WASHINGTON ESCONDIDO | Os Lugares Mais Incríveis e Joias Ocultas de Washington, Estados Unidos | 4K
0Washington.
O reino das águas e das montanhas. Onde a natureza encena seu espetáculo mais poderoso.
Esta é a história de um território que desafia toda definição: vulcões que modelam a paisagem
com sua força silenciosa, florestas tropicais que parecem saídas de um mundo perdido, oceanos
que se estilhaçam contra costas selvagens. Um só estado, que encerra toda
a essência do Noroeste Pacífico. Descobriremos cachoeiras que se lançam
no vazio por centenas de metros, lagos alpinos que refletem picos nevados,
ilhas espalhadas na água imersas no silêncio. Mas Washington é rico em contrastes! Há desertos lunares e florestas que nunca
veem o sol, cidades tecnológicas de vanguarda, e paisagens selvagens onde
o tempo parou há milênios. Bem-vindos a esta jornada através
dos lugares mais belos, e das maravilhas escondidas do estado de Washington.
Onde a aventura cresce exuberante como os abetos, e cada trilha conduz a maravilhas
que redefinem o conceito de beleza. Parque Nacional Olympic Três ecossistemas diferentes,
encerrados numa única reserva selvagem. Aqui, no coração do estado de Washington,
vocês podem caminhar entre florestas tropicais temperadas pela manhã, e se encontrar
em praias batidas pelas ondas do Pacífico à tarde. O parque guarda um dos poucos exemplos restantes
de floresta tropical temperada nos Estados Unidos continentais, onde abetos de Douglas com mais
de setenta metros de altura, criam verdadeiras catedrais naturais.
Mas não é tudo! Deslocando-se para o interior, as trilhas
os levarão através de pradarias alpinas pontilhadas de flores silvestres, até as
geleiras perenes das Montanhas Olympic. O isolamento geográfico desta
península criou espécies únicas, que não encontrarão em nenhum outro lugar.
A truta do Olympic, e o tordo variado, são apenas dois exemplos.
Cada passo, aqui, revela como a natureza consegue ser incrivelmente diversa,
mesmo em espaços relativamente pequenos. E entre todos esses ambientes extraordinários,
a Floresta tropical de Hoh é certamente aquela que os deixará sem fôlego.
O silêncio aqui se torna quase tangível. Sob a abóbada verde formada por bordos
gigantes, abetos de Sitka e cicutas ocidentais, cada superfície é coberta por
musgo, que absorve todo som. Caminhar ao longo da trilha do rio Hoh, significa
entrar numa floresta onde a luz mal filtra, criando feixes dourados que iluminam as
partículas de umidade suspensas no ar. A floresta, de fato, recebe mais de três
metros de chuva por ano, transformando cada tronco caído num jardim suspenso, onde
crescem samambaias, musgos, e pequenos abetos. Os salmões que sobem o rio, além
disso, trazem nutrientes do oceano. Os ursos negros e os wapitis, por
sua vez, deixam rastros nas trilhas, e as águias-carecas nidificam
nos galhos mais altos. Esta floresta, é a prova viva de que a
abundância, nasce do equilíbrio perfeito. Parque Nacional do Monte Rainier Quatro mil metros de pura majestade,
que dominam o horizonte de Seattle. O Monte Rainier não é apenas uma
montanha, mas um gigante adormecido, que moldou toda a paisagem circundante.
Suas vinte e seis geleiras alimentam rios que correm em todas as direções,
enquanto suas erupções passadas, criaram os vales que hoje abrigam
florestas de abetos e pradarias alpinas. No verão, quando a neve se retira, as áreas de
Paradise e Sunrise se tornam explosões de cores. Lupinos violeta, castillejas
vermelhas, e margaridas alpinas transformam as encostas em tapetes vivos.
Mas é a vastidão que realmente impressiona. Do topo, o olhar se estende do oceano
Pacífico à cadeia montanhosa da Cascade Range, abrangendo milhares de quilômetros
quadrados de natureza selvagem. Aqui, entendem por que os nativos americanos
chamavam esta montanha de Tacoma, ou seja “a montanha que toca as nuvens”.
E isso não era apenas um nome, era uma verdade cotidiana. Parque Nacional das North Cascades Bem-vindos, aos Alpes da América.
