SÓ USAMOS 10% DO CÉREBRO? [Com Lucas Zanandrez do @olaciencia] – Flow #471

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Salve salve família, bem-vindos a mais um Flow. Eu sou o Igor. Hoje eu vou conversar com Lucas Ana Andrá Ciência. Obrigado cara por vir aí. Obrigado você pelo convite. Muito feliz de estar aqui, inclusive oportunidade incrível de falar com você. Parabéns aí por todo o trabalho podcast que você tá fazendo. Que é isso cara? Valeu. Obrigado pelo Obrigado mesmo. Obrigado mesmo. Sempre sempre quis muito vir aqui. Então agora que estou no Brasil, que oportunidade de estar aqui com você. Beleza, pô. Obrigado aí pela moral. Obrigado pelo teu tempo. A gente vai falar bastante sobre ciência, sobre medicina, sobre corpo humano, sobre saúde, sobre bom, uma porrada de coisa aí que biomédicos fazem. Deixa o papo rolar, velho. Vamos descobrir. Você sabe o que que um biomédico faz? Eu vou descobrir hoje, [ __ ] Eu eu faço ideia, mas aí eu fico pensando se a galera que sabe também. Mas aí eu vou te perguntar isso, cara. O que que um biomédico faz daqui a pouquinho? Ó, antes da gente começar, deixa eu falar para vocês dos parceiros de hoje. fala uma parada. O que é um biomédico? Putz, é a pergunta de milhões, porque é difícil de explicar, viu? Eu sei o que é um biomédico. O biomédico é o cara que tentou ser médico, não conseguiu, virou biomédico. 90% dos biomédicos tentaram, mas não é exatamente isso. A galera entra na na biomedicina achando que vai fazer o primeiro passo ali para poder cursar a medicina, né? Muita gente realmente faz isso. Eu vi vários colegas que pularam da biomedicina pra medicina porque as áreas são muito similares, né? O curso básico é muito parecido. Então a pessoa às vezes não passa em medicina, mas tem nota para passar em biomedicina. Mas são áreas completamente diferentes, né? O médico ele vai tratar ali o paciente, vai ter o contato direto, vai ter um estudo clínico muito específico. E o biomédico ele é o cara que dá suporte para toda a área da saúde. Então quando você me pergunta o que é um biométrico, é difícil de responder, porque depende muito das áreas, né? São muitas áreas que a gente pode atuar, desde estética, por exemplo, que tá bombando agora até estética sempre bomba meio que em qualquer área que lida com saúde, né? O pessoal tá querendo se tornar mais bonito, né? Aham. Mas tem uma questão de saúde também relacionada à estética, tratamentos de de beleza que melhora autoestima, melhora saúde mental e tudo, mas é uma área de grande ascensão no Brasil, porque os procedimentos estão ficando cada vez mais acessíveis e cada vez mais eh mais fáceis dos do dos profissionais usarem e fazerem os procedimentos, né? Então tá tendo muita faculdade focada em formar o profissional para isso, para estética. É isso. Então vai desde a estética, que é uma área que a gente consegue atuar, até o laboratório clínico, que é a área por onde ali a grande maioria dos biomédicos, eles vão seguir mesmo. Mas a biomedicina, ela surge desde 1950 ali como tentativa de criar professores para dar aula para médicos, para fazer pesquisa científica, porque os médicos eles focavam muito na clínica, em atender os pacientes e não tinha quem quisesse seguir uma carreira de docência, né, de dar aula. Então, foi criando cursos relacionados à formação para dar aula. E aí separaram esse curso, primeiramente, uma medicina com foco em docência, criaram uma biomedicina que na época era ciências biológicas, modalidade médica, que é alguém que vai estudar muito mais profundamente doenças e diagnóstico, tratamento e diagnóstico, né, de doenças para dar aula para médicos. Isso vai crescendo ali na década de 80, 90, anos 2000, até ter ali em 2010 o Reú, que foi o programa do governo, que abriu as faculdades para vários outros cursos. Então foi onde as grandes universidades federais começaram a ter os cursos de biomedicina. E esses cursos eles foram criados para formar biomédicos para pesquisa científica, que é ser cientista, né? e também para a área de laboratório clínico, justamente para dar suporte pro médico no no seu diagnóstico. Então você vai fazer um exame de sangue, vai fazer um exame de feses, vai fazer um exame de urina, um exame de eh licor, né, que é um líquido céfaloorquidiano. Calma aí. É líquido o quê? Que tira do Vamos simplificar, vai. Às vezes você tá com uma infecção que pode atingir o sistema. Pergunta essa ali no videozinho que a gente gravou, não ia saber. Essa é mais difícil. Eh, se se tu tá se tu tá com uma uma infecção no sistema nervoso, por exemplo, você tá com sintomas de convulsão ou alguma coisa que parece que tá afetando o sistema nervoso, você pode tirar um líquido que circula em todo o sistema nervoso, que é o líquido céfaloquidiano. Ele vai te dar ali a informação se tem alguma bactéria, por exemplo, que pode estar invadindo seu cérebro ou a sua medula. Então, é também uma amostra que a gente consegue analisar, entendeu? Então o biomédico, ele é o cara que faz a gestão das amostras e a gestão do laboratório. Então ele gerencia equipe de laboratório. E é por isso que eu gostei tanto dessa área, porque eu queria fazer alguma coisa relacionada com gestão, que era uma paixão minha, vinha desde criança, assim, alguma coisa de de empreendedorismo, vamos dizer assim, e a área da saúde, que a minha família da minha mãe é praticamente todo mundo da área da saúde, então me influenciou muito esses dois lados. Ah, eh, então me encontrei na biomedicina. Daí, tu gosta de um laboratório? Eu gostava muito do laboratório quando eu comecei. Hoje eu trabalho com comunicação, né? Então minha área é comunicar isso para as pessoas, né? Mas eu ainda tenho muita paixão pro laboratório. Eu ficava assim fissurado nos resultados. quando dava resultado alterado, eu era o primeiro a querer saber o que que tinha acontecido com o paciente. E uma coisa que eu não sabia antes de de fazer estágio e trabalhar com biomedicina, né, é que muitas pessoas que têm resultados alterados, o laboratório liga para ela para tentar identificar se teve algum erro de coleta, se ela tá se sentindo bem, se o médico, por que que o médico pediu determinado exame para tentar dizer se aquele resultado faz sentido ou não, porque a gente normalmente não tem alteração no exame. A maioria das pessoas, ela tem uma ou outra alteração que é normal, sabe? É comum que se tenha, por exemplo, colesterol alterado, um uma um hemograma alterado e tudo, mas às vezes aparecem umas alterações bizarras. Tipo o quê? Tipo um homem que tá produzindo hormônios para produzir leite, por exemplo, que pode indicar até um tumor no glândula lá que vai produzir o hormônio para produzir leite. Então você não pode lançar esse resultado sem antes conferir por que aquele homem tá pedindo, tá, foi fazer aquele exame e deu alterado. Então você liga para ele, procura a ficha dele, procura eh história clínica dele primeiro, antes de ligar, depois liga pro paciente para tentar ir descobrir se ele tá com algum sintoma e vai fazendo o caminho, trilhando para tentar antes de levar o diagnóstico pro médico, levar o resultado, você trilhar ali o caminho para você mesmo garantir a qualidade do seu exame. Entendi. Então o biomédico ele faz isso que é também para para cuidar de tu vai que eu pegou pegou o exame ali de uma forma errada, coletou esquisito, não é, acontece muito erro, né? É, e tem que ter alguém, hoje em dia isso é muito automatizado, mas tem que ter alguém para checar exatamente os casos mais alterados, mais bizarros que a IA não consegue pegar. Hoje em dia IA tá sendo bem utilizada nos laboratórios, né, em questão de de fazer o a triagem, mas ainda é depende muito do ser humano pegar ali o resultado e ter uma sacada. Hoje em dia, faz quanto tempo que a IA tá sendo usada assim, cara? Eu diria que são pouquíssimos laboratórios que adotam alguma coisa de a assim, são os maiores laboratórios, né, do Brasil e do mundo e os pequenos ainda são completamente manuais. Então eu diria que um ou dois no Brasil que devam estar usando assim e inteligência artificial para para auxílio diagnóstico. A grande maioria ainda é o processo tradicional que é pegar a ficha, procurar, identificar e tudo, entendeu? Esse caso que tu falou do vai vai homem que tá produzindo, tá com alteração ali e ele pode produzir leite, isso é maluquice. Eh, você já viu outras coisas bizarres também, cara? Cara, já vi, por exemplo, eu não vi, mas eh a gente tem histórias dos colegas que trabalharam, né? Por exemplo, menina jovem que tem espermatozoide na urina, então você pode supor um abuso, um estupro, alguma coisa, né? Eh, então acontece, por exemplo, exame de feeses, que que você detecta, por exemplo, um parasita que não é comum de se detectar, se falar espermatozo, isso aí é normal, pô. Aí depende, né? Eh, mas parasitas, desculpa, cara, parasitas nas féas, né? Então, eu trabalhava num laboratório de Belo Horizonte, que não era o grande laboratório da cidade, mas que era um laboratório de médio porte, né? E eles tinham um projeto que atendia favelas e comunidades, né? E eles atendiam o ambulatório, que é a comunidade em geral. Você vai ali no médico, o médico pede um exame, você não tá com urgência, você só vai fazer o seu exame de rotina, por exemplo. Então eles atendiam esses dois perfis, uma comunidade que era mais carente e um perfil tradicional, tá? E o que eu achava de mais interessante assim do ponto de vista científico e curioso, né, é que os exames de fezes de pessoas que viviam ali no ambulatório, que estavam ali à toa, nunca dava parasita. E nessa comunidade sempre dava. Então, coisas assim, tipo lumbriga, eh, tênia, são parasitas que normalmente você tem ali em regiões mais pobres que estão quase erradicadas do Brasil, você pega nessas comunidades. Por quê? Falta de saneamento, né? Então, coisas bizarras assim, é muito difícil de falar, mas esse tipo de situação me, eu lembro de eh já peguei, por exemplo, uma mulher que tava com com tumor na hipófise e hipófise é uma uma glândula, produz alguns hormônios e tudo e os exames dela estavam dando que ela não tinha o hormônio no sangue, assim, bizarro. Por quê? Porque o normal era que o hormônio tivesse muito aumentado, só que ela não tava tava dando negativo o resultado dela, como se ela não tivesse a quantidade que seria normal. E por quê? Porque ela tinha tanta tanta quantidade de hormônios sendo liberado por causa do tumor que ela tinha, que aquela grande quantidade fazia com que a reação química que produz para poder detectar esse hormônio não acontecesse na amostra. Então, eh, ela tinha tanto que a quantidade inibia a luz da máquina de detectar o negócio ali. Eu tô fazendo de forma bem simples para não complicar, mas tinha e para quem quiser pesquisar a um efeito prozona, isso tá, tecnicamente falando. E aí ela tinha esses hormônios muito aumentados, estava inibindo a reação. Então, foi aí que a gente ligou para ela, viu que ela já tinha uma suspeita clínica e a gente teve que diluir a amostra para poder descobrir de fato que ela tava com a quantidade assim 30.000 vezes maior do que o normal. Meu Deus do céu, cara. Então, esse tipo de situação acontece uma vez por semana assim no laboratório tradicional, sabe? 30.000 vezes acima do do previsto de qualquer coisa no teu no teu sistema eh é o suficiente para um homem produzir leite, por exemplo, se você tá com 30.000 1 vezes prolactina, você começa a produzir leite, mesmo que você não tenha mamas, você desenvolve o o leite, né, o ser humano, o macho, entre aspas, também vai produzir se ele tiver com hormônio alterado, entendeu? Entendi, cara. Não é bom. 30.000 vezes e qualquer coisa é muito é é é insano. É, precisa ter alguma coisa muito errada ali. Então, pro para acontecer isso com um homem, por exemplo, ele precisa ter o que que tem que tá acontecendo, né? geralmente tumor, normalmente são tumores que pressionam a glândula, né, que produz o hormônio da prolactina e ela é liberada o tempo todo sem parar. Então vai subindo no sangue até o ponto em que o homem pode desenvolver a produção de leite, por exemplo, pode ter interferência no ele vai sentir algo, com certeza antes de produzir o leite, ele vai estar sentindo alguma coisa. Aham. uma uma queda de de libido, por exemplo, né? Eh, sentimento, o ele vai começar a desenvolver mamas, entendeu? antes de produzir o leite, mas o leite é a coisa mais visível assim que a gente pode dizer, né? Esse é um caso muito específico de um tumor específico. Então, tá, entendi. Bom, então um biomédico, ele e todos os exames que existem, um tem um teria ali um biomédico por trás? Não, não todos. Por exemplo, tem exames de imagem que somente um técnico em radiologia ou um médico e imaginologista que vai conseguir fazer. Então, exames de ultrassom, por exemplo, biomédico não faz. Ah, tá. Agora, 90% dos exames laboratoriais, com certeza, tem um biomédico ou um farmacêutico ou um biólogo com especialização em laboratório clínico para fazer. O biomédico é o profissional que ele tem a carreira focada em laboratório. Então você consegue seguir essa essa eh essa carreira sem necessidade, por exemplo, de fazer uma pós-graduação. A nossa graduação já é focada nisso. Então a vamos lá. Os esforços para encontrar cura de curas de doenças são feitos por biomédicos também por biomédicos. Muitos biomédicos fazem pesquisa. Tem uns caras, por exemplo, pesquisando como é que faz para curar o câncer ou sei lá, pesquisando alguma nova vacina. No caso da Covid-19, por exemplo, tinha biomédicos por trás da pesquisa. Com certeza. Uhum. Eh, tem o curso de biomedicina, né, fora do país, chamado science biomedical science, né, ciências biomédicas. E por exemplo, em outros países, como na Austrália, onde eu morei muito tempo, o biomédico, ele tem tanta autoridade na hora de dar um de participar ali de um diagnóstico ou de uma decisão clínica, quanto o próprio médico, que aqui no Brasil ela tem essa hierarquia, né? o médico toma a decisão final. O biomédico ele é ele tem tanto estudo de fato que ele consegue fazer parte de comitês clínicos para tomada de decisão. Eu vejo isso muito pouco aqui no Brasil, só os grandes hospitais às vezes eh que incluem essa equipe multidisciplinar, né, para poder tomar decisões. Então, nós temos biomédicos espalhados por todas as áreas e fazendo pesquisa também. Que que tu foi fazer na Austrália? Minha esposa foi fazer doutorado, né? Então, ela trabalha com câncer de próstata, inclusive, que a gente tá falando aqui de câncer, né? Eh, e aí eu fui acompanhar ela, né, para segurar o meu casamento. E E quanto tempo tu ficou lá? Foram 3 anos e 3 meses, mais ou menos. Nossa, é um tempão, cara. É bastante que lá foi o doutorado dela foi o tempo todo lá, né? Então foi 100% doutorado fora. Normalmente o pessoal faz o sanduíche, faz um período aqui, vai um ano para fora e volta dela. Não, foi tudo lá. E foi logo depois que a pandemia deu uma arrefecida ali, né? abriram as fronteiras e a gente foi, porque a gente já tava esperando as fronteiras abrir desde 2020. Veio a pandemia, travou a gente em casa e 2022 quando liberou a gente foi 3 anos e 3 meses. Aí eu vinha pro Brasil uma vez ou outra e tudo. Então tu acabou de voltar. Acabei de voltar agora definitivo. Em junho está, eu cheguei em junho, pô. Foi outro dia inclusive, né? Foi mês passado. Caraca. Tá. Eh, enquanto tu tava lá na Austrália, tu tava criando conteúdo, tu tava, tu não tava no laboratório lá, né? Não, não. Eh, eu já não trabalho com biomedicina técnica há muitos anos, né? Então, eu trabalhei no estágio, eh, trabalhava treinando equipes de saúde para controle de dengue. Foi a minha principal atuação assim no mercado. Foi isso. Nossa, interessante. De 2017 até 2021 eu trabalhei com isso. E em 2021 eu eu sempre tive o Ola ciência, né, essa dualidade ali, fazendo o o conteúdo, porque eu gostava, porque era um hobby, porque eu queria fazer as pessoas entenderem sobre ciência, enquanto eu ganhava dinheiro de outra forma, porque YouTube e outras coisas nunca deu dinheiro. é até 2021, quando estourou a pandemia e eu me senti na na capacidade técnica de poder falar sobre isso, justamente porque em 2017, quando eu entrei nessa empresa que treinava equipes de saúde, eu aprendi profundamente como funciona o sistema de saúde. Vi muita coisa bizarra, tipo muitos erros assim de agentes de de endemias, agentes de saúde, eh corrupção mesmo. Inclusive tive problemas, denunciei eh alguns não denunciei, né? a gente participou de de alguns processos de de indicar o que aquela pessoa tava fazendo alguma coisa errada assim em termos gerais, vai também que eu não não sei se eu vou posso te complicar com essa, mas eh o que que tipo de