Você realmente PRECISA INVESTIR no EXTERIOR e TIRAR SEU DINHEIRO do BRASIL? O que NINGUÉM TE CONTA!

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Afinal, por que que todo mundo agora fala sobre a importância de dolarizar parte do patrimônio? É realmente necessário que os investidores busquem atrelar uma parte da sua carteira de investimentos ao dólar? Eu já te adianto que sim, é necessário e eu vou te explicar melhor ao longo do vídeo, porém eu vou fazer algumas ressalvas, principalmente porque há a possibilidade da gente se expor ao dólar investindo aqui pelo Brasil ou também tem a possibilidade de investirmos diretamente lá no exterior. E a resposta do que realmente é melhor vai variar, vai depender muito do momento de vida de cada investidor, do nível de conhecimento de cada investidor. Então, não necessariamente para você, a melhor alternativa seria investir diretamente lá fora. Hoje você pode se expor ao dólar utilizando outras opções. Eu também vou te explicar melhor aqui nesse vídeo. Cabe a cada investidor analisar o que seria mais viável para ele no momento. E para começarmos, eu já quero começar a mostrar para vocês a relevância do Brasil no PIB global. Hoje o Brasil representa 2% do PIB, ou seja, tudo que é construído de riqueza através de bens e serviços no mundo inteiro, o Brasil tem uma relevância de apenas 2%. Então, daí já começamos a cogitar, será que realmente seria necessário nós nos expormos apenas ao Brasil? Com certeza há outras economias muito maiores que agregam muito mais ao PIB global que a gente poderia ter exposição. Ainda assim, nós podemos olhar que o Brasil, se pegarmos o mercado de renda variável do planeta, o Brasil tem aproximadamente um peso de 1%. Então, para você ver como o peso do Brasil é bem pequeno e o investidor que fica 100% alocado aqui, ele perde esses 99% que ele poderia estar se beneficiando, se expondo a outras economias. E ainda conseguimos perceber o forte viés doméstico do investidor brasileiro, ou seja, 97.5% da locação do investidor brasileiro está no Brasil. Apenas 2.5% dessa locação está destinada a outras economias. Mas na maioria das vezes os investidores acabam optando por abrir conta numa corretora estrangeira e investir através dos Estados Unidos. Até porque os Estados Unidos eles são basicamente um hub de investimentos. Ali você consegue se expor a outras economias, através de ETFs, através de ADRs, que são certificados de ações de outras empresas, de outros países, você também consegue fazer esse tipo de investimento. Então, por mais que inicialmente a gente abra conta numa corretora americana para investir em dólar, ainda assim nós conseguimos nos expor a outras economias além dos Estados Unidos. Bom, já conseguimos perceber o primeiro ponto do por é importante atrelarmos uma parte do nosso patrimônio ao dólar, nos expondo a outras economias. Você percebeu que há uma diferença entre comprar dólar e se expor a ativos de renda variável, investir em ativos dolarizados. Quando nós apenas compramos dólar, nós estamos comprando uma moeda que também sofre com a inflação e com o passar do tempo, a tendência é que ela se desvalorize numa velocidade menor do que o nosso real. Mas ainda assim o dólar sofre com a inflação. Então o intuito de dolarizar uma parte do patrimônio é pegar esses dólares e investir em ativos reais, em empresas, em ativos que gerarão crescimento para aquele patrimônio. Um outro ponto que também é muito válido a gente analisar é a correlação do Ibovespa com o dólar. Talvez você esteja se perguntando, Bruna, o que que é correlação? Se a gente for analisar a movimentação do dólar em verde com o Ibovespa em azul, o Ibovespa é o principal iniciacionário da nossa bolsa brasileira, ou seja, ele mostra o desempenho de uma seesta de ativos, as ações com maior representatividade da bolsa de valores. Se dermos uma olhada, conseguirmos perceber que em períodos que o dólar teve uma significativa alta, o que que aconteceu com o Ibovespa? Iovespa teve uma tendência de baixa, caiu nessa janela aqui, basicamente de 2003 até 2008, ou seja, nós estamos falando de 5 anos onde o dólar se desvalorizou. O que que aconteceu durante esse período? O Ibovespa se valorizou. Ou seja, estamos falando através dessa análise de ativos que tendem a ter uma correlação negativa. Ou seja, quando um se movimenta num sentido, o outro está se movimentando num sentido