Você foi programado para ficar quebrado, empacado e exausto
0A maioria das pessoas perde o livre arbítrio delas para programas mentais que rodam no automático e o pior é que elas nem percebem que estão presas. Pensa comigo, 90% dos seus pensamentos hoje são exatamente os mesmos de ontem. Os mesmos medos, as mesmas inseguranças, o mesmo eu não mereço inconsciente, o mesmo eu não consigo ou isso não é para mim. E sabe qual é a parte mais cruel? Neurônios que disparam juntos se ligam juntos. Ou seja, quanto mais você pensa em algo, mais automático esse algo fica. É literalmente o seu cérebro criando uma autoestrada neural pro fracasso, sem você nem perceber. Quando você tenta parar aquele pensamento de eu não sou bom o suficiente, o seu corpo entra em pânico. Não é drama seu, é biologia. Deixa eu explicar o que tá acontecendo dentro de você agora mesmo. Seu corpo passou anos, talvez décadas recebendo a mesma dose química toda vez que você pensa: “Eu não sou bom o suficiente”. Estudos da neurocientista Kandis Spurt mostram que emoções repetidas modificam até os receptores das suas células. É tipo uma droga. os seus receptores, os seus neurônios foram modificados para precisar daquela química específica para manter a homeostase deles. Então, quando você tenta mudar um pensamento, quando você tenta pensar, não, eu sou capaz, seu corpo entra em abstinência real, desconforto físico, inquietação, uma sensação de que algo tá muito errado. E aí o corpo começa a influenciar sua mente, volta pro conhecido, volta pro seguro. Você sabe que não é bom mesmo. É a seguinte lógica: pensamento, emoção, comportamento. Quando você começa a ter pensamentos ruminativos e pessimistas, você vai se sentir mal. Quando você se sente mal e age nisso, você vai tender a ter um comportamento disfuncional, seja para suprimir aquela emoção ou reprimir ela ou fugir dela. E esse comportamento disfuncional faz com que você volte a ter crenças negativas em pensamentos ruins e ruminativos sobre você mesmo. Você fica preso pensamento, emoção e comportamento. O mais assustador é que isso acontece em milissegundos. Antes mesmo de você perceber, seu corpo já disparou a química, já ativou o circuito e já te jogou de volta no buraco. É tipo uma bola presa num elástico. Você tenta se afastar, se afastar, se afastar, relaxou, a bola volta com tudo. Você tem constantemente se lembrar mesmo. Então aqui tá a boa notícia. Assim como você condicionou esse padrão, você pode descondicionar ele. Cada vez que você resiste esse impulso, se chama fricção límbica, energia necessária que o seu cérebro faz, sabe? Quando você quer ser meio carente ou quando você quer agir de uma forma impulsiva, falar alguma coisa, tem que falar. segura a onda e não faz e você sente aquele desconforto. Isso sinaliza pro seu sistema límico, que é a região de emoções do seu cérebro. Opa, vamos mudar. Hora de mudar. É uma fricção límica. Você tá literalmente desmontando essas conexões neurais antigas. Vai doer, vai. Vai ser desconfortável? Muito. Mas é o único caminho pra liberdade mental. que quando você tá num estado de ansiedade, o seu cérebro acha que você tá sendo perseguido por um leão quase o dia todo. Isso não é exagero. A American Psychological Association descobriu que 70% das pessoas vivem em algum estado crônico de estresse hoje em dia. Isso foi no Stress in American Report 2023. O problema é que é ainda pior do que parece, tá? O seu cérebro primitivo, aquela parte que evolui há milhões de anos, não sabe a diferença entre o seu chefe mandando um e-mail grosso ou um predador querendo te comer. Para ele, ameaça é ameaça. E quando você vive nesse estado, seu coração bate caótico. Não é força de expressão, é literal. O pior de tudo é que nesse estado zero energia vai para crescimento, cura ou criatividade, seus projetos pessoais. Tudo vai pra sobrevivência. que nem quando