Mais de trezentas geleiras esculpem continuamente essas montanhas, criando uma
paisagem que parece saída dos Dolomitas, mas com uma selvageria toda americana. Os picos graníticos se elevam abruptos dos vales, onde lagos de um turquesa impossível refletem
paredes rochosas, que desafiam a gravidade. O Lago Diablo, por exemplo, deve sua cor
irreal aos sedimentos glaciais finíssimos, que são partículas de rocha tão sutis
que difundem a luz de modo único. Neste parque, porém, não esperem trilhas simples,
porque a natureza se deixa conquistar apenas por quem está disposto a se esforçar um pouco.
Mas a recompensa é extraordinária, com cada quilômetro que revela
panoramas que tiram o fôlego. Além disso, este é o parque nacional
menos visitado do estado de Washington, e isso significa uma coisa só: poderão viver a
majestade dessas montanhas quase em solitude. Monte Adams O gigante esquecido do Noroeste
Pacífico se ergue solitário, superando pouco os três mil e setecentos metros.
De fato, enquanto todos olham o Monte Rainier, o Monte Adams reina imperturbado sobre
sua porção da Cadeia das Cascatas. Sua forma perfeitamente cônica revela a origem
vulcânica, mas o que realmente impressiona, é a majestosa solitude que reina ao seu redor.
De Yakima a Portland, esta montanha domina o horizonte oriental, contudo
permanece surpreendentemente selvagem. Suas encostas abrigam um dos maiores
rebanhos de alces da América do Norte, enquanto suas geleiras alimentam o Rio Klickitat. No outono, quando os lariços se tornam
dourados e o ar se torna cristalino, o Monte Adams revela sua verdadeira
natureza: não é o irmão menor de ninguém, é simplesmente uma montanha, que não
precisa gritar para se fazer notar. E sua grandeza e beleza, está
justamente nesta discrição real. Monte St. Helens Dezoito de maio de mil novecentos e oitenta,
às oito e trinta e dois da manhã, esta montanha reescreveu a geografia do Noroeste Pacífico.
A explosão varreu quatrocentos metros de altura, e criou uma cratera com mais
de um quilômetro de largura, mas o que veem agora não é
destruição, mas renascimento. A natureza retomou posse dessas
terras, com uma força incrível. De fato, onde antes havia apenas cinza e lama,
agora crescem florestas jovens e prados floridos. O Observatório Johnston Ridge os leva
face a face com a cratera fumegante, enquanto o Centro de Visitantes conta como
a vida voltou mais forte do que antes. Os alces pastam entre os
troncos das árvores mortas, os castores reconstruíram suas represas nos novos
lagos, e o Lago Spirit reflete uma paisagem que parece alienígena, mas pulsa de vitalidade.
Esta é a lição mais poderosa que a natureza pode nos dar, porque até a destruição mais
total, é apenas o início de uma nova história. Seattle Entre as colinas que mergulham
no estuário de Puget Sound, Seattle se estende como uma metrópole que
fez da reinvenção sua marca registrada. Arranha-céus de vidro e aço refletem as nuvens,
enquanto os bairros se erguem nas encostas, criando uma topografia urbana única.
Esta é a cidade que deu ao mundo o gênero musical grunge e a tecnologia, o café
de qualidade e os gigantes do e-commerce, e tudo mantendo uma identidade
forte e inconfundível. A água, além disso, define cada perspectiva.
Elliott Bay escancara o horizonte para oeste, enquanto Lake Union e Lake Washington
abraçam a cidade, criando penínsulas e enseadas que quebram a grade urbana.
As balsas se deslocam constantemente entre as ilhas, levando trabalhadores
e turistas sem parar nunca. Mas é a Space Needle que
captura a essência de Seattle. Esta torre futurística construída para a Exposição
Universal de mil novecentos e sessenta e dois, com sua forma característica de disco voador, não é
apenas um ícone arquitetônico, mas é o símbolo de uma cidade que sempre olhou para frente.
De seus cento e oitenta e quatro metros de altura, o panorama abraça tudo.