corrupção? Vamos lá. Eh tem algumas coisas que eu posso falar, né? Por exemplo, o fato de você ter um gestor de saúde que não é da área da saúde, tudo bem, não tem problema nenhum você ter um gestor de saúde que é que é, por exemplo, o economista que sabe direcionar o dinheiro para onde precisa. Mas às vezes era o filho do prefeito, às vezes era o cara que foi colocado lá, entendeu? Então você chegava para dar o treinamento pra equipe dele, a equipe dele sedenta por treinamento, porque a equipe é técnica, ela passou num concurso, ela sabe lidar com o mosquito da dengue, que era o assunto que eu sabia, mas chegava lá o gestor não sabia nada. Então, o gestor destruía o sistema de saúde da cidade, ele direcionava recurso errado, ele favorecia os amigos dele, ele colocava os melhores amigos dele nas melhores posições, enquanto os agentes, que eram os melhores não subiam por causa de nepotismo. Então, vi muito isso, infelizmente. Eh, entendi. Vi muita, muita, muito erro também. Agentes de de endemias não são todos. Isso aí é muito importante falar, né? A grande exceção isso, tá? Pouquíssimos fazem isso, mas eu vi casos em que o cara inventava visita, inventava que foi na casa e não foi. E aí a dengue explodindo, né? Então foi foi muito isso. E então teve casos, por exemplo, que eu que eu inclusive participei ali do processo, né, que é o seguinte: o agente ia pra casa da pessoa, não entrava e falava que foi lá dentro. Então a gente mapeou e viu no GPS que o cara tava errado, entendeu? Que ele tava indo, mas não tava demorando assim, cada visita um minuto depois da outra. não dá tempo. Então a gente teve que fornecer os dados e tal. Isso deu um bo gigantesco nossa, o cara devia te odiar lá inclusive, né, cara? Não é a grande maioria dos agentes de endemias que que às vezes eu encontro assim, o pessoal fala: “Nossa, viu você no YouTube e tal”. O pessoal gosta muito porque lembram, né, do trabalho que a gente fazia. Tu tava falando esse lance da dengue aí, eh, como é que tá a dengue no Brasil agora, cara? A gente um dia pode sonhar com não ter dengue no Brasil? Eu acho que a gente sempre pode sonhar, mas o Brasil é o Brasil, né? não é para amadores. Então, sendo sincero, eu acho que nos próximos 5 anos a gente ainda vai ver as piores epidemias de dengue para mesmo com vacina, mesmo com todo o controle, mesmo com todo o investimento que se tem, a gente ainda vai ter muitas epidemias de dengue, porque o Brasil ainda não se ligou de que a dengue é um custo gigantesco. A gente tá falando de 2 bilhões para tratar o problema, mas o custo das pessoas ficarem doentes e se afastarem do trabalho. E o investimento que você tem é muito menor, ele não consegue cobrir o que a estratégia para poder fazer o tratamento da dengue no Brasil hoje, eu considero ela uma estratégia errada. Eu, meu mestrado é nessa área, eu trabalhei com isso e a gente vê que o sistema de monitoramento de dengue do Brasil, ele tá totalmente errado. Por quê? Você tem eh agentes de endemias indo de casa em casa procurando larvas e ovos de mosquito. Beleza? Que é o padrão. Então o cara vai lá, procura no ralo, procura ali, marca lá a fichinha. É aquele que joga um um pozinho. Isso aí quando ele vê uma possibilidade de uma água parada, ele joga um pozinho que é um larvicida ou para impedir o mosquito de desenvolver ali. Beleza? Só que são milhares de residências e são pouquíssimos agentes, então eles não conseguem fazer as visitas. todas. E além de não conseguir fazer tudo, você tá identificando onde pode ter larva. E aí você vai falar: “Pô, Lucas, mas e daí? A larva não vira o mosquito?” Sim, mas quem transmite a doença é o mosquito e o mosquito ele voa. Então não adianta você detectar a larva aqui no num ponto A, sendo que o mosquito ele vai voar, tudo bem que ele voa próximo, mas ele vai picar no ponto B. Então você vai fazer o tratamento no ponto A e o mosquito tá picando no ponto B. Outra coisa, quando o mosquito [ __ ] a pessoa que transmite o vírus por aí, por quê? Ela vai andar pela cidade, por exemplo, você eh o filho vai com fica com dengue, é picado em casa, ele vai pra escola e ele vai, os mosquitos que estão lá na escola vão transmitir. Então não adianta você tratar o local onde a pessoa mora, que é isso que é feito, tá? Quando você detecta um caso de dengue, é feito um tratamento no local onde a pessoa mora, mas não é feita uma pesquisa muito profunda para saber onde é que essa pessoa vai infectar os outros. Então o tratamento hoje ele é dependente dessas larvas que é onde o mosquito nasce, mas não é onde a doença está. Então, o correto seria você monitorar o mosquito adulto, que é o o que tá voando por aí, e monitorar os vírus no mosquito. Então, existem hoje, inclusive a empresa que eu trabalhava, existem tecnologias para poder detectar o mosquito adulto através de armadilhas mesmo. Elas funcionam 24 horas por dia, capturando mosquitos e dizendo para você quantos mosquitos tem por área, ao invés de você ter que ir em casa e procurar casa por casa, a larva. Então, para mim, esse é o maior erro de não fazer um monitoramento do mosquito adulto. Eh, e o segundo maior é que o tratamento, exatamente que eu te falei, ele é feito onde a pessoa mora e não onde o a o local provável de infecção, ele é muito difícil de detectar. Seria muito mais fácil você detectar o local provável de infecção e descobrindo onde que tem vírus. Então, pegou o mosquito, analisa os mosquitos e vê onde que o vírus está nesses mosquitos. Onde deu o vírus, você trata. Não fica tratando só o lugar onde a pessoa tá. É, hoje as hoje as campanhas que que tem aí na que que o governo disponibiliza e que tem na mídia de uma forma geral, é o conhecimento público, é não deixa a água parada e tudo mais. Então, sei lá, mesmo se a galera tomar todos esses cuidados aí ali no terreno do lado, não necessariamente vai ter alguém cuidando, né? Então, eh, isso de certa forma é ineficaz, não? Não é é bastante eficaz você for pensar do ponto de vista individual, tá? Mas nem todo mundo trata, esse que é o problema, né? né? Então, além de não ter a colaboração de todos, coloca sobre a população o peso da responsabilidade de resolver o problema, sendo que, na verdade, é o sistema que tá errado. Então, eu acho que nesse sentido a gente tem muito a melhorar. E eu acho que eu falo nos próximos 5 anos, porque a vacina deve acabar com a dengue. A vacina ela ela vai sendo aplicada e a população vai ficando imune à medida em que você tem a vacinação. Só que até a gente ter doses suficientes para poder gerar essa imunidade, vai aí no mínimo 5 anos. Então eu acho que talvez 5 anos a gente ainda viva as piores epidemias de dengue. Talvez daqui 10 a gente começa a ver a redução da dengue no Brasil. Mas aí você tem outras outro outras doenças, né? Chicungunha, Zica, saiu vacina de chicungunha agora, então ela estão desenvolvendo ainda. É mais ou menos a a transmissão pelo menos é mais ou menos do mesmo jeito, né? É, mas é a mesma coisa. Inclusive, o mosquito pode ter três vírus ao mesmo tempo. Tem gente que tem caso relatado na literatura de um cara que pegou três, ter os três vírus ao mesmo tempo na Colômbia. Nossa, como sobrevive. Eh, um vírus compete com o outro, né? Então a doença não é tão grave, ela ela é um pouco mais grave, mas não tem essa essa soma da doença. Sabe como assim? Um um vírus compete com outro, cara. É porque o vírus ele usa as células do nosso corpo para poder se multiplicar. Então, quando você tem um vírus de um tipo e outro entrando na no mesmo corpo, eles vão estar competindo pelas mesmas células. Então, um meio que inibe o outro, entendeu? Ele ele não deixa os dois crescerem ao mesmo tempo, a não ser que eles sejam vírus que se somam. Eh, agora eu não tô lembrando de nenhum caso assim de somatório de vírus para te falar aqui, mas existem vírus em que eles são parceiros, vamos dizer assim. Nesse caso, eles competem pelos mesmos locais ali, tá? E não necessariamente as mesmas células, mas os mesmos locais de entrada, mas como a pessoa já tem um e já tá produzindo resposta contra um, essa resposta acaba sendo cruzada e resolvendo o problema. Ou seja, se eu ficar doente, é só ficar mais doente com outras doenças que eu vou melhorar. [ __ ] que pariu. Desliga aí. Vamos começar de novo. Entendi. Eh, cara, eh, eu gosto de, eu de vez em quando um dos das coisas que eu gosto de de assistir no YouTube, um dos conteúdos que eu gosto de assistir no YouTube, geralmente é ciência, tá? Eh, e aí tem um canal que talvez tu conheça que é o Inan Nutell Kurgax, tá ligado? É, CGC. É isso. Eh, lá teve um vídeo que eu vi que me deixou um pouco com um cagaço insano, que é de um, acho que é um fungo que ele fica na água, eu não sei se tu já ouviu falar dessa parada, que ele ele entra no ele pode entrar na tua via respiratória, no teu nariz. Hum. E aí, se eu bem me lembro, ele se alimenta de uma coisinha que o que tem nossos neurônios. E aí ele vai pelo nariz. Hum. Sobe pelo pelo pelo pelo assim, isso é raro porque assim, ele é um fungo humano. É um ataca ser humano. É, eu acho que sim. E ele e ele precisa assim, precisa ter ele precisa dar sorte no fim das contas para isso tudo acontecer, mas aí ele subiria pelos nervos. Isso. E aí ele chega no cérebro e lá no cérebro só tem neurônio. E aí o título do vídeo é O fungo comedor de cérebro. Caramba, umas paradas assim assustadora, cara. Qual que é a doença mais assustadora que tu já que tu tem notícia, cara? Nossa, boa pergunta. Deixa eu ver. Acho que raiva, talvez. Raiva é. Nossa, não esperava por essa, cara. É porque assim, letalidade 100%, tem na verdade 99,9 porque tem dois casos e que sobreviveram e eu acho, eu não sabia que raiva era tão letal assim, cara. É, eu tenho assim e eu moro em Minas Gerais, né? Moro em Belo Horizonte, tudo bem, não é área rural, mas se você sair um pouquinho ali de Belo Horizonte na área rural, você já começa a ter morcego e áreas de transmissão. Então eu morro de medo de ver de ver morcego morto, sabe? Esses dias eu tava andando na esquina ali de casa, indo pra academia e aí tinha um morcego morto na rua. Primeira coisa que eu pensei foi: “Putz, tem que ligar para onoses”. Porque se tem morcego morto, tem algum problema e morcego transmite raiva, né? Morcego é se se o cachorro, o animal tiver infectado também. O o que é raiva? Raiva é um vírus, né? é uma doença causada por um vírus que infecta o o corpo da ele ele produz uma doença que faz com que você não consiga engolir, tá? E aí por isso que chama raiva, porque parece que os cães ficam raivosos, porque eles começam a babar e produzir espuma, porque eles não conseguem engolir. É hidrofobia que fala, é um dos sintomas, né? A pessoa tem medo de água, ela não consegue eh ter contato com água. é uma doença extremamente letal que ataca eh o corpo muito rápido, assim, em coisas de de uma, duas semanas, a pessoa está morta, não existe tratamento. Os tratamentos que que existem são na tentativa de você eliminar o vírus, né, fazer um tratamento de com anticorpos para poder eliminar o vírus e quase nenhum funciona. Então, eh, se você tomou um arranhão, se você foi mordido, se você tá numa zona rural que viu o morcego e tudo, tem que ficar atento. Por quê? Se você teve qualquer contato físico com o animal selvagem, silvestre, tem que ir tomar a vacina antirrábica imediatamente, porque a vacina ela vai conseguir atuar antes do vírus. E no momento que o vírus entra nos nervos, ele começa a atacar e aí a pessoa ela começa a ficar bem debilitada, ter sintomas de de literalmente de de raiva mesmo, porque ele ataca também o sistema nervoso, então a pessoa fica mais agressiva, fica com medo de água, ela perde completamente a personalidade dela e vai definhando assim com bom, felizmente eu nunca vi ninguém com raiva, né? É bem raro, né? Mas a ideia de com medo de água é é é porque muda o comportamento, né? A pessoa ela ela não consegue mais detectar aquilo que é ela não consegue ter noção dos objetos, entendeu? Então esse medo de água é por é muito coloca nos livros, né? Porque a pessoa tenta beber água, ela precisa de água e na hora que ela vai beber, ela cospe, ela fica nervosa, ela ela não consegue ter o reflexo de engolir, porque o o nervo, né, que faz esse esse papel, ele foi afetado. É bem grave, bem triste. É por isso chama raiva, porque a pessoa paref raivoso, né? Aham. E a pessoa aparece com raiva. Esses caras que sobreviveram a raiva aí deram muita sorte, então deram sorte demais. Um deles é um caso brasileiro. É. É. E o que que a gente tentou? Algum tratamento ali? O que que aconteceu? Tu sabe? Não, eles eh eu acho que eu não lembro agora, mas deve ser um tratamento com anticorpos, né? Um tratamento que você dá o anticorpo para eh contra a raiva imediatamente e aí acompanha o paciente. Eu não vou dar certeza agora porque eu não lembro, estudei isso tem muito tempo. Eh, mas é é pura sorte mesmo. Não tem, se você repetir o mesmo tratamento e outras pessoas, não funciona. Por isso que ela não tem cura. Então, assustadora, se você for pensar do ponto de vista de matar e de ser letal, eu acho que raiva, sabe? Mas as doenças mais assustadoras que eu tenho contato são as doenças infecciosas, tipo gripe aviária. Tá rolando um surto absurdo de gripe aviária nos Estados Unidos. Você tá sabendo? Não. Eh, tá tendo a gripe aviária já é um problema desde 1950, quando se tem ali as primeiras aves infectadas e detecta o vírus. E o vírus ele fica sumindo de tempos em tempos. Ele aparece num grupo de aves, mata uma pessoa ou outra que se que era criador de aves e some, desaparece. E aí teve em Hong Kong apareceu outro caso em 1900, década de 70, 98 começa a aparecer outros casos. 2000 e pouco agora me fugiu exatamente o ano, mas agora em 2022 começam a aparecer casos de leões marinhos, focas e outros mamíferos, ursos, por exemplo, morrendo pelo mundo de gripe aviária, ou seja, a gripe que era das aves passando para mamíferos. Então, morreram centenas de leões marinhos no Peru há dois anos atrás. no Rio Grande do Sul, no sul da Argentina, ali naquela região toda que vai do sul do Rio Grande do Sul até o sul da Argentina, você tem milhares de mamíferos morrendo, leões marinhos também, eh, outras aves que fazem migração morrendo pela gripe aviária. Então, ela dizima populações porque ela é extremamente letal, mas muito transmissível entre os mamíferos, né? Então, gripe porque é uma gripe mesmo, é uma gripe gravíssima, né? uma gripe que debilita, ataca os pulmões e mata o ser vivo ali em poucos dias. Uhum. Então, quando teve esse surto no Peru, por exemplo, que detectaram os leões marinhos, a gente tem um primeiro sinal ali de um início de uma nova pandemia. Porque para que você tenha uma pandemia, você precisa de ter um vírus que primeiro salta de uma de um animal silvestre para um mamífero. De um mamífero ele salta para ser humano. A gente já sabe que o gripe gripe aviário faz isso. E a gente precisa do terceiro passo, que é um ser humano transmitir para outro humano. E que que aconteceu? Passou alguns anos, em 2024 começam a aparecer casos de gripe aviária nos Estados Unidos com produtores de vacas. As vacas estavam infectadas. E aí é um problema, porque vaca tá muito perto do ser humano. Não é um leão marinho na praia morto, é uma vaca. É que eu vou comer depois. É uma vaca tucino, entendeu? O cara vai lá passar a mãozinha na vaca todo dia, cuidar da vaquinha mimosa, ela espirra na cara dele e ele pega a gripe aviária. Então teve vários casos de de cuidadores de de vacas e vacas morrendo e assim fazendas inteiras. O número de de mortes de vacas já tá passando de milhares de mortes de vacas, né? Então, tá muito próximo do ser humano. E aí, no ano passado teve um caso de um menino canadense que não teve contato com nenhum animal, nenhuma vaca não teve, não foi pra fazenda e infectou com gripe aviária. Eh, eu não sei se esse menino morreu, mas o caso dele era grave, foi um menino canadense, então já sugere que a doença está se espalhando para fora de onde ela estava originalmente, que seria as granjas e fazendas. Então, ela pode sim estar ali circulando no meio urbano. Pode estar, não sabemos. Eh, esse ano teve um caso no Rio Grande do Sul, você vai lembrar, não sei se teve um caso de gripe aviária numa fazenda do Rio Grande do Sul, criadora de aves, né, que parou todo o comércio com a China, parou todo o comércio com a Europa. A carne brasileira de frango foi paralisada porque tinha um caso de gripe viária no Brasil. Então é muito sério do ponto de vista econômico quando acontece isso, mas o Brasil tem um sistema de monitoramento e vigilância muito severo para isso. A gente conseguiu conter o caso. Foi incrível o trabalho da