Toba, o supervulcão que QUASE EXTINGUIU A HUMANIDADE!

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Este episódio é um oferecimento da Insider, mais 
detalhes ao final do vídeo! As estrelas e seus sistemas solares nascem em ambientes bastante 
dinâmicos e violentos. Estas nuvens de gás e poeira, apesar de lindas vistas de longe, são 
muito provavelmente os lugares mais perigosos para seres vivos como nós… Que, ironicamente, 
surgimos a partir de uma nuvem parecida. O Big Bang só criou, na prática, hidrogênio e 
hélio, não à toa os dois elementos químicos mais abundantes no Universo, mas como somos formados 
por vários outros elementos, e encontramos toda a Tabela Periódica aqui na Terra… Sabemos que, 
um dia, a nebulosa que originou o Sistema Solar testemunhou supernovas como esta, eventos tão 
absurdamente energéticos que são capazes de criar os elementos químicos mais pesados… E os 
espalhar pelos sistemas estelares em formação em sua vizinhança. Após o acendimento do Sol, 
graças à conservação do momento angular – o mesmo fenômeno que faz um patinador acelerar seu 
giro quando encolhe braços e pernas – o resto da matéria do sistema foi criando um disco à sua 
volta… Onde suas partes mais densas, aos poucos, se transformaram nos planetas, luas e asteroides 
que hoje conhecemos. A infância do Sistema Solar, portanto, foi violentíssima, cheia de colisões 
similares a esta, que mudou o eixo de rotação de Urano… Ou esta, entre a recém-formada Terra 
e Theia, um planetesimal com o tamanho de Marte, o evento que originou a Lua. Os resquícios de 
toda aquela energia, porém, permanecem ativos debaixo de nós, a maior parte da matéria do nosso 
planeta continua no estado líquido… Matéria que, de tempos em tempos, resolve visitar os moradores 
aqui da superfície, em eventos, muitas vezes, catastróficos. É fácil lembrar o quão violenta 
foi a infância do Sistema Solar apenas olhando para cima, nosso satélite carrega suas marcas até 
hoje… O que não ocorre aqui na vaidosa Terra, que costuma maquiar muito bem suas cicatrizes. 
Hoje você vai conhecer uma das erupções mais energéticas que sabemos ter ocorrido, a do 
supervulcão Toba, acontecida há 74 mil anos… Cuja caldeira se transformou neste gigantesco 
lago que você está vendo, com mais de 100 quilômetros de comprimento… E entender por que 
a humanidade quase foi extinta no processo. Nós estamos acostumados com erupções vulcânicas, elas 
acontecem até hoje, em vários lugares da Terra, portanto é difícil imaginar que uma delas possa 
ter sido tão catastrófica assim. Mesmo uma das erupções mais violentas da atualidade, a 
do Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, levou apenas 57 pessoas em 1980… Como 
um vulcão pode ter quase nos extinguido? O problema é que aquilo que ocorreu em Sumatra há 74 
mil anos foi algo completamente diferente. Assim como os terremotos possuem uma classificação, a 
conhecida Escala Richter, a erupção de um vulcão também pode ser mensurada através do Índice de 
Explosividade Vulcânica, o IEV. Ele vai de 0 a 8, e mede a quantidade de rochas e poeira 
que uma erupção expele na atmosfera. Cada número equivale a uma quantidade dez vezes 
maior do que o anterior, ou seja, uma erupção com IEV 3 é dez vezes mais potente do que uma com 
IEV2. Erupções com IEV 0 são parecidas com aquelas que costumamos ver no Havaí nos dias de hoje, elas 
não expelem rochas e poeira explosivamente, mesmo assim não são nada inocentes, seus rios de lava 
costumam causar muita dor de cabeça aos vizinhos do Tom Selleck. Já uma erupção como esta, do Monte 
Etna, em 2025, teve um IEV de número 2, bonita vista de longe… Mas bastante assustadora para os 
pobres montanhistas que estavam visitando o vulcão naquele dia. As primeiras erupções do vulcão 
submarino Hunga Tonga-Hunga Ha’apai em dezembro de 2021, que levantaram uma coluna de cinzas com 
14 quilômetros de altura, foram classificadas como IEV entre 3 e 4… A erupção mais famosa da 