Veem-se os picos nevados das Cascatas, o Monte Rainier que domina o horizonte
meridional, e até as águas infinitas do Pacífico. Área metropolitana de Seattle
Além do centro de Seattle se estende um mosaico urbano, que redefine
o conceito de periferia americana. Bellevue, por exemplo, brilha com seus
arranha-céus que abrigam gigantes tecnológicos, criando um skyline que rivaliza com o
de Seattle, mas com um estilo todo seu. As ruas são mais largas, os parques mais cuidados, e o Lago Washington oferece
vislumbres de cartão postal. Depois há Kirkland, que abraça
a margem oriental do lago, com um fascínio que mescla elegância
urbana e atmosfera de cidade pequena. Suas lojas e restaurantes à beira-mar criam
uma atmosfera sofisticada, mas relaxada. E finalmente encontramos Edmonds, que olha para
o Puget Sound e as Montanhas Olympic, oferecendo pores do sol que pintam o céu de laranja, enquanto
as balsas conectam a terra firme às ilhas. Esta, porém, não é expansão urbana desordenada,
como pode parecer à primeira vista. É uma sinfonia de comunidades, que
souberam crescer mantendo cada uma sua própria identidade, criando uma área
metropolitana que realmente funciona. Tacoma
O que acontece quando uma cidade industrial decide se reinventar completamente?
Tacoma é a resposta. Onde uma vez fumegavam chaminés e ressoavam
os martelos pneumáticos, hoje surgem museus e bairros artísticos, que pulsam de criatividade.
Ao longo das ruas do centro histórico se erguem testemunhos arquitetônicos, como a Primeira
Igreja Presbiteriana com sua imponente torre do relógio, que marca o tempo de uma
cidade em contínua transformação. Mas o verdadeiro espetáculo começa quando se
atravessa a ponte sobre os Tacoma Narrows. Embaixo, de fato, se abre o Puget Sound, com
suas águas que mudam de cor conforme o vento, enquanto no horizonte o Monte Rainier
vigia a cidade, como um pai protetor. O Parque Point Defiance, por sua vez, encerra
duzentos e oitenta e quatro hectares de florestas, praias e zoológico, demonstrando como Tacoma soube
equilibrar progresso urbano e natureza selvagem. Esta, portanto, não é mais apenas a cidade do aço, mas é o laboratório onde o
futuro do Noroeste toma forma. Spokane No coração do interior de Washington,
onde as pradarias encontram as florestas, Spokane se estende ao longo das margens
do rio homônimo, com um caráter todo seu. A cidade conserva arquiteturas que
contam sua época dourada, quando os magnatas da madeira e das minas construíam
palácios dignos das capitais europeias. E depois há as Cachoeiras Spokane, que
rugem bem no centro da cidade, criando um espetáculo natural que moldou a história
local, desde os tempos das tribos nativas. O Parque Riverfront transforma as ex-áreas
industriais em espaços verdes, com o som da água que se mistura às vozes das crianças que brincam.
Mas esta cidade tem um segredo. É a porta de acesso para algumas das
zonas selvagens mais remotas do Noroeste. A meia hora de carro, de fato, começam
florestas que se estendem até Idaho e Montana, lagos límpidos escondidos entre as colinas,
e trilhas que conduzem a panoramas idílicos. Bellingham Imaginem uma cidade, encravada entre baías
cintilantes e montanhas cobertas de florestas. Bellingham é exatamente isso, e
se estende ao longo de sua baía, com aquela energia vibrante que caracteriza
os centros do Noroeste Pacífico. O centro histórico, conserva o fascínio dos
velhos bairros portuários, onde edifícios de tijolos vermelhos contam histórias de
marinheiros e comerciantes de madeira. Mas é a posição geográfica
que torna Bellingham especial. Ao norte se abrem as Ilhas San Juan, a leste as
Cascatas do Norte prometem aventuras alpinas, enquanto a oeste o oceano Pacífico presenteia
pores do sol que incendeiam o horizonte. Fairhaven, o distrito histórico, mantém a
atmosfera dos tempos da corrida do ouro, com lojas vintage e cafeterias, que
servem talvez o melhor café do Noroeste. E é aqui mesmo, que a cultura do Noroeste
Pacífico se expressa da melhor forma. Estilo de vida ao ar livre,
sustentabilidade ambiental, e uma qualidade de vida que faz
inveja a metrópoles muito maiores. Puget Sound
Setenta quilômetros de águas salgadas, que transformam
a paisagem de Washington num arquipélago urbano. O Puget Sound não é apenas uma baía, mas o
coração pulsante da região, onde cidades, ilhas e natureza selvagem se
entrelaçam, numa mistura única. Suas águas abrigam orcas residentes, focas, e
leões marinhos, enquanto ao longo das costas se alternam praias de seixos, penhascos cobertos de
abetos, e portos que perfumam com salmão fresco. As balsas transformam cada deslocamento
numa mini-cruzeiro, e vão de Seattle à Ilha Bainbridge, ou de Edmonds a Kingston, e
cada travessia oferece panoramas que mudam, com as estações e as condições atmosféricas. Mas quando a névoa matinal se levanta das
águas, se revela uma paisagem de conto de fadas, onde arranha-céus modernos se destacam
ao lado das florestas primordiais. É aqui que entendem por que o Noroeste
Pacífico inspirou gerações de artistas, escritores e visionários. Rialto Beach Preparem-se para um impacto visual,
que redefine o conceito de praia. A Praia de Rialto os recebe com troncos
gigantescos branqueados pelo sal, e amontoados pela força do Pacífico como esculturas naturais.
