RELATOS SOBRENATURAIS- NUNCA SUBESTIME O PODER DE SEU ZÉ PELINTRA!
0Oi, oi, gente. Sejam muito bem-vindos ao meu canal. Eu sou a Leandra e eu conto relatos sobrenaturais aqui todos os dias para vocês. Se por um acaso você caiu de paraquedas aqui, eu também conto relatos mais curtos no meu TikTok, no meu Instagram e essas redes sociais estão aqui embaixo na descrição do vídeo. Se por um acaso você tiver aí algum relato para me enviar, os relatos devem ser enviados pro e-mail, que também já fica aqui embaixo na descrição do vídeo. E como vocês sabem, eu não gosto de enrolar na introdução, então já já vamos para os relatos, né, de hoje. Mas antes, não se esqueça de se inscrever no canal, caso você ainda não seja inscrito, de curtir esse vídeo agora no início, porque ajuda muito a divulgar o vídeo aqui na plataforma e hypar o vídeo se tiver aparecendo essa opção aí para você. Bom, agora sim, recadinhos dados. Vamos ao nosso primeiro relato dessa coletânia de hoje. E o primeiro relato se chama O Homem de Branco. Oi, Leandra. Bom, a minha infância e foi uma infância de poucos brinquedos, poucas risadas e muito silêncio. Você pode me chamar de Mateus, é um nome fictício. Não me sinto confortável em falar o meu nome verdadeiro. Bom, tudo começou quando eu tinha 8 anos e a minha mãe adoeceu de um jeito que ninguém esperava e o diagnóstico veio como um raio. Ela estava em um câncer em estágio avançado e eu lembro que ela chorava quando achava que, né, eu não estava vendo, mas eu estava. O meu pai, ele trabalhava feito um condenado para poder pagar as contas de casa e do tratamento. E quando não estava trabalhando, ele estava no hospital com ela. Foi aí que tia Juju apareceu aqui. Vou chamar ela assim. Ela era irmã da minha mãe. Guardem bem essa informação. Ela era irmã, mas nunca teve o mesmo coração que a minha mãe. Sempre foi uma pessoa amarga, ranzinza e tinha um olhar que me deixava com calafrios. Dizia, eh, diziam que ela ajudava e que ela ia cuidar de mim durante a fase difícil. Mas o que ela fez, Leandra, foi bem diferente. Na primeira semana, ela já tinha me transformado num escravo dentro da própria casa. Eu com 8 anos, lavava louça, varria a casa, limpava banheiro e se alguma coisa não estivesse do jeito que ela queria e quase nunca estava, eu apanhava. E forte, tá? Sem dó. Mas o que me assombra até hoje é que ela gostava disso, Liandra. Ela inventava erros, a arrastava situações até o limite só para ter o motivo de me machucar. E não era castigo comum, não, tá? Tinha vez que ela me batia até eu perder os sentidos. Lembro que uma vez eu acordei com o rosto no chão da área de serviço, com um gosto de sangue na boca e sem nem saber onde eu estava direito. E foi justamente nesse lugar que tudo mudou. Era uma tarde abafada. Lembro que o céu estava nublado, mas o calor era insuportável. Eu tinha derrubado um copo no chão e eh enquanto eu tentava lavar a louça. E aquele barulho do vidro quebrando foi como um sino chamando a besta. Ela veio correndo, me pegou pelo braço com uma força absurda e me arrastou até a área de serviço e começou a gritar e me bater com o cabo da vassoura, depois com as mãos e depois com qualquer coisa que estivesse por perto. chorava, mas não gritava mais, pois eu já tinha aprendido que isso só deixava as coisas pior. É, só deixava as coisas pior. Mas então ele apareceu no canto da área de serviço, onde antes só havia a parede e uma máquina de lavar. Surgiu um homem assim do nada, do nada mesmo. Lembro até hoje, ele era negro de uma pele brilhante como ébano, como ébano