você tá mandando uma mensagem para uma pessoa ansioso e a pessoa some. É, é tipo dirigir uma Ferrari na primeira marcha 24 horas por dia. Você tá gastando toda a sua energia mental. Ao invés de ficar obsecado por um projeto para servir, sair do ego, sair da ruminação, você vai se afundando mais e mais, mesmo sabendo que isso não é bom para você. Nesse vídeo eu vou te mostrar exatamente o que você precisa fazer para parar de perder tempo e se autossabotar, procrastinar ou sabotar os relacionamentos e começar a tomar passos largos em direção à vida que você deseja, à sua lenda pessoal. Quando a gente fala de distrações, procrastinação, relacionamento, você tem que entender uma coisa. Qualquer quantidade de dopamina que vem até você sem esforço, eventualmente vai te destruir. Quando digo qualquer, é qualquer mesmo. Abrir um pacote de biscoito, tomar uma pílula para dormir, tirar a roupa, rolar pelo Instagram, assistir pornografia. Tudo que te dá prazer instantâneo, sem muito trabalho, tá sabotando o seu cérebro de alguma forma. O neurocientista Robert Sapossk mostrou que a dopamina não é sobre a busca do prazer, é sobre o prazer da busca. é a molécula da motivação e não do prazer. Pensa na diferença. Seus ancestrais liberavam dopamina durante toda a caçada. Rastreava por horas, perseguia, lutava, conquistava tanto homens quanto mulheres. A dopamina mantinha eles focados durante todo o processo. Hoje você pega o celular, dopamina, abre o delivery, dopamina, like na foto, dopamina. Zero esforço, recompensa máxima. O fato é que o seu cérebro simplesmente não foi feito para esse nível de estímulo sem esforço. O resultado down regulation, seus receptores de dopamina literalmente diminuem para te proteger dessa enchurrada de dopamina da modernidade. E aí vem a definição neurocientífica do vício, anedonia. Diminuição progressiva do prazer nas coisas normais da vida. Não tem mais motivação para fazer muita coisa. Você não procrastina porque você gosta de alguma coisa. Você não faz sexo casual porque você gosta daquilo, nem pornografia. É porque você quer se distrair mesmo da sua angústia existencial. Então, conversar com um amigo não dá mais prazer. Cozinhar uma comida boa vai perdendo a graça. Ver o pô do sol, ah, sei lá, nem percebe direito. Você precisa de estímulos cada vez mais intensos para sentir qualquer coisa. Por que que filhos de pessoas extremamente ricas às vezes destróem suas vidas com drogas e depressão? Porque eles nasceram no fim do jogo. Muito prazer disponível, sem esforço algum. O cérebro deles está faminto pelo prazer da busca da conquista. Sem isso, eles buscam em lugares perigosos, drogas extremas, comportamentos de risco, qualquer coisa para sentir o que nossos ancestrais sentiam naturalmente. É por isso que se eu falar para você parar de procrastinar ou parar de pensar no seu ex, parar de sofrer, você não vai conseguir. Repetir frases motivacionais no espelho é tipo gritar para um computador mudar sem acessar ao sistema operacional dele. Seu cérebro tem um detector de mentiras embutido, córtex singulado anterior. Suos de neuroimagem mostram que quando você mente para si mesmo, essa região acende. Seu cérebro sabe que você tá mentindo. Não funciona tentar mudar o pensamento com o pensamento em si. Aqui tá o que realmente funciona. Quando você combina pensamento, emoção e repetição, aí você consegue realmente mudar e gerar neuroplasticidade. O segredo não é afirmação por si só, é sentir como se fosse verdade. Quando você consegue gerar a emoção antes dela acontecer, o seu cérebro não sabe exatamente a diferença de algo que aconteceu ou algo que você tá sentindo e visualizando de forma vívida. Então, tem estudos de epigenética mostram que apenas 4ro dias de prática emocional consistente, genes podem mudar sua expressão, não é mudança de DNA, tá? É os mesmos genes que já estão lá, só