RELATOS SOBRENATURAIS REAIS ENVOLVENDO O VOO TAM 3054
0oi oi gente sejam muito bem-vindos ao meu canal eu sou a Leandra e eu conto relatos sobrenaturais aqui todos os dias para vocês se por um acaso você caiu de para-quedas aqui no meu canal é não me conhece de nenhuma outra rede social eu também conto relatos mais curtos lá no meu TikTok e no meu Instagram e essas redes sociais ficam aqui embaixo na descrição do vídeo se por um acaso você tiver aí algum relato para me enviar os relatos devem ser enviados lá pro meu e-mail e o e-mail também já fica aqui embaixo na descrição do vídeo lembrando que todos os conteúdos postados aqui estão disponíveis lá no Spotify em formato de áudio né para você ouvir onde e quando quiser e o link também já fica aqui embaixo na descrição do vídeo sei que lá tá um pouco desatualizado mas em breve vai est sincronizado aqui com o YouTube então para você que prefere escutar lá pelo Spotify já tem bastante relato sobrenatural por lá também e bom como muito de vocês sabem eu não gosto de enrolar na introdução então já vamos pros relatos de hoje mas antes não se esqueça de se inscrever no canal caso você ainda não seja inscrito de curtir esse vídeo agora no início porque ajuda muito a divulgar o vídeo aqui na plataforma e se tiver disponível a opção de hypar esse vídeo hypa aí para mim porque como vocês sabem né ajuda muito e quem tá aqui há mais tempo né no canal é sabe que sempre antes ali de aqui de Eita que gagueira sempre antes de fazer algum vídeo né postar algum vídeo com temas mais sensíveis como esse por exemplo eu gosto sempre de dar um aviso ou outro para que ninguém entenda o vídeo errado então como vocês devem ter visto aí pelo título e pela thumbnail né eh a coletânia de hoje é referente à tragédia que aconteceu com o voo né no aeroporto de Congonhas então assim quero deixar bem claro que em nenhum momento esses relatos são uma forma de desrespeitar a a tragédia que aconteceu tá gente são relatos assim que foram enviadas se eu não me engano acho que são todos os relatos aqui são enviados por pessoas né que passaram situações com a tragédia então não são relatos de tipo assim: “Ah eu vi algo acontecendo com uma pessoa próxima e tô enviando sabe não é assim” então a partir do momento que a pessoa ela envia o relato ela sabe que vai ser postado então por isso eu não vejo nenhum problema já que a pessoa que passou pela situação também não viu problema vocês entendem mas de qualquer forma tá quero deixar bem claro que assim em nenhum momento eu quero desrespeitar as tragé a tragédia as vítimas eh porque eu sei né gente que querendo ou não é uma coisa recente foi em 2007 né se eu não me engano e apesar de que já fazem eu acho que já faz quase 20 anos né que aconteceu é um negócio assim não acho que não faz 20 anos ainda não mas tem bastante tempo mas mesmo assim é uma tragédia recente e eu sei que morreram muitas pessoas que eram assim entes queridos eram os amores da vida de alguém então eu sei que é uma situação um pouco delicada tá bom então só para deixar bem claro que repetindo eu não quero desrespeitar ninguém com esse vídeo e eu só tô fazendo mesmo assim como os dois que eu fiz sobre a boat kiss que para quem quiser né quem tiver caído de para-quedas aqui no canal eu já fiz então tá aqui no canal é só procurar que você acha e então assim da mesma forma da Boat Kiss esse aqui também foi relatos enviados ali por pessoas que passaram pela situação então meio que assim eu não vejo problema por conta disso sabe eu não peguei os relatos em lugar nenhum ou em grupo ou em qualquer coisa do tipo não como foi enviado pela pessoa por isso eu não eu não vejo problema e espero que vocês também não vejam problema nisso e gostem dessa coletânia agora sim sem mais enrolações né vamos aos relatos de hoje e o primeiro se chama O estalo invisível oi Li eu acompanho o canal há um bom tempo e vendo as duas coletâneas sobre a boate quis eu lembrei de uma situação que a minha avó passou eu pedi autorização a ela e pedi também que ela fosse falando e eu digitando então desculpa se tiver algum erro porque vamos fazer