TENTARAM VENDER DR*GAS NO APP – CEO do iFood [Diego Barreto]

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Fala aí, galera, tudo bom? Se liga, hoje a gente vai conversar com Diego Barreto, cara, que é o CEO do iFood e a gente vai falar bastante sobre relação com entregadores, é, relação com consumidores, tecnologia, inteligência artificial, como é que o iFood fala para você mais ou menos o que que você quer comer e como é que o futuro vai ser, especialmente com a chegada de novas plataformas, inclusive aquela chinesa. E a gente vai falar um pouco da história do Diego também, porque eu preciso aprender a ser um executivo de qualidade também, né? Essa que é a ideia aqui nesse programa. Hoje você vai entender melhor como funciona a plataforma e como o iFood influencia até o teu comportamento. Então tu sai do mercado financeiro, vai para uma startup, vai trabalhar no iFood, que é uma das empresas que assim essa não para de crescer. A gente vai falar um pouco sobre isso também. Eh, mas primeiro sobre tu, cara, eh, tu tava me falando antes da gente começar que primeiro tu era advogado, aí foi trabalhar com dinheiro para valer mesmo e depois foi parar na startup. É, é isso aí. Primeiro, qual qual que é a janela de tempo disso daí? E o que que foi te motivando? Boa, cara. Primeiro assim, porque eu vou parar em direito. Meu pai, eu sou de Uberaba, Minas Gerais. Trabalhei com meu pai a vida inteira. Meu pai tem uma empresa de transporte, empresa pequena, e meu pai fez direito. E aí, cara, ele me fez acreditar que advogado podia fazer qualquer coisa. Aí cheguei na faculdade, falei: “Caralho, meu pai viajou, velho, não tem nada a ver, porra”. Aí eu falei: “Cara, como é que eu saio disso aqui agora?” Ou eu voltava para fazer vestibular, essas coisas, ou eu arrumava um jeito de, né? E aí, cara? Essa uma história boa. Aí um dia eu tô na faculdade, passa um cara chamado Ricardo. Falei: “Ai, Diegão, bom, bom, que você tá fazendo?” “Ah, tô aqui, tô e você?” “Não, tô indo fazer uma entrevista”. Falei: “Ah, que legal. O quê?” “Ah, cara, lá no Matos Filho, que é o principal escritório de advocacia do Brasil, na área de mercado de capitais, IPO, ou essas coisas”. Aí eu falei: “Caralho, que legal”. Ele falou: “Legal nada, tô indo só porque me arrumaram a entrevista, mas eu não quero trabalhar nisso.” Falei: “Porra, deixa eu ir no seu lugar.” Aí falou: “Pode ir”. Falei: “Não, avisa e eu vou lá”. Aí fui lá, cheguei os cara, Ricardo, eu levantei minha mão, carac, entrei e fiz a entrevista. Cara, eu era moleque, não tinha nada, eu não menti a história porque tinha muita coisa para contar naquela época, mas eu fui o Ricardo até o final da entrevista. Aí no final da entrevista falou: “Ó, gostei de você, você vai ser entrevistado agora pelos advogados e tal”. Eu falei: “Ó, só tenho que te contar uma história, eu não sou o Ricardo.” E aí eu contei, ela entendeu que eu não tava agindo de máfia e tal. Entrei no mundo direito, cara, três anos fazendo IPO, rolou, rolou, rolou. Toda vez que conto essa história eu falo: “Uma hora vai dar merda, alguém vai achar que eu sou mentiroso, estelonatário, tudo uma hora vai dar merda”. Isso aí, cara, trabalhei 3 anos nisso e estudei muito finanças por conta própria em casa, final de semana, à noite, madrugada e tal, até que um dia uma empresa falou: “Cara, você não é advogado”. você não quer vir trabalhar aqui com quê? Com finanças. Falei: “Porra”. E aí eu fiz essa migração. Não, mas que interessante, porque assim, tu demorou, quer dizer, tu não demorou muito a sacar aqui, tr anos, mas aí tu não demorou. Quando tu tava na faculdade, tu sacou que, putz, talvez não seja isso aqui. Mas é interessante que tu gosta de lidar com grana, lidar com número, né? Eu gosto de fazer negócio, tá? Que era isso que eu aprendi com meu pai, né? Na época a gente não falava empreender. Empreender já é uma palavra bonita, né? Eu gostava de fazer negócio. E aí, cara? Aí eu topei o desafio, migrei. Aí eu trabal, então foram três anos de direito e aí eu trabalhei com finanças. Cara, eu trabalhei uns 10 anos quase. Caraca. Aí em 2014 eu fui para fora fazer meu NBA, tá? E lá, cara, eu vi tecnologia pela primeira vez. 2014 é meio louco falar isso porque parece que fala: “Como assim, cara? Você só descobriu em 2014?”, cara. 2014, o WhatsApp tava sendo comprado pelo Facebook, o Instagram tava começando quase, era muito recente esse mundo nosso de tecnologia digital. Eu vi um Tesla pela primeira vez, os vi a tecnologia e aí eu voltei de lá, falei: “Cara, esse troço vai mudar o mundo, cara, por uma razão muito simples.” Na lá em 2014, o que eu vi é tava tudo descentralizando. O o poder de construção até então, ele era centralizado porque era caro fazer as coisas. Cara, você é fruto disso. É, tem um troço desse aqui, não existia a possibilidade, né? E você começou de uma forma bem mais simples, tava nem isso aqui. Exatamente. Para eu fazer, para eu fazer algo parecido com o que eu faço hoje, 15 anos atrás, eu tinha que estar na TV. Exato. Eu dou sempre esse exemplo. Eu falo, cara, você tinha que ir pro Rio fazer curso de teatro, aplicar para uma vaga na Globo. 20 anos depois você tá num programa massa. Que foi aconteceu o Chico Anísio. Chico Aníio foi ficar famoso com 40 anos de idade. O Windson Nunes com 20 e pouquinhos já era uma sensação. E aí, cara, eu voltei com isso na cabeça. Aí eu comecei a, eu voltei, trabalhava numa [ __ ] empresa enorme, já era diretor, 32 anos de idade. Meus pais achavam que eu era o cara mais inteligente do mundo, meus amigos achavam que eu era o cara bem-sucedido. E eu era infeliz, cara. E as finanças em casa tavaem tava em dia, tava bonitinho até então. Porque aí, cara, eu começo a mentorar startup para aprender. Só que startup lá em 2015 era, cara, meia dúia de empresinha qualquer. E, cara, um dia toca meu telefone, o pessoal fala: “Cara, a gente ouviu falar de você pelas startups, a empresa tá crescendo, começando a ficar complexa. Precisamos de um cara com mais. A gente acha que você tem nossa cultura, quer vir aqui conversar?” E aí eu vou lá na no Ifood de Móvel, que é era o nome do grupo na época. Chego lá, eu olho aqui, t assim, eu falo: “Porra, é isso que eu quero para mim, cara. É isso que eu tô procurando desde 2014.” Mas o que que o que que chamou tua atenção ali? Chamou atenção foram duas coisas: cultura e inovação. Tá, cara, no Brasil não se discute cultura, empresa. As empresas falam que tem, mas não tem um trabalho. A gente pode falar mais sobre, não tem um trabalho intencional de falar: “Cara, você quer criar os Estados Unidos? é com americano. Você quer criar o Japão é com japonês. Você quer criar a sua empresa, é com a sua cultura. Cara, a gente no Brasil, o que que a gente faz? A gente fala, tem um monte de gente disponível, vou pegar o melhor. Ah, formou não sei onde, trabalhou não sei onde. É, é uma discussão mais técnica do que cultural. É tipo time de futebol que você monta de galático, mas não funciona. E por que que não funciona? Porque esse país é do jeito que é. é um país pobre, desigual, que faz mal para um monte de gente, fazia mal pro meu pai como empreendedor pequenininho lá no interior. Uhum. Então, cara, o que eu vi lá foi uma galera dizendo: “Cara, aqui é do nosso jeito, é com a nossa cabeça, é com o nosso comportamento, tem que ser do nosso jeitão de ser.” Isso, cara, me encantou. E o segundo foi inovação. Cara, imagina, eu vivia num mundo até então e é o mundo da de 99% das empresas ainda, que é não ter um comitê, vamos fazer uma reunião quando? daqui 45 dias, mande 39 powerpoints antes para eu ler e aí sentaremos aqui e os três professores pardais vão dizer se segue ou não segue. Aham. Cara, a gente pode falar mais sobre isso depois no detalhe. E aí, cara, lá não, lá era assim, mano, é o seguinte, é que você pode fazer tudo da forma menor e mais porca possível. Aí você aprende e aí você vai subindo e fazendo, né? Subindo e fazendo, porque você constrói a solução a partir do aprendizado e não assim, não tive uma ideia, está aqui a minha ideia, cara. Isso me encantou. É bom, aqui da nossa parte a gente a gente nasce e cresce de um jeito muito semelhante, cara. Com certeza. Mas eh vamos lá. No começo, em 2021, por exemplo, eh a gente tava num outro lugar, numa outra casa e nessa casa meio que morava todo mundo, cara. Assim, eu eu não morava lá, mas tinha uma galera que tinha inclusive quarto. Os cara os caras respiravam aquilo ali para valer. E a gente foi e a gente foi crescendo, cara. E dá para dizer que eu cometi o erro de eh esquecer um pouco ou imaginar que a cultura era menos importante em algum ponto, sabe? Eu ia, cara, quando você falou assim, a gente era assim, eu disse, tenho certeza. Por quê? Porque empresas nascem assim, cara. empresas via de regra, é cara uma galera muita energia, tem pouco dinheiro, então tem que ficar testando pequenininho, fazer tudo de forma meio porca, sei lá, você deve ter começado aqui fazendo, cara, a gente começou com umas webcam em cima de uma de uma caixa de whisky, sabe? Isso aí você fazia, você falava: “Cara, eu não posso ficar aqui perdendo muito tempo porque se der errado, eu tenho, eu vi tenho quanto para pagar em casa, tem que dar certo.” E aí você muda rápido, ajusta. Qual é o problema? Ao longo do tempo, quando você cresce, você perde isso. É. E lá já tava ficando grande na época e não tinha perdido. Eu falei: “Porra, tem um troço mágico aqui”. Aham. E aí, cara, eu recebi a proposta. A proposta era assim, ó. Eu ganhava, eu ganhava 100, a proposta era: “Você vem para ganhar 30”. Aí você perguntou: “E as finanças em casa?” É. Aí fodeu. Mas ainda bem que você fez essa aposta, cara. Aí, cara, quem fez as finanças em casa foi a Carol, minha esposa. A Carol é quem fala: “Cara, vai, você tem que ir, vai rolar, você ama esse troço, vai lá”. Que que a Carol faz? A Carol ela é do Matos Filho, o escritório onde eu fui trabalhar, mas na quando eu fui para lá, a gente não teve nada. 10 anos depois eu encontrei ela e a gente passou a ter alguma coisa. Mas o Matos Filho nos uniu assim. E aí, cara, a Carol foi que aguentou. Eu tinha um filho do meu primeiro