Tropas Americanas na América Latina – E o Brasil? Como fica nessa?

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O mundo inteiro tem acompanhado as ações do governo Trump em relação não só aos estrangeiros em seu país, como também às questões nas guerras envolvendo parceiros como Ucrânia e Israel. Mas tem mais, o novo alvo de Trump está bem perto de nós nos países latinos da América Central. Será que vai sobrar para o Brasil? Mas a pergunta principal neste caso é: por qual razão o governo americano está enviando tropas para o mar do Caribe próximo a países da América Latina, como México, a Colômbia e Venezuela? Bom, para responder a esta e outras perguntas pertinentes ao que está acontecendo logo acima de nosso país, precisamos entender um pouco mais o passado da América e como o governo americano sempre lutou contra o tráfico de drogas em seu país. O combate às drogas nos Estados Unidos, de fato, nem sempre foi tão intenso quanto tem sido dos anos 70 para cá. Desde que Richard Nixon, então presidente americano, declarou guerra total às drogas em 1971, vários programas de combate foram experimentados, mas em vez de diminuir, o número de usuário aumentou consideravelmente nas décadas de 70 e 80. A intensificação dos problemas foi tão séria, principalmente com o uso crescente de craque e cocaína, que levou à criação dos primeiros tribunais de drogas em Miami, Flórida em 1989. Quem era flagrado usando drogas era imediatamente levado à delegacia para prestar as devidas declarações e, claro, sair de lá com uma multinha nada barata para pagar. Já os traficantes passaram a ser considerados criminosos eiondos e suas penas, dependendo da gravidade, não eram menores de 25 anos de cadeia. Caso o traficante tivesse uma ficha manchada de sangue, isto é, com mortes em seu currículo, a prisão poderia ser perpétua ou até mesmo a pena capital. Grande parte dos Estados Unidos, onde cada estado tem suas próprias leis em relação ao indivíduo e outros tópicos, nos últimos anos vem dando legalidade ao uso da maconha, mas não de outras drogas mais pesadas e perigosas, como a cocaína, o craque, mentafetamina e drogas altamente letais, como a heroína e o fentanil e a trunk, que frequentemente tem feito vítimas fatais naquele país. Os usuários hoje em dia e dependendo da região, são levados compulsoriamente a clínicas, onde são passados por um processo de desintoxicação e tentativa de regresso na sociedade. Porém, como é visto nas ruas da cidade da Filadélfia, estado da Penilvânia, que já se tornaram famosas no mundo inteiro, dezenas de pessoas de faixas etárias e classes sociais diferentes se espalham pelas calçadas de uma grande avenida, parecendo mais um circo de horrores, com mortos vivos sendo expostos, do que realmente uma rua com viciados andando para lá e para cá. Realmente uma visão de horror. Dados mais recentes mostram que o tráfico continua em alta, comprovado pelas apreensões de heroína na fronteira com México, que mais que dobraram entre 2010 e 2015. Aliás, os norte-americanos consomem mais drogas ilegais de rua do que qualquer outro país no mundo. Viva o primeiro mundo, não é? E como as drogas entram em um país tão cuidadoso como os Estados Unidos, assim como na maioria dos países, as drogas chegam aos americanos por diversas vias e meios. podem ser transportadas usando pessoas com aparências comuns que geralmente amarram os pacotes em torno do corpo ou até mesmo em seus estômagos escondidas na estrutura de carros de passeio aparentemente convencionais, caminhões, vagões de trem, navios e embarcações menores, aviões, enfim, não há um limite. Até túneis já foram encontrados em vários pontos da fronteira entre México e Estados Unidos. Onde houver possibilidade ou chances, lá estão os traficantes encontrando meios de transportar seu produto para o Tilsan consumir. Recentemente, uma mão a mais da tecnologia passou a ser usada para fazer pequenos e rápidos transportes. drones, eles cruzam a fronteira por cima e mesmo com a possibilidade de serem detectados pelos sistemas de vigilância aérea do país mais vigiado e ao mesmo tempo mais visado do mundo, não há o risco de serem presos ou alvejados, o que seria pior para a estrutura da organização. A organização de tráfico de drogas mexicanas são apontadas como os principais fornecedores de heroína, cocaína, maconha e metanfetamina que chegam aos Estados Unidos. Assim como em qualquer outro país, a crise das drogas afeta profundamente a sociedade americana, sendo frequentemente descrita como uma terrível crise social. Pesquisas apontam que adolescentes e jovens adultos norte-americanos estão entre os mais visados por traficantes, pois já possuem vulnerabilidade ao álcool. E para partir para algo que dê um barato melhor, não é tão difícil. Cá entre nós. Não é só a maconha que serve como escada para drogas mais fortes. O álcool, apesar de ser liberado para maiores de idade, além de ser viciante, é também considerado uma droga psicoativa e tem sérios riscos físicos e psicológicos. Além do mais, não é só nos Estados Unidos, mas na maioria dos países comercialmente ativos. O problema com álcool começa muito cedo e, infelizmente, até com apoio dos próprios pais. Mas voltando ao contexto das drogas na terra do tio San, as estatísticas de overdose alarmantes. Em 2017, mais de 70.000 mortes por overdose foram estimadas com um aumento acentuado de mortes relacionadas ao fentanil opioides sintéticos. Só eles somaram quase 30.000 1 mortes. Em relação à classe social, as pesquisas não são específicas, mas deixam