, pensa, gente, você morrer e continuar pegando o ônibus e continuar trabalhando. Ah, não, não, pelo amor de Deus. Mas enfim, brincadeiras à parte, é, muito obrigada por ter enviado o relato e eu também quero agradecer a cada um de vocês que enviaram aí os relatos para esta coletânea de hoje e também agradecer a você que tenha ficado aí até o final do vídeo. E é isso, gente, ó. Um grande beijo. Tchau tchau.

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