casamento, ela quem pagava a escola dele, o Santa Carol total. Eu tenho uma gratidão por ela. Eu amo ela, mas eu tenho uma gratidão também por ela, cara. Ela que viabilizou eu poder viver o que eu vivo hoje, cara. E aí eu fui e, cara, foi uma mudança bruta, bruta. Primeiro assim, chegar pros meus pais e pros meus amigos e falar assim, ó, tô saindo, trabalho na Suzano Papel Celose, dos maiores empresas celos do mundo, brasileira de 100 anos, os caras achavam que já era o cara mais, né, tava resolvido da tua vida. Saindo para onde? Eu não conheço essa empresa aí. Que empresa é essa? 2015, cara. É, é um ovo ainda, cara. Você é louco. Aconteceu. Carreira desgringolou, deu tudo errado na vida, cara. Eu eu tive uma [ __ ] pressão social no entorno. Aham. Não, cara, teve primeiro, teve isso. Segundo, eu descobri, Igor, cara, qual era qual é a diferença de quem você é e do que sua cadeira é? que lá nas empresas que eu trabalhava antes, o meu telefone era atendido o tempo todo. Ah, é o Diego, é o Diego, mas não era o Diego, era a cadeira. Quando eu vou para lá, empresa desconhecida, ainda pequena, cara, telefone não é atendido, bicho. Você sabe o que é isso? Você começou de baixo também, bicho. O telefone não é atendido. Então, cara, para mim foi um processo de descoberta muito legal e foi aí que eu me descobri empreendedor, porque o executivo precisa da cadeira. O empreendedor fala: “Vou me virar. Como é que eu vou fazer agora? Como é que eu triangulo para chegar não sei onde?” Cara, quantas vezes eu fui na porta de uma empresa e fiquei esperando uma pessoa sair para falar com ela na rua. Umas 10 vezes eu fiz isso. É, precisava me virar, bicho. Precisava resolver, precisava fazer o troço acontecer. Então, cara, essa parte também foi massa. E a outra, cara, que é, eu virei dono da empresa também, né? Ganhei lá uma participação e ao longo do tempo, cara, na hora que você vira dono, cara, as coisas mudam. Você sabe disso, porque você é dono desde o começo aqui, B. Você, as coisas mudam demais, né? Não tem horário, sua cabeça, cara, não desliga, você respira, você se sente parte assim, parece que é sua pele o troço, né? É, eu os caras outro dia saiam no Instagram lá um corte de eu falando assim: “Cara, eu sou flow, porque eu sou flow mesmo, não tem muito para onde fugir, cara. É muito [ __ ] isso.” E aí vem o lance que volta pra cultura, que é assim, é muito fácil ser assim quando você é pequeno. O iFood hoje tem 8.000 pessoas trabalhando lá só no escritório. 8.000 pessoas. Com 8.000 pessoas, cara, você não consegue mais regular no olho. Então, só consegue regular pela cultura. Entendi. É, eu vou te falar que assim, agora a gente tá eh com essa minha nova posição, né, que agora eu sou o CEO do grupo Flow também. Chique, hein? É chique, né? Tem que colocar lá no LinkedIn. Eu não sou muito ligado nessas paradas porque assim, e eu eu sou na verdade criador de conteúdo e eu tô eh tendo que está nessa posição porque e para mim é importante no fim das contas porque eu acho que tem isso eh quando eu coloco quando tem alguma outra pessoa fazendo o o assumindo esse lugar, eh não que a gente não que não se dê para ser uma pessoa de fora, mas quando sou eu, eu acho que eu consigo difundir a cultura de uma forma muito mais eficiente no fim das contas, Porque eh para mim é muito importante ter a galera junto comigo do pelo melhor motivo possível, porque, por exemplo, o que eu quero dizer com isso é não, a última coisa que eu quero, não é a última, mas uma das últimas coisas que eu quero é que as pessoas venham trabalhar aqui comigo, com a gente, eh, porque é um emprego. Eu quero que as pessoas venham trabalhar pela mesma razão que você foi trabalhar no iFood, que assim, isso daqui é maneiro, cara. Olha a quantidade de coisa que dá pra gente fazer junto. Olha. Então, e para isso as pessoas precisam gostar do clima. Elas precisam entender o que que a gente tá fazendo aqui. Então, cara, mas olha que legal, aí você tá começando a falar de cultura, então, né? Aí a pergunta que, por exemplo, que a gente se faz lá é: “Tá bom, como é que eu faço para manter isso numa escala muito grande?” Bom, eu eu prefo, eu preciso começar na entrada da pessoa. Então, vou te dar dois exemplos lá no iFood, cara. É assim, tem uma posição, é o Igor tem uma posição lá no time dele, entrevistou 10 pessoas, cheguei lá na pessoa que eu quero. Na hora que você decide a pessoa, uma outra pessoa que para nós é a referência master de cultura, ela vem e entrevista essa pessoa. Se essa pessoa aqui disser não, não interessa se o Igor queria, acabou. Então, cara, eu tenho um filtro na entrada [ __ ] [ __ ] A gente faz algo semelhante aqui. É, pô, massa. Mantenha isso pro resto da vida, bicho. Ah, a gente tava procurando aqui inclusive uma produtora freelancer para um projeto que a gente vai começar. E aí a nossa produtora senior aqui, ela entrevistou a galera, não sei quê. E a entrevista final, que é eu e o Jean, é só pra gente ver se a vibe é boa. É, é isso. Não é técnica. A técnica a pessoa que manja já fez. A segunda coisa que a gente faz é acima de gerente. Então, gerente, R, diretor, vice-presidente, cara, pr 8.000 pessoas, é gente para caceta que entra ao longo do tempo. Eu mando uma mensagem pessoal, eu entro com a pessoa depois que ela passou por tudo e falo: “Eu vou te contar como é que é a coisa aqui”. E eu conto para ela a realidade. Eu falo: “Ó, a empresa é do [ __ ] é super divertida, a gente tem um clima muito legal, a gente, né?” Só que é o seguinte, eu vou te contar dois exemplos de como a gente é na cultura. Então, uma coisa na nossa cultura que é empreendedorismo. O que é empreendedor? Aí a pessoa responde geralmente essa resposta são as resposta de Wikipedia. Uhum. Fala: “Não, eu vou te contar o que é ser empreendedor. Empreendedor é o cara que se [ __ ] 80% do tempo”. Nossa, eu ia responder isso. Não é porque você é empreendedor, você sabe, cara. O pessoal olha assim e fala: “Como assim?” Eu falei: “Cara, é empreendedor se [ __ ] tempo”. Porque empreendedor, cara, precisa construir algo. E construir algo é muito diferente de operar algo. Dá um trem para você operar, você vai aprender a operar. Construir um trem deve ser difícil. É, especialmente no caso do do iFood, que assim, pelo menos aqui no Brasil, e por bastante tempo, eh, não teve nem para quem olhar. Vocês que são a vanguarda, você vai criando, né? Você tá criando, você tá, exatamente. E se você se você para, você, você abre espaço para perder isso em algum momento. Aí, cara, a outra coisa que eu falo é, cara, a a o a importância de se [ __ ] 80% do tempo é porque você tá construindo algo, certo? Certo. Se você tá se [ __ ] 80% do tempo, como é que é a rotina de quem se [ __ ] 80% do tempo? Ela tá, cara, numa situação de alerta 80% do tempo. Isso te agrada? Não é sobre ser certo ou errado, você ser melhor ou pior, porque sim ou porque não. Simplesmente se se isso não te agrada, isso vai te fazer mal. Porque de novo, uma coisa você falar assim: “Cara, eu tô só operando o trem, cara, você não vai ficar em estádio de pressão. Você tá trabalhando, você tá fazendo um trabalho importante, mas é acabou ali, tu é para casa. Acabou, cara. Quando você empreende, não tem dessa. A sua empresa precisa crescer todo ano. Você tem um sonho grande, você tem. Então, cara, eu falo com as pessoas isso e dou a chance delas desistirem então de de não vir. Eu vou te dar um terceiro exemplo para acabar. Ninguém desiste, eu imagino. [ __ ] vira e mexe tem vira e mexe. Eu vou te dar o exemplo, um exemplo agora que se aplica também nesses nesse momento. Quando eu faço a reunião de planejamento estratégico da empresa, que eu levo os líderes, são 350 mais ou menos, eu falo: “Ó, então tomamos essas decisões aqui, certo? Pá, pá, pá, essa é a nossa estratégia, certo? É, ó, como é que o ano então vai ser por causa disso? Vai ser difícil aqui, vai ser tenso ali, vai ser desaf. Tá entendido? Tá entendido? Vocês estão dispostos? Quem não tiver disposto tem 24 horas para poder pedir demissão e eu pago 12 meses de salário. 12 meses de salário. Caraca, acho que eu nunca tinha escutado is todo ano duas pessoas pedem para sair. É. Aí quando eu conto essa história, algumas pessoas vem e falam assim: “Porra, e você desperdiçou um ano de salário para cada pessoa”. Fala: “Cara, você não entende o que é cultura”. É, aquela pessoa ia atrapalhar 1 milhão de vezes mais do que 12 vezes salário. Só que por que que a pessoa não sai? Porque ela tá procurando a segurança do momento de sair. Ah, me ligaram do flow, tem uma entrevista lá, passei. Ah, vou sair do iFood agora. O tempo que essa pessoa ficou, cara, ela me criou um problema. Você só não enxerga ele de forma muito material. Então você vê e esse e isso é manter uma cultura de uma empresa. Na entrevista já teve casos em que eu senti a pessoa e eu falo: “Cara, você já pediu para sair da empresa? Já eu te dou 12 salários para você não vi e aí você vai arrumar um outro emprego.” Todo mundo sempre aceitou vir pro iFood. Eu ainda não tive um caso de alguém que não teve a que teve a coragem de aceitar, mas quando eu sinto esse titubeio, eu ofereço isso, cara. Eu não posso ter, cara. É o que eu brinco. Você quer construir o Japão, você tem que ter japonês. Porque o Japão não é o prédio em Tóquio. O Japão é o japonês andando por ali, bicho. Cara, isso faz todo sentido mesmo. E e eu fico feliz de tá de ouvir isso, sabendo que a gente tá caminhando para isso, olhando para isso com muito mais cuidado, porque para mim, eh, eu te falei assim antes da gente começar que eu sou criador de conteúdo, né? eh acabo me tornando empreendedor também, fazendo o que eu tô fazendo aqui, mas eu eh e assim, não é não é falando que putz, que que merda que eu fiz isso, mas assim, eu deleguei essa função, eh, e talvez eu devesse ser o cara que tava ali no fim das contas, no no na linha de frente, sabe? Porque isso é muito importante assim, o jeito que que as coisas funcionam, porque ter o time unido, e cada vez eu percebo isso mais, ter o time unido, ter o time com propósito, eh, no Empire Business, que a gente parafraseando lá, o Heisenberg, né, eh para