Você Fez Tudo Certo. Então Por Que Ainda Se Sente IMPOTENTE?

0
Share
Copy the link

Existe uma cruel ironia moderna. Quanto mais você tenta agradar, menos as pessoas te respeitam. Quanto mais você cede, menos elas te valorizam. Quanto mais você se sacrifica, mais elas te ignoram. Você fez tudo que a sociedade disse ser correto e mesmo assim se sente impotente. Niet descobriu a razão por trás dessa armadilha há mais de um século e você está prestes a entender porque sua bondade se tornou sua maior fraqueza. Você conhece essa pessoa? Ela chega cedo, sai tarde, nunca reclama, sempre ajuda os colegas. É educada com todo mundo, nunca levanta a voz, evita qualquer tipo de confronto. No papel é o funcionário perfeito. Na prática é invisível. Quando surge uma promoção, escolhem outra pessoa. Quando precisam de alguém para liderar um projeto importante, chamam outro. Quando querem uma opinião que realmente importa, perguntam para qualquer um menos para ela. Isso acontece com frequência na realidade corporativa. Nossa sociedade propagou uma ideia questionável. Que bondade gera reconhecimento automático? Que ser boa pessoa é suficiente para ter uma vida plena, que evitar conflitos te protege de problemas, que priorizar os outros eventualmente te trará satisfação pessoal. Essa é uma visão equivocada. A realidade é mais complexa. Indivíduos que são excessivamente complacentes frequentemente se tornam subestimados. Porque bondade sem limites não é vista como virtude, é vista como fraqueza. E a fraqueza raramente inspira respeito, mesmo que seja disfarçada de gentileza. Você sorri quando deveria mostrar descontentamento, concorda quando deveria questionar, aceita quando deveria recusar. E cada vez que faz isso, você ensina as pessoas ao seu redor que podem te ignorar sem consequências. O problema não é o mundo ser cruel com pessoas boas. O problema é você ter confundido bondade com submissão. E essa confusão te transformou no que Niet chamava de último homem, alguém que evita qualquer desconforto, inclusive o próprio crescimento. Mas quem criou essas regras que você segue tão religiosamente? Em 1876, Friedrich Nietzs fez algo que chocou toda a sociedade alemã. Rompeu publicamente com Richard Wagner, seu antigo mentor e figura paterna. Wagner era considerado um gênio, um ídolo cultural, alguém que não se questionava. Romper com ele era suicídio social. O filósofo fez mesmo assim. Por quê? Porque ele descobriu algo perturbador. Wagner havia se rendido ao que as massas queriam ouvir. Sua arte tinha se tornado propaganda nacionalista, um espetáculo para agradar o público em vez de desafiá-lo. Wagner havia trocado sua integridade artística por aprovação popular. Nesse momento, o pensador alemão compreendeu um padrão fatal. A humanidade estava sendo domesticada por uma moral de rebanho, um sistema de valores criado não para elevar o indivíduo, mas para controlá-lo. Essa moral ensina que virtude é obediência, que bondade é submissão, que humildade é aceitar qualquer tratamento sem questionar, que ser bom significa nunca incomodar ninguém, nunca se destacar, nunca criar tensão. percebeu que essa não era a moralidade natural do ser humano, era a programação social, um código de conduta implantado na mente das pessoas para mantê-las dóceis, quebrevisíveis e controláveis. Sua consciência, aquela voz interna que te diz para ser sempre gentil, para não criar problemas, para priorizar os outros, não é sua. Foi instalada por uma sociedade que lucra com sua passividade. E esse condicionamento criou algo ainda mais destrutivo, um padrão psicológico que paralisa sua capacidade de ação. Existe algo que devora você por dentro. Quando você vê alguém menos qualificado, conseguindo o que você merecia. Quando você vê pessoas grosseiras sendo promovidas enquanto você, que sempre foi educado, permanece no mesmo lugar. Quando você vê gente que nunca ajudou ninguém recebendo reconhecimento que deveria ser seu, você sente uma queimação no peito, uma revolta silenciosa, uma raiva que você não pode expressar porque seria feio demonstrar inveja. Então você engole, sorri, diz que está feliz pelos outros, mas por dentro algo se corroi. O filósofo tinha um nome para isso, ressentimento. Mas não o ressentimento comum que você conhece. Ele descobriu algo muito mais sinistro. Em 1887, ele publicou Genealogia da Moral. Depois de estudar por anos como funcionava a psicologia dos sacerdotes cristãos da antiguidade, ele descobriu que esses homens haviam criado uma revolução psicológica significativa. Eles transformaram a impotência em virtude. Como? Ensinando