VIDA na AMAZÔNIA, UM BRASIL DESCONHECIDO | OS DESAFIOS DE VIVER ISOLADO

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Na Amazônia, a vida ribeirinha sempre foi um exercício de persistência e adaptação. Sem estradas, cercados pela floresta e pelo isolamento, os rios se transformaram em verdadeiras rodovias naturais e os zigarapéis em caminhos secretos que ligam comunidades inteiras. Entre secas rigorosas e cheias avaçaladoras, cada estação impõe seus desafios, mas também reafirma a sabedoria de um povo que aprendeu a viver em harmonia com os ciclos da floresta. Nessa aventura, vamos embarcar em uma viagem uma remota comunidade Boa Vista, localizada às margens do rio Juruá, em Marechó Tomaturgo, no Acre. Iremos mostrar de perto um pouco da realidade de quem vive nas regiões mais isoladas da Amazônia. Uma vida que já não é fácil, mas que durante o verão amazônico fica ainda mais desafiadora. Serão quase 18 horas de viagem pelo rio mais sinuoso do mundo, enfrentando o seu forte período de seca. No caminho, registraremos paisagens únicas do Alto Juruá, as dificuldades de navegação e o cotidiano ribeirme. E ainda nessa aventura, depois de mais de 5 meses, vamos mostrar como está a casa nova da minha tia após a ajuda de alguns inscritos aqui do canal. Essa, sem sombra de dúvidas, será uma aventura incrível, conhecendo a região do Alto Juruá e os desafios da vida na Amazônia. [Música] [Música] [Música] Bora, Nazinha. Bora. Isso aí, galera. 2 horas da manhã. Dá mal de ver o relógio. Estamos embarcando agora no verão. A situação é diferente, né, mãe? É. Agora a gente vai mostrar um pouco da realidade do verão, né? Do verão, porque a gente já foi no inverno. Agora a gente vai no verão mostrar aí para vocês como é a vida do do povo que mora lá para Marechal Tomatubo, Fog do Breu, que tem que fazer esse percurso até lá. Isso aí. A gente vai mostrar essa realidade para vocês aí. Aí, galera, ó, 2:10 da manhã é o horário que a gente tem que sair para poder ainda chegar de dia lá no município de Marchota Matugo, né, mãe? Exatamente. Isso é quando não tem nenhum problema no na embarcação, né? Tipo no que a gente agora, o ano passado quando a gente foi no verão, no inverno, foi no inverno a gente foi de lancha, né? A hoje a gente vai já no verão, no que é diferente, né? É uma embarcação diferente, né? Uma embarcação diferente, o motor diferente, né? A nossa viagem começa ainda de madrugada, exatamente às 2:10 da manhã, no porto de Cruzeiro do Sul. Conhecida carinhosamente como Princesinha do Juruá, Cruzeiro do Sul foi fundada em 28 de setembro de 1904 e hoje é o mais importante polo turístico e econômico do interior do Acre. É também o segundo município mais populoso do estado, com quase 92.000 habitantes, segundo o último censo do IBGE em 2022. Além da sua importância histórica, Cruzeiro do Sul se destaca por seus balneários naturais e por ser a terra da melhor farinha de mandioca do mundo. A cidade também guarda relíquias da arquitetura alemã como a imponente catedredal de Nossa Senhora da Glória, um dos cartões postais mais marcantes da região. Outro grande destaque é o novenário de Nossa Senhora da Glória, o maior e mais antigo festival católico do Acre, que todos os anos reúne milhares de fiéis e visitantes em uma demonstração de fé e tradição. Para quem sempre teve curiosidade de conhecer o lugar onde vivo com a minha família, essa é a minha cidade, Cruzeiro do Sul, a capital do Juruá. [Música] [Música] Chegamos ao porto cerca de 30 minutos antes do embarque na balsa. Essa antecedência é sempre muito importante para não correr o risco de perder a viagem. Para quem acompanha o canal há mais tempo, deve lembrar da nossa última viagem até a comunidade, feita durante o inverno amazônico, um período de chuvas intensas e rios cheios. Esse