polido, e vestia um terno branco impecável. E tinha um chapéu branco que cobria parte do rosto, mas os olhos os olhos dele queimavam como fogo. Ele não falava alto, mas a voz dele era como um trovão abafado dentro do peito. E ele disse: “Se encostar no meu menino mais uma vez, você vai ver só uma coisa.” A tia Juju empaledeceu na hora, deixou cair a vassoura e se encolheu no canto como se tivesse visto o próprio demônio. Mas aquele homem não parecia um demônio. Tinha uma presença firme, poderosa, mas também protetora. Olhou para mim e fez um gesto leve com a cabeça e depois desapareceu como se tivesse evaporado no ar. A partir daquele dia, ela passou a andar nervosa. Me olhava com um certo medo, como se eu tivesse alguma proteção invisível, mas o veneno dentro dela ainda borbulhava. Demorou dois dias, só dois, e naquela tarde ela me mandou varrer a calçada. Eu varri. Ela veio verificar e começou a gritar, dizendo que eu tinha deixado sujeira, que eu era um preguiçoso, um inútil. e então levantou a mão para me bater de novo, mas ela não conseguiu. Algumas horas depois, ela estava sentada na calçada, resmungando como sempre, quando um carro preto, que ninguém sabe de onde veio, apareceu do nada e desgovernado. Subiu a a calçada só aonde estava ela e a acertou em cheio. O corpo dela voou alguns metros e ela quebrou o pescoço na hora. Gente, eu tô passada. E o motorista desapareceu sem prestar socorro. E o carro foi encontrado abandonado algumas ruas depois, já sem a placa. E paz, Miliandra, ninguém nunca encontrou quem era o motorista que estava dirigindo. No enterro, minha mãe, que já estava começando a melhorar, chorou, mas meu pai permaneceu em silêncio, pois o meu pai sabia que ela me maltratava, mas não falava nada porque era a única pessoa que tinha para tomar conta. Enquanto a mim, eu sabia que aquele homem de branco tinha cumprido a promessa. Hoje, já adulto, eh, eu entendo melhor o que aconteceu, pois hoje frequento um terreiro. Quem me protegeu naquele dia foi seu Zé Pelintra. E eu também descobri logo que eu entrei para esse mesmo terreiro, que na época a doença da minha mãe era causada por ela. E foi por isso que após o seu falecimento, a doença regrediu, o que para os médicos foi um milagre. Sim, foi um milagre, mas é porque na verdade o mal foi cortado pela raiz, ou seja, a minha tia Juju havia falecido. Bom, Li, esse foi o relato. Espero muito que você leia. Um grande beijo e muito sucesso no canal. Nunca pare de postar, ó. Um beijo, tá? Muito obrigada por ter enviado o relato. E gente, é por isso que ele botou ênfase na palavra a irmã, gente. A própria irmã. É gente, hoje em dia tá difícil confiar nas pessoas. Fico boba com esses relatos. Mas enfim, muito obrigada. Vamos para o próximo que se chama o aviso de Zé Pilintra. Oi, Li. Meu nome é Fulana, mas você pode me chamar de Camila. Vou contar um pouco da minha história para que vocês possam entender. Minha mãe, minha irmã e minha irmã mais nova e eu moramos em uma cidade chamada Ubatuba, São Paulo. Quando eu era criança, minha mãe frequentava um terreiro de umbanda e por questões de necessidades financeiras, a minha mãe acabou se tornando caseira desse terreiro. Isso mesmo, caseira. Morávamos dentro do centro da Umbanda, onde eu e minha irmã mais nova tivemos contato com a espiritualidade desde Cito. Vimos e vivemos muitas coisas lá. E decorrente disso eu acabei adquirindo ali um certo trauma da religião, por assim dizer, depois que eu cresci. Se eu contar tudo que eu passei, vocês não acreditariam. Mas enfim, moramos lá