que ser fraco era ser puro, que sofrer em silêncio era nobre, que aceitar injustiça sem revidar era sinal de superioridade moral, que os mansos herdariam a terra. Isso não era bondade, era ressentimento organizado. Os sacerdotes pegaram sua raiva de serem fisicamente mais fracos que os guerreiros e a transformaram em um sistema moral que fazia da fraqueza uma qualidade superior. Eles não conseguiam vencer pela força, então mudaram as regras do jogo. Fizeram da impotência uma medalha de honra. E você, você faz a mesma coisa. Quando alguém te trata mal e você não reage, você se consola pensando que é maduro. Quando alguém te desrespeita e você engole, você se convence de que é evoluído. Quando alguém abusa da sua bondade e você aceita, você acredita que está sendo nobre. Essa é uma percepção equivocada. Você está envenenado pelo mesmo ressentimento que Nietzsche identificou. Você transformou sua incapacidade de impor limites em superioridade moral imaginária. Mas esse padrão não fica apenas na sua mente. Ele paralisa sua ação, te impede de buscar o que realmente merece. E isso acontece porque você confundiu duas coisas completamente diferentes: autoridade autêntica e dominação destrutiva. Você já reparou como algumas pessoas entram numa sala e todo mundo percebe? Não porque são barulhentas ou chamativas, mas porque existe algo nelas que força atenção, uma presença que não pede permissão para existir. Agora, pense em você. Quando você entra numa sala, as pessoas param o que estão fazendo para te ouvir? Ou você precisa elevar a voz, repetir suas ideias múltiplas vezes ou esperar uma pausa na conversa para conseguir se inserir? A diferença entre essas duas situações não é carisma, não é sorte, não é nem mesmo competência. A diferença é autoridade, mas não o tipo de autoridade que você imagina. Nietzsche passou anos tentando entender porque certas pessoas naturalmente comandavam respeito, enquanto outras, igualmente inteligentes e talentosas eram sistematicamente ignoradas. Ele descobriu que existem dois tipos completamente diferentes de força no mundo. O primeiro tipo, ele chamou de vontade de poder. Não é o desejo de dominar outros. é a capacidade de se autodeterminar. É a força interna que te permite definir seus próprios valores, estabelecer seus próprios limites e viver de acordo com suas próprias convicções, mesmo quando isso incomoda outras pessoas. Indivíduos com vontade de poder não precisam de aprovação externa para se sentirem válidas. Elas não modificam suas opiniões baseadas no humor alheio, não sacrificam suas necessidades para evitar desconforto social. Não mentem sobre o que pensam para manter a paz. O segundo tipo o filósofo identificou como vontade de dominação. Essa é a necessidade compulsiva de controlar outros para se sentir poderoso. É o chefe que grita porque internamente se sente pequeno. É a pessoa que manipula emocionalmente porque não consegue influenciar através da própria presença. Aqui está o problema. Você confundiu esses dois tipos. Você evita exercer vontade de poder porque acha que isso te transformaria numa pessoa dominadora. Então você escolhe a passividade, escolhe a submissão, escolhe ser bonzinho. Mas aqui está o que você não percebeu. Quando você renuncia à sua vontade de poder, você não se torna uma pessoa melhor. Você se torna dependente da aprovação alheia para existir. E dependência emocional não é virtude, é escravidão voluntária. Pare por um momento e faça este exercício. Liste três valores que realmente guiam sua vida. Não os valores que você acha que deveria ter, não os valores que seus pais te ensinaram, não os valores que a sociedade aprova, os valores que genuinamente saem de dentro de você e determinam suas escolhas mais importantes. Você conseguiu ou percebeu que a maioria das suas convicções morais vieram de outras pessoas? Em 1882, Niets estava vivendo sozinho nas montanhas suíças, doente, isolado, rejeitado pela comunidade acadêmica alemã. Seus livros não vendiam, suas ideias eram consideradas perigosas. Ele havia perdido os poucos amigos que tinha. estava, por todos os critérios sociais, fracassando completamente. Em 1882, Niets estava vivendo sozinho nas montanhas suíças, 20, isolado, rejeitado pela comunidade acadêmica alemã. Seus livros não vendiam, suas ideias eram consideradas perigosas. Ele havia perdido os poucos amigos que tinha. estava, por todos os critérios sociais, fracassando completamente. Foi nesse momento de absoluta solidão que ele escreveu uma das frases mais revolucionárias da filosofia: “Deus está morto e nós o