que sendo expressos de forma diferente, porque você vai ter menos, vai ter todo um balanço de de hormônios como cortisol e serotonina completamente diferente. Então, gen de reparo celular são ativados. Quando você visualiza vividamente uma coisa, as mesmas regiões cerebrais são ativadas como se tivesse vivendo aquilo. É por isso que pilotos treinam em simuladores. O cérebro não distingue muito bem a experiência real e vividamente imaginada, mas tem que ser os três elementos: conhecimento, experiência mental e emoção genuína. É como se você tivesse lembrando do futuro. E aí o que vai acontecer? Você vai perceber o momento exato onde o seu cérebro mais quer que você desista é quando a mudança começa. Existe um fenômeno chamado fricção límica. é a energia necessária para superar a resistência do sistema límbico, que é o seu cérebro emocional primitivo. Estudos de neurociência mostram que leva em média 15 a 20 minutos para superar essa barreira inicial. Então, quando você senta para meditar, por exemplo, ou se acalmar, processar as emoções de alguma coisa que vem acontecendo, o seu cérebro entra em pânico. Primeiro vem o ataque mental, isso é perda de tempo. A ansiedade às vezes aumenta, tanto que a meditação ela pode ser contraindicada para alguns casos muito severos de ansiedade. Aí você tem que realmente procurar ajuda mesmo. Mas é uma avalanche emocional, vai vir todas as emoções que estavam sendo suprimidas, você tava fugindo há muito tempo. Então, frustração, impaciência, ansiedade, é fricção límbica no máximo. E a grande maioria das esposas desiste aqui, mas estudos com monges tibetanos mostram que se você aguentar essa barreira inicial de 5 a 10 minutos, isso para qualquer mudança de hábito ou quando você tenta se acalmar, seja com você mesmo ou com outra pessoa num relacionamento, além desse ponto, uma coisa extraordinária acontece. A resistência colapsa. A energia que estava sendo usada para manter esse padrão antigo é liberada. Então, ondas gamas cerebrais explodem no cérebro, que são ondas de sincronia associadas a insites, estados elevados de consciência. Exatamente como o exercício físico. Aqueles primeiros 15 minutos são os piores, mas depois que você vence aquela inércia inicial, o corpo entra num estado de flow. Mas a maioria desiste antes de chegar lá. Bom, a gente já falou do futuro de visualização, agora vamos falar do passado e as experiências, Rafa, que eu vivi com os meus pais ou com o meu ex, com minha ex. É o seguinte, você pode reescrever o passado também. Cada vez que você relembra uma coisa do passado, você tá literalmente reescrevendo a memória. A Elizabeth Loftus, a maior especialista em memória do mundo, provou uma coisa meio perturbadora. Memórias não são gravações, elas são reconstruções que sua mente fez. Está no Enor Review of Psychology 2019, tá? Cada vez que você acessa uma lembrança, você modifica ela. É tipo abrir um arquivo do Word. É impossível não fazer pequenas edições antes de salvar de novo. É tipo aquele filme da Disney, o Divertidamente tinha todo um arquivo com todas as memórias no cérebro da pessoa. Então a memória não é exatamente o que aconteceu, é a forma que seu cérebro armazenou aquilo. Tanto que a gente reprime algumas memórias. Tem estudo que mostra que depois de umas três vezes recontando uma história, você vai ter ali uma porcentagem significativa de detalhes alterados ou inventados. E seu céreo nem percebe isso. Subconsciente. Para ele, a versão atual é a verdade. E aqui tá o problema. Cada vez que você relembra um trauma ou uma experiência com alguém ou um relacionamento com alguém de forma destrutiva, seu cérebro vai tender a hiperfixar muito mais naquilo. São emoções que muitas vezes são culpa, raiva, medo, vergonha. São emoções na escala do Dr. David Hawkins e destrutivas. Essas emoções não são úteis para você. Então é muito importante