E o oceano aqui não brinca! Há ondas que chegam de milhares de quilômetros,
que se quebram em rochedos negros chamados “faraglioni marinhos”, criando gêiseres
de espuma que alcançam alturas incríveis. Mas o verdadeiro tesouro de Rialto se
esconde entre as rochas vulcânicas. Quando a maré se retira, de fato, se revelam poças
naturais que custodiam um universo em miniatura. Encontramos anêmonas do mar de cores vibrantes, estrelas do mar que se movem lentamente, e
pequenos caranguejos que correm entre as algas. É um aquário natural que muda aspecto a cada maré, oferecendo sempre novas descobertas
aos exploradores mais atentos. Rosario Beach
Escondida na Ilha Fidalgo, esta joia do Parque Estadual Deception Pass demonstra
que nem todos os tesouros são fáceis de encontrar. A Praia de Rosario se alcança através
de uma trilha que passa entre abetos de Douglas e medronheiros, até
desembocar numa baía protegida, onde a água do Puget Sound assume tonalidades
que vão do verde esmeralda ao azul cobalto. Quando a maré se retira, as poças entre os
rochedos se transformam em aquários naturais onde observar estrelas do mar violeta,
ouriços espinhosos e anêmonas coloridas, que vivem neste ecossistema em miniatura.
Mas o verdadeiro espetáculo chega ao pôr do sol, quando as rochas vermelhas que dão o nome
à praia, se acendem de reflexos dourados. Além disso, as correntes do
Deception Pass visíveis da praia, criam redemoinhos e corredeiras
que tornam este trecho de mar um dos mais espetaculares e temidos,
pelos navegadores do Puget Sound. Cabo Flattery
O ponto mais a noroeste dos Estados Unidos continentais, merece
uma viagem até os confins do mundo conhecido. Cabo Flattery se projeta no Pacífico como
a proa de um navio gigantesco, oferecendo panoramas que se estendem do infinito oceânico,
às costas recortadas da Ilha de Vancouver. A trilha para alcançar o ponto panorâmico
atravessa uma floresta tropical temperada, com cedros milenares e um silêncio ensurdecedor, interrompido apenas pelo som distante
das ondas, que se quebram nos penhascos. A Ilha Tatoosh, além disso, com seu farol
automático, flutua como um posto avançado no nada, enquanto as correntes se chocam,
criando redemoinhos e espumas que revelam a potência das águas subjacentes.
Este é território da tribo Makah, guardiões dessas terras há mais de dois mil anos, e cada passo nos lembra que se está
caminhando sobre uma terra ainda sagrada. Anacortes
Porta de acesso das Ilhas San Juan, Anacortes se estende na Ilha Fidalgo como uma cidadezinha
que soube manter sua autenticidade marítima. O porto fervilha de atividade,
com balsas que conectam as ilhas, barcos de pesca que trazem salmão fresco, e
iates que prometem aventuras entre os canais. Mas esta cidadezinha tem uma
alma que vai além do turismo. É uma comunidade de pescadores,
artistas, e apaixonados pelo mar, que transformaram esta cidade num ponto
de referência para todo o arquipélago. Cap Sante Park oferece um dos
panoramas mais sugestivos da zona, com suas trilhas que serpenteiam entre a vegetação
costeira, até alcançar belos pontos panorâmicos. O Monte Erie, além disso, alcançável de carro,
oferece vistas de trezentos e sessenta graus sobre o Puget Sound, as Montanhas Cascade e
as ilhas que estão espalhadas na água. Anacortes, portanto, é um destino que
se faz amar por seu ritmo relaxado, e pela genuína hospitalidade do Noroeste Pacífico. Ponte Deception Pass
Dois vãos de aço, que atravessam um dos cenários mais
dramáticos do Noroeste Pacífico. A Ponte Deception Pass conecta a Ilha
Fidalgo à Ilha Whidbey, oferecendo uma vista vertiginosa sobre uma das passagens
de água mais movimentadas do Puget Sound. Sob a ponte, as correntes de maré criam
redemoinhos e corredeiras, que tornaram esta passagem famosa e temida, entre os navegadores.