nós é importante, cara, porque se senão o cara que opera a câmera, ele só opera a câmera e quando a gente precisar de ele para fazer alguma outra coisa, ele putz, não, que eu não posso. E não é explorar as pessoas, é vamos todo mundo junto. Porque quando tem uma parada que tem na minha cabeça de verdade, e talvez eu seja meio otário por isso, mas é vira e mexe eu falo pr os outros assim: “Cara, [ __ ] a gente vai ficar rico junto, cara. Nós vamos chegar lá junto. Vamos juntos, cara. Lógico, total. Por exemplo, lá lá dentro do novo, a a cultura tem que ser real em todos os aspectos. Então, por exemplo, lá a gente tem hoje, cara, 1600 pessoas que são sócias da empresa e funciona assim. Se hoje você achar que não tem que ficar mais lá, eu recompro a participação na hora. Na hora. Aí alguém fala assim: “Cara, mas como assim? Você deu uma participação pro cara aí, 4 anos depois o cara sai, leva uma bolada?” Mano, você tá pensando no dinheiro, você não entendeu? O dinheiro ele tem que ser a consequência e não a causa da sua decisão. Então, a gente faz muita gente sócia lá dentro. Por quê? Porque na hora que a gente identifica essas pessoas assim, é o cara que não vai operar sua câmera, eu falo: “Eu preciso desse cara aqui pro resto da vida, bicho. É esse cara que vai sustentar a forma da gente ser nas 8.000 pessoas é como se eu tivesse 16 espiões infiltrados fazendo esse processo da cultura acontecer. É super importante isso, cara. É, também acho. Também acho. Eh, vamos lá. Mas aí tu tu já escreveu livro e tudo, né, cara? Cara, eu sou apaixonado em educação. Apaixonado. Interessante. Eu dou aula desde o meu quarto ano de faculdade. Eh, e faço isso por paixão, porque dar aula no Brasil, infelizmente, por isso esse país é o que é, não dá dinheiro. É, eu dei aula há 7 anos, mas eu dei aula de inglês. É, mas mesmo assim, você sabe, você bateu num tetoinho ali, você fala: “Cara, não consigo prosperar mais, né? É uma é uma merda”. Eu já tinha sido promovido quatro vezes, cinco vezes, sei lá, e o cartão de crédito todo mundo direto, dava o máximo de aula possível, substituir todo mundo e vivia adulto, né? É, eu adoro educação, cara. Aí, aí aconteceu, cara, quando eu saí do direito e fui para finanças, eu escrevi meu primeiro livro, chama Finanças Aplicado ao Direito. É um livro, cara, is foi assim há 15 anos atrás, livro técnico e tal. E foi uma experiência muito legal, assim, eu acho que eu eu me senti mais orgulhoso de escrever do que o livro vender ou não vender, sabe? Eu não sei, parece, eu não, cara, vai olhar um livro assim, fala: “Caralho, fui eu que escrevi isso aqui.” Massa. É, um dia eu vou escrever um livro. Eu me senti muito feliz assim. Aí, cara, eu continuei dando aula e ao longo do tempo eu eu desenvolvi um pensamento sobre o por que que o Brasil é uma merda, né? Eh, e por que que o Brasil é uma merda, cara? Eh, o Brasil é uma merda pelo seguinte, cara. O Brasil, ao longo da sua história, ele ele ele foi criado a partir de uma cultura de subserviência. Aham. Então, você o português veio para cá e falou assim: “Ô, você aí faz assim”. Certo? A elite econômica e política daquele momento foi ela que foi pro império e foi ela que foi pra República até hoje. Se você pegar os os os trabalhos que mapeiam a árvore genealógica da política, quem tá aqui hoje governando esse país e o governador não é o falando do presidente, tô falando de todo mundo, é filho de não sei quem, que era neto de não sei quem, que era sobrinho de não sei quem, que era o filho. O que eu quero dizer com isso? Existe uma perpetuação de uma lógica econômica e política no Brasil. desde a colônia, a ausência de uma, você pensa lá na França, da Revolução Francesa, na Inglaterra com a burguesia, nos Estados Unidos, com o Norte em relação ao sul, essas emergências de alguém mais empreendedor que vão mudar o status qu, não existe no Brasil. Então o brasileiro, o brasileiro é ele foca no presidente da República. O problema não tá no presidente da República, tá em tudo. Tá em tudo. Verdade. Então ao longo de de dessa etapa, o que que aconteceu? Houve uma união da classe política e econômica. E aí o político falou: “Mano, eu te garanto aí”. E o econômico falou: “O empresário, ó, você me garante aí”. Então, que o Brasil fez ao longo tempo? Subiu barreira de entrada para todo mundo. O gringo não vem para cá para competir. A empresa brasileira não precisa competir, é uma empresa média, fraca, ruim. A empresa é ruim, o que que ela faz? Ela não consegue ir para fora, ela não consegue gerar valor, ela não consegue trazer resultado de fora para dentro. E ao mesmo tempo, o que que você fez com o empreendedor embaixo? você enfiou burocracia nele. Por quê? Porque ele não sobe, não atrapalha a classe dominante econômica. Então, quem que é o Brasil? O Brasil é fruto de uma linearidade constante. Então, para para pensar por que que o Brasil tem burocracia? Quem que apoia a burocracia? Você conhece alguém que fala: “Vamos votar a favor da burocracia” ou vou votar num político que Mas por que que não resolve? Porque a burocracia ajuda a classe econômica dominante, presente e é um e é uma parte extremamente complicada de se empreender mesmo. Se a gente for falar de eh pagar impostos, para ter uma ideia, uma vez a gente tentou colocar uma lojinha pra gente vender camisa pra galera que era fã do Flow. Putz, cara, é uma burocracia diferente para cada estado que tu manda. É isso. Então, para para pensar quem que se dá bem com isso. Só o cara grandão, bicho, que contrata o consultor, o histório advocacia ou não sei o quê. Então, cara, o o Brasil virou isso. O que que aconteceu? E aí é onde eu começo a entrar no no que eu construí aqui. Esse mundo da tecnologia digital, ele quebra esse ciclo. Por quê? Porque ele descentraliza o meio de produção. Para você começou um celular, uma webcam. Aham. Aham. Certo? Pensa para um cara que faz um podcast que você ouve hoje, esse cara nunca estaria onde ele tá. Ele só tá porque ele consegue gravar lá no iPhone dele. É, tá ligado? Se você pensar num se você pensar num num no entregador do iFood, cara, imagina o que que era uma pessoa perdeu um emprego há 20 anos atrás. O cara perdi o emprego, fala: “Vora, onde é o rumo emprego?” Agora ele fala: “Ah, vou entrar no Uber, eu tenho um carro, vou começar a trabalhar aqui no Uber”. Ele gera renda. Essa descentralização, cara, ela começou a mudar. As startups são fruto disso. E aí você começa a mexer com esse core que ficou a vida inteira dominando o Brasil. Você tem um Nubank hoje, você imagina que um banco ia ter o tamanho do Nubank. Verdade. Você imagina assim sem puxar o saco food. É, cara, você diz, olha o tanto de empresa. A, a a Conta azul, que é uma empresa de ERP, cara, foi fundada em Joenvilha há 8, 10 anos atrás, cara. [ __ ] É. [ __ ] [ __ ] cara. Pensa você como um cara que influencia o pensamento das pessoas, quer ser nunca, nunca se não tivesse esse processo. Então, bom, o que que eu desenvolvi ao longo do tempo? Essa lógica aqui. E aí, cara, quando chegou a pandemia, as pessoas falaram: “Cara, por que você não escreve um livro sobre o que você fala?” Aí eu falei: “Mas para quê?” Porque, cara, o que você fala é uma palavra de esperança na essência, que é o cara que fala assim: “Fodeu, tô aqui desempregado, [ __ ] eu quero prosperar e não consigo porque sou do interior do Brasil e lá não tem uma indústria e um comércio grande.” Aham. Mas esse cara pode hoje, como ele pode criar um app, ele pode vender no Mercado Livre, ele pode abrir um restaurante dentro da casa dele e vender pelo iFood e virar um empresário na cidade dele, ele pode produzir conteúdo. Falei: “Cara, é verdade, é uma palavra de esperança nesse sentido. Se você aprender que você é capaz de fazer isso, você pode mudar sua vida.” E aí o livro é isso. É o livro chama Nova Economia. Cara, foi um regaço, foi traduzido pro inglês, virou um livro em inglês também. E cara, aí eu falei, [ __ ] isso que tu tá falando aí da da educação e da e da ideia do empreendedorismo, então, eh, não é um troço que, na tua opinião é só discurso, não é um mito, é uma saída mesmo. [ __ ] cara, pr [ __ ] porque olha só que interessante, Igor, vamos contar um um exemplo que aconteceu aqui que me fez ganhar meu dia hoje, né? Eu te contei aqui rapidinho. Eu cheguei aqui no estúdio, um garoto que trabalha na tua equipe, o Henrique, me procurou ali na sala e falou: “Cara, tudo bem, pô? vim te agradecer. Eu falei, me agradecer pelo quê? Não. A em 2021 eu te mandei uma mensagem do nada dizendo: “Será que você pode fazer uma live comigo junto com outros pessoas que estudam geração de tráfego?” Falei: “Posso?” E cara, e por que você fez aquilo? Você me ajudou a criar uma comunidade geração de tráfego e ao longo do tempo era me ajudou a chegar num lugar como Flow, cara, que era meu sonho de vida. Eh, veja só o que que o Henrique tava fazendo lá na época. Estudando, não faculdade necessariamente, mas tava estudando geração de tráfego. O que que ele me usou? Me usou no bom sentido? Me usou para estudar. Ele pegou uma pessoa que entendia um pouquinho de alguma coisa e falou: “Cara, me ensina mais aqui”. Aham. E além disso, ele foi criando algo que não necessariamente é uma empresa, mas criando algo que o permitiu chegar aqui. Cara, essa é a realidade de milhares de pessoas que a gente conhece hoje e que no passado essas pessoas só tinham uma coisa para fazer e trabalhar para alguém. É, o Henrique chegou aqui por conta própria, cara. Para de pensar nisso. Ele foi um empreendedor da jornada dele. Eu não sei de onde o Henrique é, mas vou imaginar que ele seja de cara de Uberaba, Minas Gerais, lá de onde eu sou. Qual é a chance de uma pessoa em Uberaba, sem essa lógica hoje do acesso à educação e à possibilidade de empreender, chegar num lugar destaque? É muito difícil. É, hoje ela é mais possível. Continua difícil, porque tudo na vida para você fazer algo [ __ ] difícil, mas hoje é mais possível. Você é resultado disso, cara. É bom. Ainda bem que para fazer um negócio [ __ ] é difícil, porque precisa que tu seja dedicado, que você tenha eh que você trabalhe para [ __ ] né? Eh, porque senão nada