vídeo já ultrapassou a marca de 1 milhão de visualizações e se você ainda não viu, vale muito a pena conferir. Agora, no entanto, a realidade é bem diferente. Se no inverno a viagem é mais rápida e relativamente confortável, no verão ela se torna longa, cansativa e exige muita paciência dos passageiros. Como explica o motorista da embarcação? Bom dia. Eu me chamo Marcondes, sou motorista da Expressinho. Eu venho já mais de se anos fazendo essa rota aqui. Maior dificuldade é no verão é o horário. Tipo, é difícil para nós, difícil pro passageiro, né? E tem que sair muito cedo, né? Sair muito cedo e a seca do rio também dificulta muito, mas o resto é tudo sob controle. O percurso demora mais ou menos quanto tempo até Marechal tomar? Percurso é demorado é de 14 a 15 horas no verão, sendo que no inverno a gente tem um percurso aí de 8 horas. Aí dificulta muito só essa parte aí. Outra grande diferença está na embarcação e no motor. Nessa época usamos o famoso Trata-se de uma embarcação de alumínio com cerca de 10 a 12 m de comprimento, empurrada por um motor de carro adaptado que possui uma longa. Esse conjunto é posicionado na parte superior da polpa permitir a navegação em áreas rasas do rio, já que nessa época do ano, em alguns pontos, o nível da água chega a ficar abaixo de 1 m de profundidade. Dificuldade aqui. [Música] Motores ligados e agora é hora de começar a nossa jornada. [Música] Atravessar o rio Juruá sempre foi um desafio para quem vive em Cruzeiro do Sul e nas comunidades vizinhas. Por muitos anos, a travessia só era possível por balças que dependiam das condições climáticas e dificultavam o desenvolvimento local. Apesar da escuridão, neste exato momento, estamos passando pela Ponte da União, inaugurada em 2011 e com mais de 500 m de extensão, a Ponte da União não é apenas uma obra de engenharia, mas também um símbolo de desenvolvimento e esperança. [Música] Devido à proximidade com o Peru, a região de Cruzeiro do Sul sofre uma quantidade significativa de abalos sísmicos todos os anos. Por esse motivo, a Ponte da União é a única do Brasil que conta com sistemas de segurança para resistir a terremotos, um marco de engenharia adaptado à realidade amazônica. [Música] [Música] A escuridão da madrugada dificulta a viagem até Até o sol começar a sair, a tensão e o medo toma conta da embarcação. Quem vai no interior não consegue ver absolutamente nada. O motorista vai apenas com uma lanterna, desviando os locais rasos e, principalmente, as árvores caídas no leito, procurando ao máximo evitar um acidente. Cada curva é uma incerteza e como em toda a aventura na Amazônia, não demora muito para que o primeiro problema apareça. Devido à erosão do solo provocado pelas cheias, muitas árvores acabam caindo dentro do rio. Algumas são arrastadas pela correnteza, mas outras permanecem presas acumuladas no fundo do rio. Quando chega o verão e o nível da água baixa, esses troncos reaparecem e se tornam um grande problema para a navegação. Além do risco de furar a embarcação, os galhos e raízes podem facilmente quebrar as hélices do motor. Acostumado com essa adversidade, o motorista já sabe como lidar. [Música] Ah. [Música] [Aplausos] Os primeiros raios de sol começam a surgir no horizonte e junto com ele desperta também a rotina do ribeirinho. Quando o rio baixa e surgem as praias, inicia-se o período de plantil e cultivo. Nessas áreas férteis de areia e váia nascem grãos como feijão de praia, [Música] milho e outros, além de frutas como a melancia. [Música] A vida ribeirinha se molda conforme as estações do ano. Cada ciclo da natureza impõe novos desafios, mas também oferece oportunidades. Entre cheias e vazantes, o ribeirinho se adapta e mantém vivo uma tradição de séculos. Viver em harmonia com os ritmos da floresta e das