RENAN SANTOS | DIRETO AO PONTO – 08/09/2025

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Direto ao Ponto. Muito boa noite, bem-vindos ao Direto ao Ponto. É muito bom ter a companhia de vocês em mais esta segunda-feira. Você pode nos acompanhar pela TV, pela Rádio Jovem Pan e pelo aplicativo Panflix. Nós também estamos nas redes sociais. Siga a gente lá. Hoje o nosso programa recebe o fundador do MBL e presidente do partido Missão, Renan Santos. Presidente, seja muito bem-vindo. Prazer recebê-lo. Obrigado por atender ao nosso convite. Obrigado. É uma honra estar aqui. Agradeço novamente estar presente. Espero contribuir bastante com a oportunidade que tá sendo dada para trazer as ideias de um partido que tá saindo, né? Saindo do forno e eu espero trazer aqui respostas para alguns mistérios. Opa, a gente espera. Será um ótimo debate. Me deixe apresentar nossa bancada também. Recebo Beatriz Manfredini, apresentadora e repórter aqui da Jovem Pan, Fábio Zanini, editor do Painel, A coluna de Política da Folha de São Paulo, o cientista político Elias Tavares tá aqui conosco também e o nosso comentarista do três em um, Bruno Musa. Bia, senhores, bem-vindos. Muito obrigado por topar o nosso convite também de participar desse debate. Eu já quero te perguntar se em 2026 a gente poderá te chamar de candidato Renan Santos à presidência da República e se o nascimento do partido vai acontecer de fato para permitir isso. Boa noite. Ah, boa noite. Pois bem, ah, se o partido missão número 14 assim quiser, ã, estarei disponível. Ah, nós vamos naturalmente trazer a abertura de oportunidade para outras pessoas queiram se candidatar, mas por enquanto meio que está uma candidatura única. E novamente o nome é Missão e a missão te chama, não é você que chama ela. Se o partido quiser que eu seja, assim serei. E o que que falta para esse partido ficar pronto? Falta terminar agora o julgamento no TSE. Lembrando que é um julgamento muito mais de cumprimento de requisitos formais. Ou seja, se a gente bateu o número de assaturas, que a gente bateu com sobra, se a gente basicamente cumpriu o que a lei demanda, como a gente cumpriu, agora é uma mera formalização. Eu espero em 30, 45 dias estar com ele formal e apto a participar de eleições. E uma dica, não só a eleição do ano que vem, esse ano, eventualmente teremos eleições suplementares em alguns municípios. Podemos ter algumas surpresinhas aí. Já vamos abrir o espaço aqui pro bate-papo, então vai lá, Bia. Vamos lá. Boa noite a todos. Boa noite. Eh, eu queria saber então qual que é o agora para pensando paraa frente, né, a gente tá falando de muitos partidos fazendo movimento contrário, fazendo federalização e fazendo unios e a gente tem então uma criação de um novo. Por quê? Os partidos, primeiro vou partir, por que que eles estão fundindo e por que eles estão fazendo essas federações? Naturalmente, eh, eu não acho que o Brasil tenha muitos partidos. Brasil tem poucos partidos. O Brasil ele tem muitas legendas e a legenda tem como fim ser um cartório em que os seus dirigentes negociam elas de acordo com a conjuntura municipal, estadual e a nacional. E muita gente ganha muito dinheiro com isso. Com a a cláusula de barreira e a legislação vigente, muitos partidos pequenos foram perdendo seu potencial de barganhar e, portanto, eles vão se juntando com outros partidos. Dentre os partidos grandes, eles também fazem as federações, como aconteceu a do PP União Brasil, que o pessoal fica chamado informalmente de pepune. Eu acho o nome meio lamentável, mas cada um com seus seus gostos, né? E o, eh, eles fazem isso para aumentar o poder de barganha, por exemplo, fazer um vice e ou eventualmente fazer um candidato ao governo negociando com o Tarcísio. Eu tô rindo um pouco do Pepú aqui, mas peço desculpas. Eh, eu vi o pessoal falando União Progressista também, né? Não é o o nome, acho que é União Progressista, mas Pepuni foi é o nome que eu vi o pessoal chamando nos corredor nos corredores lá em Brasília. Eu tive uma reação similar, eu ri também, mas cada um novamente no o meu chama missão, o deles é pepune. Cada um com suas escolhas e eles na prática eh querem barganhar. Então eles fazem essas federações para barganhar no nosso caso, como tem poucos partidos no sentido ideológico, no sentido burquiano, defesa de uma agenda, defesa de uma parte da população, eh nós estamos cumprindo esse papel, né? Nós temos um corte racional muito claro. Nós representamos um tipo de pensamento e as aflições de uma geração zei, numa geração milenial, que não se vem representados nos partidos atuais e de uma parcela da direita que não é bolsonarista. Como esse esse público existe e esse público tem voz, a gente resolveu dar voz para essa para essa parcela da população. Isso cumpre na prática os requisitos do que é ser um partido. Vai lá, Fábio Zanini. Boa noite, presidente, ou quase presidente, né? Eu queria perguntar a respeito dos acontecimentos do final de semana deste domingo, especialmente a manifestação aqui na Paulista dos bolsonaristas. Como é que você viu essa reação dos bolsonaristas e mais especificamente, o que chamou mais atenção, talvez nesse nesse ato foi a o posicionamento mais radicalizado do governador Tarcis de Freitas, chamando Alexandre Mora de ditador, eh, investindo contra o Supremo de maneira mais dura, é, se posicionando como um agente político mais bolsonarista mesmo do que as pessoas estavam acostumadas a ver. Alguns acham que ele, digamos, rasgou a fantasia nesse nesse ato de domingo. Queria sua opinião sobre o ato de maneira geral e mais especificamente como é que você viu esse posicionamento do Tarciso de Freitas. O Tarcísio, quem tá acompanhando as redes sociais a pressão que ele vem sofrendo, ele foi alvo de alguns cancelamentos internos tocados pelo Eduardo. O próprio Carlucho vive dando indiretas para ele, mas uma militância específica deles também tá tá indo no no encalço dele. Por quê? Porque o bolsonarista leal à família, ele enxerga o Tarcísio como alguém que quer suceder o Bolsonaro e e evitar que o Bolsonaro mantenha uma espécie de liderança sequer simbólica do campo da direita. ele vai ser usado e abandonado. Isso é algo que o centrão vem tocando. É muito interessante que a porrada que veio no Tarcísio, ela foi acompanhada também numa porrada no Ciro Nogueira nos últimos dias, que é um articulador, vamos dizer, informal da candidatura do Tarcísio. E ele quer inclusive ser visto do Tarcío nesse jogo. Eu acho que o Tarcío ele fez uma a seguinte escolha entre ter a institucionalidade e um certo, se não um apoio do STF, mas vamos dizer um certo uma certa calmaria junto ao STF paraa candidatura dele e ter o apoio do Bolsonaro, ele tem que ter o Bolsonaro. Sem o Bolsonaro, Tarcísio não é nada. E ele se torna uma espécie de Geraldo Alkim em 2.0, como ele foi em 2018, ou como foi o Rodrigo Garcia quando ele foi candidato a governador em São Paulo. É uma candidatura meioa. Então esse aceno ele faz sentido como uma ação para manter a o vínculo simbólico, mas emocional dele com a família. Não sei se será suficiente, porque a estratégia central deles, que é unificar todo mundo com o centrão no comando ao redor do Tarcísio, ela vai acontecer do mesmo jeito. Mas eu quero saber também a sua opinião sobre a maneira como ele falou do ministro Alexandre de Moraes, porque até então governador Tarcío de Freitas simbolizava de certa forma uma ponte entre os bolsonaristas e servindo de diálogo com o Supremo Tribunal Federal. Dessa vez ele vai lá e fala que Alexandre de Moraes é tirano. Eu quero saber a sua opinião também sobre especificamente essa menção e a maneira como ele falou do ministro agora para reforçar um pouquinho ali a questão do Zanini. Eh, a minha dúvida central é se ele ligou pro Alexandre de Moraes antes de falar isso. Essa é a minha questão, porque a gente sabe muito bem que muitos dos manifestantes bolsares, tô falando das lideranças, eles dão um toque no STF antes de para para combinar o o teor de uma certa agressão, de um certo Exatamente. Na verdade, a primeira das grandes manifestações do Bolsonaro, já entendendo que haveria uma possibilidade de prisão, eles começaram a combinar, ó, pode falar até aqui, eles liberaram uma lafaia para ser um pouco mais incisivo. E o próprio Bolsonaro tinha medo de falar qualquer coisa. Eu não duvidaria do Tarciso fazer isso, dado que o Tarciso tem uma boa relação com Alexandre de Moraes. Imagino que ele tem até hoje. Será que tem ainda depois de ontem? Talvez não, mas talvez tenha sido a escolha que ele tenha feito em nome de uma possibilidade dessa candidatura. Tem uns pontos novos no ar. O todo mundo comentava de um certa construção envolvendo o centrão e de certas reuniões que rolaram há três semanas atrás em Brasília, inclusive com a presença do cara do BTG P atual, André Esteves, reuniões envolvido lideranças do centrão, incluindo estranhamente ministro do STF. Essas reuniões davam o tom, vamos dizer, da do enfrentamento à crise diplomática envolvendo Donald Trump e também, naturalmente, deve ter sido tratado essa questão de candidatura. De lá para cá, porém, o Lula meio que volta pro jogo e se a gente olha com um certo carinho, é o petismo e as franjas dele que estão promovendo o Alexandre de Moraes como uma espécie de símbolo de soberania. Inclusive, tiveram uns lamblambes que rodaram aí eh com Felca, com Alexandre de Morais, com Cachorro Caramelo, com Morango, do Amor, como símbolos da soberania brasileira. Então, eh, eu não duvidaria do STF também tá pensando, eh, nesse jogo que tá aí, né? Quem quem seria a continuidade, se é o centrão, se é inevitável o centrão assumir no lugar do Lula ou se o Lula volta pro jogo, porque definitivamente o Lula ainda tá no jogo. Olha, eu já vou abrir um espaço para vocês aqui, Elias e Bruno Musa, mas eu queria só continuar na questão relacionada à manifestação e trazer uma imagem que dividiu bastante opiniões, que foi aquela bandeira dos Estados Unidos que foi exposta na Avenida Paulista por parte dos manifestantes que ocuparam a avenida neste domingo. Você é fundador de um grupo que já levou multidões também pras ruas a partir de um movimento lá atrás a época da ex-presidente Dilma Russef. E como que você avalia a imagem que esse grupo traz hoje, Renan? Porque muita gente que lá atrás em algum momento ah usufruiu dessa pauta que era compartilhada por vocês, hoje continua nesses movimentos nas ruas, mas não necessariamente ah no caminho daquilo que vocês pregam atualmente. E eu acho assim, eu vi isso aí, eu achei honestamente que seram petistas infiltrados. Eu juro que eu comprei essa teoria porque assimou isso é na prática não. Na prática realmente o pessoal é bobo nesse sentido. O pessoal realmente levou uma bandeira, mas é que é tão ridículo e é tão e entregar tanto pro seu adversário político um argumento que eu fico em choque. Eu eu realmente fiquei em choque porque o Lula ele aumentou a popularidade dele recentemente e esses eventos envolvendo a guerra diplomático Donald Trump ajudaram o Lula. O Lula veio com discurso envolvendo soberania. Aí de repente no dia do 7 de setembro, né, eh, dependência do Brasil, os caras a assim desfraudam uma bandeira dos Estados Unidos. Só faltaram canta nos Estados Unidos. É um negócio completamente maluco. E aí o bolsonarismo não entende porque na prática eles acabam sempre validando a existência do próprio adversário. Eu eu não consigo entender assim, é uma estratégia realmente de organizadores malucos. E os organizadores dessas manifestes são malucos, fôssemos nós quando a gente quando nós fizemos as manifestações do impeachman, isso jamais aconteceria. É, é um tipo de coisa assim de organizador acelerado e de um bando de gente que tá vivendo numa bolha cognitiva em que eles acham que assim o Brasil inteiro tá achando lindo ser taxado pelo Trump. É, é para mim uma coisa honestamente de débental. Aquilo é uma esse símbolo, eu acho que se o Donald Trump viu aquilo e falar: “Eu não tô entendendo porque que esse banda de mexicano colocou uma bandeira do Brasil. Ele nem sabe assim que a vinda paulista. aquilo é simplesmente ridículo. E inclusive a a presunção dessas pessoas em achar que os Estados Unidos está de fato preocupado com a democracia brasileira e não com os interesses comezinhos do Donald Trump e do grupo dele agora na América Latina. Saiu, eu não quero me estender, mas isso é importante. Sai uma matéria agora na na Spectator falando sobre o o interesse norte-americano em usar a guerra contra o narcotráfico como uma forma de firmar a posição política dele para fora, ou seja, saindo de uma discussão sobre China, sobre Oriente Médio, sobre Ucrânia e se voltando pra América do Sul até na questão da Venezuela. E pois bem, o Trump tá cuidando dos interesses dele e a gente fica aqui celebrando passivamente. É patético. Vai lá, Bruno Musa. Boa noite, Renan. Eh, eu gostaria de voltar um pouco no tema anterior eh a respeito da ideologia partidária que você mencionou. Eh, achei interessante você falar, tem muitos partidos, mas na verdade tem eh poucas ideologias, né? Você tem muitas siglas ali, mas a ideologia eh realmente é uma coisa que eu bato muito. Não dá para você ter 30 e poucas ideologias, não tem. Eh, eu