RENAN SANTOS – Flow #472

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aqui, eu te perguntei se tá gostosinho, cara. Eh, tá envolvido nisso aí agora. Eu sei que são 11 anos, eh, já em no, no cenário político ou discutindo política de uma forma geral e agora especialmente com com a criação do partido missão, né? Agora que o jogo fica sério, é assim que tu sente agora? Como é que Porque assim, eh, o Partido Missão ele, eu espero, eu eu não sei, tá, mas eu suponho que boa parte do Partido Missão será composto pelos integrantes do MBL. Sim, né? Faz todo sentido isso daí, né? Eh, então agora até então todos os os vai todo mundo que tinha sido eleito ou que participou de eleições pelo assim que fazia parte do MBL tava em outros partidos. Eles estavam eh sei lá, eu acho, suponho que vocês eh faziam alguns pedidos ou ou talvez até algumas concessões para para poder participar da da desse dessas eleições por esses partidos. E agora você tem o próprio partido. Agora o jogo ficou sério para valer. Mais nivelado. Mais nivelado, tu diria? Porque mais nivelado. Eh, seria mais ou menos isso. Na verdade, se eu fosse fazer uma eh, dando uma olhada no nos bonequinhos que tem ali atrás, né? Eh, é como se a gente tivesse alcançado, talvez nossa armadura de ouro ou chegamos no sétimo sentido, entendeu? Ou em virão super saiadin. Ou seja, a gente teve uma mudança qualitativa, não quantitativa. Uma quantitativa assim, a gente poderia crescer, aumentar de tamanho. Agora com o partido a gente muda de forma, né? É tipo uma lagarta que vira borboleta. Sei que é um exemplo que vão me zoar, mas é mais ou menos isso, né? A gente tem acesso a mais meios de ação. A gente não depende da vontade de lideranças políticas pré-estabelecidas para fazer o que a gente quer. Então um cara como Kim, porque pra gente desenhar pra galera o tamanho do problema, né? Eu posso falar de um cara pequeno que mora numa cidade do interior e na cidade está do interior os partidos políticos eles ficam na mão dos coronéis, dos caciques locais. Um cacique local às vezes tem três, quatro partidos na mão dele e ele compra e vende o apoio daquele partido. É um negócio, é um business bem grande. Então um cara que quer, sei lá, eu quero cuidar do esgoto da minha cidade, moro numa cidade que tem baixa cobertura de esgoto e sei lá, tem uma manilha quebrada ou passa um córrego que fede. Esse cara só queria resolver aquilo sendo vereador na cidade dele. Pois bem, esse cara eh eventualmente ele não vai conseguir ter a possibilidade de concorrer, porque os partidos vão estar bem arranjados ali e ele não vai ter direito de concorrer. Isso já aconteceu com a gente um caso similar em algumas cidades com jovens nossos que não conseguiam adentrar no partido para concorrer ou quando entrava era num arranjo assim, ah, bota esse cara para perder e para ajudar um outro cara que vai ganhar ali em cima. É, é um, é um modelo nosso. Ho, acho que a gente vai poder falar muito sobre esse tipo de modelo. O outro caso é o no topo, o Kim Cataguiri é o deputado federal mais votado da União Brasil. Ele também foi o deputado mais votado do partido anterior que fundiu e virou União Brasil, que era o Dem. é o deputado mais destacado, se for nas redes sociais, no Twitter, por exemplo, do União Brasil, o deputado que eles mais falam, quem porque é o único que eles vão poder ter algum tipo de orgulho, vai fazer alguma coisa legal. Pois bem, eu o que pleiteou, sendo o deputado federal mais votado do Brasil do grupo, desse mesmo grupo político, duas vezes, ser candidato a prefeito na cidade de São Paulo. Ele pontuou bem, chegou a ter pesquisa que ele pontuou com mais de 10%. Aham. Seria natural o partido dar espaço para ele, mas não. Como quem ele não agradava um determinado arranjo que o partido queria fazer e como o partido aqui pertence a um determinado grupo político, não. O Kim não deve ser candidato. Então assim, a gente já tava montando o partido, a missão quando o Kim, enfim, teve a candidatura dele negada, mas aquilo deixou tão claro pra gente que se a gente não tivesse um partido, não vale a pena a gente mais disputar o jogo político no Brasil. E então assim, o para qualquer jovem, qualquer pessoa que quer participar da política sem participar de um determinado tipo de jogo, ã, o recado que a gente tá deixando claro é um, nós temos a porta aberta para você. Eh, mas também o recado que a gente deixa é, e é para todo mundo entender, a, talvez a gente tenha sido o último partido que conseguiu ser formado no Brasil. Acho que as leis vão ficar ainda mais difíceis. tem uma reforma que tá para passar no Senado que dificulta ainda mais a abertura de partido e da forma como os partidos estão fundindo e fazendo federações e a possibilidade de uma pessoa comum participar do jogo estará cada vez mais restrita. Então a gente fala porque não sei se eu tô, não quero me estender muito, Igor, mas tá todo mundo falando: “Pô, o Brasil tá deixando de ser uma democracia e não sei o quê”. No que eu falo, o Brasil talvez nunca tenha sido uma democracia. Isso vale uma discussão boa, mas a democracia brasileira com esse sistema partidário só vai piorar, porque do jeito que a coisa tá sendo desenhada, você vai ter ainda menos partidos. São os mesmos Ccique. Você vai, as decisões no Brasil serão tomadas pelo Casscique do PT, pelo Cassabe, pelo Marcos Pereira, pelo Rueda e pelo Valdemar da Costa Neto. São esses cinco caras. E enfim, eh, esse jogo ali vai ser praticamente um jogo de cartas marcadas e a possibilidade de alteração da nossa vida vai ser pequena. Por que que tu acha que eh bom, primeiro essa reforma aí, você acha que e eles vão endurecer ainda mais a entrada de novos partidos e, portanto, eh controlar melhor quem participa das eleições de uma forma geral? Porque é isso que a gente tá falando aqui, que eh para participar, para entrar no partido e ser um candidato, você precisa conceder algumas coisas. partidos você tem que fazer parte mais ou menos daqueles daquelas ideias ali ou talvez suponho que não. Acho que acho que a única parte que não discutida é essa. Bem concreto, ninguém liga, pelo menos quando eu já tive conversas partidárias, nunca ouvi ou esse seu programa de ideias aqui, vocês estão falando de tal agenda na parte econ não existe isso. Os partidos só querem saber quantos votos você vai trazer e se você não vai encher o saco demais. Se você traz muito voto, eles não vão ligar se você encher muito saco. Então é mais ou menos eh o acordo tá tá esse. Encher o saco é o quê? É tipo votar junto com eles, não votar junto com eles. Exato. Então se você basicamente tem uma votação boa Uhum. H, e você tem um impacto, por exemplo, com uma boa militância e tal, você conquista uma independência, você não precisa ficar votando. O quem não é obrigado a votar de acordo com as decisões do União Brasil, nem a Amanda, nem o Guto, nem o Faustino, eles tomam as decisões deles porque além de ter militância, ou seja, os outros políticos, eles ficam com medo de alguma briga com conosco, ã, eles têm voto. Então, eh, isso gera um balanço de poder e para esses caras só interessa meio que, ah, ele tem um voto aí. Entendi. Sabe, no fundo é sobre para eles é sobre montar a chapa, ter voto, aumentar a possibilidade com aquele número de votos e com aquele número de cadeiras que o partido tem de no geral os partidos botarem a faca num prefeito para conseguir posições ou num governador ou no presidente da República. Esse é um jogo, na verdade, o que a gente chama de sistema político no Brasil é uma gincana. É uma gincana que quanto mais votos você tem, mais dinheiro você tem. Quanto mais políticos você faz, mais dinheiro você tem para colocar mais gente na gincana, que acontece de dois em dois anos. Genincana municipal, gincana federal. E você não tem nenhum objetivo concreto de realização de grandes metas nacionais ou cumprir metas que melhor a vida das pessoas. Isso é verdade. Objetivo é só captar mais dinheiro. Então se você olhar assim, é bem descritivo a forma como funciona esse sistema, ele é um sistema que é um fim em si mesmo. E todo sistema em geral vivo, vai orgânico, que funciona como um fim em si mesmo e fica se reproduzindo sem terminar, em geral parece um câncer, né? com câncer é mais ou menos isso. Então, na verdade, a maior parte dos partidos, por isso que são em geral do que a gente chama de centrão, eles são como se fosse um tumor que fica se espalhando. O tumor é assim, é só um monte de célula se reproduzindo à toa. O que que é esse monte de político que a gente não sabe o nome que tá lá em Brasília? Ah, como vota o João Batata, sei lá, um cara X, não tô inventando o nome dele, sei lá, ele vota do jeito que mandarem, mas o importante é que ele vai mandar uma emenda pra base dele. Essa emenda vai pro vereador que vai desviar um pedaço de dinheiro, pesado de dinheiro desviado para comprar voto, o prefeito também usa um pedaço, eles também fazem caixa pra campanha do o João Batata volta a ser candidato a deputado federal. Ele apoia um governador, dinheiro vai daqui, pega no meio uns cargos em outro lugar e é uma reprodução. Ninguém sabe exatamente o que tá fazendo. Eles só estão reproduzindo algo. Por isso que parece um câncer. Essa reforma política, ela parece boa? As reformas políticas, essas mini em geral cham são as reformas eleitorais, tá? Elas em geral são feitas para concentração de poder nos mesmos partidos e fechamento de sistema. Eu acompanhei com maior detalhe essa reforma eleitoral que não sei se vai passar tempo para as próximas eleições, mas eu só acompanhei muito a parte para ser bem honestitoral, reforma eleitoral. Ela é basicamente um, no acompanho para montagem de partido, um fechamento, fechamento do sistema para novos ingressantes. Ã, aí tem a questúncula, por exemplo, estavam comentando agora, ai, será que podemos ter uma um voto distrital misto? C saab e quer, mas assim, se é voto distrital, se não é distrital, se é voto missilo, se isso não interessa. Não interessa assim, o modelo é uma gincana em que quanto mais dinheiro você tem para comprar voto, mais poder você tem. Se for esse modelo, não importa muito o desenho, vai ser uma merda. E é isso. Eh, a gente, ninguém tá muito interessado numa reforma política no fim das contas, né? Não, né? E assim, essa é uma das grandes razões, ã, da gente estar montando o partido. Se não for para alterar o sistema de incentivo disso que eu tô chamando de gincana, não vale a pena, cara. Não vale a pena. Não vale a pena porque você começa a não conseguir fazer nada. E dá para fazer isso, cara, porque precisaria de uma vontade política assim grande de uma galera. Mas agora que eles estão eh querendo, vai e vem na real, esse papo de aumentar os deputados aí, eh vai precisar convencer muita gente para no para para olhar no sentido de uma reforma política e parar de ser eh mais ou menos isso que você tá falando mesmo, que é o lance do cara ter a emenda dele lá. Isso aí é tudo que importa no fim das contas. Eh, tu tem tu é otimista nesse sentido? Eu eu sou otimista porque vai colapsar o modelo atual. Eh, não sou eu falando, se for pegar, por exemplo, do Marcos Lisboa falando sobre o colapso das contas públicas para 2028, se a gente vai vendo, vamos dizer, como a maior parte dos municípios não têm condição de autosustento, eh, o desenho político institucional brasileiro, ele tá ficando muito caro e só o costeio tá ficando caro, os privilégios estão muito caros. Eh, uma parte bem grande da população brasileira não é economicamente ativa. E a e o sistema de recompensas dos políticos, por exemplo, Lula, o Lula tava muito focado agora nos últimos dois meses em da luz elétrica de graça, aí o negócio de gás de graça, aí tava comemorando o pé de meia. Entendi. O sistema de incentivos é ficar dando coisas de graça. E e gente, ele tava falando disso quando ele lançou o Bolsa Família em 2004 2005, já passaram 20 anos. E ainda é essa a lógica, porque em tese o Bolsa Família era: “Vamos agora ajudar essas pessoas, el não vão passar fome”. E funcionou. evitou mais êxodo rural. Mas o que que isso deu? Sim, as pessoas estão a três gerações. Tem gente três gerações do bolsa família e a as pessoas não saíram dessa pobreza. Então, e qual o desenho que a gente vai fazer? A gente vai ficar bancando uma população eh economicamente inativa com cada vez mais dinheiro, cada vez mais benef. Agora é luz, depois é gás. Aí é um pé de meia na escola, é já um bolsa tigrinho. Do outro lado, ã, a elite do funcionalismo não quer largar o osso, ou seja, querem mais e mais grana para abastecer eles. A classe média viu que a única maneira de aumentar a própria renda, sei lá, prestar concurso. E aí o cidadão, vamos dizer, produtivo, economicamente ativo, do da dona da lojinha, você que tem um podcast ou vamos colocar aí do entregador do iFood, tá um inferno, não tá valendo a pena. É tudo caro, você vai ter que pagar muito posto para sustentar esse game que não funciona. Você vê fora do Brasil oportunidades gigantes, você fala: “Mano, não tá valendo a pena essa droga desse pacto e tá tudo no nosso colo. Um cara mais novo não vai conseguir comprar um carro, uma casa. Tá uma desgraça isso. Os impostos vão aumentar isso. Se você quiser pagar essas contas, eles vão ter que ficar aumentando imposto a dar com pau. Isso não vai fechar. E como não vai fechar, a gente vai ter que cortar e aí vai ter que escolher onde cortar. Até o PT começou primeiro como discurso, mas eles estão saindo no discurso a falar em cortes no autofuncionalismo. Eles imitaram o projeto do Kim fizeram uma versão deturpada que não resolve muita coisa, mas o fato deles pela primeira vez, sei lá, desde os anos 80 começarem a falar encortar dos aliados deles do autofuncionalismo já já soua tipo, ok, a gente vai ter que no mínimo começar a endereçar o problema, eles não vão tocar, mas, né, já é sintoma, tipo, eles já sentem que vai dar merda. Eh, tem a ver com isso que você tá falando do colapso das contas públicas em 28. Sim, sim. O Marcos Lisboa e do Insper, ele tem assim muitos vídeos, ele tem documentos que estão rodando e mostrando assim, esse colapso é iminente. O próximo presidente vai pegar e vai demandar, por isso que eu falo uma questão de reforma política, vai demandar uma série de tomadas de decisões. Por exemplo, como é que se a gente cortar, por exemplo, gastos da elite do funcionalismo e super salário, dá para cortar aí buscar um corte de uns 50 emenda, que é uma grande inutilidade. O estado brasileiro não tem capacidade de investimento. A gente não consegue investir nada. A gente, isso tem a ver inclusive assim, por que que você não consegue comprar uma casa? Por que que sua rua é uma droga? Por que que você não tem uma infradescente para exportar? Tudo isso é incapacidade de investimento. O brasileiro, o Brasil não consegue investir. O pouco que tem um restolho fica na mão dos deputados para ficar mandando dinheiro pra cidade dele para fazer praça. Aí acontece aquelas coisas que são completamente distorcidas, que o dinheiro do orçamento nosso vai lá para virar uma emenda. Aí vai um deputado, sei lá, o Artur Lila, que era o presidente da Câmara, vai pra Arapiraca, que é a cidade dele em Alagoas, e aí ele decide fazer uma série de praças. Não tem muito esgoto, porque ninguém vê esgoto. Uma praça tem um monte aí, pô, Arapiraca tá com um monte de praça. Que merda. São bilhões indo para obras inúteis. Uma parte bonitas dessas obras tem o dinheiro desviado, especialmente um orçamento secreto que a fiscalização é precária. Tem outro nome agora, né? É, é. Era o RP9 que mudou de nome agora, enfim. Aham. Esse dinheiro vai e é injetado na nas campanhas políticas e na no sistema de compra de voto. O eleitor que não é herói, não é vítima, é cúmplice. O eleitor vende voto, porque se tem alguém comprando, alguém também tá vendendo. Ninguém botou uma arma no eleitor para, ó, aceita esse saco de cimento aí, mais R$ 500 pelo vol da tua família. Não, a pessoa aceita, é uma relação transnacional. E ah, isso custa demais. São 40, 50, acho que 40 B. Vamos botar na mesma. Vamos ter que cortar esse esquema, vai ter que cortar esse desenho e a gente vai ter que achar uns 100, 200 bi para cortar. A gente vai ter que preservar certas funções essenciais do estado e precisa, porque as pessoas basicamente que estão numa condição de muita pobreza não vão poder perder auxílios, mas a gente vai ter que alterar o sistema de recompensa para que as pessoas que trabalham e produzam elas não se sintam otárias. E hoje a pessoa que trabalha em produtos tá cada vez mais sentido otária. A dona da loja, talvez a você que é um cara que é um empreendedor ou a um motoboy que tá entregando. Cara, não tá fechando, não tá, não tá rolando. Tu acha que é mais eh possível que role esses cortes aí, que termine, por exemplo, algo como as emendas ou que a gente imprima mais dinheiro? O problema é que a impressão de dinheiro, assim, não vai ter quem quem compre os títulos nossos, né? Eh, uma hora o gringo também começa a falar: “Ó, isso aqui a casa tá caindo”. E já começou a acontecer, a gente já teve problema de rolagem de dívida nesse governo. Então, eh, com um colapso em com falta de credibilidade, aí vira uma argentinização. Ah, vou começar a imprimir dinheiro, vou emitir título, vou precisar de jogar os juros na [ __ ] que pariu. E aí, sabe? Eh, isso não fecha. Aham. Vai precisar mexer. A questão é assim, a gente tem que criar uma massa crítica política. E o de massa crític político. É, tem que ter um discurso e e que saia de um lance assim, ah, isso acontece porque o Lula é do PT. Ah, ele tem nove dedos, ele é comunista. Assim, o Lula é um merda, mas não é isso. Ou, ah, isso acontece porque o Bolsonaro é um golpista, não é, cara. O problema é muito mais profundo. Então, um cara que tem que chegar no poder com o projeto para tocar isso, ele tem que explicar, eu tenho que resolver esta bagaça. Só que hoje a discussão com a internet, a internet, poxa, ela permitia pra gente uma série de discussões, pô, a internet, vou discutir economia, segurança e tal, mas parece que a discussão ficou mais [ __ ] com a internet, porque ela ampliou tanto e aí você, ah, não, eu sou desse time, eu sou daquele time e a gente não consegue discutir os assuntos. Então, tem uma crise iminente, vai dar merda daqui dois anos. E as nossas discussões são as mais idiotas possíveis hoje. São as mais o grande debate político. Se a gente olhar o que tá acontecendo agora, ah, o Xandão mandou que o Eduardo Bolsonaro não pode falar com o Jair, parece uma novela. Parece uma novela. E é ridículo que a gente tá nessa novela, né, Adnaus, um negócio, vai, vai, é uma novela, cara. Enfim, cara. Eentendi. Mas vai dar merda assim, o ponto é vai dar merda. E a gente vai ter que ver como se utiliza da merda para gerar um projeto e e falar com o projeto gerar uma força suficiente para fazer as partes ceder. Então o autoofuncionalismo vai ter que ceder, a política vai ter que ceder, mas ceder muito e aproveitar este momento para criar um novo sistema de incentivos. O que que é o novo sistema de incentivos? Definitivamente a gincana eleitoral, que é uma coisa que eu quero propor, quero jogar aqui pra galera discutir gente de qualquer lado político. Porque isso aqui que eu tô falando é muito mais sobre centrão e muito mais sobre sistema do que direito ou esquerda. Eu quero colocar o seguinte, o sistema de incentivos para um partido investir numa candidatura, já que agora já vou virar dirigente partidário, vou ficar gordo, aquelas coisas. Eh, é o seguinte, qual o sistema, o qual game você vai e você tem