águas. [Música] เฮ [Música] [Música] Depois de algumas horas de viagem, chegamos a Porto Walter. Localizado no oeste do Acre, é uma das poucas colônias de imigrantes alemães no norte do Brasil. Com 33 anos de emancipação e cerca de 10.000 habitantes. Porto Walter é uma terra de contrastes. Abriga comunidades indígenas e ribeirinhas tradicionais, mas também convive com desafios típicos da Amazônia, o isolamento geográfico e a dependência quase que exclusiva dos rios como meio de transporte e subsistência. [Música] O principal cartão postal do município é a paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, construída em 1938 com influência da arquitetura alemã. A igreja preservada até hoje guarda aspectos únicos e representa não apenas a fé, mas também a herança cultural que marcou a formação do município. [Música] [Música] He. [Música] É, galera, chegamos aqui no posto da comunidade. Aí quem vem aqui receber aí, galera. Para quem tava com saudade do homem, pareceu, não foi Nazinha? Foi mesmo, ó. Minha em busca dele, tava sumido e eu vou atrás dele. E aí, mãe, como foi a viagem? Foi boa, né? Pouco cansativo, mas graças a Deus só tô com um sapinho aqui dentro do ouvido que vai durar aí uns dois dias que a gente vi bem pertinho do motor aí fica com aquele zumbido, né, o dia todinho. É, aí tá tranquilo. Pessoal, para quem não lembra onde que a gente tá, recomendo aí assistir o o vídeo da nossa vinda aqui na comunidade durante o inverno. Agora estamos no mês de agosto. Aí, vou mostrar a casa nova agora da tia que ela tá com a casa nova, passar uns dias aqui na na comunidade e a gente prometeu que ia voltar aqui para mostrar a casa nova dela, né? É, estamos aqui. [Música] [Aplausos] [Música] Subida aqui não é brincadeira não, né, Nazinha? É não. Subida aqui é só para quem tem ai física, senão não vai não. Ó, eu já tô assim cansadinha. Ai, é longe. Ve do rio, lá pra casa da mulher. [Música] E daqui, galera, é a nova visão da casa da tia. né, mãe? É casa da mulher agora com outro visual. Olha lá, pessoal, para quem é antigo aqui no canal e lembra do vídeo que a gente veio fazer aqui, mudou bastante. [Música] E aí, tô preparando o cafezinho aqui. Deus na hora. Deus na hora. Aí te abençoe. Ai né? Tal. Tá bem. Tudo bem, graças a Deus. fazendo um cafezinho. Fazendo cafezinho pra chegada de vocês. Há cerca de 5 meses, estivemos aqui na comunidade para mostrar a vida da minha tia e compartilhar a sua história. [Música] Foram dias incríveis, cheios de cultura, aprendizado e muita emoção. [Música] Naquela época ainda era inverno amazônico e ela havia acabado de se instalar em uma casa provisória, já que a cheia do rio praticamente levou a sua antiga residência. Sabendo da sua dificuldade, trouxemos uma pequena ajuda, apenas o básico para que ela pudesse começar a construir uma nova casa. Mas depois da postagem do vídeo, algo especial aconteceu. Muitos inscritos do canal se sensibilizaram com a história da minha tia e quiseram ajudá-la. E graças a cada contribuição, com muito suor e esforço, hoje a sua casinha já está praticamente pronta. [Música] Para muitos pode parecer pouco, mas para quem vive e sobrevive aqui no interior da Amazônia não há conquista maior do que ter o seu próprio lar. [Música] [Música] [Música] Chegamos aqui, né? Graças a Deus. Viagem ótima, né? Tá, tá tudo certo. Agora vamos dar uma olhadinha na casa nova dela ali, mostrar para vocês como a gente prometeu. É isso aí, pessoal. Por enquanto ela ainda não se mudou pra casa nova, que é aquela que tá ali na frente, que a gente mostrou quando tava chegando, porque ainda tá faltando alguns detalhes. Aí ela quer entrar na casa nova só quando tiver tudo pronto. Aí por isso que ela ainda tá aqui nessa casinha velha aqui, que é a do último vídeo que vocês acompanharam. Ó aí, pessoal, como