oposto. Então, quando falamos de coeficiente de correlação, nós temos ali um range que vai de -1 até 1. -1 é o extremo negativo, que indica que esses ativos que nós estamos comparando, eles são completamente opostos. Se um sobe 10%, o outro cai 10%. Já no outro extremo, significa que quando dois ativos eles têm um coeficiente de correlação positivo, eles se movimentam no mesmo sentido. E por que que isso é importante? Porque quando montamos uma carteira de investimentos, pensa comigo, se nós queremos diversificar para diminuir o risco, será que faria sentido ter uma carteira de investimentos andando sempre para o mesmo sentido? Se uma coisa sobe, tudo tem que subir ao mesmo tempo, até seria bom, mas quando olhamos para o outro lado, quando uma coisa cai, tudo cai. Será que realmente seria viável? Então, nós termos ativos que ten uma certa correlação negativa é um tanto quanto interessante, por se um está caindo, o outro está suprindo essa queda indo no sentido oposto. Então, o motivo da gente dolarizar, além da gente ter entendido que nós temos acesso a diversas outras economias que representam que tem um peso muito mais significativo no PIB global do que o nosso Brasil. Quando a gente opta por investir em dólar, nós estamos ali descorrelacionando ativos da nossa carteira. Isso é um ponto também muito positivo. Ainda temos um outro ponto muito importante que muitas pessoas não se atentam. O peso que o dólar tem na inflação do Brasil. Exatamente. Quando o dólar se valoriza frente ao real, a nossa inflação é impactada. Por quê? Nós importamos muito combustível. Se o dólar sobe, combustível fica mais caro. Frete para transportar os produtos dentro do país encarece. Consequentemente todo esse aumento de custo é repassado pro preço que o consumidor final vai pagar. Os insumos para fazer medicamentos, commodities, como, por exemplo, trigo. Brasil importa muito trigo. Trigo é a base para diversos alimentos aqui do nosso país. Ou seja, se o dólar sobe, isso pressiona a inflação do Brasil. Então, quando temos exposição ao dólar, nós estamos querendo ou não, nos protegendo também da inflação aqui no nosso país. De acordo com o estudo feito pela FGV, eles chegaram à conclusão que o brasileiro ele deveria ter em média de 16 a 18% do seu patrimônio atrelado ao dólar, apenas para proteger o seu poder de compra, apenas para minimizar esse repasse da variação cambial na inflação. E ainda temos mais um motivo, a tendência do dólar é se valorizar frente ao real. Eu quero te mostrar esse outro gráfico aqui que mostra pra gente a tendência da taxa de câmbio no longo prazo. A linha em vermelho é a oscilação, ou seja, há sim períodos de desvalorização do dólar, como podemos perceber aqui de 2002 a basicamente 2012, ou seja, estamos falando de 10 anos onde o dólar se desvalorizou frente ao real. Acho muito importante termos também essa percepção do ciclo do dólar. A tendência, que é a linha em verde, é que no longo prazo o dólar se valorize frente ao real. Significa que compraremos dólar hoje, veremos apenas o dólar se valorizando? Hipótese alguma. Nós podemos ter um ciclo do dólar onde a moeda passa passe anos se desvalorizando frente ao real. É muito importante termos isso em mente também. Mas quando abrimos o nosso horizonte, percebemos que a movimentação do dólar que está na linha vermelha, ele fica orbitando nessa linha verde, horas para baixo, horas para cima, mas no longo prazo a tendência é que o dólar sim se valorize frente ao nosso real. E por quê? Por que que essa tendência realmente ocorre? Primeiro ponto, o dólar ele sofre com inflação, sim, mas a inflação que a moeda americana sofre é muito menor do que a inflação que o real sofre. Se a gente dar uma olhada na inflação tanto dos Estados Unidos aqui com as cores da bandeira, se a gente nós compararmos com a inflação brasileira de 95 até 2023, conseguimos claramente perceber que basicamente todos os anos a inflação americana foi inferior à inflação brasileira. Isso consequentemente faz com que o real ele se desvalorize muito mais rápido do que o dólar. E toda essa movimentação é refletido no câmbio. Como que conseguimos perceber isso? Vamos dar uma olhada aqui. Vamos supor que determinado produto hoje em 2025 custa no Brasil R$ 10. Então para você comprar, por exemplo, esse copo aqui, você pagaria R$ 10. Se você fosse nos Estados Unidos comprando exatamente o mesmo copo