SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL | com CAPITÃO ANTUNES e CORONEL CÁSSIO
0[Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] เฮ [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] Угу. [Música] [Música] Sejam muito bem-vindos a mais uma live aqui na Brasil Paralelo. Hoje tratando de um tema muito importante, segurança pública no Brasil. Boa noite, Marília. Boa noite, Marcelo. Boa noite, Caio Rosângela. Sejam muito bem-vindos à nossa conversa. Hoje com duas figuras aqui ilustres para nos acompanhar. O coronel Cásio, por favor. Tudo bem? Como é que você está? Tudo joia. Satisfação estar aqui. É uma honra. Acompanho o trabalho de vocês e para mim é muito legal estar aqui presente com vocês pra gente poder bater um papo aí sobre segurança pública. Show. A honra é toda nossa. E o capitão Antunes. Boa noite, Christopher. É um prazer táar aqui, eh, mais uma vez honrado de poder táar aqui na Brasil Paralelo. Maravilha. Antes da gente começar a nossa conversa, eu tenho que fazer um anúncio para vocês, dar um recado. Hoje a Brasil Paralelo tá com uma oferta especial de 50% de desconto no plano premium. Isso significa que pela metade do preço você vai ter acesso a quase todo o nosso catálogo. São centenas de documentários, produções originais, filmes, cursos exclusivos. E tem mais, quem fizer a sua assinatura hoje vai ganhar um brinde exclusivo, esse boné especial da Brasil Paralelo. Então vocês vão receber esse brinde aqui, um boné maravilhoso. Vou deixar um com os nossos convidados depois. Então aproveitem, vai aparecer um QR code aqui na tela. Escanei, entre em contato com o nosso time comercial. O pessoal vai deixar o número também, produção. Então assinem. Vamos lá. Vamos começar a nossa conversa. Vamos. Eu acho que antes de tudo é importante a gente contextualizar um pouco do porque a gente achou importante trazer esse debate. Segurança pública é um tema pertinente no Brasil já há muitos anos, mas recentemente, nessa semana, na verdade, nós tivemos um escândalo aqui em São Paulo. Então, eu acho bom a gente falar um pouquinho sobre esse escândalo para poder contextualizar pessoa, as pessoas do que tá acontecendo e depois a gente expande esse assunto. Que que vocês acham? Sempre. É, então vamos lá. Eu vou pedir pro coronel começar porque eu acho que o senhor tem um pouco mais de experiência. Então, por favor, você tá falando da da operação que nós tivemos agora essa essa semana, inclusive com ações lá na Faria Lima. Exatamente. Eh, foi um dos recordes de de operação das forças de segurança aqui em São Paulo. Eh, quase 14400 policiais militares envolvidos na operação, muita gente envolvida. Isso eu acho, eu fico muito contente, muito feliz de ver uma operação como essa. Não é a primeira dessa natureza, mas elas elas vão se tornar cada vez mais constantes, porque o crime organizado é é uma evolução natural do crime organizado, ele avançando para ser uma uma organização mafiosa. O que significa isso em linhas gerais? é eles terem condições de lavar dinheiro, lavar esse dinheiro para depois investir esse dinheiro após a lavagem do dinheiro, investir esse dinheiro na em em atividades lícitas. Então, o dinheiro ele tem origem ilícita, ele transforma esse dinheiro em atividade ilícita. Então, a as polícias e os órgãos de segurança têm que estar preparados para enfrentar esse tipo de ação também, né? não só as ações violentas na nas ruas, mas também esse tipo de de ação eh de de combate ao crime na no seu viés financeiro. Maravilha. Agora eu queria perguntar pro capitão, o senhor acha que era esperado que o PCC tivesse envolvido ali naquela região, que tivesse ligações? A polícia já tinha algumas suspeitas porque foi algo que pegou as pessoas desprevenidas. Pô, PCC na Faria Lima, Centro Comercial São Paulo. É, eu acho que quando a gente tá no no dia a dia do combate ao crime, é, a gente tem um contato maior, a gente começa a entender um pouco mais. E particularmente eu não fiquei surpreso porque o coronel bem disse, né? O crime organizado ele não é um fenômeno estático. O que o PCC era lá em 93, quando ele surgiu, não é o que ele se tornou em 2001. O que ele era em 2001 não é o que ele era em 2015. Cler em 2015 já não é o que ele é hoje. Há uma constante e evolução aí do do modos modos operante, na maneira como atua o crime organizado. E as coisas são ele ele vem avançando progressivamente, né, eh, em vários setores. E a conhecendo um pouco sobre a estrutura das organizações criminosas, o passo natural, a partir que ele consegue dominar mercados ilícitos é a lavagem do dinheiro. Então eles com certeza investiram muito eh tiveram muita acertos, muitos erros, foram aprendendo até conseguirem chegar no esquema de lavagem que foi eh eh foi quebrado aí nessa operação. Então, particularmente, eu eu já esperava que ocorresse esse tipo de coisa. Lembrando que teve um banco no México, um grande banco que com atuação no México e quase fechou as portas por lavar dinheiro do crime organizado. Isso foi na década de 80, não conheci na década de 90, não me lembro exatamente, mas o HSBC no México foi processado e pagou grandes multas por lavar dinheiro do do tráfico de drogas mexicano. Então eu penso que analisando a como o crime se desenvolveu em outros países, né, eu penso que esse seria o caminho natural, realmente. Mas graças a graças a Deus e graças ao empenho do dos policiais envolvidos e dos promotores de justiça, eh, a gente conseguiu, a gente como sociedade, né, os órgãos envolvidos conseguiram quebrar esse esquema, pelo menos momentaneamente, né, e vamos continuar trabalhando para que não ocorra mais. Perfeito, capitão. Eu acho muito pertinente esse seu comentário, porque essa é uma característica de certos regimes e de certas ideologias totalitárias. Eles mudam, eles não seguem uma linha fixa de raciocínio. Eles se transmutam e eles fazem aquilo que é necessário para que eles se mantenham no poder. Então eles assumem hora a aparência A e se eles precisarem assumir a aparência B, eles vão assumir essa aparência sem problema nenhum. Isso não é uma questão para eles. Eles não estão apegados a imagens ou qualquer coisa parecida. Se o PCC hoje aparece, né, com essa cara de crime organizado, se um dia eles aparecerem como salvador da pátria, tá tudo certo, não faz diferença para eles. Sim. E e interessante tocar nesse assunto, assunto que eu tenho pesquisado, eh, gostei até trazer as minhas impressões sobre isso aqui, né? ouvi a opinião do coronel, mas o PCC, assim como todas as organizações criminosas do Brasil, não são o o core business, a alma das organizações criminosas, não é o tráfico de drogas. O tráfico de drogas é uma maneira que eles descobriram, eh, que eles envolveram de obter poder. Fazer um histórico rápido aqui do PCC. PCC nasceu em 31 de agosto de 1993 na eh Casa de Custódia de Taubaté. Não era pelo tráfico de drogas que oito detentos se uniram num time de futebol, provocaram o diretor do presídio, simulando ali a necessidade de ter um campeonato de futebol. Isso foi eh isso segundo, né, o promotor Márcio Cristino e o Cláudio Tonol escreveram o livro Laço de S conta essa história. Eles fizeram tudo isso para conseguir chegar numa outra do presídio e eliminar lideranças que não aceitavam a liderança deles. Não foi sobre tráfego. Desde o dia um, o PCC foi sobre o poder. É o tanto que dos oito fundadores, somente um tinha antecedentes por tráfego. Todos os outros era roubo a banco e homicídio. Inclusive o primeiro homicídio do PCC foi o o Geleião quem fez, né, o o José Felício, né, Vulgo Geleião. Ele quebrou o pescoço de outro preso por simples e simples. Esse esse preso é uma outra liderança que não aceitava a liderança dele. E a partir disso eles fundaram o PCC. Então, até trago a a baila a questão, gostaria, se possível, né, ouvir a opinião do coronel, mas as facções criminosas no Brasil não são sobre tráfico de drogas necessariamente, mas sim sobre poder. E o tráfego, né, por gerar dinheiro, é uma ferramenta para isso. Olha, eu eu acho legal você levar o assunto para essa para esse viés aí, porque olha só como existe toda uma narrativa também por trás disso. Qual que é o o dos lemas da dessa organização criminosa? Paz, justiça e liberdade. Você quer mais hipocrisia do que isso? Não promove paz, não promove justiça e muito menos liberdade. Eh, só que é é um é uma é uma bandeira que parece simpática aos olhos de quem não entende direito do que tá acontecendo no nosso país, né? de falar de justiça, de paz, de liberdade. Muito pelo contrário. Se existe no Brasil e infelizmente em alguns outros países da América Latina uma forma de uma de uma ditadura liberalizada, é o crime organizado quando ele põe a mão sobre um território. Então, todas as vezes que você tem o crime organizado assumindo um território, você pode ter certeza que você vai ter uma ditadura ali quase feudal, né? eh submetendo aquelas pessoas. Então, o a pessoa que tá submetida a isso aí, ela tá submetida a uma justiça paralela, ou melhor, eu diria uma injustiça paralela, né, onde esses esses indivíduos aí que você que você cita, eles têm um poder sobre a pessoa, é um poder paralelo e todo e tudo aquilo de de nefasto que traz de um poder paralelo, né? é uma é uma justiça arbitrária, eh são mortes, são tribunais do crime, eh eh o domínio econômico daquelas pessoas, cobrança de impostos, vendendo botijão de gás para para as pessoas eh menos favorecidas. Então é todo um sistema que a gente trabalha para evitar que aconteça no estado de São Paulo e e a gente espera que um trabalho que gere exemplos para que não aconteça em nenhum lugar do território nacional. Porque quando você tem isso, as pessoas que estão ali, elas estão sobrevivendo, não é nem vivendo, estão sobrevivendo sobre um regime ditatorial e nefasto. E Christopher, se você me permite, eh, até para as pessoas entenderem o caráter, né, da formação da alma da do PCC. E eu falo aqui a partir dos meus estudos, né, uma opinião pessoal a partir de estudos que a gente faz, leituras acadêmicas, outros livros mais aí da forma mainstream, né? Mas o o PCC ele surge dessa ânsia de poder, nessa pulsão de poder daqueles eh integrantes iniciais. E toda essa organização, né, do do que eu pude pesquisar, eh, de onde que presos, eh, encarcerados num presídio do Vale do Paraíba, ali em Taubaté, conseguiram ter esse conhecimento sobre organização. E pesquisando