Trump ameaça deportar afegãos que apoiaram a guerra dos EUA no Afeganistão “É uma sentença de morte”

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Caros amigos, bem-vindos a mais um episódio de hoje no mundo militar. Neste vídeo falaremos sobre uma decisão que coloca em risco mais de 14.000 afegãos que fugiram para os Estados Unidos após a retirada americana em 2021. Com o caminho da deportação aberto, o que os espera no Afeganistão? Controlado agora pelos Talibãs. A RP Trader é a maior últimos anos, uma questão tem gerado crescente apreensão, o destino de milhares de afegãos que trabalharam ao lado das forças americanas durante as duas décadas de guerra no Afeganistão. Eles atuaram como tradutores, médicos, motoristas e, em outras funções essenciais, arriscando as suas vidas para apoiar as tropas dos Estados Unidos. Durante a retirada desastrosa das forças americanas em agosto de 2021 e a retomada do poder pelos talibãs, milhares desses afegãos, acompanhados pelas suas famílias conseguiram fugir para os Estados Unidos ou para países parceiros como Qatar e Emirados Árabes Unidos, com a promessa de receberem vistos de refugiados e uma nova oportunidade para reconstruir as suas vidas longe dos talibãs. Mas agora muitos deles enfrentam um futuro muito incerto. Ao longo das duas décadas de presença militar americana no Afeganistão, estima-se que mais de 200.000 afegãos apoiaram diretamente os Estados Unidos no seu esforço de guerra. E apesar da maioria ter atuado em funções de apoio na retaguarda, muitos atuaram diretamente na linha de frente, orientando as tropas americanas nos labirintos das montanhas afegãs e intermediando negociações com chefes trimais. No final de 2019, após quase 20 anos de guerra, o presidente Trump então no seu primeiro mandato, firmou um acordo visando a retirada americana daquele país. Através desse acordo, o exército afegão, treinado durante anos pelas forças da coalizão liderada pelos Estados Unidos, receberia armas, munições e apoio com dados de inteligência para assumir por conta própria a defesa do seu país. No entanto, devido à pressa em retirar as suas forças, os Estados Unidos ignoraram alguns aspectos importantes, como um apoio mais próximo às forças afegãs durante a complicada fase de retirada da coalisão, com isso, abrindo o caminho para ataques terríveis dos talibãs contra as forças afegãs, que a partir de meados de 2020 começaram a deixar de contar com o apoio de fogo americano. Basicamente assim que os Estados Unidos se retiravam de uma cidade, poucos dias depois os talibãs entravam e conquistavam tudo com isso se estendendo por todo o país, resultando em uma autêntica corrida pela sobrevivência em direção a Cabu, entre julho e agosto de 2021. Nessa época, já sob a administração Biden, foi prometido aos afegãos que colaboraram com os Estados Unidos um futuro seguro em território americano, através de diversos programas, como de vistos de imigrantes especiais, específico para afegãos, com comprovado vínculo com as forças da coalisão. E no âmbito desse programa, milhares de afegãos entraram nos Estados Unidos e em países parceiros no Golfo, principalmente Qatar e Emirados Árabes Unidos. No entanto, a administração Trump, ao retornar ao poder, começou a reverter vários dos programas que estavam em andamento, afetando diretamente esses afegãos, com o governo federal interrompendo o processamento de vistos, reduzindo drasticamente os recursos destinados à evacuação e ao reassentamento, derrubando a lei de proteção a imigrantes especiais, que protegia esses afegãos de serem deportados e cortando fundos para agente. como o escritório de relocação afegã do Departamento de Estado, conhecido pela sigla Care. Para muitos desses afegãos, a promessa de um novo começo nos Estados Unidos parecia um sonho distante, mas possível. Mas essa promessa rapidamente se desfez à medida que os programas de assistência foram reduzidos, deixando milhares em um estado de espera angustiante. Afegãos que se encontravam em países como os Emirados Árabes Unidos e o Qatar, onde foram inicialmente abrigados, enfrentam agora o risco da repatriação iminente. Esses países assinaram acordos com a administração Biden para hospedar fegãos durante a tramitação provisória do processo de entrada nos Estados Unidos. No entanto, com Trump abolindo muitos programas e atrasando análise documental, esses países começam a perder a paciência, ameaçando expulsar os afegãos. Essa abordagem tem sido muito criticada tanto pelos aliados dos Estados Unidos quanto pelas organizações internacionais de direitos humanos que argumentam que o tratamento dado a esses afegãos é uma violação dos direitos humanos e da legislação internacional. Os Estados Unidos informaram que continuam processando os documentos de afegãos, mas segundo associações de imigrantes, o número de afegãos em vias de deportação de volta para o Afeganistão é muito maior do que aqueles que recebem efetivamente o asilo. E segundo essas associações, dentre esses afegãos, estão aqueles que colaboraram ativamente com as forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos. indivíduos que no Afeganistão dos talibãs são vistos como traidores. O destino desses afegãos levanta questões importantes sobre o tratamento de aliados em tempos de guerra. Por um lado, há o argumento de que os Estados Unidos não podem simplesmente abandonar aqueles que ajudaram as suas forças em uma guerra prolongada e arriscada, como que aconteceu entre 1973 e 1975, após a saída dos Estados Unidos da Guerra do Vietnã. Em janeiro de 1973, os Estados Unidos assinaram o acordo de paz de Paris com o Vietnã do Norte e como parte desse acordo, retirou totalmente as suas forças do Vietnã, com os norte vietnamitas se comprometendo a iniciar negociações com o Sul. No entanto, os comunistas do norte violaram o acordo e assim que o último soldado americano saiu do Vietnã, retomaram os ataques. O Vietnã do Sul, sozinho na guerra, sem soldados americanos, 10 de 1973, caiu em abril de 1975, naquela que ficou conhecida como a queda de Saigon. Os Estados Unidos, mesmo fora do Vietnã, há mais de 2 anos e meio, reconheceram a importante contribuição do sulvietnamitas, iniciando um amplo programa de asilo, acolhendo cerca de 130.000 sulvietnamitas que, de outra forma, poderiam ter sido presos pelo novo regime comunista vietnamita. Essa experiência de acolhimento de refugiados no Vietnã levou muitos afegãos a acreditarem que o mesmo aconteceria com eles. Mas Donald Trump defende que, afinal grande parte da responsabilidade pelo acolhimento desses afegãos deve recair sobre outros países, apesar da invasão ter sido iniciada pelos Estados Unidos em 2001. Esse posicionamento de Trump levanta questões importantes sobre o que acontecerá com pessoas que, contando com o apoio dos Estados Unidos, deram tudo para derrubar um regime vingativo, terrorista e opressor, mas que agora, com esse apoio dos Estados Unidos desaparecendo, correm o risco de serem deportados diretamente para as garras desse mesmo regime. Isso também levanta questões sobre até que ponto os Estados Unidos são dignos de confiança em um contexto de guerra. Afinal, se os afegãos que durante 20 anos apoiaram a intervenção militar americana estão correndo agora o risco de serem deportados, o que outros povos e nações pensarão se algo semelhante acontecer com eles no futuro? A administração Trump informou que continuará processando os pedidos de asilo dos afegãos. Mas com o corte nos programas, o fim dos acordos e com algumas deportações já decorrendo, muitos temem o pior, com os talibãs tratando de deixar bem claro que qualquer traidor que retornar ao país enfrentará a pena de morte. [Música]

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