por 4 anos e depois nos mudamos para Minas Gerais, onde a família da minha mãe vivia. Em Minas, a minha mãe se afastou dessa religião e se tornou evangélica. Eu passei toda a minha adolescência em Minas e quando eu me tornei adulto, eu voltei para nossa antiga cidade para poder viver e trabalhar lá. No decorrer do tempo, eu comecei a conhecer pessoas e fazer amizades. E eu sempre fui uma jovem muito livre. Eu nunca fui de me apegar em ninguém, assim romanticamente. E aí eu comecei a me relacionar com dois rapazes, José e Luiz, nomes fictícios e assim, um não sabia do outro. E não me julguem, pois eles faziam mesmo. Eles também ficavam com outras pessoas. E guardem essa informação, pois apesar de eh saber que essa informação é bem difícil de esquecer. Bom, e uma noite, depois de um longo dia de trabalho, uma amiga me chamou para ir em um barzinho, para bebermos algo ali e conversar. Como eu estava trabalhando demais, eu aceitei e lembro que isso era uma sexta-feira e era uma noite de lua cheia e estava muito linda. Assim que chegamos, sentamos ali em uma mesa e perto da mesa eh sentamos ali perto de uma mesa de uma mulher que estava fazendo aniversário ali no bar. Ela estava super feliz e dançava e cantava ali com seus amigos. E eu me lembro que o que mais me chamava a atenção era a guia vermelha, branca e preta, que estava atravessada em seu peito. E de repente eu senti uma vontade imensa de falar com ela e assim eu fiz. Pelo contato que eu tive com a Umbanda na infância, eu sei de algumas coisas e sabia bem de quem era aquela guia. Mas por algum motivo cheguei até ela e perguntei: “Essa guia é de Zé Pilintra, né?” Ela, mais que depressa, sorriu e respondeu: “É sim, ele é meu padrinho e protetor.” De repente, a mulher começou a se transformar na minha frente. A postura e a forma de falar mudaram completamente bem ali diante dos meus olhos. O que estava ali na minha frente, com certeza, não era mais aquela mulher. De certa forma, por eh por incrível que pareça, eu consegui ver através dela. E a partir daquele momento que o que estava falando comigo era o seu Zé Pelintra, que disse assim: “É morena e bonita e muito faceira e tem dois namorados, um que morena gosta mais e um que morena gosta menos”. Na minha cabeça, eu já sabia quem era, né? O que eu gostava mais, o José. Então, ao ouvir isso, meu coração batia tão rápido que eu podia ouvi-lo. Então, a entidade continuou: “O que a morena gosta mais vai ser preso e se a morena não tomar cuidado, ele vai arrastar você junto.” Tem que ficar esperta, porque lá na cadeia não é lugar para morena. E digo mais, morena é tão boba e boa de coração que vão tentar fazer a morena visitar o namorado, mas morena não vai. Gente, eu estava tão assustada que ficava o tempo todo tentando convencer a entidade que ele tava errado, sabe? E aí ele dizia: “Eu jamais faria isso”. E finalizou dizendo: “Você vai ver e vai lembrar de mim”. Depois disso, a minha noite acabou e eu fui embora super rápido. As semanas se passaram e esse ocorrido já não estava mais presente ali em em meus pensamentos. Até que em uma noite o José me mandou mensagem pedindo para encontrá-lo, pois precisava falar muito comigo. De início eu ia, porém me lembrei de um outro compromisso na qual eu não podia adiar, então acabei cancelando o encontro. No outro dia, a notícia chegou. José tinha sido preso e junto com ele uma garota na qual ele tentou passar as suas drogas. Na hora me veio na cabeça que a garota poderia ter sido eu e passou um filme real ali na minha cabeça. Depois a mãe dele veio