isso pelo celular mesmo ah e todos os nomes estão trocados tá pode ler sem preocupações então agora gente é como se fosse a avó dela sabe é narrando a história tá só para vocês entenderem naquela terça-feira de julho o céu estava carregado e estava um dia chuvoso mas dentro da casa dos Figueiredo havia um clima de celebração eu não lembro exatamente o que era acho que era um contrato assinado ou a entrada das crianças numa escola importante eu só lembro da dona Isabela sorrindo muito bem animada e pedindo que eu ficasse um pouco além do horário para ajudá-la a montar a mesa com capricho e lembro dela sorrindo pela casa dizendo: “Vamos abrir um vinho hoje Lourdes col e coloca só as taças boas” o seu Fernando que é era marido dela estava viajando a trabalho e segundo me contaram voltaria naquela mesma noite de Porto Alegre e eu mesma vi ela falando com ele mais cedo por telefone assim toda feliz a mesa estava linda taças de cristal talheres polidos velas acesas e as crianças corriam pelo corredor sorrindo mas eu eu já estava com uma sensação esquisita eu não sei explicar o ar parecia tá meio pesado era como se alguma coisa grande estivesse para acontecer e então aconteceu foi exatamente eh por volta das 19 horas como se o tempo tivesse marcado o momento certo lembre-se disso todas as taças Liandra todas que estavam na mesa estouraram ao mesmo tempo foi um som seco agudo e em seguida estilhaços de vidro voando para todo lado e as velas apagaram na mesma hora como se um vento invisível tivesse passado por ali as crianças gritaram e a dona Isabela caiu sentada na cadeira pálida eu mesma fiquei paralisada por uns bons segundos tentando entender o que os meus olhos tinham visto não havia explicação nenhuma pro tinha acontecido e aí ela disse: “Você viu isso né Lourdes?” perguntou ela com uma voz bem trêmula “vi dona juro por Deus que eu vi” e aí tentamos limpar ali os cacos né acalmar os meninos disfarçar aquilo como se fosse só uma coincidência como se o vidro fosse antigo ou mal colocado mas nem e mas no fundo né nenhuma de nós acreditava nisso cerca de meia hora depois o telefone tocou e Isabela atendeu e ali mesmo na minha frente o mundo dela desabou o avião né o voo da Tan o voo eh 3054 que era o voo que o seu Fernando estava nele eh ele não voltaria o horário do acidente foi 6:40 e eu fiquei chocada com esse detalhe do horário nunca mais me esqueço o som daquelas taças quebrando era como se algo tivesse rasgado o tecido da realidade dentro daquela sala foi sei lá um aviso ou então um tipo de adeus ou talvez um grito vindo de algum lugar que a gente não entende dona Isabela nunca mais quis usar taças de cristal e eu continuei com ela por mais dois anos mas aquele dia ficou preso dentro de mim como uma cicatriz que o tempo não apaga se foi real ou sobrenatural eu não sei dizer eu só sei que foi antes da notícia chegar e foi muito triste a a família que antes era muito alegre feliz ficou apagada sabe eles nunca mais foram os mesmos após a morte do seu Fernando e de certa forma ali eu também nunca mais fui a mesma pois presenciar tudo aquilo e tudo que a família passou que não vem ao caso eh colocar aqui porque aí já ia contar demais o que não é necessário eu vi todo o sofrimento que ela passou então foi bem triste sabe eu fiquei bem triste por eles era uma família que não merecia isso eles eram muito bons eh com todos inclusive com eh comigo eu amei os anos que trabalhei com eles e aí o relato acaba por aqui ai gente que triste né eh então no caso porque se eu não me engano o acidente foi seis e alguma coisa então nesse momento que foi ali às 19 horas o acidente já tinha acontecido então ele provavelmente já estava eh morto né coitado então pode ter sido né uma forma sabe uma coisa que eu fiquei imaginando às vezes eh ele foi lá para se despedir talvez na hora que ele viu a mesa posta esperando por ele ele sabendo que sabe ele nunca ia aproveitar daquela mesa posta às vezes ele pode ter ficado com algum tipo de raiva ou algo do tipo estourou os cristais né as taças porque eu fico imaginando a dor é que a pessoa falecida sente nesse