que pegar pessoas populares ou pessoas que tm uma estrutura política e esses caras vão ganhar eleições. Eh, você ganha de fundo eleitoral por eleito, se eu não me engano, é R milhõesais de fundo eleitoral a cada 2 anos por deputado eleito. Fora o valor proporcional de fundo partidário, fora a cota de televisão que você ganha com isso. Então, o sistema de incentivo é preciso eleger esses caras aos montes. Se esse cara é um bom deputado federal ou ruim, não importa. Não importa. Esse cara tem direito à emenda. Se ele tá no bom esquema, ele pega a emenda com orçamento secreto, joga na base dele. Na base dele alimenta prefeito, vereador, dois anos tem eleição. Esses caras que uma base de uma estrutura super capilarizada para comprar voto. Aí eles vão na gincana de de 24, como foi só o último e vai ser a próxima em 28, comprar voto ali no Varejinho. Chega a eleição de 26, a eleição grande, deputado, presidente, aí tem as compras, um atacado. Uhum. essas estruturas, o sistema de incentivo todo é emenda, dinheiro, compra de voto, políticos que tenham capacidade de executar isso. Próximo ano se repete, o dirigente partidário aumenta o poder e aí um dirigente partidário faz nomeações em grandes estatais, participa de grandes contratos, faz grandes lobbies e você alimenta essa estrutura, vamos dizer, de de parasitagem. é um é é um é um parasitismo puro e simples como o fim em si mesmo. Então o que que eu acho que a gente tem que aproveitar essa crise? Temos que trocar o sistema de incentivo. O a gente não vai e a não sei que eu eu fale assim: “Ah, vamos instituir uma ditadura e não é o caso. A gente não vai dar uma marretada e sumir com os dirigentes partidários ou sumir com uma cultura que acho que vem desde o período colonial brasileiro.” A gente tem que só falar assim: “Cara, o seu incentivo é o seguinte, muda o incentivo.” Se seu incentivo for, se o seu prefeito, vamos o prefeito lá da cidade do Artur Lira, eh, Arapiraca, se você melhorar tantos por c o seu sua cobertura de esgoto, você ganha um ponto. Você gan um pontinho aqui, um pontinho azul. Se você ganha melhora seu ranking do IDEB, seu desempenho metrificado, objetivo e em educação, tal, mais dois pontinhos, é, você reduziu o número de homicídios e assaltos, tá, tá, tá, ganha mais três pontos. você soma uma pontuação, cada ponto significa tanto em ou o fundo eleitoral ou essa município poder receber uma emenda. Aí, cara, esses caras que não são trouxas, um Cassab, um Valdemar, eu preciso de bons prefeitos, bons gestor público, porque a o jogo tá aí, o jogo como tá, o sistema de recompensa é dado por um elemento muito subjetivo, que é o eleitor no dia da eleição, que pode estar com fome, querendo um saco de cimento, querendo um eh eh que alguém faça cobertura do telhado dele em vários municípios, em Minas, no Nordeste, São Paulo também tem isso, ó. te dou as telhas, te dou material de construção é muito bom porque é o material que se desvia da da obra superfaturada, né? você já faz o o game todo, já tá inteiro ali. E esse cara eh, se a gente quebra, né, desculpa, eu acabei olhando um saco de cimento, acabei assim, se a gente quebra esse sistema de incentivo e usa o sistema de incentivo para gestão, eles vão reorientar a lógica política para atender isso. Nossa, mas tu vai precisar de muito esforço, assim, precisaríamos de muito esforço para essa transformação aí ou de uma de uma crise assim irremediável. Eu acho que, enfim, como não vai haver boa vontade dos caras e como mesmo no nosso projeto no partido, eu não acredito que a gente vai mobilizar metade da população brasileira neste ponto específico, eh, eu acho que é uma crise, ela vai ajudar as pessoas a se atentarem pro problema, porque já tá tendo, vou dar um exemplo, os a maior parte dos prefeitos de cidades pequenas, eh, a gente monta um índice, inclusive no, na equipe nossa da Valete para pesquisar sobre isso, a as cidades pequenas assim, especialmente norte, nordeste, minas, bastante, tem algumas São Paulo, mas tem em todos os estados do Brasil. Eh, inúmeras cidades elas são incapazes deir alto sustento em termos econômicos. Elas a uma boa parte da população vive, por exemplo, ou de auxílio BPC, Bolsa Família, ou tá empregada na prefeitura. Ou seja, se você isolar aquela cidade do mundo ao redor, aquela cidade ela é incapaz de se sustentar. Ela depende do dinheiro que vem de outras cidades que vão pra federação e a federação distribui. Esse arranjo é impossível. E como tá faltando dinheiro pro governo, tá faltando dinheiro também para fazer repasse paraas prefeituras. como tá falando dinheiro para fazer para as prefeituras. A prefeitura tá, né, teve greve de prefeito em 2023 e que foi uma loucura assim, foram mais de 100 cidades, os prefeitos fizeram greve porque acabou o orçamento e eles sabiam que acabava o orçamento. Eh, os do Nordeste foi, muito engraçado que eles acabaram, eles esperaram para reclamar após o São João que eles se endividaram, fizeram o São João que você precisa entregar o São João e aí depois acabou o dinheiro e foram fazer uma greve. Não dá. O coberturo, o cobertor tá muito curto. Isso que eu tô propondo é uma proposição de direita, de esquerda. Eh, eh, é anticentrão. É, é uma anticentrão, né? É assim, porque o no no fundo a a indústria que alimenta essa eh esse jogo de carta marcada, essa essa gincana que eu tô falando, é o centrão, é aquilo que a gente chama no centrão por excelência, um município que não funciona direito, que é pobre, tem IDH baixo, analfabetismo, que não se banca e que tem um cara comprando voto dessas pessoas pobres, é um município administrado pelo centrão. E a gente provou, provou, a gente fez um estudo, tá, tá na, na revista Valete, que quanto mais baixo o idh e menor esses índices que eu descrevi, maior a quantidade de volta no centrão, em quantidade centrão. Então existe uma correlação, o centrão é o parasita que vive da pobreza. A discussão se é esquerda ou direita acontece em geral com pessoas que já subiram um grau ali. Então você vai ter em lugares por aqui o DH mais alto e você tem uma renda maior das pessoas e as pessoas são mais autossuficientes. Aí elas vão tomar decisões de voto baseado, por exemplo, em ideologia. Aham. A gente tem esse problema que vem antes, que é, OK, eu preciso acabar com o sistema de compra de votos no Brasil, porque os políticos que vendem comproto não tem compromisso em votar com nada e o que interessa para eles é ter grana para se manter se replicando. Eu diria que esse é o problema número um do Brasil, de longe. Esse é o grande problema do Brasil. Se a gente um dia conseguir resolver esse problema, eu não digo que os outros problemas vão se resolver sozinhos, mas a capacidade da gente fazer grandes reformas para mudar o Brasil se altera, porque a dinâmica em Brasília se altera, porque os políticos no Brasil se alteram e a natureza toda do jogo se altera. Para isso precisa de uma de uma nova constituição, por exemplo. Ã, não, por incrível que para isso isso que eu tô falando, esse sistema de recompensas não precisa de nada. é uma lei, ele você pode fazer uma alteração na lei dos partidos políticos, eh, e na lei própria que rege o sistema, nem sei se é lei eleitoral, sabe? Porque ela é, eh, é basicamente uma lei que dispõe sobre partidos políticos, remuneração e a parte de emendas, talvez seja uma lei eh acho que não é nada da material constitucional, lei normal, lei complementar. Acho que é, acho que é seria algo simples. Ela não passa, ela não é discutida porque ela altera uma tradição política nossa que a gente dá o nome de patrimonialismo, que para mim é a razão do nosso subdesenvolvimento. A razão do subdesenvolvimento brasileiro é essa e é isso que precisa ser combatido. Tu tava falando também que eh não sei se no Brasil já teve democracia, né? E o que que tu quer dizer com isso, cara? Porque assim, todo mundo, se a gente perguntar, for olhar pelo mundo, aí as pessoas vão dizer que o Brasil é uma democracia. Mas o que tu tá dizendo é que na prática não é não, a gente não é uma democracia na prática. Acho que a gente nunca teve democracia. A gente teve simulacro de democracia porque a gente tem sufrágio. Sufrágio é um elemento, né? É o voto. Ah, agora o sufrágio acho que depois de 34, construção de 34, ele se tornou universal, as mulheres passaram a votar. Eh, então não dá para falar que a gente tinha uma democracia completa, talvez até 34. Eh, mas olhando direito, por que que eu não considero ela, a nossa democracia uma democracia? De fato, a maior parte das pessoas, eh, especialmente eleições municipais, votam sob pressão ou estímulo ilegal, que é o sistema de compra de votos. A participação política das pessoas é mediada por cartórios, que são os partidos políticos, que não dão um acesso pleno ao exercício da cidadania numa democracia. Portanto, vamos falar da democracia que a gente tem de 88 para cá. De 88 para cá, a gente tem um regime partidário em que você não consegue ter candidaturas independentes e você tem que estar condicionado no município, no estado para concorrer a uma eleição federal a um partido e aos desígnios daquele partido. E montar partido se tornou cada vez mais difícil. Então, é é uma participação, vamos dizer, democrática, que a gente tem relativa. E na hora que você vai exercer o o voto, ou melhor, desculpa, na maior que você vai disputar a eleição, você vai disputar a eleição contra um sistema em que o eleitor comete um crime vendendo voto. E assim, os eleitores mais pobres em geral cometem esse crime. Eu não, ah, vou me queimar falando disso, mas assim é real. Muitos milhões de eleitores mais humildes ao redor do Brasil vão trocar o voto por um favor. E depois quando o vereador eleito ainda ficava indo batendo a porta do vereador, ou preciso de uma cadeira de rodas, não, não. Consegue um saco de cimento, não. Furou o pneu da minha comb. É real. O o Faustino, por exemplo, que é o nosso vereador em Natal, ele tem que botar uma placa. Não vou dar nada para você. Se você está pedindo favor, vai embora. Porque assim, são às vezes dezenas de pessoas indo na bater na porta do vereador pedindo. E o cara acha que ele tem direito a pedir aquilo. Ele acha que ele fez porque ele fez um favor. É uma troca, uma transação. Eu fiz um favor em voltar você e fazer meus parentes votar em você. Em troca você tem que me dar coisas porque eu sou o seu parceiro. Não é que o eleitor é uma vítima. O elitor não é uma vítima. Porque a gente trata às vezes as pessoas como se fossem [ __ ] sabe? Tipo, ah, esse eleitor é uma vítima. Não, o eleitor também sabe o que ele tá fazendo. O que ele entende como política não é o que a gente aqui entende. Ele entende como política assim, ó, eu participo aqui, esse cara me representa, ele cuida de mim e eu também cuido dele, eu também trago os votos para ele. Tem que me ajudar com isso aqui. É isso. Não é democracia, isso é o clientelismo, eh, o coronelismo adaptado para regras burocráticas mais modernas. Mas a gente ainda tá no século XIX em certa medida. Entendi. E isso para mim não é democracia. O lugar onde você onde, vamos dizer, as eleições municipais se dão sobre a lógica da compra de votos. Chamar isso de democracia, cara, é meio meio cômico. Então, para resolver, mas para resolver isso daí, a gente precisava dar um jeito no na nossa realidade de escassez, né? Porque assim, esses caras que nem você tá falando, e eu já vi eh lá na numa cidadezinha que eu que eu frequentava lá no na Baixada Fluminense, que a galera vendia voto mesmo assim, não é nem muito incomum, nem sequer muito escondido. Eh, mas geralmente a galera que tá num sufoco assustador. Então, eh, enquanto a gente tiver essa realidade de uma escassez especialmente e concentrada nessas cidadezinhas aí, não tem jeito. a gente ia precisar de um de realmente de um de um uma maneira que fizesse com que todo mundo eh saísse dessa realidade. Eh, ainda que seja pelo que você tá propondo aí com essas metas dos prefeitos ou do de quem tá ali. É, isso seria uma outra coisa que seria, vamos dizer, ganhos de produtividade e competitividade do Brasil pro Brasil crescer economicamente, isso se radiar pra base da população. Uma população e eh não achar que cometer um crime é uma ação válida de dois em do anos para melhorar a vida. Porque tem dois caminhos. Um caminho é o caminho basicamente de punir de maneira muito grave. Por exemplo, uma coisa que eu eu não cheguei a falar com figuras do judiciário, mas acho que é interessante propor é pô acham correto prender e dar aquelas penas, vamos dizer, bastante pesadas para aquelas pessoas que foram presas do 8 de janeiro? Eu acho que aquelas pessoas cometeram o crime e acho que tem que ter punição para elas, mas as penas estão bem exageradas, pô. Então, parece que cometer um crime contra a democracia é um negócio muito sério aqui. E o político que compra voto, para mim, o crime que ele comete é maior que o daquelas pessoas. Ele tá subvertendo o sistema democrático de dois em dois anos através da corrupção. E é da corrupção do dinheiro desviado ao caixa dois, o dinheiro não lançado, porque esse dinheiro não vai lançar, comprei a dona Maria na no bairro tal. Eh, e termina pela, com esse dinheiro desviado pela compra em si do voto e o eleitor comete um crime em vender. Todo esse processo tem que, vamos dizer, ter penas muito duras de um sistema de fiscalização eleitoral muito duro. Então, tem que ter um elemento de coersão do Estado pesadíssimo nisso. E dois, a gente tem que fazer com que essas pessoas não considerem que assim, estamos em 2025, que a eleição é um evento que acontece de dois em dois anos, que você faz um favor para alguém e em troca ele te faz outra. uma é uma transação definitivamente uma sociedade que as pessoas dependem disso, uma sociedade que deu merda, né? E aí a gente ainda chama isso de democracia. Falar que essa democracia assim, honestamente, o o o problema do Xandão, que é um problema concreto na democracia, é pequeno perto disso. Porque se ele é um problema, existem milhares de microxandões que não são do judiciário, são da política cometendo um crime que para mim é maior do que qualquer outro, que é a deturpação própria da ideia de democracia. Entendi. E assim, pensando, já que a gente tá falando de eleição e tudo mais, eh, como é que tu vê o cenário pro ano que vem, cara? Primeiro, eh, a gente tem o o Lula que tá falando que vai que vai concorrer de novo, né? Ele tá falando que, pô, se eh eu vi ele falando isum lugar que concorreria de novo e tal. E a gente tem o o o Bolsonaro e aqui vai abrir uma porrada de coisa que, bom, primeiro ele tá para ser preso ou tudo indica que ele será preso e a gente não tá inelegível e a gente não sabe direito quem é o cara que vai concorrer por uma eh dita direita, porque também é interessante que no Brasil a direita é confundida de certa forma com o bolsonarismo, né? Se tu é de direita, tu é bolsonarista. Sim, né? Bom, eu eu vivo minha vida é é isso. Então, e aí, cara? E o o ano que vem a gente tem eleições que eh prometem ser tensas de novo, né? Sim. Ah, bom. O que eu posso colocar? O bloco da direita, o que a gente chama de direita no Brasil, ele está agora numa fase final de absorção pelo centrão. Então, a direita ela surgiu como fenômeno de internet, eh, vaios de 2000 e a gente tem os primeiros ecos disso com Oláio de Carvalho até 2010, Reinaldo Azevedo, revista Primeira Leitura, tal. né? Eh, na década seguinte, a gente tem 2013, a apropriação das ruas de 2013, eu participei diretamente disso pela direita, pela classe média, surgimento dessa direita, movimentos liberais, Lava-Jato, fora Dilma, Bolsonaro surge, eh, é uma coisa antissistema, fora do jogo. E aí ela chega de maneira prematura no poder com o Bolsonaro, que é muito parecido com o Trump. O Trump também não achava que ia ganhar eleição em 16. ele ganha eleição e não tinha programa, teve que chamar ele, Trump, os caras old school do partido republicano, os cara mais das antigas, para administrar o governo dele. E esses caras não concordavam com as coisas deles. Eram um caras que até a raiva do Trump, que era uma espécie de centrão do partido republicano. Ele fez um governo, né, o Bolsonaro faz esse governo, ele não tinha equipe, não tinha nada, né? É um monte de doidinho foi para lá no governo e ele chama os caras do centrão que quando ele começa a governar, foi no meio pro fim da pandemia, ele entrega o governo ali pro Ciro Nogueira, os caros do centão começa a tocar o o governo mesmo, vira um governo absolutamente convencional. Ã, ele também imaginava que ia ser salvar do impeachment, tinha toda discussão sobre impeachment ali entre 2021, 2020, 2020, 2021. Ele e aí ele vai pro PL, ele elimina a possibilidade de montar o partido dele ali, ã, perde eleição e aí o PL absorve todos os nomes da direita e o PL tá na gincana que eu descrevi. Por que que o PL quer o Nicolas? O Nicolas são foi 15 milhão e meio de votos. Quanto isso representa de dinheiro, né? Ah, com o Nicolas posso fazer vários prefeitos e vereadores. Só que não é um Nicolas, são sei lá, uns falando só dos bolsonaristas, não, os casos do centão do PL, vão falar que tem uns 70, 80 bolsonaristas no PL como deputado federal. Então, o PL ele absorveu, ele fagocitou a direita como parte da mecânica eleitoral e financeira dele. E outros elementos da direita também foram absorvidos. Partido Novo se tornou um satélite do Bolsonaro. Ã, e aí o centrão começou a entender, pô, tá ruim de trabalhar com a esquerda, ruim de trabalhar com o PT. E se a gente tirar esses arrobos malucos do bolsonarismo, é fácil controlar a direita, porque a direita é [ __ ] E a real da direita, que no geral via de regra, direita brasileira é [ __ ] E quando você é [ __ ] e assume uma um cargo executivo que tem muita responsabilidade administrar educação, orçamento e tal, você vai ter que chamar uns adultos na sala. Quem são os adultos na sala? Péssimos adultos, semalfabetizados, imbecis, mas eles existem, que são os caros do centrão, que estão administrando nesse instante quase 5.000 cidades ao redor do Brasil. Eles estão administrando estados, eles estão secretarias, tal, são eles. E eles vão, assumem essas posições e eles usam a direita como um instrumento para vencer a eleição em termos majoritários. E aí eles participam da gestão. O projeto desses caras, por isso que eu falei da dessa que eles fagocitaram a direita, é o projeto do Tarcísio. O Tarcísio é o candidato do centrão. Então o Tarcísio ele leva o voto da direita. Uhum. Aí a ideia é botar o Ciro Nogueira como vice. O Ciro Nogueira é do PP. O PP eh fez uma federação com União Brasil, que em Brasília nos corredores eles chamam de Pepuni, esque nomes horríveis assim, eh, acho que é a Federação União Progressista, mas na prática os car, ah, eu sou do Pepune. Eh, eles fizeram isso para aumentar o número de deputados. É como eles aumentaram o número da Caicif na Gincana e falam: “Ó, como eu sou bem grande na Gincana, eu faço vice e aí eu decido quem é o meu governador aqui, quem”. E eles começaram a fazer o jogão ali. E aí eles fecharam com setores do mercado financeiro, uma parte do setor empresarial, expectativa do agro. A ideia de assim, ó, a gente lança o Tarcis, que é um sujeito legal, bacana, ele é um executor, eh, a gente fecha o centrão inteiro com ele. Então, ele o Cassab que é do PSD, a o Pepuni, PP, União Brasil, o MDB vai fazer uma federação com republicanos e que eles chamam os bastidores de MDBEP. Então, junta um super bloco, isola o PT e aí o centrão toca o Brasil, faz umas reformas ali junto com o Tarciso. Esse era o plano dos caras. Até o Eduardo Bolsonaro tacar uma pedra, isso tá tudo, tá dando merda aí no plano, né? Esse é o a parte da direita da esquerda em tese, eh, seria o Hadad o nome, tá? Eh, o Lula, Lula, não, o Lula tá se animando novamente agora, né? Ele voltou a voltar. O Eduardo, os os Bolsonaro aí é tudo isso que tá acontecendo aí com taxação e tudo mais, parece que tá ajudando o Lula no fim das contas, né? Tá, tá. Eu tava falando com o quem hoje? os deputados da esquerda eh ficam falando nos corredores, [ __ ] animaram o velho, velho tá animado. Então, a turma da esquerda tá mais animadinha. Há uma percepção nos deputados bolsonistenses de que o Eduardo tá levando as coisas para um caminho ruim. É um setor inteiro como o Agron tá muito puto, mas puto assim espumando. Então, então assim, a análise é que isso que tá acontecendo lá do Trump, tá falando essas coisas aí tem a ver de fato com a ida do Eduardo Bolsonaro para pros Estados Unidos e alguma articulação que ele fez ali tem também, mas eu estabeleceria a, vamos dizer, a razão pela crise eh diplomática Brasil e Estados Unidos em termos percentuais, a responsabilização pro Eduardo e Paulo Figueiredo, especialmente Paulo Fego, o arquiteto só é o Paulo Figueiro, que é bem mais inteligente, habilidoso que o Eduardo e que tem contato com o Trump. O Eduardo também tem, mas o Paulo é mais capaz. 