Se Fundos Imobiliários São Tão Bons… Por Que os ricos NÃO Compram?
0Cá se os fundos imobiliários são tão bons assim, por que será que nenhuma pessoa que é rica de verdade, que vem seus milhões aí investe sequer um centavo em fundos imobiliários? Já parou para pensar nisso aí? Será que essa galera é burra ou será que você que ainda não entendeu o jogo? Pensa comigo, o cara tem 50, 200, 500 milhõesais a patrimônio, conhece o mercado, tem informações e acessos que a gente aqui, pessoas normais, nem sonhamos em ter e mesmo assim ele não investe um centavo em fundo imobiliário. Não é possível, né? Tem que ter alguma coisa aí. Enquanto isso, se você fizer uma busca rápida aqui mesmo no YouTube, você vai ver milhares de vídeos falando sobre as maravilhas dos fundos imobiliários. Em vários vídeos meus aqui do canal, por exemplo, eu falo sobre fundos imobiliários, inclusive recomendo para quem tá começando a investir na renda variável. Mas tem uma coisa que você precisa saber antes disso e eu preciso te falar aqui a verdade. Fundos imobiliários são o investimento do pobre. E é exatamente por isso que você não vê milionários e bilionárias colocando dinheiro nesse tipo de ativo. Eu não tô falando balela aqui, eu posso te provar. Vamos aqui pra tela do computador que você vai entender tudo. Agora eu peguei aqui pra gente comparar o VGHF11, que é um fundo imobiliário de papel, tem um ótimo rendimento, tá? Pra gente ver aqui o dividend dele em 14,6%. E também peguei a Vale, que é uma das maiores empresas aí do Brasil, mas o dividend y dela não é tão alto quanto de um fundo imobiliário. Dá pra gente ver aqui, tá em 8,61%. Ambos são renda variável, certo? Os dois sobem e desce o preço o tempo todo, mas a diferença não tá só na volatilidade. E os grandes já entenderam isso, por isso que eles investem o dinheiro deles em ações e não em fundos imobiliários. Para não ficar só na teoria, deixa eu colocar os números na mesa aqui para você entender do que eu tô falando. Se a gente pegar o histórico do dividend y da Vale e do VGHF nos últimos anos, olha só o que que acontece. Em 2020 a gente teve um dividend y da Vale aí de 2,75%. Já o VGHGHF a gente teve um dividendi de 14,6%, 2021 para vale 18,79%. Já o VGF ele manteve ele bem próximo dos 14,6% com 12,46. Em 2022 a gente teve aqui um dividendilde de 8,53%, 10% a menos do que em 2021. Já o VGHF continuou lá na casa dos seus 14%. 23 a Vale teve 7,87% e o VGF 13. Em 24, 9,81% e mais uma vez o VGF aqui na casa dos 12,41%. Beleza, Daniel? Mas o que que esses números estão falando pra gente? estão falando pra gente que a Vale paga dividendos extraordinários de vez em quando, mas a variação do dividendo de acordo com o ano, ela é muito grande. Você vê que um ano a gente teve 18,79% e no outro ano a gente teve sete, por exemplo. Já o VGHS, que é um fundo imobiliário, ele tem dividendos consistentes. Independente do que aconteceu nos anos aqui, inclusive no ano 2020, né, que causou toda essa variação aqui na Vale, o VGF manteve os seus 14%, bem como 12, 14, 13, 12, sempre nessa faixa de dividendo. Ano após ano a gente teve uma consistência nesses dividendos do VGHF, mesmo com todas as adversidades do mercado que a gente sofreu aí nos últimos tempos. Ou seja, a Vale, por exemplo, é uma empresa que oscila bastante o seu valor de dividend y de acordo com o preço do minério ou o ciclo das commodities. Já o VGHF, que é um fundo imobiliário, a gente vê que ele mantém a regularidade de distribuição, aquele famoso pinga todo mês que você ouve todo mundo falar, né? Para quem tá começando a investir o dinheiro e que é uma previsibilidade de renda, os fundos imobiliários fazem muito mais sentido do que as ações. Já para quem tem milhões ou bilhões em patrimônio, o foco é outro. Ações grandes, mercado líquido, capacidade de entrar e sair de um ativo sem modificar o preço dele. Os fundos imobiliários são um degrau certo para você começar a construir patrimônio. Não dá para comparar o jogo do bilionário com do investidor que tá começando. São casas diferentes, são momentos diferentes. O