momento que tá sabe se desprendendo daqui da terra e uma coisa assim que me deixou muito triste nesse relato foi o fato de que eles estavam sabe preparando uma comemoração e ele ia chegar e tals ai gente eu não consigo nem imaginar a dor que essa mulher essas crianças sentiram [ __ ] que pariu eu sei que ele também deve ter sentido dor né gente assim ele foi ele que faleceu mas eu acredito que a dor de quem fica é pior sabe ter que lidar com todo o luto então nossa deu até vontade de chorar mas enfim muito obrigada tá por ter enviado o relato você a sua avó e muito obrigado mesmo eu imagino que não deve ter sido fácil paraa sua avó relembrar isso escrevendo o relato e assim muito obrigada mesmo agora a gente vai pro próximo relato que se chama A sombra que me salvou oi Leandra essa história aconteceu comigo mesmo me chamo Daniel então por conta disso não há problema algum em citar o meu nome eu moro na zona sul de São Paulo e na época do ocorrido eu estava com 22 anos você já deve ter escutado falar né sobre a tragédia no aeroporto de Congonhas acho que todo brasileiro já ouviu falar e se eu te contar que eu quase fui uma das vítimas dessa tragédia sim eu sei que parece loucura mas não é e como eu sei que você não gosta de enrolação vamos ao que interessa que é o relato era o fim da tarde do dia 17 de julho de 2007 uma terça-feira chuvosa o ar estava úmido e denso e eu saía do serviço eh não quero especificar com que eu trabalhava para não me expor muito mas era uma empresa pequena que ficava ali na vila na vila de Congonhas e como fazia quase todo dia eu pegava o caminho pela Avenida Washington Luiz passando bem em frente ao prédio da Tum Express que fica colado ao aeroporto de Congonhas eu conheço aquela região ali como a palma da minha mão congonhas é um dos aeroportos mais movimentados do Brasil mas o que pouca gente de fora sabe é que ele fica encravado no meio da cidade cercado por avenidas movimentadas prédios residenciais e escolas e a pista ali é curta curta e perigosa quando chove como naquele dia bom enquanto eu andava já passava ali das 18 horas eu não lembro a hora exata mas eu sei que era depois das 18 porque era às 18 que eu largava do serviço eu tive uma sensação estranha como se alguém tivesse me observando sabe e aí veio um arrepio e de repente uma força não sei explicar como mas aquilo me puxou para trás com muita violência foi como se alguém tivesse cravado as mãos no meu peito e me empurrado a força foi tanta que eu tropecei e caí me arranhei todo e bati com força no chão e foi nesse exato instante foi coisa assim de segundos que eu ouvi um som um rugido forte e baixo seguindo de um estrondo seco olhei pro alto e vi um avião vindo rápido demais e baixo demais como se deslizasse sobre a pista e então aconteceu o Airbus A320 da Tan né o voo 3054 que vinha de Porto Alegre não conseguiu frear na pista molhada e ultrapassou o final da pista de Congonhas atravessou a avenida Lee Washington Luiz e explodiu ao colidir com o prédio da Tan Express exatamente onde eu estaria se eu não tivesse tropeçado o calor foi imediato e o fogo se espalhou muito rápido e a e a fumaça escureceu o céu estilhaços e destroços atingiram a rua e era assim pessoas gritando carros pararam assim o carro se instalou e o local virou um inferno em segundos e eu ali todo machucado que antes estava puto no chão porque eu tava olhando pros lados caçando quem tinha me empurrado mas não tinha ninguém ali para eu culpar e eu só conseguia pensar e no passo que eu não dei porque se eu não tivesse caído no chão eu estaria exatamente no local aonde os destroços passaram e provavelmente eu estaria morto e seria mais uma das vítimas até hoje eu não sei explicar eh quem me empurrou mas levo isso como um grande livramento e até hoje quando conto para algumas pessoas elas ficam de boca aberta e umas até acham que eu estou mentindo mas por conta das da riqueza dos detalhes porque quando eu conto pessoalmente eu sei descrever assim exatamente a cena que eu vi então por conta disso a maioria das pessoas acreditam eli gostaria de saber o que você acha que pode ter