20%. O Trump na no mesmo no mesmo período, sei lá, de 15, 20 dias que ele taxou o Brasil, ele também anunciou México, Japão, acho que acho que Coreia anunciou União Europeia inteira, falou dos bricks, falou da meteu Rússia no meio, meteu o OTAN, ou seja, o Trump tá tirando para todo lado. Então ele já ia fazer isso com o Brasil por razões outras que Xandão e não sei o quê. Ele ia fazer isso porque faz parte do projeto de eh reordenamento geopolítico que os Estados Unidos na gestão atual dele quer fazer. Eh, isso iria acontecer. O Brasil ficou numa posição muito exposta. A gente pode até comentar por que o Brasil ficou nessa posição exposta. Tá, Brasil basicamente ficou com a bunda de fora achando que era esperto. E agora, tá, né? E o o e sei lá, 70, 80% da razão concreta por conta disso é eh esse tema. Tá bom? Então, a gente já volta nessa daqui, porque eu te cortei na que tu tava falando antes, que era eh eleições. Isso. Eh, então o Lula ele tá eh vamos dizer, voltando a a se assanhar. Uhum. Eh, acho que é uma coisa de curto prazo, porque eu acho que, vamos dizer, a gente terá problemas econômicos. Eu não acho que você vai ter uma maior reversão da da popularidade dele, uma reversão intensa. Logicamente que ele acredita numa mítica dele, por exemplo, em 2004, 2005, ele tava muito queimado no começo do ano por conta do mensalão e ele com o com efeito Bolsa Família e com o crescimento econômico que veio já a partir de 2004, ele já começou a apontar. Então ele fala: “Pô, tu vai ter uma fênix aí comigo, né? Um cavaleiro de fênix, ele não é, mas tudo bem, mas é ele ele dá dá aquela animada”. Mas eles estavam ensaiando muito Hadad nisso. Ã, teremos nós, a gente vai ter a candidatura. Eu até comentei assim, mal dá tempo, dá dá. O partido ele foi protocolado no TSE para ser julgado sexta-feira da semana passada. Cumprindo os prazos, vai dar com folga, a não ser assim, as coisas estão, mas assim, o TSE foi muito republicano conosco. Assim, eu não tenho uma um a para falar do TSE. Tenho um A. Se o se rolaram várias os bolsonistas falavam ter conspiratórios de que TSE não queria deixar saltar o partido deles. A real assim eu não vou ficar dando luz para cego, né? Eu fiz a a gente fez, a gente tem um time, uma reengenharia de todo o processo da montagem do partido dos Bolsonaro. Cara, eu assim, eu eu não eu não deixaria um um bolsonarista, sei lá, trocar um pneu do meu carro. Esses caras se der qualquer atividade mais complexa do que gravar um vídeo xingando alguém, eh, vai dar merda. Assim, eles foram uns [ __ ] e além de serem [ __ ] eles ficavam culpando o tribunal e os cartórios por erros que eles estavam cometendo. Assim, enfim, não vou dar luz para cego para eles, mas a gente olhou e falou: “Que idiotas”. E o TSE dentro da do papel que cabe a ele, nos tratou de maneira cordial, tirou as dúvidas que a gente precisava. Então a gente vai, acho que não tem motivo nenhum para para a gente ter problema. E entendi. Então dá tempo para vocês participarem das eleições. E aí vocês já pensaram em quem que vai ser? Ou tão pensando ainda? Tão pensando por mim, cara. Isso é uma droga. Porque eu não quero, estão falando assim, a gente já fez o convite, eu já fiz vários convites pelo Danilo Gentile. Eh, o Danilo representa muito a energia nossa de todo esse processo, desses 10 anos. O cara que não ficou alinhado com ele sempre foi antipetista, inimigo dessa censura toda que ele mesmo passou, humoristas passam, sofreu perseguição do bolsonarismo, a roubriga com o bolsonarismo. Ele é um cara muito símbolo disso tudo, além da projeção que ele tem, além de ser um cara com caráter do [ __ ] Tem o Cristiano Beraldo, que é um um empresário de sucesso, um cara que trabalha conosco já há bastante tempo, é um cara hoje ele é um dos anâncoras do Pingos Noss na Jovem Pan, cara brilhante e que tem uma ideia de Brasil, uma ideia de recuperação do Brasil via infraestrutura que é que é única e eu nunca quis. E aí ficam aí o Renan tem que ser candidato, Renan tem que ser candidato e eu eu só vou se o time quiser. Não falo para você, não gostei, não tô fazendo cu doce. Eu eu nunca fui candidato a nada. Eu poderia ser candidato deputado, nunca fui candidato a nada. Agora, se me jogarem a a bomba, eu vou fazer o melhor possível. Porque assim, eu tenho uma coisa, ô Igor, eu gosto de imaginar soluções. É minha eh eh eu gosto de assim, o que eu tô fazendo isso aqui com você, tipo assim, solução para essa questão da compra de voto. Vamos imaginar soluções. Então eu vou ficar imaginando soluções e vou tentar divulgar se me quiserem. Só que eu falei pra galera, se eu for candidato, só serei assim, sem filtro algum e para falar este tipo de coisa que a gente tá tratando aqui e outras atrocidades e atrocidades mais concretas, ã, sem abrir concessões, porque aí seria uma candidatura puro sangue. E, mano, é mais ou menos o que o Bolsonaro tava falando que ia fazer também, não, porque não havia nada de revolucionário que o Bolsonaro tava propondo. Ele só falava genade a esse Brasil, se tirar esses ladrão da vai ficar muito melhor, tá? Mas o que que isso significa? Ah, tira esses comunistas, tá? Qual para e a gente tem que falar isso em termos mais concretos? Por exemplo, ó, tem que matar esses dos vagabundos, tá? Vamos ser claro o que que significa matar esses vagabundos. Vamos falar, por exemplo, sobre eliminação do crime organizado no Brasil. O que que significa eliminar o crime organizado no Brasil? O que que a gente tem na nossa legislação? Seria uma declaração de guerra contra o crime organizado, mas não uma guerra metafórica. Que que seria uma guerra? Tipo, vamos pegar o estado brasileiro, vamos declarar, por exemplo, que essas facções que ocupam território brasileiro são, por analogia, nações invasoras. Vamos tirar a titularidade do direito, dos direitos e prerrogativas dele enquanto cidadãos brasileiros, porque eles não são cidadãos brasileiros. O Marcola não é cidadão brasileiro. Ele é da PCClândia, assim como Marcinho VP também é. Não atou o Oruan que hoje para ver como as coisas estão conectadas. Ou eh, saiu um pedido de prisão, mas ele foi alvo de uma operação porque ele tava andando com o maior ladrão de carro do Rio de Janeiro e achando isso a coisa mais normal do mundo, que é do comando vermelho ladrão de carro. E ele avisou pro, num vídeo que ele gravou, você deve ter visto, ah, se eu estivesse no complexo da Penha, por rei não faria isso. Sim, porque o complexo da Penha é como se fosse um território que você controle que a polícia não entraria lá. Sim, como se fosse outro país. Então, sim, a gente talvez tenha que declarar guerra a a a essas facções e eliminá-las, prender e barra ou matar as lideranças dessas facções de maneira muito clara, reocupar o território eh desfavelizar esses locais. Eh, isso eu acho que é um um discurso sério e duro, enfático sobre guerra ao crime. Ah, o que que é o direito penal do inimigo? Quem é Guinter Jacobs, que é o o pai dessa ideia de um uma espécie de um direito penal que separe o cidadão, uma pessoa que está disposta a cumprir a lei e que pode cometer crime? Uma um cidadão que aceita a lei brasileira, ele pode cometer um crime e pode ser punido, ele tem o direito de defesa. Agora, um cara que no fundo a prática recorrente em crime dele não reconhece a existência do Estado. Por exemplo, um terrorista, um terrorista que ele tá, sei lá, montei uma célula terrorista na França, essa célula terrorista não reconhece o direito da França existir. Ele quer fazer uso de, vamos dizer, da das maneiras mais atrozes, eh, de causar dano em nome da causa dele. Esses caras não podem ter direitos e prerrogativos. O direito tem que ser célere e rápido. Você tem que quebrar o sigilo dele rápido. Se ele for preso, ele tem que ter penas deproporcionalmente altas. O direito penal do inimigo que em em grande parte ele foi aproveitado em várias nações, nações desenvolvidas, civilizadas. O Guinter Alcobs, se eu não me engano, ele foi do Tribunal Constitucional, tipo uma espécie de STF alemão. Alguém no no chat aí pode corrigir, ele é professor até hoje. A gente tá falando de uma medida que entende assim, existe um um um tipo de ação ou um tipo de organização humana que ela não reconhece nem a autoridade do Estado e que tá disposta por não reconhecer a fazer o que for. A gente tem que ter o direito penal do inimigo para figuras que não são cidadãos, são um inimigo. Para mim, o Marcola não é um cidadão, ele é um inimigo e ele não pode eh ter direito às mesmas prerrogativas de um cara que, por exemplo, cometeu um outro crime, um crime até grave, mas que é um cidadão. Eh, este tipo de coisa, talvez dado, vamos dizer, o estado de anomia que a gente vive e o grau de infiltração do crime organizado na realidade brasileira, este tipo de coisa talvez vai precisar ser feita pelo presidente. Mas eu eu fiz essa volta toda e foi legal. Mas por que que eu fiz? Para mostrar para você que o que o Bolsonaro falava era tipo: “Ah, vamos matar os cara aí, ó”. Mas ele não andou com nada em matéria penal. Quando o Moro tinha um pacote anticrime, ele mesmo ajudou a subverter o pacote anticrime. Então ele não tem um, ele só tem uns chavões. E as pessoas como ele é radical, ele tem uns chavões. Onde ele tentou exercer o radicalismo dele foi quando ele tentou construir e no aquela tese da urna e depois a meu ver ele tentou, porque ele tentou mesmo, ele tentou construir um golpe de estado ali. De resto, ele era um bobalhão. Ele é um tio bobalhão. É como você pegar aquele taxista que vai falar umas coisas engraçadas no carro ou teu tio num churrasco, um avô. E ele repete essas coisas. As pessoas acham carismático, mas se você tirar ali, não tem nada atrás. Cadê um grupo dele que estuda uma matéria para fazer algo radical? Não tem, não é radical. Bom, ele começa lá falando sobre Bom, mas a gente já vai falar disso porque tu tu mencionou esse lance do de como lidar com as facções criminosas aqui no Brasil, eh, ou como lidar com as facções criminosas. Eh, cara, como fazer isso daí que tu tá propondo é meio é bastante radical, né? Tem que ser eh como fazer. Eu acho que isso daí, eu suponho que isso daí tem que ser feito de uma maneira eh cuidadosa, por quê? Eh, nada me garante, dado o estado, dado a maneira como funciona o Estado brasileiro, a sociedade brasileira, eh que isso não será usado de uma forma perversa para [ __ ] a galera que não necessariamente tem a ver com essas facções criminosas. Por exemplo, um inimigo de um juiz que, sei lá, o cara comeu a mulher dele, ele vai us isso aconteceu já esse casos assim no Brasil já. Então é como é que a gente como é que lida com isso de uma forma humana no fim das contas? É, eu eu fazendo até uma meio que uma provocação contr que você usou. Tudo me garante que mantendo as coisas como estão, a gente só vai se [ __ ] Então assim, nós, o fato de nós sermos em grande medida um país corrupto, com sistemas de incentivo horríveis, não deve, vamos dizer, servir de premissa para que a gente não tome nenhuma ação nova, porque senão a gente vai apenas aceitar as coisas como elas são. Mas não tem uma ordem ideal pra gente ir fazendo as transformações? a gente pode assim, você pode apontar numa determinada direção, você pode usar um princípio como prudência, só que a forma como as coisas estão com, vamos dizer, a forma como as coisas estão formadas é meio feio dizer, mas eh a forma como as coisas se dão no Brasil, né? A gente empurra com a barriga os problemas todos e não toma ação nenhuma e fica com medo de tomar uma ação enfática. nações problemáticas como a nossa, a gente acaba trazendo o caso de El Salvador e tem as pessoas que têm as críticas e tal, mas o fato dado, o fato concreto é uma nação como o Salvador enfrentou esse problema e resolveu: “Ah, uma nação muito menor, tal”. Beleza. A questão é não há outra maneira que não a força hoje para você desalojar eh as facções criminosas, vamos dizer, diárias que tem devem, vamos dizer, congregar de 16 a 23 milhões de pessoas. São as periferias das grandes cidades brasileiras. Não há praticamente nenhuma periferia de grande cidade brasileira que não seja dominada por uma facção. Pessoas brasileiras vivem sob o julgo desses caras. Isso é um dado da realidade, é um dado concreto. E a gente já falou: “Ah, vamos tentar inteligência, vamos tentar as UPPs, como teve no Rio de Janeiro. Ah, vamos tentar um, vou lá, vamos conversar com as pessoas”. Não rolou, não rolou. por várias razões, Igor, a gente pode fazer uma construção, se você tiver saco, fazer uma até uma construção histórica disso que é legal, que é um insite que a gente trata no, no livro amarelo. Eu tenho saco. Tem. Então, assim, o o pensa assim, eh, aqui eu até posso pegar ali facículo, mas eh você pode pegar, eu tenho uns números, uns números meio que de cabeça, tá? De 1910 até por volta, sei lá, de 2000, a criminalidade no Brasil cresce coisa de 4000 e poucos por lógico que teve aumenta as notificações, delegacias e tal. todos os tipos de crimes. Os crimes estouram e o o gráfico mostra assim, vou pegar aqui, tem um gráfico aí que é bem da hora, ó. Desenvolvimento percentual de crimes por 100.000 habitantes. Você for pegar, né? Eh, a coisa estora aí. Eh, ali é anos 60 ele já tá, né, com uma massa crítica crescente. 70, 80, 90 estó. Tum. É, né? Eh, 85 aqui é o pico, mais ou menos. 8 pico. E o que que acontece? O que o que que aconteceu no Brasil nesse período, né? Eh, a gente pode falar várias coisas. Ah, o bom econômico da dos militares caiu, tal, mas houve uma houve um fator que alterou a dinâmica e a paisagem de todas as cidades. O êxodo rural, milhões de pessoas saíram de cidades pequenas e foram mudar paraas cidades grandes, especialmente São Paulo, Rio, isso aconteceu demais, mas aconteceu em todas. Salvador aconteceu, Recife aconteceu por várias razões, tem mais emprego, você tem, vamos dizer, um serviço de assistência social melhor nas capitais, então as pessoas foram para atrás de emprego. Essas pessoas que já eram pobres nas cidades de origem é elas conhe elas pequenas, as pessoas se conheciam. havia algum senso de comunidade quando essa pessoa, por exemplo, imigra de uma migra, desculpa, de maneira indigna num pau de arara, vai morar numa cidade que ela não conhece, com pessoas que ela não conhece, do lado de um córrego, numa situação desumana, que é o que aconteceu nesse período, o período rápido de êxodo rural que as pessoas foram nas cidades, foi o processo de favelização. Aquelas pessoas continuavam num boom também de nascimento de filhos, né? A natalidade era muito maior. Homens, jovens, pobres, sem perspectiva, nasciam na beira das grandes cidades. O que aconteceu com uma parte importante desses caras que não foram absorvidos como massa de trabalho, força de trabalho? Essas pessoas entraram pro crime, só que essas cidades grandes não absorveram naquele período essa quantidade grande de pessoas. Não havia capital porque o Brasil não tinha poupança. O Brasil tava investindo em informação bruta de capital, ou seja, fazendo hidrelétrica, fazendo estrada nesse período anos 60, 70 com a ditadura e com através do endividamento externo. Foi ali que a gente fez a dívida externa. Então o Brasil foi investindo tal, mas não tinha, sei lá, prédio, não tinha casas, não conseguia abastecer isso, porque as pessoas estavam se mudando aos montes pra cidade à procura de uma vida melhor. Como o estado brasileiro se endividou, houve a crise do petróleo, quebra, surge a constituição de 88, que garante um monte de direito, inclusive a habitação, mas só diz que garante, né? Eh, ela bota, vamos dizer, ela aumenta o gasto do estado brasileiro com custeio para garantir tantos direitos e tal. Ela garante, inclusive, em certa medida, ela ela facilita o trabalho dos organismos de pressão sindicais do próprio funcionalismo público, ou seja, o gasto do estado aumenta. Se o gastado aumenta, diminui a capacidade de investimento. E a gente de lá dos anos 80, 90, 2000, a gente se favelizou. Os serviços públicos não aguentaram eles colapsaram. Por isso que a educação é ruim. Você talvez tenha isso. Minha mãe, minha mãe sempre narra, minha mãe estudou escola pública. Os nossos pais é da mesma geração que eu, sempre falam: “Ah, não, escola pública na minha época era muito melhor”. natural, porque na época dele a a pressão de várias pessoas chegando nessas cidades grandes para usar um um serviço de saúde, um posto de saúde, um hospital, uma uma escola era menor, passou ela a ser enorme e o estado não tinha condição de investir para fazer isso. Então o Brasil colapsa, as cidades brasileiras colapsam, viram, vamos dizer, essa paisagem urbana muito feia. Se a gente olhar direito, a maior parte das cidades brasileiras, salvo algumas exceções, as grandes, elas são feias, são casas mal construídas, a infraestrutura urbana é feia, muito favelizados, ah, e o crime se estabelece ali e o estado não conseguia enfrentar o crime. Então, você teve uma formação, vamos dizer, de regiões muito pobres que as pessoas foram amontoadas ali, ali se formam as facções criminosas do Morro do Rio às periferias de São Paulo. Essas facções criminosas se organizam, estão falando assim de praticamente um país inteiro governado por esses caras, dezenas de milhão de pessoas. E até hoje o Estado brasileiro não olhou para isso dessa maneira. Eu entendi o crime no fundo, eh, ele é oriundo de um processo de urbanização tão bizarro que foi confuso. Não foi igual o chinês que teve milhões de pessoas se mudando pra cidade, mas a China controlava. Você pode, não pode vir tanto aqui. Isso aqui você fica aí no campo, te segura aí no campo, tal, que até agora nós não resolvemos esse problema e é um problema sistêmico gigante. Então a violência que a gente vê, as datas batem, o processo histórico bate, a violência é fruto de disso. E a gente tem que olhar para essas periferias e olhar para elas em assim, como eu vou gerar renda, como dou dignidade, como a a o organismo social, favela e periferia tem que ser desconstruído. é como esse homem jovem vai ser inserido na nossa economia, é como vai ter perspectiva, como eu vou selecionar os melhores para que eles vão estudar em outros lugares, fazer a economia crescer, criar bons exemplos. Ah, e eu desconstruí uma ideia até quase