você liberar e expressar essas emoções. É um fenômeno que se chama reconsolidação da memória. Então, terapias modernas usam isso. Acessa uma memória traumática enquanto a pessoa tá num estado mais calmo, com técnicas de respiração, MDR ou até medicamentos, porque você vai ter uma modificação das ondas cerebrais de um estado mais agitado, beta, para um estado alfa, delta e teta, que são os estados que a pessoa tá quando tá em sono profundo. É um estado mais sugestivo. E aí você salva uma memória com uma nova carga emocional. Então, muita gente tem memórias traumáticas com os pais, por exemplo, raiva de alguma coisa que eles fizeram. E se você não expressar essas emoções, você vai tender a lembrar daquilo de forma destrutiva. Mas ao mesmo tempo, teve muitas coisas boas que eles fizeram. Então, o que que você pode fazer? Eu recomendo muito fazer, que foi excelente para mim qualquer relacionamento. Faz uma carta de catarse emocional, escreve todas as coisas que você queria ter dito para aquela pessoa, mas não conseguiu falar ou simplesmente bota para fora, né? É uma técnica de diárioterapia isso, tá? E aí o James Pen Baker, que é um pesquisador de arterapia, mostrou vários benefícios em técnicos de diáriotapia. Então, basicamente você vai escrever todo 10 a 15 minutos catar emocional, ler como se tivesse lendo para aquela pessoa em voz alta, sem a pessoa tá ali, não recomendo, sozinho, só você com você mesmo, rasga aquela carta e faz uma outra carta de gratidão. Então você vai est remontando aquela memória de forma grata. Às vezes, gratidão pela pessoa mostrar como não agir, mas isso te deixa muito mais leve. É a neurociência do perdão. Perdão não é pela pessoa, é por você. Será que você tá nesse momento carregando versões distorcidas e amplificadas de eventos que provavelmente foram muito menos dramáticos? Na grande maioria das vezes, o seu sofrimento atual é baseado em ficção que o seu cérebro criou. Porque a gente é viciado em dramas sem nem perceber. Cada vez que você conta a história de como foi vítima, você adiciona mais drama, mais dor e mais razões para continuar sofrendo. Se liberta disso. Há um tempo atrás, eu tava na Chapada dos Viadeiros perto aqui de Brasília e eu tive uma realização profunda. Da mesma forma que a gente seleciona os nossos alimentos ali, às vezes meticulosamente, que que a gente vai comer, que que não vai comer. A gente tem que também ter uma dieta mental. Agora eu vou consumir isso, agora vou consumir aquilo, agora vou, porque a gente não é mais intencional hoje em dia, né? Esse é o preço que a gente paga por todo o acesso que a gente tem nas redes sociais. O segundo pesquisador K Newport, que é um especialista em deep work, conceito de trabalho profundo, não é sobre disciplina, é biologia. Então tem estudos de neurometabolismo que mostram que o seu córtex pré-frontal, região de atenção, de memória de trabalho, ele só consegue manter o foco intenso por uns 90 a 120 minutos antes de precisar reabastecer, tá? Isso foi foi publicado na Nature New York Science em 2020. Então, depois disso, sua performance ces 40%. Isso significa que realisticamente você tem no máximo uns dois a três blocos de trabalho profundo por dia, cada bloco de uns 90 minutos. Então são as 4 horas totais de capacidade cognitiva, realmente boa, funcionante. E a gente desperdiça às vezes duas com rede social ou uma procrastinando, vendo alguma coisa inútil que não vai acrescentar em nada. Gente, descansar é importante, mas que que a maioria das pessoas faz? gasta checando e-mails ou em reuniões inúteis, rolando pelo feed. É tipo você ter uma Ferrari e usar para ir até a esquina e voltar. E aí o seu pico de produtividade tende a ser 4 horas depois do seu mínimo de temperatura. Que que é isso? Seu mínimo de temperatura acontece umas duas horas antes de você acordar. Então o seu pico de produtividade é