ia ser [ __ ] de verdade, ia ser tudo médio. Médio. Exatamente. Então, cara, eu acredito muito nisso, só que eu acredito hoje nisso no Brasil por causa da tecnologia digital, porque o mundo físico ele continua ainda um problema. Ele continua uma merda, continua. Cara, para você montar um negócio desse aqui, custa muito dinheiro. Se o Nubank não tivesse a chance de ter vivido no mundo digital, onde ele ia arrumar dinheiro para construir 3.000 agências? Ia, não ia. Ia. É. E cara, assim, uma das coisas que você falou, eu talvez tenha a ver com isso, com essa breve história que tu conta aí de como funciona eh o Brasil e as elites. Eh, o o iFood tem um tem algumas questões com com o sindicato, com o entregador, com não sei o que e tal. Eh, mas conversando com o Breno Masi, eh, ele me fala, ele me fala: “Cara, o iFood tem um monte de iniciativa legal com os entregadores e tudo mais, mas isso não impede que tenha lá o sindicato ou qualquer coisa assim perturbando, que tem a ver com toda um termo que se usa é a uberização do trabalho ou a pejotização no fim das contas, né? Eh, pelo que tu tá falando aqui, eh, tu vê isso como um caminho positivo, mas como é que como é que tu como é que como é que você lida com essa com esses embates que eles são até meio frequentes, né? É, [ __ ] eu tenho, cara, te conto mil exemplos duros, exemplos de de ameaça física, vários problemas. Eh, mas cara, assim, acho que o primeiro ponto é o seguinte, um um uma das grandes lições que eu tive da minha da minha vida é que liderança não é sobre unanimidade, né? Então, se você pensar nas grandes pessoas que mudaram o mundo, um país, um bairro, Uhum. Essas pessoas não foram unânimes. Concorda assim? Pensa assim, Martin Luther King, é impossível ele ser unânime para fazer a mudança que ele fez lá nos Estados Unidos. Jesus Cristo, Jesus Cristo. Era impossível ele fazer a mudança dele e ser unânime, né? Então eu parto já de uma premissa assim para confortar meu coração. Eu não tô procurando unanimidade, eu tô procurando fazer a coisa certa para fazer a mudança que eu acredito. É isso. Então esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é, existe uma mudança de conceito muito forte no trabalho e ela incomoda como qualquer mudança na vida, cara. Se você mudar de São Paulo para Nova York, você vai chegar lá e falar: “Caralho, onde é que come? Como é que paga aqui? Posso estacionar o carro na rua?” Não posso, é difícil. E a mudança aqui, qual que é, cara? O trabalho foi criado no mundo de uma forma em que você pensava, eu chego às 8 e saio, sei lá, às 6. Qual é o problema dessa lógica? Que para você empresário, se você não gerar a receita também nesse período, fodeu. Aham. Porque você tem o custo e não tem a receita. O que que o mundo com a digitalização ele viabilizou? O trabalho fracionado, certo? Você acabou de falar do do do frila. Uhum. uma hora aqui, du horas ali, 3 horas aqui, 4 horas ali. Então o que que isso viabiliza? Viabiliza o empresário tomar mais risco ainda e tentar criar um negócio maior ainda, porque aí ele ele consegue fazer tirar esse descasamento. Qual é o problema disso? O problema disso é que essas pessoas que trabalham nesse modelo não tem uma proteção social. As outras que trabalham no modelo da CLT tem. Então cara, você vê, todo problema não tá no modelo novo, tá na ausência da proteção social. Uhum. Então agora tem que vir a minha maturidade nesse processo de liderança. Eu preciso criar proteção social. Então quando o Breno fala assim: “Pô, os cara lá faz um monte de coisa legal, é porque eu preciso resolver isso, cara, porque senão eu tô explorando.” Então, por exemplo, lá no iFood hoje, cara, hoje assim, há muitos anos, todos os entregadores têm um seguro. Se o cara se acidentar na rua, ele não vai para casa e fica sem receita, ele recebe a grana. Ele fica por muito tempo recebendo o dinheiro até se recuperar de um problema que ele teve, etc. Eh, se o entregador tiver um problema na rua e morrer, a família recebe. Então, esse é um primeiro ponto. O segundo é no no iFood, os entregadores que trabalham 5 6 horas por dia, 5 se dias por semana, que é mais ou menos uma carga de CLT, eles ganham dois salários mínimos no mínimo, descontado a despesa da moto. Sabe quem ganha dois salários mínimos no Brasil? 30% da população, no máximo 30% da população, 70% da população ganha menos de dois salários mínimos. Então, [ __ ] eu eu para padrão brasileiro, pô, tô eu tô dando renda digna, né? Dois salários mínimos é mais do que a maioria de uma casas pagam a maioria dois salários mínimos é mais do que a maioria das casas pagam para uma empregada doméstica, paga para um garçom num restaurante, paga para um rapaz que opera o valet. Então, o que eu quero dizer? A gente foi criando essas camadas em que eu falo, eu vou garantir a proteção social. Só que eu não consigo te explicar isso, exceto se eu vir aqui e conversar com você, eu não consigo. Você sabe disso melhor do que eu. Cara, comunicar não é simples. Você não aperta um botão e todo mundo sabe o que o que você tá querendo dizer. É, especialmente quando o cara não tá querendo entender o que tu tá falando. Isso aí você sabe disso melhor do que eu ainda, né? Pelo mundo que você vive, cara. Então aí onde vem meu processo de liderança? Aí eu tenho que ir em Brasília, a Brasília e bater lá na porta. E cara, desde 2020 a gente tenta aprovar uma legislação lá. para poder dar proteção social, que ela basicamente dá o quê? Garante o seguro, garante uma remuneração mínima baseada no salário mínimo e paga a previdência, tá? Não conseguimos ainda aprovar uma lei, mas a gente faz isso dentro do iFood. Quem é que quem é que impede que essa lei ande, cara? O que impede é a luta de conceitos novos contra conceitos antigos. E eu não tô dizendo que o conceito antigo é ruim. Antigo é porque ele já existe há muito tempo, cara. Porque o processo de mudança das coisas que você acredita é muito demorado. Deixa eu te contar uma história pr para te explicar isso. Eu acabei de ler um livro, cara, que eu sou viciado em livro. Eu leio tipo dois livros por mês há 20 anos na minha vida. Eu sou apaixonado. Eu acabei de ler um livro maravilhoso, chama Impossible Monsters. É, é, eh, eh, Monstros, monstros impossíveis. Aham. Eh, esse livro, cara, ele conta sobre a descoberta dos fósseis e dinossauros. Você tá olhando com a cara do tipo, que que esse cara pedindo isso? Eu vou te explicar. Os os primeiros fósseis de dinossauro começaram a ser achados ali em mais ou menos 1800, cara. 1800 já foi revolução francesa, Iluminismo, Renascimento, revolução inglesa, revolução americana. Mano, o mundo já era mais ou menos assim, 1800. Em 1800, você sabe o que que as pessoas achavam? Que a Terra tinha 6.000 anos. Aham. Qual da Bíblia? As pessoas achavam que os animais que existiam em 1800, cara, já foi tudo esse troço que eu falei para você, achavam que os animais que existem, que existiam, vieram da arca de Noé em 1800. E aí uma mocinha faz assim e fala: “Olha o tamanho desse osso que eu achei aqui”. Todo mundo olha e fala: “Mano, esse troço aí não, não sei o que é isso não, cara. durante 80 anos existe um debate que envolveu prisão, demissão de professor de universidade, entre outras mil coisas, porque as pessoas diziam: “Isso que você tá falando aí desses ossos não faz o mínimo sentido. Não existem esses animais. Esses animais não estavam na arca de Noé. Esses animais não podem ter existido por mais de 6000 anos. O Darwin, entre ele fazer a roda, a a a a volta ao mundo e publicar a teoria dele, se passam 20 anos. Sabe por quê? Porque ele tinha medo de publicar por causa da repreensão. Aham. Então você me fala assim, por que que você não aprovou ainda? Porque, cara, a lógica do novo e do antigo, ela é demorada para você conseguir virar. E aí volta pro tema da liderança. Liderança não é sobre unanimidade. Você precisa ir construindo essa mudança, né? 1% da população acredita. Agora dois, agora três, agora quatro, agora cinco. Hoje eu não tenho mais um problema com a população sobre esse trabalho. Precariza ou não precariza. Eu eu não tenho esse problema na massa, não tenho com os entregadores, mas ainda existe grupos que ainda dizem não, não, não. E na política ainda é uma discussão dura. Por isso que não, não mudou. a galera, a galera que tá, que coloca o seu próprio produto no iFood, porque assim, o iFood ganha dinheiro, eh, vamos lá, vou pedir um hambúrguer no iFood e aí o iFood ele tem lá uma taxinha e ele pega um pedacinho do daquele que eu paguei, eu ganho um percentual. Exato. Igual Mercado Livre, qualquer marketplace. Aham. E aí é com é com esse pedacinho que vocês conseguem fazer, por exemplo, esses programas que que vocês ajudam os entregadores. Exato. Exatamente. Exatamente. Cara, eu não dei dinheiro até 2021, mas fui deu prejuízo entre 2014, data de fundação, ano de fundação, eh, até 2011, perdão, 2011, até 2021, cara. Porque a fazer essa conta fechar é difícil. Por que que ela é difícil? Porque o preço do alimento é barato. Uma coisa você falar assim: “Não, eu sou o Mercado Livre, eu vendo uma geladeira de R$ 3.000, eu vendo uma bicicleta de R$ 600, eu vendo um videogame de R$ 3.000.” Então ele ganha um percentualzinho em cima de um valor grande. Eu ganho um percentual em cima de um valor pequeno. Então, cara, o negócio para mim para fechar tem que vender para [ __ ] para começar, né, mano? Vocês ainda dão uns uns cupom lá, pô. Aí, duro, bicho. É duro, viu? Mas enfim, é daí que vem. É daí que vem. Entendi. E cara, como é que vocês estão olhando para tecnologias, novas tecnologias, né? Eh, o Breno, de novo, ele é um, você sabe, ele é um entusiasta desse tipo de coisa. Uma referência para mim, inteligência artificial, tudo mais. Ele já me contou que o iFood usa inteligência artificial lá na nos seus processos e tal. Mas eh como é o que que o que que tem alguma coisa que vocês estão olhando de novo? E assim eh o algoritmo do YouTube, a maneira do YouTube do é algoritmo, eu penso logo no YouTube, o algoritmo do iFood e a maneira como como ele sugere coisas e mostra pro usuário ou até ajuda a a vender mais. Eh, eu suponho que tu não pode me