é que é o local aqui para quem ainda não conhecia aqui, comunidade Boa Vista. Aí as criaçãozinha dela faz muito barulho. E aí minha tia, como é que tá? Tá tudo certo, graças a Deus. Tá a casa nova tá no ponto. Tá no ponto. Só não tô dentro ainda porque eu gosto da minha, né? Mas ela tá ainda falta alguns reparos, falta fazer o banheiro, a gente e uma varanda lá na frente. Uma varanda, né? É. Pessoal, para quem não acompanhou os vídeos que a gente fez aqui no inverno, essa daqui é a minha tia, irmã da minha mãe e é a mãe do Sávio que vocês viram agora a pouco, a mãe do Danilo e do Vittor. O meu tio tá ali, acabou de chegar do roçado, não foi tio? Foi indo olhar o as criação para lá. É lá pra nossa colônia, olhar os nossos bois que fica para lá. Não é muito não, só dois boi de carga, mas não dá para deixar aqui no campo porque ele fica acompanhando do pessoal dos vizinhos. Aí nós coloca lá pra nossa colônia. Tem que ir lá todo dia. Tira de um canto, coloca para outro porque não é cercado ainda. Uhum. Um dia a gente se ajeita. Ó aí pessoal os capote. Vamos. Bora lá n ver como é que tá a casa. Casa. Aqui pessoal, deu uma chuvinha, nós estamos no mês de agosto. Aqui para nós é um verão grande por essa época, mas esse ano estamos surpreendidos porque é chuve bastante aqui na nossa região. Hoje é choveu bastante ó. Aí pessoal, esse daqui é o Vitor. Mandar um alô aí meu primo. Filho mais novo da tia. E aí, meu time? Tá, ó. Tá bom. Ainda vou subir aqui pela por essa taubba. Não tem escada ainda. Vamos subir por aqui mesmo. Casa é alta. Aqui tem que ser desse jeito, né? Segurando para poder subir. Ó, o cara passa o ferrolho lá em cima. Ai, olha aí, pessoal, a vista da casa é uma maravilha, né? Essa vista aqui, ó. Lá, ó. Todo sol, mesmo de frente a janela. E aí, minha tia, essa parte aqui é a área da sua cozinha? É, aqui é a minha cozinha largura da casa. É cá é os carros. Aqui é o do Vitor. Dentro, né? Mudou. Aqui é o do João Vitor que vai ficar a parte da paisagem. Aí pessoal, esse daqui é o quarto do Vittor. Ficou boa, não foi, tia? Casa bacana. Graças a Deus ela tá pronta. essas ajuda de muita gente. Muita gente entrou em contato, pessoal, e quis ajudar aqui a tia, né? Então, a gente agradece a todo mundo aí que contribuiu, tudo de forma voluntária. A gente veio aqui apenas gravar alguns vídeos e o pessoal se sensibilizou aqui com a situação da tia por conta da casa dela e várias pessoas quiseram contribuir de de qualquer maneira. E tá aqui, ó. A gente tá realizando aqui esse sonho, né, de ter sua casinha, né? Casinha tá pronta. Ainda não tô dentro dela, porque como eu falei, eu tenho que fazer a varanda porque ela é de uma altura muito alta. Preciso fazer a varanda depois que faz a escada para subir. Aqui atrás eu faço o banheiro. Então a gente ainda tem algumas coisa para terminar, mas até o final do ano a gente planeja terminar, se Deus quiser. Isso aí tá faltando a parte da elétrica também, né tia? Isso. A fiação, né, que não foi feito, não tem nada. Foi, foi só aqui feito essa parte. Aí falta varanda e atrás. E aqui os fios não tem, não tenho nada ainda, mas a gente vai conseguir, né? Pouco longe né? Exatamente. E olha aí para cá é o meu quarto que é que nem de Maria de Barro. Hum. Esse é o quarto de hóspede. Esse aqui é o meu. Ficou bom. Foi aí. Faltou ainda essa essa falta tapar esse buraco aqui. Ainda tá faltando tapar aí, né, gente? Que aqui não deu. As talbas não deu, mas é coisa pouca. Só é seis tábua que falta aqui. Mas o resto tá tudo perfeito. Para mim tá ótimo. Ah, quer dizer que esse daqui que é o seu quarto? É, esse daqui é o meu quarto. E olha a vista aqui, pessoal. Paisag boa aqui para levantar de manhã. Olha o nascer do sol. Engraçado que eles o sol se põe pro outro lado, né, tia? E nasce para cá, né? Um