acontecido nesse dia bom eu acho que foi um grande livramento e aí o relato acaba por aqui e eu também acho que foi um livramento e para quem tá assistindo assim talvez tá e veio por esse vídeo é a primeira vez que está me assistindo eu sempre gosto de comentar que em casos assim gente eh eu acho que é porque não era a hora da pessoa porque senão eu acho que fica uma coisa meio injusta sabe por que que por exemplo esse seguidor teve um livramento e as outras cento e tantas pessoas não tiveram então a gente aqui no canal gosta de pensar que foi um livramento não era a hora da pessoa não era a hora dela fazer a passagem e talvez era a hora dessas outras pessoas né e infelizmente foi aí tipo um desencarne é é desencarne coletivo que fala né que geralmente marca muito porque é um número muito grande de pessoas e é sempre assim em volta ali de uma tragédia muito grande então assim provavelmente não era a sua hora como assim como não foi a hora de tantas outras pessoas inclusive no decorrer dos relatos vocês vão entender isso né tem eu acho que tem mais de um ou dois aqui relatos que é com essa né com essa coisa do livramento então isso acontece em todos os casos não só nesse aqui né da Boat Kiss também eh do edifício Joelma que eu também trouxe aqui já para vocês então assim sempre tem pessoas que por pouco não viraram vítimas então assim foi é porque não era a hora da pessoa foi um grande livramento mas de qualquer forma muito obrigado tá por ter enviado o relato e agora a gente vai pro próximo que se chama O sonho que salvou a Karina eh oi Leandra me chamo Júlia tenho 17 anos essa história não aconteceu comigo mas aconteceu com uma tia minha e acho essa história muito interessante e por isso decidi mandar ela para você eh pode ler sem nenhuma preocupação pois o nome da minha tia foi trocado e se eu precisar eh e se eu precisar usar algum outro nome no decorrer do relato pode ler tranquila porque também já vai estar trocado e bom até hoje sempre que vejo um avião cruzar o céu me lembro daquela semana e do livramento que a minha tia teve era julho de 2007 e a Karina tinha vindo de São Paulo para Porto Alegre para nos visitar ela era gerente de marketing de uma empresa grande na época e vivia na correria e só conseguia passar uns dias com a gente durante as férias ela era animada cheia de planos e a passagem de volta já estava comprada seria o voo da T54 direto para Congonhas na terça dia 17 de julho mas na noite anterior à viagem um sonho mudou tudo karina acordou assustada no meio da madrugada disse que tinha sonhado com um avião em queda muitos gritos e pessoas desesperadas labaredas consumindo tudo ao redor e ela chega sentia o calor no rosto e uma vibração estranha no peito era tão real que ela acordou chorando com as mãos tremendo e não conseguiu dormir mais naquela madrugada e no café da manhã estávamos todos ali na casa da avó e a gente sempre fazia isso quando a Karina vinha eu e mamãe fazíamos questão de ficar com elas e aí foi nesse momento que ela contou sobre o sonho para mim e para minha mãe o sonho que eu já relatei tentamos acalmá-la né dizendo que era só um pesadelo mas ela estava muito pálida e com um olhar meio perdido que nunca tínhamos visto ela assim antes e aí ela falava: “Não é só um sonho parecia um aviso quer saber eu não vou nesse avião.” E aí eu até lembro da minha mãe falando: “Ai menina para de bobeira você tá com medo porque devia estar com medo antes né e aí sonhou com isso porém uma coisa que ela mesmo disse que fazia muito sentido é que pegar voos era algo corriqueiro para ela então não fazia muito sentido e ela nem tinha medo de avião então assim realmente foi uma situação bem bem estranha mas de qualquer forma ela não entrou no voo ela mesmo assim tendo que pagar uma taxa ela preferiu remarcar remarcar e como ela ainda tinha alguns dias de férias ela sabia que não teria problemas com a empresa mas enfim de qualquer forma ela preferiu reagendar o voo para dois dias depois disse que não conseguia que algo dentro dela gritava para ela não ir bom na tarde do dia 17 no comecinho ali da noite estávamos todos