claro que as classes mais baixas são as mais afetadas, enquanto as que as mais altas, devido às condições financeiras e contatos certos, costumam esconder muito bem seus problemas. Contudo, isso não quer dizer que não esteja incluída na grande fração de usuários de drogas nos Estados Unidos. Quando Trump era candidato, especialmente agora nestas últimas eleições, um dos programas que ele apresentou foi o da tolerância zero contra o narcotráfico e o crime organizado. Desmantelar os cartéis de drogas é um dos principais objetivos dessa nova administração, enquadrando isso como prioridade tanto de aplicação da lei quanto de defesa nacional. Sua estratégia faz um vínculo consistente entre segurança nas fronteiras, fiscalização mais rígida no controle de imigração e as medidas anticartéis, colocando tudo isso num único pacote: encontrar e destruir. Em relação às leis, uma das primeiras providências da administração Trump foi formalizar a designação dos cartéis como organizações terroristas globais. Em fevereiro, o quartel de Sinaloa, o quartel Jalisco Nova Geração e o Sindicato Criminoso Venezuelano Trem de Arágua foram oficialmente promovido a esta categoria. Em julho, o cartel Delos Soles da Venezuela, que segundo acusações, é comandado pelo próprio presidente Nicolás Maduro e outros líderes de seu governo, também foi adicionado à lista. Essa classificação concede às agências americanas poderes mais amplos para minar redes financeiras, interceptar comunicações e, crucialmente autorizar o uso de recursos militares contra eles. O presidente Trump ordenou ao Pentágono que preparasse alternativas militares na região e aumentasse a vigilância aérea sobre os cartéis mexicanos para coletar dados da inteligência daqueles cartéis. Nestas primeiras semanas de agosto de 2025. Porém, está acontecendo algo que há muito não se via. Várias tropas militares dos Estados Unidos, incluindo navio de guerra, seguido por submarino e fragatas, seguem diretamente para o sul do mar do Caribe, o que pode marcar o início de uma guerra decisiva contra os cartéis. A medida tomada pelo governo Trump visa enfrentar o que a administração americana classifica como ameaça crescente à segurança nacional. Os cartéis são vistos como organizações criminosas que, além de abastecerem o mercado ilegal de entorpecente nos Estados Unidos, financiam grupos transacionais, desestabilizam governos e destróem vidas. Essa ofensiva faz parte de uma estratégia mais ampla de tolerância zero contra o narcotráfico e o crime organizado nas Américas. Trump tem feito um desmantelamento dos cartéis com um objetivo central, tratando-os como prioridade de segurança nacional de aplicação da lei. A administração Trump formalmente designou cartéis como Sinaloa, Jalisco Nova Geração e o Sindicato Criminoso Venezuelano Trem de Arágua como organizações terroristas globais em fevereiro, adicionando o quartel de lossoles da Venezuela em julho. Essa classificação concede às agências americanas maiores poderes para atingir suas redes financeiras, interceptar comunicações e, criticamente, autorizar o uso de recursos militares contra eles. A região do Caribe Sul emergiu como a zona de trânsito crucial para cocaína, heroína, drogas sintéticas destinadas aos Estados Unidos de Europa. O foco principal da operação é a patrulha das águas de narcoestados, como a Venezuela, cujo governo de Nicolás Maduro é acusado de controlar portos e mecanismos de fiscalização, permitindo que centenas de toneladas de cocaína inundem mercados e alimentem a procura nos Estados Unidos. O objetivo é perturbar as cadeias de suprimento e tornar as operações dos traficantes mais difíceis e caras. A implantação de forças navais e aéreas significativas, incluindo navios de guerra, um submarino de ataque, aeronaves de reconhecimento P8 Poseidon, Destroieres e o grupo de prontidão anfíbio Ivogima ou ARG, com a 22ª Unidade Expedicionária Marinha, é uma dramática demonstração de força. Segundo oficiais da Marinha, o grupo anfíbio é capaz de conduzir missões globais para atingir objetivos estratégicos dos Estados Unidos, dissuadir adversários e garantir o comércio desimpedido, mantendo o alto mar aberto e livre em conformidade com o direito internacional. Embora inicialmente seja uma demonstração de força para enviar uma mensagem, também proporciona ao presidente uma ampla gama de opções militares, incluindo a possibilidade de ataques cirúrgicos contra alvos em terra, como depósitos ou laboratórios de drogas, se autorizados. A ação anticartéis é mais uma das medidas da nova política de Trump e se alinha com as demais ações como aumento da segurança nas fronteiras e a regulação rígida na questão da imigração. E o Brasil, ele também está no alvo das medidas de Trump. De acordo com o governo norte-americano, pelo menos nesta etapa que se inicia, o Brasil não está incluído no plano de ação dos Estados Unidos. O presidente Trump tentou que o Brasil classificasse organizações criminosas como o PCC e o CV como grupos terroristas, mas o governo Lula se recusou a fazê-lo. Apesar dessa recusa, os Estados Unidos poderiam, em tese, avançar unilateralmente com essa designação no futuro, o que permitiria ataques de precisão contra indivíduos, instalações ou rotas de contrabando desses grupos brasileiros. No entanto, a probabilidade de ações norte-americanas contra as facções em terras topiniquins é quase zero, já que o PCC e o Comando Vermelho não atuam diretamente no mercado americano. Obrigado por assistir.

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