não sou político, eu sou do mercado financeiro, eu sou um economista, eu tenho um viés liberal libertário. Então, eu realmente eh gostaria de voltar nesse teu ponto. Como é que você eh pretende mudar essa ideia quando o partido se o partido vier a crescer numa proporção interessante de perceber que determinadas ciclas estão lá única e exclusivamente para parasitar em cima do orçamento público? Ah, é uma boa pergunta. Eu vou responder com uma provocação. Eu não quero que a percepção pública sobre os outros partidos se altere. Eu quero que as pessoas saibam exatamente o que esses partidos são. Eles são parasitas. Exato. Eles são parasitas. Todos eles são parasitas. O PL é um partido de parasita. O PSD do partido do Cassab é um partido de parasita, o MDB, todos eles são, ironicamente, a gente tem que colocar aqui, os nossos adversários ideológicos diretos. São nossos adversários porque são ideológicos. Ou seja, você sabe o que o PT pensa, você sabe o que o PT quer. Você sabe o que o pessoal pensa, você sabe o que o pessoal quer. Mesmo que eles não cumpram, que eles prometam na campanha pro eleitorado deles. Mas isso é problema deles com a turma deles. A gente aqui fica vendo o campo da direita, né, o suposto campo da direita ser engolido, como tá acontecendo. E esse é o objetivo da candidatura Tarcísio pelo centrão. O dono da candidatura Tarcísio chama-se Ciro Nogueira, que é um cara cujo partido compra voto no Nordeste. A vida do PP, que é o partido dele, é comprar voto no nordeste. O PSD do Cassab, mesmíssima coisa. Aí eles absorveram a direita, a mesma direita que a gente saiu nas manifestações em 2015, 16, sal, ah, não temos bandido de estimação, tá agora lá na Paulista, nossa, que discurso lindo do Valdemar da Costa Neto, estou emocionado. Então, naturalmente, eh, eu quero que fique muito claro que esses partidos eles são apenas um uma um conjunto de projetos pessoais preocupados apenas com o bolso dos seus administradores e na manutenção de desses projetos políticos específicos. Nós temos uma perspectiva, vou dar um exemplo que a gente fez, a gente criou um projeto que chama livro amarelo. Que que é o livro amarelo? Na prática, a gente tá construindo com o nosso time um programa pro Brasil. Este livro amarelo, ele está no estatuto do partido constando, olha, o nosso programa livro amarelo e nós teremos e assim vai ter que ser seguido meio que radicamente gente, vai ser muito duro, a gente vai ser muito ortodoxo no cumprimento do livro amarelo. Dito isso, ele foi usado inclusive como instrumento pro financiamento da da coleta de ação do partido. Ou seja, num país em que as pessoas não leem livros, a gente vendeu livros para financiar a construção dele. Eh, e isso faz parte de uma sede que a gente tem de ter uma identidade própria e um conjunto de ideias muito próprio e muito original pro Brasil. a gente apanhou muito do bolsonarismo porque a gente não quis baixar a cabeça para eles. Então essa vontade nossa de ter uma identidade, de ter um projeto próprio é muito forte. A gente quer marcar história com as nossas ideias. Portanto, eh, para mim vai ter um prazer muito especial, eh, demonstrar pro resto do Brasil que os outros partidos são, na prática a mesmíssima coisa e que nós, de fato temos um projeto. Só complementando um minutinho, eu acho que a a grande parte da população já percebe isso, mas o sistema político me parece que ele é feito para isso. O jogo político hoje permite esse parasitismo. Como é que a gente consegue mudar de fato dentro da política? Acho que o povo já tá percebendo, mas como mudar uma vez lá dentro? Olha, e essa é a pergunta de un zilhão, de 1 trilhão de dólares ou de 5.8 trilhões de dólares para o orçamento nosso, não, não nosso, de de reais, né? Eh, porque o, na prática, os sistemas de incentivos para um político no Brasil ou para um grupo político no Brasil, ele é todo distorcido, perverso. Ele é perverso. E onde eu entro no sistema perverso e onde eu falaria isto aqui seria um objetivo de vida pra gente alterar? Hoje o sistema é montado da seguinte maneira. Você não tem nenhum tipo de incentivo ou punição para um prefeito entregar um bom desempenho. Indicadores ligados à segurança, à educação, não são tratados a sério. O que o que o pessoal leva a sério é voto. O eleitor no Brasil, infelizmente, e vou aqui cometer o erro de atacar o eleitor, mas o eleitor, né, não pode ser tratado aqui como um um ser tosco inanimados. O eleitor erra ao não saber punir um prefeito quando ele vai mal ou mesmo avaliar bom prefeito que eventualmente fez uma festa, como acontece em vários lugares no Nordeste. O o São João determina o bom resultado eleitoral de um prefeito numa cidade pequena no interior do Nordeste. E o sistema de incentivo para esses políticos, ele se dá através do voto. E aí o voto se dá através de uma relação quase pessoal que você tem entre o político eleitor. É ali que acontece a compra de voto. Ela é um processo recorrente. E aí nas eleições é montada uma máquina que ajuda o deputado federal. deputado federal manda emendas para esse prefeito. Esse prefeito executa emenda, há sempre um desvio aqui, ali, é enviado dinheiro para pros vereadores aliados a ele e você vai rodando um sistema que não faz sentido. Por isso que a gente não tem melhora em indicadores e por isso que a gente não tem punição também para prefeitos que não vão mal, não vão bem. O que que a gente vai propor? Uma alteração nesse sistema de incentivo. Definitivamente, se você for falar em fundo partidário, fundo eleitoral ou em vídeo de emendas, tem que ser basado em critérios objetivos. Esses critérios objetivos têm que ser desempenho entregue, desempenho, desempenho óbvio, desempenho em educação, desempenho em segurança, cobertura de saneamento básico. Se o sistema for basicamente voto, e hoje o sistema de avaliação para tudo é voto para deputado federal, a gente vai continuar mantendo o jogo como tá com os partidos centrão, que são, desculpa o termo, as grandes prostitutas da política brasileira, se valendo de uma política amorfa, comprando o voto do seu eleitor e aí chegando lá em Brasília e se apresentando diante de qualquer presidente, não importa se é de esquerda ou de direita. com uma conta na mão, avisando, ó, você vai fazer o que eu quero, senão eu volto com você. Isto aqui não funciona. E o pior, aí se a gente dá o nome de democracia uma democracia linda, pujante. Não é isso é um negócio distorcido e doente. A gente não pode aceitar isso. Então nós queremos alterar isso profundamente. Vai lá, Elias. Renan, eu queria continuar aí a sua fala, né, com relação a fundo eleitoral e fundo partidário. Eu queria fazer uma uma colocação que é a seguinte, né? O deputado Quin, né, eh, na última eleição, ele recebeu aproximadamente 1.200.000 do fundo partidário do União Brasil. Agora, recentemente, a vereadora Amanda Vetorazo recebeu mais de 1 milhão do União Brasil também do fundo partidário. Ah, como é que você pensa, como é que vocês pensam em irrigar uma campanha sem esse recurso, né? Porque afinal de contas isso provavelmente ajudou bastante a vocês terem uma candidatura forte e coesa para ter uma disputa na eleição. Como é que vocês fariam, fará na verdade, né, sem ter acesso ao fundo partidário com o partido da missão? Só só uma o correção, o Kin não chegou a usar o fundo eleitoral. Ele até falou que, ah, se precisar vai usar, mas tinha à disposição. Ele tinha disposição, mas ele não utilizou em 2022. Eh, vai ser no bom e velho tiro, porrada de bomba. Vamos ter que usar os nossos recursos, parcos escassos, muita criatividade, apoio da nossa base. Mas vocês não vão usar os fundos, fundo eleitoral? Não, o fundo eleitoral nós vamos, mas ele é irrisório quando comparado com os demais, né? É estimado aí coisa de R$ 3 milhõesais para todas as candidaturas em todos os estados. Isso, vamos dizer, um bom deputado. Mas aquela postura que o que vocês tinham no passado de não usar, vocês mudaram? Não, a gente mudou ela a partir de 2000. A gente já começou a discutir internamente a partir de 2021 e a partir de 2023 a gente percebeu ela como inevitável. Tanto que a partir do congresso do MBL de 2022 o nosso público já nos pressionava: “Ó, vocês tm que usar, senão vocês não vão conseguir crescer”. A gente teve um resultado eleitoral muito difícil em 22. E aí a gente falou, a gente decidiu, fez uma série de eventos ao redor do Brasil discutindo com a militância. Todo mundo falou, não é para usar, é para usar e vamos ganhar as eleições. E o resultado foi claro. Em 2024, a gente teve um um desempenho muito acima da média. A gente conseguiu eleger vereadores em capitais do Nordeste, o que pra gente era uma coisa muito difícil. As capitais nordeste são muito intensivas no uso de dinheiro, né? Vocês entendem o que eu quero colocar. E nós fomos, vamos dizer, muito competitivos. Ô Renan, mas da mesma maneira que vocês não utilizariam o fundo, de repente passaram a integrar esse sistema por necessidade, isso não poderia acontecer em relação à prostituição política também? Ao entrar no sistema, o partido missão entender que sim, ele precisaria fazer algum tipo de articulação com os partidos do centrão para poder sobreviver. E aí, existem articulações e articulações. A articulação política que representa a venda dos próprios valores, ela significa que o partido que você acabou de montar não tem sentido. Existencialmente ele não tem sentido. Agora, uma articulação que venha, por exemplo, vamos dar um um exemplo hipotético. Eh, eu ganho a eleição pra presidência da República em 2026. Em 2027 a gente vai ter que chamar partidos para compor dentro dos nossos termos. Agora, os termos não tem que ser dados pelos outros partidos, porque se a gente acertar os outros termos, a gente vai est igual aconteceu, por exemplo, no governo Bolsonaro, com os partidos do centrão dando tom e você vendo escândalo com barra de ouro dentro do Ministério da Educação. É esses valores. E aí só, só um ponto, nós temos 11 anos de existência, a gente nunca cedeu a isso. Nesses nesses 11 anos, o único tema que a gente a gente corretamente percebeu, não teremos condições de concorrer, é a questão do fundo, porque nós não teremos condições. O fundo antes ele era 1 B, hoje ele é 5 B. E as doações privadas raliaram por conta disso. Se você não faz uso disso, você simplesmente não participa das eleições. Eu gosto de dar um seguinte exemplo. Se eu não quiser usar o fundo e eleitoral em numa numa eleição hoje, é igual falar: “Ah, eu não quero participar da eleição com urna eletrônica”. Beleza. Então, nem concorra. Uhum. Nem concorra na prática, né? A gente não é a favor. A gente votou sempre contra o Luz do Fundo, mas virou uma condição pra participação hoje no jogo, infelizmente. Ô, Bia, eu já vou abrir o espaço para você. O Zanini levantou a mão. Diga, Zanini. Amanhã, terça-feira, será retomado o julgamento do ex-presidente Bolsonaro com a perspectiva aí de uma conclusão com a provável condenação essa semana ainda. Qual a sua opinião sobre o processo em si? Na sua avaliação? Há elementos para condenar Bolsonaro por golpe de estado, por abolição do estado de direito ou eh eh realmente existe uma ditadura da toga, uma tirania, exageros, perseguição, como dizem os bolsonaristas? como é que você e o Missão de maneira geral se posicionam nesse tema que eu acho que é o tema mais relevante aí talvez dessa semana ou desse mês. Esse é aquele tema que quando você tem bom senso você apanhar de todos os lados, né? Eh, na prática o eu considero o inquérito do Alexandre de Moraes e a forma como eh tudo isso se deu, as investigações se deram, eh, arbitrário para dizer o mínimo, né? Assim, houve alguns casos envolvendo investigados no no dia 8, que tá, vamos dizer, conexo essa história toda, que não tiveram direito de defesa. Isso foi exerciado a eles. Ao mesmo tempo, ã, eu acredito nas provas, eu vi as provas, eu vi o processo, eu vi todos os elementos ali presentes. O Bolsonaro de fato não estava, vamos dizer, se reunindo todas aquelas 13, 14, 15 vezes com eh com generais, com minuta e tudo isso com provas, vamos dizer, claras sobre, ó, aconteceu a reunião, os caras pegaram os dados do celular, as conversas, os depoimentos para tomar cafezinho com eles, né? Isso também tá conectado com todas as outras ações tomadas pela equipe ao redor dele, né? Eu eu gosto muito que os bolsonistas criticam, por exemplo, ah, não tem provas. Esse é um argumento que os petistas usavam durante a prisão do Lula. E eu acho também engraçado porque todos nós à direita defendemos a época a teoria do domínio do fato, eh, quando houve a prisão do do dos partícipes do mensalão dizendo: “Olha, o Lula sabia, o Dirceu sabia, não adianta ele ficar fingindo que não tem prova”. Hoje, esse mesmo argumento é usado mais à direita, de uma maneira, a meu ver, cínica, tá? Então, havia elementos, mas a forma, e a forma também importa, a forma não joga a favor. E aí entra o outro problema. O Alexandre de Moraes disse que tudo isso foi feito para proteger a democracia. faz parte de um conceito de democracia militante. Ah, a democracia criando seus próprios instrumentos, anticorpos para sobreviver aos seus inimigos. É c popper para cá, não sei o quê. Mas no fim do dia