ser INTELIGENTE é PÉSSIMO
0Você é inteligente, mas será que isso é
bom? A espécie humana conseguiu criar coisas que
nenhuma outra espécie no planeta terra conseguiu. A gente não precisa nem ir tão longe quanto
um foguete espacial pra HUMILHAR as criações intelectuais de outras espécies. Veja por exemplo um pregador. Sim, um pregador de roupa. São duas hastes de madeira com uma mola de
metal e serve perfeitamente pra pendurar roupa. Que chimpanzé faria uma coisa tão engenhosa
quanto essa? Nossa espécie vem extraindo e manipulando
diversos recursos do planeta de uma maneira como nenhuma outra espécie ao longo da história
do nosso planeta. Conseguimos então garantir nossa alimentação
através da agricultura. Aumentamos nossa expectativa de vida através
de medicamentos e cirurgias. Até mesmo conseguimos o feito de erradicar
doenças através de vacinas! Isso é uma DELÍCIA! E assim, existem diversas outras espécies
muito mais fortes, e velozes que nós. Veja por exemplo o tigre, qual a chance de
você sair na porrada com um animalzinho desses e sair tranquilo. NÃO É UM BOA IDEIA. Mas apesar disso, apesar de você ser apenas
um primata com a pele macia e completamente vulnerável às garras de um tigre, ainda
assim vemos uma coisa curiosa. Não são os tigres que dominaram o mundo,
mas nós humanos. Eles estão encurralados em reservas, zoológicos
ou criadouros questionáveis pelos Estados Unidos. Hoje a espécie humana já ultrapassou oito
bilhões de pessoas, enquanto que os tigres estão em risco de extinção. E tudo isso se deve a um único fator: a nossa
inteligência. Entretanto, se a inteligência é uma ferramenta
tão formidável, por que não há outras espécies tão inteligentes como a nossa? Ou por que os humanos não são AINDA MAIS
inteligentes? Bom, pra responder isso, vamos ver agora as
desvantagens de ser inteligente. (vinheta)
Lembrando a máxima de Darwin, não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive,
mas o mais apto. Dito isso, outras espécies não são tão
inteligentes quanto nós porque simplesmente não tiveram a necessidade de serem inteligentes
pra se adaptar bem. Para ser bem adaptado não necessariamente
é preciso ter um cérebro desenvolvido. Existem vários outros estilos de vida no
planeta que não precisam desse tipo de adaptação específica. Ainda assim, algumas outras espécies, como
abelhas, polvos, corvos e chimpanzés, também desenvolveram inteligência como estratégia
adaptativa. Certo, esses bichos podem ser inteligentes
também, mas o que torna a nossa espécie BEM MAIS inteligente que todas as outras? Bom, o primeiro ponto a esclarecer, é que
tamanho não é documento quando falamos de inteligência. Por exemplo, elefantes possuem quase dez vezes
o tamanho de um cérebro humano, mas nem por isso são mais inteligentes. Isso porque o cérebro, como um órgão dentro
de um sistema, não é usado exclusivamente para inteligência. Ele também possui outras funções. O cérebro também é responsável por processar
as respostas sensoriais do corpo e manter as funções básicas de um organismo. E pra entender como isso influencia o tamanho
do cérebro, vamos voltar pro elefante. Elefantes têm um corpo imenso que recebe
uma série de sinais e têm que manter esse complexo organismo funcionando. Então, para lidar com essa série de sinais
como concentração de oxigênio, tato, pressão sanguínea, é preciso uma central de processamento
maior. Simplesmente porque são mais sinais! Então pra processar e organizar esses sinais
de um corpo tão grande é preciso uma considerável rede cerebral mais robusta. Eles precisam ter cérebros maiores! A partir dessas observações entre tamanho
corporal e tamanho cerebral, os cientistas estimaram uma relação interessante: animais
menores tendem a ter cérebros menores e animais maiores a ter cérebros maiores, sendo então