atrás de mim para poder visitá-lo. Fiz toda a papelada e tudo que eu fazia para ir dava errado. E no fim o José acabou me enviando uma carta que eu não precisava ir e que lá não era um lugar para mim e pediu para que eu seguisse a minha vida e para que eu fosse feliz. Bom, apesar de não ser da religião, sou grata primeiramente a Deus por ser porque sei que ele trabalha de formas misteriosas e naquele momento ele usou o seu Zé para me alertar. Peço desculpas pelo relato longo, tenho vários outros de coisas que eu vi e vivi. Espero que leia esta e que ele faça parte de sua coletânia. Um beijão, ó. Um grande beijo. Muito obrigada. E gente, não. E e o melhor é que ela ainda tentou fazer umas papeladas para ir visitar a criatura na cadeia, né, gente? top coisas assim, gente, me perdoem se tiver alguma mulher assim que assiste e os vídeos e tem um companheiro preso e tudo mais. Eh, não tô falando assim com falta de respeito, mas eu, Liandra, eu jamais, jamais me submeteria a uma coisa dessas. Jamais. Não, gente, pelo amor de Deus, isso é o auge. Não, enfim, mas assim, não, tipo, não fico julgando, cada um sabe da sua vida. Eh, enfim, às vezes a pessoa pode estar presa por uma injustiça, né? Enfim, cada um sabe aí da sua vida. Tô falando eu, Liandra, tá? Eu jamais faria um negócio desse, porque sei lá, gente, eu acho que já até comentei em outros vídeos aqui com vocês que eu acho que tudo tem um certo limite nessa vida. É, sei lá, eu acho que amar o outro vai até um certo limite, né? Às vezes atrapassa, ultrapassa um pouco a barreira ali. A gente tem que dar uma recuada porque isso pode acabar fazendo muito mal pra gente. Então, eu acho que tem tudo tem o seu, tudo tem um limite, gente. Tudo tem. Mas enfim, de qualquer forma, muito obrigado e vamos para o próximo que se chama Visé Pilintra em um hospital na Irlanda. Eh, olá, este caso aconteceu comigo no dia 19/06/2023 em e em St. James, um hospital em Dublin, na Irlanda. Eh, vivi na Irlanda por 7 anos, até que um dia eu estava apenas andando na rua e do nada apareceram uma gangue que me atacaram ali com um taco de beisebol, eh, era um taco de ferro. E eu fui brutalmente espancado, quase morri. Infelizmente existem gangs na e na Irlanda que vivem ali nas ruas agredindo os imigrantes e também roubando motos e bicicletas. E eu nunca imaginei que eu fosse vítima de xenofobia. No hospital, após a cirurgia, eu acordei do outro lado da vida com o seu Zé Pilintra segurando minhas duas mãos e me perguntou: “Ricardo, você está bem?” E eu fiquei chocado, paralisado e sem reação. E ficava também bastante impressionado em ver Zé Pilintra ali bem na minha frente. E depois eu me deparei que atrás dele tinha vários e Zé Pelintras, todos vestidos com a mesma roupa, mas com fisionomias diferentes, e todos cuidando dos pacientes e sorrindo, trabalhando com toda alegria. E todos eles eram negros ou partos. Nenhum tinha bigode ou barba e não tinha nenhum branco. As minhas emoções estavam assim lá no alto e foi uma das coisas mais incríveis que eu já vi na minha vida e eu ficava encantado. Mas depois eu comecei a chorar e o meu pensamento era pensamento de um homem morto e senti muitos arrependimentos, sabe? por não ter aproveitado mais a vida e não ter feito as melhores escolhas, pois eu achei que eu tava morto ali naquele momento. E eu lembro que eu até pensei: “Ah, pena que não vou poder contar para as pessoas o que eu estou vendo aqui”. Mas depois ele me levou de volta para a cama. E quando eu fui olhar atentamente os detalhes ali do Zé Pilintra, né, como o terno