continua o inquérito até hoje os superperes continuam e aí foi criada uma estrutura anômala dentro do estado brasileiro, no topo do estado brasileiro. Ministro, se você fosse ministro supremo, você condenaria? Vou ter perguntar. Se eu fosse ministro do Supremo, desta forma, neste formato, como ministro não condenaria. Ou seja, dito isso, eu acho que o Bolsonaro tinha que ter tido o mesmo julgamento do Lula em primeira, segunda instância e ele deveria ser preso. Não, não deveria ser condenado por nesse processo pela primeira turma. Se eu for falar em termos formais, eu não condenaria. Estritamente formais. O Bolsonaro tentou um golpe de estado. É a questão central. O Bolsonaro tentou o golpe de estado. O problema é que em termos estritamente formais, eu não considero que ele foi minimamente, vamos dizer, o processo de ensino. Ele não foi normal. foi um processo de exceção, a não ser que a gente considere que nós temos que ter um um tribunal e um modelo de atuação por exceção, que é isso o argumento deles no fundo é: “Ah, não, isso está, a constituição permite”, mas na prática o que a gente tá vendo é a criação de um de um sistema próprio para defender a democracia. Isto é anômalo. Isso tem que ser entendido que é anômalo. E por isso que é uma posição que eu vou apanhar dos dois lados. Não é que eu vou, ninguém vai concordar comigo. Na prática, o Bolsonaro tentou um golpe de estado. Todo mundo sabia que o Bolsonaro tentou um golpe de estado. Agora, a forma importa e muito. E mais, esse inquérito vai terminar depois ou a democracia vai precisar ser defendida de maneira anômala por mais anos? Anos a fio, a gente vai ter que ficar vendo a democracia sendo defendida. Qual vai ser o próximo passo pra democracia ser defendida? Criação de uma polícia ligada aos defensores da democracia. Isso é um problema concreto. Foi uma caixa de Pandora que abriram. E como é que como é que a gente resolve isso depois? Vai lá, Bia. Queria aproveitar o gancho, depois eu vou guardar a próxima pergunta, mas para aproveitar o gancho e perguntar então como o partido se posicionaria num eventual votação da anistia, por exemplo, que foi a pauta das últimas semanas e ainda vai ser provavelmente, já que você não condenaria o ex-presidente, mas viu provas? O o Ken Cataguiri, que é o nosso deputado, ele acha que uma anistia para aquelas pessoas que na prática a gente não, a gente enxerga que eles cometeram crimes. O quem acha que sim, aquelas pessoas cometeram crimes? Elas eram eh bucha de canhão, elas foram manipuladas pela pelo topo, pela cúpula e ele acha que a cúpula tem que ter algum tipo de responsabilização. E é isso, né? Eu espero que um dia o Kim Cataguir venha pro Partido Missão para ele ser o nosso líder na Câmara dos Deputados e aí ele com ele tocar esse tipo de votação. Vai lá, Bruno Musa. Bom, vamos lá. Eu queria, eu sei que o o Bolsonaro tornou uma, digamos, um inimigo ou bolsonarismo, né? uma oposição a vocês, eu quero dizer, desde a criação, daí vai aquela racha como um todo, mas eu acho legal você dar esse teu posicionamento. Eu não acho que houve tentativa, eu não acho que houve eh sequer eh tentativa, pode ter tido uma ideia, mas isso na Constituição Brasileira não seria crime. Então, acho legal separar as ideias, porque é virou oposição, não virou oposição, defender o que deve ser defendida a Constituição como um todo no Brasil. Você vê como e fundador de um partido e de um movimento alguma chance no curto prazo de um partido conseguir, um partido e pequeno, recém-nascido, conseguir ter algum tipo de influência para mudar esse sistema? Se eu não acreditasse nisso, eu não teria realmente tido todo esse esforço, porque olha, isso foi difícil. O Bolsonaro tentou montar o partido, não conseguiu. O esforço que nós tivemos foi colossal, colossal. Foi, foi, a gente fez o impeachment de, foi um dos grupos que liderou o impeachman, na verdade, foi o principal grupo de rua a liderar esse processo. Não foi tão difícil quanto montar um partido. Então, a crença que a gente tem que ter que a gente vai conseguir mudar o Brasil é uma crença muito férrea. É uma crença, não diria messiânica, porque eu não trabalho com política nesses termos, mas eu diria que é uma crença geracional. Eu acho que o que o time de rapazes e moças fez para montar esse partido, só aconteceu porque a crença neles é justamente de que a gente vai conseguir encarece os problemas brasileiros, não sucumbir as seduções que virão no caminho, porque as seduções da política são gigantescas e com base nisso fazer essa mudança geracional, fazer essa mudança histórica que o Brasil precisa ter. Vai lá, Elias. Aproveitando também, Renan, eu gostaria de perguntar para você com relação à possibilidade que o Missão vai ter a partir da hora que tiver oficializado como partido, né? A gente sabe muito bem que partidos fundados eh tem ali aquela possibilidade de troca partidária. Eu queria saber da de vocês como é que vocês enxergam isso, até porque existe uma cláusula de barreira o ano que vem que vai ser bem bem restrita, né? 13 deputados, nove estados, né? 2,5% de votos válidos. Enfim, é uma conta uma conta difícil para para se chegar. Tanto que muitos partidos aí eh hoje não não seriam não teria mais acesso a essa cláusula de barreira. Existe essa possibilidade do Missão eh abrir para deputados de outros partidos vir e existe também a possibilidade de uma federação do do Missão para poder atingir essa cláusula de barreira. Hã, só uma uma um ponto. Antigamente era possível isso, não é mais possível porque abusaram dessa dessa possibilidade. O parte da Mulher Brasileira a época fez um puxadinho criativo ali e aí depois foi proibido. Mas nós não sa nós não estaríamos convidando, como não estamos convidando por aí a ESMO. A ideia de passar da cláusula de barreira a qualquer custo significa que a gente se tornaria, vamos dizer, amorfo rapidamente. Eh, nós não queremos fazer. O nosso objetivo é justamente firmar nossa marca nessas eleições. Eh, esse espaço que a gente tem agora vai, para participar numa eleição, eu usaria para chamar, por exemplo, sei lá, o Kim Cataguil, né, que naturalmente é um cara David Bell, não esconde de ninguém. Acho que ele já também não tá esconde de ninguém. Eh, e outros, talvez o ministro Sérgio Moro, por exemplo, eu gostaria de fazer um convite para ele, né? Ele tá vai concorrer pro governo do Paraná, pode ganhar as eleições do Paraná, inclusive é o favorito para vencer as eleições do Paraná. Talvez seria um cara que faria sentido aqui conosco. Ele vem fazendo um bom mandato como senador. Eh, mas nomes no parlamento hoje não tem. Então nós vamos ter que concorrer nas eleições. Vou te falar aqui de maneira bem clara, na cara e na coragem. E acho que dado as limitações que nós vamos impor a certos parlamentares no sentido de que o cara que vai chegar fala: “Não, não, eu vou chegar, mas eu vou votar aqui no meu estado de um jeito, no meu estado de outro”. Eu já ouvi muito, vieram parlamentares conversar comigo, falou: “Não, ó, eu monto o partido aqui no no estado aqui para você, fique tranquilo, vai ser incrível”. Eu, cara, eu não tô a fim que você faça isso. A gente já montou o partido e você não precisa trazer essa estrutura. Não, mas aqui eu vou apoiar o cara. Não, não vai apoiar. A gente vai ser bem estrito nisso e precisa ser. Se a gente não estabelecer, vamos dizer, essa ortodoxia e essa crença nas ideias, a gente vai passar qual mensagem pr as pessoas que se mataram coletando assinatura pra gente? A mensagem que no fundo só o partido tava venda. Não é nossa ideia. quer falar algo, desculpa, eu ia perguntar, então, vocês estão dispostos, por exemplo, a abrir mão de talvez ter várias candidaturas no ano que vem em prol da ideologia do partido, em segurar mais um pouco pro partido realmente acontecer? Não, não. A gente vai ter muitas candidaturas, mas o que a gente vai fazer é nós não vamos ficar trazendo políticos de fora a qualquer custo com o objetivo de passar cláusula de barreira. Todo mundo sabe que todos os partidos estão desesperados para passar da cláusula de barreira. Essa eleição vai ser muito difícil. E aí estão federando, estão se juntando, tá rolando maior, ma maior confusão. Nós não vamos concorrer com essa pressão. Nós temos que apresentar uma ideia de Brasil diferente. É esse o nosso objetivo. Renan, hoje eu acompanhava aqui uma repercussão sobre uma fala sua nas redes sociais, que foi o fato de você dizer que se você tomasse posse como presidente da República, a primeira coisa que você faria seria ir até uma das comunidades do Rio de Janeiro para libertar as pessoas que estão lá sobre o crime organizado. Isso dividiu bastante opiniões e eu quero entender ah mais profundamente e não além e não somente o recorte que vai pra rede social. O que é essa proposta sua como um presidente eleito e empossado? Caso seja em bom português, se nós ganharmos as eleições para 2026, o tema número um do nosso mandato será a declaração de guerra ao crime organizado. será a transformação da concepção do crime organizado como organização terrorista, trazer pro Brasil o conceito do que é conhecido lá fora como direito penal do inimigo do jurista Guinter Jacobs, a ideia do do direito penal de terceira velocidade, que já é muito discutido lá fora e que inclusive tem influência no direito americano, na Europa tem, é que é a ideia de você tratar alguém que recorrentemente comete crimes e que sequer aceita a lei pátria como sua lei como um inimigo. Portanto, o direito tem que ser rápido com ele. As leis penais tem que ser rápido, o processo penal tem que ser rápido e as punições tm que ser muito duras. É, mas aí você vai depender de outros poderes, né, que dos quais você não teria influência naturalmente. Mas se a população decidiu eleger um candidato de um partido nanico, que recém surgiu e ele chegou à presidência da República, com certeza a campanha foi gloriosa e esse será o tema principal desse mandato. E nesses 100 primeiros dias de mandato que os presidentes da República costumam contar com o beneplácito institucional dos demais poderes para poder iniciar sua agenda, eles já vão saber qual é a nossa agenda. Tanto que eu eu falei essa frase que é no primeiro dia o presidente da República tem que se encontrar junto com o seu governador que espero que seja o não é demonçada, mas nós temos a liderança do Rio de Janeiro, o bombeiro Rafa, que por enquanto é nosso pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. E nós vamos fazer a primeira ocupação para demonstrar que o foco nosso é esse. Nós precisamos libertar 25 milhões de brasileiros que estão presos na mão do crime organizado. E é esse o recado que a gente precisa dar. Mas me explica assim esse projeto em movimento, assim, o que que seria essa ocupação? Como é que você subiria nesses lugares como uma autoridade em locais que são tão inóspitos, né? Tô falando que eu vou pegar uma arma e vou fazer isso, tá? Realmente eu nunca tirei nem de paintball, então não seria exatamente o melhor combatente num cenário de guerra, mas eu acho que um líder político, ele tem que estar junto a aos militares no sentido institucional. Eles precisam se sentir respaldados pelo que tá acontecendo. Eles precisam entender que institucionalmente eles não vão estar abandonados. Não adiantava nada o quando o Temer ele fez aquela GLO, ele faz a Glió, nomeia um general e fica lá em Brasília olhando o a participação tem que ser próxima. E não pode ser uma participação também eh malandra como foi a do Wilson Witzel que desceu de helicóptero daquela vez. Eh, esse tipo de coisa não pode acontecer, porque esse tipo de coisa desvaloriza uma ação que é muito noble pr os brasileiros, que é a retomada do próprio território, a libertação dessas populações. Então, em bom português, a gente precisa fazer uso das polícias, mas não só das polícias, porque o crime organizado no Brasil hoje é uma instituição, vamos dizer, nacional, ela tá presente em todos os estados. Eu não vou conseguir resolver a questão carioca se eu não for pro Paraná ver a fronteira com o Paraguai, porque tem droga passando por ali e também tem droga que vai passar por outros estados. Então, eu vou ter que ter o uso das forças da força aérea. A gente vai ter que fazer um trabalho de fronteira. É um trabalho multifatorial e também tem que ter alterações nas leis penais, leis de processo penal para você poder fazer esse enfrentamento. Esse tipo de enfrentamento que é um enfrentamento geracional, porque representa, na minha geração, uma ruptura com as formas de pensar do não só, vamos dizer, dos constituintes de 88, mas de quase todas as escolas de direito penal no Brasil que pensam muito mais na ressoalização do que na punição. Eh, ela representaria essa mudança, uma mudança no enfoque, no enfrentamento. E uma coisa que é curiosa, eu fico, eu comecei a tratar desse assunto nesses termos desde o ano passado e desde então eu tô vindo outros pré-candidatos à presidência da República assim repetindo ips líteres do que a gente tá falando e é ips líter. Eu vi o Caiado, Caido teve presente aqui. Então tá todo mundo te copiando? Eu sinto que sim. Eu nunca vi. Fazer uma pergunta um pouco nessa linha. Esse é um gancho. Pode poar já. O o campo