a vida do dos integrantes iniciais, aí eu percebi que primeiro lugar, né, os dois principais que eram o o Galeião, né, o o José Felício, vulgo Jaleião e o o César Roriz, Vulgo Sezinha, eles tinham uma capacidade verbal muito grande. Eles eram grandes oradores, então eles tinham uma capacidade de liderar pela palavra eh acima da média. E tem um personagem que muitas vezes não é mencionado, mas é o o terceiro aí que na minha opinião de importância é um detente chamado Misael, vulgoa, o Misael lá na década de 80, quando ele tava preso por eh roubo a banco, ele foi um integrante da das comissões da solidariedade. O que que é isso? Década de 80, né? eh o fim aí do regime militar, alguns governos estaduais começaram a ter uma tentar ter uma uma administração um pouco mais voltada ali para os presos tomarem decisões dentro dos presídios, né? vários estudos sociológicos até internacionais respaldaram essa tentativa. E essas comissões de solidariedade era assim, os os presos terem uma uma voz de autoadministração, que é uma ideia bonita, que é algo em tese positivo, mas aí que tá, né? O mal nunca cria nada, ele sempre corrompe, corrompe o que é bom. Qual foi o resultado disso? os presos com um grau de talvez até psicopatia maior, um grau de maldade maior, eles usaram posições ali de interlocução para dominar o restante da massa carcerária, organizar a massa carcerária do jeito deles. E um dos interlocutores lá na década de 80 dessa dessas comissões da solidariedade era o Misael, que 93 ia est lá no no na C de Custóia Taubaté e inicial o PCC junto com o Sezinho, Geleion e mais cinco. Aí além disso, então ele já tinha uma noção ali de organização por causa dessa experiência. Foi uma experiência curta aqui no estado de São Paulo, as comissões da solidariedade, mas que deram aí uma uma capacidade de organização ali pros presos e começaram a aprender a se organizar. E um outro fator que também muito é muito simbólico aí, é muito interessante se estudar é que o Misael ele teve preso com dois irmãos, com como irmãos metralha, dois italianos, eh, integrantes da máfia napolitana. E ele era muito próximo. E segundo os autores, pesquisadores da área, eh, esses dois mafiosos, se eu não me engano, Renato e Bruno Torce, que foram presos aqui nos jardins, eh, tentando fazer um sequestro aqui no Brasil, que eles sequestraram um, um indivíduo na Itália, um italiano, conseguiram 10 milhões de, se eu não me engano, acho que libras, e fugiram pro Brasil, década de 80 e década de 90 foram presos aqui no jardim roubando o carro. Eh, eles eles que ensinaram o Misael falou: “Olha, você tem que ter uma contribuição mensal. Se você vai fazer uma organização criminosa, tem que ter uma contribuição mensal.” E o PCC no começo tinha isso, era o vulgo cebola, todo integrante tinha que pagar paraa organização. Ele falou assim: “Ó, você tem que fornecer assistência jurídica pros integrantes da organização. Você tem que fornecer auxílio paraa viu, você tem que fornecer eh cesta básica, às vezes a família do preso, do integrante.” E tudo isso entrou no espírito do PC, essa essa questão de organização. E é interessante também saber, né, que depois que eles foram extraditados, eles mandaram cartões postais pro Misael. Misael preso aqui. E esses dois italianos mantinham correspondência. Mas foi foi essa esse conhecimento de organização da massa carcerária, organização de como se organizar uma estrutura criminosa que embasaram esse integrante inicial do PCC, o Misael, né, o Vug Misa, a ajudar a a organizar a massa. E tanto que não à toa, foi ele que escreveu o primeiro estatuto do PCC. Esse não foi nem o líder, né, o Geleião, nem o Cezinha, mas foi o o Misa que escreveu o primeiro eh estatuto do PCC. Ou seja, eh, nunca foi assim, olha, vamos traficar drogas para ficar rico, sempre foi a questão do poder, a pulsão pelo poder. E, e, e eu penso que ainda hoje a a facção carrega isso com ela, essa essa alma, essa busca de pelo poder, essa pulsão pelo poder. Perfeito, capitão. É, isso que você disse é muito pertinente, porque eu vejo que as pessoas às vezes confundem um pouquinho porque a gente tem uma tendência achar que o foco dessas organizações é o dinheiro. É o dinheiro pelo dinheiro, quando na verdade é o poder. E qual a diferença de ter dinheiro e ter poder? Me corrijam se eu estiver errado, mas poder é a capacidade de matar, de fazer com que o outro faça aquilo que você quer que ele faça. Isso é poder e isso eles têm. O dinheiro é um meio para se chegar até o poder, mas ele não é a finalidade, nunca é. É claro, você precisa de dinheiro para comprar armamento, para subornar pessoas, para fazer o que for necessário, mas ele é um meio para se chegar num fim. Tudo certo, coronel? Perfeito. É para fazer a organização girar, né? Ele esse esses ensinamentos que eles trouxeram de fora de de ter um uma pagamento mensal que hoje hoje não existe mais, mas acabou há pouco tempo atrás também, viu? Acabou pouco tempo. Pouco tempo. Não faz muitos anos que que acabou. acabou porque eles começaram a obter outros meios de financiamento eh com tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, tudo isso que a gente já vinha falando. E a partir daí eles começam a a manter uma espécie de uma assistência, um assistencialismo para atrair essa população carcerária, eh criar uma forma simpática, inicial para atrair essa forma essa essa população carcerária. E na sequência a população carcerária acaba virando refém deles também, né? Porque o camarada ele tá preso, ele acaba, assim como a gente falava do morador de de comunidade, se se a se a polícia permite que o crime organizado tenha um domínio territorial, ele pode ter também um domínio territorial lá dentro, entre aspas, é claro, lá dentro do sistema prisional, né? E o preso, ele tá ali, ele ele tá ali para sobreviver também. ele não vai bater de frente contra uma organização criminosa que é majoritária dentro do presídio em que ele está. Eh, tanto é que você viu esse fenômeno. As outras organizações criminosas que existiam dentro do sistema prisional paulista, elas foram desaparecendo. Elas foram desaparecendo. Tanto é que hoje você tem relíquias delas aí, né? algumas pequenas com mais pouco significativas, porque eles foram exatamente fazendo essa metodologia. Eh, e o poder público às vezes cometeu alguns erros, mas logo aprendeu. E como você falou que a o crime é dinâmico, mas a as instituições de polícia quando tão bem gerenciadas, quando estão bem lideradas por pessoas, por por políticos que estão interessados em entregar resultado positivo para para a população, com profissionais dedicados também, a gente consegue reverter isso aí. Nós somos muito dinâmicos também e você tem visto aí nas grandes operações, a a organização criminosa, ela tem mais flexibilidade, é óbvio que ela tem mais flexibilidade para agir, age fora do país, age fora do da da das divisas e fronteiras do nosso estado, do nosso país. tem aquela flexibilidade, mas as as instituições estão caminhando rápido aí, principalmente hoje com esse foco de ter uma asfixia financeira, retirar dinheiro, porque o poder desses indivíduos, se lá no início era baseado na na força física, na violência organizada, no homicídio, principalmente dentro de estabelecimentos prisionais ou fora deles ou amando deles, isso aí foi começa a diminuir à medida que eles têm mais recurso financeiro. E eles podem comprar pessoas. Perfeito. Deixa eu agradecer aqui as pessoas que estão entrando. Boa noite, Bárbara. Boa noite, Eric. Que grande capitão Antunes. Mensagem do Eric de Arruda. Tem mais gente aqui. Luana, boa noite. Marcelo, boa noite. Tinha um comentário aqui parabenizando o senhor capitão, mas eu perdi. Obrigado. A gente tá falando muito de segurança pública e nós temos um documentário aqui na Brasil Paralelo que mostra um pouco das origens de como começaram os crimes organizados, principalmente no Rio de Janeiro. Sim. Então eu vou pedir pra produção puxar esse teaser pra gente. Infelizmente o Rio, que era famoso mundialmente pela sua beleza natural, ele hoje também é famoso mundialmente pela insegurança. Parece um vídeo de guerra de algum país do Oriente Médio, mas é a cidade do Rio de Janeiro. Tá vendo a barricada ali? A rua tá fechada, ó. Quem romantiza o tráfego é uma pessoa irresponsável e bera a criminalidade. Quem mandou atender o telefone celular na rua a conta da incompetência do estado na vítima, né? Teve intervenção, depois teve aspicas públicas de segurança, dar certo. A gente comprava caminhão de fugiu, o cara deixava lá quantos fugiu a gente queria. Era vendido que nem bala. Pra facção o que importa é o território. Vender maconha e cocaína besteira. [Música] Então vocês puderam assistir o teaser do nosso documentário Rio Paraíso em Chamas. E esse documentário tá disponível na plataforma da Brasil Paralelo, que hoje, lembrando, você pode assinar com uma condição especial de 50% de desconto. Essa promoção tá na reta final, ela termina amanhã, mas quem assinar hoje, agora, enquanto esver assistindo essa live, vai receber esse brinde, que é esse boné especialíssimo da Brasil Paralelo. Então, torne-se membro, assista o documentário e receba na sua casa esse boné sensacional. Vocês podem clicar no clicar, não, vocês podem fazer o scam pelo QR code que tá aparecendo na tela. Vocês podem entrar em contato com o nosso time comercial que tá pronto para atendê-los também a qualquer momento. E é o seguinte, capitão coronel, a gente tá falando muito sobre segurança pública, sobre o que é o e sobre o PCC. A gente acabou de passar um teaser mostrando um pouquinho de qual é o estado das coisas, mas o que é o PCC hoje? Ele é uma facção como qualquer outra facção, ele é maior do que isso? O problema se estende para além de São Paulo. O que é o PCC hoje? Passar pro coronel primeiro. Olha, é assim, em linhas gerais, é uma organização criminosa que se desenvolveu aqui em São Paulo, nasceu aqui em São Paulo, conforme a gente nós acabamos de de ouvir. E lá em mais ou menos em 2012, ela teve um grande revés. a polícia tava com trabalho muito forte em cima dessa organização. Até aquele momento, ela era uma organização tipicamente paulista, que que cometeu atentados terroristas no país, embora a legislação brasileira às vezes hesita em dizer que é atentado terrorista, mas é atentado terrorista. Atentado terrorista cometeu esses atentados em 2004, em 