que ele usava, eh, eu percebi que parecia ser de uma outra época e ele tinha até um lenço vermelho no bolso do Palitó. Até hoje eu fico impressionado com o que eu vivi e eu percebi que Zé Pilintra não é só do Brasil, é do mundo todo. Aí, pera aí, um mês depois de ter criado Ah, tá. Ele fez umas artes, só que elas não ele fez tipo umas artes usando i pr meio que me mostrar como, como eu vou dizer, como foi mais ou menos o que ele viu, mas como foi criado por IA, eu não vou colocar aqui. E aí ele ele até e completou. Um mês depois de ter criado essas artes, eu vejo vários epelintras e na minha frente. Como assim? Não entendi. Ele mandou um link. Deixa eu só tentar abrir aqui para ver o que que é. [Música] Não abriu porque o computador não abre esses links. Mas enfim, acho que o relato acaba por aqui. Ah, não, perdão, não foi isso. Ó, um mês depois eh de ter criado essas artes, eu vejo vários epelintras na minha frente no hospital e descobri isso 7 meses depois de ter sido atacado na rua. Fiquei bastante surpreso e vi como a vida é cheio de surpresas, mas aí eu não entendi o que ele quis dizer com isso. Eu acho que tem alguma coisa a ver com os links que ele enviou, só que o meu e-mail não abre esses links, não tá abrindo por conta do negócio de vírus, não tá abrindo, não sei porquê, mas é um relato muito interessante. Eh, de certa forma deu para entender o que ele quis dizer, então, tipo, eh, né, meio que ele tava ali entre os dois mundos e ele viu outras entidades cuidando de outras pessoas. E é porque assim, gente, eh, o Zé Pilintra eu não sei eh porque assim, eu não não vou saber dizer com certeza, mas eu sei que tem outras entidades que elas assim nem brasileiras, por exemplo, elas são igual eu conheço uma que, tipo, quando ela viveu, né, quando ela e estava aqui na Terra em vida, né, ela era de um outro país, ela era, se eu não me engano, da Itália. Então é, eu não sei se Zé Pilintra, por exemplo, é só daqui, não sei. Quem souber escreve aí nos comentários. Mas eu penso também, gente, que se ele for o protetor daquela pessoa, ele vai aonde a pessoa está. Tipo, no, se a pessoa sair do Brasil, ele não vai ficar aqui esperando ela voltar, entendeu? Então, acredito que a entidade vai com você aonde você está, até porque já teve eh tipo situações eh numa viagem que eu fiz, tipo, para fora do Brasil, que uma entidade, tipo assim, me deu um conselho sobre uma parada que eu tinha que fazer. Então, tipo, ela tava lá comigo. Então, eu acho que é é sem fronteiras, né? Mas de qualquer forma, muito obrigada pelo relato. Vamos para o próximo que se chama Será que o Zé Pilintra me protege? Vamos ver. Olá, Lilica, tudo bem? Eh, acompanho o seu canal por um tempo e sempre assisto seus vídeos enquanto faço as minhas miçangas. Me divirto muito com os relatos e parabéns pelo trabalho incrível. Muito obrigada pelo carinho. Peço por favor que não diga meu nome e os nomes que eu mencionar ali na história já estarão trocados, então pode ler de boa. Ah, e se puder pode postar meu relato no YouTube, pois não tenho redes sociais e é por lá que eu te acompanho. É, é, é pro YouTube. Vamos lá. Eh, bom, trazendo um contexto que eu acho relevante pra história, um ano mais ou menos antes desse evento, eu morei em Niterói com uma amiga de infância, que é aqui vamos chamar de Fernanda, e a irmã dela, Júlia. Fernanda e Júlia são da Umbanda e frequentam um terreiro. Então, pela nossa casa tinham muitas estatuetas e outros objetos religiosos, inclusive uma estátua do Zé Pilintra, que ficava na cozinha. Eu não sou