nascente e tem um poente para ali. Um do lado, outro do outro. Ficou repartido. Cada um vai ter o seu lado. Isso. Sua visão, né? Boa. O sol é o meu posado do v. É. Aqui é a minha salinha. Aqui é da parte mais bonita da casa. Aqui ficou show. Aí, pessoal, comentem aí se vocês teriam coragem de morar aqui num lugar desse isolado, mas mais lindo, lindo, né? Tinha muita, meu Deus, é muito muito bonito para cá. Olha a vista da sala aí. Vai pra porta, tá? Pra porta é outra vista também. O rio fica ali mais embaixo para ir só mata. Ficou boa, né tia? Sua casinha bacana. Boa mesmo. Do jeito que a senhora queria. Do jeito que eu queria. Graças a Deus. Graças a Deus que tá. A gente pretende fazer a área aqui. Aqui vai ter uma varanda, né, tia? É. Aqui vai ter uma varanda com 2 m. A gente vai fazer a varanda aqui. Aí que vai fazer a escada no dali da da porta. Hum. Porque dá para ver que é muito alta, ela tem 1 met e pouco, né, de altura. Então não dá para descer. Aí sem uma esquadra, né? Sem a varanda. A gente vai fazer a varanda assim, tipo um L. Eu sei. Aí vai ficar dessa aí pra varanda. Uma áreazinha aí, né? Uma áreazinha. É, mas ficou muito boa. Passar tardezinha por aqui. Tomar aquele café, conversar, né? Tia vizinha, chamar os vizinhos. Obrigado. Mas tá para mim não tem do que reclamar não. Graças a Deus. Aí por enquanto a senhora tá ficando lá na outra casinha, né tia? Outra casinha. Isso. Porque não tem a os fios aí falta fazer a varanda e o meu banheiro aqui atrás porque é muito difícil para mim descer e subir, né? Se não tiver o banheiro aqui para mim subir, descer lá pra outra casa, voltar e tipo aquela rotina, né? Vai e vem. Por que que a senhora Explica aí pro pessoal, tia, por que a senhora faz alta assim a casa? Ah, isso aí era um desejo meu, um sonho de eu ter uma casa alta. Uma casa alta, né? Uma casa alta para que eu pudesse armar uma rede de baixo, colocar estendedor de roupa, alguma coisa. Guardar algum material, né? Guardar algum material, tipo fazer um uma sualha embaixo pra gente guardar alguma coisa. Então, por isso que ela ficou alta, né, tia? É por isso que ela ficou alta. Não é medo do rio alagar embaixo não, que eu moro, fico longe do rio aqui, muito longe. Mas era um sonho meu ter uma casa alta assim até que eu realizei, porque eu não tenho uma visão mais bonita do que essa, né? Então é por isso, mas não me arrependo não dela ser dessa altura. Eu gosto, gosto assim dessa altura. Mas ficou boa, muito boa mesmo. É, a minha minha cozinha ela ficou espaçosa e de tudo, não foi? Foi, ficou bacana. E posso colocar a minha pia, bacão de pia para cá, posso colocar a minha mesa para ali, que a minha mesa é grande. Aí colocar os trecozinho por aqui, como a casa ainda fica folgado, né? Nós só somos três, né? Dentro de casa, eu, Zé e o Vitor. Algumas visitas, mas vão, vem e vão lá, né? Então, para nós três tá beleza. Tá ótimo. E aí, mãe, que foi que a senhora achou da casa? Gostei muito da casa dela, ficou bacana mesmo. Eu tava ansiosa para conhecer essa casa dela. Aí gostei muito, ficou muito boa. Já com cinco meses que a gente veio aqui, que a gente postou aquele vídeo, né, da casinha antiga dela ali e e dissemos, né, no vídeo que depois a gente voltaria aqui para mostrar a casa nova. Casa nova. Exatamente. É isso que nós estamos fazendo. Estamos aqui mostrando em primeira mão a casa para vocês aí e agradecendo aí toda a ajuda que que foi dado, né, mãe? Para todo mundo que que ajudou, pessoal. O recurso realmente foi empregado aqui na sua casinha, né, tia? Para lhe ajudar realmente, não foi? Sim, com certeza. A gente não desperdiçou nada. Toda ajuda que veio foi a gente fez o que tinha que fazer. Os reparos que tem são coisas mínimas, né? Porque o mais difícil seria montar a casa, pagar o carpinteiro, né? Que era o a