2006, que foram os anos mais emblemáticos. Em 2012, foi um ano que eles tiveram um combate muito forte. Nó a polícia eh atuou muito fortemente contra eles. Eles recuaram a ponto a chegar próximo da extinção em 2012. Caramba. É, infelizmente, a gente sabe e a gente conversa sobre isso, infelizmente a a a força política que dava força paraa ação policial, ela começa a tirar o pé e a organização é aquele aquela doença mal curada, né? Eh, se você não cura adequadamente, você não toma o remédio adequadamente pelo tempo necessário e combate ao crime organizado no mundo inteiro, ele tem que ter uma maturidade, tem que ter um tempo necessário para as instituições atuarem, né? Não é como uma ocorrência comum que você vai resolve, a ocorrência acaba, você apresenta a ocorrência na na delegacia. Não é assim. Isso tem que ter uma consistência das instituições nesse combate. Ali, a partir dali de 2012, eles viram que havia necessidade para que eles não vivenciassem novamente o que eles vivenciaram naquela época, que havia necessidade de uma expansão fora do estado de São Paulo. E aquilo e aquilo ali já existia, claro, mais apenas de uma num formato embrionário, mas aquilo ali começa a a ter essa expansão. E por onde que vai essa expansão? Aí a gente faz um pequeno parênteses e vamos lá dar uma olhada no mapa da América do Sul. O Brasil ele é o país que ele está cercado pelos maiores produtores de droga do mundo. Sim. E não é não é eh notícia nova para ninguém a a dificuldade que as instituições tem e defender as nossas fronteiras. As as fronteiras do Brasil são gigantescas, estão entre as maiores do mundo, que é um país continental. E nós fazemos eh fronteira com esses países. Então você e conter o a a passagem de droga, a vinda de droga para cá é muito difícil. tem as suas dificuldades, não que seja impossível, mas tem as suas dificuldades. Aí eles começaram a trabalhar nisso. Então, a a primeira o primeiro primeira droga que internacionalizou o PCC foi a maconha, vinda sobretudo eh do Paraguai ou passando pela pelo Paraguai ou sendo produzida ou passando pelo Paraguai, mas principalmente sendo produzida. E é nesse país que eles começam a sua expansão para fora do território do território paulista e do território brasileiro. Aí com isso, o financiamento ele cresce. Eh, começam as conexões internacionais para também vender eh cocaína, que tem um valor agregado muito maior do que do que a do que a maconha. Então, um pacote de cocaína do tamanho de uma mala e já tem um valor agregado no mercado internacional. E esses e esses esse essa essa organização, ela começa a fazer com que o Brasil seja um dos grandes eh eh lançadores de droga paraa Europa, sobretudo ali para pr pra Europa Mediterrânea e depois dali para pr pra Europa toda. Eventualmente você tem a presença do Porto de Santos, que é uma é uma rampa de lançamento importante para eles. Tanto é que a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo é a polícia, é a é o órgão de polícia que mais aprende droga. Por quê? Porque muito disso vai busca acessar o porto de Santos. Outro fato importante é que São Paulo tem a maior população dos estados, tem a maior população do Brasil. Nós estamos aí em em redor de 46 milhões de habitantes, batendo aí quase 50 milhões de habitantes a população da Espanha. E você tem um mercado consumidor gigantesco aqui de usuários de droga, né, que financiam. O maconheiro, ele é um financiador. Nós entendemos todo o aspecto psiquiátrico disso e a gente respeita. Mas do ponto de vista econômico de segurança pública, de combate ao crime organizado, o o indivíduo que acende um cigarro de maconha, ele é um financiador do crime organizado. Com certeza. É, ele ajuda a financiar, né? ele vai lá, ele consome um pino de cocaína, ele ajuda a financiar o crime organizado. Parece óbvio isso aí quando a gente tá aqui debatendo, mas acho de vez em quando as pessoas esquecem desse desses detalhes. Então, eh eh esses ingredientes acabaram favorecendo a expansão deles. Aí você vai ter de repente esses indivíduos tendo uma tendo interface ou às vezes até até tendo representantes no Paraguai, na Bolívia, no Peru, na Colômbia fazendo negócios e eles começam a acompanhar a tendência do crime de nesses países que esses países você tinha ali o o grupo, a Colômbia é o caso, é um caso talvez o mais emblemático que você tinha tinha um grupo de de terroristas ou guerrilheiros que migram para o crime organizado. Então eles saem lá do do debate político na na década de 70, década de 80, década de 90 e se transformam em terroristas criminais, né, que é um termo, é um termo que eu gosto muito, eu acho muito apropriado para o que o país vive hoje, para o que o Brasil tá vivendo hoje. Nós vivemos aí a presença de terroristas criminais que tem recurso financeiro para comprar arma, tem recurso financeiro para comprar explosivo, tem recurso financeiro para comprar drone, tem recurso financeiro para para corromper servidores públicos, maus servidores públicos para corromper essas pessoas. Tem tem recurso financeiro para impactar a mídia. Recurso financeiro para impactar mídia. Tem recurso financeiro para financiar eh políticos também. Então tudo isso é um caldeirão que vai favorecendo, vai favorecendo o crescimento dessa, dessas organizações. Então hoje, se você olhar olhar o mapa o mapa mundial, você vai ver representantes, não operadores necessariamente, mas representantes dessa organização na Europa, na Espanha, em Portugal, Estados Unidos, América Central, mas principalmente mais fortemente ainda com operadores, inclusive com terroristas operando aqui na América, na América do Sul, em outros estados também. Então, esse esse esse caldeirão de coisas, na nossa visão, foi porque nós passamos muitos anos, né, a as forças de segurança e a política nacional sem um direcionamento mais contundente, mais forte, né, para entender esse fenômeno, né? Então eu acredito que isso aí pode ser revertido, não vejo problema nenhum, tá sendo revertido em vários estados do do nosso país. Eu tenho certeza que nós vamos vender vencer essa batalha, não tenho a menor dúvida. Perfeito. Capitão, o senhor tem alguma coisa para conseguir? É a pergunta, né? O que é o PCC? Igual eu falei, né? É um é um fenômeno dinâmico, né? Então, como eu falei, o que ele era a década de 90 não é o que ele é hoje. E eu penso que hoje, né, isso opinião pessoal também que trago para o debate, penso que hoje ele começa a se assemelhar a um grupo insurgente. Eu eu vou explicar o que que é esse termo, mas tudo isso que o coronel explicou e essa expansão, essa capacidade de ganhar dinheiro que eles adquiriram, né, exportando drogas para principalmente paraa Europa, possibilitou que eles passassem a atuar em outras frentes que não apenas eh as frentes criminais em si, né? Então não, eles o o a criminalidade organizada não está atuando mais apenas no crime. Que eu quero dizer com isso? O Coronel Bem falou, atuação na mídia, atuação com notícias falsas. Eu lembro aqui a operação ETOS 2016, o Ministério Público de São Paulo, eh, prendeu vários advogados e nessa operação foi preso também o vice-presidente do CONDEP, que é o órgão do Estado responsável por analisar ali eh questões de direitos humanos, né? eh recolher nos direitos humanos e encaminhar para para as autoridades. É um órgão do Estado. O CONDEP, ele não tem viatura, ele não tem ele não toca inquérito, ele não tem poder de polícia. O único poder dele é encaminhar notícias de eventuais violações de direitos humanos eh para órgãos competentes. Mas por que que o PCC então coptou, né, corrompeu ali e pagava, isso já provado no processo, pagava o vice-presidente do CONDEP, era simplesmente para produzir notícias falsas para desacreditar as forças policiais. Então, se alguém tem dúvida aí, pesquise aí a operação ETOS eh 2016. Outra frente de atuação, eh, utilização de organizações não governamentais. Recentemente aí teve, eh, ONGs ligadas ao PCC que foram o integrantes foram presos. E mais uma vez, para quê? Para difundir a narrativa de que eh o regime carcerário é é brutal, não respeita direitos humanos. Para quê? para ter um amolecimento ali no no regime, ter mais regalias para o para os presos, principalmente para paraa liderança. Então, eh uma outra frente, a frente cultural, eh nós tivemos um caso, isso tivemos vários casos, né? Eu vou citar um aqui em Rio Grande do Norte, a facção local pagava um MC, MC ousado também, isso também já tá nos autos, já foi encerrado o processo. MC ousado era pago pela facção para fazer músicas que enaltecessem aquela aquela facção lá daquele estado. O PCC recentemente esteve envolvido no financiamento de um documentário, um documentário que tá num num streaming. Então, vejam tudo isso, essas frentes de atuação do do crime, ela, na minha opinião, transforma o PCC já ultrapassando o status de máfia, né? Essa é minha opinião, já entrando para um para um status aí de insurgência. Mas o que que é insurgência? O manual do exército americano que de combate à insurgência, né? Manual de contra insurgência, ele define que insurgência é qualquer grupo organizado que usa de violência ou subversão, né, corrupção de valores, para desafiar ou anular eh ou então substituir o um poder político constituído. E o PCC ao atuar aí na na esfera cultural, ao impor sua vontade, né, vendendo drogas, a atuar em tribusnais do crime ou então impor sua própria lei em determinados locais, igual nós tivemos algumas reportagens aí, um estado paralelo, na minha opinião, ele se aproxima mais da, ele está se aproximando mais, tá caminhando para se tornar uma insurgência. Perfeito. Eh, muitas vezes nós nos esquecemos de que essas facções elas não são compostas de baderneiros, não são simples pessoas maldosas com um rifle na mão. Eles têm estratégias de guerrilhas, eles são treinados, eles sabem muito bem o que eles estão fazendo. Eu não sei se esse é o caso em São Paulo, mas, por exemplo, no Rio de Janeiro, a polícia tem que fazer diversas estratégias para conseguir subir um morro. E quando eles chegam lá, eles encontram diversos obstáculos. São barricadas, são pessoas posicionadas em pontos estratégicos. Todas essas ações, elas são coordenadas por alguém, alguém que sabe o que tá fazendo. Então, me parece que não são simples baderneiros, não são simplesmente pessoas, ah, é um cara com fuzil na mão, não. É uma organização muito bem estruturada, com