de guerra de classe que a gente tem entre a cidade, que a gente tem cidades diferentes, né? Quem tá numa num bairro mais central em São Paulo não é quem igual quem mora na periferia. Para isso acontecer hoje, nós vamos ter que corrigir um erro que houve nesse processo. Qual foi o erro? Nesse processo de fabelização que a gente tava descrevendo, que estoura mesmo 60, 70, 80, 90. Houve uma ocupação política. O estado não chegou lá. Quem chegou? Quem se autoorganizou? O tráfego. O tráfego, as facções, as gangs. Nós vamos ter que tomar esse território desses caras. Então, a guerra é necessária porque é uma guerra quase que de libertação e também um compromisso que o estado tem que ter em reocupar uma área que pertence ao estado brasileiro, porque é obrigação do estado do brasileiro exercer soberania sobre seu próprio território e também levar dignidade para essas pessoas, que não adianta igual foi o PP no Rio, ah, ocupei, botei uma bandeira e fez o quê? Nada. O tráfego se restabelece logo em seguida. Então isso é um papo geracional. Eu tô falando em a gente reconstruir um país, isso teria que ter um pacto de vários governos, meio que concordar com o diagnóstico, falar: “OK, esse é o diagnóstico, temos que concordar com a solução, vamos urbanizar isso aqui, vamos levar dignidade, vamos inserir essas pessoas economicamente”. Mas tudo começa por destruir o crime. Não há o o o nível de, vamos dizer, infiltração do crime, não só na economia, mas na política brasileira, cruzou qualquer nível, né? A gente viu agora recentemente eh o o ligada ao PCC convidou membros do governo Lula. Eles foram lá numa favela que tava tendo uma desocupação no centro de São Paulo e eles ficavam lá negociando com os caras do PCC. tinha a dama do tráfego, ela levava a gente tanto do PCC quanto do comando vermelho para se reunir com órgãos do do governo federal e com membros do parlamento. Tipo, tá rolando. Teve um agora tinha uma um filme que chama O Grito, eh bancado e tocado por uma ONG ligado ao PCC participação de gente do Comando Vermelho. PCC, o Juan participa, o Marcinho VP participa, se eu não me engano, a turma do Marcola também participa. É tipo, foi quase uma joint venture para fazer um filme do PCC comando vermelho, tava na Netflix. Isso tá rolando. Então, qualquer lugar sério falaria: “OK, eu preciso retomar esse território”. E a gente vai precisar fazer isso, a gente vai precisar levar a discussão para esses termos. Ah, mas teremos consequências ruins? Eu acho que teremos em muito, muitas vezes, porque nada é perfeito e ainda mais num estado complicado, como é o brasileiro, é imperfeito. Agora, é muito mais trágico do jeito que tá. No Brasil, todo dia morrem dezenas de pessoas por homicídio. E boa parte desses homicídios são guerras entre facções. E se não guerras de facções, pessoas vítimas de faccionados. Logo, assim, a gente já tá vivendo consequências bem nefastas todos os dias. Provavelmente desde o momento que começou o podcast já morreu uma ou duas pessoas em algum lugar do Brasil por causa dessa guerra. E vai logo assim, que medo a gente tem que ter além de não entregar algo pior do que já tá, porque não vai ter, não tem como ser pior do que já tá. E e a gente postergou tanto, tanto, tanto a a solução que meio que a gente só vai resolver sendo muito duro e muito radical. Então o que a gente tá propondo é muito duro e muito radical, porque é como uma quimioterapia, né? Se você não fizer, beleza, faz igual o Steve Jobas que eu tomando suco de cenoura quando eu tava com câncer no pâncreas. A gente tá tomando suco de cenoura, imaginando que vai vir uma cura mística que não veio. Entendi. Eh, e a gente eh isso daí passa também por uma pena de morte no Brasil, por exemplo. Olha, se a gente instituir uma guerra contra o crime organizado, você vai ter enfrentamento. Enfrentamento, se o cara não se render, ele vai trocar tiro. Ele pode virar óbito. Consequência disso. numa num contexto de guerra em que os inimigos, né, vamos dizer, uma uma tropa de faccionados resolve trocar tiro com a polícia, eles vão ser prisioneiros de guerra. Aí tem que pegar a legislação nossa sobre isso. O presidente da República tem que entrar, olha, quero organizar isso, uma guerra, um enfrentamento. O Estado brasileiro vai participar disso, as forças policiais vão participar, a as forças armadas vão participar e vamos vencer essa guerra. Haverá baixas, haverá e haverá mortes do outro lado. Sim. Agora, tudo com intuito de preservação dos dos direitos humanos mais profundos e básicos, especialmente dos moradores das vítimas. Por exemplo, um cara que vive no morro do Rio de Janeiro sob o julgo do comando vermelho, esse cara chama de tão um cara que não tem o direito humano dele respeitado. O cara que tá atirando lá, trocando tiro com a polícia, esse cara eventualmente vai morrer e é da é do jogo. Agora, se o estado do Brasil nunca adotou uma postura sistêmica de enfrentamento tratando esse assunto como guerra. O poder de dissuasão que vai ter nesses caras eh é tão grande que eu acho que assim, a guerra não será tão cavalar quanto se imagina. Eu acho que sim, o Estado Brasil tem todas as condições de vencer isso. Vencendo essa guerra, aí entra uma responsabilidade que o Estado do Brasil nunca teve, que é ir nessas regiões do Brasil e olhar para essas 20 milhões de pessoas e falar: “Tá na hora do Brasil, tem um plano para esses caras”. A gente tem que olhar para aquela periferia, aquele arranjo favela. O que que é o arranjo favela? casas amontoadas, inexistência de saneamento básico, eh inexistências de propriedade. O cara não tem o título de propriedade da casa dele. Ah, foi uma invasão, tá, cara? O cara tá 20 anos aquilo lá, 30 anos. Vamos dar título de propriedade porque o cara eventualmente possa com o título de propriedade pegar um crédito no banco para fazer uma reforma na casa dele ou abrir um negócio. Eh, vamos aquela, aquela, como é que se diz? Aquela paisagem da favela em que você tem mini becos, às vezes vai ter que pegar uns pedaços lá, vai cavar, fazer avenida, abre espaço, reloca algumas pessoas, constrói prédio, outros e tem que ter um plano de urbanização e adequação das casas, porque uma casa que às vezes não tem banheiro, não tem janela, vai ter que ter banheiro, tem janela, a fiação que tá exposta vai ter que ser cuidada, vai ter que ter saneamento básico. O estado vai ter que olhar isso, vai ter que ter escola boa lá, vai ter que ter um foco muito grande de ter escola boa, até porque o imaginário daquela pessoa, daquele menino que, por exemplo, vê o tráfego com uma possibilidade, tem que ser destruído. Então o imaginário, por exemplo, por isso que a gente tem muita briga com esse negócio Jorua, porque foi criado um imaginário em que a hierarquia social daquela comunidade se dá através do sistema de valores do tráfego, que é, ah, eu tenho as armas, as novinhas vai dar para mim, eu tenho muito, sei lá, tenho ouro, eu fiz um, assaltei lá na pista e depois não, pera aí, cara. É isso que isso é é um sistema ideológico que justifica um uma relação social que tem ali. Isso tem que ser desconstruído. Esporte para [ __ ] Tem que ser um investimento assim, ó, o Estado brasileiro vai gastar 30 anos adequando isso, tratando essas pessoas como prioridade. E para isso tem que ter poder de investimento. É, então a gente não tava falando aqui que a gente não consegue investir. É isso. Vai, vai ter que ser isso. A gente o estado brasileiro vai ter que ter capacidade de investimento. Então, se a gente não tiver reformas muito grandes que mexam no custeio desse estado para abrir espaço para isso, a gente não vai fazer nada. Só que aí um um presidente que proponha: “Ó, eu vou acabar com o tráfego, eu vou eu vou eu vou passar a ráp em geral e eu vou ganhar essa [ __ ] Você mora numa fav, você mora em Paraisópolis aqui, cara, vocês vão ser a nossa prioridade do ponto de vista do investimento. Agora me ajuda a enfrentar juiz que ganha 200 pau por mês. Eh, tem que ser esse o papo. Eu tenho que enfrentar o juiz que ganha 200 pau por mês. Eu tenho que cortar a mamata das emendas de 50 bilhões. Eu tenho que fazer caber no orçamento mais 200, 300.000. A gente vai ter que achar aí, né? Só da gente aumentar a credibilidade, os juros pode baixar. você tem uma questão de dólar real, tal, você diminuiu quando você vai pagar a dívida, a rolagem fica mais fácil, você aumenta o espaço de investimento e aí vamos investir, investir certo? É isso, cara. Ou a gente nunca vai ser nada meio que assim, como país, a gente não tem nenhum sentido. Não tem nenhum sentido a gente ficar vivendo essa vida bizarra. Tudo tem que ter grade. Eh, o gasto que a gente tem mensal na da de uma família brasileira com segurança e os comportamentos paranóicos que a gente adota, a gente já nem percebe mais que a gente naturalizou. Tipo, você tá na rua, coisa não sai mais de de aliança. Aí esconde o celular, é o vidro com você. Não tem carro, não é car, mas como é que chama aquele negócio? Não, a película. A película que tem que ter no vidro do carro. Toda a casa brasileira tem muro. Tipo, toda a casa brasileira tem muro. A gente, a gente nem percebe mais isso porque se tornou até uma coisa tipo, ô, aquela casa tem um belo muro, [ __ ] Por que que tem a [ __ ] do muro? Por que que tem aquelas janelas de aço que tem que ter um gradio para o cara não invadir ali? Então, vamos dizer quanto do nosso dia e quanto do nosso orçamento a gente não gasta para se proteger da de um crime? Ou seja, quanto do nosso PIB não é perdido ou quanto de produtividade a gente não perde simplesmente com medo de ser roubado. A gente já nem se dá conta disso. E isso não é vida. Isso não é vida. Assim como a o cara que é um entregador ou ou um cara que é Uber, que ganha pouco e rala para caramba, olha no fim de um mês e olha no fim de dois anos trabalhando e fala: “Isso não é vida”. E do jeito que tá, o sistema de incentivos hoje no Brasil não vale a pena ser brasileiro. Eu entendo todo mundo tá indo embora. Não vale a pena. A gente só, a gente montou o partido, por isso que até por que partido chama missão? Porque é uma missão, um tiro curto, é fazer essa série de coisas. Não deu certo, velho. Eu não vou ficar com 60 anos. Ô Renan, eu tô fiz um acordo, mas não tenho saco. Não tenho saco. Eu tô pobre em termos até hoje. Não quis ganhar dinheiro com essa merda. Meu meu tesão não é: “Ah, eu amo o eu amo o povo, tudo. Eu quero botar meu nome na história. Eu quero fazer essa [ __ ] só porque eu quero botar meu nome na história. É, ah, essa sua vaidade é essa vaidade. Eu quero fazer um negócio muito grande e ser lembrado depois e só. Entendi. Só se não der para entrar na história, mano, sei lá. Eu vou, eu nem sei, nem lembro mais as coisas que vou tocar guitarra, que eu gosto de tocar guitarra. Vou tocar guitarra, vou assistir Ca do Zodíaco. É isso, cara. Eu vou fazer churrasco, que eu gosto de fazer churrasco. E os kin é a mesma coisa assim. Os caras nossos têm esse senso. Por isso que era muito natural que não missão. É, tem gente que usou, é missão é impossível, né? Mas é, é uma missão. Se a gente não for, se não der certo, é, eu não vou vender o partido, nem vou deixar nem eu, nem as pessoas que fundaram, deixar o partido virar tipo um esse troço que os caras têm aí para ficar parte da gincando. Não vale a pena. Aí eu vou entrar na história como o quê? Como sei lá, aqueles dirigentes partidários que ficam gordos, fazem umas reuniões cheio de [ __ ] Ah, velho, tem quem gosta, não é minha praia. É assim isso aí. Qual que é qual que é a análise que tu faz eh do governo Lula até aqui, especialmente no contexto internacional? Se a gente tá falando aí, por exemplo, de eh esse lance que a gente deu uma pincelada aqui do Trump com a com a taxação e com a maneira como ele olha para cá também. Eh, como é que a gente tem lidado com isso? O Lula, de fato, ele sai fortalecido disso que tá acontecendo, na tua opinião? Olha o Lula, ele vou vou fazer um desenho. Eu tô eu tô meio prolixo, Igor. Me corre assim. Você tô falando muito, ficando de eu que tô entrando numa aqui de [ __ ] de cara e tem umas paradas que tu fala que eu anoto, tem outras que eu falo logo e aí depois eu tenho que voltar para que tu tava falando. Vai lá. Só que isso não tá legal. O, o Lula, eh, ele faz parte de uma tradição anti-americana e terceiro mundista que faz parte da de toda a esquerda da América Latina, essa ideia de união do sul global contra o Ocidente, tá? Isso, isso tá na gênese do PT, tá na gênese das esquerdas, tá? Isso faz parte deles e é natural. Ã, beleza. O quando o Lula vira presidente 2003, assume e tal, vem aquele bundas comodies que o mundo começa a falar dos tais bricks, no começo da brick, Brasil, Rússia de China, depois vem África do Sul. Só que assim, o lance dos bricks é é tudo muito muito muito muito solto. A China é a China. A China foi o país que mais cresceu, mais gerou classe média no mundo. Ela ah, a China é um fabricão cheio de escravos aqui. A China é super inteligente, capital humano de altíssima qualidade, formando engenheiro demais, 5G, carro elétrico, celular, eles já estão na fronteira do conhecimento em várias áreas, tem uma capacidade de investimento gigantesca, a poupança dos chineses é inigualável, fica todo mundo tempo todo prevendo, a China vai quebrar. Eu tô ouvindo que China vai quebrar desde 2005. Não, não, não quebrou. eh se entende como uma força geopolítica e tá fazendo uma política de eh, vamos dizer, angarear aliados através de investimentos em vários lugares do mundo. Então, o que a gente chama de bricks no geral é o interesse chinês. O interesse chinês é convergente com o russo muitas vezes, com o indiano muitas vezes, muitas vezes não. A Índia também ela é um balanço, ela gera um balanço de poder e por ser vizinha da China, por ter bomba atômica, porque tem por ter uma população hoje maior que a China, por est crescendo hoje mais do que a China, tá? A Índia cresce mais do que a China. Eh, e cada um tem o seu interesse. A Índia pertence aos bricks, mas a Índia segue a estratégia da Índia. A Índia é uma grande aliada americana em muitos termos também. Tem aliança com a Austrália, tem os problemas dela com o Paquistão, a China às vezes, né, joga ali com o Paquistão, ou seja, eh, amigas e rivais. aquele ser uma amigas e rivais e o Brasil parece o Lula no caso por conta dessa ideologia acho que anti-americana, por conta desse fanatismo e o terceiro mundista, acho que ele foi o único que achou que os bricks são tipo um super plano de eh defender os fracos e oprimidos do mundo. E o Lula eh sempre teve essa perspectiva política que talvez agradasse a China porque ele ficava provocando, né, eh, vamos dizer, aliados americanos ou os próprios Estados Unidos. E neste novo mandato, muito na crença também que ele era o Lula que deixou o mandato em 2010, que o Obama ficou his man, não sei o quê, ele achou que ah, vou voltar aqui, o mundo tá me achando super legal e o mundo só não acha ele legal. O mundo meio cansou do Lula, um produto velho de uma outra época. Então o Lula chegou, galera. O Lula voltou, olha só, vou falar aqui, ó, a Ucrânia não sei o quê, sugeriu um negócio pra Rússia, a Europa que adorava ele. O Lula era amado pela Europa até 2010, a galera da Europa. Aí se mete na conflito com Israel, aí vai falar do Irã, aí vai falar da desdolarização da economia. E se olhar direito, a China não tá falando nada disso. O que Lavrov falou: “Ah, essa história de desdolarização de vocês aí do Brix ali?” Não, a gente não tá falando de nada disso não. Acho que é, acho que é o Lula que tá falando. E o Lula começou a datar essa postura que dá algum protagonismo geopolítico para ele e que tem a ver talvez com as piras ideológicas ali da esquerda, mas que colocaram o Brasil numa posição muito complicada, porque o Brasil ele está no quintal americano, o Brasil tá tinha gente falando: “Ah, os Estados Unidos vão cortar até o GPS”. Mas o Brasil ele tá inserido no mundo americano e num sistema de valores eh democráticos, tal, profundo americano pós 45 com um governante que é o Trump. que é um cachorrão que quer mudar essa ordem global só para beneficiar os Estados Unidos. como falou: “Ó, acabou o game que eu vou só amiguinho de todo mundo, vou fazer uns acordos carac em nome da ordem geral que eu me beneficiava sozinho.” Essa agora eu tenho um rival, agora eu tenho que ter meus aliados, agora eu tenho que me beneficiar, eu tenho que manter os estados, por exemplo, em Silvânia, tal, que o eleitor votou em mim porque quer emprego industrial e esse emprego industrial depende eventualmente de eu proteger esse cara para eu garantir a não necessariamente minha reeleição como Trump, mas um sucessor. Então eu vou mudar o jogo aqui. E o Brasil ele tava fraco para fazer qualquer enfrentamento com enfrentamento com Trump. Com a China mais fraco ainda. O Brasil tem que ficar exportando tudo pra China. A industrialização da China, ela acontece no momento que o Brasil também se desindustrializa. Aham. E e aí o Brasil tá como no jogo, como o Trouxa que ficou arrumando briga por aí, que é o Lula, ah, dando, né? Ah, vou dar recado para tudo, como se a gente tivesse condição de dar recado político para alguém. Ô, Ucrânia faz isso. Cala a boca, Lula. Você o Lula quer dar dicas de negociação pra Ucrânia numa crise super complexa, sendo que ele mesmo não consegue negociar com o próprio Congresso. Então, o que que ele, que dica ele tem para dar? E aí ele se expôs com os Estados Unidos no momento que ele sabia, porque, pô, o Itamarati inteiro sabe que o Trump ia entrar e ia fazer essa reorganização. Primeira coisa que ele faz é, falou que ia taxar o mundo logo no começo do mandato. Que tal se o Lula tirasse o pé desse papel de doidinho do Brix? se ele tirasse o pé, se ele conversasse direito, tal, mas ele não fez isso, ele ficou acelerando. E ao mesmo tempo, se o Trump firma certas posições e obriga ele, o Lula, a ter que, por exemplo, se dispor com a China, e aí como é que a gente fica? O Lula simplesmente saiu tomando posições estúpidas em termos internacionais que nos colocaram numa posição de fragilidade extrema. E é tudo culpa do Lula. É tudo muito culpa do Lula. E ainda, o cara ainda é rabudo, que ele tá se beneficiando dessa coisa de Estados Unidos versus versus os americanos, o Trump não gosta da nós, essa coisa. Mas, pô, a gente tá numa situação horrorosa. A gente não tem muito como brigar com os Estados Unidos. Ninguém vai comprar, ah, vamos comprar uma solidariedade eh terceiro mundista com o Brasil aqui. Não, não compra muita solidariedade, não. E e aí sabe o que que ele vai fazer? Eu não sei exatamente qual é o o grande plano dele. Não acho que, por exemplo, a China vai absorver uma parte importante dessa desses produtos que o Brasil fazer pros Estados Unidos, especialmente os industrializados, porque são encomendas que a gente tinha de vários setores. A Embraer tinha encomendas de avião. E aí, como é que fica? Eh, a parte de psicultura, o peixe apodrece o peixe congelado. Vai fazer o que com o peixe? E a carne, os pedidos todos, os contratos inteiros. É, é, é uma, é uma loucura. Não que o Trump vai manter isso até o fim, mas o Lula não tem condição de dobrar aposta. Tanto que ele já até tirou um pouco o pé. Então, que que nós vamos fazer? Eu não sei. O que mostrou essa crise é a lógica do Brasil perante o mundo. É uma lógica que não faz sentido. É o Lula com uma mentalidade daquele Brasil que tava crescendo em 2005, 2006, 2007, achando que virou protagonista. Não virou. Então, se como você pode projetar poder pro mundo se você não