TARS, a tecnologia que PERMITIRÁ LANÇAR SONDAS ATÉ NETUNO EM 37 DIAS!

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Este episódio é um oferecimento da Insider, mais 
detalhes ao final do vídeo! Há alguns anos assisti a uma palestra do psicólogo canadense Jordan 
Peterson na qual ele falava sobre a “maldição da criatividade”. Pessoas criativas – e as chances 
de que você seja uma delas é grande, afinal está assistindo a um canal que tem a pretensão de 
aumentar os horizontes de seus espectadores, uma das ânsias de quem é criativo –, pessoas 
criativas são como árvores frutíferas… Por mais que tentem reprimir sua criatividade – 
porque afinal, é difícil demais ganhar a vida a partir dela, é só ver a quantidade de artistas 
bem-sucedidos perto daqueles que não o são – quem é criativo não consegue, simplesmente, parar 
de criar, assim como uma macieira nunca para de gerar maçãs. Está em sua natureza. A “maldição”, 
então, é essa: as chances de alguém criativo ser muito bem-sucedido são extremamente pequenas, 
e é impossível reprimir a criatividade… Mas aqueles que conseguem sucesso criando… Escrevem 
seu nome na história. Afinal… Precisa ter muita imaginação para perceber que a força que derruba 
a maçã da árvore é a mesma que segura a Lua em sua órbita… Ou que espaço e tempo são duas faces da 
mesma moeda… Ou que as estrelas são outros sóis, e a Via Láctea, apenas uma entre incontáveis 
galáxias. Faz poucos séculos que compreendemos as grandezas astronômicas, pouco mais de cinquenta 
anos que criamos tecnologia para visitar o corpo celeste mais próximo… Marte parece não estar 
mais tão longe assim… Mas Júpiter, Saturno, e principalmente Urano e Netuno continuam 
a muitos anos de viagem, é por isso que os dois últimos só foram visitados uma vez. Até 
agora, talvez? Hoje você vai conhecer uma ideia interessantíssima de como poderemos impulsionar 
sondas a velocidades muito maiores do que as alcançadas pelos foguetes químicos… Criada 
por um professor da Universidade de Columbia, em Nova York… E dono de um fantástico canal aqui 
do YouTube, que acabou de ultrapassar um milhão de seguidores, o Cool Labs. Um exemplo fantástico 
do que uma mente criativa é capaz de fazer! As distâncias astronômicas são absurdamente 
grandes. A tecnologia para viagens espaciais que dominamos hoje, os foguetes químicos, conseguem 
levar homens até a Lua em uma semana. Poderemos ir até Marte em pouco mais de seis meses, também, 
mais ou menos na mesma velocidade que conseguimos impulsionar nossas sondas interplanetárias… Mas 
mesmo as mais rápidas, como as Voyager, demoram vários anos para chegar aos limites do Sistema 
Solar. A Voyager 2, única sonda que visitou Urano e Netuno, demorou 12 anos para alcançar o último 
planeta do Sistema Solar… E isto porque ela fez vários estilingues gravitacionais no caminho. 
Nunca mais mandamos nenhuma sonda para lá porque, além do custo ser absurdamente alto, ela demoraria 
ainda mais tempo para chegar ao seu destino… Quem sabe, até agora? Porque, afinal… Nós 
merecemos fotos melhores destas belezinhas aí, não? Vamos falar, então, sobre outras maneiras 
de viajar pelo espaço. O Santo Graal das viagens interestelares é a dobra espacial, um conceito 
que, inclusive, já foi até formalizado por uma das mentes brilhantes da nossa geração, o Miguel 
Alcubierre. Há uma série de indícios que parecem demonstrar que é impossível criar bolhas no 
espaço-tempo, mas mesmo que elas sejam viáveis, ainda estamos muito distantes de criar a 
tecnologia necessária. O que poderíamos fazer agora, ou pelo menos, começar a fazer agora, 
que acelerasse significativamente nossas viagens? Há pouco mais de uma década, o bilionário 
russo Yuri Milner, reuniu um grupo de físicos, dentre os quais o Martin Rees, o Freeman 
Dyson e até mesmo o Stephen Hawking, e perguntou o que poderíamos fazer, usando as 
tecnologias e o conhecimento da física atual, para mandar uma sonda até outra estrela ainda 
no nosso tempo de vida. A resposta foi esta: uma vela solar movida a lasers. Velas solares 
já eram defendidas pelo saudoso Carl Sagan na década de 70, seriam grandes “tecidos” metálicos 
esticados e posicionados de tal maneira que o vento solar – as partículas e a radiação que 
o Sol emite, estas mesmo que você está vendo penetrando nossa atmosfera e fazendo este show 
sobre a Noruega – o vento solar empurraria a vela para longe, acelerando-a constantemente. É 
uma tecnologia não apenas barata, como até mesmo testada e comprovada, em 2010 os japoneses 
lançaram a sonda IKAROS em direção a Vênus, que usou o vento solar para orientar sua órbita. 