estratégias que tem um objetivo claro e que sabe como chegar nesse objetivo. Olha, eh, interessante você falar isso porque ali em alguns lugares do Rio de Janeiro, e aqui eu faço o meu o meu um abraço paraa Polícia Militar do Rio de Janeiro, que o o que eles enfrentam lá, fica aqui a minha admiração por esses guerreiros. que eles enfrentam lá é um cenário, é um cenário de guerra, de guerra de insurgência, só que não uma insurgência política simplesmente é uma insurgência criminal, conforme já já foi já foi esclarecido. Quando quando o Comando Vermelho ele foi criado, um dos livros que o integrante do Comando Vermelho tinha que ler era um livro chamado Vetinã, a guerra vista por dentro, que nada mais é do que um manual. foi escrito por um jornalista, mas é nada mais é do que um manual de guerrilha rural, de guerrilha de guerrilha. Nada mais é do que isso. E esse você, a hora que você estuda essa literatura e você olha para o que acontece no Rio há muitos anos, você percebe que é nitidamente essa tentativa de manter o território e manter as a população coptada por eles. É exatamente isso. Então, quando você fala de barricada, a barricada ela não atrapalha só o acesso da polícia, ela ela atrapalha o acesso de todo de todo o sistema de de serviços que o estado entrega. Então o caminão de lixo não, se tem a barricada, o camião de lixo também não vai subir. O caminhão que leva o botijão de gás também não vai subir. O caminhão que eventualmente poderia levar a mercadoria para algum mercadinho, né, lícito lá no meio da comunidade, também vai ter dificuldade de subir. Então é uma forma de bloquear a presença do estado. Quando você bloqueia a presença do estado, e aí é é a é a guerrilha, é a guerrilha clássica, né? Quando você bloqueia a presença do estado, o que que você tá dizendo para aquela comunidade, né? Qual que fica a mensagem subliminar das pessoas que estão ali? Falar: “O estado não não liga pra gente, né? Nós estamos aqui eh abandonados. É a mensagem subliminar que ele tenta passar. Isso tá muito bem descrito. Isso tá muito bem descrito. E a guerra cultural é uma delas, né? Se o estado não se faz presente, se a polícia ela não vai lá e não quebra a barricada e não sobe, não se faz presente, quem vai ser o herói daqueles garotos de 12, 8, 16 anos que estão, que são nascidos e criados nesse local aí? Será que vai ser o advogado que trabalha? Será que vai ser o médico? Será que vai ser o professor, a professora vão ser os heróis deles? O policial, o bombeiro vão ser os heróis dele? Não, o herói dele vai ser o traficante, que é aquilo que ele tem o contato imediato, que ele eventualmente vê eh vê esse esse indivíduo empoderado, né, organizando algum tipo de de justiça precária ali, substituindo o Ministério Público, substituindo o poder judiciário. Isso tudo vai fazendo com que esse garoto no futuro seja alguém que está ligado de corpo e alma à organização criminosa. Então é por isso que eu que eu que eu volto a dizer, todo debate é importante para as pessoas pra gente entender o que tá acontecendo, mas o debate ele tem que ser a base para uma ação e uma ação nacional. Os problemas de segurança pública não são mais locais. As forças de segurança já entendendo isso. O cidadão precisa entender também o que acontece lá no Rio de Janeiro. Impacta em São Paulo, impacta na Bahia. Eu dou um exemplo claro aqui. A Polícia Militar da Bahia está batendo recordes atrás de recordes de apreensão de fuzis. E por que que ela está batendo recordes atrás de recordes de apreensão de fuzis? Porque tem mais fuzis lá na Bahia agora. E por que que tem? Porque as lideranças de organizações criminosas daquele estado estão operando dentro do estado do Rio de Janeiro, estão hospedadas dentro do estado do Rio de Janeiro, em áreas que o próprio poder judiciário decidiu que a polícia para ela fazer uma operação, ela tem que avisar lá uma série, tem uma série de requisitos para ela fazer. Isso tira o elemento surpresa da operação. Isso tira a a a inteligência, alerta os alvos da operação quando você divide a informação. Então tudo isso vem prejudicando o trabalho da polícia. Se você permitir, a gente até adiantar um pouco da daquilo que a gente inicialmente tem para dizer, nós precisamos, nós, quando eu digo todos nós brasileiros, nós estamos diante de um de um de um problema que eu vejo que é possível resolver e e não digo disso teoricamente, digo porque nós vivenciamos isso, a a resolução desse problema, mas ele tem que ter o apoio de todos, inclusive vive dos poderes constituídos e do legislativo, que a legislação brasileira e a interpretação que se dá na legislação brasileira. E aqui a gente não quer nada dracuniano, não, a gente quer só o coerente. Coerente. Temos que proteger a nossa população. É simples assim. E as organizações criminosas estão matando a nossa juventude aí nas ruas. E a gente tem temos as ferramentas para fazer isso aí retroceder. Eu não tenho a menor dúvida, eu acredito muito nisso. Perfeito, coronel. Eu tenho uma pergunta agora para vocês dois. Eh, é óbvio que agora a ideia não é simplesmente ficar encontrando culpados, mas se nós quisermos, se nós, né, tivermos essa intenção de resolver o problema, nós temos que entender como ele começou e qual foi a parte responsável por permitir que o problema crescesse e chegasse ao tamanho que ele chegou hoje, que é um problema gigantesco, como o senhor disse, já não é um problema do estado, já não é um problema municipal, é um problema do Brasil inteiro. Tem um escritor alemão que ele escreveu uma frase maravilhosa, muito sucinta, que ele diz assim: “Negligência significa culpa”. Quem, na opinião de vocês dois, foi a parte negligente para que o crime chegasse onde ele chegou, para que essas facções pudessem entrar em um determinado local e dizer: “Esse local aqui é meu e a partir daqui o estado já não funciona mais. A polícia não sobe. Eu assumi a prestação de serviço, água, gás, internet, entretenimento, cultura. Quem permitiu, como eu disse, não para encontrar culpados, mas para que a gente entenda como a situação chegou e que a gente não repita os mesmos erros do passado e consiga chegar numa situação diferente. Coronel, olha, principalmente os poderes executivos dos locais onde isso aconteceu, por todo o combate ao crime organizado, combate a a a milícias, combate a crime organizado, facções criminosas, organizações criminosas, insurgência criminal, todo combate desse, ele tem danos colaterais. Ele tem danos colaterais, ele tem ônos e às vezes o representante do poder executivo local, isso aí eu tô falando num num período de uns 30 anos mais ou menos, tá? A gente tem que retroceder há uns 30 anos, desde o Leonel Brizola proibindo a polícia de entrar na de entrar em comunidades. Ali ali começou a acender acender o o problema desde aquele tempo lá. Então, nós estamos falando de um de uma faixa grande de período, mas é basicamente o executivo que não quer não quer assumir o ônus do desse enfrentamento. Porque olha só que interessante, foi falado e foi falado de uma operação que descobriu e prendeu o indivíduo de uma de um órgão de um órgão oficial do Estado de Defesa de Direitos Humanos, que era era na verdade um funcionário, um empregado de organização criminosa. ele tava lá para criar notícias falsas. Eventualmente o o o executivo local, se ele não resiste a isso, ele não tem argumento, ele não tem coragem para enfrentar esses danos colaterais, o que que ele faz? Ele migra pra omissão, porque a omissão não faz barulho, cara. A omissão não faz barulho. É ação que faz barulho. Perfeito. Não é? A omissão não faz barulho. A omissão é silenciosa. Olha aí quantos brasileiros que estão nos ouvindo agora sabe que o criminoso ele mata no Brasil isso já por por anos seguidos, décadas até, uma média de 36 a 40.000 brasileiros. Isso é um genocídio de brasileiros. Quantas vezes os os amigos estão no nos vendo e nos ouvindo aí agora, eles já ouviram esse termo? Genocídio de brasileiros. Eles já viram nos filmes genocídio de de outros povos, mas de brasileiro eles nunca viram. E acontece todo ano. É uma guerra do Vetinã. Guerra do Vietnão, se não me falha a memória, durou 13 anos. É uma guerra de do Vetinã por ano no Brasil. E quantas vezes você viu alguém revoltado com isso? Senão integrante de de órgãos de segurança do Brasil, dos estados ou ou da União? Será que só essas pessoas tm que se revoltar com isso? Eu acho que não. Acho que todo mundo tem que se revoltar. Os representantes do do poder público tem que se revoltar, porque é fato, são números. São números. Algum vez me falaram: “Ah, mas é uma, o Brasil tá em guerra”. Falei: “Não é guerra, é genocídio.” Guerra é quando as duas partes estão armadas. O brasileiro não tá armado, o criminoso está e ele mata. É ele que tá matando. Então, quando você tem 30.000 pessoas, 24.000 pessoas, que isso aí oscila de ano para ano até o recorde de quase 40.000 1 pessoas e a gente isso não ofende a dignidade de todos nós, é porque acho que tá faltando informação. Por isso que fica o meu meus parabéns ao Brasil paralelo, eh, e esse programa que você está conduzindo aqui com a gente de trazer essa informação para as pessoas que normalmente a gente não vê essa revolta aí eh eh estampada em todo mundo, mas para te responder objetivamente é isso, é a falta de coragem dos executivos. Por que os executivos? Porque os executivos eles detêm as forças policiais, as forças de segurança estão estão eh sob a regência deles. E essas forças policiais é que vão dar o combate inicial e o combate perene para as organizações criminosas. Então, se de repente alguém fala: “Não quero que você faça aquilo ou quero que você faça aquilo”, a força policial vai responder eh eh segundo essa essa liderança. E se você estudar, olhar, observar o discurso dessas pessoas e as ações delas, você vai ver que bate perfeitamente com o crescimento de organizações criminosas e aquilo que nós mais procuramos evitar, que para mim é um é um é um estágio um estágio muito perigoso, que é quando eles têm domínio territorial. E a gente briga todo dia para não ter isso aqui no nosso estado. E sei que todos os estados brigam também para não ter, permitir o domínio territorial da criminalidade organizada. Perfeito, coronel. A satisfação é nossa de tê-lo aqui nesse programa, nesse fim de tarde, tendo essa conversa. Conversa não, isso aqui é uma aula, né, para todo mundo