The Line em 2025: O Que Realmente Está Acontecendo?

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Pensada como laboratório vitrine da Arábia Saudita pós-petróleo, Deline nasceu com uma ambição inédita e sustentável. Seu traço contínuo de 170 km sustenta uma muralha espelhada de 500 m de altura, comprimindo toda a cidade na espessura de alguns quarteirões. Ali, até 10 milhões de pessoas viveriam num corredor de densidade extrema, 130.000 habitantes por quilôm quad, superando os recordes de Tóquio e Hong Kong. A ousadia fundamenta-se em dois pilares de urbanismo. Primeiro, a eliminação total de carros e avenidas. Um trem bala subterrâneo percorre a distância completa em menos de 20 minutos, enquanto corredores verticais de elevadores de alta capacidade conectam moradia, trabalho e lazer em poucos andares. Segundo, a autossuficiência energética, painéis solares embutidos nas fachadas espelhadas, somados a um parque eólico offshore exclusivo, abasteceriam toda a demanda do complexo e assegurariam operação neutra em carbono ao longo de todo o ciclo de vida. Em 2021, essa visão soava como ficção científica. Hoje, canteiros no deserto já desenham a silhueta inaugural. Passados 4 anos, a execução continua fiel a esse manifesto urbano global? Quanta dessa promessa permanece de pé em 2025? Neste vídeo, você verá tudo sobre a obra Neon. Não é um projeto isolado. Ele compõe um ecossistema multifásico que avança simultaneamente em regiões distintas da fronteira noroeste. Além de Deline, três polos irmãos ampliam o experimento urbano saudita. Oxagon, na baía de Duba, reconfigura o conceito de porto ao adotar pieres modulares flutuantes de concreto de alta densidade, ancorados sobre colunas de aço inoxidável que acompanham a variação das marés. O Masterplê estaleiros automatizados, zonas francas de fabricação de hidrogênio e um distrito de data centers resfriados à água do Mar Vermelho. A 300 km dali, Trogena ergue-se a 2600 m de altitude, onde turbinas de neve artificial e reservatórios de armazenamento térmico permitem operar pistas e disqui durante todo o ano. Um feito inédito em clima árido. Já as zonas costeiras de Cindalá e Leiá apostam no turismo premium, combinando marinas para superates e ressortes talhados em desfiladeiros calcários com concreto projetado de baixa emissão. Todo esse aparato possui um preço equivalente a mega projetos de infraestrutura somados em escala continental. Em 2025, o Public Investment Fund PIF estima o desembolso total de 8,8 trilhão de dólares, valor quase oito vezes o PIB nominal saudita. O cronograma financeiro mescla a injeção direta do PIF, emissões de green bonds indexadas ao brand e joint ventories com gigantes globais de construção e tecnologia. Para mitigar o choque de caixa, a equipe de finanças estruturou instrumentos de project finance com amortização faseada. Oxagon produz caixa via taxas portuárias já em 2028, enquanto Trogena só alcança break even após 2035. Politicamente, Neon é o vértice da visão 2030, estratégia estatal de diversificação, além do petróleo. Ao projetar competências em infraestrutura verde, inteligência artificial e turismo de luxo, o reino cultiva a soft power regional e se posiciona como hub logístico entre Ásia, Europa e África. Em 2021, o anúncio de Day The Line foi acompanhado por handers impressionantes que correram o mundo, mostrando um corredor urbano de 500 m de altura, refletindo o deserto e prometendo eliminar carros. A recepção dividiu especialistas. Investidores empolgados viam potencial de retorno em terrenos neutros em carbono, mas urbanistas questionavam ventilação, iluminação natural e rotas de evacuação numa sessão tão estreita. Em 2022, as escavadeiras iniciaram a trincheira contínua de 120 m de largura destinada ao subsolo logístico. Escoramentos treliçados pré-montados permitiram um avanço médio de 400 m/. Aldeias canteiromodulares surgiram nas margens com energia gerada por grupos geradores de 5 MW e sistemas de dessalinização compactos para suprir a força tarefa de engenheiros e topógrafos. O ano de 2023 marcou a expansão das frentes de obra. Caminhões basculantes de 220 toneladas, perfuratrizes Bauer BG65 e duas centrais de concreto ons passaram a operar 24 horas, reduzindo o ciclo de execução das estacas Barretáveis pela estabilização dos taludes arenosos. Quatro acampamentos permanentes passaram a abrigar 10.000 1 trabalhadores, contando com