matamos”. Mas ele não estava falando de religião, estava falando sobre o colapso de qualquer autoridade externa que pudesse ditar como você deveria viver. O pensador alemão percebeu que a humanidade havia chegado a um ponto histórico único. Pela primeira vez, não existiam mais verdades absolutas e inquestionáveis, nem reis divinos, nem tradições sagradas, nem instituições que pudessem legitimamente impor valores universais. Isso criava um problema aterrorizante. Se ninguém mais podia te dizer como viver, você precisava criar seus próprios critérios de certo e errado. Você precisava se tornar seu próprio legislador moral. Niets chamou isso de transvaloração de todos os valores. Não significava rejeitar toda a moralidade. Significava ter coragem de examinar cada crença que você carrega e perguntar: “Isso realmente serve à minha vida ou estou seguindo porque sempre me disseram para seguir?” Essa é a diferença entre pessoas que vivem com autoridade autêntica e pessoas que vivem na dependência. Quem tem influência real criou conscientemente seus próprios padrões de comportamento. Quem vive dependente ainda está seguindo roteiros escritos por outros. Você quer respeito? Pare de buscar aprovação para seus valores e comece a viver pelos critérios que você mesmo estabeleceu. Porque ninguém respeita alguém que não consegue nem mesmo decidir no que acredita. Mas há um obstáculo psicológico ainda mais profundo que impede essa transformação. O condicionamento social que cria o que o filósofo identificou como o maior inimigo da grandeza humana. Você conhece pessoas que fazem tudo certo, mas vivem vidas miseráveis, que seguem todas as regras sociais, mas parecem constantemente frustradas, que são reconhecidamente boas pessoas, mas emanam energia de derrota silenciosa. Não é coincidência. Existe uma razão psicológica específica para isso. Observe como essas pessoas falam. Elas raramente expressam opiniões fortes sobre qualquer assunto polêmico. Evitam tomar posições que possam gerar desconforto. Concordam com quase tudo que ouvem. Quando perguntadas sobre preferências pessoais, sempre respondem: “Tanto faz, não tenho preferência. O que for melhor para o grupo”. Elas acreditam que essa flexibilidade as torna pessoas superiores, mais evoluídas, mais maduras. Mas o que realmente aconteceu é que elas desenvolveram o que Niet identificou como a psicologia do último homem. Em assim falou Zaratustra, escrito entre 1883 e 1885. Durante seu período de isolamento na Suíça, o filósofo descreveu um tipo de ser humano que ele considerava a maior ameaça à grandeza humana. Não era o malvado, não era o cruel, era o medíocre confortável. O último homem, segundo ele, é alguém que evita qualquer desconforto, qualquer risco, qualquer possibilidade de fracasso. Ele quer segurança acima de tudo, quer paz acima de crescimento, quer aprovação acima de autenticidade. Esse tipo de pessoa nunca se arrisca a ter opiniões impopulares, porque isso poderia gerar conflito. Nunca persegue objetivos ambiciosos, porque isso envolveria a possibilidade de falhar. nunca se posiciona firmemente, porque isso poderia resultar em rejeição. O resultado? Uma vida inteira de mediocridade disfarçada de virtude. Você percebe o padrão? Quanto mais alguém evita qualquer forma de desconforto ou confronto, mais essa pessoa se torna irrelevante, não porque é má, mas porque escolheu a segurança em vez da excelência. Sujeitos assim não são admirados, são tolerados, não são procuradas para decisões importantes, são ignoradas em conversas relevantes, não inspiram respeito, inspiram pena disfarçada de afeto condescendente. E isso nos leva ao conceito mais radical que o pensador alemão já desenvolveu sobre como transformar a diversidade em força autêntica. Imagine acordar todos os dias com dores de cabeça tão intensas que você mal consegue sair da cama. Imagine ter problemas estomacais crônicos que te impedem de comer a maioria dos alimentos. Imagine passar meses isolado, porque a luz do sol machuca seus olhos e qualquer barulho é insuportável. Agora imagine usar exatamente essa condição para criar algumas das ideias mais poderosas da história humana. Niet sofreu de enchaqueas severas, problemas digestivos crônicos e hipersensibilidade sensorial durante a maior parte de sua vida adulta. aos 35 anos, teve que se aposentar de sua posição como professor universitário, porque sua saúde estava deteriorando rapidamente. Os médicos não conseguiam diagnosticar exatamente o que estava errado com ele. A maioria das pessoas nessa situação se tornaria amarga, buscaria compaixão, usaria