A radiação do Sol, porém, não seria capaz de acelerar velas solares até as estrelas mais 
próximas ainda dentro dos nossos tempos de vida, foi por isso que o Rees, o Dyson e o Hawking 
“turbinaram” o projeto disparando um conjunto de lasers com 100 gigawats de potência em mil 
levíssimas velas de quatro metros de lado, que, assim, conseguiriam alcançar vinte por cento da 
velocidade da luz após dez minutos de aceleração. As sondas, obviamente, não poderiam ser muito 
grandes: teriam aproximadamente o tamanho de uma placa eletrônica de um celular moderno. Parece 
pouco, mas já seria suficiente para tirar boas fotos dos planetas que acompanham Proxima Centauri 
e estudá-los com alguma profundidade, tudo isto em um prazo de apenas vinte anos. O projeto foi 
batizado como “Starshot”, e anunciado à mídia em 2016… Por que, então, ainda não temos velas 
solares a caminho de Proxima Centauri? Adivinha? Mesmo um projeto como este, que pretende 
utilizar tecnologias conhecidas e baratas seria caríssimo de fazer, principalmente por conta 
dos lasers. Não apenas teríamos que desenvolver a tecnologia para lasers tão poderosos, como eles 
precisariam retirar sua energia de enormes usinas nucleares que seriam construídas apenas com este 
propósito. Não vivemos uma boa época para este tipo de investimento, afinal, infelizmente a 
ciência deixou de ser prioridade no país que mais costumava investir nela. Foi este momento 
histórico, porém, que impulsionou o David Kipping a criar seu próprio projeto de propulsão espacial, 
algo mais compatível com os dias em que vivemos. Diz ele que esta cena de “Interestelar” foi sua 
inspiração, aquela em que o Cooper faz a acoplagem na Endurance enquanto ela gira rapidamente. 
Os efeitos da aceleração fazem até mesmo a Doutora Brand desmaiar… E isto deu a ideia ao 
Kippíng: por que não utilizar a energia cinética rotacional para lançar sondas? Porque se fosse 
possível manter constantemente o impulso que o vento solar gera em velas solares aqui, próximo 
à Terra, a 150 milhões de quilômetros dele, poderíamos acelerar uma vela como as do projeto 
Starshot a dez por cento da velocidade da luz em apenas vinte anos. Sem lasers caríssimos, usando 
apenas o Sol. O problema é que velas solares não ficam paradas perto do Sol, elas se afastam, e 
quanto mais distantes, menor a pressão do vento solar sobre elas… O que significa que, mesmo 
se a vela viajasse por séculos… Ela jamais ultrapassaria 0,04 por cento da velocidade 
da luz. Como solucionar este problema? Precisaríamos criar uma maneira de acumular 
aquela energia a uma distância fixa, 150 milhões de quilômetros do Sol, e liberá-la de 
uma só vez… E foi exatamente isto que o Kipping inventou: duas folhas metálicas do mesmo tamanho 
e material, com um de seus lados na cor prata, e o outro, da cor preta, uma conectada à 
outra. Suas orientações, porém, seriam opostas: enquanto uma folha mostrasse o lado prata, a outra 
mostraria o preto, e vice-versa. Se esta engenhoca fosse colocada no espaço, à mesma distância que 
a Terra está do Sol, cada folha sentiria forças radiativas diferentes. Os dois lados seriam 
empurrados pela nossa estrela, claro… Mas o lado prata seria impulsionado com duas vezes 
mais força do que o lado preto. Isto faria com que o conjunto começasse a girar, acelerando 
cada vez mais, e sem disparar para longe, o que manteria constante a quantidade de radiação 
recebida. É ASSIM que acumularíamos energia, como o volante do motor de um carro, esta pecinha 
aqui, que armazena a energia cinética do motor e a transfere para a embreagem. No caso, faríamos um 
radiômetro espacial, os daqui da Terra costumam ser sustentados por lâmpadas e o atrito do eixo e 
do vácuo parcial impede que girem muito rápido… Mas no espaço, alimentado indefinidamente 
por nossa estrela e sem atrito nenhum, ele poderia chegar a velocidades absurdamente altas. 