que tá nos assistindo, para mim inclusive. Capitão, queria ouvir a sua opinião agora, Christopher. Eu acho que a gente tá pensando na questão de culpa, né? como se alguém não desejasse todo esse processo, como se todo esse processo fosse algo que simplesmente aconteceu. Eu queria pontuar um ponto de vista aqui diferente, né? Uma uma visão eh não em discordância com o coronel, pelo contrário, mas complementando. Eu acho que além da omissão, houve eh o crime ele não é que ele se organizou no Brasil, o crime ele foi organizado, né? Então o crime começou lá, o crime se organizou, né? Foi organizado lá no no Rio de Janeiro, no presídio de Ilha Grande, década de conhecem na década de 70, quando eh terroristas foram presos com criminosos comuns e dominaram a massa carcerária e passaram a ensinar conhecimentos de guerrilha pra massa carcerária. Por que que o nome é comando vermelho e não outra cor? Porque eh o grupo político que organizou o crime no Brasil tem como símbolo a cor vermelha. E isso é algo muito comum, é algo muito típico eh da mentalidade revolucionária. Se você pegar, por exemplo, escritos lá de 1860, um indivíduo chamado Sergei Netev, foi uma das inspirações de Lenin, ele escreve um documento chamado cateicismo revolucionário. No item 26 desse documento, ele fala claramente, ó, é dever do revolucionário se aliar a grupos criminosos para promover a revolução. Então, a mentalidade revolucionária enxerga a criminalidade como uma ferramenta para se atingir um objetivo. E na minha opinião, no Brasil a situação com que nós chegamos agora é intencional, certo? Eh, por isso que, como eu falei, né, organizou o o crime, enxerga na na criminalidade uma ferramenta revolucionária. Então, não é meramente culpa. Eh, eu vejo que é realmente um plano, né? Perfeito. Vocês conseguem lembrar assim de cabeça, rememorar alguma operação que tenha sido feita contra o PCC que mais marcou assim a carreira de vocês, que vocês possam compartilhar aqui com a gente? Olha, eh, da minha parte, eu eu eu trabalhava na rota quando nós tivemos as ondas de ataque de 2004, mas sobretudo de 2006, onde mais de 40 policiais militares foram mortos e outros colegas aí de outras de outras forças de segurança. Tivemos policiais civis mortos, tivemos eh policiais penais mortos, também tivemos tentativa de de homicídio contra promotores de justiça, contra oficiais, contra policiais militares, enfim, aquele episódio ali foi um episódio muito marcante, porque ele ele acabou por convencer os menos crédulos de que estávamos diante de uma de uma organização que já tinha atingido um estágio de facção criminosa e que agora tá na no estágio de de máfia e já em alguns locais, como você lembrou, de insurgência criminal. Então aquele aquele momento ali foi bastante emblemático. Na época, a polícia deu uma resposta importante, uma resposta à altura, uma resposta da qual acredito que o paulista, particularmente, digo paulista, eu sei que é um programa nacional, mas como a a aquela ação terrorista foi aqui no território de São Paulo, nós demos uma resposta à altura e teve uma continuidade até 2012, onde eu falei que eh muitas operações de inteligência, muitas operações com Ministério Público. Fica aqui a minha a minha gratidão ao Ministério Público, os colegas integrantes do Ministério Público, uma seriedade de anos combatendo o crime organizado. Isso é muito importante pra gente. E no final das contas você chega em 2012, onde você tava, a gente percebia nitidamente que a organização ela tava no nos seus finalmente. Mas volto a dizer aí a falta de energia e no momento seguinte ela acaba tirando aquela aquela possibilidade da gente fazer prover prover pro povo brasileiro a extinção do PCC em 2012, nesse ano. Então a gente acompanhou tudo isso, vivenciamos tudo isso e por isso que eu eu sou um otimista. Eh, eu sei que quando a gente começa a explicar e falar, as pessoas falam: “Pô, mas o cenário tá difícil”. É verdade. Parece sem saída, né? Parece sem saída, mas tem essa essa frase que eu tava observando que tem aqui no painel a nossa, a nossa retaguarda, né? Que é uma frase que eu gosto muito, onde a vontade é caminho. Perfeito, né? Que eu tá, inclusive mandei, tá escrito na minha espada essa frase aí, onde a vontade é caminho. Então você tem que sempre cultivar e criar a vontade para criar o caminho também. O assunto não é brincadeira, o assunto é muito sério. Você fala: “Ah, mas o crime organizado, o crime organizado ele é ele é força motriz do crime desorganizado, até do crime aleatório. Ele acaba impactando nisso. Medida que ele despeja a droga no no mercado consumidor, ele barateia a droga, ele tá ajudando a destruir vidas. E não são nem uma nem nem duas, não. São milhares de vidas estão sendo destruídas agora, milhares de famílias sendo destruídas agora para que o crime organizado tenha recurso financeiro. E a classe política e a classe de servidores da nossa área de segurança tem o dever de agir. Somos preparados para isso e a população quer isso da gente. Perfeito, capitão. Olha, a gente tem conforme vão passando os anos, né, a gente vai sempre enfrentando uma situação nova. Eh, tive a oportunidade de de estar presente em várias várias ocorrências de grande envergadura quando como, por exemplo, quando tentaram roubar o aeroporto de de Viracopos em Campinas. Foi uma ocorrência, foi uma grave perturbação da ordem. Eh, durou várias horas, vários indivíduos armados com fuzis, tal, e a polícia conseguiu juntamente com as empresas de segurança privada, né, que iniciaram um confronto dentro do aeroporto, conseguimos recuperar todos os o todo o dinheiro roubado, aprender duas espingard50, né, eh, fuzis pon50 e prender diversos indivíduos, libertar reféns foram Não, vamos algumas ocorrências desse tipo, né, de grandes roubos, eh, roubo a veículo de transporte de valor, mas eu acho que as que foram mais marcantes é quando tiveram uns policiais do batalhão foram ameaçados pelo crime organizado por uma por uma uma atuação mais incisiva. E naquele momento nós vimos aí vários policiais na folga indo prestar apoio, querendo trabalhar sempre. Isso gerou mais união no na unidade. Foram foi algo que acabou sendo positivo, né? Porque não, graças a Deus, nenhum policial sofreu nenhum tipo de de ataque. Mas isso gerou uma união ainda maior, porque quando toda vez que tem esses roubos, eu não sei se na capital é assim, coronel, mas o policial de folga, ele vem pra base, ele vê na cidade, ó, tá tendo roubo, começa a vir pra base, eh, sem ordem. E isso é um, isso é muito motivador, né? Você ver, você tá trabalhando com homens e mulheres assim. E quando nós tivemos esses casos de policiais ameaçados também foi algo bastante motivador, porque todo mundo se uniu e não, a gente vai prestar apoio 24 horas, vai eh dar a devida proteção. Então eu acho que foram foram situações bem marcantes aí de combate ao crime. Perfeito, coronel. Eu queria dirigir uma pergunta ao senhor agora. Essa ação que aconteceu nessa semana na Faria Lima, ela foi uma ação do Ministério Público de São Paulo? ou foi algo da Polícia Federal? Porque tem muita dúvida ainda em cima disso. O senhor consegue nos dar uma posição? Já tem alguns veículos de mídia contando certas vantagens, certas pessoas, né, tentando angarear os louros dessa operação. De quem foi o responsável por essa operação? Olha, o o os louros dessa operação é dos 100 policiais envolvidos. Os louros são deles, que às 4 horas da às 4 horas da manhã eles estavam preparados e todo mundo que preparou o material de inteligência antecipadamente por muitos meses para que isso acontecesse. Iniciou no Ministério Público Estadual, iniciou ali o trabalho, mas esse trabalho ele precisava da do trabalho também da Polícia Federal, dos colegas da Polícia Federal que trabalham incansavelmente aqui em São Paulo, dos colegas do Ministério Público Federal. se envolveram também da Receita Federal e da Polícia Militar. Então assim, é uma é uma operação conjunta. Quando você tem uma operação conjunta, eu sei que quando a operação é bem-sucedida, as pessoas, pô, eh, mas foi uma operação conjunta, uma operação de instituições. Então, assim, o estado de São Paulo tá de parabéns. tá de parabéns porque está combatendo uma organização mafiosa, como se combate a organização mafiosa, atuando nas ruas, no enfrentamento à violência que eles que eles que eles que eles colocam aí em desfavor do cidadão, contra o cidadão, mas atuando também lá na forma que eles têm de ter um financiamento, né, com lavagem de dinheiro, que foi esse caso. Acabou sendo emblemático e fala Faria Lima, né? Então, quando as pessoas falam falam de organização criminosa, pensa só em em naquela violência de rua. Não é só isso. É também isso, né? A essa essa lavagem de dinheiro, essa organização financeira de transformar dinheiro ilícito, atividades ilícitas e e jogar uma capa de atividade ilícita, isso aí é que vai comprar a arma, que vai financiar o transporte da droga, que vai financiar contatos. Então eu acho que eu acho que é uma não precisa disputar, ninguém precisa disputar, não. Foi uma operação exitosa, eu tenho certeza que haverá outras, nós teremos outras, como já tivemos no passado, envolvendo ambos os ministérios, os os ministérios públicos e todas as polícias do estado e da união também. Então é um é um sucesso de todos. Perfeito. E falando em segurança pública, a Brasil paralelo fez um documentário sobre isso chamado Entrelobos. É o maior documentário sobre segurança pública já feito aqui dentro da Brasil. Paralelo, vou pedir pra produção puxar o teaser para vocês. Principal mudança que eu verifico no crime é a sua profissionalização. A apreensão de drogas disparou e bateu recorde no último ano. Quase 17 toneladas de cocaína apreendidas este ano, colocando em alerta as autoridades de Santos no litoral de São Paulo. A crise de criminalidade do Brasil não tem paralelo no mundo. 