dizer como funciona. Posso dizer tudo, cara. Ég, você não vai conseguir copiar? Então, posso dizer tudo então. Então, então tá. Então, me conta como é que como é que como é que essas tecnologias estão agora e se tem algum lugar que vocês querem chegar, porque, por exemplo, o iFood ele eh hoje você consegue fazer mercado pelo iFood, né? Eh, e qual que é o próximo passo? É um banco, o próximo passo é uma plataforma de educação. Tem algum lugar? Porque assim, aí fica um pouco mais esquisito, né? Food para ir para uma coisa maior. Só se é só debate bom também. Cara, ó, inteligência artificial para nós, a gente começou a construir isso em 2018, faz bastante tempo. O mundo fala mais disso assim depois de 2023 por causa da IA Generativa, o chat GPT. Na prática isso já só que no Brasil pouca gente fazia. Cara, hoje o iFood tem 174 modelos já proprietários feitos por nós, para nós, com os nossos dados. Se eu desligar esses 174 modelos, não existe empresa, não funciona nada na empresa. A empresa é completamente dependente, completamente dos 174 modelos que ela tem. E a gente vai evoluir nessa quantidade. Então eu vou eu vou te dar pequenos exemplos assim para você entender. Vou te contar um que tem a ver com o futebol para você que você gosta e vou te contar um que para mim é um dos mais [ __ ] que eu acho. Eh, quando você pede um iFood, você não fica esperando um entregador confirmar. Você já reparou isso? Você pede o restante de confirma acabou. Por quê? Porque eu tenho um modelo que prevê a probabilidade de ter um entregador disponível para fazer a entrega. Uhum. Cara, um modelo de A, em especial com técnica de machine learning, ele vai evoluindo, a capacidade dele vai evoluindo ao longo do tempo. Quando a gente começou a fazer isso, cara, foi um animal, pra que legal e tal. Agora a gente pode fazer entregador, a gente não precisa nem confirmar. Eu já não sei que o cara vai ter. a gente acerta em 99,9% das vezes. Beleza? Aí chegou em algum momento, cara, que você precisa não só fazer isso acontecer, mas também você ele precisa ser barato, porque senão de novo a conta não fecha. E como é que funciona o ser barato? Funciona assim, se tem um entregador aqui, eu pago o preço que é justo e ele vai lá e trabalha. Se não tem um entregador aqui, cara, eu tenho que começar a pagar muito mais, cara. É tipo o algoritmo do Google, você precisa pagar mais para tá no ranking lá do Google. É tipo o Uber. Se eu chegar no mesma coisa aí, cara. O que que você começa a fazer? Você começa a entender o entregador melhor para saber porque que aquele cara vai estar ali ou não vai estar ali. Um belo dia, um output do modelo foi, cara, existe alguma correlação entre jogos de futebol e a disponibilidade do entregador? Você vê isso porque quando você olha pro algoritmo, ele vai aprendendo e ele você consegue enxergar esse aprendizado. Opa, a gente falou, vamos entender esse troço melhor e a gente foi entender que que a gente descobriu. Você vai falar, Diego, é óbvio, mas para pensar que no dia a dia você nunca para para pensar nisso. A gente descobriu uma correlação entre o time futebol que você torce e o horário do jogo. A gente pegou isso por causa do Flamengo e Corinthians, porque são dois times de massa. Ficava muito óbvio quando esses times jogavam, não necessariamente um contra o outro, o que a gente via é muito entregador sair da plataforma. Por quê? Porque ele encosta a moto e vai ver o jogo, pede um café e fica ali assistindo o jogo. Aí termina o jogo, ele volta, cara. Cara, aí que o modelo incorporou, perguntou para todos os treinadores qual time ele torce, olha a tabela do campeonato brasileiro, campeonato paulista, campeonato carioca, maneiro e joga para dentro, fala: “Não adianta eu chamar o Igor na hora do jogo do Flamengo, só se eu pagar muito caro para ele, só que a minha margem é pequena, eu não posso. Então é melhor chamar o Diego que é corintiano e não tá jogando o Corinthians.” Então cara, esse é um exemplo da inteligência artificial funcionando que eu acho normal. Eu vou te contar um outro que eu acho mais legal. É muito louco, velho. Porque pensa, tua cabeça no dia a dia, ela não para para pensar uma correlação. Parece óbvio quando eu te falo. É, mas assim, você não consegue pensar isso no seu dia a dia, sabe? É, é muito louco. Vou te dar um outro que eu acho massa. Esse eu acho massa demais, cara. A gente tem um algoritmo que ele ele fica lendo a demanda que existe por algo, mas que não existia oferta para isso. Então, pensa assim, pensa que aqui nesse bairro, segunda, terça e quarta, por volta das 6 da tarde, às 8, existe uma demanda por tapioca, mas não tem ninguém vendendo tapioca aqui. Então, o algoritmo fica procurando isso, tem que ter uma certa volume, porque ele não vai ficar procurando uma tapioca. Então ele fala: “Porra, chegou num volume interessante, olha o que ele faz, olha que animal isso.” Ele entende isso, ele fala: “Beleza, entendi, tapioca”. Aí ele fala: “Quais são todos os restaurantes que estão nesse raio?” Aí ele vai em todos os restaurantes, lê todos os cardápios, deduz ingredientes na cozinha e chega numa lista falando: “Tem esses cinco restaurantes que podem fazer tapioca”. Aí ele vai nas redes, entende o posicionamento do restaurante, volta e diz: “Desses cinco tem dois cara que é tipo assim restaurante de rico. Não faz sentido ele oferecer uma tapioca. Esses três são tipo padaria, ele faz sentido.” Aí ele vai na plataforma e comunica pros três restaurantes e fala: “Ó, tem demanda na sua região de tapioca, eu te garanto, você tem um ingrediente, tá aqui a receita, aperta esse botão e e adiciona no seu cardápio.” Pô, isso não é muito massa, velho. [ __ ] isso é legal. Imagina que a padaria lá podia vendendo a tapioca e não sabia e nunca ia saber. Por quê? Porque ela não sabia que tinha demanda. Ele não consegue enxergar essa demanda. Olha que animal o troço desse, velho. Animal mesmo. [ __ ] que eu eu não sei porque eu sou meio animado com esses troços. Eu acho que é muito é muito legal mesmo assim e é um e parece ser um jeito bastante eficiente de inclusive aumentar a receita de todo mundo. Ah, total dele, minha, do entregador, de todo mundo. Só que é um negócio é muito louco, porque quando as pessoas falam de inteligência artificial, a pessoa se ela não vê, ela não entende o valor. Então, quando eu conto esses exemplo, a pessoa fala: “Caralho, é, agora eu entendi.” Sabe quantas predições a gente faz por mês no iFood? Hã? 14 bilhões de predições, que é do tipo, Igor, esse é o restaurante que você quer, esse é o item que você quer, entregador, eu sei que você vai estar aqui em 5 minutos, não sei o quê, tapioca, pode pôr no seu card bilhões por mês de predições. E tu aí achando que é tu que decide o que que tu vai comer, não é tu, é teu estômago. Eu só te ajuda a chegar. [ __ ] legal. E e então vocês estão o tempo inteiro procurando novas soluções tecnológicos para fazer. E aí isso vai nos levando para esse futuro que você falou: “Cara, onde é que vai chegar?” Então, o que que a gente já faz hoje, cara? O que que a gente fez? A gente a gente focou muito em restaurante no começo por uma razão simples, porque, cara, foco é muito importante, assim, se eu pudesse te dar um conselho assim, foco, porque é muito fácil você pegar recursos e distribuir em várias coisas e aí você não tem recurso suficiente para fazer cada uma dessas coisas acontecer. Quando você foca, cara, você tem você tem, cara, uma exponenciação do conhecimento de algo muito específico, sabe? Imagina, eu fiquei fazendo restaurante até 2021 só, cara. Eu fiquei 10 anos só restaurante, só entregador, só restaurante, só entregador, só restaurante, só eu aprendi de restaurante, cara. Mas isso não quer dizer ficar parado, isso quer dizer se tornando melhor de coisas, melhor naquilo. Porque aí, cara, quando você fica muito bom naquilo, [ __ ] aí você vira líder de mercado, aí você cresce muito, aí as coisas acontecem. Por que que a gente quis restaurante? Por uma razão só, frequência. Você come 90 vezes por mês, mas você vai à farmácia quatro, supermercado cinco, uma loja de roupa duas, sei lá. Comida, bicho, é 90 vezes. Então, a chance que eu tenho de entrar dentro desses 90 é muito maior do que entrar num de 4, num de cinco, numa de se. Então, a gente focou e ficou muito bom nisso. Quando a gente falou, cara, fiquei bom nesse troço aí, eu falei: “Agora vamos pro próximo.” Qual é o próximo? Aí a gente fez, a gente testa no iFood muita coisa, de forma muito simples, muito porca, muito idiota, muito idiota. São uns exemplos assim, muito massa. E aí a gente, [ __ ] descobriu supermercado. Eu te falar agora, você fala: “É óbvio que você já fazia”. Não é óbvio, a vida não funciona assim do tipo, porque eu faço uma coisa, eu faço outra e vai dar certo. Não é assim. Tenho certeza. É bom. Você sabe que, cara, você deve viver muito isso aqui, né? Do tipo, pô, faça um troço bem, é só fazer outro em outra área. A galera inclusive acha que é só sentar ali e conversar com os cara. [ __ ] que pariu, velho. Aí, cara, depois foi farmácia, pet shop e aí, cara, a gente descobriu um negócio, banco, cara. E aí a gente criou um banco só pro restaurante. E, mano, é um aviãozinho. Faz tempo, tem 3 anos, tá? E e como assim, como é que é um banco só pro restaurante? É, vou te explicar. Restaurante no Brasil, esquece o McDonald’s, o Burger King, o Rabibes, que são os cara grande. Pensa, cara, 8500 dos 400.000 restaurantes que tem no iFood é o tiozinho aqui que vende a tapioca no teu bairro. Esse cara não tem crédito, bicho. É o comerciante pequeno. O cara mistura pessoa física com jurídico. Ele não faz contabilidade direito, não paga os impostos direito, você sabe, é empreendedor, bicho. Comerciante brasileiro. Então esse cara não tem crédito. Falei: “Bom, não tem crédito, os bancos, bancões não estão chegando, talvez eu consiga fazer algo aqui e e ser o único.” E aí, cara, a gente criou um modelo de inteligência artificial que ele prevê a capacidade, desculpa, ele prevê a probabilidade de você não sair do iFood, tá? Que interessante. Como logista. Como logista. Exatamente. Então eu falo, cara, essa tapioca aqui, essa tapiocaria não vai sair do iFood. Chance baixíssima. Se ela não vai sair do iFood, o que que eu tenho? Tenho o dado. Qual o dado? O cara tá vendendo mais ou menos. Ele tá repassando o custo da inflação ou não tá? Os consumidores gostam ou não gostam? Ele entrega no tempo previsto ou não entrega, portanto, ele é bom operando ou não é? Eu tenho dado e se eu enxergo esses dados, eu sei se esse cara vai me pagar ou não. Olha que interessante. Eu não avalio ele pela situação de crédito. Uhum. Eu avalio, por isso que o banco não dá, porque a situação de crédito é ruim mesmo. Eu avali, mas o trabalho do cara, tanto do tipo, cara, eu tô aqui, eu tô vendo, tem gente entrando, tem conteúdo saindo, tem like lá no Instagram, tem não sei o quê. você foi lá no Kib falar com o cara e tal, não sei o quê. Opa, esse esse cara ele pode estar em dificuldade, mas tá rolando a coisa dele. O nosso modelo faz isso. Então hoje eu tenho uma carteira já cara de 1 bi deais de empréstimo para restaurante com prazo médio de pagamento de 18 meses, que é um negócio impensável para um comerciante brasileiro. 