partidário da direita já está bastante concessionado, né? Você tem PL, PP, Republicanos, União Brasil, Novo, fora siglas menores. Eh, o o que que o o Missão eh eh pode trazer de diferente nesse campo da direita e o que que te leva a crer que o eleitor, com tantas opções mais consolidadas na direita mais centrão, na direita mais conservadora, na direita evangélica, na direita mais liberal, que é o caso do novo, ao menos da parte econômica, o que que o missão pode trazer? O que que te leva a crer que o partido pode realmente vingar, né, eh, prosperar nesse campo partidário da direita, tão congestionado como tá hoje? Se você perguntar para todos esses pré-candidatos, a única palavra que vai sair de ã a única palavra que vai sair falando e ecoando o coração deles vai ser Bolsonaro. Se o Bolsonaro, e desculpa a provocação, entrar numa banheira hoje, todos os outros candidatos do desses partidos, eles vão morrer afogados. Eles estão no bolso do Bolsonaro, para ser claro, todos eles falam que a primeira ação que eles tomariam quando ganhasse a presidência da República seria anistar o Bolsonaro. Quer dizer, o Brasil cheio de problemas, a gente tá partindo para um colapso das contas públicas para 2027, 2028. Todo mundo sabe que vai ter esse colapso. A gente tá todo mundo agora, agora eles falam em guerra contra o crime. Falando em guerra contra o crime, precisamos enfrentar o crime. Vamos, vamos falar em desenvolvimento do Nordeste. Vamos falar agora como a gente vai ter capacidade de negociar com a China ou com os Estados Unidos. E todos eles correm para falar que a primeira ação que eles vão tomar é libertar o Bolsonaro, porque naturalmente eles querem os votos do Bolsonaro. Eu não vejo de nada de original no que eles falam. Eh, o Ratinho veio falar recentemente em guerra geracional e substituição geracional dentro da política brasileira, que é literalmente o nosso discurso. Eu fiquei curioso um cara que tá no partido do Cassabe, que é uma das maiores velhaas, um museu, o PSD, na Bahia, então as oligarquias mais antigas, falando em renovação política via Ratinho Júnior. Eu olho, acho curioso, fico feliz, fico lisongeado que ele tá imitando as nossas ideias, mas eles não têm imaginação, eles não tm nada de novo. Que que esses caras vão falar, por exemplo, sobre geração de classe média no Nordeste? O Lula aumentou a popularidade dele agora. ele tá vindo com uma série de programas sociais, tá? Saiu agora um um estudo demonstrando que houve um, vamos dizer, uma queda na pobreza extrema, muito por conta desses programas sociais que estão atingindo a base da população. Só que essa população não está se tornando efetivamente economicamente ativa, de modo a a se libertar dos programas sociais e ter uma vida eh muito mais próspera. O que que nós vamos fazer para gerar classe média nordeste? Eu não vejo essa conversa. O que que nós vamos fazer, por exemplo, para eh gerar complexos econômicos envolvendo agricultura e agroindústria para permitir que o Brasil exporte produtos agroindustriais? A Holanda, por exemplo, que é um dos casos mais eh emblemáticos, ela fatura mais com produtos agroindustriais do que o Brasil. Bem, o Brasil seja gigantesco. Isso é sobre agregar tecnologia e inteligência. Eles não falam. Eles vão ver assim, ah, vão contratar um marqueteiro que vai ver o que que a direita tá falando nas redes. É sempre isso. O que que a meninada tá falando nas redes? Não tem ideia. Existe espaço para uma direita não bolsonarista. Eh, eh, porque há vários exemplos nos últimos anos de, eh, políticos de direita que se descolaram do bolsonarismo e acabaram sumindo de Joyce Relar outros. Aí, a lista é grande. Eh, ou seja, isso isso faz supor que que é estrito e o espaço para uma direita que não seja atrelada a Bolsonaro, que é o que você tá propondo. Existe realmente esse espaço? Você acredita que existe esse lugar, esse nicho? Eu não só tô propondo como nós somos a prova viva de que existe. O MBL sobreviveu tudo isso. A Joy se acabou. Todos aqueles que tentaram uma estratégia de puxar o saco do Bolsonaro o tempo todo, fica lá vivendo encostado no Bolsonaro. Depois só independente, morreram. Nós nunca fomos isso. A única coisa que nós somos favorável a Bolsonaro foi no segundo turno, segundo turno da eleição de 2018. Tirando isso, o vocês fazem cobertura política, vocês sabem disso. Já no começo de 2019, nossa relação já tinha ido para as cucuias com o Bolsonaro. Não tinha meio. Uma coisa era o quem votar a favor da previdência por conta da questão de responsabilidade fiscal que ele tinha. Outra é ser favorável a um governo que era muito ruim desde o início. Nós sempre fomos anti Bolsonaro no sentido de entendermos o Bolsonaro como um homem fraco e um traidor. E ele vem provando ser isso ao longo da sua história. Ele é muito persistente. Eh, há uma resilência em ser fraco, em ser traidor no Bolsonaro. Isso aí ninguém tira dele. É, é um mérito mesmo. O cara é resistente nisso. Dito isso, o que eu acho, se você vai pegar as pesquisas de opinião sobre as intenções de voto dos bolsonaristas fiéis dentro o eleitorado mais jovem, o que você percebe é que ele vai raliando. O Bolsonaro é muito mais forte entre mais velho do que entre mais homens. Manifestação ontem na Paulista, se pegar a cobertura, eu acho, eu fui ver a Idade Média, idade média, mediana ali, 55 anos de idade, as pessoas eram mais idosas. O bolsonarismo hoje é um fenômeno etário e geracional, tal qual nós, nós temos todo um campo a crescer. As pessoas mais novas não compram mais a ideia de que nós seremos salvos pelo porque ele, sei lá, e está lutando contra a ditadura comunista. Isso não soua crível para as gerações mais novas. São pessoas que viram o governo dele, um governo fraco. A vida das pessoas não melhorou no governo Bolsonaro, como não melhorou no governo Lula também. Então há espaço para isso e precisa ter, que esse é o meu ponto. Nós vamos fazer ter espaço. Nós precisamos, igual Flávio, era impossível fazer um partido Bolsonaro, não conseguimos. Nós conseguimos. Nós somos mais inteligentes do que eles, nós somos mais capazes do que eles. Nós trabalhamos melhor do que eles. Naturalmente a gente comprou uma tese que é uma tese de sonhador de nós seremos independentes a qualquer custo, tá? Vocês vão apanhar e vocês vão morrer. Tiveram a chance de matar a gente, não conseguiram. Aí agora os caras vão ter que aturar, Zaninha, a gente vai conseguir. A diferença que nós temos para todos esses caras não é só a inteligência, não é só a capacidade, é porque uma geração inteira de pessoas, especialmente as gerações mais novas, entenderam que ela vai precisar construir o próprio caminho. O novo, que é um partido que tem mais dinheiro, né? O partido oriundo da elite brasileira, optou por um caminho que é cômodo. Eles puxam o saco do Bolsonaro. O novo é o PCDB do PT, né? Então tem o do é o PC do B do PL. Então o que o PSDB faz, o novo faz PL. Legal. Uma estratégia boa, malandra. vão crescer fazendo isso. Eh, mas não o suficiente. Eles nunca vão ser uma alternativa. Tanto que o Carlucho vai, se ele xingar o Zema amanhã, o Zema, ai não sei o que, vou comer o pão de queijo. Caiado foi xingado por eles e falou: “Olha, veja só um filho, o coração dele”. Que é isso, Caiado, você não é o brabo, Goiás, tal? O Carlucho te bate em público, você aceita? Na pandemia o Caiado era médico. Médico. Ele viu o Bolsonaro fazer o que ele fez. Falou: “Não, em Goiás eu vou fazer diferente”. Não teve líder, não teve homem. Líder era o Quim. um japonesinho sozinho lá no Congresso. Eu atacava o cara, o Bolsonaro botou o com o aliado dele no Ministério Público o o caras atrás da gente para prender a gente. E esses caras aí que estão agora falando que são direitas, desculpa, esses caras só são puxa-sacos. Se for falar, qual a opinião do Ratinho Júnior sobre qualquer coisa? Não sei. Eles vão falar: “Eu amo meu pai”. Esses caras não tm opinião sobre nada. A direita brasileira é um bando de oportunista. Eu volto a repetir, se o Bolsaro entrar numa banheira, esses caras todos morrem afogados. Busa, já vou passar para você. Só a Bia que levantou a mão aqui. Diga, Bia. Renan, você acha que vocês caem então como partido missão numa espécie ou não correm risco de cair numa espécie de terceira via, que foi algo que tentou Simone Tebet, acabou não dando muito certo e a gente tem agora Eduardo Leite que tá com esse discurso. Eu não concordo com Bolsonaro, não concordo com o Lula, mas também saiu meio apagado até o momento da da jogada, tio como humista. Pô, mas é que o Eduardo Leite realmente assim é um sonífero, né? Eu entendo o que é só ah, nós estamos buscando. Você veio com a língua de chicote hoje, hein? É o que resta para quando você Mas é que eu sint três minutos ele bateu em todos os presidenciáveis aqui, ó. Para ser justo, eu posso ver mérito em todos também. Tem um lado positivo em todos eles também, tá? O Eduardo Leite tem os méritos dele na recuperação do estado do Rio Grande do Sul. Tão dados os méritos dele. Agora, se ele acredita que eh a condução do Brasil é: “Não, estou sendo um Não, cara, você tem que oferecer pro Brasil” e essa é real, um sonho palpável. Qual é a visão de um Brasil que o Eduardo Leite oferece? Nenhum deles é claro sobre isso. Qual o sonho eles têm oferecer? Que tipo de brasileiros querem construir? Por eles serem dúbios, eles oferecem o que é convencional. E o brasileiro, não é que o brasileiro tá cansado convencional enquanto marketing. Nós não temos motivos para ser brasileiro hoje. Se você trabalha e produz, você tá cansado, você tá sendo roubado, você tá sendo espoliado, você tá sendo assaltado literalmente na rua, aí você vê umaad agora quer te taxar um negócio, amanhã quer te taxar no outro. Isso não é discurso político, isso é é a vida concreta dos brasileiros. Por isso que assim, eh, eu não sei como é que tá agora em 2025, mas até 2023.000 1 jovens brasileiros iam embora do Brasil todos os meses. É um número muito alto. A gente tá perdendo capital humano de qualidade. Como o sonho das pessoas não existe, porque a ideia de Brasil é uma ideia cada vez mais distante, virou uma bandeira, é a ideia de sobrenamo, é um morango do amor. Não, não tem mais sentido ser brasileiro. Se esses caras não oferecem assim, a brasilidade só fará sentido se seguir este caminho aqui. Eles não vão fazer sentido. Eu não vejo sentido nenhum na candidatura do Leit, mesmo ele sendo um bom governador, ele é de fato um bom governador. Como Tarciso é um bom governador, desses governadores consideram melhor o Caiado, tá? Mas eles não têm projeto de Brasil e todos tiveram oportunidade de apresentar. E o que os difere de vocês em termos de ah, eu não apoio Lula nem Bolsonaro, eu tô no caminho aqui do meio. O que que os difere de vocês então? Principalmente ao ocupar esse caminho do meio? Ah, o lance é que nós não temos um caminho do meio, nós temos o caminho da missão. Nós temos um caminho que nós apontamos da nossa maneira. Então, o qual o caminho da missão sobre o desenvolvimento do Nordeste? Você vai ver, a gente pode discorrer sobre horas sobre isso. Qual o caminho da missão para enfrentamento ao crime organizado? Nós podemos discorrer por horas sobre isso. Qual o caminho da missão para enfrentar a crise fiscal que vai atingir o Brasil entre 2027 e 2028? Que todo mundo sabe, o Lula sabe, a equipe do Congresso sabe, eh os mercados sabem. Nós temos um caminho, nós podemos discutir isso. E qual o sonho que nós oferecemos? O sonho é de um Brasil desenvolvido, industrialmente forte, capaz de concorrer com as novas potências que vão surgir no mundo. É Indonésia, é Vietnã, é Índia. Um Brasil que não seja tão inseguro para andar na rua, na real, que seja pelo menos tão seguro para andar na rua. O que eu vou falar quanto Nairobi, no Kênia, Nairobi é mais seguro do que várias capitais brasileiras. Um Brasil que seja um lugar que não seja mais humilhado pelo Donald Trump ou que precisa ficar pedindo pinico pro Xingimpin. Que Brasil é esse? Como a gente vai construir? Não é sobre não ser Lula nem Bolsonaro. A gente não quer construir nossa identidade na negação. Porque se você constrói sua identidade na negação, você tá permanentemente dependendo dos outros. Nossa cidade tem que ser construída na nossa afirmação e a nossa afirmação de um Brasil muito específico. Vai lá, Mousa. Bom, vamos lá. Eh, eu vejo grande parte das pessoas discutindo sobre projetos, como você tem mencionado agora aqui, é sempre assim, o tema política é eu vou fazer, nós vamos fazer. E não é uma crítica você, tá? É uma crítica e na política geral. Na minha visão econômica, obviamente, na minha visão de mundo, eh o estado ele é um dos grandes causadores do problema e das diferenças de classe social. E parece que a gente sempre quer usar quem é o causador de tudo isso como solucionador dos problemas. Então nós vamos criar mais isso. O estado tem que estar mais presente, o estado tem que táar aqui. Quando a gente vai começar a partir para entender que o estado burocratiza e talvez a proposta esteja ao contrário. Nós estaremos lá para desburocratizar, nós estaremos lá para flexibilizar o mercado de trabalho. Nós estaremos lá para diminuir drasticamente o imposto, porque o estado não precisa