assim mais “cabeçudos”. Tá, mas o que tem de especial na nossa espécie
pra gente ser tão mais inteligente que as outras espécies? Afinal não somos os maiores animais pra ter
os maiores cérebros. Bom, pra explicar isso, olhe pra esse gráfico! Esse gráfico leva em consideração o tamanho
do cérebro em proporção ao tamanho do corpo das espécies de mamíferos. E de maneira sistemática podemos ver que
surge um padrão. Os animais tendem a seguir uma linha em que
o peso do cérebro representa uma certa proporção do peso total do corpo. Porém a maioria não segue exatamente essa
mesma linha. Alguns têm um cérebro proporcionalmente
menor e acabam ficando abaixo da linha. Já outros têm um cérebro proporcionalmente
maior e ficam acima da linha. E adivinha qual a espécie que mais está
acima? Sim, somos nós. Aqui a gente pode ver que os humanos compõem
um ponto fora da curva, ou seja, nós saímos da tendência geral da relação entre tamanho
do corpo e tamanho do cérebro. De acordo com essa estimativa, baseado no
tamanho do nosso corpo, nosso cérebro era para ser oito vezes menor! Ou seja, para lidar com as funções básicas
corporais, nosso cérebro necessitaria ser bem menor do que realmente é. Em resumo, somos mais cabeçudos. Na verdade somos os mais cabeçudos dos mamíferos. Então, como temos essa “sobra” de massa
cerebral, além da necessária para lidar com funções básicas, podemos dedicá-la
para outras funções complexas. Uma delas certamente é a nossa inteligência,
por exemplo. E claro que não é somente a gente que está
fora desse padrão geral, os golfinhos possuem o cérebro mais de cinco vezes o tamanho esperado,
assim como macacos que tem quase o cérebro quase cinco vezes mais pesado que o esperado. Certo, então para ser inteligente não basta
uma massa cerebral maior, é preciso que ela seja proporcionalmente maior. Sendo que quanto maior um cérebro fica, mais
problemas de logística vão aparecendo. E são sérias desvantagens. Um cérebro é basicamente uma rede de células
que se conectam e se comunicam entre si. Essas células, chamadas de neurônios, são
responsáveis pela transmissão e processamento dos impulsos nervosos. E é a partir dessas conexões que pensamos. Muito bonito, mas ao aumentar de tamanho,
surge um problema: como manter o padrão dessas conexões? Para manter o mesmo padrão de conexões entre
neurônios, há duas opções: fazer neurônios maiores ou aumentar o número de neurônios. A maioria dos mamíferos, quando tem um aumento
cerebral, aumenta o tamanho dos neurônios. Mas para entender direito o que acontece quando
se aumenta um neurônio vamos ver como que ele se parece. Se olharmos mais de perto para a forma de
um neurônio ele tem duas partes. Uma delas processa os sinais como se fosse
uma “cabeça”, chamada de corpo celular. E existe também uma “cauda” que funciona
como um fio por onde é transmitido o impulso nervoso, chamado axônio. Se tentarmos aumentar o tamanho dos neurônios
alongando os axônios, surge um problema físico. Os sinais vão levar MAIS tempo para serem
transmitidos, e isso limita a capacidade de resposta. Basicamente gerando um lag, um atraso nas
respostas cerebrais. Isso é uma das razões por que geralmente
animais grandes possuem reflexos mais lentos. Essa é a primeira e mais usada solução
para lidar com o aumento cerebral e manter as conexões. No entanto, em primatas ocorre uma estratégia
diferente. O aumento no NÚMERO de neurônios, mantendo
o TAMANHO deles. Isso permite manter a densidade e velocidade
no processamento mesmo com uma maior massa. Por exemplo, nós temos cerca de CEM BILHÕES
de neurônios compactados em um quilo e meio de cérebro. Pra você ter ideia de como nossos neurônios
são pequenos, imagine o seguinte. Pense num roedor. Se esse bicho fosse, assim como nós, ter
cem bilhões de neurônios, baseado no tamanho médio dos seus neurônios de roedor, seu