vigilância sanitária, mas nos Estados Unidos o negócio tá saindo do controle. Entendi. E agora tem o o com o Trump lá, o Trump demitiu o diretor do CDC, que era responsável por toda a campanha de controle desse tipo de vírus. Colocou o secretário de saúde, que é um cara antivacina no na secretaria de saúde do dos Estados Unidos. E a gente tem esse momento da gripe aviária explodindo lá. Então estão se alinhando os cenários, sabe? Então a minha maior preocupação hoje do ponto de vista de doença é isso, gripe viiária, H5 N1. Entendi. E bom, eh, o cara que é antivacina, ele é também antência no fim das contas, né? Eh, dá pra gente, cara, tu sabe quais são os argumentos que os caras usam para ser antivacina? Cara, sim. Eh, eles eles falam que a vacina não foi bem testada, por exemplo, que as vacinas elas são meios de controle populacional, que elas têm substâncias ali que afetam a saúde, que fazem causar doença, que causam doença. Aham. Né? Eh, eles colocam medo. A estratégia não é nem falar que a vacina vai matar, é colocar medo nos pais para que os pais não vacinem os filhos. E qual que é o ganho que o cara tem com isso? Porque é inacreditável alguém fazer uma coisa tão assim estranha, né? Eh, mas muitos desses médicos, você vê o modos operand deles, eles vendem livros de imunidade, como aumentar a imunidade, eles vendem consultas específicas com protocolos que não tm eficácia para poder fazer o o a melhoria da saúde, né? Eles conquistam o paciente de uma forma, por exemplo, se você é um pai e você não vacinou seu filho, por exemplo, porque você confiou nesse médico, se e ele tá falando que tá todo mundo errado e só ele tá certo, em quem mais você vai confiar? É, então o LTV desse médico é muito grande. O que que o LTV, né? O lifetime velho. O paciente fica com ele a vida inteira. Então o ganho que esse cara tem é muito grande. Eu eu acho, tá? Eu tenho tem estudo sobre isso de por que as pessoas fazem isso. Existem vários motivos, né? Primeiro, ela mesma acredita que ela tá certa, mas existem os picaretas mesmo que fazem de propósito para poder ganhar dinheiro em cima do do pessoal que tá com medo. Aham. Então, existe sim modos operand na pandemia, eu vi muitas vezes isso sendo feito, eh, médicos ganhando R$ 50.000, 60.000 com venda de protocolos e filas de consultas para poder fazer os tratamentos deles que não tinham eficácia nenhuma, porque eles fizeram acreditar que todo o resto era Aham. Era falso, entendeu? E e assim na na época da que a gente viveu recentemente da COVID, cara, eh eu tinha também o argumento de que essa vacina não foi testada o tanto que deveria ser testada, né? Eh, o que que tu tem para falar sobre isso, cara? Ela foi testada eh pelo tempo suficiente para que ela fosse liberada. Então isso é um assim realmente se você vou pegar o tempo de anos que ela demorou para para ter os testes, você tem várias explicações do porquê a tecnologia de RNA mensageiro, que é a tecnologia principal, que foi a grande novidade da pandemia, né? Ela já existia e foi só colocado o DNA, o material genético do vírus dentro da vacina. Então, a vacina já tava sendo testada há mais de 30 anos, só trocaram o material genético. Próximo passo é ver se esse material genético vai produzir uma resposta imune e produzir uma resposta segura. Foi visto isso em pequena escala, aumentaram a escala. Em poucos meses aumentaram mais a escala, tá aprovada, vamos embora, vacina todo mundo porque a doença tá matando. Então, se você for pegar em tempo de de testes, foi menos tempo, mas ela já tinha sido testada antes, a tecnologia validada e você só troca o material dentro da vacina. Aí vem a Coronavac, por exemplo, aquelas vacinas que não eram de material genético, né? Essas tecnologias são as mesmas usadas há milhares de h centena, h décadas, né? milhares de anos, é sacanagem, mas décadas que é usar um vírus inativado ou um vírus enfraquecido e tudo. E no você faz o teste com pequena escala, vê se funciona, vê se é seguro, tá funcionando, é seguro, vamos continuar aplicando. E pode ser que tenha uma chance muito pequena de dar efeitos colaterais, assim como todo medicamento e toda vacina tem isso. Quando você aplica uma vacina que tem um 0,001% de de chances de dar, por exemplo, um caso de trombose, uma miocardite ou é, não sei, uma pericardite, que são os efeitos comuns aí que a gente viu, e você vacina bilhões de pessoas, esses 0,001% se torna 200 pessoas, 1000 pessoas, entendeu? Então essas pessoas acabam realmente sofrendo as consequências de um uso coletivo. Mas a gente tem que considerar que a doença estava matando milhões. A gente teve, eu não lembro os números totais agora, mas eu tenho certeza que a COVID matou mais de 5 milhões de pessoas no mundo durante a sua o seu auge, né? Então a vacina ela é porque a gente pensa sempre vacina quando do ponto de vista individual e se eu for o cara que der o azar, sabe? Mas do ponto de vista coletivo não é assim, entendeu? Então, a chance de dar é muito pequena e a gente tem que aplicar em todo mundo. Essas essa miocardite, pericardite, trombose. Isto tem tratamento também? Tem tem tratamento. Então, todas essas condições, elas são esperadas. Assim, se a pessoa começar a apresentar esses sintomas após tomar vacina, você já faz o tratamento adequado. Então, já tem o as soluções para isso. Não são 100% letais, né? Principalmente a pericardite, a miocardite, são facilmente tratáveis. Então, se você é jovem, homem, por exemplo, no caso da das vacinas de de RNA mensageiro, já era um um grupo que a gente já sabia que tinha um risco maior de pericardite, então já se observa o menino de 16 anos chega com dor no peito pós vacina, já faz o tratamento, deve ser pericardite, entendeu? Então, eh, eu conheço cardiologistas que atenderam muitos casos e trataram normalmente e os pais continuam vacinando os filhos. Faz parte. Eh, o caso da trombose, grávidas e mulheres eh pós-parto, né, não podem tomar a vacina por risco de trombose, porque a grávida já tem o sistema cardiovascular afetado ali por causa do parto e da da gravidez em si. Já sabemos, então vamos dar uma atenção maior e não vacinar essa mulher agora ou então vamos dar outra vacina para ela em vez de dar essa que dá o risco de trombose. Então tem todo um mecanismo para evitar riscos, né? E aí todo, bom, todo medicamento tem mesmo ali algum algum risco no fim das contas, né? Todo medicamento, inclusive a vacina. Inclusive a vacina e inclusive o paracetamol, por exemplo. Fiz um vídeo sobre isso, saiu agora quinta-feira sobre isso. Não, o último que a gente viu era do das pessoas que suam muito. É. É. Pois é. Todo homem em geral já sua mais que a mulher, né? Suja a cama. Você você deixa a cama manchada de suor, tá? Por favor. Deixo, cara. Minha mulher briga comigo o tempo inteiro. Eu sabe por que que eu fiz isso? Porque, cara, a minha mulher virava para mim e falava assim: “Por que que a sua, o celular da cama sempre fica amarelo?” Isso aí, cara. E aí? Tá vendo, ó? Tá vendo? Não sou só eu. Tá vendo, dona Mariana? Tá vendo? Todo homem, quase todo homem tá falando, pode ter mulheres também, mas eh eu olhava pra parede, era inacreditável, porque eu tomo banho, cara. Eu me limpo, eu sou limpinho, entendeu? Sou cheiroso. Aí a parede do meu lado ficava amarela, marrom, preta e o colchão sempre mais escuro. Aí trocava o lado do colchão, né? Porque poxa, vamos ver se se resolve sujava o outro também. Ou seja, e aí eu fui tentar descobrir o que que é, né? Eu tô rodando as redes sociais esses dias. Esses dias, não, um tempo atrás vi uma mulher falando: “Olha, por que que meu marido faz isso?” Aí foi o gatilho para eu falar, ó, tem mais gente. Nenhuma experiência ela é individual. Verdade. Então falei: “Pera aí, deixa eu pesquisar o porquê, né? A gente pesquisou o tem a ver com um nível de testosterona maior, que a testosterona ela aumenta a produção de suor, principalmente no homem. Então o nível de testosterona do homem, ele é normalmente bem maior do que o da mulher. Então o homem por si só já sua muito, mas existem as pessoas que suam além da conta. Então, meu irmão é um cara desse. Eu, o meu irmão mais novo, ele a gente vai jogar videogame, por exemplo, eh, depois que ele pega o controle do videogame lá e e vai passar para alguém, tem que secar, cara. É uma coisa assim bizarra. Ele sua muito pelas mãos mesmo, para valer. É, se chama hiperhidrose, né? Pode ser o caso dele. É hiperhidrose que é quando eh a pessoa ela passa, ela tem uma uma produção de suor em alguma parte do corpo que é maior do que o normal. Tem gente que sua inteiro, tem gente que pinga, tipo assim, igual a gente tá aqui, né? Beleza. O cara vai para um podcast. Aham. Ele é um evento diferente para ele. Então ele começa a ficar ansioso, a roupa dele pinga. Ele tem que levar a camisa específica para isso. Isso é um um problema de saúde, porque esse babaca aí, ó, a mão dele fica suada pr [ __ ] ó. Afeta a qualidade de vida, com certeza. E eu também suo muito nas mãos, mas não chega a ser pingando, entendeu? Eh, mas é por porque, por exemplo, ansiedade, então fico lá ansioso, minha mão começa a suar. É onde eu suo. Tem gente que sua no pé, tem gente que sua na virilha e tem gente que sua naxila, fica fedendo. Então tem que tomar cuidado e usar insider, né? Tem jeito, cara. Isso daí, isso ou ou ou ou as pessoas têm que aprender a conviver com o fato de ser, sei lá, eh, ser bento. Não, tem que tem jeito, tem que descobrir a raiz do problema. Então, se for uma questão psicológica, tem que ser tratado em terapia, porque muitas vezes é psicológico, né? A pessoa tem a sensibilidade maior num evento e ela sua, porque ela tá ansiosa. A ansiedade produz a resposta de suar, né? Depois do do fato consumado, né? que você vivenciou ser sua demais, uma resposta de ansiedade. Eh, e também tem desodorantes que tm uma maior concentração de alumínio específicos para quem tem hiperhidrose, que você aplica na área e, por exemplo, se você tem hiperhidrose nas mãos, você pode aplicar o produto nas mãos antes de fazer o que você for fazer e continuar usando o desodorante normal nos outros nas outras partes. Agora, se é algo mais generalizado que tá eh atrapalhando muito sua qualidade de vida, tem que procurar um dermatologista. Por quê? Porque você pode fazer uma cirurgia, eh, o que produz o o suor é um um nervo que é ativado e ali ele produz ativa a glândula. Então eles eles cortam o o nervo específico daquela glândula daquela região. Então você para de suar naquela região, entendeu? Então existe tratamenta também não, não. Toda cirurgia tem riscos, né? Por isso que tem que ser avaliado caso a caso, mas feito corretamente nos nervos corretos não tem problema, porque o nervo funciona só para aquilo, né? Não é para movimento, para nada. é só para pro suor. Então tem relatos de, inclusive no vídeo lá, se eu for pegar o comentário, tem muitos homens principalmente com esse problema que falaram: “Nossa, minha vida mudou muito depois que eu fiz a cirurgia”. que eu ia pro futebol, eu voltava assim, impossível chegar perto de alguém assim, eh, tinha gente que na escola, né, é um ambiente mais, para algumas pessoas mais ameaçador, porque você tá ali no meio social, tinha um menino que desde criança sofria porque a cadeira ficava molhada, começava a pingar, o pessoal ficava zoando ele que tava fazendo xixi, entendeu? Porque ele ficava nervoso. Aí começa a suar, o cara já fica nervoso, entendeu? Entendi. Então, nesses casos, tem um tratamento mesmo. E vamos lá. você entendendo tanto de ou conhecendo várias doenças, estudando isso, é, sendo mestre nesse tipo de coisa, é, tu ficou hipocondríaco, cara? Tu é o cara que toma cuidado máximo com as coisas, chato pra caramba? Não, eu sou mais interessado, velho. Eu não tenho eh assim, se bem que minha esposa deve estar falando agora no chat aí já falando mentira, ele inventa que tem tumor, não sei onde. Arrumou uma dor de cabeça, tá com tumor no cérebro. Mas é brincando. Eu não falo sério não, entendeu? Eu não sou [ __ ] Tu brinca com tumor? Não, não é. É tipo assim, nossa senhora, eu acho que eu tô com com eh esclerose lateral amiotrófica, entendeu? Tipo assim, minha minha mão doeu, começo a inventar umas coisas, mas eh brincadeira assim, inclusive nem devia brincar com essas coisas, mas eh ah, se for minha mãe falando, ela vai falar: “Não brinca com isso, garoto”. Não é? Mas eu eu tô sempre brincando ali, né? Eu não tenho medo de de doenças, até porque eu acredito que eh tem muito tratamento, muitas coisas são são solucionáveis, né? Eu acho que eu tenho mais ansiedade de de, por exemplo, não poder trabalhar porque eu estou doente do que o medo da doença em si. Eu não tenho medo da doença, eu tenho medo das consequências da doença. Tanto que eu falo muito sobre muitas coisas assim, eh, quem me conhece sabe que a única coisa pode me parar é minha saúde. Por isso que eu cuido tanto, tento cuidar tanto da minha saúde. Tô tentando voltar, por exemplo, na Austrália eu não conseguia fazer exercícios físicos como aqui. Então, eu voltei, no segundo dia que eu tava aqui, eu já voltei pra academia, entendeu? É porque eu tô me cuidando mesmo agora. Entendi. Para não parar, entendeu? para conseguir continuar vivendo a vida sem dores, que é uma coisa que me arregaça é dor lombar. Eu tenho dor lombar é desde os 30 anos. Ten, eu tô com 32, então são 2 anos aí. E, cara, tira do sério, viu? Ah, e treinar, ir pra academia, exercício físico, é o, é o que é mais indicado nesses casos aí, não é? Você sabe por que eu comecei a fazer? Por causa do projeto do Sacan, do Cariane lá com você. E aí eu comecei a, eu via eh muitas pessoas, eu não sei se foi você, se foi ele, eu acho que o sacan que tava com dor, né, que ele falou que ele tava melhorando por causa do exercício. E foi assim, eu me lembro, a gente estuda isso, mas não lembra. Aí você fala: “Pô, mas como é que o exercício físico que gera aquela dor pós exercício vai melhorar uma dor? Que como é que o tratamento pode não ser um remédio, mas sim um exercício que vai forçar aquele músculo? E aí você fica pensando, pô, você tá fortalecendo, então o melhor tratamento lombar é fortalecimento de glúteo e fortalecimento de costas. Então eu voltei pra academia, eu fiquei semanas, eu só fui ter dor lombar e anteontem que eu fiquei 4 horas no avião sentado de mau jeito e aí depois eu fiz o meu exercício que melhorou, então não sinto, cara, incrível. Tava dois anos sofrendo, fui pra academia, em dois dias melhorou minha dor lombar. Bom, tem uma galera que vai pra academia também com o objetivo de emagrecer, néum? Mas agora a gente tá tendo uns remédios também para emagrecer, né? Tem o Ozenique, tem o Monjaro, tem tudo isso aí. Esses remédios, eles são seguros para essa finalidade, cara? Eh, o Ozenique ele não foi aprovado para para tratamento de para tratamento de obesidade, né? Existe um outro remédio chamado Wigov, que tem o mesmo princípio ativo do Ozenique e que é específico para tratamento de obesidade. Eh, e o Monjaro foi aprovado paraa obesidade. Então eles são seguros, eles foram aprovados porque eles são seguros, porém eles podem ser apenas com receita médica, porque você precisa de um acompanhamento médico. O que o medicamento? Isso é muito interessante. Ô, ô, Igor, porque é uma coisa que é difícil de explicar pras pessoas, mas eu vi a, sabe, a Ana Bonaça do Nunca viu Cientista. Eh, esses dias eu vi um vídeo dela explicando isso com uma clareza fenomenal, que é o seguinte: a obesidade ela não, a pessoa não é obesa porque ela é gorda. Ela é gorda ou ela tá acima do peso porque ela é obesa. É meio estranho falar dessa forma, mas a obesidade não é uma doença que torna a pessoa gorda. Aliás, que que que é uma doença porque ela é gorda. É uma doença que torna ela gorda, entendeu? Aham. Então, é a obesidade é uma mudança hormonal no sistema de de controle de saciedade, de fome, que faz com que você coma mais. Então, essa que é a diferença. Então, a pessoa se torna obesa, se torna acima do peso. Obesa, difícil de falar. Eh, ela se ela aumenta de peso porque ela come mais e ela não se sente saciada comendo a mesma quantidade que as pessoas saudáveis comem. Então, a obesidade é uma doença que afeta o sistema de controle de fome, o controle de impulso de comida e a capacidade do pessoal armazenar gordura no corpo. Então, ela fica naturalmente eh com um nível de inflamação maior, ela tem mais sensibilidade à dor, ela eh tem mais eh dificuldade de perder peso porque ela come mais por porque ela se sente pouco saciada quando ela come. Então a obesidade faz isso, é uma mudança no sistema, afeta o a insulina, né? Então, tem toda uma série de hormônios que são afetados