em casa quando a TV interrompeu a programação com uma notícia urgente o avião da Tan que saiu da pista em Congonhas e explodiu ao colidir com ao colidir né com o prédio da T Express leandra a Karina ficou branca e toda a família ficou em choque porque aquele era o voo dela o voo que ela deveria estar eu só sei que passamos o resto da noite acompanhando as notícias e quanto mais notícias vinha né descobrimos que a tragédia fez ali 199 mortes nenhum sobrevivente e ela ali do nosso lado viva e em silêncio como se estivesse fora do próprio corpo eu lembro que naquela noite o telefone da minha avó não parava de tocar pois todos da família né os outros familiares sabiam que ela estaria naquele avião pois durante o final de semana foi comentado na reunião de família então todo mundo achou né que ela havia falecido também por isso ligavam para ter notícias e graças a Deus as notícias eram boas bom depois daquilo Karina nunca mais foi a mesma parou de pegar avião com tanta frequência pediu demissão do emprego e meses depois voltou a morar em Porto Alegre perto da família disse que a vida não podia mais ser levada no automático que tinha escapado da morte por pouco e que o destino né ou algo além dele tinha lhe dado uma segunda chance e aí o relato acaba por aqui olha um grande beijo tá muito obrigada por ter enviado o relato e gente esse aqui também foi mais um daqueles de livramento que provavelmente não era a hora dela então eu achei muito curioso dela não ter ido sabia porque geralmente é raro a pessoa tipo desmarcar uma coisa tão importante quanto um voo por conta de um sonho eu acho que provavelmente ela nunca deve ter tido um sonho desse tipo então quando ela teve ela pensou: “Opa não não vou ir” e que bom que ela não foi mas eu também vejo isso como não era a hora dela porque se fosse a hora mesmo provavelmente mesmo ela tendo sonhado mesmo com avisos ela teria pegado o voo então como não era a hora dela ela seguiu o conselho ali do sonho viu aquilo como tipo uma premonição né e não foi e é isso ó muito obrigada tá por ter enviado o relato da sua tia e agora a gente vai pro próximo que se chama O homem da Estação eh me chamo Felipe esse é meu nome verdadeiro e não tem problema algum em citar o meu nome na época do ocorrido eu tinha deixa eu só ver um negócio aqui gente pera aí é na época do ocorrido eu tinha 23 anos de idade e assim Leandra eu não sou de acreditar em coisa sobrenatural na verdade nunca fui mas o que aconteceu comigo no dia 17 de julho de 2007 que né foi o dia ali da tragédia do voo da T em Congonhas mudou ali a forma como eu vejo o mundo na época eu morava em Porto Alegre e eu tinha uma reunião marcada em São Paulo no dia 18 às 8 da manhã a minha empresa inclusive é a mesma empresa que trabalho até hoje havia reservado uma passagem no voo da TAN 354 saindo no final da tarde do dia 17 era assim o mais prático direto ali pro aeroporto de Congonhas onde um carro da empresa me esperaria eu passei o dia tranquilo almocei ali com um colega fui para casa revisei a minha apresentação e peguei um táxi rumo ao aeroporto Salgado Filho não havia eh não havia atrasos fiz ali o chequin deixei a mala e me sentei próximo ao portão de embarque faltavam ali uns 40 minutos pro voo quando algo diferente aconteceu eu vi um homem um senhor bem vestido com cabelos grisalhos sentado numa das cadeiras da aérea de espera da área de espera o estranho é que embora o aeroporto estivesse muito agitado ninguém mais parecia notar a presença dele mas eu notei e ele olhava direto para mim e o mais estranho é que parecia que eu conhecia ele de algum lugar quando nossos olhos se cruzaram ele sorriu se levantou caminhou até mim e com uma voz calma disse: “Esse não é seu voo Felipe” na hora eu achei que ele fosse sei lá algum funcionário me confundindo talvez com alguém que né ele conhecia e tals e então eu respondi meio sem graça desculpa eu acho que você tá sei lá você tá me confundindo né eu acho que eu sou o Felipe errado e aí ele continuou insistindo você não deve entrar nesse avião anda vai embora e eu estava muito confuso ah e um detalhe que