cérebro seria muito grande. O cérebro desse roedor acabaria pesando quarenta
e cinco quilos! E talvez ele provavelmente passaria seus dias
planejando dominar o mundo com um amigo rato menos inteligente. Então nosso cérebro ao reduzir o tamanho
dos seus componentes aumenta a velocidade de transmissão, e assim, a sua eficiência. Essa estratégia que existe no nosso cérebro
é similar à que é utilizada em processadores de computador, em que diminuindo os componentes
é possível aumentar o poder de processamento. Além disso, outra solução que nosso cérebro
usa é agrupar os neurônios em setores, ou módulos. Como se fosse uma divisão de tarefas. Assim você agrupa mais perto neurônios com
as mesmas funções de processamento, diminuindo a distância da conexão e fazendo as transmissões
serem mais eficientes. Por isso existem as regiões especializadas
no cérebro para fala, visão e audição, por exemplo. Outra estratégia para compactar maior número
de células são aquelas dobrinhas no cérebro, chamadas de invaginações cerebrais. Essas dobras também permitem que o nosso
cérebro aumente a área de contato entre os neurônios. Aumentando também a eficiência das transmissões
e garantindo uma maior conexão entre eles. Então se a gente tivesse um cérebro lisinho
como um peito de frango realmente isso nos levaria a pensar menos. Ora, então estamos vendo que mais que um
cérebro grande para ser inteligente é preciso garantir a velocidade de transmissão e ter
um bom número de “processadores”, que são os nossos neurônios. Então é só aumentar o número de neurônios
e garantir a conexão entre eles, e pronto? Bom, se você fizesse isso indefinidamente,
sim. A capacidade de funcionamento, a inteligência,
aumentaria com certeza. Mas isso também implicaria em um aumento
DESPROPORCIONAL no custo de manutenção. E é aí que mora a grande desvantagem de
ser inteligente. Ter um cérebro proporcionalmente grande como
o nosso tem inúmeras vantagens, isso é fato. Mas o custo energético para se manter um
cérebro humano é altíssimo, e isso gera uma necessidade de termos uma alimentação
rica em energia. Para se ter uma ideia, nosso cérebro, apesar
de representar dois por cento da nossa massa corporal, consome aproximadamente vinte por
cento da nossa energia diária. E pra fins de comparação, em outros primatas
essa taxa é de apenas NOVE por cento. Em comparação dentro do nosso corpo, uma
grama de cérebro consome dez vezes mais energia que uma grama de músculo. A energia gasta em um dia por nosso cérebro
é tão grande que equivale a cem cargas de um smartphone. Mas apesar do alto consumo energético do
nosso cérebro ele ainda consegue ser mais eficiente energeticamente que os processadores
que inventamos. O que é bem doido se a gente parar pra pensar. Por exemplo, para atividades como criar poesias,
design de foguetes ou criar arte uma máquina consumiria oitenta watts, já nosso cérebro
apenas vinte watts. E em muitas dessas atividades nosso cérebro
ainda é melhor… pelo menos por enquanto. Mas de que forma conseguimos manter cérebros
tão caros energicamente enquanto outras espécies não? A razão é que somos os masterchef do mundo
animal. Nossa habilidade de cozinhar permite uma dieta
mais rica, energeticamente falando. Nas linhagens mais antigas dos nossos ancestrais,
como Australopithecus e Paranthropus, é estimado que eles passassem de sete a oito horas do
dia buscando comida para manutenção do seu cérebro, que já era bem avantajado. Esse tempo médio é similar ao que grandes
símios como gorilas e orangotangos gastam também para obter seu alimento. E provavelmente é o limite existente para
grandes primatas obterem energia e conseguirem realizar outras atividades diárias como socialização,
reprodução e tirar um cochilo. Ou seja, ser inteligente carrega esse problema