do mesmo modelo, você gastaria $350 centavos. Ou seja, se eu pegasse esses R$ 10 e fosse pros Estados Unidos comprar esse copo de R,50, qual seria o câmbio justo para que a gente tivesse o mesmo poder de compra em ambos os países? O dólar deveria valer R$ 2,86. Então eu pegaria esses meus R$ 10, faria o câmbio com dólar a R 2,86 conseguiria chegar lá nos Estados Unidos e comprar exatamente esse copo por R,50. Só que aí tudo bem, como nós acabamos de olhar aqui, dólar sofre uma inflação inferior ao Brasil. Vamos fazer aqui um um chute olhando aqui o gráfico. Se pegarmos a média do dólar da inflação americana, poderíamos colocar aqui uma faixa de 3% ao ano. Enquanto o Brasil, eu colocaria aqui uma média na casa de 5%, 6% a média da inflação brasileira. Então vamos colocar aqui uma inflação média brasileira de 5% e uma inflação média americana de 3. Ou seja, em 2035, daqui 10 anos, esse produto no Brasil custaria R$ 16,29 e lá nos Estados Unidos ele não custaria mais 3.50, mas sim 4,70, porque dólar também sofre com a inflação. Ou seja, para eu pegar aqueles 16,29 e ter o mesmo poder de compra lá nos Estados Unidos, eu já teria que utilizar um câmbio de 3,46. Conseguimos perceber que qual foi a tendência da moeda? foi se valorizar o dólar sim ter uma valorização frente ao real, que é exatamente o que esse gráfico mostra pra gente, a tendência da taxa de câmbio no longo prazo. Basicamente conseguimos perceber que sim, é um tanto quanto importante nos expormos ao dólar, por a tendência no longo prazo é que a moeda se valorize frente ao nosso real e o dólar ele tem um peso significativo na nossa inflação. Então, investir em dólar acima de tudo é proteger o nosso patrimônio, proteger o poder de compra do nosso patrimônio. Além disso, temos a questão do Brasil ainda ser um mercado pequeno, representa apenas 1% do mercado de renda variável global, representa apenas 2% do PIB global, ou seja, investir no exterior é justamente nos expormos a empresas mais sólidas, mais maduras, que trabalham em economias muito maiores do que aqui do Brasil. O investidor que está começando, você às vezes que abriu esse vídeo porque se interessou, mas ainda não tem muito conhecimento, será que vale a pena sair metendo os pés pelas mãos, investindo diretamente no exterior? É lógico que hoje é muito mais fácil abrirmos conta numa corretora americana, enviarmos dólar. Hoje nós não precisamos nem fazer uma remessa muito elevada para conseguir investir. Mas será que vale a pena o investidor sair metendo os pés pelas mãos? O investidor ele tem que escolher uma boa corretora. com baixas taxas, quando investimos diretamente lá fora, nós temos que analisar o spread, ou seja, o dólar pode estar valendo R,50, mas você acha mesmo que a corretora vai te vender dólar a R,50? Ela coloca um spread, que é onde ela ganha dinheiro ali. Então, a gente tem que analisar o spread que a corretora ela cobra dos seus investidores nesse processo de câmbio. Temos que analisar a taxa de corretagem, que é a taxa que pagamos a cada operação de compra e venda. Além disso, também temos que levar em consideração. Se a gente abre conta numa corretora americana, se investirmos no exterior, temos que declarar isso no imposto de renda? Será que o investidor ele tem essa familiaridade para fazer a declaração da maneira correta? É lógico, não podemos nem questionar que existem ferramentas que nos auxiliam nesse processo, como o próprio investidor 10, onde conseguimos colocar os nossos investimentos e ter um controle principalmente paraa declaração do imposto de renda. Mas ainda assim temos corretoras que disponibilizam relatórios completos, como por exemplo a própria Even. Só que o investidor ele precisa entender todo esse processo. Quando abrimos conta numa corretora lá fora, se eventualmente o titular daquele investimento falece, se ele tiver mais do que R$ 60.000 investidos, temos o ITCMD lá dos Estados Unidos, que é uma alíquota progressiva, que pode chegar a 40%, não é uma alíquota de 40, tá? Quanto maior for o patrimônio daquele investidor, ele pode acabar se encaixando na alíquota de 40% no que exceder 60.000. Além disso, tem o inventário, sim, dependendo da conta que o investidor tiver lá nos Estados Unidos, pode ser que pode ser que além do imposto a ser pago, ele ainda tem que fazer inventário lá fora. Ou seja, custos e honorários advocatícios nesse processo acaba