Rota Bioceânica

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Bom dia, Rquete, audiência querida do Brasil caminhoneiro. Hoje nós estamos aqui, ó, na BR163, no coração do Brasil, onde ela atravessa o estado de Mato Grosso do Sul. E viemos aqui para falar de uma história que está mudando a cara do transporte rodoviário de cargas e passageiros no Brasil. É uma rota nova que ela tem o objetivo de ligar a costa brasileira, o Oceano Atlântico, ao Oceano Pacífico. Cruza o nosso país, passa pelo Pantanal, pelo Paraguai, Argentina, sobe os Andes e vai até o porto de Kque, lá no Oceano Pacífico, no Chile. Mas será que essa rota é realmente segura para os caminhoneiros? Hoje já é possível cruzar por ela e ela vai valer a pena pro bolso do estradeiro. Bora comigo pra gente conhecer essa rota e responder essas perguntas. A rota bioceânica começa no Brasil e vai até o Chile, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. O caminho ideal segue pelo Paraguai, Argentina e escala os andes até chegar ao Chile, no porto de Iquique. Quando estiver 100% concluída, com a ponte sobre o rio Paraguai, ela vai ser uma importante ligação rodoviária, encurtando distâncias e reduzindo custos. A rota bioceânica, ela tem uma série de vantagens, especialmente quanto ao tempo para uma carga chegar ao destino. Por exemplo, ao ser despachado pra Ásia uma carga, comparando com o despacho via Porto de Santos, ao seguir pela rota bioceânica e usar o porto de Kque no Chile, essa economia é de mais de 8 dias. Mas não tem só ponto positivo. Existem grandes desafios. para passar nas aduanas, para entender as legislações de cada país e até mesmo questões de segurança, não só da estrada, mas de segurança pública. Pro estradeiro, o desafio é muito grande quando a gente tem que passar pelos Andes, ali, principalmente no inverno, o risco de neve e gelo, ele é real e é uma coisa que aqui no Brasil a gente não tá acostumado. Expedições têm sido promovidas por grupos empresariais brasileiros, a fim de identificar melhores estruturas de apoio logístico pelo caminho. E nessas andanças, novas paisagens e grandes desafios têm sido encontrados pelo caminho. Cláudio, qual que é de fato o grande desafio e a grande oportunidade dessa rota bioceânica? Ah, são muitas oportunidades, garonços. Essa rota é um sonho antigo do povo sul matogrossense, também do Brasil, porque não eh nós que somos eh unos do segmento de transporte, sempre nos perguntávamos por que não migrarmos também para o oeste do Brasil, porque sempre olhar, estávamos sempre olhando para leste, para os portos do Brasil, do Oceano Atlântico, porque não saímos com nossos produtos pelo Oceano Pacífico e fomos atrás disso e hoje é um sonho que está quase se tornando realidade. Conseguimos então através de contas e verificando as condições dessa rodovia que é sim poderia nossos caminões usarem essa rota e aí então se tornou como nós gostamos de chamar a rota de integração latino-americana que é muito mais de uma simples estrada. É uma rodovia que liga a cultura, que fomenta negócios, que traz riqueza para todos os países, principalmente o norte do Paraguai, que é uma região hoje que não está muito desenvolvida. E por isso nós temos certeza absoluta, todo o Brasil e o Mato Grosso do Sul, norte do Paraguai, o Paraguai como um todo, que é o país que mais está investindo nessa rota, o Paraguai está asfaltando 500 km e construindo uma grande ponte sobre o rio Paraguai para que essa rota venha fomentar o desenvolvimento do país. O caminhoneiro que vai encarar essa rota precisa estar preparado e muito bem informado, porque além dos desafios da estrada, tem que lidar com segurança, documentação, aduanas e até diferenças na legislação de trânsito. Nós estamos nos preparando, já estamos em contato com autoridades e dos demais países que fazem parte dessa rota também para que nós possamos trazer com que esses fazer com que esses impactos que vão surgir já estejam sendo tratados. Tanto é que já estão nos preparando com um grande comando de policamento rural para estar atendendo os produtores rurais e acompanhando todo esse percurso aí. Sabemos que os impactos virão e já estamos nos preparando para que esses possa ser da melhor maneira possível e que não atinjam de maneira que não possamos dar uma resposta eficaz. E para falar sobre os bastidores logísticos dessa rota, que é uma grande novidade, mas também cheia de oportunidades, a gente fala aqui com o Paulo Cruz. Ele que é um especialista no assunto, até porque já esteve, né, Paulo, em várias expedições, cruzando as várias alternativas dessa rota. Qual é o grande desafio pro caminhoneiro? Você tem no caminho uma cordilheira dos Andes que tem um desafio das suas curvas, da sua altitude. O camião tem que estar muito preparado, principalmente quando a gente fala de freio. Subir uma coisa, descer é outra, você descer carregado. Então acho que a manutenção do caminão, ela vai ter que estar sempre em dia. Quando a gente fala também de uma cordileira, ainda ficando nesse pedaço, nós temos a possibilidade de gelo em algumas épocas do ano, baixa aderência. Então, acho que a turma também vai ter que tá bem treinada, vai ter que tá bem, né, eh, condicionada a enfrentar esse tipo de chão. Aí você chega, desce a cordileira, tem o deserto do Atacama, né, onde você também precisa, né, temperaturas extremas, grandes distâncias, temos poucos pontos de apoio pelo caminho. Ou seja, tem que planejar o combustível nessa história aí, né? O combustível, né? tudo que o caminão, o caminhão e o caminhoneiro precisa, porque o ponto de apoio para ele também, para quem tá ali na boleia, não vai ser dos melhores, pelo menos por enquanto. E anota aí, turma, se você pretende rodar pela rota bioceânica, tem que tá preparado. Documentação CNH pode ser brasileira, mas tem que est em dia, válida. A identificação pode ser a identidade ou o seu passaporte. Em relação aos documentos do bruto e da carga, tem que tomar muito cuidado para que esteja tudo corretamente despachado, especialmente em relação ao país de destino. E tem que ter a bordo a carta azul. Você sabe o que é isso? A carta azul é um seguro de responsabilidade civil obrigatório para quem transporta passageiros e carga na Argentina, Bolívia, Brasil. Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A carta azul oferece cobertura para danos materiais e corporais causados a terceiros em casos de sinistros de trânsito e é fornecida pelas seguradoras. É isso aí, turma. A rota bioceânica é uma realidade que está muito próxima, cheia de desafios, mas também com muitas oportunidades para nós que acreditamos no futuro, no desenvolvimento do nosso país e dos países vizinhos. No.

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