atualidade, a do Monte Santa Helena, em 1980, é um exemplo de erupção com IEV 5 que, infelizmente, 
matou dezenas de pessoas… Um exemplo ainda mais clássico de IEV 5 foi a erupção do Vesúvio em 79 
antes de Cristo, aquela que soterrou as cidades de Pompéia e Herculano, levando milhares de pessoas 
com ela… E a erupção final do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai em janeiro de 2022, a maior já captada 
por câmeras, foi classificada com IEV entre 5 e 6, por sorte foi no meio do oceano, em um lugar 
desabitado. Mesmo assim, sete pessoas morreram, quatro em Tonga, o país do vulcão, mais uma 
em Fiji, não tão longe dali… E duas no Peru, do outro lado do mundo, todas mortas pelos 
tsunamis. A erupção do Krakatoa, em 1883, teve um IEV 6, um pouco mais potente do que a do 
Hunga Tonga-Hunga Ha’apai… Uma erupção com IEV 7 seria dez vezes mais forte do que isto aí… 
E uma erupção com IEV 8, aquele atingido pelo supervulcão Toba, CEM vezes mais potente. Entende 
agora por que a humanidade quase se extinguiu naquela época? Não é à toa que sua caldeira se 
transformou neste gigantesco lago… Um dia, 74 mil anos atrás, isto tudo aí estava coberto 
de lava. Naquela época nós, homo sapiens sapiens, não estávamos sozinhos no planeta. Além dos 
conhecidos Neandertais, nos faziam companhia os homo ergaster, os homo erectus e os homo 
florensiensis, entre outros. Apenas nós e os neandertais sobrevivemos. As populações que 
estavam em Sumatra, casa do Toba, e na Malásia, Filipinas, Sri Lanka e até mesmo na Índia sofreram 
os impactos diretos da erupção e sucumbiram em sua totalidade, enterradas debaixo de quase quatro 
mil toneladas cúbicas de rochas e cinzas. Uma das consequências de um evento como a erupção 
de um supervulcão é o surgimento de tsunamis, gigantescas ondas como esta, que foi criada após 
um terremoto de magnitude 9, ocorrido na costa do Japão, em 2011. O colapso da caldeira do Hunga 
Tonga-Hunga Ha’apai gerou um tsunami de vinte metros de altura, o que não deve ter acontecido 
na erupção do Toba, já que o vulcão estava no meio da ilha de Sumatra… Mas assim como no caso 
do Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, as ondas de pressão da explosão do vulcão devem ter criado tsunamis 
por todo o globo, muito provavelmente tão ou mais destrutivos do que este. Tsunamis, porém, não 
foram a causa principal da morte de boa parte da população humana da época. Foi o frio. Erupções 
costumam preencher a atmosfera com suas cinzas, e dependendo da magnitude do evento, estas cinzas 
podem ficar no ar durante meses, às vezes anos. As cinzas expelidas pelo Toba cobriram toda 
a Índia com uma camada de cinco centímetros, e acredita-se que elas escureceram a atmosfera 
durante um período de seis a dez anos, o que fez a temperatura global despencar. No primeiro ano, 
baixou cinco graus celsius… No ano seguinte, quinze. Quem não morreu na explosão do vulcão, 
afogado pelos tsunamis ou enterrado pelas cinzas… Morreu de frio ou de fome nos anos que 
se seguiram. Para piorar a situação, a posição orbital do planeta já o estava encaminhando para 
uma era do gelo, que se estendeu por praticamente um milênio. Acredita-se que a população humana 
caiu para algo em torno de dez mil indivíduos. Há 74 mil anos… Toda a humanidade caberia 
dentro deste lugar. E como nós sabemos disso? Graças ao mapeamento genético da hemoglobina do 
nosso sangue. Já que os primeiros fósseis de homo sapiens têm trezentos mil anos de idade, sabemos 
que a variedade de hemoglobinas deveria ser bem maior, o que indica que, recentemente, nossa 
população deve ter sido muito menor, algo como os dez mil indivíduos que supostamente viveram na 
época da erupção do supervulcão. Estudos com o DNA mitocondrial sugerem que ainda menos pessoas 
sobreviveram, apenas mil indivíduos! Outros animais, como os grandes felinos e alguns primatas 
também apresentam pistas de que suas populações diminuíram drasticamente durante a época em 