eu acho importante citar é que ele usava um perfume que na hora eu pensei conheço esse cheiro de algum lugar mas eu não sabia da onde bom após falar isso ele se virou assim continuou a caminhar e como tava bem movimentado meio que ele foi se perdendo no meio das pessoas e eu não vi mais ele o que foi muito estranho e assim o jeito como ele falou não foi uma ordem mas foi uma coisa meio profunda foi como se uma parte de mim já soubesse que ele estava certo lembra que ali meu estômago começou a revirar senti uns calafrios e eu pensei cara tem alguma coisa de errado aí mas eu fiquei alguns segundos ali parado meio que sem reação até que 10 minutos depois eu me levantei fui até o balcão e pedi para cancelar a minha passagem liguei ali paraa empresa inventei uma desculpa e disse que estava passando mal eu tive que pagar uma multa por conta da passagem mas nem discuti só sei que peguei a minha mochila e fui embora e depois iam dar um jeito de me entregar a mala já que ela eu havia despachado ela e assim eu fui embora com uma sensação meio esquisita no peito como se tivesse saído de algo que ainda não havia acontecido no táxi volta estava um engarrafamento muito grande e engraçado que até hoje eu não sei porque que tava aquele engarrafamento e eu já estava há quase que 2as horas tentando chegar em casa e nada daquele trânsito andar leandra quando de repente o rádio interrompeu a música para passar sobre a tragédia e aí começou a falar né o avião da Tan ultrapassa a pista em Congonhas e colide com o prédio da Tan Express há relatos de explosão e fumaça intensa e adivinha só Leandra o número do voo que que colidiu né no lá no aeroporto t54 o meu voo eu só sei que na hora eu fiquei paralisado e comecei a vomitar dentro do táxi o taxista ficou meio puto mas eu expliquei a história para ele e ele ficou tão pálido quanto eu depois quando cheguei em casa eu assisti a tragédia pelas imagens da TV com o rosto banhado de suor frio e os olhos fixos as chamas as fumaças os 199 mortos e eu estive a minutos de ser mais um nome na lista tempos depois contando pra minha família minha avó disse que pela característica parecia muito o meu bisavô pai dela que eu não cheguei a conhecer e foi aí quando ela citou isso que me veio em mente o cheiro e de onde eu conhecia era um perfume antigo que a minha bisavó usava e eu e ela eu cheguei a conhecer quando criança e a casa dela tinha aquele mesmo cheiro que o senhor estava era um cheiro suave de lavanda com alguma coisa doce e bom por fim acreditamos que o meu biso tenha vindo me avisar né eh me avisar sobre alguma coisa e evitar a minha morte e você Li o que acha que pode ter sido uma coincidência ou realmente um aviso ó um beijo muito obrigado tá por ter enviado o relato e assim vou falar igual eu falei nos outros é porque eu acho que é porque não era a sua hora mesmo mas aqui no seu caso o aviso ele veio na forma de uma pessoa que você não chegou a conhecer mas era uma pessoa querida paraa sua família e pode ser que talvez sabe o cheiro que você sentiu talvez ele usou daquele cheiro para te convencer ainda mais que aí você ficou eu tenho certeza você não botou isso no relato mas eu tenho certeza que você deve ter ficado com a pulga atrás da orelha com esse cheiro porque tipo assim cara eu conheço esse cheiro de algum lugar e é um cheiro familiar é um cheiro que me lembra coisas boas então pode ser um aviso bom sabe uma coisa querendo me ajudar a eu não me envolver em algo pior e então isso pode ter ajudado muito a você parar e pensar assim: “Não quer saber vou levantar e vou embora para minha casa” porque no seu caso eu acho eh é um caso que foi ainda mais complicado de você simplesmente não ir porque você tinha algo de trabalho para fazer lá tipo não era uma viagem assim que poderia ser esperada assim você poderia né remarcar aí outro dia igual do relato anterior era uma coisa de trabalho então assim é muito mais complicado mais delicado geralmente a gente tem que ir né e se não for às vezes pode acabar assim dando muito mal eh eh né pro trabalho então assim eu achei muito interessante que você não quer saber