33.000 detentos estão deixando as penitenciárias de São Paulo para passar o Natal com as famílias. Sem a presença forte da lei, o tecido social se rompe e aí é o inferno na terra. O crime no Brasil compensa e agora ele tá cada vez mais compensando. Uma vergonha de proporções planetárias. O Brasil é um dos campeões mundiais da violência. Parece um lugar destruído pela guerra, mas não é. É centro de São Paulo. Nós jogamos fora toda a nossa herança civilizacional. Então, nós estamos vivendo um estado de barbárie. É muita gente ganhando muito dinheiro com crime no Brasil. [Música] Vocês acabaram de assistir o teaserzinho do nosso documentário Entre Lobos. E por falar nesse documentário, nós também fizemos uma aula especial na época desse lançamento com um dos nossos convidados. A aula chama-se O Fronte Interno, o Crime Organizado e Asas Frentes de avanço. Comumente, essa aula só tá disponível no plano premium, que hoje você pode adquirir com 50% de desconto. Mas a produção acabou de me avisar, nós temos uma condição especial. Quem assinar, enquanto essa live tá rolando, o plano de R$ 10, o plano básico da Brasil Paralelo, também vai ter acesso a essa aula, tá? Então entre em contato com a gente. O número do nosso suporte, do nosso comercial tá na tela. Entre em contato, assine. Lembrando que quem fizer a sua assinatura do plano PRIM hoje vai ganhar esse boné aqui exclusivo da Brasil, paralelo de brinde. Tá bom? Agora eu queria fazer uma pergunta, eh, pode ser pro senhor, capitão, porque é uma pergunta assim meio genérica, mas eu acho que as pessoas têm curiosidade disso. O PCC tem um chefe hoje em dia? Tem alguém responsável, uma cabeça ou são é como uma hidra? São várias cabeças. É assim, né? É muito, muito, muito difícil conhecer 100% os bastidores da organização. Eles sabem eh se blindar porque uma vez que você é chefe de organização crianosa, você responde mais um crime. Então, através de décadas de tentativa e erro, eles vão aprendendo, vão se sofisticando, né? Vão melhorando aí sua capacidade de esconder os seus delitos. As informações que nós temos é que existe um conselho eh deliberativo final que toma as decisões eh com uma proeminência do do Marcola, né, como sendo ali, mas não um ditador com a palavra final, mas sim um um conselho final ali, eh, que toma as decisões estratégicas. Perfeito. Agora trazendo um pouquinho pro paraa nossa realidade, né? algumas coisas estão hoje. Coronel, o PCC ele também atua aqui no estado de São Paulo com tomada de território, como como é no Rio de Janeiro, porque lá é muito bem demarcado o que pertence a tal facção, o que pertence a qual facção. Isso existe aqui em São Paulo ou o PCC ele atua de outra forma, em outro âmbito, com outra escala? Nós temos locais plotados aqui no estado de São Paulo, onde há tentativas de domínio territorial. Nós não temos aqui no estado de São Paulo a mesma dinâmica que nós temos lá no Rio de Janeiro, que nós temos uma estratégia bem estabelecida aqui para evitar isso, porque nós sabemos que esse é um é um é um é um ponto positivo no no domínio das pessoas, que começa com domínio territorial e depois migra pro domínio das pessoas. Quando eu digo o domínio das pessoas, é o domínio econômico das pessoas e até e até, infelizmente, o domínio psicológico, o domínio moral dessas pessoas que acabam sendo submetidas a essa a essa pressão do crime. Então, nós não temos algo assim no estado de São Paulo por conta desse trabalho preventivo que é realizado. É, não é fácil realizar, porque embora você não tenha e uma uma briga entre facções, acredito que seja até mais difícil, né, por conta disso, que você tenha ali uma hegemonia de organização criminosa e ela, se ela toda vez que ela busca um domínio territorial, a gente tem que atuar em cima disso. Então eles não conseguem ter um domínio territorial na forma que nós temos em outros estados, como o estado do Rio de Janeiro que você acabou de citar. Mas volto a dizer, por conta de uma série de trabalhos que vem sendo feito, realizado e uma série de coragens também que nós temos do poder executivo, né? Porque não dizer isso? Porque porque é fato, é real. Eu dou um exemplo aqui. A Baixada Santista, que eu tive a oportunidade de de comandar por 3 anos, ela ali existe uma uma série de características que favoreceria ter um domínio territorial ali. E por que que não tem? Por conta do trabalho efetivo das das forças de segurança, que não é não é não é pouco, é intenso. Eu dou um exemplo aqui que nós vivenciamos. você, nós tivemos a operação escudo que a que a Polícia Militar desenvolve em todo em todo o território do do estado de São Paulo. E se você se lembra bem, como que essa operação foi atacada durante um período? Sim. Você sabe quando que que parou de ser atacada? quando foi feita uma pesquisa muito séria lá e viu que 86% da população da Baixada era a favor da operação escudo que estavam vendo os resultados positivos. Mais de 1000 armas apreendidas, droga apreendida, indivíduos criminosos apreendidos. É, eu volto a dizer, uma operação de combate ao crime organizado, ela não pode ser estanque, começa hoje, termina amanhã. Não é isso? Porque o crime ele substitui os indivíduos no dia seguinte. Nós cansamos de ver isso em todo em todo o território brasileiro. Então, o indivíduo, mesmo que ele tenha um posicionamento na hierarquia do crime, um posicionamento elevado, ele vai ser substituído. Para isso que eles criaram a a hierarquia, imitando as instituições sérias do nosso país, não é? limitando. Então ele vai lá, ele cria uma hierarquia, o indivíduo ele é ele é substituído. Então você tem que trabalhar em cima da forma de financiamento do crime organizado que foi feito lá na operação escudo. Perfeito. E só para citar um exemplo, obviamente. Claro. É muito curioso isso que o senhor citou, porque a gente vê que aquilo, isso acontece com frequência, esse caso, como o senhor disse, da população apoiar aquilo que é mediaticamente repreensível costuma ser popularmente aplaudido, né? Então são realidades muito diferentes. Na verdade não são nem realidades, porque a mídia retrata uma coisa e a população, que é quem sofre na pele os efeitos tanto da ação quanto daquilo que tá sendo combatido pela ação, é ela que sabe. Não é a mídia, não é o jornalista que chega lá depois que tudo acabou, que pega um ou dois depoimentos. Quem sabe disso é quem sofre na pele. Não mora lá, não conhece, não conhece, não sofre na pele. Exatamente. A ação do crime. Perfeito, né? Não fica preocupado de manhã, a hora que vai trabalhar, né? Não fica preocupado à noite, a hora que a que a uma filha, um filho tá voltando da faculdade. Pessoa que tá distante e acha que tem condições de criar a narrativa de uma ação correta, de uma ação técnica que tá sendo realizada, baseada em tudo isso que nós estamos falando aqui e que deu resultados. Não tem que ficar até às 4 da manhã ou 5 com baile funk alto, a pessoa consegue dormir, né? Quanto que em algumas realidades, né, alguns bairros periféricos, é, pessoal tem que aguentar tudo isso, crime organizado e aí quando a polícia vai combater é criticada. as pessoas não têm noção do que que é realmente sobre estar sobre o julgo do crime. E e Christ, só para eh claro tentar complementar o que o coronel falou aqui, devido a uma atuação incisiva das forças de segurança, a como o coronel bem disse, a uma coragem política, eh não há esse domínio territorial igual no Rio. Então, como que o crime faz? Como que ele tenta avançar, né, impor seu seu poder? ele tenta eh impor seu poder através de leis próprias, ainda que não seja um domínio territorial, a gente começa a é um fenômeno assim bem bem novo que tá começando. Mas já a gente tem até trabalhos acadêmicos sobre isso, né? Sobre o tribunal do crime. E o que que é o tribunal do crime? É o crime organizado resolvendo pendências eh jurídicas. inicialmente entre os membros da facção, mas já já há um uma percepção de que até menos pessoas não envolvidas com o crime t procurado tribunais eh alternativos. E isso é um fenômeno interessante, porque eh isso foi notado, academicamente notado no livro de um de um militar australiano que serviu no Iraque, no Afeganistão e hoje é professor em duas universidades, uma no Texas, outra em e na Austrália. Senor David Kilkul Cullen. Ele fala sobre a teoria do controle competitivo. E ele basicamente ele explica como que esses grupos insurgentes, né, como que o Talibã, sem poder de fogo nenhum conseguiu expulsar os Estados Unidos. E ele fala, foi tomando pouco a pouco, impondo a sua lei, né? Ele foi tomando território, se expandindo e a gente começa a perceber o, é um fenômeno ainda bem novo, mas a gente começa a perceber várias facções e do crime organizado indo para esse caminho de impor a sua própria lei. Porque o que que é estar no poder? É quando a sua lei, a sua vontade é obedecida. Se você consegue fazer isso, ainda que não tem que enfrentar as forças de segurança, é você estar avançando sobre o poder, você está desafiando o poder político constituído. E até puxando o que o coronel falou um tempo atrás, né, da das crianças que nascem em comunidade pobre, querer ser traficante. O autor, esse David Kilkulen, ele conta que no sul do Líbano, o Resbolar, ele tem, é, estação de rádio, eh, editora, produz telenovelas, produz filmes, tem partido político, ou seja, a pessoa que nasce no sul do Líbano, ela consegue passar a existência toda dela observando somente a realidade que o resbolar quer que ela observe. Ou seja, o ela vai crescer naquele naquele meio e com aqueles ideais. E hoje nós percebemos, né, o o crime financiando no documentários, músicas, etc. E começa a ir para esse mesmo caminho. É por isso que eu bato na tecla, né, que o crime começa a se tornar uma insurgência. Perfeito. Voltando um pouquinho agora pro acontecimento dessa semana, chamou muito a atenção o fato de que o PCC estava na Faria Lima. pelo menos para quem tá de fora, a gente sabe que é uma realidade, eles estão presentes, mas ali naquele setor específico foi uma surpresa, como eu disse, talvez não paraa polícia, mas para nós cidadãos comuns. Qual é o nível de infiltração, na opinião de vocês, desse pessoal em instituições que nós consideramos normais? Até onde eles estão infiltrados? Porque isso é comum, isso é tática de guerrilha, infiltração, suborno. Então, até onde vocês acham que eles estão, coronel? chocou um pouco porque foi lá na Faria Lima, né? Mas olha só, o ano passado nós tivemos uma operação semelhante a essa, com características de envolvendo várias instituições também e que trabalha sobre em cima da mobilidade de São Paulo, da zona sul de São Paulo. Não sei se você se lembra, várias empresas eh concessionárias de transporte público aqui em São Paulo eh estavam nas mãos dessa organização criminosa. impactou menos pelo pelo que eu percebi agora. O pessoal fala muito que é a Faria Lima, mas a linha