projeta poder para dentro de casa? Então, se a gente olha para dentro, a gente não é competitivo, a gente tá com as contas públicas quebradas, boa parte da população vive sob o julgo do crime organizado. Eh, o Brasil as po perde credibilidade. A gente tanto não projeta poder que as pessoas mais vão embora do que outras pessoas vêm morar no Brasil. Seja, a gente tá perdendo a juventude do Brasil. Isso é sintoma de um país que perdeu energia, as pessoas estão ficando velhas e não enriqueceram. Ah, tem rota de tráfego, a fronteira tá desprotegida. Ou seja, o Brasil não projeta poder para dentro. Você não projeta poder para dentro, desde quando você vai ter direito de querer projetar para fora? Como é que eu posso querer me intrometer na guerra da Ucrânia ou falar que eu vou mediar alguma coisa de Palestina em Israel, sendo que eu não consigo mediar, sei lá, uma briga da polícia do Rio com o complexo de Israel lá no Rio? Você não consegue mediar uma merda aqui? Se ela consegue mediar com os caras? Então é é uma visão muito maluca que o Lula tem. A gente só vai projetar poder para fora se a gente projetar primeiro poder para dentro, depois poder pros nossos vizinhos. A gente tem que ser muito poderoso na América do Sul. E aí a gente pode, mas isso vai demorar muito tempo hoje, cara. O que que deu? Nós somos uns merdas no jogo. A gente virou uns merdas no tabuleiro. E é uma vergonha, muito triste. A gente não deveria ser uns merdas. A gente não nasceu para ser uns merdas. a gente não tem, vamos dizer, direito de ser merda, porque a gente, assim, a gente administra muito território, é um território muito grande, posicionado de maneira interessante pro futuro geopolítico do mundo. Assim, é muito território, muita oportunidade na mão de um estado muito fraco. Esse mundo que tá pintando novo é um mundo estranho, aquela ordem liberal que a gente tinha assim pós pós Segunda Guerra Mundial, sabe? Eh, nos Estados Unidos como meio que o xerifão do mundo, um lado tinha a União Soviética, ela caiu. Ah, olha, existem as regras internacionais, elas, né, regras de financiamento, FMI, Banco Mundial, meio que isso aqui tá virando um bang geral, porque agora tem a China, os Estados Unidos vai se reorganizar, até a Europa sobe a porrada deles. E a gente no meio dessa briga, todo fraquinho, sem dinheiro, sem forças armadas, sem infraestrutura, com a população pobre, cara, a gente é o trouxa na festa. A gente é o trouxa. Coisas das mais diversas podem acontecer para um estado fraco como o nosso. Se a gente quiser continuar como país nos próximos 100 anos, a gente vai ter que rever tudo. Senão, cara, alguém vai comer nosso toco. Vamos botar aqui um termo mais alguém vai. o mundo não vai ser bonzinho com a gente. A China, ela consegue fazer tudo isso com a com a clareza que faz, eh, muito provavelmente por conta da maneira como é como funciona o sistema político lá, né? Então assim, eh, apesar eles falam que a China é uma democracia, de certa forma, com um partido único que que a galera em geral vota nesse partido. E então assim, tem uma tem uma ideia muito clara de onde eles querem estar daqui a muito tempo, porque eles sabem exatamente quem vai estar no poder daqui há muito tempo, né? O que não é real eh, para um sistema como o nosso aqui, né? Existe alguma alguma maneira da gente olhar para lá, na tua opinião, e não espelhar, mas fazer uma versão brasileira do das coisas que funcionam na China? Igor, essa pergunta é bem boa, porque primeiro assim, de fato, o tempo corre diferente pros chineses, até porque eles são, vamos são milenar, eles já existem há muito tempo, então pro assim, ah, a China não é a maior economia do mundo. Ah, sim, foi um interregno aí de cento e poucos anos. Ah, período é um nada histórico para um, né, tem 5000 anos de históric é realmente milenar. Eh, então ele o tempo passa diferente. ão os movimentos, por exemplo, que o Trump, o Trump é um cara que tem um mandado de 4 anos, ele precisa fazer várias coisas rápidas em 4 anos. Você vê o Trump todo atabalhoado, vou taxar, vou brigar, não vou taxar mais. E o Xinjimpinpim fica parado, ele joga parado, porque o horizonte do Xinjimpim de tempo, as ações se movem, né, de uma maneira bem mais lenta e eles têm tempo. E o sistema político reflete isso. É um sistema, vamos dizer, a China sempre tem essa cultura da burocracia interna, uma burocracia meritocrática, provas tipo vestibulares e concursos, vamos dizer assim, paraa formação desses mandarinhos deles. Isso sempre houve. Então, em certa medida, o comunismo chinês virou também uma um reflexo desse sistema burocrático préstetung. Eh, e aí a tecnologia os beneficiou porque ela ajuda na gestão. Eles têm um sistema de metas e de muito arrojado também paraa formação de quadros políticos nas províncias, para crescerem esses quadros e disputarem as posições dentro do partido. Então, isso é uma coisa que acontece lá. Eles souberam nesse processo de industrialização que eles tiveram eh do Denpin para cá, eles souberam evitar que as cidades deles fossem destruídas como as nossas foram. Teve um planejamento urbano cruel em grande medida, algumas vezes sim, mas eh hoje você tem grandes cidades chinesas, como vamos dizer, cidades eh cidades boas, cidades boas, muito populosas, mas boas, urbanizadas, industrializadas, souberam investir em infraestrutura. Tem um texto que rodou por aí do do Xinjin Pin comentando de países latino-americanos que resolveram a a ele quase us, eu não sei se ele chegou usar o termo vagabundagem numa tradução livre ali, tipo, ah, países latino-americanos ficaram dando muito auxílio, muito vacabundagem, diminuir a capacidade de investimento e agora estão lascado. Nós não podemos fazer isso. A China preservou a capacidade de investimento do estado chinês e e vamos dizer sempre valorizou muito a ideia de poupança. O chinês poupa e essa poupança é reinvestida no na própria economia. Então eles têm eh eles têm muitas vantagens, as vantagens que eles têm na nessa organização, ela é muito grande. Defensores da democracia e da ideia de Mercado Livre vão falar: “Olha que mas não tem um potencial de inovação que o Ocidente tem, que a América tem, eh, e que a própria troca de poder, a competição que a democracia permite tenha, mas eles podem retrocar, tipo, mas a gente nunca precisou disso, né? Essa ideia de democracia que vocês aí t no ocidente são, é um negócio de vocês, é um regime de vocês. Aí tinha aqueles gregos que usaram, tá? A gente talvez a gente não precise nos submeter a algo que faça parte da sua cultura política. Então tem muit dessas coisas e meritocracia eh eh e um sistema de crescimento de quadros políticos baseados no desempenho, ã provincial, né? A gente pode falar dos nossos municípios, estados. Ã, é uma coisa que eu tava falei com você hoje no começo do podcast, pra gente trocar a lógica de o voto seu sistema de incentivo para o desempenho do gestor público, seu sistema de incentivo. Isso é uma coisa que a gente pode eh trazer deles. Planos de longo prazo, foco na poupança e a ideia de uma construção de uma sociedade baseada em confiança. Outra coisa que eles têm é ideia de investimento em infraestrutura muito grande, ah, investimento em tecnologia colossal e tecnologia proprietária, né? Então, ah, tinha aquela coisa, ah, os chineses estão sempre roubando tecnologia dos outros. Não sei se foi só roubando ou se foi também pesquisando, porque eles invessam pesquisa, eles têm material humano de alta qualidade, gente muito inteligente. Fato é que eles estão produzindo a própria tecnologia. A ideia de comprei uma bugiganga chinesa hoje é risível falar isso. Você pode falar: “Ah, comprei uma bugiganga vietnamita, uma bujinganga de Bangladesh, indiana.” Agora, a China, você podia até comprar uma bujinganga chinesa, mas isso não não quer dizer que eles não tenham coisas lá de alta qualidade, altíssima qualidade. Cara, os carros chineses disputam com El Musk concretamente, eh, as marcas chinesas de carro vão destruir as marcas tradicionais que a gente conhece. Só talvez em 10 anos a gente nem vai lembrar mais de certas marcas europeias que simplesmente perderam essa corrida. Hã, eles eles 5G, celulares eletrônicos, eh, viagem pro espaço, eles estão nesse game, né? E eles têm uma coisa que é uma negação talvez da dos preceitos da ordem mundial pós Segunda Guerra Mundial, que é assim, eles vão sair fazendo parceria sem nenhum tipo de critério democrático, eu respeito direitos humanos, com qualquer um que tope ser parceiro deles. Ah, sei lá, você tá num país africano, você é um ditador, tal, tudo bem, você vai pagar aí o investimento que eu tô fazendo aqui, tal, eu vou montar uma estrada para você, eu vou montar tal coisa, vou escolher essa produção aqui, beleza? Tô fazendo uns chineses para trabalhar junto. É isso, cara. Só não, só não, só não quebra aqui o pacto aqui. Beleza. E a China foi, tá, a China é dita como parceiro mais fácil do que um país ocidental que é que é tão, como dizer, voraz, só que é cheio de um papinho bonito. É tipo a França, né? A França tá sempre com papinho bonito, mas você vai ver a relação da França com os países africanos é voraz, sabe? Então a China, a China é mais talvez papo reto, né? E isso facilita a construção. Então ela vai ser parceira eh da Rússia, ela vai ser parceira da Venezuela, ela vai ser parceira do Irã, ela vai ser parceira de quem quiser ser parceiro dela e ela vai ela ela ela imagina com esse projeto da Rota da Seda, investir nos países e o mundo ser uma espécie de um de um de um hubo é chinês, né? o eixo produtivo desse, especialmente desse terceiro mundo, que a maior parte da população do mundo vai est Ásia, África e eles comandariam esse novo mundo. Então, eh, temos que aprender boa parte dessas coisas com eles pra gente exercer poder para dentro e depois pra própria América. Quem tinha que fazer investimento de infraestrutura nos próximos 15 anos na América do Sul era o Brasil liderar junto com os outros países da América do Sul. Ô, a gente quer fazer essa ferrovia para ligar o Pacífico com o Atlântico. Pô, vamos fazer a gente precisa ser a China. Pô, a gente não consegue fazer ferrovia. Ferrovia, os ingleses, os americanos no século XIX, parece aquela tecnologia incrível, pô. O cara fazer uma ferrovia. Sério, [ __ ] uma [ __ ] de uma ferrovia, cara. É um é um troço para passar um trem, não é uma não é um foguete. E a gente não acho que a China vai fazer uma ferrovia, porto pô, [ __ ] que pariu, sabe? a gente tem que conseguir fazer isso. Então, se a gente ficar forte internamente, a gente projeta poder ao redor e aí a gente vai ser uma força relativa perante o mundo, uma força força interessante, talvez de criar marcas. O Brasil é um país muito bem quisto. A imagem do brasileiro na África, na Índia, Oriente Médio, eh, na Ásia, o Brasil, nesse sul global, ele é um país o Brasil é um país e sedutor nesse sentido, só que não existia uma marca nossa que se projeta pro resto do mundo. Ah, tem Havaianas, só Havaianas, só Havaianas. É a única TV Globo, talvez na lá em África, Portugal também. É, tá bom, tá bom, tá bom. Tiquinho. Se a gente olhar direito, porque vê, existe uma coisa de, é um soft power, mas muito interessante. Eh, a Tailândia, por exemplo, ela gosta de investir em apoiar pessoas que façam restaurantes tailandeses ao redor do mundo. É uma prática, tipo, de ganhar a a a simpatia do mundo com o seu país pelo estômago. Uhum. Então, pô, se tem uma embaixada da Tailândia num país, é bom ela incentivar que pessoas façam restaurantes tailandêses. Não examente tailandês, mas sei lá, um americano faça um restaurante tailandês. Você ganha uma simpatia com aquele país, você gosta da comida dele, você vai no restaurante, tem a decoração. O Brasil projeta isso pro restante do mundo. Ah, a gente tem umas churrascarias nos Estados Unidos. O Brasil tem muita coisa interessante em termos de cultura, em termos de comida. O Brasil é um país que forma pessoas carismáticas. Por que que a gente não quando for projetar poder, não faz igual a Coreia tá fazendo? Vamos vender série, vamos vender filme, vamos vender cultura, vamos vender um estilo de vida. Mas a gente é meio contra isso aqui também, porque veja, eh, e aqui eu vou jogar aqui uma para tu, tá? Eh, a gente não briga com a lei ruania. A lei ruania não seria, por exemplo, para incentivar esse tipo de produção para que a gente pudesse um dia sonhar em exportar nossa cultura? Olha só. Sim, mas na situação atual não. A é tudo uma coisa assim ter uma a lei de, por exemplo, a Coreia usou também dinheiro público para criar o K-pop, criar a indústria do dorama. Uhum. A Coreia é um país altamente competitivo, com alta capacidade de investimento, capacidade de poupança, população enriquecendo, virou um país de primeiro mundo e reserva um pedaço de orçamento deles para fazer essa projeção do poder coreano, a do soft power coreano perante o mundo, ganha filme com Oscar e tal. Beleza, eles estão ganhando o ócar hoje, né? ganharam agora recentemente aquele filme do parasita, só nos últimos 5 anos, nem nem me lembro quantas última vez. E ao mesmo tempo é, tem lá fábrica, celular, mar, legal, eles cresceram e depois se projetaram. O Japão pós-guerra cresceu, se projetou. A gente quer se projetar e não cresceu. Será que não é hora da gente crescer e aí vai projetando? Eh, parece que o Brasil, a gente tem uma elite que ela quer, imagina, não vamos querer as belas artes e tal, vamos ser vanguarda fazendo um filme nisso, aquilo. Mas tipo, ela sai na rua não tem esgoto ou ela é assaltada. É uma questão que, vamos dizer, não só razoável para as pessoas o valor que é destinado para leis de incentivo, sendo que esses mesmos filmes e essa produção artística que é feita com leite incentivo, ele não se sustenta sozinho no mercado sem precisar de uma, sei lá, aquela cota para de filme num para te obrigar a assistir um filme. Ah, tem que ter o cinema, tem que ter aquilo lá, sei lá quantas horas de filme, filme brasileiro ou aquela regra dancine para obrigar que é um streaming, streaming. É, precisa necessariamente disso. Um exemplo que é muito louco, Igor, que você é uma até uma resposta para isso. Cara, os nossos youtubers são alguns dos melhores do mundo. A nossa produção audiovisual, que é uma produção audiovisual privada, feita com recursos privados e com alta retenção, é de altíssima qualidade. A gente realmente produz isso. A gente nem a gente até se esquece disso. Inclusive aquela lei do audiovisual ia tirar dinheiro do produtor de conteúdo do YouTube, ia jogar para, vamos falar real, para uma um grupo muito pequeno, muito fechado de artistas e produtores em geral de audiovisual que produzem um determinado tipo de conteúdo dentro de uma um tipo de normativa e um conjunto de valores específicos. Ah, tem que ter tantas mulheres assim, tanto percentual, sei lá, é negro, sabe aquelas coisas de minoria. E e aí e enfim, essa essa curriola que em geral é uma curriola, ela define o que vai sair, o que não vai sair. E não sei se isso está funcionando, porque muito dinheiro já foi colocado. E dizer que isso tá funcionando muito bem, talvez não parece ser o caso. Então eu gosto da ideia de projetar. Eu acho que se a gente em termos objetivos nos tornarmos uma nação mais rica, temos que projetar soft power. e leis de incentivo existem em todas as nações de primeiro mundo. Sou favorável dentro de uma regra que, vamos dizer, que os critérios objetivos são claros e impeçam que você crie curas. Ã, mas hoje, assim, eu gostaria de ter esgoto e que as pessoas ganhassem um pouco mais de dinheiro. E eu gostaria de ver os bandidos presos ou indo dess para uma melhor se resistirem a uma prisão. Seria basicamente isso. Não sou contra. Agora, eh, é uma daquelas discussões que a gente tem que são meio fantasiosas porque soa como se a gente não tivesse prioridade. Uhum. E parece que realmente assim, o estado do Brasil não tem prioridade, cara. Mas a gente tem um monte de discussão eh que não deveria est na prioridade, né? ou não é que não sei nem se a gente tem essas discussões, mas vira e mexe assim como sociedade a gente entra numa. Eh, por exemplo, eu sou favorável à legalização da maconha, por exemplo, mas [ __ ] a gente tem tanta coisa para para resolver antes que depois a gente conversa sobre isso. Primeiro, vamos de fato ter um saneamento básico. É, é, é e é é basicamente o que eu quer discutir isso. Uma discussão vári tá acontecendo em vários lugares de primeiro mundo. Vamos virar um país de primeiro mundo primeiro, senão de primeiríssimo mundo. Vamos, vamos ajeitar a casa. Ah, por exemplo, tá tendo uma discussão agora no Congresso sobre permitir aos estados que eles façam a própria e legislação penal. O governo federal quer centralizar mais ainda, vamos dizer, o poder de combate ao crime, de legislação penal, de criação de legislação penal no governo federal. E parece que o Congresso vai dar um um passa moleulque, vai falar: “Ah, entendi”. E vão, na verdade, é alterar essa legislação para aumentar o poder nos Estados. Se aumentar o P nos Estados, a gente vai ter uma coisa que aconteceu nos Estados Unidos, que é eventado tem um modelo assim, outro estado tem um modelo assado. Super. Às vezes Santa Catarina consegue, mas o Rio não tá numa, sei lá, sabe? Beleza, essa vira uma discussão federalizada e eu acho que é super bem-vinda como discussão. Ã, mas o momento agora, sei lá, é tão óbvio que assim é de combater o crime, o todo, todas as pesquisas mostram que os brasileiros estão preocupados com crime, crime organizado, todo mundo se tocou do tamanho do problema, que talvez assim não seja, só não seja a prioridade, né? E eh, mas é isso, há uma importação de discussões. É que, Igor, tem uma parada, cara, que é que eu me vejo muito nisso também. Eh, o Brasil ele é tão dividido em classes que a gente tem uma classe média que quer viver as discussões do mundo. Ela tá acompanhando produtos midiáticos e discussões políticas culturais de primeiro mundo. Não tô falando dos ricos t falando classe média, tô falando milhões de pessoas. Só que é é isso é uma realidade muito específica dela. Uma parte, portanto, de uma população que vive no interior do Rio Grande do Norte. A gente tá montando um poço agora de água e vai treinar a galera para plantar numa região lá no Rio Grande do Norte. é um dos projetos que a gente tá testando para ver a viabilidade de eh como pegar o semiárido e tornar ele mais produtivo via agricultura, que coisa mais, sei lá, coisa mais básica da humanidade, né? Revolução agrícola. E você chega na realidade daquelas pessoas, é um mundo muito distante, essas discussões não existem. A discussão dos caras é subsistência, é dinheiro, é ter o celular, é ter internet, é um cara não matar não sei quem. as discussões são prosaicas, tipo, vamos resolver esse problema antes. A projeção de poder e a capacidade da gente discutir o aumento das nossas liberdades ou a redução dessas liberdades, se assim as pessoas quiserem, ela ela vem num outra etapa. Sim. Eh, eu eu sei que eu te cortei nessa daí, mas eu não vou lembrar onde a gente estava antes. Então, eh, vamos falar um pouquinho de de Bolsonaro, tornozeleira, prisão, eh, Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, Bolsonaro impedido de falar com filho e e Xandão, tudo isso aí. Eh, vamos lá. Vamos começar aqui. Bolsonaro. Eh, pelo que eu, não que eu tenha, eu não tenho o contato que você tem com as pessoas lá em Brasília, mas eh das últimas vezes que eu ouvi, até os bolsonaristas sabem que Bolsonaro deve ser preso, né? E tem um impacto óbvio disso daí no no cenário político