clínicas de campanha e rede interna de fibra ótica para telemetri em tempo real. Em 2024, relatórios independentes apontaram um sobrecusto de 37% e alimentaram rumores de cortes de orçamento. Em agosto, o CEO e dois diretores técnicos deixaram o projeto desencadeando revisão de contratos e suspensão temporária de pedidos de aço para a fachada espelhada. As equipes de planejamento reduziram a cadência da escavação, priorizando análise geotécnica aprofundada após a detecção de lençóis freáticos inesperados a 28 m de profundidade. Sob pressão por entregas tangíveis, 2025 consolidou a estratégia da Miniline. O trecho piloto de 2,4 km próximo a Tabuk foi confirmado para demonstrar fachada. Estação de trem de levitação magnética de 400 km/h e três clusters residenciais verticais. O Public Investment Fund assumiu o controle direto da governança, concentrou compras via contratos EPC Turnky e emitiu green bonds atrelados ao Brand para garantir fluxo de caixa até 2027. Enquanto equipes de engenharia revisam parametricamente o design para escalonar a replicação em série, a experiência saudita com plantas petroquímicas modulares e navios plataforma guiou a estratégia de implantação de Deline. Em vez de erguer dezenas de quilômetros e de muro espelhado de uma só vez, o consórcio dividiu o projeto em segmentos de 800 m, cada qual estruturado como empresa projeto independente com balanço e rating proprios. Este arranjo permite contratar o CAPEX em ciclos de 10 anos, reduzir o custo de capital e gerar receita imobiliária antes de o conjunto final ficar pronto. Assim que o núcleo atinge a quarta laje, as primeiras unidades residenciais, escritórios e pontos de varejo nos pavimentos inferiores são liberados para a comercialização. O fluxo resultante financia o bloco seguinte e cria um efeito dominó que mantém a obra respirando sem aportes contínuos do fundo soberano. Investidores internacionais, por sua vez, conseguem entrar ou sair de cada fase com risco claramente delimitado, algo inviável em uma frente linear de 170 km, construída de uma só vez. Do ponto de vista construtivo, cada módulo repete um ciclo de cinco macroetapas com precisão de linha de montagem. Primeiro escava-se uma trincheira de 120 m de largura por 60 m de profundidade, removendo em torno de 9 milhões de m cúbicos de material, que é britado e reutilizado como agregado ou bermas protetoras. Em seguida, perfuratrizes Bauer BG65 instalam estacas a Barrete até 40 m abaixo do subleito, formando uma parede diafragma que funciona como contenção e fundação. Depois vem a impermeabilização aplicada por robôs que pulverizam membrana bem tonítica e criam barreira contra a pressão hidrostática. O núcleo estrutural de concreto C80/95, reforçado com barras duplex, sobe em ciclos de escuramento deslizante de 3 m por dia, enquanto equipes paralelas montam painéis de fachada e sistemas MEP. A entrega gradual dos primeiros pavimentos, mesmo antes de o topo estar concluído, acelera o retorno financeiro e reduz o período de exposição sem receitas. A miniline correspondente à fase 1 situa-se 2,4 km a sul de Gael, onde leitos de arenito homogêneo assentado sobre granito fraturado oferecem boa capacidade de carga. A proximidade de 12 km do Mar Vermelho facilita a logística. Um pier provisório recebe aço, Clinker e módulos habitacionais, enquanto navios pipa devolvem rejeito dessalinizado ao mar. Três módulos compõem esse trecho piloto. No extremo oeste, o M45 cravou 196 pilares Barrete a 40 m e iniciou em fevereiro de 2025 a concretagem de vigas e guia que sustentarão plataformas habitacionais de nove andares. O M46 coração da fase abrigará o Hidden Marina, canal artificial de 500 m navegável por táxis elétricos e o Neon Station projetado para 80.000 1 torcedores a 350 m de altura, com vista para o mar através de vãos da fachada. Já o M47 avança a escavação até -25 m, inicia perfurações de alívio para a pressurização do subsolo e será dedicado a 20.000 unidades residenciais destinadas à força de trabalho inicial. Os números traduzem a escala do desafio. Somente na miniline serão instaladas 16.000 estacas. Novo recorde mundial para uma fundação linear contínua. Duas centrais de concreto no próprio canteiro produzem 240 m³ por hora cada, alimentadas por correias blindadas que percorrem 7 km desde a pedreira ao charma. Cada módulo recebe 40.000 m² de painéis de fachada em aço inoxidável espelhado, revestidos