18 meses para pagar um empréstimo. Então, cara, banco foi uma foi uma vertical que a gente entrou também. Eh, a gente agora também já tá no no no nos sistemas de salão do do do restaurante, sabe? O a comanda que o cara tira que as coisas eletrônica e tal, pagamento e tal. A gente já tá também nisso. Por quê? Porque eu tenho o dado do cara no mundo online. Então essa integração com offline para ele é muito, ele fala: “Porra, você resolveu meu problema? Porque agora eu enxergo minha empresa inteira num lugar só”. Então a gente entrou nisso também e assim a gente tá indo, cara. Mas tem que ter uma lógica assim, eu tenho que testar muito e olhar e falar: “Hum, deu certo”. Vou te dar um exemplo de teste. Quando a gente foi entrar em supermercado, falei: “Cara, por que eu vou vender supermercado, né? O Pão de Açúcar já vende supermercado, o Caifu já vende supermercado.” Aí eu falei, cara, alguém falou assim, e se você entregar muito rápido supermercado? É, via de regra supermercado, você entrega em uma um dia, dois dias, três dias, às vezes. Se você entregar em horas, será que funciona? Beleza. Então, testa aí, cara. Não existe um comitê no iFood para isso. As pessoas vão fazendo esses testes pequenininhos e quando ela descobre um negócio que a gente chama deu, ela chega e fala: “Ó, descobri um troço au do supermercado.” O cara falou: “E se a entrega fosse rápido?” Ele falou: “Vamos testar isso”. Ele falou: “Beleza, testa aí”. Ele saiu, foi na esquina da casa dele, tinha um supermercado de bairro, chegou pro dono do supermercado que ele conhecia e falou: “Você me aluga um caixa?” Falou: “Como assim?” “É, você tem três caixas aí. Dois estão sempre vazio. Você só tem uma pessoa operando, um. Me aluga um caixa. Falou: “Como assim, cara? Eu quero operar o caixa. Eu quero ser o cara que vai operar o caixa. Tá bom. R$ 5.000. Pagou R$ 5.000 por mês para alugar o caixa do cara. Ele sentou lá no caixa, trouxe uma outra pessoa do time dele que ficava responsável por pegar as coisas que vinham. Entrou no app do iFood, foi lá na área de produtos e fez um georferenciamento falando: “Todas as demandas que chegarem de supermercado, manda para cá. vai mandar para cá daqui pra frente, só para esse supermercado, tá bom? E aí ficou lá, aí chegou o pedido, cara, estrela Galiza, um bis e não sei o quê, um chiclete. Vai, pega lá, pega lá, pega lá, pega lá, vai, vai, vai, já vai já entrega. Entregador já tava ali na porta, pode lá entregar, por favor. O tregador foi lá, entregou, [ __ ] meia hora, 1 hora, 40 minutos, 20 minutos, 10 vezes melhor do que existia no mercado. Cara, que a gente descobriu é que as pessoas amavam, falavam, [ __ ] Ou seja, o tempo era o que mudava a experiência do online, não era necessariamente o preço ou os itens que estavam disponíveis e tal. Cara, hoje esse é um negócio que vende por mês R 500 milhõesa. Nós descobrimos com um cara alugando um caixa de supermercado do tio da esquina. Eu te conto 500 exemplos assim. E como é que tu faz, como é que hoje dá para dizer, eu não sei, mas do ponto de vista de tecnologia e de operação, eh, o iFood ele ele é uma referência no mundo, porque assim, existem outras plataformas por aí. Eh, quando eu fui pra Copa do Mundo no Qatar, por exemplo, lá tinha o iFood de lá. É interessante que para nós brasileiros é o iFood de não sei o quê, né? Pope um qualquer coisa assim. Eh, mas aí agora a gente tem, por exemplo, a chegada ou tem a notícia da chegada no Brasil de uma plataforma chinesa. É, eh, como é que o iFood se coloca eh em comparação com esses concorrentes? Cara, tem três empresas no mundo que são Star, tá? Ifood, Dordash, que é uma empresa americana, e a Meuan, que é uma empresa chinesa, que é uma das duas que anunciaram a venda pro Brasil. Então, acho que do ponto de vista de como o iFood é em termos de capacidade, a gente tá na fronteira. A gente tá na fronteira. Então, a discussão que fica é, cara, quem ganha esse jogo? Aham. Quem continua jogando a fronteira para ser a nova fronteira? E aí eu volto pro tema da cultura. Aham. A importância de setar inovação, empreendedorismo. Então, é, é, é, é, é. O o jogo vai ser definido assim. E aí você tem essas três empresas no mundo e o iFood tá no meio dessas três. Entendi. E para manter tudo isso andando, para se manter na na fronteira, eh, a cultura já entendi que é muito importante, mas eu mas como é que é como é que é o o a correria no escritório, pelo menos, que é onde tu vai trabalhar? Porque assim, o tempo inteiro precisa, você falou que deu o iFood deu o prejuízo até 21, né? E agora você precisa não quer voltar pro pro vodar prejuízo. Então precisa est sempre além de inventando coisa nova, lugares novos para est novas fontes de receita, precisa também de uma de uma galera que eh esteja bastante empenhada em alcançar essas metas aí. E todo esse planejamento, meta, não sei o qu, isso hoje em dia também é definido por meio de tecnologia? Cara, para nós funciona assim. é muito simples. Eh, dentro da nossa cultura tem um valor que é sonho grande. Então, todas as metas são definidas com base num chute. Um chute. Quanto você cresceu esse ano? 40%. Ano que vem a meta é 60. Por quê? Porque é maior que 40. Por que não 41? Não, porque tem que ser muito maior que 40. E é desse jeito mesmo. E por que que é desse jeito? Porque a única forma de eu te desafiar, achar uma solução que não é que existe ainda é você tendo que fazer um negócio que não é como você faz hoje. Se eu falar para você, cara, você corre 5 km, eu falo para você corre seis, você vai conseguir correr o sexto quilômetro. Se eu falar corre 21, você vai falar: “Puta, cara, eu tava treinando três vezes por semana, vou ter que treinar cinco. Eu tava tomando muita cerveja, vou ter que tomar menos”. Você você tem que achar solução para poder chegar nos 21, entende? Então para nós, a primeira coisa é, eu preciso definir um sonho muito grande e a meta precisa replicar isso, por isso que ela não pode ser racional. Se ela for racional, você vai usar os elementos que você conhece. Então a inovação em grande medida, ela vem por isso, porque o cara senta lá e fala: “Mano, não sei como entregar isso. Quais são as hipóteses pra gente conseguir entregar isso? Ah, se o mundo fosse assim, se o mundo fosse assado. Exemplo do crédito. Pensa no crédito. O crédito, cara, o cara falou assim: “Cara, qual é a chance de eu ter um modelo de crédito melhor que o Itaú ou Bradesco?” Zero. Os caras fazem isso há 100 anos. Os caras são mestre nisso, uma referência global. Então, se eu tiver que trabalhar nesse jogo assim, não funciona. Alguém falou: “E se a gente tentasse prever se um cara é bom ou não pela operação e não pelo financeiro?” Se você tá apegado ao passado, você fala: “Não faz muito sentido, cara. Se você é apegado ao futuro, você fala: “Vamos testar isso aí”. Aí os caras foram lá, pegaram med restaurante bons e falaram: “Pega R$ 5.000 e empresta para eles.” Nem sei se vai dar certo. Empresta R$ 5.000. Pagou? Pagou. Faz 10. Agora pega restaurantes idênticos em em outras regiões, em outras cidades. Ô, fica de pé. Ah, vamos tentar transformar isso num algoritmo agora. E a gente transformou isso num algoritmo. Então você, eu só fui fazer isso porque eu falei, tem que ser muito grande, porque se for para ser pequeno, o cara vai tentar fazer igual o Bradesco. E além de eu não conseguir copiar o Bradesco, eu ainda vou ser bem menos eficiente que o Bradesco, porque o cara faz isso 100 anos, ele é 10 vezes melhor que eu, óbvio. Então tudo começa aí, cara. Então, quando fala assim, como é que é o corre lá, cara? corre. É, é uma, é bizarro porque sabe, você não sabe como entregar o troço, ol como é que corre, tipo, fodeu. Fodeu completamente. Então, cara, muita coisa lá dentro, muita coisa não, quase tudo lá dentro é fruto disso, cara. O nosso clube de fidelidade, que é o clube, chama clube, cara, ele é um sucesso estrondoso. A gente começou a testar ele, sabe quando? 