religiosa, mas eu adoro conhecer e saber sobre religiões. Então, era muito comum a gente conversar sobre entidades e afins. Eu realmente nunca me importei, apesar de ter nascido em um lar um tanto intolerante a outras religiões que não fossem ali o cristianismo. E por algum motivo que, honestamente, eu não sei dizer o porquê, eu comecei a fazer pequenas oferendas para o seu Zé. Na época eu fumava cigarro e sempre deixava um no pé dele. Ou de manhã, quando sobrava café na garrafa, eu servia uma xícara e também deixava lá. Ou quando bebíamos ali uma cerveja, enfim, não era uma obrigação, mas eu me sentia bem fazendo isso quando eu lembrava, mas era com assim uma constância honesta. Acho relevante também mencionar que eu nunca fui a um terreiro e a única coisa que eu sei ali sobre a Umbanda é por causa delas ou por coisas que eu ouvi nos nos seus relatos ou em outros vídeos. Então, por favor, caso eu diga algo errado, não me julgue. Bom, depois disso, eu casei e fui morar com meu marido no Rio de Janeiro. E agora entra a história do meu relato. Era uma noite de sexta-feira e um amigo do meu pai estava na cidade e chamou eu e meu marido para tomar uma cerveja e trocar uma ideia. O convite não foi estranho porque afinal eu o conhecia desde pequena e ele sempre esteve na minha casa ali em churrasco. Enfim, conversamos bastantes e chegamos até a fazer negócio uma vez. Então ele não era um estranho, então eh saírmos com ele assim. Então não era estranho sairmos com ele sem o meu pai presente. E eu esqueci de mencionar, mas nessa época eu tinha 22 anos, meu marido 31 e ele eh e ele 37. Eh, não sei a idade dele, mas ele não parece velho. Mas não, pera aí. Na época, eu esqueci de mencionar, mas na época eu tinha 22 anos, meu marido 31 e e ele 37. Ah, tá, entendi. Eh, ela não sabe ao certo se era 37, mas ele não parecia ter mais que 40, então por isso que ela colocou 37. Nós três saímos e fomos em um barzinho bem familiar, que eu adoro lá na Lapa. Bebemos bastante e com isso decidimos ir a uma boate que tinha ali perto. Até então, OK. Esse amigo do meu pai, eu vou chamar ele de Lucas. Ele tem uma condição financeira ótima e ele mora nos Estados Unidos e trabalha em uma startup muito boa. E digo isso porque na boate ele começou a comprar espumante, champanhe, assim, um atrás do outro. Pode descer descer os combos. E assim, parecia que ele queria deixar a gente muito bêbado mesmo. E ele começou com uns papos super estranhos ali de Trisal abraçando o meu marido. Gente, eu eu lembrei daquele memo da Vanessa Lopes que ela começa a falar a falar e a menina vira e fala: “Que papo torto do caralho”. Acho que é isso que ela fala, não é? igualzinho, mas enfim, se aproximando de mim e isso deixou o Víor, que é assim que eu vou chamar o meu marido, super desconfortável, a ponto de dizer que queria ir embora dali. Bom, nos despedimos de Luca sem dizer muito e saímos da boate. Eu estava extremamente mal, bêbada mesmo. Enquanto eu e Vitor seguimos para casa, começou a me bater uma uma paranoia terrível de que o meu pai brigaria comigo por ter saído ali com o Lucas e deixado ele lá naquele estado para trás. Eu já estava imaginando algo muito ruim acontecendo com ele e o meu pai ali brigando comigo, sabe? por ter deixado ele sozinho na lapa bêbado. O Vittor ficou extremamente enfurecido com isso. Ele também estava muito bêbado e achava um absurdo me sentir responsável por um cara velho que sabia cuidar de si. Mas eu bati o pé e falei que eu não ia deixar ele para trás. Eh, o Vittor para não brigar comigo disse que ia para