a doença como desculpa para uma vida limitada, desenvolveria uma mentalidade de vítima completamente justificável. O filósofo fez o oposto em 1888, durante um dos períodos mais intensos de sua doença, ele escreveu Homo, onde declarou algo que parece impossível: “Eu sou grato à minha doença.” Ele explicou que o sofrimento físico constante o havia forçado a desenvolver uma força mental que pessoas saudáveis nunca precisam cultivar. A dor o havia ensinado a distinguir entre o que realmente importava e o que era superficial. A limitação física o havia forçado a ser mais seletivo com sua energia, concentrando-se apenas no essencial. O isolamento o havia libertado das distrações sociais que impedem a maioria das pessoas de pensar profundamente. Niets transformou isso num conceito que ele chamou de amor fati, literalmente amor ao destino. Não era resignação passiva, não era aceitar o sofrimento como algo inevitável, era algo muito mais radical, era escolher amar ativamente cada aspecto da própria vida, incluindo as partes dolorosas, porque todas essas experiências contribuíam para quem ele estava se tornando. Você provavelmente está lidando com algum tipo de adversidade agora. Talvez não seja doença física, talvez seja rejeição profissional, talvez seja solidão, talvez seja a sensação de que sua vida não está progredindo como deveria. A pergunta é: você vai usar essa dificuldade como desculpa para uma vida menor ou vai transformá-la na força que te diferencia de quem nunca teve que desenvolver essa resistência? Mas existe outro padrão psicológico ainda mais sutil que sabota seu crescimento, especialmente numa era de validação digital constante. Você já reparou como algumas pessoas sempre deflacionam seus próprios sucessos quando recebem um elogio? Imediatamente dizem que foi sorte ou não foi nada demais? Não foi. Quando conquistam algo significativo, minimizam a importância. Quando demonstram competência, rapidamente apontam suas limitações. Elas acreditam que isso as torna admiráveis, humildes, evoluídas. Na realidade, estão demonstrando algo completamente diferente. Pense em alguém que você genuinamente respeita. Alguém cuja opinião você valoriza, cuja presença te inspira confiança. Essa pessoa fica se desculpando constantemente por existir, fica minimizando suas conquistas, fica se diminuindo para fazer outros se sentirem confortáveis? Claro que não. O filósofo identificou esse padrão quando analisou a cultura cristã de sua época. Ele percebeu que existiam dois tipos completamente diferentes de humildade. Uma era autêntica e vinha de pessoas que realmente tinham algo a ser modestas sobre. A outra era uma apresentação social, uma forma sofisticada de buscar aprovação através da autodepreciação em Além do Bem e do mal. Publicado em 1886, ele escreveu algo que vai te incomodar. A humildade é muitas vezes apenas uma forma refinada de arrogância. Como assim? Porque quando você constantemente se diminui, você está forçando outras pessoas a te consolarem. Você está manipulando uma situação para receber validação. É uma forma indireta de chamar atenção para si mesmo. Em vez de simplesmente aceitar um elogio e seguir em frente, você cria um drama onde outras pessoas precisam te convencer de que você é valioso. Mais ainda, quando você sempre minimiza suas conquistas, você está inconscientemente comunicando que não confia na própria capacidade de julgamento. E você não consegue reconhecer quando fez algo bem feito, porque alguém deveria confiar na sua avaliação sobre qualquer outra coisa. Esse padrão se tornou ainda mais complexo na era digital. Você posta uma foto, espera os likes, conta quantos vieram, compara com posts anteriores. Se teve muitos likes, você se sente validado. Se teve poucos, você questiona o que fez de errado. Você até considera deletar. Agora imagine explicar esse comportamento para alguém de 100 anos atrás. Como você descreveria o fato de que sua autoestima diária depende da aprovação de dezenas de pessoas que mal conhece? Soaria completamente insano. Mas é exatamente isso que nossa geração normalizou. Nós criamos um sistema onde nossa sensação de valor pessoal flutua baseada em métricas de aprovação social instantânea. E o pior, chamamos isso de conexão social. Niet morreu em 1900, obviamente sem conhecer redes sociais, mas ele previu exatamente esse fenômeno quando analisou como a moral de rebanho funcionava na sociedade de sua época. Ele percebeu que quando você tem ferramentas que permitem monitoramento constante da opinião pública, as pessoas gradualmente param de formar opiniões