na obesidade e que fazem a pessoa comer mais. O que o medicamento faz é controlar a saciedade, não é controlar o peso, entendeu? Então o medicamento ele age no controle de saciedade da pessoa, faz a pessoa sentir menos fome. Quando ela sente menos fome, ela não apenas emagrece, mas também tem todo um outro controle ali do da diabetes, por exemplo, da insulina, né, do da liberação de insulina. É por isso que o Ozempique foi liberado para controle de diabetes inicialmente, né? Em outros países ele é liberado para obesidade. No Brasil não existe um outro remédio que é mesmo princípio ativo com uma outra dose que é para obesidade. E eu achei isso fantástico assim, essa sacada de falar dessa forma, porque as pessoas acham que a pessoa é gorda porque ela quis comer mais. Ela comeu, eu vi outro dia um médico falando isso, que a pessoa comeu 4 anos em um ano, sabe? Ela ela antecipou 4 anos que ela deveria comer em um. Achei isso um absurdo, porque, tipo assim, desrespeita a pessoa, sabe? Eh, ela não é gorda porque ela come muito, ela é gorda porque ela não consegue controlar a fome, entendeu? Entendi. Falando com todo respeito aqui a palavra gorda aqui, porque a gente sabe quanto que tem de gordofobia por aí, né? Como é que é o como é que funciona então o Monjaro, por exemplo? Ele ele você falou que ele ele faz com que as pessoas sintam fome, se sintam eh inclusive às vezes nem comem mesmo, né? E eu fico pensando como é que isso pode ser saudável no fim das contas, porque assim, comer é meio que importante, né? Sim. Tem os efeitos colaterais, né? O problema é esse, eh, o os principais o principal efeito que faz o emagrecimento, eh, que é o efeito colateral desses remédios, é uma uma menor velocidade de esvaziamento do estômago. Então, quando você come, o seu estômago, ele vai liberando a comida ali digerida, pré-digerida pro intestino. E nisso ele vai liberando hormônios para dizer pro seu cérebro que, olha, eu comi, eu estou saciado, não precisa mandar mais. Aham. Tá? Então, o que os remédios fazem é simular este hormônio. Então, ele tá falando pro seu cérebro e pro seu próprio corpo também, porque o hormônio age em vários locais, tá? não só no cérebro, eh, de que você comeu. Então, ele tá liberando a comida mais devagar, fazendo com que a, eh, o, o hormônio ele vai fazer com que a comida libere devagar e nisso você sente menos fome. Então, tem uma diminuição do do esvaziamento gástrico, da velocidade de esvaziamento gástrico. Quando você sente menos fome, você acaba emagrecendo. Esse é o mecanismo principal, né? E ao controlar o peso, você também tem melhoria dos mecanismos de saciedade naturais. Então é um é um tratamento que não deveria ser por tempo indeterminado, é um tratamento num momento para ser associado a um exercício físico para acelerar sua perda de peso, para você sofrer os efeitos colaterais do remédio com menos intensidade. Quais são os principais efeitos colaterais? Vômito, náuseas, eh sensação de de estufamento, né? Falta de vontade de viver é um sintoma. É mesmo? Sim. Porque a pessoa ela, a pessoa se acostumou tanto a comer que ela comer vira um momento. É igual o cara que é que gosta de fazer café, sabe? O ritual do café. comer é um momento daquela pessoa, é onde ela encontra o prazer. E muitas vezes as pessoas que têm obesidade, elas comem por prazer também e elas comem por impulso. Então quando ela tá estressada, ela vai buscar não um cigarro, não droga, ela vai buscar a comida. Então ela tem aquele momento ali de comer e o Ozenique e os outros remédios, eles tiram isso delas, né? Tira aquele momento porque ela come menos. Então, existe um efeito colateral psicológico de a pessoa se sentir menos, sentir menos prazer ao comer porque ela não tá comendo. Então isso tem que ser tratado, eh, tem que ser feito um tratamento que é multidisciplinar, né, com vários profissionais ali para que a pessoa não crie outro problema, entendeu? Ent porque também tem eh pessoas que eram muito obesas e fizeram tratamento de casos relatados na literatura, que a pessoa teve uma crise de autoimagem depois ela não se reconhecia mais em frente ao espelho. O que poxa, mas você emagreceu deveria ser uma coisa muito legal, mas a pessoa acostumou tanto com a imagem dela obesa que ela não se via mais. Então existem existem crises de dissociação, crises em que ela não vê mais o próprio corpo, entendeu? Que coisa é são casos relatados. esses esses remédios eles Então vamos lá, se a gente tava falando de o porque a pessoa ela é fica gorda porque ela é obesa, não é isso? Sim. Tá. Eh, então quando a gente trata com um remédio como Monjaro, eh, isso isso não resolve o problema para valer, resolve. Isso dali é um é um é um tratamento que deveria ser usado por um tempo. Tu falou mais ou menos isso, mas eh ao remover, ao parar esse tratamento aí, a chance de engordar de novo por causa da condição eh da obesidade eh de voltar a engordar é bastante grande, eu imagina. Sim. É um uma via de mão dupla, né? Ao controlar a saciedade, a pessoa vai estar tratando a obesidade, porque ela não vai comer, ela não vai aumentar a quantidade de gordura nas células dela. Então, as células vão ficar menos inflamadas, porque a gordura gera uma inflamação, porque a célula tem tanta gordura que ela ocupa espaço e fica estressada ali produzindo moléculas inflamatórias. Então, ao diminuir o peso, você diminui a inflamação e você diminui os sinais que fazem com que a pessoa fique com essa sensação de ser insaciável. Então você tá tratando a obesidade, você resolve o problema do peso e existem boas chances da pessoa não voltar se ela se acostumar a comer pouco, porque por isso que tem que fazer o o exercício físico tem que fazer uma mudança, é quase que uma cirurgia bariátrica, tá? Tem que fazer uma mudança de estilo de vida junto, senão a pessoa volta mesmo. Eh, durante o uso do remédio, a gente tem aí 10 a 15% de perda de peso, tem gente que tem mais do que isso, pode chegar até 20, em alguns casos individuais, né? Nos estudos, a média é 15%. Eh, e nisso você tem que fazer um tratamento de mudança de estilo de vida. É muito falado isso. Não adianta tomar o Zenque ou tomar Monjaro e depois voltar a comer. Ou você tem que tentar tratar a raiz, porque às vezes, igual eu te falei, é a compulsão pela comida. O que levou a pessoa a engordar não era a obesidade, era uma compulsão alimentar por um problema psicológico. Aham. Se for isso, então tem que tratar com psicólogo, entendeu? Entendi. Com psiquiatra. Entendi. É. Bom, esse daí é meio que que eh quando a gente, eu acho que o primeiro passo, no entanto, é se tocar que tem que tem alguma coisa ali que precisa mudar no fim das contas, porque eh que aquilo que você falou assim, quando a gente é se se você for muito gordo e e grande assim, eu eu passei por isso assim, o tanto tanto de de disposição, inclusive o tanto de coisa que mudou na minha vida depois que eu te falei até que eu parei me diminuí muito, parei, parei, eu não sei, minha esposa que vai me falar, Mas o tanto que eu diminuí o o ronco, por exemplo, eh, ou seja, a mudança é muito positiva no fim das contas, né? Eh, todo mundo que que eh acha acha, sei lá, põe algum tipo de glória e tudo mais em no fato de ser gordo, eh a verdade é que não é que ser magro é bonito, não é isso que eu tô dizendo. Tô dizendo do ponto de vista de saúde, é até difícil você argumentar dizendo que é melhor ser gordo, não é? É do ponto de vista de saúde, não é? E eu entendo pessoa que tem que se defender por ser gorda, né? Porque tem o preconceito, né? Então a pessoa não tá agindo, ela tá agindo mais como uma defesa. Não é falar que aquela situação é a situação ideal do pr onde vista de saúde, sabe? Ela tem que se enxergar bem, mas é porque existem também casos em pessoas que têm um corpo, vamos dizer assim, maior e não são obesas, entendeu? Elas estão acima do peso. Do ponto de vista de saúde, o ideal é que elas perdessem peso, mas elas estão bem. E em algum momento, no futuro, pode ser que aquilo se torne um problema. Hoje não é, mas a eh ela tem que tá atenta de que ela saber que ela está acima do peso, por exemplo. Então ela tem que fazer um um controle disso, ponto de vista de saúde, mas a saúde também é mental. Então, é o que eu tô te falando, às vezes ela não tá no melhor momento para fazer uma dieta, não tem dinheiro para comprar alimento, não tem como fazer uma academia, não tem tempo. Então ela tem que avaliar isso também, né? Mas eu eh eu acho que a pessoa que vai fazer esse tratamento, ela tem que entender, igual você falou, entender que ela tem um problema, sabe? Esse é o primeiro passo, mas também vê que eh só existem coisas boas, sabe? Só tem coisa boa em termos de de você ser uma pessoa saudável. Você melhora de fato a sua disposição, diminui o ronco, melhora o sono, você melhora sua energia, energia sexual, energia física. Eh, você passa a a a ser assim, a felicidade aumenta porque você se torna menos inflamado do ponto de vista de saúde, né? O que o que que Vamos lá. Eh, eu sei o que é uma coisa inflamada na prática, tá? Eh, mas o que que é uma inflamação do ponto de vista eh técnico, tá? Inflamação é um processo que depende do sistema imune, né, que você tem ali, eh, tecnicamente falando, dor, rubor e calor, né? Você tem eh dor no local, o inchaço, que é o o o rubor e e o calor, né? Eh, a temperatura. Então, a inflamação, o processo que acontece pode ser num local do corpo ou no corpo inteiro, né? que depende de moléculas inflamatórias que estão circulando pelo corpo. Essas moléculas deixam as células mais ativas, mais alertas, acelerando o metabolismo para elas conterem uma certa ameaça, entende? Pode ser local, por exemplo, você cortou o dedo e tá tendo um processo inflamatório ali que tá gerando dor, calor e rubor, né? Fica vermelho. Eh, que é para eliminar tudo que entrou ali de coisa ruim. E por que que dá push? por Pus já é uma infecção bacteriana, né, que tá tá ali, que o PS é o resultado da morte das bactérias e das substâncias que as células do sistema imune liberaram ali e estão aumentando, tá criando aquela bolinha ali de pus e aquilo estoura porque ali é o resto morto de células e bactérias, aquilo ali. Então é o resultado do da inflamação do sistema imune, né? E o caso da obesidade, ela é uma inflamação no corpo todo, porque as células de gordura produzem moléculas inflamatórias que circulam pelo corpo e deixam a pessoa num estado inflamatório permanente. Permanente não, transitório, mas pode ser revertido, né? Mas durante muito tempo. É inflamação crônica, entende? Entendi. Então é diferente de uma inflamação aguda que você cortou o dedo, por exemplo. O que que é um furúnculo? Putz, depende, cara. Se for causado por bactéria, é uma infecção bacteriana que infeccionou ali, que tá produzindo furúnculo é furúnculo, não é? Não, não, porque pode ser, por exemplo, um pelo encravado, entendeu? Que cresceu e aí produziu uma uma lesão ali, mas é um processo inflamatório e super nojento também. Minha mãe me colocava sentadinho na nas bacias de permanganato, né? Tem tem furúnculos causados por bactérias e e que tem que fazer tratamento com antibiótico, não é só estourar, entendeu? inclusive nem deve estourar. Isso da dependendo da frequência que acontece e do tipo do tamanho, é bom você ir no médico para ver, porque às vezes, principalmente e pessoas que t a pele mais sensível podem ter ali o furônculo crônico. Ela ela corta, raspa o pelo de um lugar, dá de novo na axila, na virilha, entendeu? Raspa o pelo, cresce o furúnculo. Por quê? que jogou ali substâncias, eh, sujeira, bactérias e tudo, infeccionou aquela região ou o próprio pelo encravou naquela na hora que ela raspou e aí produziu aquela inflamação. Então, tem que ver porque às vezes é bom tirar o pelo, fazer uma depilação a laser, entendeu? Ou se for, por exemplo, ferimento na pele, não precisa ter pelo, né, que infeccionou ali, vai produzir como se fosse uma espinha mesmo, né? Então é isso daí é ele é muito diferente de uma espinha, não é? É um furunco, não é? Tecnicamente não. Tecnicamente se você for pensar é é quase o mesmo processo. É. É porque eu tenho, eu, eu já eu já conheci uns caras que os que que tinha assim muita espinha mesmo, assim, papo de ser mesmo eh assustador do o cara com a a o rosto dele, ele era basicamente uma espinha gigante, sabe? É uma coisa horrível, pô. Não, falando sério, mané. E assim, eu, nossa, eu era um babaca da [ __ ] e eu ficava zoando o cara por causa da [ __ ] da espinha. E e é uma parada bastante séria, porque eu eh depois eu fui, alguém me falou que tem uns remédios que ajudam nisso daí, mas são os remédios que alteram humor, alteram a porrada de coisa e que [ __ ] é maior bad trip ficar sacaneando os cara. É porque age sistêmico, né? É [ __ ] É. E aí, [ __ ] fiquei depois me sentindo mal para cá. Mas só fiquei me sentindo mal depois de velho, depois de muitos anos que eu já tinha zoado moleque para [ __ ] Inclusive, desculpa aí, cara. É, eu era um babaca da [ __ ] mesmo para valer. Eh, tá legal. Ainda tem alguma coisa que te fascina, cara, na bio, na biomedicina, porque assim, você eh tem que ficar procurando, eu imagino, eh os temas para você fazer teus vídeos ali, né? E assim, tem várias coisas que são bastante modernas, por assim dizer, como por exemplo lá o vídeo que você fez sobre barrinha, né? Barrinha de de proteína e tudo mais. Eh, tem alguma coisa que te fascina na biomedicina ainda? como é que tu escolhe os temas dos teus vídeos? Tá? Primeiro, como o que que me fascina, né? Eu gosto, eu tanto que eu gosto muito de neurociência, tanto que eu tô fazendo uma pós-graduação em neurociência agora, porque eu acho fascinante. É um negócio que eu não estudei na faculdade, a gente estuda o básico, né, do cérebro, como é que funciona as coisas, mas existe um universo que profundo assim, o que é consciência, eh, como que se forma o pensamento, como é que se forma o impulso, eh como que a pessoa tem ansiedade, depressão, como é que ela desenvolve uma, por que que depressão não é só tristeza, é uma doença, sabe? Essa essas coisas, entender o cérebro, o comportamento humano para mim é fascinante. E agora na hora que junta essa parte com inteligência artificial e você vê o comportamento da inteligência artificial simular o comportamento humano, o a tomada de decisão, porque não é a mesma coisa, né? São processos completamente diferentes. Você vê ali os processos criativos da inteligência artificial acontecendo nos bastidores. Você começa a ver, poxa, velho, o cérebro é muito doido. Ele fez isso biologicamente milhares e milhões de anos antes. Então, o que me fascina é tentar entender, por exemplo, consciência de onde a gente veio. Eh, eu fico viajando nessas paradas. Outro dia eu tava conversando com a Iá lá, brincando de tentar entender se ela tinha vida de verdade, né? E ele tava lá digitando e tudo. Pera aí, mas se se a inteligência artificial ela pensa, não pensa, tá? Mas ela ela tem um raciocínio baseado em cálculos que depende de memória que eu dei para ela e contexto, qual é a diferença de um ser humano que toma uma decisão racional baseada em memória e contexto? Só é o cálculo que é diferente, sabe? o output ali, a resposta de comportamento é a mesma, é uma resposta parecida, vamos dizer assim. Então, será que eu tô falando que a IA não pensa que ela não é viva porque eu tô tendo uma noção errada de que é vida? Porque às vezes ela, se eu se eu considerar que vida é dar respostas a partir de memória e contexto, eu posso falar que ela é viva, entendeu? Então eu fico viajando na filosofia da vida assim, batendo papo com Ias de madrugada, minha esposa já foi dormir tod. Tu já fez tratamento psiquiátrico? PS psicológico com a IA, cara, com chat EPT. Cara, eh, eu vou te dizer que não não fiz porque não não faz sentido você eh confiar 100% no que a IA tá falando, mas o que eu fiz foi, por exemplo, eu tô, sei lá, tô ansioso e eu tô com dificuldade de quem quem tem trans, eu tenho transtorno de ansiedade, né? E aí quem tem o ansiedade generalizada igual eu, tem dificuldade às vezes quando tá realmente ansioso de processar o que tá pensando. Você tá com alguma sensação de tem algo errado, mas você não sabe o que é. E a IA ela ajuda porque você pode digitar ali alguns prompts ali de falar: “Olha, tô sentindo isso” e tal. Ela vem te dar uma uma minie de olha, vamos organizar seus pensamentos e tal, que é um exercício da terapia cognitivo comportamental. Então eu acho que a IA não pode ser excluída, ela pode ser uma baita de uma ferramenta se você souber usar, mas eu consigo falar lá, cara, me dê uma um tratamento baseado em terapia cognitivo comportamental. Eu quero usar esta