parte mais cara era o carpinteiro, né? E isso teve gente aí que pagou o carpinteiro. Graças a Deus. Quem me assiste sabe quem de quem eu tô falando, né? Graças a Deus eu ajude muito essa pessoa, mas me ajudou bastante. Tá aqui a minha casa para quem quiser ver. Eu tô muito agradecida por isso, graças a Deus, né? Isso aí, pessoal. Tá com cheirinho de casa nova, cheiro de casa nova. Aqui aqui o banheiro a gente vai fazer aqui. Aqui nós vamos fazer um trapicha aqui. Aí o meu banheiro vai ficar aqui pelo lado de fora. Fazer tipo um uma meia águazinha aqui. Para cá vai ser a minha área de serviço, porque vai ser muito difícil para mim deixar minhas coisas para lá, descer, subir. Eu sei. Aí eu tendo daqui eu vou para cá. E para cá é o banheiro. Com certeza fica bem melhor, né? Com certeza. Faz toalha aqui na Aí a gente vai fazer um trapicho grande. Nós vamos abrir uma porta aqui, lacrar aquela pra gente colocar trecozinho para ali, né? Alguma coisinha que ficar para ali. A gente tá calor aqui, a gente vai para ali, né? Fica lá. Mas vai ter, vai ser útil minha casinha lá. Não vou abandonar ela não. Lá vai virar seu armazém, né, tia? Guardar suas coisinas. As coisinhas lá. A gente vai fazer um quartinho para quando a gente sair de casa pessoal não mexer na em alguma coisa, tipo motor serra dos as coisas dele assim. Uhum. Aí é assim, a gente vai ficar ali naquela outra casinha e se Deus quiser, eu já tô tipo minha perane já para vir pra minha casa. Já tá minhas coisas tá tudo acumulado, né? Tá, já faz tempo. Eu já tô querendo dar uma desarmada dali e vi organizar aqui minha cozinha. Que essa sua casinha aqui, né tia? Para para quem não tá entendendo bem a história, ela é provisória, né? Por conta da enchente que teve e tal. A senhora teve que sair da beira do rio e fez essa casinha provisória enquanto não fazia essa nova aqui, né? É. Aí agora essa daqui foi feita, mas aí a gente não passou ainda para cá, né? Acho que ainda falta algumas coisas que nós já falei, né? Falta varanda, falta aqui fazer a minha, falta só alguns ajustes, né? Para poder alguns ajustes, mas isso né? Já tá bem encaminhado, graças a Deus, né? Isso aí, isso é questão de dia pra gente arrumar esses pequenos detalhe daqui. Sim, mas a minha casinha aí foi devido a naquela época da lagação, eu fiquei muito assombrada com tudo que aconteceu, que eu via a minha casa dentro d’água enxorrando mesmo, jorrando água por todo quanto era lado e eu com tudo usei os meus animais, tudo dentro de casa, eu fiquei apavorada e eu digo, eu vou pra terra firme e aqui com os poder de Deus, por isso essa distância, né tia? Porque do rio, porque para vocês terem ideia, pessoal, o rio agora é lá embaixo, ó, lá naquela parte de baixo lá que passa o rio. E antigamente a senhora morava na beira, né, tia? Na beira do rio. Que nem aquela casa de alumínio que a gente vê lá. Minha casa é igualzinha aquela, só que mais embaixo para cá era mais para aquela região ali, né? Era aí por conta da cheia, quebrou, quebrou, quebrou até chegar nela. Aí quando chegou na casa, aí a gente faz o quê? X pra terra firme, né? É. Aí é que nós estamos, graças a Deus. Mas nós estamos bem aqui, bem bem bem mesmo. Graças a Deus. Tem nosso ali que ele deu esse pedaço de terra para nós fazer nossa casa aqui. Nós tem nossa colonia lá para trás onde nós planta, cria nossos nossos dois bois de arrasto, de carga, as nossas coisas aqui perto dá uns 15 minutos da minha casa lá pra nossa colônia. Uhum. Que é onde fica as suas plantações, né, tia? Isso. Porque esse local bem aqui é um local que o seu vizinho que é o mi, né? É que já até apareceu aqui no canal pessoal o mi que cedeu esse pedacinho de terra aqui pra tia me deu esses pedacinho de terra aqui. Ele disse que eu podia morar aqui e a gente veio para cá. Graças a Deus ele