não vou e você não foi mesmo e eu acho que talvez o cheiro pode ter sido ali pr né ajudar você a fazer a sua escolha né a escolha que você fez mas de qualquer forma muito obrigado tá por ter enviado o relato e agora eu vou pro próximo gente que se chama A encomenda que eu nunca peguei eh oi Leandra eu vou usar nome e nomes fictícios então você pode me chamar de Brenda tenho 48 anos e eu e as minhas filhas amamos te assistir e depois de muita insistência por parte delas cá estou eu para contar sobre um livramento que eu tive então vamos lá bom se tem uma coisa que eu aprendi é que a morte às vezes está um passo de distância e só o acaso ou talvez algo maior impede que a gente o dê era 17 de julho de 2007 uma terça-feira como qualquer outra eu trabalhava num escritório na zona sul de São Paulo e aquela semana estava calma nada fora do normal até que no início da tarde um amigo do trabalho me abordou ali no corredor e disse o seguinte: “Brenda você consegue fazer ali um favor para mim tem uma encomenda para retirar ali no prédio da Tan Express ali em Congonhas é coisa rápida mas eu não vou conseguir sair hoje e assim Leandra não era a minha função e eu nunca ia até lá mas como o escritório estava tranquilo e o lugar era relativamente perto ali eu aceitei saí por volta ali das 5:15 peguei meu carro e segui pela Avenida dos Bandeirantes planejando cortar pela Avenida Weston Luiz direto até ali o prédio da Tan que ficava ao lado do aeroporto de Congonhas lembro de ter olhado no céu assim que tava bem estranho lembro que nesse dia tava um clima chuvoso assim até meio frio mas ao mesmo tempo um clima pesado sabe quando você sente que alguma coisa ruim vai acontecer só que não sei você mas nesse momento eu só consigo pensar nos meus familiares que vai acontecer algo de ruim com eles e já fico assim toda estranha e ansiosa esperando a a notícia pior chegar mas enfim eh o trânsito é sempre muito caótico então quando faltava ali mais ou menos uns 3 km o meu carro morreu do nada ele simplesmente apagou nenhuma luz nenhum som eu tentei dar a partida de novo mas nada lembro até que um carro atrás começou a buzinar e eu acabei ficando nervosa tive que sair empurrei o carro assim até o acostamento foi uma cena lastimável e bom para não ficar confuso vou explicar eu saí do trabalho por volta das 6:15 passei em outros lugares antes e também abasteci o carro e aí vai ali a questão do trânsito e eu só sei que na hora que eu empurrei o carro e parei ele ali no acostamento que eu fui olhar o relógio era por volta de umas 6:35 mais ou menos por aí e aí beleza parei ali né olhei no relógio vi a hora então decidi ligar para o seguro e fiquei esperando dentro do carro eu estava irritada e quase mandei uma mensagem pro meu amigo dizendo que eu não ia conseguir pegar a a tal encomenda mas aí eu decidi respirar fundo né já tinha ligado ali pro pro seguro até que passado ali alguns minutos né eu já estava tentando me acalmar sabe tentando levar aquilo só com uma situação que já seria resolvida porque assim não fazia sentido nenhum o carro ter desligado daquela forma mas enfim a minha raiva foi cessada quando eu ouvi um estrondo brutal como se o céu tivesse rachado na hora eu me virei em direção ao aeroporto e vi uma bola de fogo subindo do prédio da T e uma nuvem negra começou a engolir o horizonte e aí a seguir eram sirenes gritos carros freando assim o caos tomou conta da avenida eu fiquei sem ar eu estaria naquele prédio na recepção esperando a encomenda de um amigo um favor Leandra que eu nunca fazia e eu soube depois que 199 pessoas morreram naquele acidente entre ali passageiros tripulantes e funcionários que estavam no prédio e nenhum sobrevivente eu trabalhei por mais muito tempo nesse local e eu e o meu colega de trabalho sempre conversamos sobre porque se não fosse eu ele ia ter ele ia tentar ir porque era uma encomenda importante e a gente sempre comentava que será que se fosse ele ele também teria tido algum livramento será que ele teria falecido sabe são várias perguntas e há um detalhe o meu carro não tinha nada ele foi guinchado eu levei na