técnica, eh, para organizar meus pensamentos, para poder diminuir minha preocupação, não sei o quê. Beleza? Agora, uma pessoa que não estudou essa área e tal, eu acho que pode ser perigoso, então teria que ter algum tipo de filtro, sabe? Então, não me consultei como IA. Eu acho que eh a gente tá longe disso, mas eu acho que IAS cometem menos erros do que seres humanos hoje em dia. Que isso, cara? Eu acho que tem muito Iá melhor do que muito profissional de saúde hoje. Muito melhor. Nossa, tu tá desiludido com os profissionais de saúde, então? Não tô. Eu sou profissional de saúde, né? Mas é porque o que que acontece? Todo mundo erra. Aham. Tá. Todo mundo erra. Inclusive eu posso ter errado aqui já. Eh, e a IA erra menos. Quando você vai ver essas últimas que estão aí, elas erram tanto quanto um ser humano. Então, paraa análise de imagem, ultrassom, eh, radiológico, baseado em clínica, eu já fiz testes assim de igual a gente brincava na na universidade. O que que eu brinco na universidade é de fazer teste clínico, tipo, fulano tá com pressão eh sanguinetal, tá com esse esse sintoma. Eh, aqui tá o exame dele e tal, você pode mandar lá e ela consegue te dar um e aja como um especialista em, por exemplo, eh, hemograma. Ela consegue te dar uma interpretação, cara, sensacional, melhor do que muita muita gente que tá saindo da faculdade agora. Então, por que não usar isso como ferramenta para poder tomar decisão? Eh, eu não é a evolução do Dr. Google, então é, eu acho que tem um potencial gigantesco aí que a gente tem que ficar alerta. Eu não falo que é melhor, tá? É o ponto de vista de de você confiar cegamente, mas eu acho que qualquer médico ou o profissional de saúde que tenha uma IA ao seu lado é melhor do que um médico semia, entendeu? Entendi. Entendi. Ela é melhor do que ele porque ela é um assistente perfeito. Ela tem a fonte busca ali rapidinho e você pode até fornecer as fontes, né? Se você pode fornecer as fontes se você quiser. Como é que tu como é que tu imagina como é que você pensa nas nos vídeos que tu vai fazer, cara? Qual sobre os assuntos que tu vai falar? Eh, tá, eu tenho várias formas, né? Na verdade, hoje somos nove pessoas na equipe, então, eh, a gente tem um processo criativo definido. Isso tem pouco tempo que a gente adota isso. Tem uns 2 tr anos que a gente tem esse processo. Como é que é? Você primeiro a gente olha pro que tá acontecendo, igual você falou, tem tema quente, tema que tá rolando. Vale a pena fazer sobre isso? Tem a ver com saúde, tem a ver com a nossa missão de ser útil, ajudar as pessoas, tem. Então vamos fazer, coloca na fila, escolhi. Agora tem os outros temas que são frios, né, que são temas aleatórios. Aí a gente tem um planejamento de 52 semanas, que é o ano, 52 semanas no ano. Então o desafio é a cada seis meses a gente faz um brainstorm com toda a equipe que inclui não profissionais de saúde, que tem o meu editor, tem tem o cara do comercial, tem todo mundo com as suas percepções do que tá acontecendo, que é importante sobre saúde. E a gente manda, tipo, o vídeo do suor foi pensado em janeiro do desse ano, então ele saiu agora, ele já tava mapeado lá e anotado para sair agora. Então, a gente tem esse processo de ter várias pessoas e várias mentes pensando nos momentos certos quando a gente tá dedicado e fechado para isso. E aí a gente vai adicionando os temas quentes ao longo do tempo, entendeu? Aham. Eh, qual foi o último tema quente, tu lembra? Putz, velho. É muito, essa pergunta é muito difícil porque eu tô viajando agora, então eu não lembro qual que foi o último tema quente. Tem que pegar meu celular e olhar. Velho, um tema quente é é uma coisa que tá se falando agora aí na no mundo, na internet e tudo mais, né? É, eu acho que se vou pensar tema bem quente, aí teve o caso do do Edu Gedes, né, do câncer de pâncreas que ele detectou agora, foi um vídeo que eu fiz recente, deve sair semana que vem. Entendi. Eh, por que que o câncer de pâncreas é tão agressivo, né? Ele, o Edu Guedes, é um apresentador, descobriu um câncer de pâncreas por acaso, né? E ele foi fazer um exame de imagem porque parecia que tinha uma pedra no rim, alguma dor no rim ali e descobriu que o pâncreas dele tava com alguma coisa. Ele deu muita sorte porque o câncer de pâncreas é um dos cânceres mais agressivos que existem. E por quê, cara? Porque ele é silencioso, entendeu? Ele ele não dá sinais nenhum até ele estar bem avançado e ele também não responde bem às terapias tradicionais, quimioterapia, radioterapia, você tem poucas opções de de imunoterapia, se tiver, eu não tenho certeza. E câncer no pulmão? Câncer no pulmão é bastante agressivo, porém dá bastante sintomas e é um dos cânceres mais evitáveis que existe, principalmente pro cigarro, né? Você não fumar e eh fazer uma uma ter uma vida saudável, né? Mas ele dá sinais. Então, a pessoa fica com a capacidade pulmonar mais fraca, ela sente uma um tosse, uma coisa assim, já tem que olhar, entendeu? Então, a pessoa já é fumante, você já fica alerta. Agora, e o pâncreas? Aham. Entendeu? Qual que é o que que eu tenho que fazer? Que que tu fez para ter um câncer de pâncreas? Tu tem que fazer alguma coisa para ter um câncer de pâncreas? É, de novo, cigarro é a principal causa de câncer de pâncreas. 1/3 dos casos de câncer, câncer de pâncreas vem porque a pessoa é fumante, porque o as substâncias tóxicas do cigarro circulam pelo corpo inteiro. O pâncreas é uma um órgão que é bastante vascularizado e ele é sensível às substâncias cancerígenas. Então, 1/3 do dos casos de câncer e de pâncreas são associados ao uso de cigarro. Nossa, Lucas, eh, tu me ajuda a entender, então, eh, como é que uma substância cancerígena, por exemplo, que eu eu escutei a vida inteira e a minha mãe falando, por exemplo, ah, vai comer, não come muita salsicha, salsicha de coisa que dá câncer, ou então aquele pozinho do miojo ou várias outras coisas assim. Eh, mas a gente falando do especificamente de cigarro, eh, nós estamos falando de E aí eu não sei, aí tu não sei nem se tu manja também. Nós estamos falando do cigarro. Cigarro, esse que compra e vem na cartelinha de cigarro, tu compra na, sei lá, na padaria. Uhum. Eh, esse daí tem as mesmas substâncias cancerígenas que um tabaco, por exemplo. Então, o problema maior não vai ter as mesmas, mas o o problema maior é a queima do tabaco, tá? É um dos maiores problemas, tá? O cigarro tradicional branquinho, feito na processo pela indústria, ele tem sim mais substâncias tóxicas do que se você fumasse um tabaco tradicional enrolando seu próprio cigarro. Uhum. Eh, por os caras adicionam substâncias para dar maior qualidade da queima da da do tabaco, para pr para que a queima seja menos abrasiva para quem tá fumando, para que não produza tanto gosto amargo, porque o tabaco ele tem um gosto mais amargo quando você fuma. Então eles vão adicionando substâncias que ao serem queimadas junto elas produzem outras substâncias cancerígenas. Mas a queima em si, né, a própria queima do tabaco, ela já produz algumas substâncias tóxicas, monácido de carbono, você tem a intoxicação, você tem eh o alcatrão e outras substâncias cancerígenas, né, principalmente compostos de benzeno, que são na queima do tabaco, que eles entram no no corpo. Mas tem um outro fator que é muito importante, que é o a lesão da traqueia, das células da traqueia e dos cílios, né? Porque a fumaça que entra, ela vem de uma queima, é uma fumaça, né? Ela tá sendo eh ela gera uma lesão de fato que faz com que a célula sofra e tenha que se multiplicar para compensar aquela célula que morreu, porque ela foi queimada ali. Então, nessa multiplicação está aumentando as chances de ter mutações, além de ter a substância, entendeu? a substância entra no pulmão, ela vai circular pro corpo todo, vai se distribuir no corpo. Tanto é que em poucos segundos você tem o efeito no cérebro da nicotina, por exemplo. Eh, então ela tem o efeito no corpo inteiro, mas a queima do tabaco na na garganta, né, no no aumenta o risco de câncer, porque ela faz com que as células do dessa região tenham que se multiplicar e nessa multiplicação você aumenta o risco de mutações. Somado ao a substâncias, você tem um risco aumentado de câncer. Entendeu? Aí a primeira a pergunta que vem é: “Ah, e o vape, né, que não não tem queima no eh e aí estão se descobrindo outros problemas, né? Porque apesar de não ter queima, tem substâncias tóxicas eh que vem principalmente do líquido que tá ali. Você não tem uma padronização do do produto que tá ali dentro. Então, muitas vezes você não sabe o que tá tomando e essa essa substância ela realmente pode ser mais perigosa do que o cigarro. Não tem nem como eu falar o que que é, porque não tem essa padronização, não tem legalização no Brasil, né? Então a gente não sabe nem, não tem nenhum controle, né? Não temos controle, então cada um vende o que quiser. As quantidades de nicotina nos vapes hoje são cavalares. Então ela um eu o pod, né, o a caixinha, vamos dizer assim, que tem o líquido, aquela que a pessoa fuma às vezes em uma semana, que dura uma semana, equivale a 900 cigarros em termos de nicotina. Mas ele é absorvido da mesma forma, não? A nicotina que tá lá, ela é mais absorvida do que a do cigarro. Sério? Porque ela vem num cristal, né? Ela é cristalizada porque como não tem queima, ela não não não tá na forma que normalmente tá no tabaco. Então ele é cristalizado para poder ser aspirada junto e entrar na células. Então essa forma ela é mais eficiente do ponto de vista de absorção do que a queima da nicotina no tabaco. Então acaba que a quantidade de nicotina absorvida é maior. A pessoa muitas vezes acha que o vape é mais seguro porque ele tem um sabor, porque ele é não queima, né? Mas ela tá absorvendo muito a nicotina e se viciando ainda mais com uma dose maior ainda. A nicotina ela é ela causa algum, vamos lá, além dela viciar, ela tem algum outro efeito no corpo que não se que seja assim de fato eh problemático. Porque assim, eu eu dei uma pesquisada meio por cima de da nicotina e tal e em geral eu tava lendo que ela é uma substância que atua no cérebro, ela tem a tem ali deixa uma sensação de bem-estar, um relaxamento e tudo mais, mas ela não ela vicia, mas ela não teria assim nenhum outro efeito muito nocivo ao corpo. É, não é, vai ter uma aceleração de batimento cardíaco e tudo. Eh, mas tirando isso que eu me lembre, não. Tá, tá, mas eu eu posso estar errado, então prefiro não fal. Bom, estude, estude para saber. Eh, e aí a gente tava falando aqui do lance do câncer, cara. E uma e assim você falou que eh o cigarro ele quando eu se eu fumo, ele vem aquela fumaça quente que ela pode destruir algumas células e isso forçaria meu corpo a multiplicar células e pode e assim eu acelero a possibilidade de uma mutação. Sim. E daí eu acelero a possibilidade de ter um câncer, né? Eh, mas essas substâncias cancerígenas que entram no meu corpo, como é que elas agem? Tá? Eh, tem várias. Vou eh generalizar aqui para um Existem dois tipos de formas de um de uma célula se tornar cancerígena, né? A primeira delas seria quando ela ela eh atua ela ela ativa mutações numa região do DNA que faz com que ela se multiplique mais, tá? Primeira forma. E a segunda forma é quando ela inibe regiões que fazem com que ela pare de multiplicar. Então ou a célula multiplica muito ou ela o controle dela para desaparece. Aham. E tudo isso são mutações, tá? Mutações que o DNA errou na hora de copiar a célula e aquela filha dela se tornou um problema. Ela se tornou, isso é causado por uma substância. Então aí que acontece a mutação, ela é acelerada pela substância, porque na hora que a substância entra e vai ser processada e ela ocupa o espaço que deveria ser o espaço de controle da multiplicação celular. Ela pode atuar diretamente no DNA. Existem várias formas. Ela pode se ligar ao DNA e causar uma quebra do DNA, fazendo aumentar os erros. Então tem substâncias, por exemplo, que se ligam no DNA e quebram ele. E aí a própria célula tem que colocar uma outra substância para ligar o DNA de novo. Nessa ligação, ela pode colocar uma letrinha errada e mutar ali a região. Então essas mutações acontecem, se elas acontecerem, pode acontecer em qualquer lugar, se elas acontecerem nessas regiões que controlam a multiplicação das células ou o controle de multiplicação, a célula pode se tornar cancerígena. Mas não é uma mutação que vai causar o câncer. Tem uma pessoa idosa que viveu 70, 80, 90 anos, vai ter milhares, milhões de células mutadas no corpo, porque ela acumulou mutações ao longo da vida. Por isso que que um idoso tem mais chance de ter câncer, porque ela tem vári várias mutações. Uma célula não vai ter câncer com uma mutação. Ela vai ter que acumular mais mutações até o ponto dela se tornar que a gente fala imortal, que é quando ela não para de multiplicar. Se você coloca uma célula cancerígena imortal numa placa de cultura de células, ela continua multiplicando, crescendo, crescendo, crescendo até acabar o nutriente. Ela não para. A célula normal, ela multiplica uma, duas, 3, 10 vezes, ela para, ela não aguenta multiplicar mais. A célula cancerígena multiplica independente e como ela multiplica rápido no estresse, ela vai acumulando outras mutações. Então o câncer, se você for pensar do ponto de vista leigo, né, ele é como se fosse um parasita que tá crescendo dentro do corpo, roubando nutrientes e comendo tudo que tá em frente ele, roubando tudo dos do resto e crescendo de uma forma fazendo, multiplicando sem controle nenhum. Então ele ele vai ter filhos defeituosos, ele vai atrapalhar os próprios filhos na hora de crescer. As células vão formando um bolo de células que lá no meio não tem vaso sanguíneo para nutrir. Então essas células vão começar a morrer. Na hora que elas começarem a morrer, elas vão liberar substâncias falando assim: “Pelo amor de Deus, me manda em vaso sanguíneo porque senão eu vou morrer. Tô sem oxigênio”. E aí elas começam a liberar substâncias que produzem vasos dentro do tumor. Então o tumor começa a ficar vascularizado e nisso escapam mais células. Então as células caem nesses vasos e escapam pro corpo todo. Então eh as mutações vão se acumulando ao ponto de uma única célula ser responsável por todo um câncer. Todas todo o câncer começa a partir de uma única célula. E elas se espalham. Por quê? Porque ela muta regiões que fazem com que ela perca a cola que liga duas células. Então ela precisa também de mutações para isso. Elas sempre são ligadas uma na outra. Quando ela encontra uma na outra, elas falam: “Que beleza, vou ficar aqui juntinho de você que é mais seguro.” Só que tem mutações que fazem com que ela perca essa capacidade e aí perdendo ela ela se espalha. Então é o processo é mais ou menos esse. Uma única substância você consegue ela ela quebra o DNA ou atrapalha a multiplicação. Um exemplo, gasolina, sabe? O cheiro de gasolina, respira cheiro de gasolina. A gente sabe, por exemplo, que muitos países não tm frentistas nos postos. No Brasil a gente tem os frentistas sabidamente são pessoas que t o maior risco de de mutação genética, porque eles estão respirando benzeno o tempo todo. Benzeno é uma substância cancerígena que vem da do vapor da gasolina. E quando você avalia o células aleatórias deles do daqui da região da do pulmão, por exemplo, eh você vê, você tem um teste que chama teste cometa, pode procurar se quiser procurar na internet. Você vê o DNA dele fragmentado já. A célula na hora de multiplicar, ela tá fragmentada o DNA antes da multiplicação. Então já tem mutações acontecendo ali porque ele tá respirando o dia inteiro a gasolina. Então acho que eu nunca vi, cara, um profissional, um um frentista com a máscara de gás, por exemplo, deveria trabalhar com máscara de gás. Por que que nos outros países não pode ter frentista? Porque é tóxico, entendeu? E você não tem problema você abastecer seu carro uma vez ou outra. É igual você comer um churrasco, é gosto tomar uma cervejinha, entendeu? O risco aumenta sempre, mas depende do quanto você faz isso ao longo da sua vida. Agora, o cara que trabalha lá o dia todo de 8 a 5 dia, entendeu? é, o risco é muito alto. Eu acho que tem até uma questão de aposentadoria mais cedo, mas isso não é suficiente. E os tratamentos que existem pro câncer tem radioterapia, tem quimioterapia, eh, mas eles não são exatamente uma, não dá pra gente considerar uma cura, porque tem um monte de gente que aí não resolve, né? Eh, por que que em geral não resolve? Porque por quê? Me conta aí. Eh, em geral não, né? Não sei se é em geral que não resolve. Talvez em geral resolva. Aham. Não sei. É porque e depende do tratamento, né? A quimioterapia, por exemplo, um