próprias. Elas começam a pensar o que vai gerar mais aprovação antes de pensar o que eu realmente acredito sobre isso. Pense em quantas vezes você já modificou uma opinião, uma foto, um comentário baseado em como você imaginou que seria recebido? Quantas vezes você evitou expressar algo que realmente pensava porque poderia ser mal interpretado ou gerar conflito? Cada vez que você faz isso, você está terceirizando o seu sistema de valores para um algoritmo desenhado para maximizar engajamento, não para desenvolver sua autenticidade. O resultado é uma geração inteira de indivíduos que sabem perfeitamente como performar a probabilidade, mas perderam completamente o contato com o que realmente pensam sobre qualquer assunto importante. Elas se tornaram especialistas em agradar estranhos e incompetentes em se respeitar. Isso não é evolução social, é domesticação em massa. É a moral de rebanho otimizada por inteligência artificial. E quanto mais você participa desse sistema de validação externa, mais você perde a capacidade de gerar validação interna. Você se torna dependente de aprovação constante porque parou de desenvolver critérios próprios para avaliar se suas escolhas estão certas ou erradas. Mas existe um obstáculo ainda mais profundo que impede sua liberdade real, o terror ancestral que te mantém preso mesmo quando você já entendeu intelectualmente todo esse processo. Tem um momento específico que define se você vai viver com autoridade autêntica ou vai passar a vida inteira sendo controlado pelos outros. É o momento em que você precisa escolher entre manter uma opinião impopular ou ceder para manter a harmonia do grupo. Nesse momento, algo primitivo dispara no seu cérebro. Uma voz ancestral sussurra. Se você contrariar essas pessoas, elas vão te rejeitar. Se elas te rejeitarem, você vai ficar sozinho. E ficar sozinho significa morrer. Essa voz vem de milhões de anos de evolução. Durante a maior parte da história humana, ser expulso do grupo era literalmente uma sentença de morte. Nossos ancestrais, que desenvolveram medo intenso de rejeição social, tiveram mais chances de sobreviver e reproduzir. O problema é que essa programação ainda está ativa, mesmo quando não precisamos mais dela. Niets entendeu isso quando analisou sua própria vida. Em 1889, aos 44 anos, ele teve um colapso mental completo em Turim, na Itália. Passou seus últimos 10 anos de vida em estado de demência, cuidado pela mãe e depois pela irmã. Morreu em 1900, sem nunca ter experimentado o reconhecimento que suas ideias mereciam. Mas antes do colapso, durante seus anos de produtividade intelectual, ele escolheu conscientemente a solidão. Rejeitou o casamento, rejeitou vida social convencional, rejeitou carreira acadêmica estável, viveu isolado nas montanhas suíças. escrevendo ideias que sabia que seriam rejeitadas por sua geração. Por quê? Porque ele descobriu algo crucial. A qualidade dos seus relacionamentos é infinitamente mais importante que a quantidade. E relacionamentos de qualidade só são possíveis quando você está disposto a ser rejeitado pelas pessoas que não conseguem aceitar quem você realmente é. Quando você vive com medo de rejeição, você atrai pessoas que se relacionam com uma versão performática sua, não com você mesmo. Essas pessoas não te conhecem de verdade. Elas conhecem a persona que você criou para agradá-las. Resultado, você fica cercado de gente, mas se sente profundamente sozinho, porque ninguém ali se relaciona com sua autenticidade. A solução não é se isolar de todo mundo. A solução é ter coragem de mostrar quem você realmente é, mesmo sabendo que isso vai afastar algumas pessoas, porque só assim você vai descobrir quem merece permanecer na sua vida. Agora você tem conhecimento suficiente para entender o problema, mas conhecimento sem coragem de aplicar é apenas entretenimento intelectual. Imagine que você pudesse encontrar a versão de si mesmo que existiria se você nunca tivesse se preocupado com a opinião dos outros. Se você nunca tivesse modificado suas opiniões para agradar. Se você nunca tivesse escolhido segurança em vez de autenticidade, quem seria essa pessoa? Provavelmente alguém muito diferente de quem você é hoje. O pensador alemão tinha uma palavra para descrever o processo de se tornar essa versão autêntica de si mesmo. Verde was du beast. Torna-te quem tu és. Parece contraditório, não é? Como você pode se tornar algo que já é? A resposta está numa descoberta que ele fez analisando a arte grega antiga. Em 1872, aos 28 anos, ele publicou O nascimento da tragédia, onde observou algo fascinante