geral, a dinâmica geral é a seguinte: ele tem um dinheiro ilícito, que ele quer transformar esse dinheiro ilícito em dinheiro lícito para poder fazer outros tipos de investimentos. E ele vai procurar qualquer tipo, independente se tá na Faria Lima, na Paulista, se tá em algum em algum centro financeiro até fora do do país, qualquer centro financeiro, ele vai trabalhar em cima disso para quê? Para limpar esse dinheiro, para dar aparência de dinheiro de origem lícita. Então, eh, o fato de ser na Faria Lima é simplesmente porque lá tem muitos, muitas empresas do mercado financeiro. Mas o que que o brasileiro ele precisa entender? Ele precisa entender que todas as vezes que ele que ele faz um negócio de origem duvidosa, ele está apoiando direta ou indiretamente a organização criminosa. Perfeito. Onde eu quero chegar com isso? Falamos da droga. né? Falamos da droga. O cigarro de maconha, ele tem sangue no cigarro de maconha. tem sangue de pessoas dessas comunidades que são que são que são vítimas da pressão do crime, do crime organizado. A uma peça de moto pela metade do preço tem sangue. Tem sangue do trabalhador, do garoto que vai lá, compra sua moto financiada para ir sustentar sua família e vai lá um criminoso e rouba e mata esse garoto, esse trabalhador tem sangue. Então essa peça tem sangue, tá? Eh, e assim, então o brasileiro ele precisa acordar para isso, para essa realidade. Não dá para ser oisso diante de uma problemática como essa, né? Então você se você se transforma num num num patrocinador do crime organizado. Se você sabe, ah, mas tem uma tem uma linha de van ali que a gente sabe que é do crime organizado, né? Mas eu pego a linha do van porque ela é 30, aquela linha porque ela é 30 centavos mais barato do que o o ônibus que o município aqui que o meu município. Saiba, né? Não finja que você não está apoiando a organização criminosa se você sa é sabedor disso. Então o brasileiro ele não ele não despertou para isso ainda. Ele acha apenas que a que organização criminosa é conforme conforme foi dito, são as explosões de caixa eletrônico, né? É o é o roubo qualificado de veículos de transporte de valor nas rodovias brasileiras. Isso é crime organizado, é uma das vertências do crime organizado, mas ele migra paulatinamente para isso. Então o brasileiro, além de estar atento ao que ele vê e ao que ele ouve na mídia, para ele fazer os devidos filtros na mídia, para ele não cair dentro dessa bolha criminal que você falou muito legal isso que você falou do sul do sul do Líbano, quantos quantos sul do Líbano existem aqui no Brasil? Quantas bolhas criminais os nossos jovens estão dentro e nem sabem. Isso tá destruindo a vida deles e eles nem perceberam ainda. Então a nossa a nossa atenção é essa. E Christopher, por favor, cor, desculpa, só para só para para finalizar. Eu acho que eu consegui responder a sua pergunta perfeitamente. Não vamos ficar impressionados porque foi na Faria Lima ou foi ali. Isso acontece em qualquer lugar. Se você tem ali uma adega, uma deega lá na periferia que você sabe que é de organização criminosa e você vai lá e compra na Adega, você está sim financiando o crime organizado. Então eles colocam ramificação onde quer que seja que seja necessário. Com certeza teve desdobramento ali na Faria Lima porque eh os contratados deles, os contadores ou as empresas de fachada deles funcionavam ali para dar esse aspecto, né? O, o teatro faz parte, né? O teatro faz parte da da dissimulação do guerrilheiro para dar esse aspecto de que de ter uma de ser uma empresa legalizada. Por isso até que chama atenção, mas eu acredito que à medida que nós tenhamos cada vez mais operações de sucesso, como essa, volto a dizer, pelas mãos desses 100 policiais e agentes públicos, eh tivemos mais e mais operações como essa, o brasileiro ele vai acordar e saber que o crime organizado pode estar em vários lugares, inclusive mais perto dele do que ele possa imaginar. Perfeito, capitão. Christopher, puxando uma linha aí do que o coronel falou, o crime organizado, ele já percebeu que essa cultura criminal lhe dá poder. Eh, tanto que vamos parar para pensar, será que todos o primeiro, né, o que que é a cultura criminal? toda essa cultura que enaltece o crime ou até mesmo o materialismo, né, ali através de ouro, eh posses materiais, eh objetificação da mulher e enaltecimento de obter tudo isso através do de uma forma criminosa. A gente pode falar que isso é cultura criminal. E o crime já percebeu que a cultura criminal lhe dá força, lhe dá legitimidade, eh, legitimidade. Tanto que se a gente parar para analisar dentro dessa cultura quem faz sucesso, então nós temos aí vários cantores, né, que fazem apologia ao crime e fazem muito sucesso. Será que eles fazem sucesso por talento musical ou será que há financiamento por trás dele? Eu citei um caso aqui de uma facção financiando eh um MC. Se vocês buscarem na internet, vocês vão ver outros casos de facções financiando eh cantores, especialmente do ritmo funk. Eles já perceberam que o Crime já percebeu que isso dá força e como nessa esfera? Será que a Polícia Militar vai vai conseguir combater na esfera cultural? Será que a Polícia Militar é um órgão eh que tem uma capacidade operativa de combater na esfera cultural? Claro, a gente pode eh mostrar o nosso serviço, dar entrevistas, eh explicar pra população, mas nessa esfera eh a gente não vai conseguir avançar sozinhos. É necessário que tenha que existam pessoas, existam brasileiros dispostos a resgatar a a alta cultura, a verdadeira cultura brasileira, que não é a cultura da ostentação. Isso nunca foi para nossa cultura ao longo aí de quase 500 anos, eh, de mais de 500 anos. A a nossa cultura nunca foi a cultura de objetificação da mulher. Claro, sempre teve o samba, uma música ali mais popular, com um tom mais malicioso, mas nunca nesse nível de eh depravação, nunca nunca cultuamos a violência eh na nossa cultura. E isso tá avançando e na minha opinião isso é financiado, isso é provocado. Por quê? Porque o crime já percebeu que isso dá poder ao longo de décadas aí tentativa e erro, eles foram percebendo que isso gera apoio popular, gera normalização das condutas criminosas. Perfeito. Eu queria puxar eh para trazer agora esse finalzinho da live e a gente trazer para uma coisa um pouco mais prática. Queria ouvir a opinião de vocês dois. Vocês acham que existe alguma coisa que nós cidadãos comuns, pessoas que não estão ali com vocês, atuando na linha de frente, na segurança pública, que não tá andando com fuzis na mão, vocês acham que nós temos algum papel nisso? Nós podemos contribuir de alguma forma ou esse é um papel 100% da segurança pública, do estado? A gente pode fazer alguma coisa nisso, coronel? Eu acho que que todos nós devemos fazer algo. Eu eu começo com uma eh com uma constatação. Você, enquanto você tava falando, tava lembrando de alguns episódios. Tem um pouquinho de cabelo branco. É bom que você lembre de um monte de história, né? Você quando eu ia numa numa rebelião, num presídio, por exemplo, era um fenômeno interessante. Eu era bem jovem e numa rebelião no presídio, o preso ele respeita muito a mãe dele, porque todo mundo abandona o preso, menos a mãe. Então ele respeita muito a figura da mãe. Tô te falando de um sistema prisional um pouco mais menos recente. Aí quando você ia numa situação de presídio que eles estavam em cima do da do telhado lá do do do CDP, por exemplo, aparecia uma a mãe lá, dava uma bronca no cara, o cara parecia um garoto de de 14 anos tomando bronca da mãe, respeitava a figura. E a mãe, obviamente, ela não queria uma rebelião em andamento no presígio onde estava o filho dela. Passados alguns anos, isso eu vivenciei num num episódio lá na Baixada Santista, a mãe, um grupo de mães, foi incentivar a morte dos reféns tomados. Olha que mudança cultural. Caramba. Naquele episódio eram 17 reféns tomados. Um deles foi muito agredido, mas graças a Deus nenhum nenhum foi morto por conta da negociação muito bem realizada, mas teve esse incentivo. Outro fato que parece pequeno, mas ele ele mostra a ponta desse desse iceberg, a gente tá patrulhando lá na na zona sul de São Paulo, uma uma equipe de rota. prendeu uma equipe do meu pelotão prendeu lá um garoto que havia roubado uma moto. Falei de moto ainda há pouco, de roubo de moto. Tinha roubado a moto. A mãe dele chegou no distrito policial, como ele era menor em idade, se eu não me falha a memória, tinha uns 17 anos. A mãe dele foi chamada e ela entrou no saguão lá, os policiais de rota, o delegado, o escrivão, investigador, todo mundo naquele saguão de de DP que é igual em qualquer lugar do mundo, né, Antô? Você ela entrou falando ele tem que roubar mesmo. E o garoto ouvindo isso, ele tem que roubar porque ele quer ter uma moto e eu não vou dar moto para ele. Ele tem que roubar, ele tá certo. Ele tem que roubar. para esse garoto com aval da própria mãe, que é quer queira, quer não, é, é uma uma autoridade psicológica dele ali, esse garoto, ele nunca vai reconhecer adequadamente o certo e o errado numa sociedade civilizada. E ele vai ser e ele vai ser um soldado do crime. Ele tende a ser, né? não é que ele vai ser a tendência dele é ser um soldado do crime muito mais violento, porque ele acha que a guerra que ele tá inserido é uma guerra justa, que de certa forma ele tá fazendo justiça, assim como esse jovem do sul do Líbano aí que em algum momento pode cometer uma violência contra um um outro ser humano, matar alguém simplesmente porque foi bombardeado com uma narrativa escrota durante anos. Então eu, a nossa preocupação é essa. Então o cidadão, como você falou, como que cidadão ele tem que fazer? Primeiro nãoir, se posicionar é sempre muito bom, nem que seja no churrasco lá com aquele primo chato que conta mentira, que sempre fala bobagem. Nem se, nem que ele se posicione. O posicionamento demonstra, fala assim: “Olha, calma aí, nem todo mundo tá nessa espiral do silêncio aí, tem medo de falar, medo de se posicionar, que não consegue se identificar o que é certo, o que é errado.” Eu falava ainda há pouco antes da da gente começar. Todas as vezes que você vê uma crítica, alguém criticar algum órgão de segurança pública, pergunte antes de de recepcionar essa crítica, como se fala no interior, viu? Lá em Sorocaba se falava com chumbada em tudo. Tá engolindo o negócio. Com chubada em tudo. Antes disso, ele refleti por