estar pisando na jugular de cada um dos cidadãos diariamente para espoliar, como você muito bem colocou, que eu concordo 100% com você. A gente sai de casa e é roubado todo dia. Ou é pelo estado, ou é pela pessoa na rua. Quando a gente começará a entender que a que pode podemos ter propostas que passam não pelo que dizem, mas pelo que ninguém diz, que é desburocratizar esse país e torná-lo mais leve, mais fácil pro dia a dia de todos nós. Eu concordo com você. Ober em 11 anos, ele talvez tenha sido o grupo político que mais promoveu as ideias liberais no Brasil. Nós fomos os grandes promotores em debates em redes sociais, discussões e projetos aprovados, relatorias com nossos políticos. A agenda liberal, a gente teve, por exemplo, relatórios de de reforma da previdência no município de São Paulo, por exemplo, tocado por vereador do MBL, um sujeito que eu não gosto de ficar falar hoje dele, tem até vergonha de citar esse nome, desse cara em público, Fernando Holid, mas foi vereador nosso por um tempo. Eh, e outras, a agenda liberal andou conosco, nós acreditamos nessa premissa do ser humano livre, como a gente próprio vai, através das suas decisões racionais, produzir melhorias econômicas para ele, pra comunidade dele e por extensão ao país. Isso é uma premissa do nosso trabalho. Nós também acreditamos e eu não posso negar que, por exemplo, quando o Estado brasileiro em diversos governos atuou, por exemplo, com as frentes pioneiras, isso vem desde o período da ditadura militar, com a criação da Embrapa e com o crédito que nós temos hoje pro nosso agro, que ele criou o agro mais competitivo do mundo. A gente tem um super agro e o estado teve um papel nisso. as as universidades como a federal que tem Viçosa, a ESAC, tiveram um papel e hoje nós temos um agro que se paga e que hoje é o motor, é o motor da economia brasileira. a força que entregou integrou IM, ITA, a o surgimento da Embraer, a posterior privatização da Embraer criou um polo de tecnologia sensacional na região do Vale do Paraíba e que hoje tá na fronteira do conhecimento e concorre com algumas das maiores potências do mundo nessa área. Então o estado nem sempre é deletério. O estado nem sempre é deletério. Então a gente consegue encontrar no próprio Brasil exemplos em que o estado não foi o problema. Eu entendo que existe uma questão, dada uma questão cultural brasileira, eh, que é o patrimonialismo subjacente às relações nossas humanas. A gente vai cair em Sérgio Boar, eu adoro esse assunto, mas não vou me estender, que é privatizar quase sempre uma solução para proteger as empresas ou os serviços. eh, vamos dizer, dessa privatização indevida que acontece, que é quando os agentes políticos fazem uso dessa dessa instituição para o seu bel prazer, que isso é o que acontece em praticamente todas as instituições. Dito isso, como existem alguns poucos bons exemplos, a gente tem que olhar, ver o que funcionou e eventualmente aplicar novamente. Um desafio que eu deixo para todo mundo, nós temos hoje lá, e eu falo muito desenvolvimento do Nordeste, porque quem resolveu o desenvolvimento do Nordeste torna o Brasil um país desenvolvido e resolve inclusive os problemas políticos. Vai mudar o perfil do voto no Brasil. A região do Matopiba que o agro desenvolvido chegou combrapa, por exemplo, que tem Tocantins, Piauí, Maranhão e oeste da Bahia. Essa região produz soja, produz milho bastante. Por que a gente não pode trabalhar para ter um polo de biodiesel? Ali tem tudo. Podemos ter biodiesel competitivo. A Embrapa pode participar disso. Você tem os produtores, você tem o capital, o estado pode eventualmente em alguns momentos, atuar para ajudar a iniciativa privada a atuar. Eu não tenho medo disso. O que eu não acredito que é o que aconteceu nos atuais governos, eleição de campeões nacionais, uso desenfriado do BNDS, o que na prática termina em corrupção e ineficiência. Eu não acredito nisso. Eu acredito no ser humano e no agente privado como esse verdadeiro indutor, mas eu não demonizo o estado completamente. Eu aprendi isso com as boas experiências brasileiras. Elias, na sua fala a gente percebe você em vários momentos mencionando o Nordeste, né? Quando a gente pega ali, estudei um pouquinho ali a a a questão das assinaturas do Missão, você percebe ali um mapa de calor interessante, né? Vocês são muito forte no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. Inclusive, alguns críticos falavam que seria um um partido paulista, paulistano, né? Enfim, mas vocês conseguiram atingir eh no no Brasil inteiro que a lei exigia pra fundação de partido. Ah, 11 anos depois, o que que você identifica que vocês ainda não conseguiram se comunicar tão bem com o Nordeste? não conseguiram ter a capilaridade política que vocês têm no Sudeste, no Nordeste. E quais as ações? Dá para perceber que você tem bastante proposta pro Nordeste, mas quais ações vocês vocês a que vocês apontam eh talvez essa essa não não deliberação do Nordeste tá junto com missão? Ah, isso não é só com conosco, isso acontece com o campo da direita como um todo. Isso são várias razões. A própria inclusão digital dos brasileiros com celulares e uso das redes sociais, ele foi mais tardio, onde as regiões elas eram mais humildes em termos econômicos. Então, a gente tava falando de redes sociais usando nas manifestações de 2013. O interior, vamos dizer, do Rio Grande do Norte não estava tão inserido. O celular com internet, com 3G, 4G, 5G, não era uma realidade naquele momento. Então você foi tendo uma inclusão tardia e ao longo dessa inclusão você foi tendo uma participação maior em redes sociais e uma alteração, inclusive no perfil eleitoral, especialmente dos homens. O homem no Nordeste, ele vem cada vez mais indo à direita. Os nossos desempenhos eleitorais na última eleição não devem nada. No nordeste não devem nada os desempenhos que a gente teve, por exemplo, no centro sul. O nosso vereador em Salvador, o Sandro Filho, ele ficou em quinto ou sexto lugar numa cidade como Salvador. Ele teve 12.000 votos em Salvador, foi muito bem votado e sem fazer uso daquelas práticas que a gente conhece, que são muito comuns lá, compra de voto, etc. Eh, o Faustino hoje é o político no Rio Grande do Norte, é o vereador que nós elegemos em Natal, que mais cresce no Rio Grande do Norte como um todo. Ambos, se quiserem ser deputados federais, são deputados federais praticamente eleitos no estado. Eh, e fora do MBL, eu posso também dar o exemplo, exemplo do André Fernandes, que praticamente venceu uma eleição em Fortaleza. Então, há uma mudança, e essa mudança é interessante porque algumas pesquisas estavam captando eh que o homem jovem no Nordeste estava indo mais à direita. Ele estava renegando o governo Lula e ele estava tendo essa tendência. Essa tendência parou, né? O governo Lula voltou a ser bem aprovado entre essa entre essas entre essas pessoas, pessoas desse perfil. Mas eu tenho que esse dizer entender que esse perfil é é o perfil que a gente vai navegar e crescer bastante por lá. Renan, eh, até algumas semanas atrás, eh, o MBL era, digamos, parte do governo Tarcísio, eh, por meio da vice-liderança do governo na Assembleia Legislativa, ocupada pelo deputado Guto Zacarias. Eh, o Guto eh, deixou a viceliderança. Eh, então eu queria te perguntar duas coisas sobre isso. Primeiro que você esclarecer qual é a relação hoje do MBL com o Tarcísio. Vocês romperam com o Tarcísio, não apoiam mais o Tarcísio. E segundo, eh, você criticou tanto os partidos do centrão, eh, eh, PSD, com termos bem fortes, PSD, republicanos, PP, PL, todos eles estão estão no governo Tarcísio, né? Não é uma contradição um pouco essa crítica tão dura a esses partidos, tanto sendo que o MBL estava de uma certa forma representado nesse governo Tarcísio? Não, não. Assim, o governo Tarcísio, ele só tem governabilidade por fazer isso. Isso não impediria a gente de fazer parte desse governo. Na verdade, o Guto, ele foi um vice-líder, é uma posição menor dentro da estrutura, menor, mas tá lá, né? Mas estava lá. E ele e ele referendou boa parte das ações do governo Tarcísio, especialmente as ações acertadas. Ele rompeu o Tarcísio por questões outras. O Tarcísio começou a ceder pra Defensoria Pública em São Paulo, teve aumento de gastos enormes. Isso é contra a agenda do Guto. O Guto saiu fora. Agora a gente tem que entender que essa posição nossa não é uma posição antipolítica. A gente não é antipolítico. Quando eu critico o PSD, eu não tô criticando o PSD por participar do governo Tarcísio. Minha crítica ao PSD de maneira clara é por ser um partido que na maior parte dos municípios do Brasil que ele participa, e acho que é o partido que mais ganha prefeituras, ele é altamente fisiológico. Os seus eleitos participam eh de, vamos dizer, formas de exercício político nem um pouco republicanas, não apenas eles, mas os outros partidos centrão não tem lado. Então, o PSD é um partido que tá com o Lula, tá com o tá com o Tarciso. Na verdade, o PSD e declarou apoio ao Tarcísio recentemente, ao Eduardo Leite, a ao Ratinho Júnior e e tá com o Lula, ou seja, eles estão com todo mundo e não estão com ninguém. E esse tipo de coisa a gente renega. Então, eh, o fato da gente atacar eles nesses termos e a gente precisa atacar porque é o tipo de política que a gente não fez uma crítica dura ao Cassab agora a pouco, por exemplo, que é um homem, um dos homens fortes do governo Tarcísio, por exemplo. Sim, eu faço e eu eu contradição nisso não vejo, não vejo. Se que é um problema, porque senão eu vou começar a negar a existência da política. Eu nem abriria um partido político. Eu vou ter que lidar com o FAD e negar do ponto de vista da ética da responsabilidade a forma como eles fazem a desculpa, dentro da ética da convicção, a forma como eles fazem política, mas dentro da ética da responsabilidade, sem alterar meus valores, eu tenho que sentar numa mesa e cumprimentar e conversar com todas essas pessoas. E o o Guto, ele teve grandes, se eu for colocar dentro da lógica da ética da responsabilidade, o Guto, ele foi um melhor ou um pior deputado tendo sido vice-líder do Tarcío. Eu tenho certeza que ele foi um melhor deputado. Ele foi um grande, ele é um grande deputado. Ele conseguiu acabar. E qual é a relação hoje? Qual que é a relação? É de rompimento. É uma relação eh cordial e amistosa no sentido de que se o Tarcío apresentar bons projetos, o Guto votará a favor. Só que eh a gente sabe que nós temos caminhos diferentes. Nós sempre soubemos que nós tínhamos caminhos diferentes e esses caminhos eles vão se distanciar cada vez mais. especialmente agora paraas eleições e agora por conta assim dessa postura dele que ele, né, ele não vai firmar, vamos dizer, a própria liderança dele. Isso foi uma forma bonita de explicar que eles romperam. Hum, pode ser. Podemos falar nesses temas. Só foi uma forma elegante de dizer que eles romperam, uma forma presidenciável assim. Aí é, talvez, talvez um pouquinho presidenciável. É que eu vou ter que, né, se for eleições, eu terei que ser muito honesto sobre minhas opiniões sobre todos eles, né, inclusive o Tarcísio, mas pretendo não tentar ser deselegante. Entendi. Vai aqui em São Paulo, Ren Missão tem planos para o ano que vem, 2026, e aproveito para perguntar, estava falando muito do que faria no primeiro dia em termos de segurança pública, que é o principal pleito aí nas pesquisas, né, de toda a população. O governador tem falado aqui em São Paulo algo parecido. Ele tem dito que tá conseguindo desmobilizar locais em que o crime organizado estava inserido. Ele fala que a cracolândia acabou por conta da eh inserção na favela do moinho, entre outros exemplos. Para você, o que você imagina para esse primeiro, futuro, possível dia de mandato? Faz sentido essa política de enfrentamento ao crime organizado? Faz, não só ela, como também uma política de a gente vai ter que endereçar a questão fiscal no Brasil, que é outra outro problema. meio que todo mundo sabe que as contas públicas estão indo para uma trajetória de estouro para 2027. Então, esses são os dois temas que o presidente do Brasil vai ter que lhe dar. E o que o convite que eu faço para todos os outros presidenciáveis é não só falar o que a gente tá falando em termos de segurança pública, porque hoje eles puxam a pesquisa, ah, isso é legal de falar, isso é bacana. Eu quero saber o que que eles vão falar sobre a reforma no Estado brasileiro e a reforma no orçamento brasileiro que vai machucar privilégio de todo mundo. O Tarcísio, Pacitaum, ele sem precisar, ele cedeu pra Defensoria em coisa de 300 milhões assim. Já é o terceiro, o segundo ou terceiro projeto que o governo manda beneficiando o privilégio da defensoria, sem precisar muito. Como é que esse cara vai lidar com os privilégio do judiciário? Como é que esse cara vai lidar, por exemplo, com as pressões que um governo vai sofrer para andar com reformas que vão precisar, por exemplo, tirar da Constituição os pisos para educação e saúde? Imaginem o tamanho do drama. Como esse governo vai lidar se ele tiver, por exemplo, que congelar eventualmente vencimentos tanto do BCC, do BPC, quanto da aposentadoria? Eu tô falando que o próximo presidente da República talvez terá que fazer isso. Esse