sobre como os escultores gregos trabalhavam. Eles não criavam formas do nada. Eles acreditavam que já existia uma estátua perfeita dentro de cada bloco de mármore. E o trabalho do escultor era apenas remover o excesso de pedra para revelar o que já estava lá. Niets aplicou essa metáfora à vida humana. Ele acreditava que existe uma versão autêntica de você que está sendo sufocada por camadas e camadas de condicionamento social, expectativas familiares, medos internalizados e necessidade de aprovação. Sua tarefa não é se tornar uma pessoa diferente, é remover tudo que não é essencialmente você. Mas aqui está o problema. Esse processo de esculpir sua autenticidade vai necessariamente afastar pessoas que se acostumaram com a versão domesticada de você. Algumas dessas pessoas são importantes na sua vida atual. Algumas te proporcionam segurança emocional ou financeira. Por isso, a maioria das pessoas prefere continuar sendo uma versão diluída de si mesma do que arriscar perder relacionamentos que, no fundo, são baseados numa apresentação. O filósofo chamou a versão autêntica de si mesmo de Ubermch, não no sentido de superioridade sobre outros, mas de superação das próprias limitações autoimposta. É a pessoa que você seria se parasse de se sabotar por medo de rejeição. Chegar lá exige o que ele chamou de grande saúde, a coragem de abraçar completamente quem você é, incluindo as partes que a sociedade te ensinou a esconder ou modificar. Isso não significa se tornar egoísta ou insensível. significa parar de trair sua própria natureza para manter relacionamentos que só existem, porque você não tem coragem de ser autêntico. Você está no ponto de uma decisão que vai definir o resto da sua vida. Pode parecer dramático, mas não é exagero, porque agora você sabe coisas que não pode mais desaprender. Você sabe que a bondade sem limites é fraqueza disfarçada. Você sabe que sua necessidade de aprovação te mantém prisioneiro. Você sabe que a moral que você segue não veio de você, mas foi implantada por uma sociedade que se beneficia da sua passividade. Você sabe que o ressentimento que sente é resultado da sua própria escolha, de não impor limites. Não dá mais para fingir ignorância. A partir de agora, cada vez que você ceder quando deveria resistir, você vai saber que está escolhendo conscientemente a submissão. Cada vez que você sorrir, quando deveria mostrar descontentamento, você vai saber que está traindo sua própria autenticidade. Cada vez que você priorizar a paz, em vez de defender sua posição, você vai saber que está escolhendo ser irrelevante. Niet enfrentou essa mesma escolha em 1879, quando decidiu abandonar definitivamente a carreira acadêmica que lhe dava segurança financeira e reconhecimento social. Aos 35 anos, ele sabia que essa decisão provavelmente o condenaria à pobreza e ao isolamento pelo resto da vida. Mas ele também sabia que continuar fingindo ser alguém que não era o mataria por dentro muito antes de morrer fisicamente. Ele escolheu a autenticidade, mesmo sabendo o preço que pagaria. Sua escolha agora é similar. Você pode continuar sendo a versão palatável de si mesmo, que agrada a todos, mas não inspira respeito genuíno de ninguém. Ou você pode começar a viver pelos seus próprios critérios, mesmo sabendo que isso vai incomodar pessoas que se acostumaram com sua docilidade. A diferença é que agora você entende que essa não é uma escolha entre ser bom ou mau. É uma escolha entre ser autêntico ou ser aprovado, entre ter influência real ou ter segurança social, entre ser respeitado ou ser tolerado. Comece pequeno. Na próxima situação onde você normalmente cederia para evitar conflito, pare por 3 segundos antes de responder. Pergunte a si mesmo o que eu realmente penso sobre isso? E então fale essa verdade. Mesmo que cause desconforto, você descobrirá algo surpreendente. As pessoas te respeitam mais quando você tem opiniões claras do que quando você concorda com tudo, porque finalmente você parou de ser previsível e se tornou interessante. Essa é a diferença entre existir e viver, entre ser um personagem na vida dos outros e ser o protagonista da sua própria história. Agora você entendeu porque fazer tudo certo te deixou sem poder nenhum, mas Niets tinha muito mais segredos sobre como transformar sua vida completamente. Clique no vídeo na tela e descubra as técnicas que ele usava para ser respeitado sem precisar agradar ninguém. São estratégias que vão mudar a forma como as pessoas te vem para sempre. Clique agora no vídeo na tela.

Comments

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *