SHOPEE DO GOVERNO! O MAIS CORREIOS é bom, ou é PREJUÍZO para o contribuinte?

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Sim, acredite, o governo lançou a sua loja de mercadorias. Para você entender, imagina acordar de manhã e descobrir que o carteiro não quer só entregar o pacote, ele quer vender o pacote, definir o preço do frete e ainda dizer quem pode ou não passar pela mesma estrada. Estranhou? Pois é, exatamente esse malabarismo estatal aí que a gente vai destrinchar no vídeo de hoje. Antes de você clicar no botão lá de comprar, respira fundo. O mais Correios, carinhosamente apelidado de Shopee do governo, parece aquele seu amigo legal que promete dividir a pizza, mas já chega mandando na cozinha e escolhendo o sabor. Frete baratinho, talvez. Boas intenções será. Só que quando o dono da rodovia monta lojinhas nos pedágios, a fila engarrafada de quem vive de investir, inovar e competir começa a buzinar. E ninguém enxerga o pedágio invisível que pode chegar para todo mundo. Vamos fazer um passeio rápido aí por três pistas: subsídio fantasma, concorrência no modo juiz que joga e o efeito dominó que afugenta a grana nova da tecnologia. Se você curte promoção rápida, fica até o final. Mas se você quiser entender porque que o desconto de hoje pode virar o imposto de amanhã, também fica. Porque quando carteira pública vira cupom de desconto, o troco não some, ele escorrega para algum lugar. E adivinha para qual bolso costuma ser o primeiro da fila? Fala, meu amigo dinheirudo. Segura essa aí, ó. A gente fuçou mais correios, Brunão, a tal shopping do governo. É o que a gente precisava, que o governo fizesse. Exatamente. Tudo que a gente precisava era isso, uma lojinha para vender bugha. É isso aí. Linha. E depois a gente foi caçar o mesmo produto. A gente fez comparações de preço em lojas que a gente já conhece. Os números que já já eu mostro para você a comparação revelam muito sobre como a brincadeira muda quando o dono da estrada resolve também abrir uma lojinha no acostamento. É o famoso dono da bola, né? Don da bola. É isso aí. Primeiro a ideia, ó. Os correios dizem que só querem ajudar o pequeno vendedor, levar frete baratinho até a última esquina do Brasil e equilibrar as contas depois do rombo de 2024. Parece bom, né? Desde que pare de pé, né? Porque no Brasil tem até regra para evitar esse tipo de manobra. A lei das estatais exige que todo novo braço de negócio prove a viabilidade econômico-financeira antes de abrir as portas. Mas o mais Correios começou a vender primeiro e explicar depois. Se fosse empresa privada, talvez o CAD, né, já estaria batendo na porta. Parece nobre vender coisas mais baratas pra população, né? Mas lembra que essa é a mesma empresa que já recebe compensação e não dá conta de pagar as contas, porque ela só pode cumprir o serviço universal de cartas e encomendas. Lá na Europa, quando as estatais fazem isso e ainda vendem no varejo, a Comissão Europeia late. Foi assim com a Kizek Post em 2020, investigação de ajuda estatal, porque o governo teco meteu a grana para cobrir o prejuízo e de quebra os caras começaram a disputar cliente direto com os privados. Na Espanha, mais do mesmo. A Coros deles lá levou uma multa de 32 milhões de euros em 2022 por usar desconto cruzado e esmagar os concorrentes. A gente já sabe o que vai acontecer. Sabemos bem, né? Tá escrito nas estrelas. Exato. A lógica é clara, né? Se o frete é subsidiado, dá para baixar o preço até onde dói no vizinho, né? No concorrente que vive só de capital próprio. Não tem um governo, né? O papai estado do lado. Isso que eu i falar. Qualquer problema, papai manda dinheiro no dinheiro. E o papai, ó, quem é o papai, né? Quem paga a conta aqui? A gente chama isso de jogar com cartas marcadas. Ah, mas um marketplace vai ser só mais uma vitrine, sem privilégio. Tá bom, Champs. Quem controla 11.000 agências, frota própria e até o sistema que libera o pacote na alfândega, os correios. Quem decide quanto que o vendedor privado paga de frete para usar a mesma rede também. Imagina o igual o Bruno falou, o juiz que apita o jogo e ainda chuta a bola. E difícil dessa forma a gente acreditar em uma competição justa. Você concorda? E tem outro efeito colateral que pouca gente comenta. Quando a estatal entra rasgando, o investidor privado, o que que ele vai fazer? Segurar a grana. Um estudo da Copenhagen Economics mostrou que cada euro de subsídio postal na Europa derrubou em até 34 centavos o investimento privado no setor nos 5 anos seguintes. Ou seja, né, dinheiro público barato vira neblina que afasta quem colocaria tecnologia nova na pista. A conta chega lá na frente na forma de menos inovação, menos emprego qualificado e, claro, menos opção pro consumidor. E falando em consumidor, vamos