casa e que recomendava que eu fosse também e saiu. Li, hoje eu me pergunto tanto, sabe como eu fui tão idiota de me colocar em uma situação daquela, sabe? O perigo que eu me meti deixando ele partir e ficando ali sozinha, sabe? Embaixo do arco da lapa às 3 da manhã. Quando eu me dei conta que estava sozinha, eu sentei ali em uma escada que vi e fiquei chorando. Eu tava tão bêbada que hoje eu me pergunto porque não voltei para boate ou fui atrás do Vittor para casa. Eu só fiquei ali parada e chorando. E, honestamente, ainda bem que eu não voltei para boate, pois sabe lá o que teria acontecido. Acontece que enquanto eu estava ali chorando, sem saber o que fazer, apareceu um rapaz que não me assustou nem um pouco. Ele deveria ter os seus vin e tantos anos, tinha uma aparência simpática e foi super legal comigo. Primeiro ele puxou o assunto comigo e perguntou se eu estava bem. Disse que ele era do Nordeste, que uma mulher esperava por ele lá. Eu me senti confortável conversando com ele ali, apesar do contexto. Depois de muito tempo, a conversa seguia e eu não estava mais tão bêbada e não chorava mais. Para quem conhece a Lapa, deve saber que à noite e durante o dia também fica repleta de mulheres trans em situação de rua, que a maioria vive da prostituição e etc. Um grupo delas apareceu e me disseram: “Loirinha, é melhor você vir com a gente, porque uns caras ali já perguntaram de você e apontaram, né, para um grupo de homens que estavam embaixo dos arcos. Esse rapaz que estava comigo, que eu não me lembro o nome, mas eu vou chamar ele de João, me segurou pela mão e perguntou: “Posso te mostrar uma coisa?” Li, pensando agora sobre isso, parece loucura e perigoso, pois eu poderia ter sido raptada ou pior, mas eu não senti medo algum. Eu não tive medo nem por um segundo enquanto estava com aquelas pessoas. E deixei ele me guiar, atravessando a rua e me levando para o altar do Zé Pilintra, que tem na e lá na Lapa. Eu vou deixar a imagem aqui, caso queira mostrar para o pessoal. Eu peguei da internet. Eh, eu não vou colocar no vídeo, gente, mas assim, é só vocês jogarem no Google que assim aparece e com muita facilidade. Inclusive, ela pegou a imagem do Google também. Enfim, ele me levou até esse altar e lá tinha várias oferendas, sabe? Copos de eh cachaça, velas, enfim. Um homem tentava acender uma vela e ele chorava muito. Peguei o isqueiro e acendi para ele, perguntando eh o que ele estava pedindo para seu Zé. E ele disse ainda chorando, “Eu quero voltar para casa”. E repetia com uma angústia que se eu pudesse, ajudaria ele naquele momento a chegar em casa. As mulheres de antes estavam ali bebendo e conversando ao pé da estátua. Me ofereceram cachaça e me chamaram para conversar. Elas me contaram ali sobre elas, sobre a vida delas e eu me senti entre amigos ali, sabe? Eles me acolheram e esperaram ali o sol nascer para voltar para casa. que assim seria mais seguro e que até lá eu poderia ficar ali com eles. E assim eu fiz. O cachorro de uma delas que estava rondando por ali, colocou as patas sobre o meu colo e não deixava que ninguém chegasse perto. Elas me disseram que Zé, sim, esse era o nome do cachorro, nunca fazia isso, que ele nunca havia ficado no colo de ninguém e que era bastante antissocial. E eu senti como se ele estivesse me protegendo. O sol nasceu, eu me despedi ali de todo mundo, agradeci pela companhia e pelo acolhimento. Zé, o cachorro atravessou comigo o arco da lapa, onde estavam os caras, e só parou de me seguir quando eu cheguei em um negócio que fica e um negócio que