2018. Sabe quando que a gente achou a resposta para ele? 2022. insistiram nesse daí. Então eu não tinha opção porque a gente falava, cara, como é que eu cresço no iFood? Ou eu adquiro um novo cliente ou eu aumento a sua frequência. Presa começou a ficar muito grande, foi adquirindo quase todos os brasileiros estão dentro da plataforma. Só me sobra frequência. Então eu falava, em algum momento eu vou chegar aqui, então eu preciso começar a trabalhar a frequência. E um clube de fidelidade que ele faz é isso. Ele aumenta a frequência que você tem de, né, as interações que você tem. Cara, testamos pequeno e porco em 18, 19, 20, 21, 22. Lei assim, eu fui aprendendo nessa jornada em 22 para 23 a gente achou a solução. Hoje ele é 50% dos pedidos do iFood. Eu tô dentro desse grupo aí. Não tem como não tá, velho, porque faz muito sentido. Tá, também tá. Não tem como não tá, cara, porque faz muito sentido. Aí você fala, mas por que que você conseguiu? Porque a gente falou qual é. Sabe qual era a frequência lá na época? Era 2,5. As pessoas pediam duas vezes e meio por mês. Hoje um cara do clube, sabe quantas vezes ele pede? oito. A maluquice lá foi, pedir pelo menos cinco, pô, né? A maluquice lá foi, cara, precisando ter seis de frequência. Ah, impossível. Eu sei que é impossível. Acho aí a forma então de ser possível. E aí você começa a testar as maluquice. Aham. maluquice. E aí, eh, a gente falando então da experiência do cara que tem o aplicativo no próprio aparelho, o cara que usa o iFood, o usuário mesmo, eh, você falou, hoje tem, [ __ ] quase todo mundo tá na plataforma, né? É, 60 milhões de brasileiros. Pois é. Eh, como é que é para vocês? E eu suponho que isso virou parte do comportamento, principalmente nas nas grandes cidades, é parte do comportamento, né? ser parte do comportamento, eh, influenciar na maneira como as pessoas se alimentam era uma era uma meta ou aconteceu? Não, não, cara. A, a meta nossa sempre foi eh crescer indefinidamente pro resto da vida. Crescimento, cara, é o que gera prosperidade. Crescimento é o que gera prosperidade. Um país que não cresce, a população empobrece. Uma pessoa que não cresce intelectualmente, ela agrega pouco na comunidade. Crescimento, cara, é o que então para nós sempre foi assim, a gente precisa ser grande. Quanto grande? Para sempre grande. Tem que ser sempre grande no próximo ano, próximo ano, próximo ano, próximo ano. Então, e e a cabeça sempre foi essa. Isso significa que em algum momento você ia influenciar nesse comportamento, mas influenciar não era a meta, ele foi uma consequência e não uma causa, sabe? Eh, e aí, cara, a gente entra numas discussões inclusive malucas por causa disso, porque vira e mexovo num lugar, alguém fala assim: “Você não acha que você deveria vender só comida saudável?” Mas vende comida saudável? Essa é minha resposta. A pessoa escolhe. Não, mas se você vendesse só saudável, você ia ajudar a população a comer melhor? Eu falo: “Não, cara, a educação não é feita por mim, eu sou um meio. Educação é feita pelo Estado, pela sociedade, pela família, pela escola. Você escolhe quem vai te educar. Não sou eu. Nossa, essa é a pior sugestão de todos os tempos. Nossa, eu ouço ela todo mês de alguém pelo amor de Deus. Assim, não é nem é assim, no caso do iFood é seria é sobre comida, mas na vida é sobre alguém te dizendo, é alguém dizendo pras pessoas como elas deveriam agir. Saudável. Não, aí você entra numa loucura que é assim, beleza. O que que é saudável? Ah, é comer alface. Beleza. É comer alface. Não, mas comer alface orgânico também. É comer alface não é todo dia, porque também não, não. Se você comer todo dia, não, talvez não seja saudável. É só quatro vezes por semana. Ovo é saudável, mas só se tu não for vegano. É. Aí, cara, eu ouço essa ideia todo mês. Nossa, pior ideia. Pior ideia. Pior ideia. E entendi. Entendi. Então assim, acabou acontecendo. Virou é porque é consequência da da do crescimento, né? Então, no fim. Exato. É. É consumo da grandeza. Então, por que que você fala do Uber? Você fala Uber. Uber porque ficou grande? É, então, e aí o Uber impactou o comportamento de transporte nas cidades, com certeza. Tipo, muita gente usa Uber porque prefere, sei lá, ir trabalhando ao invés de estar dirigindo. Aham. Mas aí você você tocou, eu vou pegar um um ponto anterior seu que tem a ver com esse que você falou: “Carah, mas se você fizer tal coisa, mas o nome é iFood. E cara, esse foi um dilema que a gente enfrentou por muito tempo. Será que eu deveria mudar o nome da empresa? Porque se um dia eu vou deixar de fazer, vou começar a fazer farmácia, cara, hoje com mais car dentro do Food é farmácia e pet shop e banco e não sei o quê. [ __ ] iFood não tem nada a ver. Esse foi um dilema por muito tempo, cara. Aí no ano passado a gente bateu um martelo sobre esse tema que a gente nunca vai mudar o nome da empresa porque a gente descobriu e tem a ver com essa pergunta sua última, que é de ter entrado no comportamento e tal, que as pessoas não associam mais o nome iFood à comida, ele associa a conveniência de pedir. Uhum. E no iFood vende-se inclusive coisas que não deveriam de certa forma ser vendida lá, tipo vape. É, cara, essa discussão para nós é uma loucura, porque na verdade é uma discussão de vape, tem uma discussão que é assim que poderia, mas não deve, que é cigarro. Uhum. Droga. Droga. E por aí vai. É porque, cara, pensa na ponta de lá não tem só pessoa do bem, certo? Então vamos, no caso da droga lá no traficante. Uhum. Tem outras pessoas que elas são do bem e elas estão fazendo uma atividade legal, mas que não é vista de for não é bem vista, vamos dizer assim, moralmente do lado de cá. Cadê? Seria os casos um cigarro, por exemplo. Eh, e aí você tem uma discussão do vape, que em algum momento a gente fala vape é legal, é ilegal, é moralmente aceito, não é? Então assim, você tem milhares de discussões aqui nesse meio, cara. Que que a gente tomou de decisão? A gente falou: “Cara, a gente não vai vender essas coisas”. Droga, obviamente, porque é ilegal, mas o cigarro a gente decidiu também. E ve, ele não começou ilegal, depois passou a ser ilegal. É. Aí, cara, o que que começa? Começa as pessoas do lado de lá sendo criativas. Uhum. Aí, cara, começa você, cara, é muito, é muito louco isso. Hoje a gente pega isso por IA. O IA fica notando algo, cara. Muito, é muito legal isso, cara. A primeira coisa que I fica tentando identificar são nomes criativos, tá? Então, por exemplo, em algum momento a gente descobriu que eh bolinho de grama era maconha. Um brother aí resolveu criar a [ __ ] desse nome, avisou a clientela dele e aí, cara, aí começa, aí a ela pega muito rápido isso hoje. Ela olha e fala: “Bolinho de grama, calma aí, não faz sentido. Se você jogar no chat EPT, bolinho de grama é comida, o chat EPT hoje já ia te falar, tá estranho esse negócio”. Então a gente fica, hoje a gente pega isso muito rápido. Então cara, a gente teve muito disso. O outro era imagem. Às vezes o cara escrevia picanha e punha um vape lá. Aham. Então ele avisava os clientes dele e falava: “Ó, é só procurar lá que você vai ver exatamente qual é a cor, o modelo, o líquido”. Aí o modelo já pega isso hoje, já consegue pegar. Então hoje como é que funciona? Hoje os caras ainda tentam, mas o modelo rapidamente pega. Mas cara, é um sofrimento. É um sofrimento esse troço. Porque? Por quê? Porque pro cara, uma merda isso, cara. Porque assim como pro restaurante facilita ter um cardápio online e, portanto, só tentar vender, pro cara é a mesma coisa. O cara tem 10 líquidos de vape, seis modelos de vape, fala: “Bicho, bota aí, escolhe o que você quiser, eu te entrego”. Aí, ó, o que que os caras vão tentando fazer no iFood? Você pode entregar com o entregador do iFood ou com o seu entregador. Uhum. Então, para essa turminha aqui, ele ele entrega com o entregador dele, porque aí ele ele tenta sair, porque aí tem um controle maior na plataforma quando é o entregador food, né? Então ele entrega com o entregador dele, então ele já sacou isso, ele tenta fazer isso. Então o modelo já sabendo disso, o modelo vai ficando mais atento ainda a esse ponto. Mas cara, é uma zona. Isso para mim é a mesma dificuldade que um Mercado Livre, uma OLX tem com produto falsificado. Aham. Aí, bota lá a roupa da Nike. Aham. Mike. Mike. [ __ ] que pariu. Exato. É a mesma para eles. É a mesma loucura do dia a dia, cara. A gente já teve cada pepino com isso, velho. Você não tem noção, velho. Imagino, cara. Você não tem noção. Não. Uma vez vai ter problema legal também, cara. Eu eu eu tenho assim no sentido prático, mas no sentido de impacto não, porque é muito óbvio, primeiro que não sou eu que faço isso, que eu tenho bons controles e que eu sou cara, a gente já chegou a ter problema. Hã, [ __ ] que pariu, cara. Um cara lá na Bahia era um cafetão e ele colocou as prima, não a foto de uma mulher, mas ele tentou fazer isso. Ele não conseguiu fazer nenhuma transação porque o modelo muito rápido pegou, o que permitiu a gente inclusive denunciar ele pra polícia, né? No final eu acabei ajudando a sociedade, denunciando um cara que fazia trabalho de cafetão. O cara tentou fazer um troço desse, velho. Meu Deus, cara. Essa é novidade máxima. O cara foi lá, o cara foi lá e, cara, o que que ele deve ter feito, né? Eu porque eu não acompanho o caso, todo detalhe, ele ele ele colocou no ele colocou fotos eh da de mulheres e colocava um nome diferente, como se fosse comida. Aham. E aí ele pegou o link dele, do iFood da loja dele e deve ter mandado no WhatsApp para pros clientes dele. Esse a gente pegou muito rápido, muito. Foi assim uma questão assim de 40 minutos o modelo pegou aí, cara, o modelo é quase uma sirene. É, ué, tipo, tem um pena aqui, porque esse tipo de coisa gera um problema sério, né? É mais de reputação, né? Imagina se eu tivesse a conta de uma transação dessa, tipo, cara, eu ia ser acusado de tá, né, de poderia acabar de estando prostituição, né? Então o modelo é muito chato nisso, mas dá umas merdas. Interessantíssimo, cara. Brasileiro é [ __ ] né? O brasileiro é criativo para [ __ ] Irmão, a gente, você sabia que a gente é que a gente exporta golpe, por exemplo, esses golpes que com inteligência artificial de colocar os outros no grupo? Se é a eu eu sei porque eu fiz uma série, eu fiz um podcast que era é manual para não ser feito de otário. Então a gente foi olhar legal os golpes. Eu eu descobri nesse projeto que assim a gente exporta golpe. É, a gente é bom nisso, cara. A gente é bom nisso. Agora tá explicado. É. E assim, e se liga, a gente com toda contar um negócio. Você sabe que no auge do meu problema com fraude, eu cheguei a perder R 40 milhões deais no mês. Meu Deus, cara. Hoje, hoje eu não perco isso. Hoje eu perco quase nada, muito próximo de zero. Cheguei a perder R 40 milhões de reais por mês, cara. Que tipo de fraude era? Você imagina assim, tá tendo agora uma, desculpa, eh, que eu vi nas redes sociais, aí os caras faz um Pix falso e aí provavelmente é por fora da plataforma e aí os caras mandam também, quando eles identificam, eles mandam de sacanagem lá uma um um lanche, resto de lanche, manda pedra, manda não sei o quê. Ó, eu vou te contar golpes assim, ó. O mais comum era um cara