será o caminho, não é? É inclusive a PEC que o quem protocolou. Eu falo, se eu for presidente, eu vou fazer isso com salário mínimo. Vou fazer o nós teros, nós vamos ter que desindexar do salário mínimo tanto o BPC quanto a aposentadoria. E o centrão vai querer te acompanhar nessa Renato? O centrão vai ter que acompanhar porque aí não vai ter dinheiro nem para pagar as emendas deles. Essa é a real. Não vai ter dinheiro para nada. O Brasil, pessoal, o Brasil tá indo para uma trajetória de colapso. A minha diferença é, eu tô falando isso desde hoje, eu gostaria muito de ouvir isso da boca dos outros presidenciais, porque me imitar na parte de segurança, eles imitam. Eu quero ver eles imitarem nessa parte. E o que eu digo na presidência da República, para dar o exemplo, assim como a gente citou, tem que estar junto com a troppo com as polícias militares na ocupação das favelas para trazer de volta essas pessoas para pro território brasileiro, né? É, ao mesmo tempo, o presidente da República tem que falar: “Eu vou fazer esse sacrifício junto com a população e junto com o funcionalismo”. Se a gente for, a gente fala o tempo todo, ah, vamos enfrentar o alto funcion, vamos, vamos, vamos ter que alterar super salário, vamos ter que estabelecer um limite para o que que é indenização, por exemplo, pros pro alto judiciário, né, pro juízes, etc. Só que o presidente da República e os ministros, haverá um tipo de coisa que não vai ser do ponto de vista orçamentário importante, mas é simbolicamente importante, que é falar nós faremos junto sacrifício. Inclusive a eu acho que assim, por mais que so bobo, porque eu comecei a achar essas coisas meio tolas, nesse sentido, com o sacrifício gido, vamos ter que eventualmente cortar salário de ministros, os deputados da base vão mostrar sacrifícios, porque nós temos que apontar para todo mundo. Se eu tiver fazendo sacrifício, vocês vão ter que fazer também a arrogância na maneira como você diz que estão te copiando? Não, porque é uma é um dado da realidade. O Caiado foi, por exemplo, parlamentar por muitos anos. O Caiado, como eu mesmo falou aqui na Jovem Pan, ele tá desde 86 na política e tem muito mérito no que ele tá fazendo. Tem muito mérito. Ele ele lutou ali na constituinte para defesa do direito de propriedade. Dito isso, ele nunca protocolou um projeto nessa linha. Por que que do nada todo mundo tá divulgando o direito penal do inimigo? Por eu fico, eu fico curioso. Houve um, houve um fato ou foi o fato da gente tá viralizando o conteúdo e tá fazendo seminários porque não é o Renan especificamente, é no meu grupo. O Quem tá falando disso, o Quem passou projeto aumentando pena. Nós estamos endereçando essa agenda. A lei antioruan que tá todo mundo, né, todo mundo atacou a época. Hoje o Orã tá preso. O Orano tá preso. Não foi porque do nada a polícia civil despertou pro problema. Não foi do nada. O Oruan começou a ser tratado como um agente político, parte do comando vermelho, porque nós assim o fizemos. Então, todo mundo percebeu que nós tivemos liderança nesse processo e naturalmente as pessoas estão copiando. Isso é normal. Eu conheço a equipe de rede social de praticamente todos esses caras e eles acompanham a gente, eles seguem a gente e é natural. Fico feliz que eles estão copiando, mas eu espero que não fique só na cópia marqueteira e não só naquilo que eles acham que dá voto. Eu quero ver na hora de falar das reformas. Vai lá, Musa. Você mencionou um ponto da segurança que realmente o Brasil ele tá para mim numa situação extremamente crítica e o ser humano tem uma alta capacidade de normalizar tudo, né? Eh, quem pode, nós podemos, você normaliza que bota no preço de um carro que você tem que se blindar dentro dele ou casas com, enfim, a gente normaliza esse tipo de situação. É um dos países que eu estive, eu, para mim, um dos grandes ativos é viajar o mundo, um dos grandes que eu tive conhecendo e produzindo documentário foi o El Salvador recentemente para entender ali. Falei com alguns ministros do Buquele e tudo mais. E eles chegaram numa situação, obviamente muito mais caótica do que a situação brasileira, mas como você falou, são 25 milhões de brasileiros que perderam simplesmente o território onde a máquina pública simplesmente não entra, né? Eh, e ali eles tiveram que partir para um lado mais radical. Para quem não conhece, basicamente se eu morava numa comunidade e você na outra, tinham duas eh gangues, né? A 13 e a 18. Se eu atravesso a rua e não faço parte de uma gang e você também. Eu dava um tiro na minha cabeça e eu fica, meu corpo ficava lá e acabou e ponto final. Eh, talvez e você acha que o Brasil já está chegando numa situação de narcoestado em alguns locais? E se sim, como é que a gente confronta sem uma mão firme? Porque, por exemplo, o Buquele, ele instaurou o estádio de City e vem revogando e vem renovando isso a cada mês que passa. Como conduzir isso quando o outro lado não eh não tem o menor de moralidade? Ah, começando a pergunta, me refira ao crime. Claro, claro. E começando a responder tua pergunta eh eu vejo de duas maneiras a infiltração do crime organizado. Uma que eu chamo de horizontal, que é a territorial. Horizontal também. Você olha no mapa, você vê ali no horizonte, no Rio de Janeiro, tem até o mapinha, isso aqui é TCP, isso aqui é CV, isso aqui é ADA. E tem a vertical. Quem pratica mais a vertical é o PCC, que é a infiltração institucional, tanto no setor público quanto no setor privado. Economia lícita. É, eles estão entrando, então eles avançam nas estruturas hierárquicas da sociedade brasileira, não só do estado, enquanto, por exemplo, o comando vermelho é muito mais claro na no nesse avanço horizontal. você vai ter que ter políticas para enfrentamento de ambos, políticas de inteligência pro enfrenta, um projeto ligado à ideia antimáfia, um P antimfia, foi até elogiado pelo Gaquia para enfrentamento, vamos dizer, a essa transformação das facções em máfia e ao mesmo tempo a gente tem que ter uma legislação de combate muito clara pra infiltração horizontal, que é, por exemplo, que o comando vermelho faz. Não que o PCC também não faça e que eles não disputem. Para isso você vai ter que ter marcos institucionais muito específicos e uma presidência da República forte em ação junto com os governos. Isto é diferente ao Salvador. Salvador é uma nação pequena. Sim, é uma nação pequena. É, é uma nação em que, vamos dizer, pessoas. É, o a complexidade do caso brasileiro é muito maior e o Brasil é institucionalmente muito mais complexo. Se a gente apresenta para um gringo a situação brasileira, ele vai ficar meio louco, ele vai surtar. Mas dito isso, as polícias dispõe de meios, o governo federal dispõe de meios. Se você muda institucionalmente, você coloca vontade política, você consegue endereçar. É, é, é completamente possível endereçar. Até porque o Brasil antes dos anos 70, 80, queando a gente começa a ver a criminalidade disparar, ele não era esse inferno todo. A gente pode até discutir os pressupostos que tornaram o Brasil tão perigoso. Ele não era todo esse inferno, ele se torna. E a gente tem que entender por e como evitar de voltar a ser assim. E e uma dica assim, na minha visão, não para nessa questão repressiva, até porque o próprio Bquelli não para na questão repressiva, nós não devemos parar questão repressiva. O uso da inteligência não é só para pegar os caras, mas é para entender quem é a mão de obra do crime, né? A gente tem tem uma pesquisa excelente da GV de 2007 que mostra o seguinte: e jovens em geral sem pai são o, vamos dizer o perfil social mais óbvio de parar na estrutura do crime. Jovens humildes, de famílias desconstruídas, sem a presença paterna. Isso acontece nos Estados Unidos. Isso é meio que padrão no mundo todo. No Brasil, isso é muito claro. Esses jovens estão na periferia, esses jovens acabam sendo recrutados pelo crime organizado como uma mão de obra muito barata. Eles são, vamos dizer, eh, a mão de obra que acaba morrendo no tiroteio. Eles são a maior parte das estatísticas, tanto do crime cometido quanto da vítima da violência, tá? Esse jovem, ele tem que ter uma atenção especial. A gente sabe onde esses jovens moram, a gente sabe onde são essas periferias e a gente precisa ter um tipo de educação. E nesse ponto eu sou a favor da militarização das escolas em regiões que nós vamos retirar do tráfico de drogas para que esse jovem tenha um acompanhamento eh do ponto de vista da formação do caráter dele. Tô falando um homem jovem com a figura masculina ao lado dele, com bons exemplos, exemplos de homens que vão ensinar como se portar, como como agir diante de da necessidade que o jovem tem de hierarquia no na dinâmica social dele, que hoje é suprido pelo Oruan, pelo POS, por essas tranqueiras aí. E aí tem um ensino técnico para que esse jovem saia da escola apto a ter um emprego, inclusive participar do processo de arrumar um emprego. Resolver esse jovem que tá na periferia e que é usado de mão de obra barado do crime é resolver o problema para além das leis penais mais duras que a gente tem que ter. Vai lá, Elias. Eu queria falar agora com o pré-candidato à presidência da República, né? A pesquisa recente colocou você ali com 2% dos votos, o que é um uma porcentagem muito importante aí numa numa pré-campanha que a gente tá começando. Ah, primeiro eu queria saber como é que vocês receberam esse número, se era esperado, se foi aí uma surpresa positiva. E o segundo ponto é, né, eh, no estado de São Paulo você candidato vai precisar ter bons palanques, né? E aqui, evidente que o estado de São Paulo é um estado muito, muito estratégico para vocês. Eu queria saber, hã, quem são os potenciais candidatos a governador do Missão, ao Senado, como é que seria sua chapa aqui no estado de São Paulo? Vamos lá por partes. Já montar o partido foi tão difícil, né? Mas vamos lá. Vai começar pela última ou pela primeira? Começar pela última. Adora, todo mundo nosso adoraria que quem Cataguiri fosse candidato ao governo do estado de São Paulo. Eu adoraria que o Cataguiri fosse meu líder do governo no na gestão Renançando na presidência da República. Então adoraria vê-lo como candidato deputado federal. Temos que ver o que quem Catagui vai querer, né? Ele acho que é a torcida. E ele vai ter total liberdade para escolher. Sim. Ele tem um pouco de moral no time. Ele a gente gosta bastante do menino. Eh, então seria, vamos dizer, uma decisão que ele tomaria. Eu gostaria de vê-lo como candidato, porque eu gostaria de vê-lo, já que eu seria candidato a presidente, gostaria de ter um líder de governo como ele. Seria uma revolução ter um cara como ele como líder de governo. Eh, sobre fazer campanha e sobre como receber as pesquisas. Eh, se por um lado e eu eu fiquei surpreso por ter sido incluído na pesquisa tão logo, eh, eu não fico surpreso com o resultado. Por mais que eu seja, vamos dizer, em redes sociais não tão grande quanto os demais membros, a gente tem que entender assim, nós temos um público ao redor do Brasil inteiro muito leal e que acredita muito no projeto. O, a, a crença é concreta. Quando Kim Catagui concorreu para prefeito de São Paulo, quer dizer, tentou concorrer, né, foi barrado pelo União Brasil, ele chegou a aparecer com 10% em algumas sondagens, variava de 6 a 12%, até que no começo de 2024 o próprio partido começou a sabotar ele. Então ele chegou até e qual era o perfil demográfico? exatamente o mesmo perfil que apareceu na sondagem com meu nome pra presidência da República. Se a gente pega, por exemplo, esse perfil e um pouco mais masculino, bem mais jovem, com uma boa escolaridade e separa pelo meu conhecimento, que eu sou o candidato com o maior desconhecimento de todos e separa em regiões como Sul, Sudeste, eu vou estar pontuando em alguns cenários nesse sentido com pessoas mais escolarizadas, homens e mais jovens, tranquilamente com 10% nesse setor. Isso é uma coisa muito boa. candidatura independe, por exemplo, de Tarcío ser candidato também à presidência. É, eh, de maneira maneira alguma a gente vai vincular nosso sonho, nossa porque o que você fala que você tá assim, se for candidato, ele ele unificaria a direita, o centrão, vocês se a sua candidatura tá mantida em qualquer cenário. É isso que você tá falando. Isso é um compromisso de vida. Agora é é uma é uma candidatura de um partido novo, eh, eh, sem trocadilho com o outro ali. Eh, sem, sem, sem fundo, sem fundo eleitoral. Um pouquinho de fundo eleitoral. aqui de fundo eleitoral, sem tempo de TV, né? Eh, eh, que tipo de candidatos com palanques difíceis, né? Eh, eh, que tipo de candidatura seria essa? Que tipo de estrutura vocês teriam? E e vocês poderiam fazer coligações com outros partidos ou ou o Missão vai ser um partido purista assim de não aceitar coligações, por exemplo? E a nossa audiência perguntou também por começar com uma candidatura à presidência da República, que é, digamos assim, aquela que qualquer partido quer ter a representatividade? Pois bem. Ah, pega o combo aí e destrincha aqui. Vamos lá. Primeira coisa, seria da maneira mais rock and roll possível e seria com pouco dinheiro pegar uma van com Starlink e sair rodando as cidades do Brasil. Essa seria uma candidatura que se comunicaria