umas 2 horas depois de acordar. Então, por isso que eh Andrew Huberman ou vários grandes nomes, eles protegem as manhãs deles como um território sagrado para ler aquele livro que você sabe que você precisa ler ou realizar aquele trabalho que você tá possergando e quer muito realizar ou treinar mesmo, se é isso o seu o seu foco também. Então você tem um cortisol natural ali, um pico de cortisol matinal e a dopamina matinal também, que ela é quando você mais tem tonos de dopamina no dia, é a dopamina matinal, tá? Então, a primeira tarefa do dia, ela vai determinar o tom de tudo. Se você começa o dia checando notificações, seu cérebro ele vai entrar nesse modo mais reativo. Você vai ter um pico de dopamina logo de manhã e aí vai tender a cair depois. E aí quando cai fica muito mais complicado de você focar em alguma coisa, entendeu? Então pesquisas com esses ciclos ultradianos de trabalho profundo, eles colocam como a regra 90. Então são 90 minutos de foco profundo e 20 minutos de recuperação ativa. Aí você pode deitar sem mexer no celular, caminhar. Isso aí é é absurdo, porque você vai consolidar ainda mais a memória e aumentar a memória de trabalho paraa próxima sessão. Você repete isso umas duas a três vezes por dia, por uns três meses, você vai bugar a matrix completamente, que ninguém tá fazendo isso. Porque depois que vai passando à tarde, final da tarde, o seu cérebro, ele muitas vezes não tá mais otimizado para criar, ele tá otimizado para processar. Só já foram vários picos de dopamina, às vezes você não dormiu tão bem. Então, eu gosto de usar a minha tarde para tarefas mais mecânicas, reuniões, administrativo ou trabalhar alguma coisa mais mecânica que não requer tanta criatividade, mas às vezes funciona também. O fato é que você precisa proteger sua atenção, como você protege sua vida. E aí o próximo ponto, cara, quando a gente fala de você ser programado para ficar empacado, exausto e quebrado, a gente tem que entender que as pessoas que você anda são completamente determinantes, inclusive a companhia sua, sua própria companhia, como você fala com você mesmo, que acontece é que os seus neurônios, espelho, te fazem copiar todo mundo ao seu redor, inclusive as pessoas que você não quer copiar. Tô neurônios de espelho foram descobertos por acidente em macacos, mas eles explicam tudo sobre o nosso comportamento. Nós somos atores por natureza, somos imitadores. Então isso foi publicado na Nature Reviews New Your Science em 2004, tá? sobre neurônios do espelho. Então, essas células disparam tanto quando você faz uma ação, quando você vê alguém fazendo uma ação. É o seu cérebro literalmente copiando os outros no nível neural subconsciente. Por isso que a gente tende a imitar os gestos dos nossos pais, mesmo às vezes não gostando de algum gesto. Significa que você tá nesse momento sendo programado pelas pessoas ao seu redor. Seus amigos negativos, ruminativos, estão sempre reclamando. Você tá copiando isso também. A gente sabe hoje com estudos comportamentais longitudinais que obesidade, divórcio e até felicidade são contagiantes. Jim Ron tava certo, você é a média das cinco pessoas com quem você mais convive. Mas agora a gente sabe o mecanismo exato. Seus neurônios de espelho estão constantemente baixando e instalando os programas mentais de outras pessoas. Então, se você tá cercado de pessoas quebradas, eu nem tô falando só de finanças, exaustas, reclamonas, vitimistas, adivinha como que você vai acabar? A solução não é isolamento, tá? É seleção consciente. Exponha seus neurônios de espelho a pessoas que já são quem você quer ser. Não pode, pessoalmente, use biografias, livros, podcasts, vídeos. Seu cérebro não sabe a diferença entre observar ao vivo ou numa tela. É por isso que assistir atletas pode melhorar sua performance física. É por isso que estudar gênios pode te fazer mais inteligente. Você