é um um bom vizinho. Não tem onde o que reclamar dele não. Eu tô bem aqui, graças a Deus. Minha casinha aqui. Deus e mas e é isso. Tá tudo certo, né? E é isso aí, pessoal. A gente fica muito feliz. Eu fico feliz, né? por conta do vídeo que a gente veio para cá sem nem imaginar o que que poderia acontecer. Esse vídeo que a gente fez há algum tempo no inverno já tá com quase 1.400.000 visualizações. Então, graças a Deus, foi um sucesso e muita gente quis ajudar aqui a tia e ajudaram. Essa daqui é a concretização da ajuda de muitas pessoas através daquele daquele vídeo, né, tia? É, graças a Deus ajudou e ajudou. Tá aqui o resultado, pessoal. Tá aqui o resultado, pessoal. Aí a vista. Quem gostaria de ter uma vista dessa? Eu tenho esse privilégio, não me orgulho não, mas eu tenho privilégio, graças a Deus, de ter viver em paz num lugar desse tranquilo e no meio da selva, da mata mesmo, mas um lugar tranquilo que você respira bem, que você a gente não tem preocupação com nada, com nada, que a gente ve nossa vida tranquilazinha, é trabalhar, curtir a vida por aqui mesmo e é assim isso que a gente faz. E aí, mãe? É exatamente que ela tá falando mesmo. Isso aí aqui é só a tranquilidade. Quem quer paz é só morar num lugar desse, né? Que você pode dormir de portas abertas, não tem perigo de entrar um cidadão aí para querer fazer algo mal. Nada, nada, nada. Aqui é tranquilo. Sai de casa, vai viajar, pode deixar só a porta encostada livrando de uma chuva, molhar a casa. Ver você pode ir de boa. Ninguém vem aqui mexe nada. Não mexe nada de ninguém. Esse que é o privilégio bom de você morar no interior. É ter ainda essa paz, né? Não é nem todo interior, né, mãe? É aqui essa região, né? Que é os vizinhos que a gente tem por aqui, pela região, não mexe nada. São pessoas boas também, né? Pessoas boas que não mexe nada da gente. Quando precisa de algo, vem na casa da gente, compra, pega emprestado, faz alguma coisa assim. Mas não chega tomando ou entrando na casa da gente, pegando sem pedir mesmo. Uhum. Graças a Deus nós tranquilo nessa parte aí. A gente pode dormir porta aberta aqui, quiser um ventinho da noite, pode deixar aí. É, agora eu não pego [Risadas] É ainda vou fechar ela fazer aqui com parabéns. Bom, galera, o vídeo de hoje foi basicamente isso. Na verdade de ontem já estamos em outro dia e só apresentei um pouquinho aqui da casa nova da tia, mostrei um pouco da viagem, da dificuldade que a maioria das pessoas encontram para poder chegar aqui no alto, né, no Rio e ter que sair 2 horas da manhã. Não, não é fácil. A gente ficou muito cansado. O ouvido é fica com aquele chiado por conta do da do barulho do motor, mas conseguimos chegar, tá tudo bem. Já estamos, na verdade, partindo para outra aventura. Esse já é outro dia e espero muito que vocês tenham gostado desse vídeo. É, talvez a gente mostre mais um pouco aqui da do local aqui que a tia tá morando, mas vai ficar para outro vídeo, tá? Espero que vocês tenham gostado desse. Até o próximo vídeo. Vamos ficar por aqui, acho que uns 15 dias, uns 15 dias ou mais ou menos por aí. Mas vamos tentar produzir bastante conteúdo aqui para vocês da região, da localidade, conhecer novas pessoas, apresentar novas pessoas aí para vocês. E espero que vocês acompanhem essa saga de vídeo aqui pelo Alto Juruá. Curtem e comentem bastante nesse vídeo. Manda, compartilha também para um amigo. E para você que nos acompanha por aqui pelo YouTube e quer saber em tempo real por onde a gente tá, o que que nós estamos fazendo, vai lá no nosso Instagram que eu vou estar deixando o QR code aqui do lado e o link na descrição para vocês estarem seguindo a gente lá também, tá? É isso aí, até a próxima. Fiquem todos com Deus. [Música] [Música] [Música] [Música]

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