com as pessoas na base e que continuaria falando com as pessoas nas redes sociais. É o que nos resta e é a coisa mais honesta se fazer é ir conversar com as pessoas na Bazinha numa rádio no interior do Paraná, depois segue para pro Ceará, segue pro Maranhão. É ter essa conversa com as pessoas e fazer algo que os outros não estão em condição de fazer. Falar as coisas fáceis que todo mundo quer falar, mas também as difíceis na cara das pessoas. Muitos não vão gostar, outros tantos vão gostar. Ah, e naturalmente isso não independe do Tarcísio, porque os nossos sonhos não dependem do Tarcísio. Na verdade, nem os sonhos do Tarcísio dependem dele. O Tarcío tá sempre aguardando o sonho dos outros. Uma hora o Tarcísio vivia o sonho da Dilma, depois o Tarcío passou a viver o sonho do Temer, agora ele vive o sonho do Bolson. Quer dizer, ele vivia o sonho do Bolsonaro, agora ele vive o sonho do Ciro Nogueira. Ele é um ele não é um arquiteto de nada, ele é um engenheiro do do projeto arquitetônico, ideológico alheio. E nós somos arquitetos dos nossos próprios sonhos. Nó nós desenhamos um Brasil diferente. Então para isso a gente precisa de uma candidatura apontando. O nosso caminho é esse aqui. E eu não sei se a gente vai ganhar ou perder, né? As pessoas dirão que nossa candidatura é improvável, né? Mas eu não sei, era improvável montar um partido, era improvável impeachment da Dilma. A gente já contrariou isso outras vezes. Eh, você acha que dá para chamar Tarcício de fantocho, como muitos têm chamado nos últimos dias? Eu, eu não diria e um fantocho. O Tarcísio, ele é um bom aluno. Ele é um cara que teve as notas mais altas por onde ele passou. Ele é um bom aluno. Então, alguém dá uma missão e ele vai cumprir da melhor maneira que ele pode cumprir essa missão dele. Tanto que ele seria um cara que poderia agregar trabalhando pra gente no governo nosso. Eles estão rindo, mas não é para rir. É real. Ele trabalha bem pro governo nosso. Respondeu a questão das coligações. É um partido que aceitaria coligações dentro do nosso projeto. Se alguém quiser participar e coligar dentro do nosso projeto, nos nossos termos, com certeza. a oposto missão apoiando outros candidatos para presidência da república, sim, né? Não, para para governos eventualmente numa posição em que eles aceitariam par do nosso programa. Tanto que uma das coisas mais difícis que a gente vai ter, Zaninho vai ser eh manter a nível estadual e depois a nível municipal esse tipo de mentalidade. Você só consegue ter um projeto ideológico sério no Brasil se entendendo como dominante. Você tem que se entender como dominante, inclusive nas relações. E naturalmente as pessoas querem montar partidos no Redor do Brasil para vender essas legendas por aí. e para coligar aqui, ali. E isso acaba maculando a própria natureza do partido. A gente precisa ser um partido dominante. O partido dominante é se eu estiver como um sócio menor no projeto alheio, tem que eh observar a ideia de que ele vai ceder o espaço para uma nossa, pra perspectiva nossa. Se não há sessão para uma perspectiva nossa, e na verdade a sessão pro espaço de um político que tá na nossa legenda, deu errado. A gente não pode fazer cuidar disso. Eu tenho certeza que será mais importante, inclusive do que tocar candidaturas. Eu acho que eu vou me estressar muito mais tocando isso do que qualquer outra coisa, porque essa sedução existe e essa tendência natural a se conformar é a base da política brasileira. Só para rematar, por que já começar pela presidência da República? Porque nós temos que começar simbolizando o o que nós sonhamos e que nós almejamos pro Brasil. A gente tem que oferecer para as pessoas uma perspectiva diferente. Eu naturalmente eu volto a falar, o Tarcísio é um projeto do centrão levando os votos da direita. É isso Tarcío tá fazendo e e os outros candidatos vão se amarrar ao redor do Tarcísio, porque é isso que eles querem fazer. É um é um acordo e tá OK, façam. É um projeto convencional pro Brasil. Eles dizem que eles vão pacificar. Legal. Nós não estamos muito querendo pacificar o Brasil nos termos de nós temos que fazer mudanças profundas no Brasil. Então a gente vai ter que mexer em privilégios aqui ali. Vamos ter que falar em subcto federativo, um monte de coisa que vai deixar as pessoas desagradas. Mas nós vamos fazer, esse é o nosso sonho e nós temos que apontar. A participação leição vai ser para ganhar, mas também para apontar e apontar um horizonte. para que, vamos dizer, eh, novos frutos surjam ao redor do Brasil, novas lideranças surjam e esse partido tenha um impacto que ele pretende ter na história nossa. Vai lá, Bia. Mas você vê alguns nomes, teve algumas críticas, mas elogios, por exemplo, a Tarcísio agora mesmo, a Caiado. Então, uma possível presidência poderia ter um convite para essas pessoas participarem do governo formalmente, deixando as críticas de lado? Sim, poderia, poderia. Eh, o Caiado é um é um homem honesto nos propósitos dele. O pode ser que não seja um homem mais forte nesse sentido. No impeachment da Dilma, ele era um cara que ele era conduzido pelas circunstâncias. Naquela época ele já foi conduzido pela gente ou caiado aquela época do impeachment da Dilma. Primeira reunião que eu tive com ele, ele era contra o impeachm. Não, eu tenho um nome a zelar. Depois ele falou: “Ô, tô junto. Tudo bem, ele veio conosco J Pitm. Natural que no governo nosso ele venha com a gente também”. Eh, o Tarciso é um homem, é um técnico bom, faria sentido no governo nosso. Não, nós não teríamos problema algum nesse sentido. Zeba, eu não sei muito o que fazer com o Zema. Acho que um pão de queijo com Zema. Quantos ministérios vocês teriam? Não, não teria agora como estimar para você, ah, vou cortar para tanto. Eu acho isso mais uma, para muita gente isso tem um caráter que é simbólico. Exatamente. Porque é um, é um símbolo de muita discussão aqui no país, né? Sim. vão cortar um monte de eu acho que assim, nós pela própria natureza nossa, muitos ministérios que não têm utilidade aí, que alguém pode levantar, não fariam sentido. Nós talvez juntássemos muitos tanto ali os outros tantos em secretarias, eh, mas isso nem de longe, esse é o ponto, arranharia o problema fiscal que nós temos. Nós temos um problema fiscal de ordem trilionária, que por mais que isso sobólico e precisa ser feito certos simbólicos, o que a gente vai precisar fazer é muito maior do que essa questão das reduções que nós faremos. Eu só não sei estimar para você que nem chegamos nisso, nesse tipo de discussão. Estamos caminhando paraos últimos 15 minutos. Dá tempo de fazer mais um giro aqui. Eu quero te perguntar porque você mencionou que vocês vão representar os Millennials e a geração Z. E há uma diferença grande também entre as essas gerações e seus gostos. Então não daria para colocá-los num pacote só. Mas o que que essas gerações querem e que o missão ou a missão teria para oferecer? Um exemplo bem claro do que que seria essa ruptura geracional. Hã, a construção de 88, ela foi construída em cima do sonho da geração boomer, que a gente chama geração boomer brasileira, não é igual a geração americana. Então, a gente veio de uma de um período que houve uma ditadura militar com certos consensos sobre o que era aquele processo político histórico para alguns. Ã, certo consenso para alguns é é contraditório, mas havia um consenso, né, de que não foi democrático, que havia violações de direitos humanos, que as pessoas queriam votar e aquilo foi plasmado numa constituição que garantia muitos direitos, que no papel soava bonita, mas que ela já era na clona quando ela surgiu, né? O estado de bem-estar social começou a ruir naquele período e a gente tá pagando pato daquele daqueles consensos até hoje. Como a gente teve várias violações de direitos humanos cometida pelo estado do Brasil na ditadura, naturalmente a gente teve uma legislação penal e um tanto quanto leniente com a ideia de crime. As gerações mais novas não não concordam com isso. Sai uma pesquisa recente sobre como a geração Z no Brasil vê a questão da pena de morte. 46% é favorável. É a geração que é mais favorável à pena de morte. E não é que ela é conservadora. Você tem números. é a geração que é mais favorável, por exemplo, aborto e liberação de drogas, mas ela é a favor da pena de morte em uma em uma intensidade muito maior. Essa perspectiva sobre enfrentamento ao crime que essas gerações mais novas têm não tem a ver com a perspectiva que a gente viu no momento que a Constituição foi feita. A ideia da garantia de direitos, né? A gente tinha na em 88 a ideia de direitos, direitos, precisamos de direitos, né? Isso vai ser uma forma de garantir a nossa cidadania. O Brasil é um país muito rico, mas muito desigual. A perspectiva dessas gerações não é exatamente essa. São gerações que querem ganhar dinheiro, não estão ligando muito se vai estar na CLT, se CPJ, elas querem regimes de contratações diferente, querem uma adaptação a um mundo muito mais dinâmico e naturalmente elas estão presas não só no endividamento e que foi gerado pelas gerações anteriores, de momento real, que é a conta que cai seja na previdência, seja no custo do estado, o custo tributário que incide sobre elas, mas sobre a forma de de elas enxergarem o próprio país. Essas gerações não conseguem sentar na mesa para discutir, porque pelo próprio fato das gerações mais velhas simplesmente estarem vivas até hoje, elas ocupam os espaços, seja nas empresas, seja no estado. E aí você tem esse choque. Esse choque ele precisa ser estimulado não sentido do conflito, mas no sentido de que dialeticamente a gente precisa começar a alterar o Brasil ao modo dos novos brasileiros. Bruno, é bom. É, eu essa parte da Constituição de 88, eu acho que vai bem em linha do que eu falei. Tem até um livro que chama A quarta virada, só tem inglês, que ele explica essa diferença geracional e que agora o Brasil estaria entrando num outro ciclo que eh, segundo consta, duraria seus 20, 30 anos. Esse estudo foi de 1500 a 1997 entre Inglaterra e Estados Unidos, mostrando esses ciclos econômicos que o Brasil entraria mais à direita em 2018 e permaneceria por um longo tempo. Acho que tivemos o lapso da pandemia e tudo mais. Você acha que faz sentido essa análise e vocês poderiam entrar em algum momento, mesmo que não agora, sendo no mais real para 2026, em algum momento ter uma capacidade de bater de frente com esses partidos que hoje dominam o status qu por completo? Ah, a gente tem que acreditar nisso, né? Nós a gente tá devotando a nossa vida a isso. Então, a crença nossa tem que ser muito real. Eh, eu acredito de fato que a gente vai conseguir. Eu acredito de fato que assim, é porque no começo você não é necessariamente o mais popular, mas nós trazemos os melhores. E hoje nós não podemos ter a maior parte dos brasileiros hoje ao nosso lado. Eles sequer conhecem nossa mensagem. Nós somos um partido que tá nascendo, mas os jovens mais interessantes nas melhores posições, eles já entenderam a mensagem e estão participando disso. A quantidade de pessoas brilhantes que a gente tá trazendo, jovens que trabalham com startup, que estão falando: “Não, eu vou trabalhar no projeto de vocês”. jovens que trabalham no setor de tecnologia, jovens no mercado financeiro, jovens eh que trabalham que se formaram nas melhores faculdades de direitos do Brasil, eles já entenderam que o projeto da geração do eles é o nosso. Isso aconteceu com outros projetos, inclusive dos nossos adversários, quando eles reuniram grandes nomes. Pô, eu eu, gente, eu odeio o PT, mas na fundação do PT você tinha o o Sérgio Bardeolando, o o Raimundo Faoro, ele foi ligado ao PT em grande medida. Ou seja, eles tiveram homens brilhantes no começo deles e eles foram um projeto geracional. Nós estamos começando reunir pessoas muito jovens e muita inteligência que vão trazer um impacto na vida brasileira nos próximos anos. E isso a gente vai sentindo como vai acontecer. Só que eles estão sentindo isso que eu digo, que é o que os nossos coletores sentiram no processo de criação. Nós estamos fazendo algo que os outros ainda não fizeram. Mas quando você falar, a gente tem que acreditar nisso, já não há um descolamento da realidade, porque se a gente tem que acreditar é porque de fato isso não aconteceria. Não, não é que eu digo, eu digo isso como uma, uma resposta no sentido de que eh eu não poderia não acreditar nisso para ser mais preciso, eh, com todo o trabalho que a gente tá tendo, porque se esse é o trabalho das nossas vidas, a gente tá botando o coração nisso, naturalmente a crença tem que ser muito forte. Mas eu quero te, eu quero saber, há viabilidade para isso? Tem que ter e terá? Não, tem que ter não. Eu quero saber se tem. É porque eu tenho que ter, é um ato de vontade. Se eu ficar olhando estatística, nós somos um grupo minoritário. Só que eu não sou um olhador de estatística. Não existe nada mais forte do que a vontade humana. Daqui a pouco, eu não quero parecer filósofo aqui, mas daqui a pouco vem as inteligências artificiais, elas vão substituir boa parte da nossa capacidade técnica em muitas coisas. A única coisa que vai restar pro ser humano é a capacidade de sonhar e a vontade de realizar. Então, graças à