ao que interessa aqui. Brunão, bora. Preço na telinha. Separei para você três produtos comuns, um celular de marca emergente, uma smart band e um kit de ferramentas. E comparei primeiro o smartphone Infinix Hot 30 + 8 GB. 30 GB mais 256. Acho que é isso o modelo diabo. É isso. Pois é. No Mais Correios, depois de um descont. Tudo bem que o frete aqui na minha cidade não é grátis, tá? Ficou em 40 contos, mas ainda assim tá muito mais barato. Olha só, já que eu vou te mostrar o preço da concorrente, mas a pergunta que explode aqui pra gente é simples, né? Se os Correios estão torrando dinheiro há anos, de onde sai o combustível para bancar um desconto de 40% no celular, hein? Uhum. Hum. O prejuízo de 2024, só lembrando, foi de 2.6 bi, quatro vezes maior do que o buraco de 2023. Esse rombo aí vira fumaça, né? Quando a estatal dá uma oferta imperdível, ele não some, só muda de guichê e cai na nossa conta do imposto. E a culpa, segundo a estatal, foi da taxa da blusinha, que é o impostão que o governo fez para incentivar o povo, aliás, para desincentivar o povo a comprar da China e ferrou os correntes. Mas vou voltar pra comparação, ó. No Mercado Livre, aquele mesmo celular sai por R$449, diferença de quase R$ 200 a favor da estatal. Parece ótimo, né? Até você lembrar que o frete do governo pode estar diluído nas nossas taxinhas de sempre. Segundo item, a Smart Band Galaxy Fit 3. Essa a gente conhece, pois é. Nos Correios 274 e 44 pós desconto na Amazon, o menor valor que eu achei foi 289. Margem curtinha, né? mas ainda mais barata na loja pública. Terceiro exemplo para sair do mundo tech aqui, ó. Jogo de chaves fixas tramontina cinco peças. Aliás, incrível como a Tramontina faz tudo, né? Impressionante. O que ela não faz, ela importa. É isso aí. Correios faz por R$ 35,91. A mesma caixa aparece na Amazon a 54,05. Aqui o abismo é grande, né? Deu diferença, né? Reparou o padrão? Não é que o mais Correios cobre tudo, ele pode queimar margem em itens populares, justamente onde a disputa é mais sensível, né? Isso puxa o freguês, gera mais manchete de mais barato e pressiona o concorrente que não tem o Tesouro Nacional por trás. Predatório, a linha é tênue, né? Mas a Shop do governo não tem só produto mais barato não, Brunão. Não. Confira comigo no replay. É mais caro o queridinho Redmi Note 13 Pro 8 GB/256 igual o outro lá sai por 2769 nos mais Correios no Mais Correios, né? Em vez disso, você acha na Amazon por 2069. Olha aqui, aqui estatal tá perdendo feio. Sinal que não existe mágica de preço, só subsídio seletivo onde interessa atrair clique. Repara no padrão, ó. Quando custa menos, é porque rola um queimão que só quem tem bolso público segura. Quando sangra mais caro, não tem bônus logístico que salve. A conta simplesmente não fecha. Os defensores do Mais Correios alegam que a plataforma soluciona um gargalo histórico, a entrega cara em regiões remotas. De fato, a malha de mais de 11.000 1000 pontos de atendimento chega a quase todo o país, que é algo que nenhuma startup de logística conseguiu replicar, até porque elas têm que dar lucro, né? Mas eu quero ver o entrega amanhã. É, eu vou falar disso agora. Mas ter alcance nacional não significa ter licença para vender mais caro. O Redmi, como a gente viu aí, chega a qualquer capital, Bruno, ó, em dois ou três dias via o Mercado Livre com frete grátis para assinantes. Já no marketplace estatal, o mesmo prazo aparece estimado para c dias úteis na capital e até 10 no interior amazônico, segundo simulações no carrinho de compras aqui quando a gente gravou esse vídeo. E a gente sabe que atrasa, né, o correio atrasa. Atrasa. Ou seja, nem sempre a vantagem geográfica se converte em preço e serviço melhor. Agora imagina quando chegarem os importados, se o projeto de lei que libera compras de até 600 sem imposto vingar, sim, e tem esse projeto aí aparecendo aqui para você na tela, o marketplace estatal pode virar a porta de entrada oficial da China, mas com selo de entrega garantida, pago por nós contribuintes involuntários. As empresas que fazem crossborder privado, né, o Shoping, o Shai ou Xin, lembro? Vai gritar e com razão, né? E se der prejuízo, a gente já viu esse filme. Lá fora, a Coros da Espanha viveu décadas de déficit coberto pelo governo, foi processada pelos concorrentes e ainda tomou multa. Aqui basta uma canetada em Brasília para repassar a perda. Tranquilo, cria-se dinheiro do nada, né? Moral da história, se a conta fechar, lucro préstatal. Se o barco afundar, todo mundo paga o resgate. E tem também o lado das pequenas lojas. É verdade que vender no Mercado Livre ou Amazon não é de graça, comissão, anúncio, logística, mas pelo menos dá para escolher a transportadora, dá para negociar. No Mais Correios, você já tá num