oficina olharam tudo e não encontraram nada e depois de uns dois dias ele ligou normalmente na oficina e nenhum mecânico entendeu e quem dirá eu bom Leandra essa foi a história não é nada muito grandioso mas as minhas filhas gostam porque segundo elas foi um grande livramento eu também vejo como um grande livramento mas assim eu não cheguei a pôr os meus pés no prédio nem nada do tipo mais que foi estranho o carro ter desligado pouco antes de eu chegar no lugar foi porque se parar para analisar e a distância em que o carro estragou né pro lugar que a tragédia aconteceu provavelmente o tempo daria certinho e eu ainda estaria lá ou pelo menos saindo de lá na hora que a tragédia ocorreu e aí o relato acaba por aqui ó um beijo tá muito obrigada por ter por ter enviado o relato e muito obrigada também à suas filhas que fizeram você enviar o relato e gente que doideira esse aqui hein não esse aqui também eu achei bem assim porque gente pensa ela nunca fazia essa rota tipo ela nunca ia lá ela nunca ia pegar encomenda e nesse dia ela foi e se o carro não estraga ela provavelmente teria falecido gente que doideira e é muito louco né gente porque o aeroporto né de Congonhas ele é realmente assim no meio de de um de um centro ele não é afastado e é muito doido isso porque eu vou ser bem sincera com vocês eu não eu não sabia muito sobre o acidente e esse desse acidente dessa tragédia sempre escutei por alto eu lembro na época que aconteceu e que passou na televisão mas eu nunca eh assisti tipo as pessoas falando sobre eu nunca assim me interessei em procurar então foi lendo esses relatos que eu descobri que ele chegou a atravessar ele saiu do aeroporto né e chegou a atravessar a o lugar ali né a como que fala esqueci o nome agora a avenida ele chegou a atravessar e passar ali e eu fico eu fico pensando no quão perigoso é isso entendeu e e uma coisa que eu fiquei pensando é que gente era para ter tido mais mortes porque lá é uma avenida muito movimentada e eu até quero depois que eu gravar esse vídeo aqui eu até quero ver um vídeo de como que foi a tragédia porque pela forma como eu vi nos relatos parece que ele realmente atravessou uma avenida e como que não eu sei gente que 199 pessoas são muitas pessoas muitas mas é porque tem a quantidade que estava dentro do avião se eu não me engano dentro do avião tinham tinham acho que 100 ou era 100 ou era 99 e morreu também as pessoas que estavam no prédio aonde aconteceu eh o choque do avião só que parem para pensar tipo São Paulo em um horário de pico ele atravessou uma avenida então sabe facilmente teria eh ocorrido mais mortes então eu fiquei muito curiosa quanto a isso quero muito ver como que foi essa essa parte em que ele passou pela avenida porque eu já fui em Congonhas e lá na eu não sei como era em 2007 mas eu fui esse ano e gente é tipo assim um trânsito infernal e eu fico imaginando como que esse avião passou essa avenida e não teve mais mortes a tragédia não foi maior sabe eu sei que ela foi grande eu sei que 200 pessoas né foi 199 tipo quase 200 é muita gente mas vocês entendem o que eu tô querendo dizer sabe é é um lugar muito movimentado tipo muito muito mesmo então eu quero muito ver o vídeo eu acho que tem uma série da Netflix também sobre que eu fiquei muito interessada e eu quero assistir agora por conta desses relatos que eu li e cara achei muito surreal muito mesmo e de fato né o na época pelo que eu até dei uns Google né umas pesquisadinha e aí na época eu vi que eles quase fecharam o aeroporto porque de fato gente ele é assim ele é bem no centro assim então é muito muito perigoso é tem muita coisa perto né é tem eu lembro que quando eu fui parece que é tipo um viadulto aí tem comércio se eu não me engano acho que o de Guarulhos ele é afastado né tipo não tem nada perto agora esse ele já é bem mais no centro né mas enfim gente esses foram os relatos de hoje eu espero muito que vocês tenham gostado eu quero agradecer a cada um de vocês que tenha escrito esses relatos e também quero agradecer a cada um de vocês que tenha ficado até o final desta coletânea um grande beijo tchau tchau