verdadeiro motivo pelo qual os bilionários e milionários não investem fundos imobiliários não tem nada a ver com a qualidade do ativo e nem com os dividendos que eles pagam. A questão aqui é simplesmente escala e liquidez. Se um investidor coloca R$ 5.000 em um fundo imobiliário, como VGHF, por exemplo, ele consegue comprar e vender a hora que ele quiser. Porque se a gente olhar aqui, ó, o volume de negociações do VGHF diariamente tá em torno de 2,49 milhões. Então, um cara que negocia R$ 5.000, ele não tem problema nenhum para comprar ou vender as suas cotas. Você tem uma liquidez ali imediata. Na hora que você quiser comprar, você compra. E na hora que você quiser vender, você tem quem queira comprar. Agora imagina um cara que tem 500 milhões querendo entrar pesado num fundo desse daqui. Se o valor de negociação de área é de 2,49 milhões e o valor patrimonial total é de 1.4 b, um cara com 500 milhões ele compraria simplesmente metade desse fundo aqui sozinho. Isso não seria nem possível, porque quando ele fizesse essa oferta de comprar, não teria gente suficiente para vender e os preços iam subir absurdamente. Ele pagaria muito mais caro num ativo do que ele vale. É só para exemplificar aqui, digamos que ele consiga comprar metade do fundo pelo preço de mercado, o que seria inviável. Isso jamais aconteceria. Depois, quando ele quiser vender toda essa quantidade, ele simplesmente não vai ter compradores. E o resultado disso seria jogar o preço das cotas lá para baixo, causando um prejuízo absurdo para ele mesmo. A oferta seria muito maior do que a demanda, ou seja, uma tremenda de uma burrice. Então, mesmo os fundos imobiliários tendo periodicidade de pagamento, você tendo uma previsão melhor ali do quanto você vai receber, inclusive recebendo até mais do que em algumas ações, como a gente acabou de ver na Vale, existe um limitador muito grande aqui, que é a quantidade de dinheiro a ser investido em um ativo desse. Os fundos imobiliários são perfeitos para quem investe de mil algumas centenas de milhares, mas eles ficam simplesmente inviáveis quando o capital é tão grande que não cabe dentro de um fundo sem ele simplesmente travar o mercado. Por isso que os grandes investidores preferem as ações de empresas gigantes, onde eles conseguem aplicar centenas de milhões de reais sem afetar a liquidez. O valor de mercado VGHF é de 1.27 bilhões. E se a gente dar uma olhadinha aqui no valor de mercado da Vale, tá em torno de 244 bilhões. Dá para perceber a diferença do nível aqui? E eu te falei tudo isso daqui para você entender que você não tem que jogar o jogo dos outros. O investidor pequeno usa os fundos imobiliários ao seu favor. O investidor gigante, ele tá jogando outro jogo em outro tabuleiro, totalmente diferente do seu. Para você que investe R$ 500, 1000, R$ 5.000 por mês, isso daqui não é um problema. A líquidez de área de um fundo imobiliário com 2, 3 milhões te atende absurdamente bem, né? Tá sobrando milhões em negociações aí além do valor que você compra ou vende no seu dia a dia. Mas para um cara com centenas de milhões, seria burrice investir em fundos imobiliários. É por isso que os fins são perfeitos para quem tá começando. Você tem liquidez, renda mensal e a possibilidade de valorização das cotas. Além disso, você não vai estar sofrendo as oscilações de mercado de gigantes que não estão nesse mercado. É como se você tivesse um lago e os caras com milhões e bilhões estivessem no mar. Basicamente você tá separado dessa galera e você tem tudo isso num jogo onde a tua grana não vai est travada. O que você tem que entender aqui é que isso não faz do fundo imobiliário melhor ou pior do que o investimento em ações. A gente só coloca esse tipo de ativo em lugares diferentes nessa escada de investimento. Investir é igual subir uma escada. A cada degrau que você tenta pular é maior chance de você cair. Eu até desenhei a escadinha, tá mostrando na tela agora para você entender. Na base dessa escada tá o quê? A renda fixa. Aqui você aprende o básico, como é que funciona o mercado, o que que é