O conjunto seria impulsionado para longe pelo Sol, não tanto quanto uma vela solar, mas seria… 
Problema que seria solucionado facilmente se colocássemos o conjunto em uma órbita ligeiramente 
mais lenta do que a da Terra para contrabalancear o “empurrãozinho” solar. Ok, temos um “catavento” 
solar girando a velocidades absurdamente altas. Como utilizá-lo para viagens até os confins do 
Sistema Solar? Colocando chips como aquele do projeto Starshot nas ponta de seus lados. Nós 
o programaríamos para se destacar pouco antes da velocidade máxima que o conjunto suportaria, 
no instante em que estivesse mirado para o objeto celestial que quiséssemos explorar. Simples e 
elegante, não? A ideia do Kipping foi trabalhada pelo time do Cool Labs, e o desenho aperfeiçoado 
foi este, que elimina os cabos – que seriam um peso morto, mesmo – e diminui a massa conforme se 
afasta do centro, afinal quanto mais perto dele, maior a tensão. Inverter a orientação também 
ajuda, já que o centro mais massivo aumenta a estabilidade. Isto é importante porque, em queda 
livre, objetos giratórios com eixos assimétricos tendem a fazer isto, um fenômeno conhecido como 
“efeito maçaneta”, algo que acabaria com nossos planos de enviar nossas sondas até os planetas 
exteriores. O nome escolhido pelo Kipping, grande fã de “Interestelar”, foi TARS, sigla 
em inglês que traduzida significa “Acelerador de Torque movido a Radiação Solar”. E do que ele 
seria capaz? Um TARS com sete metros de largura, 63 metros de altura e 2,8 mícrons de espessura, 
feito de um tecido de microtúbulos de carbono, o material mais resistente à tensão disponível, 
levando dois chips quadrados com dez centímetros de lado, pesaria apenas um quilo e seiscentos 
gramas, bastante barato de mandar ao espaço. Ele poderia se “montar” como uma sanfona conforme 
girasse… E permaneceria assim por três anos, até chegar à velocidade crítica: 12,1 quilômetros 
por segundo, o máximo que os microtúbulos de carbono conseguiriam suportar. Como ele já estaria 
orbitando o Sol a 28,3 quilômetros por segundo, os chips seriam lançados a 40,4 quilômetros por 
segundo, mais rápido do que a velocidade de escape do Sistema Solar, o que possibilitaria uma viagem 
até Netuno em três anos e meio. Ok, muito legal, um sistema barato, que não precisa nem ao 
menos do desenvolvimento de nenhuma tecnologia, capaz de mandar pequenas sondas até Netuno em 
três anos e meio… Mas eu prometi que elas chegariam lá em dias, certo? Porque há maneiras 
de aumentarmos ainda mais a velocidade! Uma delas é colocar o TARS em uma órbita que fizesse 
um rasante no Sol no momento da ruptura, o que aumentaria consideravelmente a velocidade das 
sondas, mas ainda não o suficiente para encurtar significativamente a viagem. Criar novos materiais 
mais resistentes à tensão também ajudaria, assim como fazer estilingues gravitacionais em 
Júpiter e Saturno… Mas a grande sacada seria carregar os dois lados do TARS com cargas 
elétricas opostas. Estas cargas, portanto, agiriam contra a força centrífuga que tensionaria 
os microtúbulos de carbono, transformando o TARS em um dipolo rotativo que criaria um campo 
magnético em torno de si. Desta maneira ele conseguiria girar muito mais rápido antes de se 
romper, a nova velocidade crítica pularia para MIL quilômetros por segundo. Não é tanto quanto os 
vinte por cento da velocidade da luz que os lasers conseguiriam impulsionar as sondas até Proxima 