sendo relevante, porque é um custo que precisa ser levado em consideração. Porém, eu já falei algumas vezes aqui no canal que há formas de se escapar do inventário americano. Exatamente. Se você tiver uma conta conjunta numa corretora americana, você, caso o primeiro titular faleça, o segundo titular consegue ter acesso a esse investimento sem que haja a necessidade de de um inventário. Ou então nós temos um documento que se chama TOD, que é o transfer on death, que nós podemos solicitar a corretora para basicamente indicar os beneficiários em caso de falecimento. O TODOD, o beneficiário, ele só terá acesso a esses investimentos quando o titular falecer. também é uma forma de se evitar o inventário americano. Então, veja, são n coisas que devemos analisar para saber se realmente nós deveremos a priori investir diretamente lá fora, porque o investidor ele também pode atrelar ah os seus investimentos ao dólar através aqui do próprio Brasil, através de ETFs, por exemplo, que são fundos que replicam índices. Então, existe um ETF, como, por exemplo, o IVVB11. Quem compra IVB11 está se expondo tanto à variação cambial quanto à 500 maiores empresas americanas sem tirar o dinheiro dele aqui no Brasil. É lógico, o dinheiro dele continua aqui dentro. Acho um ponto muito relevante frisar também, porque muitas pessoas investem lá fora justamente para tirar o dinheiro do país, principalmente devido à inseguranças jurídicas. Nós conseguimos perceber IOF sobe, IOF cai, tantas mudanças ali em termos de imposto. Esse todas essas movimentações que acontecem, principalmente num curto período de tempo, traz determinadas incertezas e inseguranças aos investidores e por isso eles acabam optando em colocar o dinheiro em outra jurisdição que vai responder a outras leis que não são mexidas assim com tanta frequência igual aqui no nosso país. Mas ainda assim, como eu mencionei, o investidor ele precisa analisar se está começando, se o nível de conhecimento dele ainda é baixo, ele consegue se expor a variação do dólar e se expor a outras economias investindo aqui no Brasil, sem necessariamente ter que fazer esse processo para investir lá fora. se ele quer ter o seu dinheiro realmente fora do país, se ele quer ter mais acesso a produtos, porque isso é inquestionável, abrir conta numa corretora americana abre um leque de investimentos muito maior do que a gente fica restrito a investir apenas por aqui. Então, se ele já entende que ele já está nessa maturidade de conhecimento para ter uma carteira realmente diversificada, daí investir lá fora traz muito mais benefícios para ele. E além disso, o investidor ainda tem que analisar, bom, qual o meu momento de vida atual, o que que eu pretendo daqui em diante? Você pretende continuar aqui no Brasil? Não tem a mínima pretensão de dar saída definitiva, de ir morar lá fora? Então sim, ainda o investidor precisa ter exposição ao Brasil, principalmente porque o seu custo está em real, né? você precisa ali daquele fluxo mensal em reais se você não quer sair do país. Então, normalmente quem pretende sair acaba tendo uma exposição maior a ativos lá fora. Agora, se você pretende continuar, não ca nessa também de dolarizar 100% do patrimônio, até porque o seu dinheiro estará em outro país, sendo que você vive aqui no Brasil, você precisa de reais e ainda assim em eventuais mudanças você ainda pode ter problemas para trazer o seu dinheiro de volta. Então, faça essa análise, não há problema algum investir lá fora, buscando diversificação, buscando ter acesso a mais ativos, contanto que você equilibre a sua exposição, porque se você pretende continuar aqui no Brasil, ainda assim é importante que você tenha investimentos por aqui. Bom, eu espero que eu tenha feito um resumo de todos os pontos pertinentes a serem analisados, que eu tenha te ajudado a chegar na conclusão qual seria a melhor forma de você se expor ao dólar e ativos dolarizados hoje. Se você gostou desse vídeo, eu não preciso nem pedir para você se inscrever aqui no canal e ativar o sininho para ficar por dentro de todos os vídeos sobre finanças e investimentos que saem por aqui. E só mais uma coisa, não custa você também deixar o seu like, porque assim o YouTube vai entender que esse vídeo foi relevante e vai recomendar para muito mais pessoas. Então, um beijo e eu te vejo no próximo vídeo.

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