“Temos caças parados… não temos combustível!” O despreparo do Brasil e o mundo se armando

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de Hoje no Mundo Militar. Neste vídeo falaremos sobre uma entrevista dada pelo ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, que fez alertas graves sobre o nível profundo de despreparo da defesa do nosso país. E justamente em um momento em que o mundo está se armando e se preparando para o pior. Em um cenário global marcado por um crescente número de conflitos armados e disputas por recursos estratégicos, como terras raras e minérios preciosos, o Brasil, um país rico em recursos naturais, enfrenta um cenário preocupante com relação à sua defesa. Ao mesmo tempo em que vemos muitos países se armando e se preparando para um futuro mais perigoso e instável, paradoxalmente o Brasil segue na direção contrária, desinvestindo cada vez mais na sua defesa. Nesta segunda-feira, 30 de junho, o ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, em uma entrevista para o Metrópolis, fez uma declaração muito grave, afirmando que a Força Aérea Brasileira está enfrentando sérias dificuldades operacionais. com caças e aeronaves de combate parados por falta de combustível e peças de reposição. De acordo com Mussil, a escassez de recursos está prejudicando o funcionamento adequado da FAB e comprometendo a sua capacidade de operar de forma eficiente e estratégica. Além dos caças, a escassez de recursos também está afetando a capacidade de transporte de autoridades, com a crise financeira, que inclui cortes de 2,6 bilhões de reais na defesa, comprometendo não apenas o combustível necessário para voos, mas também a manutenção das aeronaves, desde peças de reposição até os próprios motores. crise nas Forças Armadas não se limita a FAB com José Múcio alertando que com o Brasil reduzindo o seu orçamento militar, o país está perdendo cada vez mais o seu papel de destaque na América do Sul, referindo que o contingente militar da Venezuela é tão grande quanto o do Brasil e que países como Chile e Peru têm forças aéreas mais fortes e com maior prontidão do que a brasileira. O Brasil, com o seu vasto território e recursos naturais abundantes, está se tornando cada vez mais vulnerável em um mundo onde muitas nações estão lutando entre si justamente pela posse desses recursos, com todo esse desinvestimento colocando em risco a soberania do Brasil nesse contexto internacional tão grave. Em um mundo cada vez mais interconectado e militarizado, onde os recursos naturais se tornaram um bem estratégico vital, a capacidade de um país de garantir a sua segurança e proteger os seus interesses está diretamente ligada à sua força militar. Basta vermos, por exemplo, o que está acontecendo na Ucrânia com a Rússia invadindo e tentando anexar justamente as regiões ucranianas mais ricas em recursos, com destaque para as terras raras, um item cada vez mais vital para a indústria, inclusive para a própria defesa. E um item que, como o próprio ministro brasileiro da defesa frisou, existe em abundância no nosso país. Algo que com certeza nos coloca no radar das grandes potências militares e industriais. A questão não é apenas sobre ter um exército grande, mas sim sobre ter as capacidades certas para enfrentar os desafios do século XX. Mas o Brasil está atualmente comprometendo a sua capacidade de atuar de forma eficaz em cenários de conflito, seja em questões internas como o controle da Amazônia ou em disputas externas, como no caso da crescente pressão venezuelana sobre o território do Equibo, na Guiana. Além disso, a situação crítica das Forças Armadas pode prejudicar a pronta resposta do Brasil em situações de emergência, com o desinvestimento, não afetando apenas a manutenção de caças e aeronaves de transporte, mas também a capacidade das Forças Armadas de atuarem velozmente e com total eficácia em situações de calamidade e no apoio a civis em áreas afetadas. Como sabemos, a Amazônia é um ponto vital para a segurança nacional. Não apenas por ser rica em recursos naturais que muitos países ao redor do mundo têm interesse, mas também por ser uma via de passagem para o tráfico de armas e drogas que financiam o crime organizado no nosso país. Sem uma força militar bem equipada e preparada para responder rapidamente a qualquer ameaça, o Brasil corre o risco de perder ainda mais o controle sobre essa região vital. Outro ponto crítico relacionado ao desinvestimento das Forças Armadas é a dependência tecnológica do Brasil em relação a outros países. Hoje, parte das tecnologias militares brasileiras, incluindo aeronaves, sistemas de radar e equipamentos de defesa, são adquiridas de potências estrangeiras. Essa dependência cria vulnerabilidades, pois um eventual conflito ou até uma disputa diplomática com esses países pode interromper o fornecimento de peças e componentes. O Brasil tem indústrias de defesa muito avançadas, como é o caso da RAER e da Avibrá. No entanto, parte dos componentes dos equipamentos produzidos por essas empresas é de origem estrangeira. O que significa que, apesar da arma ser brasileira e de ser produzida em fábricas brasileiras, um simples embargo é capaz de interromper o fluxo de peças e itens de manutenção, afetando não só a produção de novos equipamentos, mas também a manutenção daqueles que já estão em operação. Essa vulnerabilidade estratégica em um mundo onde as alianças se rompem em uma fração de segundo coloca o nosso país em uma posição muito precária. A crescente militarização de países vizinhos como a Venezuela, que possui forças armadas consideráveis aumentam a pressão sobre o Brasil. Por isso, para manter a sua soberania, especialmente na região amazônica e nas fronteiras, o país precisa estar preparado para lidar com potenciais ameaças de maneira independente, sem depender quase integralmente de alianças militares que em um cenário de conflito podem ser imprevisíveis. E basta vermos novamente o caso da Ucrânia com os Estados Unidos, agora sob a administração Trump, se afastando progressivamente do seu apoio defensivo. Investir na defesa não é apenas uma questão de manter as Forças Armadas funcionando. É uma estratégia essencial para garantir a estabilidade do país e assegurar a proteção dos seus recursos e interesses estratégicos. com a falta desse tipo de investimento, não só comprometendo a segurança nacional, mas também enviando uma mensagem de fraqueza para o resto do mundo, podendo encorajar outros países a tentar explorar essa vulnerabilidade. O Brasil está hoje em uma encruzilhada. Como o próprio ministro frisou, todos os países estão comprando itens militares e investindo na defesa, menos o Brasil. Com o mundo se armando em um contexto de crescente disputa por recursos naturais, o nosso país precisa repensar a sua postura em relação à defesa. A soberania nacional, em um contexto geopolítico cada vez mais volátil, depende diretamente da força, preparo e prontidão das suas forças armadas. E se o Brasil não agir agora, chegará o momento em que qualquer um poderá entrar e pegar livremente aquilo que quer. E o nosso país fará o quê para impedir isso? [Música]

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