liquidez, rentabilidade, risco. E nessa base aqui tá a sua reserva de emergência, um tesouro direto, um CDB, um RDB. Esse daqui é o degrau que garante que se você fizer tudo errado, mesmo assim você não vai quebrar. E depois que você entender isso daqui, qual que é o próximo degrau? Fundos imobiliários, colocar o pezinho ali na renda variável. Aqui você vai aprender a conviver com sobe e desce ali rendável, com aquela emoçãozinha que dá quando sobe ou quando desce uma cota, mas com um risco mais controlado. Você começa a entender a lógica dos rendimentos mensais, da oscilação das cotas e, principalmente, da paciência que investir exige. Aqui é que o dinheiro começa a trabalhar para você de verdade. E aí quando você domina essa etapa, aí sim é hora de subir. E o próximo degrau dessa escada são as ações. Aqui vira jogo de gente grande. Você vai precisar estudar empresas, analisar balanços, saber o que que é ciclo de mercado e até entender como é que anda a economia. O potencial de ganho aqui nas ações é maior, mas o risco também é maior. E diferente dos fundos imobiliários, como eu já te mostrei, as ações não te dão previsibilidade. Você vai ter que lidar com altos e baixos muito mais bruscos, tanto no valor da cota como nos dividendos que são pagos pelas ações. Entendeu isso aqui? Talvez seja a hora de subir mais um degrau. Internacionalizar o seu patrimônio. Investir fora do Brasil não é modinha, é necessidade. O mercado brasileiro representa menos de 1% do mercado global. Se você ficar investindo só aqui dentro, teu patrimônio inteiro tá preso ao risco do país. Ou seja, o famoso risco Brasil. Eu, por exemplo, invisto lá fora através de ETFs que facilitam para mim escolher um ativo. Eu não preciso ficar olhando várias empresas. Eu compro uma sexta com todas essas empresas de uma vez só. E no topo da escada eu guardei aqui as criptomoedas, que não necessariamente você precisa passar por todas essas etapas para poder investir em criptomoedas. O que você precisa entender dessa classificação é que a cada degrau que você sobe, o risco é maior, logo a possibilidade de ganho também é maior. Entretanto, você não precisa ter todos esses investimentos para poder chegar lá em cima. Vai depender de você estudar e entender o que você tá fazendo. Que apesar de eu ter colocado essa classe de ativos lá em cima e ela realmente ser de muito risco, tem um fator muito importante em relação às criptomoedas. E quando eu falo criptomoedas aqui, entenda Bitcoin, tá? E talvez o fator mais importante em relação ao Bitcoin seja o tempo. Então, se eu fosse você, eu não demoraria muito para poder entender como funciona esse tipo de ativo e começar a fazer meus aportes nele, porque quanto mais tempo você demora para investir o seu dinheiro em Bitcoin, por exemplo, mais caro ele fica, simplesmente porque é uma moeda que não existe inflação. A quantidade de bitcoins que existe no mundo é inalterável. Não é possível ter mais bitcoins, logo é uma moeda a prova de inflação. Cada degrau que eu coloquei aqui exige estudo, paciência e tempo de mercado. Não existe pulo do gato aqui. Você tem que entender o que você tá fazendo para não depender de ninguém. Se você tentar escalar essa escada aqui na correria, você vai cair e vai sair caro. A jornada do investidor não é sobre chegar rápido, é sobre chegar inteiro e com lucro. E o mais importante aqui, não se mea pela régua de ninguém. O cara que você segue provavelmente tá jogando um jogo muito diferente do seu. O importante é que você comece. Você vai errar e aí você corrige e você evolui. E presta atenção, o tempo pode ser o seu melhor aliado ou o vilão da sua história se você demorar demais a agir. Então começa a investir, cara. Se você concorda com tudo que eu falei aqui, por favor, deixa o like e se inscreve no canal se não for inscrito. E se discorda, comenta aqui embaixo, por favor, a sua opinião. Eu quero saber qual é. E agora já tem outro vídeo aqui aparecendo que eu deixei para você assistir. É só você clicar. E eu espero te ver por lá. Um abraço, até a próxima. Ciao. Ciao.