brasileiro, especialmente porque eh precisa então de um sucessor e o Bolsonaro ele reluta em indicar com clareza quem é esse sucessor, né? E a gente tá falando do das eleições do ano que vem já. Então, a gente tá muito perto aí, talvez, não sei se talvez dê tempo de construir esse esse sucessor aí, mas a gente precisa, quer dizer, Bolsonaro precisaria eh estar disposto a a aceitar que ele provavel muito muito mais provavelmente não estará nas eleições do que do que estará. Eh, na tua opinião, esse cenário vai se desenhando de um jeito mais catastrófico? Porque a gente lembra que a gente tava falando lá de como a como é a direita brasileira, inclusive o Missão, ele como é que tu como é que tu classifica o o Missão também assim nesse tudo isso que eu falei aqui eh como é que o Missão se classifica também nesse ponto de vista aí político, vai direita esquerdo. As pessoas naturalmente vão, as pessoas vão nos classificar como a direita. Eu digo as pessoas porque as coisas são simbólicas e simples. Elas vão ver, ah, vocês defendem lei e ordem, isso identificado como direita. Ah, vocês hã especialmente na questão da lei ordem deificativo. Eu não sei definir boa parte dessas políticas que eu tava falando com você. Que que é direita, esquerda para mim é, sei lá, é um sistema mais sistema antipatrimonial ou sistema antiarcaico que a gente teria. Eu não sei, eu não sei realmente como definir. Ã, mas a gente, acima de tudo, se define como um partido de um corte geracional. A missão é o partido da geração Z e da geração Millenial. É um milenio puto. Millennial. Minha geração é a tua. É o cara que achou que, pô, basta eu fazer faculdade, vou começar a vida e vai dar certo e deu tudo errado pra nossa geração. Geração que realmente sobrou a conta e a geração Z. Nem a perspectiva de sonhar que a nossa geração teve, ela tem. Então a geração Z, ela tá vítima das circunstâncias, muito [ __ ] e com a conta para pagar. Então, acima de tudo o que nós somos, é um partido geracional, é um partido de geração. Portanto, que, ah, Renan, como vocês vão chegar na tia do Zap? Não estou preocupado com isso. Eu não estou preocupado com isso porque e eu não quero viver as ideias da TI do Zap. Tá tudo errado. As ideias del a ti do Zap fracassou. Ela já votou no Lula, ela já votou no Fernando Henrique, ela sei lá, acreditou no Enéias, agora ela gosta do Bolsonaro. Com todo respeito, tia do Zap, deu errado. Você entregou um país bem zoado pr pra galera mais nova. Então a gente só quer fazer diferente. Então não estamos preocupados, e esse é um ponto, em agradar hoje a imaginação da galera que veio antes. A gente quer romper com essa imaginação. E se essas pessoas quiserem embarcar e participar disso, vai ser um tesão. Vamos ser super convidativos, como vem acontecendo. Só que o o recorte é: quem vai ficar com a conta dessa bucha tem que ter um lugar na mesa, que são essas pessoas mais jovens. Essa pessoa mais jovem vai ter que ter um lugar mesmo. Acabou não ter lugar mesmo e a gente vai botar essas pessoas à mesa. Esse é o nosso, esse é o nosso mote. Entendi. Sei se é direita, esquerdo, honestamente, sei lá, cara. Para mim é de é direita em termos principiológicos, mas em termos de ação é uma coisa muito, muito peculiar. É uma é uma coisa nó lá. Tá. E aí? Tá bom. Então vamos voltar pro pro lance do Bolsonaro lá. E a e o seu possível sucessor, ou ou o cenário que vai se desenhar para pro ano que vem aí? Tu é caótico, eu suponho que tu acha. Eu acho que já estava caótico. Eu adoro fazer nas lives lá uma cobertura sobre isso, porque essas brigas, as microbrigas da direita me fascinam, não é? que é muito picareta, é muito pilantra, é muito malandro, tem umas pessoas sérias aqui e ali. E é um jogo, é um jogo feio. O que que eu penso, eu já usei isso uma vez um vídeo, mas dá para trazer isso aqui de uma maneira interessante. O Bolsonaro unificou muita gente que, né, tinha nada a ver entre si. Então o Ciro Nogueira se define hoje como um bolsonarista. Ciro Nogueira, ele é um oligarca do Piauí. O ele ele esteve sempre com o PT. Se o PT chamar agora, ele vai. Mas ele é bolsonarista. Rogério Marinho, que era do PSDB, sempre foi um tucano, também uma meio coronelista lá do Rio Grande do Norte, também é um bolsonarista. O Nicolas é um um jovem evangélico que sabe usar ress bolsonarista. O Ricardo Sales é um bolsonarista. Várias pessoas são bolsonaristas. O Bolsonaro ele é um elemento que aglutinou muita gente que ganhou like, viu, cresceu, ganhou voto. Like, viu é voto, ganhou, se elegeu, querem construir suas carreiras políticas. E em um determinado momento o Bolsonaro deixou de ser legal e bacana, como vamos dizer esse gancho que, né, puxa eles e ele virou um fardo. Então todos eles torcem pro S Bolsonaro só desaparecer eh lentamente e não dar problema para eles. Eles só todos eles torcem para isso, tirando o Eduardo, tirando o Carlos. O Jair Renan não sabe disso porque o J Renan ele é deficiente, então ele não sabe o que ele quer. Acho que ele quer só, sei lá, eu quero uma balada, sabe? Ele é mongoloide, então não tem muito que colocar o J Renan. Hã, o Tiando, eles e o Flávio que quer ganhar dinheiro. O Flávio ele nem tá ligando muito para isso. Então é o Tiando Eduardo e o Carlos Carlos porque ama o papai dele e o Eduardo porque quer ser sucessor do pai. Tirando o próprio pai. Alguns poucos aliados ninguém liga pro Jair. E isso tava muito claro já nos últimos dois anos quando todo mundo foi quando pintou o Marshal todo mundo sai o Nicolas. Ai Marçal é interessante é de sistema, aqueles papo sabe Marçal de sistema, veio aquela conversinha. Então já tava já tava dando merda. Aham. como tá dando merda e como esses caras são muito volúveis, né? Eh, mudam de ideia aqui, ali, votam mal, tem um trabalho parlamentar meio ruim, mas tem voto, que é o que interessa no na gincana, né? Voltamos pro voto. Um centrão que gosta de gincano falou: “Envelopa essa galera, traz para cá e bolso, que quer quero o desenho. Vamos pegar um cara sério, respeitado aqui, que é um bom executor que é o Tarcísio. Pega esse carê como sério, que tá bem aprovado. São Paulo, Bolsonaro endossa ele. Nossa, ainda não endossou. Ainda não, mas claro o gaming Bolsonaro endossa ele que se te prender esse cara vai te dar lá o perdão, ele vai te soltar e aí a gente vai fazer vários senadores e aí a gente vira o jogo. Aí lá para 2030 pode ser que você concorra de novo e para 2030 o Bolsonaro não é otário. Você tô achando que eu sou trouxa? É [ __ ] né? Que eles estão fazendo um bolsonarismo sem Bolsonaro, que era o projeto. Um bolsonarismo sem bolsonaro. Leva a parte boa que são os votos. Leva esse bando de político oportunista que vão sair ganhando voto lá. Ah, Tarcísio contra o comunismo. Então, vai ter um discurso pro grande público que é o Tarcísio contra o comunismo, só que é um Tarcísio pelo centrão. Aí assim, o Tarcísio, presidente com Cío Nogueira, coronel do Piauí, um lugar que basicamente a maior parte das pessoas hoje estão mais bolsa família do que com carteira de trabalho. Os municípios não se pagam. Acho que não sei se é o Piauí ou Alagoas, tem maior geral alfabetismo do Brasil. Esse cara lá não, tô modernizando o Brasil. Tá uma ova. Você só tá validando aquele mesmo câncer que a gente tava falando. Então o centrão tá escolhendo essa candidatura. Ele tomou a direita para assistir. O Tarciso era o nome, era esse o desenho. Só que faltou combinar com o Bos Bolsonaro. Tava pintando esse desenho, tava pintando a prisão do Bolsonaro, ia dar merda também pro Eduardo. Aí o Eduardo vai embora. E aí o eu acho que quem arquitetou o plano, porque é o mais inteligente ali, o Paulo Figueiredo, ele arquiteta esse e essa ideia de embutir nessas sanções do Trump eh as questões que envolvem Bolsonaro e Alexandre de Moraes, sabendo que qualquer coisa que atingisse eles ou Alexandre de Moraes e o o Paulo Figueiro foi muito astuto, responderia agravando. E ali num jogo que o Bolsonaro ia lentamente morrer, eles começam a bagunçar o Coreto. E essa bagunça de Coreto gera muitas reações. Por exemplo, o Tarcísium, ele se dava bem com se dá, ele se dá bem com STF, ele era um núcleo STF, não. Beleza, Tarcísium. Aí ele vai ser obrigado ele vai ter que atacar o do STF, vai ter que falar: “Não, tem que sancionar o Mora”. ele vai fazer isso, governador de São Paulo. Ao mesmo tempo, essas sanções atingem muito o estado de São Paulo. Então, ele tem que atuar ou mostrar que atua em nome do de uma negociação que salve as empresas de São Paulo. Tá, mas ele ficou tomando bronca do Eduardo por fazer isso. Tipo, não, não é para fazer nada disso. É para você falar que é para cair o Alexandre de Moraes, porque meu pai não pode se pagar por isso. Temos que salvar a democracia brasileira, que é o argumento lá do Eduardo. E tal, o Tarcídio ficou lenhado nisso, só ele começou a apanhar dos dois lados. O centrão fica numa segunda porque o centrão quer resolver essa bagaça. Ã, e o Tarcísio, como não é líder, né, eu falo muito assim, o Tarcío ele é um engenheiro, ele não é um arquiteto. A arquitetura são pessoas com imaginação política de pensar soluções e projetos. Isso é um arquiteto. Ele é um engenheiro. Então ele foi engenheiro da Dilma, do projeto do PT, quando ele tá abandonando governo Dilma. Depois ele foi engenheiro do do Moreira Franco e do PMDB no governo do Temer. Era engenheiro, eles imaginavam pond futuro, ele executava. Depois ele foi engenheiro do Bolsonaro. Ele é engenheiro do Bolsonaro até agora. E o Centrão tá tá convocando ele, contratando ele para ser engenheiro do centrão, que é o que ele faz. E e como é um engenheiro, ele é um contratado para tocar. E tema, o Tarcísio é um dos raros caras na política brasileira que você percebe que ele tem um que bem alto, ele tem uma capacidade de raciocínio fora do comum, talvez não seja uma pessoa criativa, mas ele é uma pessoa eh executiva, raciocínio organizado. Eh, não acho que ele seja desonesto, não acho que é o caso dele. Eh, mas ele é um executor de um projeto alheio. Então, quando ele tava no Bolsonaro, ah, estou fazendo pontos aqui. Ah, tá. E a e as cagadas da pandemia, ele não tinha opinião. Engenheiro tá executando. Ele não tem opiniões sobre as coisas que importam. E isso é muito preocupante porque ele estava hoje num projeto dos caras que estão matando o Brasil, são esses caras do centrão que estão com o PT também. Assim, não dá para esquecer. O Cassabe, que é o artor político do Tarcísio, tá no governo do PT com o PSD ao mesmo tempo. E ninguém liga, porque assim, se eu for explicar pr as pessoas que estão na política, os analistas, os bolsonistas de esquerda, vão fingir que isso não acontece. que não existe isso. Eles só vão ficar um matando o outro. Mas voltando pr pra questão da direita, eh, o Tarcísio, ele não tá sabendo como sair desse jogo. O centrão que precisa resolver essa situação tá louco para para manter e manter o Tarcío como candidato. Partido Novo que tava nesse arranjo, porque é muito bom pr os caras do Partido Novo apoiar um candidato lançado pelo Bolsonaro, porque o Partido Novo, os caras são bolsonaristas, já viram que agora, pô, lança o Zema, aí vão ter um evento de lançamento de candidatura do Zema agora em agosto. Lança o Zema, põe no põe no game e aí o jogo bagunça, bagunça pro centrão e bagunça pra direita. Aham. Eh, então a situação pra direita está complicada, ela não tá exatamente fácil e enfim, não era para est exatamente e quer dizer, não era para ser diferente porque a a direita que é liderada por um cara que é um fraco, incapaz, é um homem burro, que é o Bolsonaro, ela não vai fazer nada muito diferente disso. E ela vai ser tosca, que ela vai ser personalista. A única coisa que importa pro Bolsonaro é o Bolsonaro. A imaginação do Bolsonaro é meio que tipo, o mundo é o que eu toco, gosto disso, aqui é bom porque é meu, tá? Tá. Eu então assim, o mundo dele é um mundo que e ele tem que estar no centro das atenções. Então, quando teve, por exemplo, 7 de setembro de 2022, o Brasil fez eh 200 anos da independência, eh o evento lá era um comício do Bolsonaro em que ele falou que ele era embrochável. Como assim? O Brasil, 200 anos na independência, o foco era, vamos dizer, a capacidade de erguer um pênis do Bolsonaro. Como assim? E foi eh tudo que ele fala: “A democracia tá acabando porque eu não vou participar da eleição e tudo é eu eu”. E tudo é sobre ele. E qual que a direita virou tudo sobre um cara medíocre? Medíocre não. Medíocre. Ele não é medíocre. Medícre é um mediano. Ele é um cara débil, mais carismático, mais popular e ia dar merda, né? E é tão débil que ele não conseguiu montar um partido e as decisões políticas dele são tomadas por um Valdemar, que é um cara que tava de tornozeleiro e participou do Mençalão e do petrolão. [ __ ] é isso a direita. As pessoas que, Igor, as pessoas que saíram na rua em 2015 contra a corrupção Valdemar na cadeia, elas viraram vassalas num projeto de [ __ ] Aí depois ficam assustadas. Ah, perdemos pro Lula, perdemos pro Chão. Lógico, o Lula é um obstinado, um safado obstinado, leal com os bandidos dele. Bolsaro nem leal com os bandidos dele é. O Bolsonaro, um cara começou a dar problema, ele entrega o cara. O Lula não entrega os outros bandidos. É outro tipo de lógica de quadrilha. O Xandão, se alguém acompanhar a carreira do Xandão, Xandão é inteligentíssimo, muito obstinado, com uma cabeça voltada pra guerra, passava concurso com notas altas, entrava, a carreira dele foi meteórica. Gosta de briga, sempre gostou. Um cara desse, inteligente, obstinado, focado, vai derrotar um cara tosco, bobo e covarde. E aí os fãs do Bolsonaro ficam: “Ah, ah, mais o quê?” Tipo assim, vocês perderam porque o líder de vocês era uma merda. Vai ficar reclamando, o líder é uma merda. Mas não dá para discutir isso com os caras, porque na cabeça deles eles amam o Bolsonaro e o Bolsonaro representa, sei lá, eles são apaixonados, cara. É paixão de homem, velho. Paixão de homem é pior coisa que tem. Paixão de homem o cara vai gostar do cara até resto da vida. Então não vou questionar paixão de homem, né? Entendi. Entendi. Tem que fazer. Ô, Vitão. Bom, a gente a gente coloca uma tela de espera, pelo amor de Deus, que eu vou mijar, que senão vou explodir aqui, eh, e a gente volta a falar de internet já, já. Pera aí. Fechou? Pronto, estou desmutado já. Desculpa aí, família. Tá, salsava muito mesm ali no banheiro. Eh, bom, tá. E a gente tá falando da da direita, como ela opera, como ela funciona. A direita, ela é notoriamente assim muito mais eficiente que a esquerda. Ou não sei, pelo menos da última vez que eu chequei, né? Faz um tempo que eu não que eu não entro no Twitter. Entrei hoje para pesquisar coisas sobre você, inclusive. Eh, mas eles são muito mais eficientes nos usos das redes sociais e isso confere a eles aí uma uma vantagem eh no jogo de uma forma geral. Por exemplo, eh o Bolsonaro em 2018 foi eleito muito por causa da força das redes sociais, além de sentimento anti e tudo mais, né? Eh, já a esquerda ainda dá uma patinada, né? Se a gente for falar, por exemplo, aqui do do vídeo que o Nicolas fez lá sobre o Pix, acho que era sobre o Pix, taxação do Pix, qual coisa assim, eh, foi um vídeo que, putz, tem um número assim expressivo de visualizações, né? Já a esquerda não consegue reproduzir isso daí assim, e tenta, né, mas não não rola, tenta, mas não rola e tal. Eh, a gente pode esperar que vai ser uma uma eleição bastante disputada também, esse tô falando do ano que vem nas redes sociais, com certeza, né? Sim, sim. Natural. É meio que o o debate público hoje acontece majoritariamente em rede social e o debate que interessa acontece em rede social. Os números são ã um número de uma grande viralização pode ser parecido com o número de se lá da audiência de um jornal nacional, dependendo do caso. E sim, assim, esse alguém, a esquerda ela larga muito atrás, mas também que a esquerda é uma bosta nisso aí. Eles são muito, é muito louco. Eles acham os bonzão em comunicação, aí chega lá a produção audiovisual deles é constrangedora. Eu acho que eles ficaram eh sei lá, olhando. Parece que eles estão eh assim, nós somos superiores intelectualmente e a gente eh sabe fazer, pô. A gente vai, a gente usa TV, a gente tá fazendo isso há um tempão e a e à direita, o os bolsonaristas eles entenderam como usar as redes sociais de forma muito mais eficiente, bem antes do dos caras da esquerda perceberem que isso era importante. Uhum. Né? E aí a gente tá cai no no cenário do jeito que tá, que é eh pelo menos no ponto de vista de rede social assim desproporcional, né? Sim. Eh, o impacto que isso que isso teve nas eleições foi foi grande, mas também não foi suficiente nas eleições de 22. E você acha que agora em 26 muda o cenário de novo? Porque assim, a gente vai ter eh não é muito comum no Brasil um presidente não se reeleger. Uhum. Né? E a gente eh aconteceu com Bolsonaro e a gente tá vendo aí uma uma popularidade do Lula baixa. Eh, talvez agora com esse lance que tá acontecendo aí tenha uma certa retomada, mas ainda assim não é grande a ponto de sustentar um uma forte investida nas redes sociais. E como é que tu enxerga o cenário se se que tá se formando? O, o Sen que tava se formando é um candidato, era um candidato centrão que era o Tarcísio, era o Lula ou o sucessor era o Hadad, vamos ver se eles vão manter se o Lula se assanha. E a gente meio que assim, era gente, mas e como é que as redes sociais e internet entram nessa nessa equação aí? Ã, tanto o candidato do PT quanto o Tarcío for candidato, eles são totalmente boring, são chatos, vão falar coisas repetivas. Os únicos que vão falar uma coisa interessante seremos nós. Os únicos que vão falar alguma coisa interessante na discussão de rede social com projeto que vai cutucar as pessoas, seremos nós. Nesse ponto, vamos dizer, a missão ela larga muito na frente. Eu não vejo outros propondo uma candidatura. Tinha um Ciro, ah, o Ciro tá fazendo um barulho. O Ciro já é um produto bem velho, repetindo as mesmas coisas e provavelmente ele vai ser candidato pro governo do Ceará ou vai participar de um arranjo de uma candidatura no Ceará. Então, ã, seremos nós a candidatura que eu acho que vai movimentar a internet, porque essa eleição aqui, o centrão queria fechar com o Tarcísio, muito, porque o Tarcísio seria o candidato eh com tanto TV, tanto dinheiro, com todos os bolsonaristas gravando vídeo, endossando ele, que ele só ia assim na rejeição do Lula e ele ganharia. A gente tem que concorrer, a gente tem que, a ideia nossa nesse game é usar naturalmente as redes sociais, ã, para trazer discussões novas que esses caras não estão prontos para discutir, porque o Brasil vai quebrar em 2028 e a gente precisa ter uma candidatura que vai falar: “Ó, você, Tarcígio com, você com esses putos do centrão, você vai acabar com, você vai tornar compra compra de voto crime de ondo, não. Você vai declarar guerra ao crime organizado? Você nem declarou guerra o PCC aqui em São Paulo. A gente vai, você topa já. Vamos com o compromisso. O presidente da República, em vez de fazer festinha de posse, botar o Carlucho pendurado no carro de novo ou a Janja com um monte de índio, vamos tá assim lá lá na no morro, lá no Rio de Janeiro, simbolicamente iniciamos isso aqui, vamos retomar essa esse território. Ah, não sei porque eles não vão fazer, porque eles não vão fazer nada drástico. Vão fazer uma reforminha, privatiza um negócio para fazer caixa e vão tentar ir remediando, que é isso que o Brasil faz desde sempre. a gente empurra tudo com a barriga e a gente vai vir com um discurso nesse ponto que é um