nossa vontade, a gente fez o impitm da Dilma quando era muito improvável. Graças à nossa vontade, a gente sobreviveu à pressão que o bolsonarismo fez contra nós, o cancelamento, a imposição de uma direita única. Aquilo foi um ato de vontade, foi uma teimosia. Graças à nossa vontade, nós temos e a gente criou um partido. E olhando o Brasil hoje, você entende que o impeachment da Dilma resolveu o problema? Não, porque não existe fim da história. O impitment Dilma não resolveria nada, mas o impitment Dilma era necessário naquela época para firmar inclusive uma posição contrária a a não só a pedalada fiscal, isso aqui não é sobre pedalada fiscal, a um tipo de governança corrupta que a gente tinha na mão do PT naquele período. Naturalmente as decisões que nós enquanto brasileiros, tomamos no pós-mitchman, foram ruins. E eleger o Bolsonaro como líder disso deu, desculpa o termo, deu caca aí, né, para não falar palavrão. E agora a gente lida com as consequências disso. Todos nós lidamos. Agora o impitmad não arrepende em nenhum momento. Aquilo foi um momento de despertar. O problema é nós despertamos e fizemos besteira. Nós despertamos, pegamos um cara meio bobo. Oi, tudo bem? Sou o Bolsonaro. E botamos lá. Botaram um idiota numa posição importante. O idiota fez o que o idiota faz, cara. Faltas importantíssimas pro país ao longo do projeto dele, né? Mas acima de tudo, ele pegou todas essas pautas e submeteu à vontade dele. O Bolsonaro pegou toda a agenda daquilo que a gente chamava de direita e grudou nele e destruiu tudo. Tanto que em todos os termos a a direita saiu menor. A agenda liberal que nós defendemos, ela saiu menor ou maior com o Bolsonaro? A gente não fala mais em reformas em termos liberais com ninguém. Todo mundo fica falando isso meio escondido. Quase ninguém produz mais conteúdo rede social nesses termos. E agora falou: “Ah, agora o Milei andou com isso, Argentina”. No Brasil isso diminuiu. A agenda anticorrupção na direita. Bom, o Bolsonaro tinha uma PEC pró impunidade que ele votou junto com o PT no governo dele. Bolsonaro foi um um político pró corrupção no governo dele. Pra gente ser claro, porque você anda com uma PEC pró impunidade, que a PEC eh que o centrão queria, o PT queria e os bolsonistas estavam votando. O quem que combateu ali? Ele acabou com aquela agenda. O Bolsonaro, mas falou, eu acabei com a Lava-Jato. Então, se a gente olha os pressupostos daquela direita, o Bolsonaro destruiu tudo. O Bolsonaro, ele foi uma um uma lepra pra direita brasileira e ele transformou o que eram causas 2015, 16 aí nas manifestações eram sobre causas que era muito louco num país como o Brasil. E virou sobre Bolsonaro. Tanto que as pessoas ficam lá orando na Paulista, ai presidente, as pessoas choram. Na época, antigamente era impeachman, prisão da Dilma, operação Lava-Jato. Hoje é eu te amo, Bolsonaro. Esse cara é um parasita. O preço que esse cara cobrou para a direita brasileira, a gente vai ficar pagando por anos a fio. É uma desgraça, mas né, as coisas são como elas são. Vai lá, Elias. Eh, a gente acabou falando um pouco da esquerda aqui no no na nossa reta final da conversa, né? Eu queria saber de você o que que você acha da eleição do ano que vem, de como a esquerda vai se posicionar. Há espaço para uma reeleição do Lula? Há. Em termos eleitorais, há. Ah, e ele ele tá no Eu não acreditava que sequer que ele ia ser candidato. Um sinal em que ele percebesse que ele poderia perder, ele não seria candidato. Porque se você for pegar narrativa histórica do Lula, né, foi preso, aí voltou e salvou a quem a democracia, ele terminava, escrevia um livro, falava que, né, é um grande herói, aí abraçar ali todas as lideranças de esquerda do mundo e tchau. Mas faltou combinar com a realidade. Ele não vem fazendo um governo bom. Mas desde que ele colocou o Sidônio, sejamos honestos, desde janeiro desse ano, eh, o Sidônio começou a atuar, eles começaram a tirar um pouco a janja do foco e começaram a fazer, vamos dizer, populismo puro e simples. É sempre o negócio do gás, botijão erguido. O cara, a popularidade dele começou a aumentar com a base social clássica dele, que são as pessoas mais humildes. Essa base social do petismo tá ativada e se ele tiver chance de ganhar, eu não duvido que ele não queira largar o osso e concorra e ganhe ainda. Esse é o perigo. não pode deixar o Lula ganhar. Vai lá. Agora a pouco você citou o Fernando Holiday de um jeito, falando baixo, obviamente, mas eh o o que saiu do MBL, né? Eh, ao longo dessa trajetória do movimento, houve algumas dissidências de pessoas importantes que saíram do MBL. O Holiday é um exemplo, há outros e e via de regra de maneira eh conflituosa. Esses eh divórcios não foram amigáveis. sempre as pessoas que saíram eh eh acusando, fazendo críticas de um suposto autoritarismo por parte do MBL comand que é comandado em última análise por você. Eu te pergunto o seguinte, primeiro, como é que você responde a isso e segundo eh eh numa perspectiva mais estrutural eh eh vocês estão migrando de um movimento para um partido da política institucional. vocês surgiram como movimento ousado, eh, polêmico em várias situações, eh, eh, em redes sociais e tudo mais, e agora estão entrando na via da institucionalidade. Vocês, eh, eh, já caiu a ficha que vocês estão fazendo esse movimento, vão mudar comportamentos, vão mudar regras? Eh, queria que você respondesse essas duas questões que são relacionadas. Perfeito. Ah, só o negócio do Hordy, eh, eu falo alta aqui. O Hordy é um sujeito que não presta, um sujeito viw, é um sujeito que muda de opinião conforme o vento bate e agora o vento dele é o Bolsonaro. Ele vai ficar pendurado no Bolsonaro enquanto ele puder. Eh, eles me chamam de autoritário porque eu cometo o terrível autoritarismo de num movimento que é claramente anti Bolsonaro, ele é contra Lula, contra Bolsonaro, que tem posições próprias, eh, nós não permitimos que a pessoa seja bolsonarista lá dentro. E essa pessoa sempre descobre que ela precisa ser Bolsonaro às vésperas de uma eleição ou depois de perder uma eleição. Então sempre elas têm uma epifania. Nossa, agora preciso ser Bolsonaro, mas aquele Renan não deixa. Aquele Renan. Mas a crítica também é é a forma, é a métodos, a a maneiras de Eu queria saber, eles gostavam dos métodos para caramba quando a gente tava junto, né? O Hidden eu peguei um Horden, um menino com muitas dificuldades financeiras na família dele, trouxemos, construímos todo o trabalho dele, divulgamos, trabalhamos em rede social, trabalhamos fisicamente por ele, investimos na construção do cara para depois o cara sair e falar: “Ai, ah, muito fácil aí, né? Muito gostoso.” Você vai, lança a pessoa, aí a pessoa te trai, te xinga e se junta ao Bolsonaro. O que todas essas figuras têm comum, elas se tornam bolsonaristas. O padrão tá do meu lado, né? É, eu não conheço assim uma liderança política que tenha que ser necessariamente permissiva com traição. Eles querem trair e eles querem que a gente bata palma de de trabalhar por eles pra traição que eles vão fazer. Teve um vereador lá em Curitiba, a gente elegeu o João Better, que foi um anos mais votados de Curitiba, ele virou vereador e decidiu: “Olha, eu não preciso trabalhar porque trabalhar ninguém liga, o eleitor não liga, o eleitor gosta que eu grave vídeo, então meu mandato vai ser mandado sobre gravar vídeo.” Aí não foi o Renan que expulsou os o a equipe que trabalha pro mandado dele, ela própria expulsou ele do MBL, ele e pediu demissão. Eles renegaram os salários que eles tinham e enquanto funcionários daquele gabinete e falaram: “Não, não, não vou trabalhar para um imbecil”. Quando ele saiu, ele falou: “E muito autoritário, o MBL é aqui”. Lógico, você quer ser bolsonarista no MBL, não vai rolar. O o Bolsonaro, a família Bolsonaro tentou fechar o MBL diversas vezes. Os ataques que eles fizeram contra nós são baixos na ABI paralela, porque os bols negócio ficar falando de democracia, não sei o quê. tinha uma bem paralela fiscalizando adversário do governo. Centenas de jornalistas estavam no meio. Eh, eh, nós estávamos no meio. E aí nós temos que aceitar que quem queria calar todos os dissidentes tem que ser uma opção dentro do nosso grupo. Lógico que não. E todas as pessoas quando entraram no MBL, primeiro, elas atacavam o Bolsonaro e segundo elas concordavam com isso. Mas depois o Bolsono, depois elas usarem o MBL como um degrau para entrar no jogo, aí elas querem ter a independência. A independência se base em se tornar dependente do Bolsonaro. Aí eu sou culpado. Então tudo bem, eu prefiro ser um vilão disso e pode me chamar de autoritário do que quiser. O que não vai poder me chamar é de frouxo. Frouxo eles vão lá pro partido novo, vão ter o Zema. Frouxo eles vão encontrar lá na família deles. Mudança do ativismo pra política. Como é que você tá processando? Eu queria at, eu queria até falar sobre essa mudança que fica, eh, claro até na figura, na, na, na vestimenta, porque da outra vez que você veio aqui estava de calça jeans, tava pegando todas as maldades. Eu tava, é, hoje eu tô tô levantando maldades aqui. Você tava com tênis, camiseta, hoje você já tá de terninho, já um sapatinho aqui, já tem uma figura mais presidenciável, digamos, se a gente olhar pro padrão dos presidenciáveis ao longo dos anos, que que aconteceu? Já juntando com a pergunta do Zanini e utilizando também na forma aí. Ah, meus críticos dirão que eu permaneço descabelado, então, eh, não há uma isso se manteve inalterado. Eh, mas na prática é um partido que vai se comportar como um movimento e não um movimento que vai virar um partido. Nós não vamos adotar as práticas institucionais, que a gente comumente associa partidos, mas o partido vai adotar a estrutura vibrante de militância de um movimento, né? Trabalhar com essa dinâmica é obrigatório. Ainda que na prática, por ser uma estrutura muito formal, um partido vai ter que ter uma série de procedimentos chatíssimos, né, burocráticos. Nós vamos ter que obedecer, né? Então, e é obedecer os critérios formais sem se tornar aquilo. E aí sobre a roupa, eu lamento muito mesmo. Eu realmente saiba que também não vem ser foi difícil colocar esse terno hoje? Muito. Inclusive não é um terno dos mais bonitos, né? Os outros presidenciais vão me dar um banho nesse departamento, mas até aí, né? Bom, temos os últimos 2 minutos rapidinho. Bia, vai lá a última. Bom, Renan, como um movimento, e você mesmo citou que hoje o que movimenta as pessoas ou eh o ex-presidente Jair Bolsonaro ou no caso do presidente Lula, como que o MBL ou o Partido Missão vai movimentar? O que que movimenta as pessoas hoje em dia que pode levá-las a sair dessa suposta inércia que você colocou? uma causa que dê sentido pra ideia de brasilidade deles. Eh, se você perguntar para várias pessoas ao redor do Brasil hoje, elas estão criando inclusive um fenômeno novo que vale a ser estudado, várias identidades regionais, inclusive a gente tá tendo brigas entre Nordeste contra a galera do Sul, etc. Mas a identidade brasileira hoje não está fazendo sentido. Porque ser brasileiro hoje significa o quê? sem você ser roubado na rua e aí vai aparecer um grupo de direitos humanos para defender o ladrão. É, você tá sempre sendo taxado de uma maneira diferente. E eu não tô falando como candidato, é que é real mesmo. Toda hora eu descubro uma nova estratégia, uma nova, ah, o negócio do PCC que o governo fez, vira lá o cara da receita falando: “Ah, viu, era para isso que a gente queria fiscalizar o Pix”. É o tempo todo isso. Então a sua ideia de brasilidade, ela começa a não fazer sentido. Ainda mais hoje com a internet que você começa a ver os outros países a a vida avançando ou quando você vê que um parente seu se mudou para outro país, o cara se mudou paraos Estados Unidos ou pra Austrália, tal e vê que a vida é muito melhor. Gente, a Argentina, por mais que a gente tire sarro e tal, eh, não tô nem falando em termos econômicos, andar nas ruas de Buenos Aires não tem comparação com andar nas ruas de São Paulo. Uma vergonha pra gente. Nossas metrópoles são horríveis. São metrópoles mal cuidadas, sujas, favelizadas. Ser brasileiro nesse sentido é é um esforço monumental e não faz sentido. Nós temos que dar esse sonho. Por que nos mantemos uma federação? O que é ser brasileiro? O que nos dá orgulho de ser brasileiro? O que nos torna únicos? O que nos vai permitir não só concorrer com o mundo, mas dar sentido no mundo, que é a ideia de ser um povo. Essa é a nossa missão no fim do dia. Renan Santos, obrigado. Muito obrigado. Prazer recebê-lo. Uma ótima noite. Até a próxima. Valeu. Até as entrevistas dos candidatos no próximo ano, né? Isso acontecerá. Fabio Zanini. Obrigado. Obrigado. Um prazer. Bruno Musa, ótima noite. Ótima noite. Obrigado, viu? Beatriz Manfredini, volte sempre. Obrigada. Volto. Elias Tavares, você também é sempre bem-vindo. Muito obrigado. Gente, obrigado pela tua companhia e audiência nesta segunda-feira. A gente se vê ao longo da programação da Jovem Pan. Fiquem com Deus. A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do grupo Jovem Pan de Comunicação. Realização Jovem Pan. Ador versátil. Eu sou um cara versado.

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