que que esse cara e esse órgão estão falando da da segurança pública, do trabalho da segurança pública. A nossa taxa de erro é de menos de 0,02%. Qual empresa, qual hospital, qual órgão público você conhece que tem uma taxa de erro dessa? Nós não queremos aplausos quando nós erramos. Não queremos. Nós somos as instituições que mais se autofiscalizam, mas a gente quer coerência, porque se o cidadão tiver coerência, ele não dorme nesse barulho mentiroso que ele ouve todos os dias de alguns órgãos específicos, contando mentira, distorcendo a verdade e escondendo o fato que nós estamos aqui discutindo há mais de uma hora, que são essa avalanche de homicídios. que são feitos em todo o Brasil, como eu disse, quase 40.000 roubos, pessoas roubadas, sendo roubadas o tempo todo, tráfico de drogas destruindo a vida das pessoas e todo e todo esse esse cenário acontecendo e parece que que quando que só é importante quando a polícia comete uma outra falha operacional ali. Então é isso é legal do cidadão ele entender que eles além de roubarem o celular dele, eles querem roubar também a alma, a alma dele. Então ele tem que proteger o celular. Mas tem que tu proteger também a opinião dele e a alma dele. Isso é importante pra gente. Ô Christopher, eh, antes de responder, queria fazer uma pergunta para você, né? Só assim, ó, não, coisa rápida. A gente falou aqui do PCC, eu contei alguns exemplos, né? O PCOT pessoas para fazer notícias falsas, para deslegitimar a polícia, a operação da Faria Lima aí, mais 70 bilhões capacidade, né? fluxo de caixa. É possível a gente imaginar que o PCC tem condições de pagar notícias contra a polícia? Ele já fez isso já com o órgão de estado. Ele teria condições. E eu não tô acusando ninguém de nada, obviamente, porque não não tenho provas, mas será que existem existem órgãos de imprensa que recebem patrocínio, às vezes falar mal da polícia e deslegimar a ação policial? Não seria a primeira vez que o crime organizado faria isso. Se isso seria possível? Não tô dizendo que é que ocorre, mas seria possível isso ocorrer. Havendo recursos, eu imagino que sim. Na casa dos 70 bilhões, como Então, eh, por isso que, igual o coronel falou, quando alguém vê algum órgão criticando enfaticamente a polícia de uma forma incoerente, é necessário a gente pensar, será que isso eles estão ali buscando trazer a verdade? ou será que eles estão tentando impor? Então é a primeira defesa, né? Igual o Coronel falou. E o que a gente pode fazer para impedir o avanço do crime, né? É igual o Cornel falou, não permitir que ele entre na nossa casa. Então as pessoas colocam muros, colocam cerca elétrica. Mas não adianta fazer tudo isso se você permite que seus filhos vejam eh músicas, séries de televisão que enaltecem o crime. Você não pode consumir esse tipo de conteúdo. Tem até uma série que todo mundo elogiou muito para mim, falou: “Não, tem que assistir, tem que assistir a série Pick Blinders, a série muito bem feita, é isso, é aquilo”. Assisti os primeiros 10 minutos. O personagem principal é um criminoso. Desliguei. Eu não assisto. Não. Eh, eu não permito que esse tipo de mensagem, ainda que forma de forma subliminar entre na minha vida, entre na minha consciência, entre na minha casa. E eu aconselho que as pessoas façam o mesmo. Começou numa festa de criança tocar música de conteúdo eh sexual, que enalteça o crime organizado, um conteúdo ali materialista, eh enaltecendo a posse acima do de você ser alguma coisa, você quer dizendo que é melhor você ter do que você ser. É, vai embora, desliga a música, não permita que isso entre na sua vida. Eu acho que é o principal que as pessoas podem fazer, né, no combate diário e pessoal ao crime organizado. Perfeito. Eu vou, antes de encerrar, eu vou fugir um pouco aqui do script, mas esse é justamente o trabalho que nós tentamos realizar aqui na Brasil Paralelo. Então, todo o nosso catálogo de filmes, todos os nossos documentários, tudo é pensado, não para doutrinar, não para enfiar determinada opinião na cabeça de ninguém, mas para que a gente possa trazer aquilo que há de melhor, né, em relação a bons costumes e bons valores. É um dos nossos valores, é uma das nossas da nossa missão como empresa, é realmente resgatar os bons valores no coração de todos os brasileiros. Então, nós temos um trabalho excepcional de curadoria, pessoas que se dedicam muito para trazer conteúdos bons, que não firam, que não violem aquilo que a maioria da população acredita. Então, o que a gente quer provocar com os nossos filmes, com os nossos documentários, eu acho que todo mundo aqui já teve essa experiência, você assisti um filme em que conta uma história inspiradora de uma pessoa que saiu de baixo, enfrentou todo tipo de dificuldade e venceu. E essa pessoa, apesar disso, ela não se rendeu. Ela chegou em algum lugar, ela conquistou o seu objetivo e você sai daquela produção com vontade de fazer o mesmo. Você sai inspirado, você sai animado. Esse é o cuidado com o conteúdo que nós temos aqui na Brasil Paralelo. A gente quer que as pessoas saiam daqui inspiradas, que elas saiam a cada produção melhores do que quando elas entraram. Essa é a missão da Brasil Paralelo, é trazer conteúdo infantil. Seguro, nós temos um catálogo infantil que não vai ser prejudicial pro seu filho. O nosso slogo é deplay sem medo. É por isso. Você pode colocar o seu filho pequeno para poder assistir que não vai ter problema nenhum. Você não corre o risco de aparecer algo que Deus o livre só vai aparecer mais paraa frente numa situação terrível. Então esse é o cuidado que a Brasil Paralelo tem. E quem financia isso são vocês. São vocês que estão nos assistindo. São vocês que assinam a Brasil paralelo. Vocês são responsáveis por permitir que esse conteúdo chegue até a televisão, celular ou tablet de outros brasileiros. São vocês que assinam a Brasil Paralelo, que permitem com que essa conversa aqui aconteça com essas duas figuras, trazendo essa quantidade absurda de informação para vocês que vocês provavelmente não veriam em outro lugar num sábado à tarde às 18 horas. Então são vocês que financiam isso, são vocês que permitem que nós levemos essa mensagem para cada vez mais brasileiros. Então, eu sei que é repetitivo, mas é por isso que nós dizemos várias e várias vezes: “Assine a Brasil paralelo.” Quando nós fazemos promoções, é para isso, para que mais e mais pessoas possam estar dentro da plataforma e possam contribuir não só com a sua vida pessoal, com o seu desenvolvimento, mas também com o desenvolvimento de outras pessoas, porque isso permite que nós produzimos cada vez mais e mais e mais e mais documentários. Então, repetindo, sendo chato, a Brasil Paralelo está com desconto 50%. Tá bom? No plano premium, assinando hoje, você ainda recebe esse boné como brinde. Então, entre em contato com o nosso time comercial, escanei que é recode que tá passando aí na tela, que a produção já puxou, e nos ajudem a levar essa mensagem para cada vez mais pessoas. Coronel capitão, foi uma satisfação ter os senhores aqui. Considerações finais. agradecer vocês pelo trabalho que você acabou de descrever, falar pro pro pros nossos pros nossos ouvintes, paraas pessoas que estão nos assistindo, que o Brasil é um país vitorioso, é um país que tem tudo para dar certo. Essa questão de segurança pública atualmente é a questão que mais afeta o interesse do brasileiro. É por isso que você viu uma série de movimentações nesse sentido, mas nós acreditamos que as receitas que a receita não é tão complexa, é simples, é difícil de executar, porque a coisa boa é difícil de fazer, né? Mas tem gente boa para fazer também. Mas eu eu tenho certeza absoluta, eu acredito que nós temos condições de enfrentar o crime organizado, o crime desorganizado, o crime de rua, o criminoso eventual. Nós temos condições de organizar o nosso país para que essas pessoas tenham dignidade, possam ir trabalhar sem medo, voltar para casa sem medo, saber que pode deixar uma bicicleta na rua. As coisas mais simples da vida podem ser feitas de uma forma tranquila. Isso é possível de ser realizado. Basta que a gente tenha esse entendimento do que tá acontecendo. Acho que para resolver um problema precisa entendê-lo inicialmente, ter esse entendimento. Não, desculpa até o uso de desse termo, é um termo que todo mundo entende. Não dormir nesses barulhos que a gente ouve aí, sempre tá a eh atento eh por que tão querendo que eu acredite nisso? Acho que e e essa essa pergunta ela quebra qualquer narrativa que não tenha números. a sua retaguarda, né? Temos condições de vencer o crime, estamos vencendo em muitas frentes e eu confio nisso. Confio que o Brasil vai dar a volta por cima e nós vamos ser um país cada vez mais seguro. Perfeito, capitão. Crífer, eu agradeço a oportunidade de estar aqui conversando com você, com o coronel Cásio. Eh, obrigado por oportunidade de falar essas coisas. você deu um espaço pra gente que nós não teríamos aí em outros lugares e dizer que confie nas suas de segurança, confiem que existem homens e mulheres aí dispostos a viver em função de melhorar a sociedade, sabe? Realmente tem uma dedicação muito muito grande eh em prol do Brasil. muitos, né, acabam inclusive perdendo a vida nesse ideal, nessa missão. São os heróis da Polícia Militar e de outras forças de segurança. Mas é isso, obrigado pelo espaço, um prazer estar aqui na na presença sua e do comandante. Prazer é todo nosso. Espero contar com vocês aqui mais vezes, pessoal. Muito obrigado. Fiquem todos com Deus e assistam agora. A produção vai passar o teaser do Rio em Chamas para vocês darem uma última olhadinha e um excelente fim de semana para todos vocês. Infelizmente o Rio que era famoso mundialmente pela sua beleza natural, ele hoje também é famoso mundialmente pela insegurança. Parece um vídeo de guerra de algum país do Oriente Médio, mas é a cidade do Rio de Janeiro. Tá vendo a barricada ali, ó? A rua tá fechada, ó. Quem romantiza o tráfico é uma pessoa irresponsável e ber a criminalidade. Quem mandou atender o telefone celular na rua a conta da incompetência do estado na vítima, né? Teve intervenção, depois teve as upps e não existe políticas públicas de segurança, nada certo. A gente comprava caminhão de fugiu, o cara deixava lá quantos fugil a gente queria. Era vendido que nem bala. Pra facção o que importa é o território. Vender maconha e cocaína, ó, besteira. [Música]