discurso muito agressivo que vai tomar as redes, que é um discurso de propor mudanças drásticas, que é o que eu citei, declaração de guerra, vamos ter que entrar com um papo que vai ter que mobilizar as pessoas na rede, porque é um papo concreto de mexer com sistemas de incentivo envolvendo auxílios, bolsa família. Eh, como é que é? A gente vai ficar comemorando que mais pessoas estão usando isso. É isso, é, é isso que a gente se tornou, as fraudes que envolvem isso. Eh, discussões que são duras, são bem impopulares, mas que vão movimentar muito as redes uma eleição. Cara, o Acre tem hoje status para ser um estado ou o Acre tinha que voltar a ser um território e arrumar a casa para um dia voltar a ser estado? Faz sentido o Acre com 500.000 habitantes ter três senadores? Faz sentido parar que tem Belém 55% da população mora em favela, tá fazendo a COP 30 para falar de de meio ambiente com o barbalho que é um dos maiores corruptos, uma família de corrupto, de gangster, os barbalhos lá. O Pará tá nessa situação. O Pará é um dos maiores exportadores de mão de obra pro resto do Brasil, porque as pessoas estão indo embora do Pará. Só que o Pará é deputado federal, é o Pará tá nessa situação. O Piauí do Ciro Nogueira tá nessa situação. A gente vai ter que discutir essas coisas que são concretas e que todo mundo tem medo de falar. Todo mundo tem medo de falar porque elas envolvem voto, envolvem estrutura política. A gente vai botar esse dedo na ferida. Em termos de rede, acho que é a única coisa que vai mobilizar as eleições, porque essas eleições para 2026 tão sendo construídas para serem eleições xochas. É o é o o Tarcío. Ah, vou fazer uma ponte aqui e a gente vai negociar, parlamentar e diminuir o déficit e vamos focar em construir uma outra ponte em outro lugar e depois eu vou lá montar uma nova ponte e viva Bolsonaro. Bolsonaro eu te amo. Bolsonaro gosto de você. E aí o Haddad, não, essa taxação na verdade é para um rico e não, mas o IOF tá pegando todo mundo que tem meio e tal. Não, não, não é. Mas o cara que tem meio é rico também. Vai ser este o papo. Mas os Estados Unidos são nosso inimigo. Antes que uma discussão meio mongoloide, mas é a discussão, olha que interessante, o desenho para 26 é voltado para ser uma discussão do jogo político pra internet, que é uma discussão meio de meio combinada de cartas marcadas, inclusive com a STF endossando as duas candidaturas, que era o desenho pré essa briga. Alguém tem que ir lá e quebrar o Coreto, mas não quebrar tosco, como vamos dizer o Pablo Marçal apareceu na eleição de 24. Uai, vou fazer um teleférico. Aê, isso aqui aquilo é um retardo, aquilo é um débil mental. Vocês viram pessoalmente, né? Não vou ficar assim. Vocês sabem o que que é esse cara? Não é para fazer isso. A gente tem que propor coisas muito duras. O Brasil v, a gente vai, o Brasil vai quebrar em 28. A gente tem que fazer coisa nova. E e eu acho que isso que vai movimentar as redes. Eu tenho que ter essa crença, porque se a gente não tiver essa crença, significa também que, mano, os brasileiros só estão cagando. Ah, [ __ ] vai, me empurra aí um pouquinho com a barriga. Não dá, velho. Não vale a pena. Entendi. Eh, e cara, quando eu tava olhando lá no no Twitter, eh, [ __ ] apareceu para mim aqui umas umas paradas que tu falou, por exemplo, se for assim algo parecido com bolsonaristas, não estarão no missão. Sim, de jeito nenhum. De jeito nenhum. De jeito nenhum. De jeito nenhum. A não ser que o cara, assim, se um cara que é um bolsonarista, ele fala: “Ó, cara, eu vou, eu deixei de ser Bolsonaro. Eh, o Bolsonaro cometeu todos os erros que todo mundo sabe que ele cometeu. Eh, mas eu tenho o meu conjunto de valores e esses valores, eles se adaptam na missão. Quero treinar, quero ler, quero produzir, quero militar com essas pessoas pela causa. Sim, as pessoas mudam e podem ser bem-vindas. Agora, exercer bolsonarismo, que é tipo, vou gravar uns vídeos eh fora comunistas, o cara não vai ficar. Eu vou te dar um exemplo concreto disso. Nenhum grupo político faz isso no Brasil. Eu tô fazendo, ah, gente, me mostre um que faça. A gente elegeu, acho que o quinto vereador mais votado de Curitiba, João Betega. Eu já sabia que ele era, erros nossos, ninguém, a gente não é perfeito. Eu já sabia que ele era meio meio atrapalhado das ideias. Tudo bem, ganhou. Ele só ficava gravando, precisamos unir à direita. Vamos. Ele ficava lá querendo só gravar vídeo. O mandato dele, ele montou uma equipe técnica que era do MBL, maravilhosa. A equipe técnica, vamos, fez esse projeto, fez esse projeto, é projeto não dá like. ficava só gravando os vídeos no meio da rua pegando esse eleitor bolsonarista. Chegou um ponto que ele gravou um vídeo em que ele, sei lá, chegava para um senhor de idade e o cara tava escrito Veneza na blusa, só que o cara era meio de esquerda, ele é Veneza para você, mas Venezuela pro povo. Sério, a gente falou: “Não, não, não dá. O cara não trabalha, o cara é um péssimo vereador, o cara só quer ter like.” E nessa lógica dele de Socket Light, ele pode ser que ele ganhe para deputado fazendo isso, porque vai ter eleitor para isso. Ele tá vivendo esse bolsonarismo aqui, essa política de idiota, cara. Ele foi expulso do movimento mesmo com mandato, mesmo sendo um cara que ganha para deputado se ftivesse no nosso partido. E ele eh os nove funcionários do gabinete dele, os nove pediram demissão no meio de uma crise, sabe? tinha, a gente tinha salários OK e tal, todos pediram demissão, estão se arranjando agora no no setor privado e tal, e deram uma banana pro cara. Esse é o tipo de espírito que a gente tem que ter. Tipo, cara, a gente perdeu um vereador, o quinto vereador mais votado de Curitiba. Perdemos isso, Dane-se. E o exemplo que a gente dá, inclusive dos caras pedirem a demissão em nome deste valor, é o exemplo que a gente tem que dar para não entrar outros idiotas desse, porque, vamos dizer, existe aquela coisa, às vezes não se nasce bolsonarista, torna-se. Então, aquele garoto, esse Beteg, ele não era bolsonarista, mas ele viu, cara, vou ter muito mais like virando essa tranqueira. Ele virou dentro da nossa estrutura expulso. Então isso faz parte tanto do nosso dia a dia que a gente será isso. Agora o eleitor bolsonarista quiser votar, venha votar, vai gostar dos projetos. A gente não vai abrir concessão do tipo, ah, não, mito tem belos olhos verdes, cara. Mito é um idiota, ferrou a gente, ferrou a revolução que tava rolando no Brasil de combate à corrupção. Ele ferrou isso para salvar o filho ladrão dele. Não vamos deixar de falar isso. É um frouxo, é um bunda mole, é um tosco, é burro, não sabe o que faz, não sabe o que fala. tava mandando o Trump montar uma base americana na tríplice fronteira, não é líder de nada, não serviria para administrar uma padaria. Aliás, bem difícil administrar uma padaria. Então, pelo amor de Deus, a gente não vai abrir com esse negócio. Se uma pessoa vai ouvir tudo isso, vai falar: “Beleza, tô com vocês, tô com vocês na guerra contra o crime organizado, tô contra vocês pra gente enfrentar a elite do funcionalismo público, tô com vocês pra gente fazer com que as cidades no interior do Brasil sejam produtivas. Bora, estamos junto. Aí é o jogo democrático. Só que a gente só, a gente não vai abrir concessão, porque se a gente abrir concessão, a gente vira o partido novo que abriu tanta concessão que hoje você não sabe mais identificar se o cara é um bolsonarista ou não. Entendi. Tem uma outra aqui também. Ah, não, mas que a gente já falou para caramba que é a direita brasileira puxa o saco do Bolsonaro. Mas tem uma aqui que me chamou atenção, cara. É assim, eu nem sei se essa tu falou mesmo, porque eu não vi num vídeo, tava só ali, que é políticos não são funcionários do povo. Sim. Que que tu quer dizer com isso? Que literalmente é isso. O político não é um funcionário do povo. Vamos lá. Minha, se eu tiver uma relação com o funcionário, eu tenho uma relação de o funcionário tem uma relação de subordinação com o político, ou seja, desculpa, com o com o patrão. Se o político é meu funcionário, eu posso chegar para um político, por favor, vota assim. Não, ele não, ele não vai votar. Se eu chegar para Érica Hilton e falar: “Vota do jeito que eu quero”. Ela vai, ela vai me mandar tomar naquele lugar com razão. Se eu chegar, então tá demitida. Não, não tô demitida. Eh, logo, se eu não tenho, mando e ela não faz o que eu quero. A única coisa que resta para essa analogia que é meio tosca é eu pago o salário da pessoa. Mas isso não é o suficiente, porque o sistema democrático você vai pagar salário para representantes que vão defender coisas diferentes da sua. Então, quando a gente acha, ai o política, meu funcionário, logo logo nada, essa mentalidade não serve para nada. Por isso que as pessoas não sabem cobrar político, porque o político ele é muito maior do que um funcionário. Um funcionário você pode demitir. Um político ele é um representante. Ele vai representar as tuas ideias, a tua região, teus valores. É um negócio nobre. Quando um funcionário te trai, você demite ele. Quando um político te trai, ele cometeu um crime capital. Ele tem que desaparecer do que ele convívio. No Japão, um político é criminoso ou que trai a população, quer fazer aquiri, pede demissão. É uma vergonha. Por quê? Porque ele rompe um pacto de representação aqui. Não. Ah, não. Faça o que eu estou mandando, senhor político. Isso é é uma mentalidade meio burra que é para que é aquela coisa assim, existe o povo e o povo é o patrão dos políticos. Não é assim que funciona. E eu não gosto dessa lógica porque você nem cobra o político direito achando que ele é um funcionário. Você não cobra e você não se organiza. Porque é o seguinte, eu tenho que me organizar para ter representantes que pensam como eu. Eles são meus representantes, não meus funcionários. Eu tenho um poder sobre eles por eles me representarem, só que eh eu tenho que ajudar a fazer eles serem o veículo das coisas que eu acredito, das coisas que eu preciso defender. Isso não é uma relação com o funcionário, definitivamente. Só que a a classe média brasileira e a direita errou por muito tempo em ter essa ideia que é uma ideia, parece assim, política para idiotas. Existe um livro político para idiotas. Então, ó, você cidadão brasileiro, o político é seu funcionário. Aprenda a cobrá-lo, tá? Não é assim. É, é um pouquinho mais complexo. É um pouquinho mais complexo. Eu posso novamente o exemplo da Érica Erica Hilton, Errica Hilton, vote contra os privilégios, tal coisa. Não, não vou votar, cara. E é e eu não, eu não posso obrigar ela a votar nisso. É, é da lógica do jogo que não seja assim. Entendi. Então é é é é tosco. E eu tô tentando falar muito paraa militância, pros seguidores nossos, não é assim que funciona. Se um político é bom e tá no teu campo e não te trai, você tem que trabalhar com ele enquanto representante. Você tem que derrotar o seu o o outro político que tem a ideia diferente tua. Derrotar, fazer ele não ser eleito, fazer que a ideia dele perca. Agora você não tem poder de mando, não é relação de subordinação. Então é, a gente precisa ser aprender a a ter cidadania para saber. Estamos de volta, estamos de volta. Estamos de volta. Estamos de volta. Então, é, então, então nesse, nessa nessa lógica, o pensamento de que o político é um funcionário do povo, tá equivocada e deveria ser eh substituída pela ideia de que o político é um deveria ser um representante do povo. É, e se ele não te serve bem, ele te traiu, que é é muito pior do que um funcionário que não te serviu bem, um político que não te serve a tua ideia, ele te traiu, cara. Um traidor é o é a coisa mais baixa que um ser humano pode ser. Então, as quem veio me criticar para eu falar isso acha que eu tô querendo ser legal com político porque eu fundei um partido. Não, [ __ ] eu tô falando assim, é muito mais grave a relação, é muito mais intensa a relação. O político, um representante, se ele te traiu, cara, um representante que te trai na antiguidade isso dava morte. É, é muito pesado. E o cara achando não, que o político me isso é só desculpa pra pessoa. É uma muleta pra pessoa não fazer nada. É só uma muleta pra pessoa não fazer nada. Entendi. Eh, eu vi, eu vi essa, essa frase num, num, num Twitter de um maluco lá que tá te acusando de perseguição, doxin e o [ __ ] que é o Stuart, o secundário, que são os doidinhos que a gente é obrigado a lidar. Mas assim, a gente tem que cada vez mais saber que o faz parte do processo de crescimento lidar com doidinhos. Esse é um doidinho. Que em resumo, nem sei se é um doidinho, é um cara X que montou um perfil anônimo e ficava ele próprio acusando e xingando e atacando as pessoas, protegido por um perfil anônimo dele. Fala, dava a entender, especialmente gostava de atacar a mulher, dava até assim, a Amanda é religiosa, mas olha essa foto dela jovem, aquele tipo de coisa. Ele, porém, o perfil dele tinha o nome dele, nome concreto, nome verdadeiro dele. E é qualquer um que podia procurar a chava. E ele publicamente, isso não é doxing, são, sei lá, o látis dele, tem na internet nome, foto, tá tudo aberto, tudo público. Isso não é doxing. Doc é revelar documentos pessoais, endereços, expor uma pessoa, vamos dizer, de modo a colocá-la, inclusive em risco. O cara tem a foto dele, o nome dele. Eu só falei: “Ô, Marcos, né, se comporta. Por quê? Se você tá no jogo político, tem muitos seguidor, não é um coitadinho, tem lá dezenas de milhares de seguidores e quer jogar um jogo de mentira, tem skin the game. Coloca o teu na reta. Se eu falar uma merda aqui no programa, alguém vai me processar. Se eu cometer um crime, eu vou ter que pagar pelo crime. Agora é muito fácil querer atacar os outros, especialmente mulher, né? e jogar e mentir protegido num anonimato. Sendo que assim o anonimato é um anonimato parcial porque ele já se expôs antes. É só a pessoa dar um um fazer uma bela breve pesquisa e mostrar. Aí ficou todo, ele ficou chateado, acho que porque eu falei que ele era feio na foto. Era basicamente isso. E aí as pessoas fazem grandes dramas porque hoje é muito chororô. Que é aquela coisa da direita, né? A direita, ah, eu odeio mimimi, mas [ __ ] c mimimi. Ai, fui exposto. Tu falou que era feio. Eu não sou tão feio. O Renan mais feio que eu. [ __ ] Eu sou feio mesmo, Danis. Tô nem ligando. É da vida. Mas pelo menos eu boto minha cara feia para pro risco, né? Mas isso faz parte, assim, chororô na internet é bom, você sabe melhor do que eu. É a regra, não é? Não é exceção. Tá, mas aí eh o o a gente pode dizer que você falou aí, na verdade que o Missão e o Bom MBL ele tem um monte de milênio, um monte de geração Z, mais sei lá, 80%. Pois é. Eh, essa galera também é uma galera que vai, os millennials aprenderam a lidar com a internet e os gerações deles nasceram nessa [ __ ] Então, os caras já eh lidam com isso de uma com redes sociais. E tem uns caras e assim, eu não tô falando que foi tu, tá? Mas pelo que lá no tweet dele lá, ele fez uma trad lá. Eu peguei essa frase aqui, eu peguei de uma tradu dele lá, [ __ ] os cara marcando lá onde ele mora. Não, mas não é aí não, não somos nós. Aí fala assim: “Pô, eu uma vez a Folha fez uma matéria nossa do MBL que falava: “Ah, o Renan tem processos”. Aí teve gente caná que pegou o processo, viu o endereço onde eu morava e também foi ameaçar minha família. Não foi um jornalista da Folha, não foi nem ele a revelar o dado do jornalista da Fúha, foi só que ele agoou a imaginação de algum filha da [ __ ] ali e não com intenção dolosa jornalista da Folha. Então eu assim, eu já passei muito por isso. Amanda passou por isso, o Igor Gadelha do Metrópolis, aí sim ele foi meio [ __ ] ele revelou numa matéria um endereço da deixou bem exposto o endereço da Amanda. Foi gente p, ameaçar, a família dela deu duas semanas depois e assaltaram, né? Sequestaram a mãe da Manda ali dentro da casa. Foi tipo um sequestro, não sequestro, mas mantiverem cativeir ali a tia dela. Eh, tudo começou a acontecer depois que rolou essa revelação. Foi o Igor Gadelha que fez isso? Não, ele foi descuidado. Agora o cara querer emputar é chororô, é mimimi. E assim, e esse é um ponto de sem uma pessoa que não tem como nunca se expôs para participar de um jogo que quer jogar anônimo, né? Agora qualquer coisa acontece quer criar teoria para ser a vítima cara, é, entendeu? É, é ridículo. É só ridículo. E aí o que que eu digo? Se, ó, quer ficar falando, quer falar, quer imputar crime à gente, será processado e vai perder se imputar crime a gente, porque, né? Mas entendi. É, é, é mimimi. Tá. É bom. Vamos. Tem pergunta pra gente aí, J? Antes da gente para as perguntas, cara, e você aí que tá assistindo, você Então, cadê agora? Vai tocar, vai tocar na caixa. Não, põe no no fone. Então, põe o fone aí, Renan, que vai tocar no fone. Vamos lá. Pode d Pirocossauro mandou R$ 20. Renan, mesmo com o endividamento público, aumento de impostos e agora com esta crise sem precedentes com o ZUA, com direito a sanções a Lacuba, você ainda acredita que Bolsonaro e Lula são iguais? Eu nunca falei que eles são iguais. Esse é um erro que o aqueles reducionismos que o fã de um ou de outro falam. E eu recebi já essas perguntas também vindas de de lulistas. Eh, o vou Se você for atropelado por um caminhão, você morre. você pegar ebola, você morre. Ebola não é igual a caminhão, mas em ambos os casos você morre. Bolsonaro não é igual Lula, mas em ambos os casos você se [ __ ] É isso, entendeu? A gente sempre falou: “Oh, é muito ruim, nós seremos o cara não entende o voto nulo que ele existe. É uma opção que você tem na democracia que é o seguinte, cara. Eu serei oposição, não importa os dois, porque vai ser uma merda com os dois. Seria uma merda se o Bolsonaro tinha tivesse ganhado. E se o Lula ganhasse? Seria uma merda. Em ambos os casos, nós somos oposição. Pra gente não mudaria. E para as pessoas não mudaria. Seria um governo muito ruim do Bolsonaro. Como foi muito ruim o governo do Bolsonaro. Os caras ficam viajando como se o do Brasil não fosse ter problemas fiscais. Hello, quem estourou as contas públicas já antes do Lula para tentar ganhar eleão foi o Bolsonaro. A PEC lá do fim do mundo que ele montou foi ele. Ele quebrou as contas públicas e ficou igual um bundão lá. Moral todo um Zé Mané todo medroso querendo comprar voto com os caras do Centrão para tentar ganha ele e perdeu. Pô, ele é um Zé bundão e o Lula é outro. governou mal para caramba. Você, esse cara que manda isso, você estaria mal em qualquer circunstância. Ah, mas é igual assim, com o Bolsonaro você tá mal à direita e com o Lula você tá mal à esquerda. Um você ia tá mal lambendo Trump e outro você tá mal lambendo Putin. É isso. Escolha a forma de ficar mal. Eu acho que a gente tem que não ficar mal. Então, acho que a gente tem que ter uma alternativa a esses dois idiotas. Um o idiota bêbado, ultrapassado, vaidoso para [ __ ] Outra é um idiota narcisista, burro e covarde. Cara, a gente não nasceu preso nessas opções. Essa pergunta desse cara só mostra que a cabeça dele tá presa nisso, velho. Você não precisa ficar preso nisso. Não precisa. Na verdade, o mundo é muito maior do que você imagina. você diria, eh, um pouquinho nessa linha, eh, você diria que, vamos lá, a gente, o que a gente chama de esquerda e de direita no Brasil, por exemplo, quando a gente coloca o Lula eh no campo de esquerda e a gente vai eh dá para dizer que o governo dele é um governo de esquerda e do mesmo jeito, quando a gente diz que o Bolsonaro é o líder da direita, dá pra gente dizer que o governo Bolsonaro foi um governo