falar, ele abria um restaurante falso, aí ele fazia aí o o usuário, um consumidor combinado com ele, fazia o pedido, ele produzia e entregava. Aham. Aí o consumidor ia lá e falava: “A comida veio toda estragada”. Aí eu reembolsava o consumidor. Aham. E ia no restaurante onde falava: “Não, eu mandei a comida bonitona”. E você aud não consegue provar que tava estragada. Então eu nesse caso, eu fico prejuízo. Tu que segura a onda, né? Ou seja, eu falo: “Beleza, eu não consigo te culpar e eu vou reembolsar o consumidor”. Então o cara cria um restaurante falso e ele começa a fazer essas transações. Aí ele faz sem transações certas, duas erradas, sem cert, três erradas. E aí até um dia que ele vai testando até onde o modelo pega ele. Esse é um exemplo. Entendi, cara. [ __ ] uma merda. o famoso golpe da maquininha que cara, ele é um exemplo bom do que acontece, muito pouco, mas gera uma repercussão muito grande. O golpe da maquininha, cara, o cara ele ele tá associado a um restaurante assim que você acaba pedindo. Aí o cara vai lá e chega e fala: “Cara, deu um problema no pagamento do iFood. Eh, você vai, você vai pagar pela maquininha mesmo”. Aí o cara lixa a tela. Era R$ 40, ele põe 4.000, você passa seu cartão, você não vê. vai embora. Aí você vê no seu estrato da conta uma hora depois que você abriu R$ 4.000. Bom, para mim e eu nem eu só faço as compras, eu só faço pagamento pelo pelo próprio aplicativo. Eu vou te contar uma que não é fraude isso, mas é uma perda, mas essa é interessante. Eh, cara, o entregador eviste de uma forma muito negativa pela sociedade, né? O que é uma pena brutal, porque as pessoas associam o entregador. Eh, eh, eu costumo brincar assim, brincar não, só uma verdade. A gente tem quase a mesma idade. Quando a gente era moleque, o o marginal vestido de alguma coisa era o cara do correio. Aham. O cara era no marginal, ele se vestia de correio, chegava na sua casa, batia, falava: “Carta, vem buscar”. Você ia buscar, ele te assaltava, né? Depois, quando a gente tinha uns 30 anos de idade, não, uns 20 anos de idade, era o cara da net. O cara se vestia de net, chegava, falava: “Vim aqui fazer um negócio, você abriu o portão, pum”. A gente tinha assaltado. Quando a gente tinha 30, era o cara do carro forte, encostava no posto. Ah, eu vim aqui trocar o o caixa, p explodiu o caixa, roubava o dinheiro e saia correndo. E aí por um tempo virou o cara do do dri food. O cara bota uma bag, chega perto e te assalta. Então o entregador ele é mal visto, né? uma uma pena, porque não tem nada a ver com o entregador, assim como não tinha a ver com o cara do correio. Eh, aí, cara, vira virava e mexia, acontecia um problema entre o entregador e o consumidor. O entregador diz que entregou a comida e o consumidor dizia que não recebia comida. Para isso, a gente criou um negócio que é o código. Sabe aquele código hoje? Uhum. Aquele código ele apareceu para poder proteger o entregador, porque a nossa hipótese é que o entregador entregava a maioria das comidas e que era o consumidor que não entregava, não não falava a verdade. De ter feito. O que que aconteceu? O código comprovou isso. Comprovou que em 90% das situações o entregador entrega comida. E aí eu vou te contar um caso de como o consumidor mente. Esse é um caso muito interessante. Qualquer pessoa que me acessa, qualquer pessoa que acessa, seja no Instagram, seja no LinkedIn, seja no meu WhatsApp, eu vou lá e resolvo o problema, porque é uma forma de aprender. Eu eu vejo um problema do iFood fazendo isso. Eu falo: “Puta, isso aqui tem um problema aqui. Isso acontece repetidamente, então é um problema que, cara, tá resolvido, criando um transtorno.” Aí, esses tempos atrás, cara, a a Carol, minha esposa, recebeu uma mensagem no WhatsApp de uma amiga dizendo: “Cara, entregador do iFood disse que entregou e não entregou. Cara, o Diego pode me ajudar?” Aí eu falei, “Pede o CPF dela aí e o número do pedido, cara. [ __ ] eu quero ter o contato também, mas eu tenho problem aí, cara. Fala, fala aí, fala aí. Pode falar, pode falar. Não, é que assim, tem uns restaurantes aqui perto de nós aqui que é quando eu quero alguma coisa de lá, eu tenho que ir lá porque sempre chega errado. Mas aí eu sei, eu sei que não é a plataforma, né? É, é o restaurante. Eu tô ligado, tô ligado. Mas mesmo assim, pega meu contato com o Henrique, me manda, né, porque eu aprendo, porque isso me faz falar assim, esse restaurante deveria estar mal avaliado. Se ele não tiver mal avaliado, hum, tem alguma coisa estranha. Eu aprendo e resolvo problemas do iFood. Então, me manda mesmo. Aí, cara, você estuda aí, pode pegar aí. Aí, cara, ela mandou isso pra Carol. Falei: “Me dá o pé do CP”. número do pedido, cara. Na hora abri meu computador, entrei na plataforma, comecei a olhar, cara, o cara saiu, porque eu tenho um mapa. O cara saiu do restaurante, chegou até a casa dela. Sim. Pela rota que o Google Maps ou AS sugeriria. Sim. Esse entregador fez quantas entregas? 5.000 entregas. Já. Quantas deram problema? 0,01. Hum. Ele tem o código. Tem, cara. Esse cara não fez cagada. Aí voltei para ela, falei: “Você tem câmera?” Ela mora num prédio. Tenho. Você pode conseguir a câmera para mim, a vida, o filme? Ela conseguiu e me mandou. Sabe o que aconteceu? Hã? O entregador entregou, o filho dela desceu para buscar, pegou a comida, virou, deu dois, três passos, tropeçou, caiu tudo no chão, pôis a culpa nos outros, ficou com medo de tomar um ferro da mãe, pegou tudo, jogou no lixo, chegou lá em cima e falou: “O entregador fugiu, mãe não me entregou nada”. [ __ ] ser humano, bicho. Não é se você é rico, pobre, negro, branco, brasileiro, americano. Esse é o ser humano. É [ __ ] né? Essa daí é sinistra mesmo. Eh, tá bom. E aí, cara, como é que é como é que hoje como é que é a relação do iFood com o poder público? Você me falou que eh tá tentando lá passar essa lei que ajudaria lá a galera, os entregadores e tal. Eh, mas é uma relação eh amistosa. Se sente que a galera entende o que é o iFood ou essa inclusive esse tudo que a gente poderia chamar de nova economia. Os caras entendem o que é isso aí no no trato e na nas conversas? Cara, ó, é uma relação amistosa, porque eu estou lá, não, eu Diego porque eu eu como ser humano estou presenciando aquilo lá. Porque quando você olha nas matérias de jornal, ela parece ultra conflituosa. Você lê, fala: “Ó, problema, não sei o quê”. Nã n Mas ela não é assim. Ela é uma relação boa, é uma relação cordial de pessoas que eventualmente discordam uma das outras, mas ela é uma relação boa. Eh, sobre o entendimento, ó, a esmagadora maioria, é porque eu vou separar agora em diversos órgãos do do do poder público, a esmagadora maioria dos processos na justiça em relação à discussão do trabalho, ela tem como tem um ganho de causa para as plataformas, seja eu, seja o Uber, é pra gente. O que quer dizer isso? que o judiciário tá entendendo, já entendeu que não é CLT, o cara vem quando quer, não vem, ele fica com o app ligado dentro de casa, ele, cara, se não quiser aceitar, ele não aceita o pedido. E já existe um certo um certo padronização dessas decisões. As decisões que já chegaram no STF foram nove, nenhuma é do iFood, são de outras plataformas de tipo Uber e tal, todas elas foram ganhando de causa pro pra plataforma. Então isso tá se fechando lá no executivo. Isso depende muito de governo, porque depende da da ideologia que tá por trás ali de um de um governo. Na época do governo Bolsonaro existia um bom entendimento e no governo Lula também existe um bom entendimento. Então quando o Lula assumiu, ele criou um grupo de trabalho que ele colocou junto entregadores, o Ministério do Trabalho, as plataformas e tal. E dessa, desse gruppo de trabalho, saíram dois projetos de lei, um para motorista e um para entregador. O de motorista, ele atingiu 100% de acordo e foi inclusive pro Congresso, mas não foi votado, não teve força política para votar. o das plataformas, a gente só não convergiu em um ponto, que foi a discussão previdenciária, todo o resto ele convergiu. Então isso me leva a dizer que existe um bom entendimento, ainda que exista um ponto de atrito. Eh, no Congresso, o entendimento é muito bom também. Eh, mas é muito louco, porque quando isso vai pra imprensa, a impressão que tem um conflito brutal. É, existem desentendimentos, não existe conflito, não é uma relação conflituosa. A relação com o ministro Marinho, ela é uma relação de diálogo, ainda que a gente discorde alguns pontos e tá tudo bem. E cara, e por que que ela é por que que ela é uma relação boa de forma geral? Porque os números não mentem. Então você pega lá os números. Os entregadores gostam ou não gostam? Gostam. A renda é correta ou não é? É. E o principal, Igor, é o seguinte. Os números mostram uma coisa que é muito poderoso numa plataforma como iFood ou como Uber. Ela é um [ __ ] de um complemento de renda. As pessoas acham que os entregadores na maioria trabalham só na plataforma. É ao contrário. Dos 400.000 entregadores da plataforma, 2/3 mais de cara 200 são 250.000, quase 300.000. Eles eh usam o iFood como um complemento de renda. O cara cabeleireiro, cabeleireiro, segunda-feira não abre salão e fala: “Beleza, vou dar um pulinho ali e fazer mais no mês 500 conto, 800 conto”. O cara é valet à noite e fala: “Ó, três vezes por semana eu levo meu fich filho na creche. Três vezes por semana depois de levar na creche eu vou fazer um mais um complemento aqui.” Então o o o que cada os números mostram o que cada vez mais as pessoas olham e falam: “Caralho, na verdade você tá dando um empurrãozinho porque o cara quer, não porque ele nem precisa precisar no sentido assim, ele já tem outra fonte renda”. Então é é uma relação boa com a sociedade de forma geral, ela melhorou muito, cara. Assim, há 10 anos atrás era a impressão era que a gente era explorador. Hoje não é mais a impressão da sociedade, ainda que exista um grupo e eu respeito que acredite que deveria ser feito de outra forma e tal, que deveria ser CLT e tudo mais. Entendi, entendi. Bom, Diegão, cara, muito obrigado aí pelo teu tempo, [ __ ]

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