tá literalmente fazendo download de outros cérebros. E aí muita gente vem e fala: “Rafa, como que eu faço para procrastinar menos, para focar mais? Para me motivar mais?” Procrastinação não é preguiça, é o seu cérebro te protegendo de uma ameaça emocional. Tim Fish, o principal pesquisador de procrastinação no mundo, descobriu uma coisa que mudou tudo. Procrastinação é regulação emocional, não é gestão de tempo. Você sabe que você precisa fazer e às vezes reserva o tempo, mas seu cérebro detecta aquela tarefa como uma ameaça emocional. Eu vou te explicar. É um medo de falhar, medo de ser julgado, de não ser bom o suficiente. Isso ativa uma resposta de fuga. luta ou fuga, ansiedade. O córtex pré-frontal de planejamento e decisões, ele desliga e a amídala, o centro de medo e ansiedade assume o controle. Você não tá sendo preguiçoso, você tá em modo de sobrevivência sem nem perceber e tendo que se distrair disso muitas vezes com o celular. E qual é a estratégia de sobrevivência? Evitar ameaça fazendo qualquer outra coisa. Netflix, redes sociais, organizar a gaveta, qualquer coisa que dê um alívio emocional imediato. O problema é que cada vez que você procrastina, você reforça o circuito neural de que aquela tarefa é perigosa e fica cada vez mais difícil na próxima vez. É um ciclo vicioso que pode durar anos. Pessoas passam décadas tentando evitar coisas que levariam às vezes 10 horas para fazer. E o custo emocional de carregar aquela tarefa que você não quis fazer vai ser nos seus relacionamentos. Você vai tender a ficar mais obsecado pelas pessoas. você vai tender a ficar mais carente porque você não gastou o que a gente chama de sistema reticulativo ascendente, que é o seu filtro do cérebro, que faz você ficar obsecado pelas coisas. você não gastou com obsessão saudável, então você vai meio que gastar com outra coisa, vai ruminar nos seus pensamentos e aí vai querer se agarrar a primeira coisa externa que te distraia dessa angústia existencial que você tá fugindo. Da mesma forma que fica cada vez mais fácil procrastinar quando você procrastina, quando você resiste aquela tentação e vence essa barreira inicial, fica cada vez mais fácil do seu cérebro gostar de fazer coisas difíceis ou desafiadoras, porque você fortalece a região de força de montagem no seu cérebro. córtex singulado anterior. Então, a ciência encontrou uma solução simples para isso. Microtarefas. Você quebra a tarefa em pedaços tão pequenos que não ativam a resposta de ameaça. Então, ao invés de você colocar escrever o relatório, você coloca abrir o documento. Ao invés de você colocar ir na academia, você coloca fazer mobilidade. O seu cérebro primitivo não vê microtarefas como ameaça e movimento gera movimento no cérebro. Começar é 80% da batalha. Tá, Rafa? Mas e aí? Eu tenho essas emoções não processadas, é trauma. Que que eu faço com elas? Eu preciso enfrentar elas. Você pode estar viciado no seu próprio trauma e você nem sabe disso. Bander Coke descobriu uma coisa perturbadora. Pessoas podem desenvolver vício em trauma, tá? Isso tá no livro The Body Keeps the Score, 2014. Esse livro não é masoquismo, tá? É neuroquímica mesmo. Situações traumáticas liberam endorfinas, analgésicos naturais para lidar com a dor do trauma. Então, com o tempo, o seu cérebro pode ficar viciado nesse coquel químico de cortisol, estresse, adrenalina e também das endorfinas. É por isso que pessoas repetem padrões destrutivos. Elas escolhem parceiros abusivos, criam drama onde não existe, sabotam quando tudo tá indo bem. Subconscientemente, elas estão buscando a próxima dose, aquela mistura familiar de cortisol, adrenalina e endorfinas que o trauma original produziu. O cál se torna confortável porque aquilo é familiar pra pessoa e ela acha que dessa vez ela vai conseguir fazer diferente. Ela quer reviver aquela experiência traumática com uma forma