com filme fotovoltaico de Perovískita, que adiciona 38 MW pico à matriz elétrica local. Sensores embutidos monitoram deslocamentos milimétricos e enviam dados a um gêmeo digital hospedado em servidores de oxagon, permitindo ajustes de tensores em tempo real e evitando patologias de fadiga. Controlar o lençol freático requer sistema de dewordering de escala industrial. Uma malhaeidal de poços de 35 m drena a água para bacias de retenção escavadas 1 km a leste da trincheira. Ali, processos de decantação e dessalinização parcial possibilitam reúo na cura do concreto ou descarga regulamentada no mar. Bombas centrífugas de 4.000 m³/h operam em redundância N+1, alimentadas por microrede HSA com turbinas aeroderivadas de 12 MW, que também cobrem picos noturnos de demanda elétrica. Para abrigar o contingente humano, um acampamento sede para 14.000 1 trabalhadores, oferece dormitórios climatizados, clínica de trauma nível 3, mesquita, áreas de recreação e estação de tratamento de esgoto compacta. Uma via expressa dedicada de 30 km conecta o canteiro à rodovia costeira, separando o fluxo de material do transporte de pessoal e reduzindo a chance de incidentes logísticos. O trecho piloto de 2,4 km exige um desembolso entre 300 e 370 bilhões de dólares, cifra que cobre fundações, superestrutura em aço duplex, estação de trembala e sistemas MEP completos. 60% virá diretamente do Public Investment Fund, que já reservou parte de seu portfólio em hidrocarbonetos para lastrear o aporte. Outros 20% serão captados no mercado por meio de green bonds indexados ao brand. com prazo médio de 15 anos e cupom escalonado, conforme metas de carbono. Os 20% restantes ficam sob um modelo de parcerias público-privadas, específico para a marina artificial e o estádio. Investidores globais operam as instalações por 35 anos em regime de concessão antes da reversão ao estado. A sensibilidade ao preço do aço continua o principal vetor de risco. Um salto de 15% na cotação spot acrescentaria perto de 12 bilhões de dólares ao orçamento, já que as telistas da fachada, combinadas as vigas de aço da arquibancada somam mais de 6 milhões de toneladas. O cronograma também é vulnerável. Cada ano de atraso implica aproximadamente 9 bilhões de dólares em juros sobre dívidas ponte, além dos custos de remobilização de mão de obra e maquinário, pois contratos de leasing de equipamentos pesados expiram a cada 24 meses. Mesmo assim, o planejamento físico permanece agressivo. As estacas do módulo M46 devem encerrar cravação no quarto trimestre de 2025. Em 2026 começa a montagem do núcleo metálico do estádio com gruas treliçadas de 3.000 toneladas e sando sessões pré-moldadas de 60 m. A inundação do canal no ano seguinte permitirá testes com iates de 90 m de comprimento, validando hidrodinâmica e controles de nível. A fachada espelhada nos três módulos fecha em 2029, abrindo o caminho para a entrega em 2030 dos primeiros apartamentos e de um shopping interno com 180 lojas. Em 2034, o estádio previsto para 80.000 torcedores deve estrear na Copa, coroando a fase um como vitrine global de engenharia modulada. A migração em massa para Giaal exigirá mecanismos de atração, além de marketing de vanguarda, isenção total de impostos pelos primeiros 30 anos. Vistos de residência premium e pacote de subsídios habitacionais pretendem compensar o isolamento e as temperaturas extremas. Ainda assim, analistas duvidam de que famílias qualifiquem escolas, hospitais e lazer suficientes antes de 2035. No plano ético, o caráter de cidade inteligente implica monitoramento digital contínuo. Câmeras lidar e reconhecimento facial em cada elevador alimentam gêmeos urbanos que ajustam consumo de energia, mas geram preocupações sobre privacidade. Paralelamente, a remoção de comunidades Hi Tat de suas terras tribais continua alvo de denúncias internacionais, colocando pressão sobre contratos de EPC. O impacto ambiental também permanece sensível. A salmoura hipersalina da dessalinização deve ser difusa por emissores submarinos de turbulência controlada para evitar as zonas mortas. Recifes de coral requerem barreiras de sedimento e monitoramento de pH para não sofrer branqueamento prematuro. Mas e você, o que acha desse incrível mega projeto? Comente. Este é o Urbana. Deixe seu like, inscreva-se e ative o sininho para acompanhar os próximos vídeos.

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