de direita? Dá tanto dá para dizer que o governo Lula é um governo à esquerda. Eu não gosto daquele discurso que assim a esquerda a esquerda fala assim: “Ah, o governo não tá bom porque é um governo neoliberal”. Não, é um governo de esquerda, de conciliação que atende interesse de banco, que banco participou da campanha. Banco filho, posso falar palavrão? Banco filho da [ __ ] E é muito louco um cara de direita, não é? Fala isso. Banco filho da [ __ ] bancou e elegeu o Lula. Banco filha da [ __ ] Que talvez seja o caso falou recentemente disso, da gente pegar o Banco Itaú e fazer igual fizeram com esses grandes trustes e tal, dividir em cinco bancos. O Banco Itaú, o Banco Bradesco tem que ser para ter concorrência entre eles. Talvez seja o caso, porque esse cara exerce poder político, depois elege os caras participar da lição. Então o Lula faz conciliação neoliberal lá e é de esquerda, se alinha internacionalmente com a esquerda, tem aí, vamos dizer, certos pressupostos assistenciais que são mais a esquerda. Beleza? E o Bolsonaro é conservador, se alia com umas igrejas, compra umas igrejas ali, faz o game à direita, se alia com o presidente de direita dos Estados Unidos, mas vai fazer cagada à esquerda, vai votar um monte de lei feminista, por exemplo, como ele é muito criticado por isso, vai com a Damares, ele passou um monte de coisa nessa linha, se alhou com o PT para votar um monte de besteira, vai. Ah, mas Bolsonaro de direita é de direita. Você pode ser um perfeito idiota estando à esquerda ou à direita. A a idiotícia ela cruza qualquer coisa. Você pode ser um imbecil. Ó, a maioria em qualquer círculo, né? Exato. Então assim, dá dá para ser um um um idiota de direita, um idiota de esquerda. O que a gente só tá perando, é, que tal não ser um idiota? É um ótimo começo. Boa. Cadê Jean? Tá com a próxima aí. E uh. Uh! Vamos ter que vaiar o Jean aí, família. O vai o Jean aí no chat aí. Bota uh no chat. Pera aí. Hã? Ah, é? Então, pera aí que ele vai dar um F5 aqui, família. Enquanto isso o Renan vai cantar uma música. Você sabe que eu estou, eu montei uma banda, né? É, é. Eu montei uma banda com Artur do Val. Eu, eu canto só me xingando. Ah, você não é um bom cantor. Falei: “É, mas só quero tocar e me divertir.” Ah, é, não, só música própria. Sério? chama Limão Rosa. Tá convidado aí no show. Bem bem legal, bem autoral assim. Eh, e a brincadeira é inclusive fica meu desafio para música que estiverem assistindo, cara, só som próprio. Convencer as pessoas a ouvir som próprio e e tá rolando. Estão fazendo show em BH agora. Tá bem legal. Maneiro. Foi. Vamos lá. A ele não deveria ser no discurso e na urna. Pera aí que ele vai tocar isso. R$ 20. Hã. Processo do Bolsonaro não seria faresco para alijá-lo com denúncias sem materialidade. Um repúdio a ele não deveria ser no discurso e na urna e não por judiciário cooptado e juiz com delírio de herói? Nossa, Henrique mandou 20. Olha, é maravilhoso. Eh, se eu pegar a parte final do discurso e colocar Lula no começo, você não acha que o Lula, que foi preso por um juiz espetaculoso e farco, deveria ser julgado no discurso e na urna e não por um judiciário viciado com juiz cheio de um ego, é literalmente o discurso que a gente ouvia do Lula, me julguem na urna, querem me tirar da eleição. O lance é o Lula cometeu os crimes que levaram ele à cadeia no petrolão. Sim. O Bolsonaro tentou um golpe de estado, gente. Sim. As provas abundam. Não é sobre o outro de janeiro, são sobre todas aquelas ações que ele ficou se movimentando com a equipe dele. Quem é que perde uma eleição se reúne dezenas de vezes com generais, com um documento propondo uma intervenção no TSE? E quem é, eu não vou ficar entrando muito nisso, assim, todo quem viu as provas sabe, quem sabe o discurso dele, quem sabe a manifestação, eu autorizo com o Eduardo quebrando o grade na frente do STF em 2021. Sabe que eles tentaram, sabe que crimes ali foram cometidos? a questão toda, só para ser claro, tá? O inquérito do Xandão é ilegal, sim. E ali era uma briga de força, era o Bolsonaro querendo romper a institucionalidade brasileira e o Xandão rompendo. E aí virou uma briga de força, era briga de gang. O que você tinha ali era uma briga de gang. Era o STF representando o interesse da elite institucional brasileira com um inquérito que é exótico e do outro lado um cara tentando coptar a força amarda para dar um golpe. Era que venço o melhor ali. E o Bolsonaro perdeu e é o famoso quem ganha, quem quem como é que é? Winner takes all. Winer takes it all. E aí o e o e aquela coisa, o Alexandre de Moraes manteve os super poderes que ele falava que ah, vou usar superpereres para enfrentar a a a ditadura do Bolsonaro, tá? E aí mante agora Bolsonaro tá acabado. Ele, Alexandre de Moraes, está deu um despacho bizarro, eh, passando por cima do Congresso, ã, mantendo basicamente o IOF que dá algum respiro pro Lula. Cara, isso é ilegal. Isso é claramente zero democrático. E esse processo todo do Bolsonaro, assim, eles acharem no STF que, tipo, ah, isso tá super democrático, tudo bonitinho, é, é papo de louco. Dito isso, isso não salva as cagadas do Bolsonaro. O problema é o seguinte, tem um grupo de gangsters disputando eh o poder no Brasil. Gangster no legislativo, gangster no judiciário, gangster no PT, gangster no executivo, gangster no bolsonarismo e aí te pedem, te exigem assim: “Não, meu gangster, ele é democrático, o outro não é.” Tomar no cu eles, cara. Todos eles à direita, à esquerda de toga, sem toga, todos eles estão botando no nosso em bom português. A gente tá pagando a conta, a gente tá vivendo mal e aí tão te obrigando a tu, ah, não, não, mas o Bolsonaro tá sendo injustiçado. Ah, não, não, não, não, mas o Lula foi injustiçado na Lava-Jato. Ah, não, não, não, mas o Xandão tá salvando da democracia. Eu tenho que comprar essa história. A gente não tem que comprar história nenhuma. A gente não tem que comprar a história. Todo mundo sabe o que aconteceu. E não vou comprar esse vítim. Ó, o jogo, Bolsaro tem que ser julgado. Não, não, não, cara. Bolson cometeu crimes, só que ele tinha que ter um julgamento justo. O Lula teve um julgamento justo. O Lula passou primeira instância, segunda instância, STJ, STF, o Lula teve e aí foi preso. O Bolsonaro tinha que acontecer isso com ele. Essa é a real. Só que as coisas se deram de uma maneira que talvez o Bolsonaro foi pro sistema a desculpa perfeita pro sistema se fechar, que é o que rolou. O Bolsonaro foi a desculpa perfeita pro sistema justificar a existência do inquérito bizarro, para parte da imprensa apoiar, para parte do empresariado apoiar. A classe política apoiou. Você lembra, ô Igor, que em 2016 teve um pegaram uma conversa do Romero Jucá, falando assim: “A gente tem que ter um pacto, um acordo todo com o Supremo e com tudo”. Uhum. Grande Pacto Nacional, você lembra? para acabar com a Lava-Jato, para acabar com aquela bagunça, manifestações. Rolou, rolou no STF e foi o aquilo que primeiro brecou a Lava-Jato com o apoio do Bolsonaro e depois estabeleceu usando o Bolsonaro como desculpa, um regime no Brasil. Qual o regime? É um regime que tem tipo um poder moderador que é o STF que delibera. E assim é muito fácil deliberar porque no legislativo é um bando de ladrão. Então o Flávio Dino chega assim: “Ô ladrão aí do legislativo, cala a boca aí que eu vou passar, eu vou derrubar o que vocês passaram”. Você é um ladrão, já chamava o teu processo no fundo, né? Tem que tomar cuidado. Não, não digo que Flávio Dino digo disso. É uma hipótese, tá? Porque senão também dá merda. Ó Renan, você acaba de ser preso. Mas é esse o jogo. É um bando de ladrão disputando com os caras que t montaram um arranjo super poderoso. E o Bolsonaro foi o otário que permitiu que isso acontecesse, o otário fraco, a franga. E o Lula só tá bêbado se valendo disso. Se eu fosse pintar um quadro, é mais ou menos esse o quadro, um quadro simplificado do game. Entendi. Dáhe aí. Dito isso, faz o mentira. Boa noite. Eh, eu não acompanho muitos análises renais, eu sou mais do I detalhe, então gostaria de saber do nosso presidente e qual que é o projeto do livro amarelo para poder pelo menos chegar próximo. Não, que equipar a um para um com dólar, acho difícil, mas pelo menos um dois para um. Qual seria o projeto? e fala pro Orlando, Orlando, começar a fazer um MBLD pra gente poder fazer um congresso aqui em Lisboa. Abraço. Abraço. Muito obrigado pela pergunta. Ã, vamos, vamos começar no final. Você quer no mínimo um dois para um, né? Eh, legal, um baita cenário. Para isso, você tem que ter muitas divisas aqui no Brasil. Você tem que estar exportando bem, a os juros tem que estar baixo, mas tem que estar fazendo com mundo as pessoas enriquecerem. O nosso poder de compra aumentou. Para isso, você tem que aumentar a capacidade produtiva das pessoas. Você tem que fazer com que o Brasil seja competitivo e que a renda das pessoas aumentem. que a hora de trabalho delas gera mais dólar lá por hora. A gente gera mais dólar por hora. As pessoas geram mais dólar por hora. Para isso é precisar uma [ __ ] de uma agenda de competitividade, desde mudança de lei trabalhista até mudança, vamos dizer, no na máquina do estado, as contratações, as podia estado ter capacidade de investimento, formar capital humano bom, tipo ter uma educação decente para as pessoas, as pessoas saberem no mínimo escrever em português para serem contratadas numa empresa e aumenta exportar pro mundo fazer dólar entrar. dólar entrou, dólar baixou, você viaja pro restundo. É um processo para fazer isso vai demorar. Agora sim, não vai ser votando nas mesmas tranqueiras, não vai ser. Você tem uma curva que já PT governou, Bolsonaro governou, passou o termo no meio, você tá pagando o dólar aí mais de cinco, de quatro a cinco já faz um tempo. E a tendência é piorar. Então você vai ter que ter alguém que vai ser meio radical no trato disso. Não vai dar para, assim, esse é o lance, não vai dar para fingir, vai ter que ser radical, cara. A gente vai ter que tipo, ó, cara, juiz que ganha um super salário, você nunca mais vai ganhar um super salário. E se brigar muito, cara, a gente vai penalizar bastante, tá? Vamos arrumar essan do penduricário, a farra do concurso público, o cara entra num concurso já ganhando 30 pau. Calma aí, caramba. Nem sei se é bom fazer uma prova é uma coisa, cara. Exercer uma um total é outra. Já quer ganhar 30 pau assim. Ah, porque fez uma calma aí, sabe? Tem muito, tem muito cargo no serviço público, no alto escalão que é muito alto os salários. Vamos ter que mudar essa merda. Vai ter que mudar. É, são aquelas coisas que eu falei, vai ter que mexer em muito interesse aí e as pessoas vão ter que estar com muito sangue nos olhos. Só que é isso aí. Tem que escolher se ou vai ser um cara do alto escalão do funcionalismo pagando d 5 a R$ 6 e dólar, mas ele vai viajar porque ele tá com a grana e você não tá. Ou você vai ter todo mundo ganhando mais ou menos legal e dólar mais baixo porque a gente tem uma economia melhor e você viaja. É uma escolha que você vai ter que fazer para você ter essa escolha. Você vai ter que brigar. Por isso que a gente fala, tu fala: “Não, temos que sair da polarização”. Não tem que sair da polarização. Só tá errado o eixo da polarização. Não é Lula Bolsonaro, é a gente contra esses filhas da [ __ ] que estão amando tanto a esquerda ao centro. É o é a mudança do eixo. Só que você vai ter que se engajar. Se quiser o dólar assim vai ter que se engajar muito. E ele pergunta do livro amarelo. Livro amarelo é sobre literalmente sobre isso. É sobre as reformas que a gente vai. O livro amarelo. Ô Igor, a galera pergunta como vocês financiaram o partido? Metade foi doações e compra de bandeira. Tava até a vocês vendem uma bandeira R$ 1.000. Sim, é que não é sobre ter uma bandeira, né? É sobre você saber que você foi premiado por fazer uma doação de R$ 1.000. Agora outra metade ou pelo menos 40% foi bancada como que acho que essa coisa mais bonita eh da montagem do partido. Eu jogo um desafio para todos os concorrentes nossos. Quem é que monta em pleno século XX num país que não lê? monta um partido via financiamento através de compra de livros. E não é que você compra um, ah, vou comprar um, você tem que comprar o seis. Eu tô, eu tô entregar agora o quinto pra galera. Depois de um ano, ao longo do ano, você vai recebendo, tá? Com o programa do partido, que o papo pacto que a gente jogou pra galera seginte, ó, pessoal, a gente vai criar um programa cham livro amarelo, a gente vai construir com você. Você quer participar da redação? Vem participar. Ah, eu sou biólogo, vem ajudar na parte aqui, tá? meio ambiente. Não, eu sou médico. Vem participar aí na parte de saúde. Montamos os times colaborativo, vamos construir o programa. E já para você saber que seu trabalho não é à toa, nós botamos no Estatuto do Partido. O livro amarelo será o programa do partido e nós vamos vender ele e o dinheiro inteiro vai ser destinado pra montagem do próprio partido. E cara, funcionou demais. Funcionou demais. E aqui a gente tem a as soluções. Por exemplo, toda essa papo sobre Oruan surgiu nesse primeiro livro. A gente falou, sabe, a ideia nossa, o Brasil tá tão maluco que o Brasil, enfim, tá pegando um cara que é o filho do Marcinho VP e transformando em herói nacional. Aí era o facíquilo um, falando dos problemas atuais. O dois, o facículo dois era basicamente de onde viemos, assim, quais são os erros que nós cometemos no passado e quais são as decisões políticas que a gente tomou e que a gente errou. O três, para onde vamos, o que que nós temos que fazer e onde a gente quer chegar. E aí começa os últimos três livros, que é o Brasil Poderoso, que é esse aqui, que é o Brasil projetando poder para um mundo em que o Trump ah quer reorganizar o comércio global. O cinco é um Brasil rico, que é quais são as ações econômicas, que é o que o cara fez a pergunta, que nós temos que adotar, quais são as reformas que nós vamos fazer. E o seis é um Brasil livre, que é como será viver num país sério? Porque, como é que é, como é que é imaginar a gente viver num país em que a favela foi urbanizada, que você tem uma infraestrutura, que você pode sair de carro com uma [ __ ] estrada, sair de São Paulo, ir pro Rio sempre para aquelas serra das araras lá, tudo como é a gente ter ah, vamos dizer um Nordeste com uma industrialização legal, exportando produto pros Estados Unidos, como é que seria uma escola nesse país? Que Brasil livre é esse que a gente tem que imaginar? Então, são seis livros que a gente tá construindo. Então, o projeto é a coisa mais legal que tem. Todos os nossos candidatos tivelo. Todo mundo tem que ler e aplicar no seu município. Ele vai ser o nosso guia pra nossa ação política. Entendi. Bom, tá claro. Tem mais aí? Ah, eh, por que uma onça pintada? Ah, é o nosso símbolo. É o nosso primeiro assim, é um animal quase um animal totêmico. Assim, ele é o nosso é é a maior o maior felino das Américas, né? É um, é um animal símbolo de força nacional e bate muito com o senso de missão que a gente tem, né? Tipo um, a once, ela é um caçador solitário e ela vê a presa, ela lock in, ela ela, né, ela trava e pega e resolve, que é a nossa ideia, que é como se fosse assim, nós temos um tiro, é uma chance, vamos tentar construir, chegar o poder fazer o que é certo. Se não der certo, é igual a onça que pulou, pegar jacaré, a jacaré escapou, entendeu? Não é igual a caçada do leão, aquela caçada, a ideia da onça que por ser o felino brasileiro já tem essa identificação. É, cara, é uma chance que a gente tem, é uma chance da geração. Nossa onça tem que cumprir a missão dela. E é um símbolo legal e acho que funcionou bem. Maneiro. Tem mais aí, J? Então vai. Anônimo mandou R$ 20. E é isso. OK. O de Ah, é bom. O anônimo mandou R$ 20. Valeu, anônimo. Muito bom. Ele não inclusive nem falou nada, né? Só vai. Anônimo. Mandou R$ 20. Mandou R$ 20. É isso. Vamos no próximo. Tá bom. Tá bom. Vai. Reinaldo Torres mandou R$ 20. Renan, com a rápida evolução tecnológica, vemos uma possível substituição dos empregos em velocidade inédita. Acredita que concentração do trabalho ficará na mão de poucos? Como vê isso no Brasil? O Harari fala muito disso, assim pra gente entender, o mundo vai passar por uma grande automação, então de robôs que o Elon Musk tá fazendo, que podem trabalhar em fábricas, a o processo construtivo de produtos ser completamente automatizado, até processos de automação via inteligência artificial, sei lá, de uma contabilidade de uma empresa. Tudo isso vai tirar primeiro muitos empregos manuais, não todos, mas muitos vão desaparecer e depois os empregos da classe média, empregos burocráticos, advocacia, boa parte da medicina, boa parte do do direito, boa parte do dos trabalhos administrativos. E aí há uma discussão, o que vai acontecer com as pessoas, elas vão começar a receber uma bolsa, um auxílio. O a Harari e outros já falaram algo na linha de os países que você concentra as grandes empresas detentes, você vai dar auxílios gordos pra sua própria população e algumas outras pessoas que serão capazes de exercer trabalho. Um empreendedor, um artista, um cozinheiro, sei lá, esse cara ele vai exercer um ofício dele e ele vai ser útil. Só que as pessoas mais bem remuneradas serão as pessoas capazes de gerar conhecimento nessa cadeia. Nesse sentido, o que acontece com os países de terceiro mundo que não tem essa tecnologia? Eles ficam chupando o dedo e aí eles vão meio que ficar vivendo de auxílio, a população não vai saber como. Essa é a discussão, como como se adequar isso. Quem tem tecnologia nesse mundo novo aí é Japão, é Coreia, China, Estados Unidos, ah, alguns países europeus. O Brasil, como tá nesse jogo? Brasil está [ __ ] nesse jogo, [ __ ] É uma realidade futura, todo mundo discute como é e meio que ou a gente ganha força para ganhar riqueza, exportar produtos, exportar serviços e entrar nesse jogo agora no final da fila ou meio que a gente se ferrou. E realmente assim, é um mundo muito estranho pela frente que a gente tem e que pode chegar mais rápido do que a gente espera, né? Isso aqui é [ __ ] também. É bom. Então suponho que é isso, né, Gan? Então, Renan, cara, obrigado pela moral, obrigado pelo teu tempo, obrigado pelo papo. Falamos de tudinho. Olha aqui, ó, minha folha tá toda arriscadinha, então acho que a gente cobriu tudo aqui. Eh, você quer falar mais alguma coisa? Essa daqui é a tua câmera. Queria agradecer a todos que acompanharam aqui. Uma honra tá tá aqui contigo, Igor, um cara que admiro demais, admiro demais o Flow. E peço para vocês conheçam o livro amarelo. Quem tá me conhecendo pela primeira vez, siga nossas redes, acompanhe o nosso trabalho e abra a cabeça. Em 2026 você não precisa escolher e no projeto do centrão com cara patriota e no processo projeto do centrão com cara comunista. Cara, vamos ter o próprio projeto. Se você for jovem, eu tô com você pra gente ferrar esse game, ferrar esse sistema. Bora. É a nossa vez. Então, ó, gente, a gente vai deixar todas as redes sociais aqui do Renan na no comentário fixado para você chegar com facilidade, um clique só, tá bom? Eh, aproveita, já se inscreve aqui no canal, cara, que fica do lado do botão de dar like, faz as duas coisas aí, desce aqui, dá o like, se inscreve e bom, compartilha esse vídeo também, né? Manda lá no grupo da família, manda no grupo da igreja, tá? Manda, manda onde você quiser, tá bom? Obrigado pela moral aí. Obrigado mais uma vez aí, Renanzão. E a gente se vê amanhã, tá bom? Beijo para todo mundo.

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