de tentar se curar. Estudos com veteranos de guerra mostram isso claramente. Muitos relatam sentir falta da guerra, não da violência, mas da intensidade química. A vida civil parece morta em comparação. O mesmo acontece com vítimas de alguma forma de abuso na infância às vezes, porque inconscientemente elas recriam essas dinâmicas que já são familiares para elas. Quebrar esse ciclo requer entender: você não tá quebrado, você tá viciado. E como qualquer vício, a abstinência inicial é brutal. Quando você começa a escolher paz invés de caos, relacionamentos saudáveis, invés de tóxicos, o seu corpo entra em pânico. É como se fosse uma guerra espiritual mesmo. Isso é o que eu acredito. Nessa guerra espiritual, quem já tá completamente tomado pelas forças das trevas, seja lá como você queira chamar, não vai preocupar tanto as trevas. Já se você tá começando a se libertar, isso vai incomodar. Se você considerar como uma guerra, enfim, aí vai dar crente de cada um. Mas o fato é que o que acontece é o seguinte, o seu cérebro vai entrar em pânico, vai falar: “Cadê a minha dose? Se o subconsciente vai querer aquilo”. E se você aguentar um tempo sem drama ou sem aquele vício, o mesmo tempo para resetar receptores de dopamina, que pode ser 60, 90 dias, depende, o vício quebra e a paz para de ser tão ameaçador assim, o caos para de ser confortável. Para deixar claro que a gente tá falando toda a parte psicológica, mas tem toda a parte fisiológica também, você se cuidar, porque o seu cérebro tá encolhendo 0,5% ao ano, mas não precisa ser assim. Depois dos 25 anos, você perde cerca de 0,5% de volume cerebral anualmente. E os 60 anos o seu cérebro é uns 15% menor do que ele era na sua adolescência. Mas descobertas recentes mostram que isso não é inevitável. Então, isso publicado na Nature New Yor Science 2019. é consequência do estilo de vida moderno e não do envelhecimento em si. Então, populações indígenas estudadas não mostram esse encolhimento. Monges budistas de 70 anos tm cérebros similares aos de 30. A diferença é que com essas pessoas a neurogênese continua a criação de novos neurônios. Sim, o seu cérebro pode criar novas células até o dia da sua morte, mas apenas sob condições específicas. BDNF, que é o brain derived neurotropic factor, é a substância que gera a neuroplasticidade no cérebro. É tipo um fertilizante pro seu cérebro. Então, o exercício aeróbico aumenta o BDNF em 300%. Essas populações indígenas ou que vivem em aldeias, né, caçador e coletor, eles estão constantemente fazendo aerób, se movimentando o dia inteiro, se movimentando. Jejuum intermitente pode aumentar também. Eh, práticas de mindfulness que esses monges fazem constantemente melhoram. Sono profundo que hoje em dia a gente perde, que são as primeiras duas horas do sono. Muitas vezes a gente atrasa ali mexendo no celular. Aprender coisas novas, brincar, literalmente brincar. Near Science of Play é muito forte nisso também. Então, mas a gente tá fazendo o contrário. A gente tem sedentarismo, açúcar, estresse crônico. Isso destrói o BDNF. Seu cérebro ele para de crescer e começa a morrer mesmo. O mais poderoso neuroprotetor pro seu cérebro é um desafio cognitivo. Então, por exemplo, xadrez, leitura de um livro desafiador, ah, aprender alguma coisa, escrever alguma coisa, tocar algum instrumento. Mais exercício físico intenso, mais jejum intermitente eventual, tá? Isso tem um efeito bem alto no seu BDNF. Então, estudos mostram que essa tríade pode não só parar esse encolhimento do cérebro, mas reverter ele. Pessoas de 60 anos que começam essa rotina ganharam 2% de volume cerebral em 6 meses, equivalente a rejuvenecer o cérebro em 4 anos. Você escolhe cérebro murchando ou cérebro crescendo. A fonte da juventude sempre foi movimento, desafio e fome ocasional. Você vê o poder das práticas de mindfulness, né, de meditação, de esenamento do