remédio que foi dado pra pessoa, ela vai atacar células que estão se multiplicando muito rápido. Então, por isso que cai cabelo, cai cai a pessoa fica vomitando, porque as células do intestino e do cabelo também estão sempre se multiplicando o tempo todo, tá? Então elas são atacadas junto. E o que ela faz é atacar essas células. Ela, muitas drogas, né, se ligam no próprio DNA para matar a célula. Na hora que a célula abre para poder multiplicar, entra a droga e ela mata a célula. Então, quimioterapias em geral elas são bastante eficientes em termos de matar, mas elas geram extremos efeitos colaterais, né? Essas tradicionais do mercado. Eh, são boas, dependendo do do tamanho do tumor, você tem regressão do tumor, diminuição do tamanho, mas é quase impossível você eliminar por completo um tumor dessa forma, porque sempre vai sobrar uma ou outra. Quase sempre você tem um um uma recidiva, né, que é o caso. Então, para falar que a pessoa está curada do câncer, ela tem que estar 5 anos sem recidiva e sem detectar o câncer no corpo dela. Então o tratamento ele começa com o tumor, né, que tem que ir diminuindo, diminuindo, diminuindo. Ó, o tratamento tá funcionando. Vamos atacar então agora com radioterapia que ele tá pequeno, tá localizado. Vamos atacar a radioterapia, vai matar as células daquele local, o que mais, que é uma radioterapia, é uma é um tiro de radiação que que é como se fosse uma uma arma mesmo que direciona a radiação de alta letalidade para aquela região. Então vai matar as células daquela região ali na profundidade que o tumor está. Então tem que saber onde tá o tumor muito certinho. Você calcula a probabil a a profundidade e ataca. Então ela vai ser muito específica. É bacana. É bom demais. Quando tumor tá pequeno, é muito efetiva, produz também efeitos colaterais porque tá matando o resto do que do que tá no caminho. Mas é bom. Mas é aquilo que eu te falei, as células são microscópicas, vai sobrar alguma coisa, só que muitas vezes o que sobra pode ser eh pode ser morto pelo próprio sistema imune da pessoa. Então, o sistema imune detecta que tem alguma coisa errada e mata. pode ser outras drogas em combinação. Então, combinações de drogas são usadas, né, para poder aumentar as chances. Eh, porque o tumor, a quimioterapia, ela pode atacar igual como se fossem bactérias, né? Você mata um grupo de bactérias, mas tem as outras resistentes. Com o câncer é a mesma coisa. Você tem um grupo de células que morre, mas as outras se tornaram resistentes ao medicamento. Elas mutaram tão rápido que elas desenvolveram mecanismo de de proteção contra aquela droga. Então tem que usar duas drogas ao mesmo tempo. Então é todo, cada caso é um caso, né? Cada tumor é diferente. Aham. Então por isso que é muito difícil você dizer que a pessoa tá curada, porque você tem que ter 5 anos sem detectar o que tiver que ter sido detectado, né? A recidiva que você diz é ele voltar a crescer, é ele ou ele aparecer com os marcadores cancerígenos que ele que ele tem, né? Tem muito tumor que, por exemplo, a célula libera substâncias que são específicas daquele câncer, substâncias que às vezes estavam presentes só na época que a gente era embrião. A célula tá multiplicando tão rápido que ela tá tão maluca que ela libera substâncias que ela só liberava no na faseária. Aí você detecta aquela substância. Aquilo pode ser um marcador que você vai controlando, tá diminuindo, legal. Então tem menos células. Chega um ponto que ele fica indetectável. Então, a pessoa pode ter uma vida normal, ela ainda tem células do câncer no corpo dela, mas ela vai viver 30, 40 anos. Então, ela se considera curada quando ela tá 5 anos sem recidiva, sem aparecer o marcador cancerígeno. Cada câncer vai ter um critério, sabe? E qual qual que é a grande inovação nessa área, né, que eu acho que tem um potencial gigantesco. A gente deve chegar na cura de vários cânceres em alguns anos, né? Porque tem as imunoterapias. Eh, cerveja causa câncer. Sim, infelizmente. Que que não causa, cara? Tá vivo causa câncer, né? Não é alimentação saudável, exercício físico e bom sono. Só isso. De resto, acho que viver, respirar, você tá sujeito a a tudo, né? Eh, tu tava falando do do de que a gente pode ter umas curas daqui pro pros próximos anos. É imunoterapia, né? que são o queridinho dos biomédicos hoje em dia são as imunoterapias. Por quê? Isso é muito legal porque você pega, tem vários tipos, mas um exemplo, você pode pegar células da própria pessoa, do sistema imune dela, você faz um tratamento genético nessas células, tá? Se chama cartels, é uma terapia específica, tá? Você faz um tratamento dela, coloca para ela reconhecer as células do câncer dessa pessoa que você sabe como são. Aham. e devolve essas células pro corpo da pessoa. Ou seja, você colocou soldados capazes de atacar o câncer dessa pessoa. Aham. Esse é um células do do sistema imunológico, do próprio sistema imunológico dela, porque o sistema imunológico é o melhor agente contra câncer que você tem. Se você mantiver o seu sistema imunológico bem forte enquanto você está com câncer, é uma boa forma se manter alimentando bem, comendo tudo, tendo todas as vitaminas e e minerais necessários para manter uma boa saúde, entendeu? É muito importante que a pessoa com câncer fica debilitada, né? E é um problema, então você tem que dar, tem todo um trabalho para isso, né? O médico sabe fazer. Interessante. Então tem esse essa terapia que você tira do sistema do corpo da pessoa e devolve para ela. Tem terapias, por exemplo, que você coloca anticorpos contra as substâncias que o câncer libera. Então, como o câncer tá liberando essas substâncias e você tem um anticorpo contra essas substâncias, na hora que ele libera ela, o anticorpo vai lá e se liga nela. Então ele indica pro sistema imune onde que tá o câncer, porque às vezes a célula do câncer ela libera mediadores que fazem a célula do sistema imuno ficarem dormindo. Como é um mecanismo de seleção natural atuando ali em tempo real, a célula tem que sobreviver. Ela tá tentando sobreviver. O câncer não sabe que é um câncer, ele tá só tentando se multiplicar. E ele percebe que as que sobrevivem são aquelas que escapam do sistema imune. Então elas proliferam. E como que elas escapam? liberando, por exemplo, na hora que chega uma célula do sistema imune perto, ela libera um mediador falando: “Tá tudo bem, não precisa vir em mim”. Então você ataca esse, coloca uma uma substância para poder ligar um anticorpo, poder ligar nessas substâncias ou na própria célula e o sistema imune na hora que vê o anticorpo, ela fala: “Não, isso aqui tá errado”. Pá e vai e come entendi. Então tem imunoterapias bem eficientes que fazem muito, tão tendo bastantes resultados positivos. Então talvez a cura venha por aí. é um dos uma das possibilidades, porque sempre vai existir câncer, porque é uma doença natural, já existia câncer há milhões de anos atrás em dinossauros, já tem evidência disso. Eh, e todo mundo vai, se você vivesse 200 anos, você teria câncer. Todo mundo vai ter câncer, entendeu? Se vivesse tanto, porque é natural você ter mutações. Mas o que vai acontecer é os tratamentos vão ficar cada vez mais personalizados pro seu caso. Não existem dois cânceres iguais ao outro. Por isso que o tratamento não funciona para todo mundo. É, é o seu câncer, a sua célula, sua forma de tratar. Então vamos testar isso aqui. Quanto mais personalizado for, melhor, porque eu consigo atuar no caso que você tem, entendeu? Entendi. Então, eh, pode ser que cure, pode ser que não, mas a chance de de curar vai aumentando, né? Então, as mortes por câncer vão diminuindo ao longo do tempo. É isso que deve acontecer. Tá bom. Que bom, que bom. Fico feliz. Tá aí uma notícia boa, finalmente. É, [ __ ] foi mal. Toda vez que eu vou no podcast só trago notícia ruim. Não, [ __ ] Não, não. Mas se liga, cara. Tu consegue me explicar como é que funciona? Ó, deixa eu te contar uma parada. Uma vez eu tava, eu era bem moleque e eu tava, eu tava na, na, na casa de uns amigos do meu pai e eles começaram a servir ali uns umas comidinhas, né, assim, antes do almoço ali, uns aperitivos e tal. E aí eu fui e comia, eu era bem moleque, eu comi um camarão. Hum. E o camarão ele tem o meme, né, de fechou a glote. O camarão, o caminchada e de fato fechou a glot, quer que isso queira dizer. Eh, e eu fui parar no hospital tendo que tomar remédio. Eu não lembro se fui parar no hospital porque eu era muito moleque, mas aí eu tomando, tive que tomar um monte de remédio. E a partir de então eu eu descobri que eu sou alérgico a camarão, né? Como é que funcionam as alergias, cara? Cara, legal essa pergunta. Eh, vocês já tinha comido camarão antes e não tinha tido alergia, correto, cara? Provavelmente sim, cara. Sim. É porque toda a alergia ela é na verdade uma resposta exagerada, como se fosse uma bomba atômica contra um negócio que é uma poeira, entendeu? É o corpo achando que é um problema muito maior do que ele é. Só que toda alergia precisa ter uma fase de sensibilização, que é quando você tem contato com a substância primeiro e você não tem nada, tá? Então ele vai produzir uma resposta tradicional ali contra aquela substância estranha. Muitas vezes, na maioria das pessoas, isso nem é visto como estranho. Por uma questão genética, você vê isso como estranho. Da próxima vez que vier, como você já produziu uma resposta em uma memória, ela vai atacar rapidamente. Então, a alergia ela tem uma ativação de, a gente chama de mastócitos, né, células do sistema imune que vão produzir um tipo de anticorpo específico que vai ativar várias células ao mesmo tempo. Então, a resposta exagerada a um problema que não é tão grande. E como que sabe se uma pessoa vai ter alergia ou outra contra um determinado uma determinada substância? Toda pessoa é diferente, né? Então, enquanto ela vai amadurecendo o enquanto ela vai crescendo, né? Desde recém-nascido, o corpo dela vai tendo, é, desafios que a gente fala, o sistema imune dela vai amadurecendo, conhecendo substâncias, desde a fase embrionária até ela nascer um pouquinho depois. Aham. Então vai amadurecendo o sistema imune. Então ela vai tendo contato com substâncias diferentes. Nesse contato, por questão genética, as células elas vão nascer com receptores para substâncias diferentes. Na hora que ela nasce, se você tiver uma uma um receptor que detecta aquela substância, ele fala: “Pera aí, isso aqui é estranho, isso aqui não é do corpo, eu vou produzir uma resposta contra isso”. e ele vai testando. Tem gente que não tem a o receptor contra essa substância que te deu alergia no camarão, que pode ser um monte de coisa, tá? Eh, mas tem outras pessoas que tem. Você, infelizmente, foi um dos felizados ou azarados que tiveram a o receptor contra essa substância. Então, a próxima vez que você tiver, você vai ter de novo. Então, não coma, né? É um uma resposta exagerada do sistema imune. O meu sistema imune então fica maluco com aquilo ali que tá acontecendo. Imagina que é um apocalipse e taca uma bomba atômica, que nem você falou, no coisa que a princípio é uma poeirinha. E aí você também falou que pode ser um monte de coisa no camarão, por exemplo. Pode ser a substância da casca, pode ser alguma coisa do Eu não tenho certeza para dizer qual que é, né? Mas é porque é eh um alergia camarão, ela é um tanto comum. E tem algumas alergias que são um tanto comuns, não é? Sim, sim. São mais comuns que outros, tipo amendoim, amendoim, é nozes. Éí são proteínas ou gorduras que estão presentes na casca ou na na própria no no na parte interna da semente ou ou do alimento que você tá comendo, que são comuns a todo mundo. Então, o corpo dessas pessoas detecta essas gorduras ou essas proteínas e tem uma alergia. Alergia ao leite, por exemplo, é muito comum, eh, não é tão comum, né, no a gente tá falando de menos de 2, 3% da população que tem, mas é contra a mesma substância, a caseína, né, a proteína do leite. Então, a pessoa não tem intolerância à lactose, ela tem alergia à caseína, que é uma substância do leite. A proteína do leite é diferente ou ou as pessoas chamam da mesma coisa lá, lactose é o um dos é o açúcar do leite, né? Então a pessoa pode ter uma intolerância porque ela não digere bem a lactose, porque ela não produz uma enzima chamada lactase. Então a lactose ela não é bem digerida, ela é comida ali por bactérias, acontece uma inflamação no intestino e a pessoa tem diarreia, tá? É intolerância à lactose, tá? alergia a caseína, a pessoa tem uma reação alérgica quando ela bebe leite. Então ela fica inchada aqui, pode ficar com sintomas intestinais também, não pode comer queijo, porque às vezes é tão grave, né, tão sério que ela tem sintomas graves igual, ela tem graus de gravidade. Tem, tem, tá, dá para tu ser muito alérgico a camarão e pouco alérgico a camarão. Dá, dá para ser. No meu caso, eh, vamos dizer que a gente vai numa festa de criança e tem, eh, servido lá salgadinho, coxinha, por exemplo, se a pessoa se fritar o camarão no óleo, tirar e depois fritar a coxinha, já me já minha língua fica toda pinicando. Eu já eu não sei se eu não sei nem se se tem algum aspecto no meu caso psicológico, porque o cheiro do camarão já me dá um negócio esquisito, sabe? Eu já fico, nossa cara, isso daqui já sei que tem camarão, às vezes até de longe. É, essa parte é psicológica, né, cognitivo, mas você não vai ter alergia porque você senti o cheiro. A não ser que o cheiro contenha partículas suficientes para poder disparar sua resposta, mas não vai ter igual comer, né? Eh, quando você come o óleo, por exemplo, come coxinha, você vai ter a a língua pinicando porque você teve contato, mas não foi suficiente para disparar aquela resposta de fechar tudo, entendeu? Nossa! Sensação horrorosa. Inclusive eu não tenho. Então não, imagino. Cara, nada. Eu tenho uma coisa que eu tenho bizarra, tipo alergia a suor, só que eu tenho alergia a suor dos outros. Então quando eu vou na academia, isso é muito comum, sempre acontece comigo. Tipo assim, eu faço exercício, passam uns três, qu dias, a minha mão fica toda, é, com bolinhas vermelhas. Então eu descobri que eu tenho uma certa alergia a suor e é sempre mexendo nos ferros da academia. Aí tem que ficar usando luva. Não, entendi. Eu não uso, né? Então acabo sofrendo. Então minha mão fica coçando mesmo. Tu tem uma boa desculpa para usar luvinha, pô. Em geral os caras tirar sarro dos car pois é velho. Os cara fica tirando sarro de quem usa luvinha. Aí fica olhando o cara da luvinha lá. Aí você fala: “Pô, velho, eu já tenho já já no já é difícil para mim ir pra academia, né? Porque eu tenho eh vergonha e tal”. O pessoal chega lá, cara, tipo assim, só tem os maromba, né, velho? Eu tô um pouquinho acima do peso, não tô musculoso e tal. Os caras fica botando, os caras saem do aparelho, botam mais peso para falar que eles pegaram mais aí e e aí fala: “Quer revesar?” Eu falo: “Não, não, pode terminar revesar com você. Você tá maluco? Deixa o cara, filho. Fica esperando aí. O cara vem reclamar que eu tô com luvinha. Ah, é bom. Aí, fica complicado. Mas, [ __ ] tu, a gente falou das, das alergias mais comuns, mas tu conhece alguma que seja bastante incomum? Cara, eu já vi casos de gente eh que teria alergia à água, né? Existe isso para valer ou é uma outra coisa que a galera chama de alergia à água? Eu também não sei. Não sei. É, não sei. Alergias incomuns. Eu já fiz um monte de teste para alergia também. Eu lembro de eh por exemplo, minha mãe falava que eu não podia ficar em ambiente que tem carpete. Uhum. E bom, não podia ficar em ambiente que tem carpete que ninguém limpou, né? Assim, o lance da poeira é uma parada que sempre me pegou mesmo, especialmente antes de eu fazer a cirurgia do do nariz. Eu acho que eh não que isso tenha mudado minhas células nem nada, mas eu acho que como já era bem prejudicado quando entrava em contato com poeira ou qualquer coisa assim, acho que acentuava tudo. E eu já tive bastante falta de ar também, mas isso não tem nada a ver com a com a alergia, eu suponho, né? Não, mas é, por exemplo, tem um uma alergia em comum que eu acabei de falar de alergia ao suor dos outros, né? Mas tem gente que tem alergia ao suor próprio. Ou então a, por exemplo, se você ficar muito tempo sem tomar banho, ficou o dia inteiro sem tomar banho, chegou suado em casa, se você não toma banho e fica com a as aquele suor, aquela gordura no corpo, aquela gordura pode gerar alergia. As substâncias do ar que estão entrando em contato, elas vão gerar algum tipo de alergia. Então vamos citar um caso que é da minha esposa mesmo. Minha esposa, ela tem eh eh tu acabou de falar de gente que não toma banho, tu vai lá e