fica o exército. E assim, eu até pesquisei no Google, mas eu não sei o nome daquilo. É um lugar cheio de polícia e soldados ali na Lapa. sempre tem uns homens armados ali na frente. Bom, voltei para casa com o sentimento que naquela noite alguém olhou por mim. Ninguém me perguntou porque eu estava ali. Ninguém me acusou ou repreendeu. Pelo contrário, eu estava sem nada. Eu não saio com celular aqui no Rio por medo de ser assaltada, mas sou sempre abordada por pessoas me pedindo dinheiro ou comida. Mas nenhum deles me fizeram isso. Não perguntaram se eu tinha algo, dinheiro, coisas de valor. Inclusive até me ofereceram uma cachaça terrível que eu tive que recusar. Mas enfim, esse é o meu relato. Tive a impressão de que de alguma forma seu Zé estava envolvido nisso, que naquela noite ele me protegeu de toda a merda que poderia ter acontecido. Quanto ao Lucas, eu nunca mais falei com ele. Contei o que aconteceu para os meus pais e eles também pararam de falar com ele. Hoje me cobro muito menos em agradar as pessoas e evito relevar o que vão pensar, sabe? Hoje carrega um carinho muito grande pelo seu Zé por causa dessa história, mas cai entre nós, desde a época que eu morava lá com a Fernanda e a Júlia, eu já simpatizava muito com ele. Um fato curioso, meu marido uma vez foi um terreiro e disseram que ele era filho de malandro. Acredito que seja outro nome referente ao Zé Pelintra. E ele me contou isso depois de um tempo e me perguntou se por acaso eu também não seria. E por isso eu sinto essa conexão com ele. É isso, Lili. Espero que leia o meu relato e um beijão, ó. Um beijo, muito obrigada por ter enviado, né? E gente, eu fico imaginando eles assim: “Meu Deus, o que que essa menina tá arrumando?” [Música] Gente, as entidades devem sofrer assim para para cuidar das nossas irresponsabilidades, né, gente? Porque mulher, que que te deu na cabeça? Enfim, vou nem falar nada, Senhor Jesus. Gente, muito perigoso. Como assim você? E olha que eu nem sou do Rio e eu tenho medo da lapa. Medo assim, gente, é porque eu sou uma pessoa meio da roça, né? Então assim, e eu tenho eu vejo assim o pessoal falando que lá é perigoso, então eu já acho que é perigoso também e tenho medo essas coisas e tal, sabe? Mas eu mesma nunca fui. Mas gente, que loucura, gente, que perigo, que perigo você voltou. E assim, eu fico boba também que o seu marido te deixou para trás, né? Eh, sei lá. Eu acho que se fosse uma pessoa que estivesse ali comigo querendo fazer uma loucura dessa, eu teria arrastado essa pessoa pelos cabelos. Eh, enfim, mas vai assim da situação, né? É, uma vez eu já deixei a minha prima para trás, não só eu, mas o grupo todo deixou ela para trás, mas isso é porque estávamos no interior e ela não queria ir embora da festa de jeito nenhum e eu estava com dor no rins e eu precisava ir pra casa tomar meu remédio e ela não queria ir embora. Eu falei assim, ela quer saber, se ela quiser ficar, ela fica. Eu vou para casa tomar remédio. Mas assim, gente, interior do Espírito Santo, né, na Lapa, eu acho que eu não teria deixado uma pessoa que eu ama, que eu ame não. Mas enfim, ele tava bêbado também. Aí é complicado, né, gente? Mas graças a Deus e graças a seu Zé que no final terminou tudo bem. E é isso, gente. Esses foram os relatos de hoje. Eu até achei que tinha mais, mas não tem. Esse é o último. E quero agradecer a todo mundo que enviou os relatos dessa coletânia e agradecer também a você que tenha ficado até o final do vídeo. E é isso, gente, ó. Um grande beijo para todo mundo. Tchau tchau. [Música]