que o Toba explodiu, o que demonstra o quão significativo foi o evento… Explosões vulcânicas 
são violentíssimas, como você pode perceber por esta simulação da erupção do Vesúvio em 79 
antes de Cristo… As cinzas são pesadas, elas penetram nossos pulmões e se misturam ao 
muco, tornando-se algo parecido com cimento… Os terremotos e tsunamis são igualmente mortais… 
E o inverno causado pelo obscurecimento do Sol, mais ainda. Nós não sabemos o quanto a erupção do 
Toba foi responsável pela era do gelo que ocorreu naquela época, talvez os efeitos a longo prazo 
ocorreriam mesmo se o supervulcão não tivesse explodido… Sabemos, porém, que a população 
restante não demorou a voltar a crescer, assim que o clima aqueceu, talvez em um mundo 
extraordinariamente fértil graças às cinzas do Toba. É interessantíssimo ver o lago que se formou 
no lugar onde, um dia, existiu uma gigantesca montanha que explodiu. Este paraíso é, em vários 
aspectos, prova do quão adaptável é a vida… Prova de que, assim que as condições se tornam 
favoráveis, os seres vivos dão um jeito de dominar a paisagem. Porque pode acontecer novamente, 
vai acontecer novamente! A Terra tem, hoje, oito supervulcões dormentes, e o vulcanismo no planeta 
não parece que vai terminar tão cedo. Pode demorar séculos para acontecer, podemos nos extinguir 
bem antes disso… Mas, mais cedo ou mais tarde, vai acontecer. Mais um motivo para encontrarmos 
nosso caminho por entre as estrelas… A Terra é, e sempre vai ser, o melhor lugar possível para 
vivermos… Mas nos momentos em que o planeta resolver entrar em reforma… É bom sabermos que 
podemos passar um tempo na casa dos vizinhos… Para voltarmos depois, quando as coisas se 
acalmarem, e os jardins voltarem a florescer! Quer agora conhecer outra história onde quase 
toda a humanidade foi extinta, esta ficcional? “A Segunda Aurora”, ficção científica escrita por 
um tal de Juliano Righetto, se passa no Brasil em uma época bem distante da nossa. Observando a capa 
do livro você já capta várias pistas da história: a Lua que você vê é a nossa Lua mesmo, mas o lado 
que está aparecendo é o que fica oculto para nós, o que indica que algo de errado aconteceu por 
lá. O círculo próximo ao polo norte é algum tipo de construção artificial, e é fácil deduzir 
que aquilo tem ligação com a tal “coisa errada” que ocorreu lá em cima. No horizonte você vê uma 
araucária, demonstrando que a foto foi tirada no Brasil… Mas ela e o chão, estão cobertos de 
neve, algo não tão comum por aqui. Há pessoas neste lugar, vivendo uma vida bem mais primitiva 
do que a que temos agora, com outras crenças, hábitos e comportamentos… E, durante a 
história, elas serão apresentadas a outro grupo de seres humanos, que vieram de um lugar muito, 
muito distante, no espaço e no tempo. Serão as interações entre estas pessoas que darão forma à 
história, principalmente após o grupo de viajantes descobrir que há uma cura para a doença fatal que 
ceifa a vida das crianças nascidas ali. “A Segunda Aurora” é o filho do qual mais me orgulho, se você 
fizer uma busca simples pela internet para saber a opinião dos leitores vai entender por que me 
sinto tão feliz por ter escrito este livro. Agora, se você quiser ter a SUA opinião sobre a história, 
basta clicar aqui para comprar seu exemplar, vai com dedicatória e tudo! Aproveita porque 
“Deati”, a continuação de “A Segunda Aurora”, não deve demorar tanto assim para ser publicada… 
E você não vai querer ficar boiando quando isso acontecer, certo? Quer conhecer agora as possíveis 
técnicas que usaremos para afastar a Terra do Sol quando ele começar a se tornar uma gigante 
vermelha? Assista a este vídeo! Estes foram os seguidores e membros que contribuíram com 
o crescimento do canal nesta semana! Se você gostou do que viu, considere apertar o botão 
de seguir agora! Eu sou o Juliano Righetto, e você acabou de assistir a mais um 
“somos míopes porque somos breves”!

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