fala da tua esposa que ela vai te matar. Ela toma banho todos os dias. Mas, por exemplo, ela, isso é um negócio legal porque eh pode mostrar como que às vezes a gente acha que é uma coisa e é outra. Então, por exemplo, ela tava com com umas manchas na perna por causa de algum tipo de alergia, claramente algum tipo de alergia. E nem os médicos não sabiam o que que era, entendeu? Ninguém sugeriu para ela o que que o que que poderia ser e tal. Não, não tem explicação. E aí ela simplesmente trocou, ela tava dormindo com um moletom, trocou o moletom. E aí o que que a gente descobriu? Que o próprio suor, ela passou a dormir de shorts, né? O próprio suor do moleton que tava produzindo ali, tava deixando a perna dela marcada exatamente onde a perna dela encostava uma na outra. Então a pele dela era tão sensível que tava gerando isso. Então uma pode ser uma alergia ao próprio suor ou alguma substância que tá ali. Isso não é tão incomum assim. Pessoas que tm, por exemplo, dermatite atópica tem muito, é um tipo de eh pode ser por várias causas também, mas a pele delas é extremamente sensível, então ela não produz ou colágeno suficiente ou ela não tem a resistência suficiente, a elasticidade suficiente para produzir uma camada de gordura necessária pra proteção. Então a pele fica sensível a tudo. É, até, por exemplo, fica muito seca, né? porque o ela tá em contato direto com o ar, então ela tem dermatites que são inflamações ou a próprias alergias, né, na pele toda e atópica, ou seja, às vezes sem sem ter uma uma um lugar específico, tá? Eh, pode ser disseminado no corpo e a pele é sensível ao toque ou ao a vez a pessoa fica fica com o braço assim muito tempo, na hora que tira parece até um roxo, mas não é uma dermatite que deu ali, né? Eu esqueci o nome disso, técnico, dermografismo, que é um termo técnico, né? A pessoa pode ficar desenhada se ela, tem muita gente que é adolescente, que tem dermatite atópica com dermografismo, aí brinca na escola e escreve assim: “Otário no braço, tipo assim, com lápis, passa um dia, tá uma marca gigante vermelha inchada, otário, sabe? Teve gente brincando com isso, entendeu? Mas é, chama dermografismo.” Entendi. É. Cara, e assim, você tava falando de lá no começo lá falando que tu estudou bastante, o troço que tu manja, que tu estudou e tudo mais, era dengu né? Eh, também falamos sobre a possibilidade de ter aí o nos próximos 5 anos aí casos de dengue, até por conta da maneira como a gente lida com com o mosquito e tudo mais. E cara, assim, se quais são as doenças que são mais eh comuns quando você quando você é um cara que justamente não toma muito cuidado com a tua higiene pessoal, comuns de higiene, acho que em geral, né, ISTs, doenças sexualmente transmissíveis, então, eh, herps, HPV, outras coisas, por exemplo, eh, que são doenças micoses em geral bacterianas, né, por contato. Então, eh, doenças de pele mesmo, bacterianas, infecções bacterianas, a própria e espinhas, né, por falta de higiene. O, por exemplo, ou seja, tu pode ter espinha porque tu não lavou a cara direito. Sim, sim. Porque você tá com oleosidade, né, e não tirou. Eh, você também tem, por exemplo, câncer de pênis, hã, é um dos cânceres que ele acontece por falta de higiene no órgão sexual, entendeu? Porque você tem ali a a falta de higiene levando a a danos, a lesões, a multiplicação de células e ao câncer. Então você tem essa questão do do câncer de pênis é um dos cânceres evitáveis por higiene, né? Além do próprio HPV também que pode causar. Eh, [ __ ] então o cara não lava o pinto, maluco. Sim, mas é bem comum. É bem comum. Como assim, cara? Foram 600 casos de amputação de pênis em 2024. Calma aí. Sério? Por causa de câncer de pinto? Sim. Bom, é melhor cortar do que morrer ou sei lá, talvez seja a mesma coisa, né? Eu não quero ter, não sei. Eu prefiro não responder. Prefiro meu direito ao silêncio. É boa, boa, boa, boa. Mas cara, não sabia, cara. É muita coisa. É falta de higiene, cara. Falta de higiene. Que mais? Deixa eu ver. Candidíase, né? São as doenças fúngicas, bacterianas, né? Eh, doenças, por exemplo, eu eu falei de de HPV, por exemplo, e e herpes e tudo, mas isso não é nem porque tem falta de higiene, mas é o higiene do local onde você foi ali e encostou, entendeu? Então, pode ter, por exemplo, banheira de hidromassagem de motel. É um lugar assim, é um poço de doenças. Como é que tu Vamos lá, hipoteticamente Ah, tá, tá bom. Uso, não uso, não gosto de banheira de duromassagem, especialmente em motel. Então é melhor não utilizaron também. O pessoal liga a água no talo, né? Deixa a água fervendo lá e liga e deixa lá. Só que ainda não é suficiente para matar tudo. Então acaba que pode pegar uma infecção e tal, infecção urinária, né? Principalmente pra mulher que o canal uretrário, o o canal da uretra é menor, né? porque tá em contato ali direto. Então pra mulher a bactéria entrou ali, sobe, em poucos dias ela tá na bexiga. Então é muito fácil pegar infecção urinária nesse tipo de situação. Candidíase também é muito comum. Então eu fico brincando que, tipo assim, eu acho que tudo tem cândida. Você perguntou se eu sou hipocondríaco, mas eu fico brincando com a minha esposa que tudo tem cândida agora, né? Eu não gosto de de banheira de hidromassagem. Eh, hotel, né? Você vai para um hotel. Eu sempre, antes de fazer faculdade, sempre achei uma frescura danada você botar um chinelo para tomar banho, né? Porque beleza, tá limpo ali, o lugar foi limpo, beleza. Só que é um lugar que dependendo da higiene do local, pode, se você tiver um corte na pele, pode ser, pode infeccionar, pode trazer alguma doença, entendeu? Então, tu não é hipocondrico, mas tu é meio neurótico. Ah, cara, eu sou de boa, sabe? Eu olho e resolvo, entendeu? Não fico criando caso, simplesmente não uso, entendeu? Entendi. Muita coisa deve ter, mas eu tomo banho no hotel, tá? Eu tomo banho, inclusive tomei banho para vir aqui. Importante. Eh, muita coisa deve ter mudado no jeito como você percebe a vida e as possibilidades de ficar doente depois que tu saiu da faculdade, né? Sim, sim, sim. Acho que a gente vai se acostumando a não se preocupar com muitas coisas, porque a gente vê muita coisa acontecendo, muita doença, muito parâmetro alterado e e acha que se você não tiver controle, você acha que tá tudo errado, mas não. A maioria das nós temos o sistema imune para isso, né? Senão eles não ficam neurótico, não. Tá bom? E e assim, a melhor maneira da gente deixar o nosso sistema imune funcionando é se alimentar bem, ingerir as vitaminas que precisa ingerir, fazer exercício físico, eu imagino. Sim. E essas são as três principais dicas. Sim, eu acho que muito mais do que isso é não acreditar em suplementos que tão te vendendo, que aumenta imunidade, porque não tem como você aumentar a imunidade. Não tem como. Por exemplo, isso é interessante. Se você compra um suplemento que tá ali multivitamínico então Imunoboost, né, que tem muitos aí, dá a impressão de que você vai aumentar sua imunidade. Por quê? porque ele tem substâncias tipo zinco, vitamina D, vitamina C, outras vitaminas, minerais que participam do processo da formação da célula do sistema imune e que teoricamente, se estiverem em falta, você vai ter uma baixa imunidade, mas isso não significa que se tiver em alta você vai aumentar sua imunidade. Sua imunidade tem que estar num nível que a gente chama de homeostático, né? um nível padrão para aumentar somente quando você tiver uma infecção ou uma inflamação. Se você aumenta isso antes, você tá gerando doença autoimune. Não faz sentido, entendeu? Você aumentar a sua imunidade. Nem tem como você aumentar a sua imunidade a não ser estimulando o sistema imune com uma vacina ou com algum substância tóxica, entendeu? Me explica um, me explica o que que você quer dizer com uma doença autoimune. Bom, eu conheço eh eu sei doenças autoimunes como a Aides, como o Vitiligo, Aides, não, não é autoimune, né? Ela é causada por um vírus, então ela ela ataca o sistema imune. Então falei merda. Sim. Então tá. E eu falo merda com uma boa frequência. Tudo bem. Não, eu também devo ter falado merda aqui também. Não tá. Então tá. Eh, [ __ ] Então tá bom. Então agora a gente tem duas coisas para que eu que eu queria saber. Eh, o funcionamento da da AID do do HIV, sim, é mais ou menos a mesma coisa. Dá pra gente usar como a Aides é a a síndrome da imunodeficiência humana, né, adquirida. Ela é o a fase final, se você não tratar o HIV, é a fase final da doença em que debilita tudo da pessoa, né? O HIV é o vírus que ataca o sistema imune. Então ele ataca justamente as células responsáveis por montar a resposta imune. E é por isso que ele é difícil de combater. É também. Mas é quando a gente vai pro colégio, aprende sobre aides e tudo, a gente acha que o problema do HIV é porque ele ataca o sistema imune. Então como é que você vai produzir uma vacina? Porque é justamente não é esse o problema essencialmente, porque até teria como, o grande problema do HIV é que ele integra no DNA das células, das nossas células. Que que é isso? Ele tem uma enzima que integra na hora que que ele entra na célula, joga o RNA dele lá, ele junta no DNA da célula, diferente de outros vírus. Outros vírus usam a maquinaria da célula para ligar no DNA deles e produzir proteína e produzir outros vírus. O HIV ele liga na no DNA das nossas células. Então, mesmo que você erradique o o HIV do corpo da pessoa, elimine 100% dos vírus, no dia seguinte ela vai ter HIV no corpo, porque o vírus tá dentro do DNA da células. Então é impossível você eliminar o HIV do corpo da pessoa. Entendi. Por terapias tradicionais. Então, teria que fazer, por exemplo, já teve, acho que seis ou sete casos de cura de HIV eh, no mundo, como a pessoa tá em tratamento de câncer e ela tem que retirar a medula óssea, retirar as células da medula óssea para poder fazer o tratamento. Então, o tratamento do câncer, principalmente leucemia, né, que é um câncer do sangue, que são células do sangue que estão sendo produzidas com câncer, você destrói a medula óssea da pessoa, as células da medula óssea, você ataca tudo, entendeu? A pessoa fica basicamente sem produzir células do sangue e e depois ela ela se cura do câncer porque você matou toda a produção. Como é que foram curadas essas pessoas com HIV? Você tirou a medula óssea dela, fez uma modificação genética nessa célula, retirando o pedaço do vírus ou tirando a parte que o vírus se liga e reinjetando essas células no corpo da pessoa, tá? Então vou repetir, você tira as células do do sistema imune, faz uma terapia gênica para alterar onde o vírus vai se ligar e reinjeta essas células na pessoa. Na hora que você faz isso, como você reinjetou a medula óssea, que é quem produz o sangue, você tá colocando na pessoa só células que são imunes ao HIV. Então, mesmo que tenha o o material genético, na hora que o vírus nasce no corpo, ele não consegue entrar na célula mais. Então, a pessoa está curada do HIV. Então essa pessoa nesse caso tinha câncer, leucemia e HIV. Sim, sim, tinha os dois. Aí consegue fazer esse esse tratamento porque esse tratamento é extremamente arriscado. Você deve imaginar, né? A pessoa perde todas as células do sangue e faz o tratamento. Eh, para é uma quimioterapia agressiva. Aí eles fizeram esse pré-tratamento antes para reintroduzir as células curadas dentro do corpo dela. E a HIV aides, né? não é uma doença autoimune, porque não é o próprio sistema imune atacando o corpo, é um vírus que entrou e que atacou o sistema imune, entendeu? E a aides é a fase final disso quando não é tratado. Então quando você fica com o o vírus tá destruindo sua célula o sistema imune vai diminuindo, diminuindo, diminuindo, chega um ponto em que o sistema imune já não combate mais doenças. Então um qualquer coisa pedacinho de uma bactéria que nem ia fazer nada com você vai te matar, entendeu? A aides, ela vai debilitando a pessoa até a morte. Entendi. E uma doença autoimune já é outra. Lembra que eu te expliquei aquele negócio do de você nascer com eh sabendo o que que é estranho, o que que é correto? Uma doença autoimune é quando o seu sistema imune identifica uma substância própria como estranha. Então pode acontecer na antes de você nascer, pode acontecer durante a vida. Então, eh, ela, as células vão atacar partes do corpo. Então, lupos, por exemplo, né, com a doença autoimune. Eh, existem várias manifestações, mas as células ela, o corpo começa a identificar partes do do DNA, do núcleo da célula, fator antinuclear, né, que a gente fala, que as células atacam as próprias células do corpo em várias partes do corpo diferentes. Então, por isso que manifesta, o lupus tem várias manifestações diferentes, né? Entendi. O vitiligo é o o e as nossas as células atacando o quê? É as as células de de que produzem a cor da pele, né? A a melanina. Então você tem os melanócitos, né? Você tem por isso que a a pele vai ficando branca. Então ela para de produzir a a cor da pele, a doença autoimune também que o Michael Jackson tinha. É. E e o lance do Michael Jackson é que ele acelerou o próprio Vitago para ficar branco. Cara, não sei, eu não lembro, cara. Pelo que eu assim, a isso eu era menorzão, tá? Menosão também. E aí, [ __ ] mas é um bom tema, bom tema de vídeo, inclusive. Olha aí. Eh, eu lembro que tinha uma história que ele ele ele tinha mandado produzir uma pomada que faria com que ele ficasse assim, que aceleraria o vitiligo pelo corpo dele inteiro para ele poder ficar branco. Cara, você acredita que eu nunca pesquisei isso? É, nunca pesquisei. Eu não sei se é resultado da própria doença, se ele acelerou isso. Não faz. Deve ter acelerado, né? Porque ele ficou branco. É, né? Mas será que ele ficou branco no nas partes que você não via? Será que ele passava a pomada lá? Não sei, né? Então vai saber. Bom, tem pergunta pra gente aí, Jean? Tem. Então a gente vai ouvir agora umas perguntas, daí a gente vai saindo na caixa de som, não? Saindo, família. Tá bom. Então dá aí. Vai. Vai ter sair dentro. Ah, é verdade, família. Olha só. Eh, você aí que que conhece alguém ou está precisando de algum serviço ortopédico, tá com a dor no ombro, tá com a dor na coluna, tá com dificultade para andar, qualquer coisa nesse sentido aí, o hospital ortopédico da ACD é a tua melhor opção, tá? Eh, ele não perde em nada para nenhum hospital aqui de São Paulo. Eu sei porque eu já visitei algumas vezes lá. E cara, lá você vai ter todo o tratamento, desde o exame até as cirurgias de alta complexidade, tudo no mesmo lugar, tudo feito pela equipe lá da da ACD, que inclusive trata de pessoas de todas as idades lá. E dá para você acessar o hospital ortopédico da ACD de várias formas. Você pode ir pelo SUS, você pode ir pelo particular, você pode também ir pelo convênio. Então, eh, o Hospital Ortopédio da CD tá à sua disposição para fazer você ter uma qualidade de vida melhor no fim das contas, tá? Eh, tem lá também uma como se fosse uma fábrica. Eh, tem lá uma oficina que faz com que ela cria as a, por exemplo, cadeiras de roda específica para as pessoas eh que de acordo com a necessidade delas. Então, não é uma uma coisa genérica que vai se que vai, em tese, servir para todo mundo, porque, né, cada pessoa tem uma necessidade específica e lá na ACD você vai ser vai ter o melhor atendimento de todos. E também à medida que você usa o hospital ortopéstico da CD lá, você ajuda eh a CD a continuar ajudando as outras pessoas também, tá bom? Então vá lá conhecer ou ou clica aqui nesse, tem o Qcode aqui, tem o link aí na descrição para você conhecer mais sobre o hospital ortopédico da ACD. E é isso, tá bom? Vamos lá, Janzão. Edward Jenner mandou R$ 10. Boa noite, pessoal. Recentemente vi uma notícia afirmando que excesso de baba pode estar associado a problemas de saúde. Afinal, babar dormindo é sinal de problemas na saúde mesmo. Que isso? É, o Bob Esponja tá nervoso aí, quer saber se babá é um problema. Uai, depende se a pessoa dorme de boca aberta, porque, por exemplo, uma pessoa mais obesa, né, uma pessoa que tem tá acima do peso, ela pode tá dormindo, ela pode não estar respirando bem pelo nariz porque ela tá com excesso de peso. Inclusive, uma das principais causas de de apneia do sono e problema de respiração no sono é por excesso de peso. Então, quando a pessoa não respira bem pelo nariz, ela tende a abrir a boca como mecanismo reflexo. Então, se ela tá babando muito, será que é porque o peso dela não tá, ela não tá acima do peso? Será que ela tá dormindo bem? Então tem que avaliar isso, entendeu? Sendo bem técnico. Aham. Em cima da pergunta, né? Bom, acho que pode ser isso. Ou pode estar com raiva também, né? Não, raiva não. Raiva ela ela