contrato engessado e depende do ritmo da agência lá da sua cidade. Sem contar, ó, Black Friday, greve, boa sorte para você, tá? Em agosto de 2024, a paralisação atingiu nove estados pelos Correios, né, e empacotou as entregas por todo o país. E quando isso acontecer, veja que eu tô falando quando, não ser, quando acontecer de novo, o marketplace público trava. Já imaginou ficar sem peça de reposição porque o carteiro tá no piquete lá, enquanto a Amazon, a Magalu, a Mell, tá todo mundo rodando normal? Muita gente diz que o Mais Correios seria bom pro pequeno vendedor, né? Mas não se esqueça, Amazon, Mercado Livre, Magalu, todo mundo já faz algo parecido. Eles guardam o produto lá no galpão deles, cuidam da entrega e até emprestam dinheiro pro logista ter capital de giro e comprar mais mercadoria. A diferença é que essas empresas precisam dar lucro. Se o modelo não fecha, elas têm que cortar a linha de negócio, ajustar a taxa ou falem. Já o mais Correios nasce blindado aí contra esse risco, né? Ele pode operar no vermelho indefinidamente, porque o balanço consolida o prejuízo na rubrica lá de serviço postal universal. E aqui, Bruno, falando do nível da entrega, né? O entregador do Mercado Livre é quase um agiota, né? Ele vai até você, ele descobre onde você tá, cara. Ah, é, é verdade. Ele te liga, te liga. Café, não, pera aí que eu entrego, não tem problema. Ele deixa no vizinho, sem contar os avisos no aplicativo lá do horário previsto para chegar até quando tá na porta agora, já viu? Está na sua porta. É, eles mudaram o jogo da entrega, né? Exatamente. Aos correios você vai ficar plantado esperando o dia todo na sua casa e a de você se demorar 30 segundos para você atender depois que ele apertou a campainha. Já vai levar o qu, Bruno? Ah, vai, vai embora, né? Você já recebe aquela notificação. Correio não atendido. É isso aí. Carteira não atendido. Carteira não atendido. Mas voltemos, ó. Não adianta dizer que mais players sempre baixam o preço. A concorrência só funciona quando as regras são iguais. Se um time treina em campo iluminado e com verba infinita e o outro tá jogando lá no barro, o placar não tá medindo a competência, tá medindo o privilégio. Você pode até pensar, eu vou lá comprar mesmo assim, nada impede, tá? Mas pergunta direitinho aí se esse desconto tá vindo de eficiência ou de subsídio. Não, tem que lembrar também que a o Mercado Livre é o Mercado Livre no Brasil hoje porque ele se espelhou no serviço ruim dos Correios, né? Na parte de entrega de subs, né? É, ele melhorou a logística dele pra gente receber mais rápido o produto, porque o correio não entregava rápido. Perfeito. E aí se você continuar nos correios, você vai continuar com o mesmo modos operando. Não faz sentido, né? Porque se ficar mais barato lá e se tiver eficiência, show de bola, né? Mas se for subsídio, todo mundo paga a diferença na próxima conta de luz, no imposto retido, no corte de verba saúde. O detalhe é que ninguém coloca isso no carrinho. O ponto aqui não é demonizar a ideia de um marketplace nacional. Afinal, competição extra costuma baixar preços, mas o nosso ponto é questionar em que termos que essa competição se dá. Se a estatal cobra uma comissão semelhante a dos Iivais, mas pratica um frete abaixo do custo, graças à malha subsidiada, a gente tá falando aqui de um dumping encoberto, né? Quando você faz um preço menor para quebrar todo mundo. Se as taxas forem iguais ou maiores, aí não tem vantagem pro logista migrar, né? E o site vira um elefante branco digital. Hoje, alguns preços indicam a segunda hipótese: itens mais caros, prazos maiores, sem diferenciais convincentes. Consumidor nenhum vai querer pagar mais caro só para prestigiar a empresa pública. Concorda? Conclusão, o mais Correios pode ser empolgante aí para quem gosta de pichincha instantânea, mas é um jogo perigoso a longo prazo e ninguém pediu isso. Ninguém quer isso. É exatamente pediu. Quem pediu? Sempre que o árbitro vira atacante, o campeonato perde graça. E concorrente que perde graça para de investir, demite, encarece de volta. A conta não some, só muda de lugar. Então faz aí o seu teste, compara direitinho, marca no relógio a entrega e fica de olho, né? Se funcionar sem empurrar custo escondido pra sociedade, ótimo. Senão, a gente vai ter criado mais um monstrinho ali que sorri na caixa de chegada, mas vai pedir mesada sua todo mês. E aí, valeu seu like. Obrigado por ficar até o final do vídeo. Escreve aqui o que o Bruno vai falar agora para provar a sua presença e registrar o seu ponto. Eu acho que pode ser. Ninguém pediu isso. Ninguém pediu isso. Escreva isso aí. Se você é inscrito no nosso canal, te vejo no próximo vídeo. Valeu. Tudo de bom. Tchau.

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