corpo, de você relaxar e processar suas emoções, porque você vai ter uma redução tão forte no estresse que você vê esses monges aí que ficam meditando, eles têm um cérebro de um jovem de 30 anos. Então, e aí eu tava vendo recentemente como o barulho tá matando as pessoas, tá? Eu tava em São Paulo recentemente, cara, e é bizarro o tanto que e tá sempre barulho. É barulho de obra em todo lugar, barulho de moto passando em todo lugar. E o barulho ele é tão primitivo no seu cérebro que você pode tentar treinar ele o que for para não reagir, mas o barulho vai ativar o sistema de lutofuga de alguma forma. Se você foi adaptado para isso, todo mundo foi adaptado. Foi adaptado para viver numa selva que não tinha barulho a gulo toda hora. Então hoje o silêncio tá se tornando um novo superper cognitivo. Vivemos na primeira geração humana sem acesso ao silêncio. Ruído urbano, notificações, música, ambiente, todo lugar que você vai, seu cérebro nunca descansa. Suudos mostram que a exposição é um ruído crônico, mesmo baixo, aumenta o cortisol em até 40%, prejudica o seu sono naquela mesma noite e reduz a sua performance cognitiva em até 25%, um estudo da Environmental Health Perspective de 2018. Mas descobriram uma coisa fascinante, duas horas de silêncio completo por dia geram novos neurônios no hipocampo, que é a região de memória e emoção por causa do processamento emocional. Mais do que qualquer música, binaurobit, qualquer coisa. O silêncio é bizarro mesmo. E ele é por isso que ele é tão valioso, né? Você vai em locais caros, né? Que tem 1 met qu caro, você vai ver que tende a ter mais silêncio, né? Em casas assim. O silêncio não é a ausência do som, é a presença de um potencial de remodelamento neural. O seu cérebro ele usa períodos de silêncio para consolidar memórias, processar emoções e fazer conexões criativas. É no silêncio que os insightes acontecem. Então, empresas do Vale do Silício estão criando podes de silêncio. CEOs fazem retiros silenciosos. Não é moda, é necessidade biológica. O seu cérebro evoluiu com período de silêncio profundo, noites sem eletricidade, dias sem máquinas, sem obras, momentos sem conversa. Agora até dormindo tem ruído branco, notificação, conversa, música, que muitas vezes hiperdopamética para prender a gente. Só faz um teste. Fica 30 minutos em silêncio completo hoje, sem música, sem podcast, sem nada. A maioria entra em pânico em 5 minutos. Você vai ver que porque no silêncio você escuta os seus pensamentos. Pra maioria isso é aterrorizante, mas não tem para onde fugir. É exatamente aí que a transformação começa. O silêncio é tipo um botão de reset no cérebro. Ou você usa ele de vez em quando ou você enlouquece. Então você não tá quebrado, você tá programado. Programas podem ser reescritos, não vai ser confortável, não vai ser rápido e não vai ser linear. Você melhora um pouco, aí piora e melhora mais um pouquinho, aí piora muito, mas aí depois melhora muito. Vai ter dias, você vai querer desistir, dias que vai parecer que você não fez nada, nada mudou e sua mente vai tentar voltar pro mesmo lugar. Lembra do ciclo que eu falei? Pensamento pessimista, ruminativo, vai para uma emoção ruim. Você age com essa emoção ruim, gera um comportamento disfuncional que vai confirmar: “Ah, tá vendo? Eu não sou capaz mesmo.” Então, vai ter dias que vai parecer que nada mudou, dias que parecer que o padrão velho vai voltar com força total. É nesses dias que a mudança real acontece. Você não é os pensamentos, você não é suas emoções, você é a consciência que pode observar e mudar tudo isso. Você é o capitão da sua mente, o mestre da sua alma e o experimento tá rodando agora. Você vai continuar sendo um rato, um labirinto, ou vai se tornar o cientista que redesenha o experimento? o alquimista. A escolha sempre foi sua e sempre será. 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