estaria bem pior do que babando. Estaria acamada. É, vamos lá. tem raiva. Coisa tem umas doenças assim que a gente que eu eu ouço ou falar desde o tempo de escola que elas eram elas são muito assustadoras e assassinas e tudo mais. Raiva tá entre elas e a outra tá outra que tá a outra é uma que a gente comentou aqui quando a gente foi gravar aquele vídeo contigo que é a leptospirose, certo? Eh, a leptospirose não tá tão longe de nós quanto a raiva, tá? Eu acho que não. Não depende muito saneamento, né? tava até conversando aqui antes da gente vir como que o saneamento mudou a história da humanidade, muito mais do que vacinas, muito mais do que medicamentos, antibióticos, porque eh a leptospirose transmitida por urina de rato, né? Então, eh você tem bactérias que causam problema e quando você tem um baixo saneamento, você tem pessoas, principalmente enchentes, por exemplo, Aham. que entram em contato com a urina do rato, né, com as bactérias, você pega a leptospirose e é uma doença grave se não tratada. é fácil tratamento, mas ela é muito grave e ela avança muito rápido. Eh, e é interessante uma coisa porque a gente evoluiu muito, né? Tava até para eh pensando nisso, que a gente vai escrever um um texto sobre história das das epidemias, né? E antes da assim, de pouco tempo atrás, de 1900 para trás, você ainda se acreditava que as doenças eram causadas por mauses, né? Então, eh, tem antes na Grécia antiga, o pessoal acreditava que as doenças eram causadas por castigo divino. Então, você tinha lá o Deus Apolo que que teve eh castigava as pessoas que não rezavam. E e as pessoas para não serem se serem castigadas pelo Deus, elas rezavam pras filhas do Deus, pro pra pras netas do deus Apolo, que eram a Panaceia e a Igia. E a panaceia, ela se tornou para as pessoas curarem as doenças que elas tinham, elas rezavam pra Panaceia. Por isso que Panaceia é o que cura tudo. E a Iia era a deusa que prevenia as doenças, que era a higiene. A a palavra igia é onde vem a palavra higiene. Entendi. Então, a na Grécia antiga, o pessoal já tinha meio que rezava para isso, sabia que tinha algo que curava e sabia que tinha algo que prevenia doenças. E aí você teve um cara chamado Hipócrates, que inclusive os médicos fazem o juramento de Hipócrates, né? Que ele mudou isso. Ele ele foi o primeiro cara na Grécia que começou a trazer o pensamento racional pra medicina, que antes era tudo na fazia cirurgias, tudo tentando tentativa e erro, né? E ele começou a falar: “Pera aí, não são os deuses que causam. E aí o que que será que tá causando, né? ter o ele começava a pensar, poxa, podem ser mausares, teoria dos humores, um monte de coisa lá. E essa teoria do do Hipócrates permaneceu por muito tempo de que poderiam ser mauses. Tanto que os romanos eram fissurados com isso e eles eram tão fissurados com saneamento que eles construíram aquedutos, né, para poder transportar água, porque eles tinham medo dos maus ares. Eles achavam que quando tinha alguma coisa fedida é porque ela poderia transmitir doença através do ar. E sempre que tinha alguma coisa fedida, acontecia um caso de malária, que na verdade significa mau ar, né? Malária. É, em latim significa maus ares. Eh, eles não associavam que o cheiro ruim estava associado ao mosquito transmissor da malária. Eles não sabiam que era um mosquito. Eles achavam que eram maus ares. Então, o saneamento básico, ele resolveria mais da metade das pandemias que nós tivemos na história. Peste bubônica foi por falta de saneamento, as pestes de Atenas foram por falta de saneamento. Eh, as grandes gripes, né? e as e as grandes gripes, não, as grandes pestes que que vieram na de Atenas, né? Porque você tinha pessoas chegando de fora da cidade, vindo ali, tudo desembocava ali e em Roma. Então, todos os caminhos vão para Roma. Tem essa frase, né? Porque todos os caminhos de de migração das pessoas doentes iam para Roma. Então, Roma foi um epicentro de epidemias que tinha até o saneamento mais ou menos, mas como via as pessoas de fora que eram chamados de epidemos, né? E as de dentro eram os endemos, eles chamavam as quando acontecia alguma coisa vinda de fora das pessoas de fora, eles chamavam de epidemia. Então isso veio, veio da Grécia, foi passando pela, pela Roma e hoje a gente sabe o quanto que o saneamento, por exemplo, isso aplicado o Brasil, tá? Eu tava num num evento ontem eh sobre progresso da ciência, né, da sociedade brasileira pro progresso da ciência. E eu tinha um pessoal comentando que tem cidades do Brasil que tem 3% de saneamento básico, 3% das casas tem esgoto, entendeu? Aí é [ __ ] Então a gente tá vivendo a era antiga aqui ainda e a gente sabe que, por exemplo, R$ 1 investido em saneamento na prevenção de doenças, ele traz de volta pelo menos R$ 400 no longo prazo em retorno pra saúde pública, porque deixa de adoecer, deixa de morrer, trabalha mais, trabalha feliz, tem mais filhos, trabalha com com mais qualidade, mais produtividade. Então, saneamento básico, por incrível que pareça, é a medida mais eficaz para prevenir doenças que existe, muito mais eficaz do que vacinas e e outros tratamentos. Não que vacinas não sejam, mas o saneamento deveria ser a primeira. Esse lance dos mausares, é por isso que os médicos da peste usavam aquela aquela bicão com um monte de erva ali dentro, né? Sim, porque eles acreditavam que o que o arque tava causando a peste, quando na verdade era a pulga, né? Pois é. Bom, dáhe aí, Venzão. Curiosinho, curiosão, mandou R$ 10. Boa noite, família. Lucas, é verdade que só usamos 10% do nosso cérebro? Não, tem gente que usa menos do que isso, né? Mas, ah, meu irmão, tem. Mas eh a gente tá o tempo todo usando 100% do cérebro. Inclusive, tem á nesse momento que você está me assistindo e nos assistindo processando e entendendo essa informação. Então tem ali a área de processamento, mas tem á processando sinais do seu intestino, tem áreas que estão processando o sinal eh do que vem das suas mãos, o seu tato. Então tem áreas estão ouvindo, vendo. Então o tempo todo tá tá tendo pensamentos e processamentos que você nem imagina que estão passando pela sua pelo seu corpo. Então a gente usa 100% do cérebro o tempo todo, não o tempo com toda a intensidade, mas o tempo todo ele tá ativado e aí em determinados momentos vai ter atividades maiores em determinadas partes. Entendido? Inclusive, pô, se a gente a gente tem parte do cérebro que tão ativando músculos involuntários com, caraca, de repente eu virei aqui um é robô, um robô, mano. Eh, por exemplo, o coração, não é? São, é o cérebro que tá mandando ele. É, tem um sinal é elétrico, né? O coração ele até que é um pouco até um quase que independente, que tem um um marca-passo interno no coração que faz ali, mas depende também do sistemas de autônomos, né, que do cérebro de controle. Entendi. Cadê? Dá-lhe aí, Janzão. Igor de calcinha mandou R$ 10. Salve, Famuaila. Existe algum alimento do dia a dia que parece inofensivo, mas que pode trazer riscos à saúde a longo prazo? Pequeu, entrei nesse mundo de alimento saudável e dizem que tudo mata bicho. É, você deixar tudo mata mesmo, né? Mas e existem sim alguns alimentos que a gente tem que tomar mais cuidado, né? Eh, primeira classificação, se é em natura, é processado ou ultraprocessado. Se é ultraprocessado, já tem que dar um alerta. Então, um alimento que eu tenho, até fiz vídeo essa semana foi sobre barrinhas de proteína. Aham. que elas são consideradas eh saudáveis, porque elas têm uma quantidade bacana de proteína, mas o que acontece com elas é uma brecha na nossa lei, na nossa famosa lei brasileira, que fala que barrinhas de proteína não precisam ter aquele selo de alto em açúcar adicionado e alto em gordura, porque elas não são consideradas alimentos, elas são consideradas suplementos, apesar de estarem ali do lado do do biscoito e no supermercado, do lado das barrinhas de cereal. Então, a barrinha de proteína, ela não é um alimento, ela é um suplemento para te dar mais proteína para quem tá precisando. Não é um lanche saudável para você comer todo dia. Então, quando você tem eh as barrinhas de proteína ali, mais da a maioria das calorias dessas barrinhas normalmente não vem das proteínas, vem de gordura e açúcar. Então, elas não são alimentos saudáveis, apesar de serem vendidas como alimentos saudável. Sabe? Entendi, entendi. Isso isso daí é muito isso quebra um monte de ideia que a gente tem. Porque, por exemplo, eu já passei aqui para, cara, vou comer um troço saudável hoje. Hoje eu vou, tô com fome, não vou pedir um sanduíche, não. Uhum. Vou comer uma barrinha. Talvez até seja melhor comer uma barra. Não, eu acho que que depende do caso, entendeu? você vai comer ali porque você tá com fome, porque você não tem outra coisa para comer, você tá com pressa, beleza, não tem problema você comer. Agora você tem que comer ciente de que aquilo não é a melhor opção, entendeu? Ela tem muita gordura, tem muito açúcar, dependendo do da marca. Então, mesmo que não tenha açúcar adicionado, vai ter gordura, porque é naturalmente ali, a como ela é feita, né, ela precisa de óleo para poder ser produzida. Então não é um negócio para você comer todo dia. E eu sei que que as pessoas se confundem porque eu conheço pessoas que compram ganha o a barrinha, né? Compra aquela caixa da das barrinhas de proteína e cara, é gostoso demais, é muito bom. Então vai comendo igual chocolate, vai comendo, comendo, comendo e acha que tá comendo algo bom e é pesado, entendeu? Entendi. É só um exemplo, né, de alimento, que não é um alimento, é um suplemento. Cuidado. É um suplemento. Dá lhe aí, Gzão. Fodinha mandou R$ 10. Se você é um fodinha, deixa logo seu joinha. Daniel Molo, quando você decidiu largar as curiosidades do Você Sabia e migrar pra Biomedicina? Bom, quando o Lucas Marques parou de fazer vídeo comigo, nem é tão parecido assim, cara. Eu também não acho não, velho. Mas ficou, né? Aí eu aproveito, né? Porque se o cara acha que eu sou o Daniel Molo, Daniel Molo é famoso, aí ele acha que eu sou, clica no vídeo, eu ganho visualização, né? Então beleza, mas não tem nada a ver com eles. Tô tranquilo. Eu acho, eu acho que inclusive não tem nada a ver mesmo, né? É que você tá me vendo pessoalmente, mas é porque na câmera você só vai me ver em 2D, então você vai ver só isso aqui, ó. Tá? Entendeu? Então o pessoal fala que parece a minha mãe já falou que parece. Então então deve parecer. Se tua mãe falou, então quem sou eu para dizer que não parece? Então parece. Lembra, lembra? Entendeu? Mas agora ele tá com bigodinho, pô. Só o bigodinho não tá não. Tá a última ontem que a gente viu ele tava só com bigodinho. É bom. Dáhe aí a última. Tá. Tá. João Silveira mandou R$ 10. Recentemente voltou a viralizar no Twitter um trecho de uma médica de 20 minutos provando que sexo anal causa miocardite a longo prazo. De onde vem essa afirmativa e quão base ela tem? Como assim, cara? Faz sentido isso? Não faz nenhum sentido. Faz nenhum sentido. Não, nem nem na brincadeira faz sentido, cara. Cardio cardite, você poderia pensar, né? uma um uma frequência cardíaca levada por excitação, uma miocardite, inflamação, ou seja, pode continuar dando seu cuode. Entendeu? Inclusive, esses dias eu fiz um vídeo sobre se beijo grego transmitia Tênia, que teve uma pessoa que colocou no Twitter que não era para ficar chupando o cu dos outros. Beijo grego transmite tênis, cara. Não, cara, não. Eu e o pior que eu procurei na literatura científica e encontrei um artigo em japonês. Como é que eu li? Botei no chat EPT para ele traduzir, porque não tinha como eu ler, não sei japonês. Que os médicos investigaram um caso de uma mulher de não lembro agora, mas de menos de 30 anos, que ela tinha praticado a prática de beijo grego no seu companheiro, que deve ter gostado muito da ação ali da da mulher. E ela apareceu com teníase, né? Ou eh, na verdade, ela tava com cisticercose, que é quando você come os ovos da tênia que saem nas feeses. Então, os médicos se perguntaram: “Será que essa mulher ela ela se infectou através da do beijo grego?” Eles fizeram o histórico do caso e viram que não, que muito provavelmente ela se infectou através de alimentos contaminados, porque na casa dela tinha as condições ideais para ela se infectar dessa forma. Eh, então, ou seja, chupac tá liberado. Não existem casos relatados na literatura de transmissão de têner por esse tipo de prática. Então, pode ficar tranquilo. Que viagem, né, cara? Mas tem que fazer a higiene, né? Importante falar. É sempre bom, porque senão tu vai comer merda também, né? É, porque cocô transmite muita coisa, né? Então tem que tomar cuidado. Na to que não é toa que os biomédicos ou que existe o teste, o exame de fees, né? É uma das coisas assim mais constrangedoras da humilhante, cara. Pois é. Eu tive que ver o cocô dos meus colegas de faculdade todos. É, é. Eu era monitor de parasitologia. Pior que que é verdade. Eu fui monitor de parasitologia, vi cocô da minha namorada na época, vi cocô da minhas exnamorada, vi cocô do meu professora. E quando não é espermograma, que aí o pessoal fica perguntando, ah, quem é que doou? Era eu, né, que doava. Ninguém sabia. Falava: “Nossa, que espermatozoides de qualidade.” Realmente, esses aqui tão bons mesmo, cara. E assim, eh, fazer um espermograma é meio bad trip, porque eu já fiz, eu fiz vasectomia e aí eu tive que fazer o espermograma, [ __ ] literalmente sem sem sem meias palavras, tu tem que bater uma [ __ ] meu irmão. E aí tem lá algumas coisinhas que te deixariam excitado, sabe? Aí tem lá umas revistas, tem umas paradas que tu fica, nossa, cara. Agora imagina, eu tô num congresso científico, último ano de faculdade, tudo bem, o pessoal já sabia que eu era monitor e tal, tô no congresso científico, eh, na própria UFMG e aí não tô sabendo de nada, tô só na organização. Aí de repente vem duas colegas minhas e falam: “Lucas, você pode ceder amostra de esperma para nós, por favor, que não sei o quê”. Eu falei: “Gente, pelo amor de Deus, não.” E elas falaram alto para todo mundo ouvir. A pessoal que ia fazer o minicurso de espermograma tava ouvindo. Aí eu não cedi. Aí passou o, eu fiquei assim, pô, velho, eles devem ter usado esperma de alguém e tal. Aí arrumaram esperma de de algum animal da veterinária lá para poder usar de exemplo. Mas aí no outro ano eu falei: “Não, eu vou fazer”. O problema é fazer isso aí que você falou no banheiro da faculdade para poder ceder pra aula que ia começar em 20 minutos, entendeu? Não tem estímulo. Na época não tinha celular igual a gente tem hoje, não tem nada, entendeu? É na raça ali, como pela ciência. Exatamente. Nossa, mas que bad trip da [ __ ] né, cara? Que loucura. E foram algumas vezes, infelizmente. Tô zoando. Foi uma vez só. Lucas me sede um esperma, [ __ ] Não, mas foi super profissional, entendeu? Eu entendo, eu entendo. Com certeza. Não tem menor dúv. Problema são as pessoas que ouviram isso. É bom, eu imagino. Ô Lucas, obrigado demais pelo teu tempo, cara. Obrigado por vir aí, obrigado pela moral e por eh me ajudar aqui com todas as minhas burrices, cara. Cara, não, você não é burro, para com isso. Muito inteligente. Você é um ser humano inteligente, capaz de fazer boas escolhas, porque inteligência é a capacidade de fazer escolhas. Aprende isso hoje, tá? Boas aí já não sei, né? Mas escolhas com certeza. Não, tem que ser boas. O cara inteligente é aquele que faz boas escolhas. Obrigado pela moral, cara. Tu quer falar mais alguma coisa? Isso daqui a tua câmera. Beleza, Igor. Obrigado. Eh, queria agradecer a oportunidade de falar com vocês para seguirem o Ola Ciência, seguirem todas as nossas redes sociais. A gente tá falando de saúde, de medicina, de como se cuidar, né, e principalmente como viver melhor. Então, se você acha que o conteúdo que eu passei aqui foi útil para você como curiosidade, dá uma olhada lá no canal, porque tem muita informação útil pra sua vida, para você viver melhor, com mais saúde, beleza? Olá, ciência em todas as redes sociais. Obrigado. A gente vai deixar facinho para vocês aqui no comentário fixado e aí você consegue encontrar tudo com clique só, tá bom? Eh, não esquece de se inscrever aí no canal, muito importante. Dá o like nesse vídeo também. Dá o like nesse vídeo aí agora, tá bom? Para aí o que você tá fazendo, cliente desce ali, dá o like no vídeo, do lado tem o botão de se inscrever e comenta aí, comenta olá ciência. Pronto, comenta aí no no quando virar vod. Olá ciência que é pra gente levantar a vibe. Tá bom? E no mais é isso. Obrigado aí todo mundo pela audiência. Obrigado, Lucas. mais uma vez e a gente se vê semana que vem, tá bom?

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