energético. Isso leva animais a gastarem muita energia
e tempo só pra manter um cérebro grande. A grande virada de chave nessa obtenção
de energia vem a partir do Homo erectus. A primeira espécie ancestral que temos registro
do domínio do fogo. O fogo permite preparar diversos alimentos,
que até então não eram digeríveis ou eram de difícil digestão, como a carne. Essa facilitação na mastigação e digestão
dos alimentos permitiu obter fontes energeticamente mais ricas. Assim, com o fogo, nosso cardápio ficou mais
diverso e rico em energia. Então a partir do preparo dos alimentos nossos
ancestrais conseguiram obter uma dieta que permitiu um cérebro ainda maior e ainda ganharam
mais tempo diário para realizar outras atividades. Mas nossos neurônios não são só gulosos,
são exigentes também. Além de consumirem muita energia, eles não
aceitam qualquer fonte energética. Eles fazem parte dos consumidores gourmet
no nosso organismo. A única fonte de energia processada em células
nervosas é a glicose. Isso ocorre para evitar a oxidação dos neurônios. Já que ao processar outras fontes de energia
como gorduras e proteínas ocorre maior produção dos temidos radicais livres, que destroem
as moléculas celulares. Então além de ter que garantir uma parte
considerável de energia para o cérebro, muitas vezes ainda é necessário converter
outras fontes energéticas para a glicose. O que aumenta ainda mais o custo da nossa
super máquina, chamada cérebro. Essa super máquina que temos aqui impõe
outras limitações não só relacionadas à energia. Além disso, ainda temos que lidar com questões
anatômicas geradas pela nossa CABEÇONA. E acredite, essa CABEÇONA gerou grandes problemas
na gestação dos nossos antepassados. Se observamos, em outras espécies de mamíferos
o filhote já nasce completamente formado e em poucas semanas já está praticamente
independente, se alimentando e interagindo com o ambiente sozinho. Em humanos esse mesmo nível de desenvolvimento
leva anos para acontecer. Uma das razões é que temos um cérebro desproporcional
para nosso corpo. Se esperássemos que o bebê tivesse o cérebro
completamente desenvolvido para o nascimento, como em outros mamíferos, ele não teria
como passar pela cintura da mãe ao nascer. Justamente pela desproporcionalidade do nosso
cérebro. Isso gera uma desvantagem da gente ter que
gastar muito tempo e energia cuidando de nossos bebês indefesos que precisam de adultos pra
tudo. Além disso, os nossos bebês mesmo nascendo
menos desenvolvidos, ainda assim têm uma cabeça muito grande e muitas vezes podem
causar complicações na hora do parto. O que antes da medicina moderna era um perigo
fatal muito mais frequente tanto pra mãe quanto pro bebê. Então esse acaba sendo um exemplo de como
processos evolutivos que, por mais que pareçam sempre produzir estruturas vistas como cuidadosamente
planejadas, nem sempre é assim. Toma essa design inteligente! Se tudo fosse tão cuidadosamente “projetado”
as mulheres deveriam ter quadris também desproporcionalmente largos para passar as cabeças, mas como bem
sabemos não é isso que ocorre… O que aconteceu é que mulheres que pariram
bebês com cérebro em estágio mais avançado de desenvolvimento acabavam morrendo por não
haver espaço para o bebê passar. Então, a solução selecionada na nossa espécie
foi parir o bebê ainda sem ter o cérebro completamente desenvolvido. Daí a razão do crânio em bebês não estar
completamente fusionado, dando origem a conhecida moleira. A moleira é aquela parte mole nas cabeças
dos recém nascidos. Que some depois de um tempo quando o cérebro
cresce um pouco mais, e os ossos da cabeça terminam de se fusionar para formar o crânio. É justamente por essas partes do crânio
ainda estarem soltas que facilitam o bebê passar pela cintura pélvica. Espera, por que então parir um indivíduo