Centauri… Mas é 0,3 por cento da velocidade da luz! Uma sonda impulsionada pelo TARS chegaria 
em Urano em apenas 31 dias! Em Netuno, apenas um pouco mais… 37 dias! Entusiasmante, não? Usando 
esta tecnologia, poderíamos explorar até mesmo os planetas anões como o Éris, o maior deles, 
gastando pouco e recebendo os dados rapidamente: a viagem até lá demoraria menos de quatro meses! E 
os TARS também poderiam solucionar outro problemão da exploração espacial: como eles geram um 
campo magnético, poderíamos criar um enxame deles em uma órbita estacionária sobre as bases 
que construiremos em Marte e, assim, protegê-las da radiação do Sol. O TARS ainda não solucionaria 
o problema da exploração interestelar, uma viagem até Proxima Centauri duraria 1.270 anos… Mas 
o Sistema Solar seria completamente revelado a nós. Qualquer objeto que encontremos – e agora 
com o telescópio Vera Rubin, vamos descobrir muitos deles, talvez até o Planeta X –, todos 
estarão ao alcance das nossas pequenas sondas, ainda no nosso tempo de vida. Agora é questão do 
projeto ser colocado em prática. Precisamos apenas torcer para que dentre as mentes que tomam este 
tipo de decisão… Haja algumas tão famintas por conhecimento quanto aquelas que criam artefatos 
tão engenhosos como o TARS! Eu só conheci meu pai aos 36 anos, minha mãe desde criança decidiu que 
teria um filho que criaria sozinha, então eu não soube o que era um pai durante a maior parte da 
minha vida. Aos 33, porém, eu comecei a trabalhar na televisão, e minha tia resolveu ligar e contar 
a ele que o filho estava na minissérie que, coincidentemente, ele estava assistindo. A 
reunião só aconteceu três anos depois, no dia em que tiramos esta foto, no calor do verão do Rio 
de Janeiro. Só convivi com meu pai por seis anos, foi muito pouco tempo… Quando ele se foi, não 
chorei pelo que vivemos. Chorei pelo que jamais viveríamos. É por isso que eu recomendo que, se 
seu pai ainda estiver por aqui, você curta este relacionamento o máximo que puder! É um dos amores 
mais importantes das nossas vidas… E que merece os melhores presentes que podemos dar! Tenho 
certeza de que meu pai adoraria ganhar uma Polo Game Changer da Insider. Não apenas ela combina 
com o estilo clássico dele, como é uma peça leve, adequadíssima ao clima quente do Rio de Janeiro, 
onde ele morava… A Polo Game Changer, assim como as Tech T-Shirts, não desbota, é um presente que 
não envelhece com o tempo… E ainda desamassa no corpo conforme a gente usa. É ou não é um presente 
perfeito para este Dia dos Pais? Neste mês, clicando no link acima ou no do comentário fixo 
do vídeo, você já cai no site da Insider e o cupom SOMOSBREVES aparece no seu carrinho, te dando 
um mínimo de quinze por cento de desconto nas compras que fizer. Eu, se fosse você, daria 
uma olhada nas Tech T-Shirts e nas calças, também, são produtos imbatíveis neste Dia dos 
Pais! Aproveite o desconto e, principalmente, aproveite o seu pai… Eu daria tudo para ter 
o meu por perto ainda! Ficou curioso para saber por que é provável que o telescópio Vera Rubim 
encontre o Planeta X, se ele realmente existir? Assista a este vídeo! Estes foram os seguidores 
e membros que colaboraram com o crescimento do canal nesta semana! Se você gostou do que viu, 
considere apertar o botão de seguir agora! Eu sou o Juliano Righetto, e você acabou de assistir 
a mais um “somos míopes porque somos breves”!

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