sem cérebro completamente desenvolvido não seria desvantajoso? Sim, é claro! Eles não conseguem nem se movimentar independentemente
justamente por terem uma cabeça desproporcional. Por isso leva um tempo pro corpo crescer também
e eles serem capazes de se movimentar sozinhos. Então devido ao bebê ser mais dependente
precisamos investir muito tempo e energia por anos até que nossos filhotes estejam
com desenvolvimento completo. Mas como nossa inteligência permite tantas
vantagens. Esse cuidado todo acaba compensando, pois
dessa forma asseguramos uma garantia de sobrevivência maior. É assim que essa estratégia, ainda que custosa,
ainda acaba sendo vantajosa. E os bebês cabeçudinhos são fofos também,
tem esse ponto. Dá para dizer então que nem tudo é um mar
de flores por sermos mais inteligentes, mas chegamos onde chegamos graças a esse desenvolvimento. Mas aí fica aquele questionamento: será
que dá pra gente ser ainda MAIS inteligente? Bom, por mais inteligente que a gente já
seja, ainda temos algumas limitações. Como vimos, a resposta para sermos inteligentes
foi o aumento do volume cerebral mantendo o padrão de transmissão dos neurônios,
mantendo seu tamanho e aumentando seu número. Por que não acabamos por diminuir ainda mais
os neurônios e assim aumentar seu número? Já que energeticamente conseguimos produzir
muitos alimentos. Essa parece uma boa ideia lógica, mas o tamanho
e número dos nossos neurônios já está no seu limite físico. Se, por exemplo, diminuíssemos mais os nossos
neurônios. Eles seriam tão pequenos que perderíamos
o controle dos impulsos e isso geraria “ruídos” nas transmissões dos impulsos. Basicamente, seria como produzir um fio tão
fino e sensível que qualquer mera alteração induziria uma transmissão, prejudicando assim
o processamento de informações. Então por que não adicionamos mais neurônios
do mesmo tamanho? Adicionando mais neurônios e conexões levaria
a um drástico aumento no consumo energético e geração de calor. Indo além da nossa capacidade de lidar com
eles. Por outro lado, se a gente aumentar ainda
mais o volume cerebral sem o aumento no número de neurônios isso tornaria as conexões lentas
e mais custosas energicamente. Então é esse o fim, não podemos nos tornar
mais inteligentes? Estamos fadados a nossa capacidade atual? Bom de um ponto de vista individual do cérebro
humano, digamos que sim. Por que a inteligência de um cérebro não
vem desacompanhada de sérias desvantagens. Se por um lado ser inteligente é muito bom,
por outro ele pode ser péssimo. É importante também refletir sobre outras
consequências da inteligência, indo além dos custos pra cada organismo individual. Devemos pensar nos impactos disso no planeta. Nossa inteligência nos levou a explorar os
recursos do planeta inadvertidamente. Essa exploração descontrolada está trazendo
consequência. Seja contaminação de ambientes ou alterações
climáticas. Essa conta que está chegando afeta não somente
a nossa espécie, mas para toda vida na terra. Inclusive as espécies que somos dependentes
para alimentação ou ciclagem de nutrientes. Se acabarmos sendo extintos pelas consequências
da nossa superexploração. Seria então a inteligência uma característica
adaptativa tão formidável assim? Vimos que com uma grande inteligência vem
grandes poderes, com grandes poderes vem grandes custos e responsabilidades. É justamente através dessa nossa inteligência
coletiva que conseguimos entender o nosso mundo, criar coisas incríveis, fazer com
que o impossível se torne possível Com nossa mente podemos sonhar com futuro grandioso
entres as estrelas. Mas é preciso cuidado que apesar de todas
as vantagens propiciadas a inteligência pode vir a ser uma péssima adaptação se acabarmos
extintos, ironicamente por consequências dela. E isso tornaria ser inteligente ainda mais
péssimo.