As águas contrastam com as florestas de abetos que descem até a margem, enquanto emergem ilhotas
rochosas, como dorsos de baleias adormecidas. O parque estadual que circunda a ponte, oferece
trilhas que conduzem a pontos panorâmicos ainda mais espetaculares, demonstrando
que às vezes o destino mais belo é exatamente a viagem para chegar lá.
Além de ser um símbolo de engenharia, esta ponte é um belvedere sobre a geografia
mais complexa e fascinante da América. Lago Chelan Cinquenta quilômetros de água cristalina,
encravados entre montanhas que se elevam até dois mil e quinhentos metros.
O Lago Chelan se estende como uma lâmina azul no coração das Cascatas do Norte, e sua forma
alongada que é dada pelas geleiras da era glacial, que escavaram uma depressão profunda de
mais de quatrocentos e cinquenta metros. Esta profundidade excepcional mantém as águas
frescas mesmo durante os verões mais quentes, criando um microclima perfeito para a
viticultura, ao longo das margens meridionais. As águas do Chelan mudam de cor durante
o dia, passando do azul profundo da manhã ao turquesa brilhante da tarde, quando o
sol penetra nas camadas mais superficiais. É um lago que convida à contemplação, com suas
dimensões majestosas e a moldura montanhosa que o circunda, oferecendo cenários diferentes
a cada curva de suas margens sinuosas. Lago Washington Com trinta e quatro quilômetros
de comprimento e cinco de largura, este lago urbano transforma Seattle numa
cidade lacustre que não tem igual na América. O Lago Washington separa Seattle
de Bellevue, mas também os une, através de duas pontes flutuantes
que são milagres de engenharia. Suas águas abrigam equipes universitárias
que treinam ao amanhecer, enquanto as margens oferecem praias arenosas, onde as famílias se
reúnem durante os verões tépidos do Noroeste. Mas é a integração urbana
que torna este lago especial. Bairros elegantes se debruçam diretamente sobre a
água, parques públicos garantem o acesso a todos, e uma ciclovia corre ao longo
de grande parte do perímetro. Há também a Ilha Mercer, que flutua
no centro como um oásis residencial. Este lago demonstra que progresso urbano
e beleza natural não são incompatíveis, mas bastam apenas visão e respeito
pelo ambiente que nos circunda. Lago Crescent
Doze quilômetros de água, tão transparente que as trutas parecem nadar suspensas no vazio.
Este lago, profundo de cento e oitenta metros, custodia segredos que
remontam à última era glacial. Suas águas gélidas, de fato, preservaram
por décadas troncos de árvores caídos, criando uma floresta
submersa, visível das margens. O Monte Storm King, além disso, se
reflete perfeitamente nas águas calmas, enquanto o Lodge do lago mantém
vivo o fascínio dos anos trinta. Mas o que torna este lugar mágico é o silêncio.
Nada de motores. Apenas caiaques, que deslizam na água, entre respingos de
água e farfalhar do vento. Cachoeiras Snoqualmie Oitenta e dois metros de queda livre
que transformam o Rio Snoqualmie num espetáculo natural acessível a todos. O rio, de fato, nasce das neves do Passo
Snoqualmie, atravessando florestas de abetos e cedros, antes de concentrar toda
sua força nesta dramática cachoeira. As cachoeiras se lançam numa piscina
cercada por paredes rochosas, onde crescem samambaias gigantes e musgos, que
transformam cada superfície num jardim vertical. Para a tribo Snoqualmie, este lugar é sagrado. É o lugar onde os espíritos dos ancestrais
vivem na névoa, que sobe das águas. O Salish Lodge, encarapitado sobre as cachoeiras, transforma cada café da manhã num
espetáculo, enquanto a trilha para a base atravessa uma floresta onde os cedros
seculares criam verdadeiras catedrais naturais. Lago Roosevelt Atrás da Represa Grand Coulee se estende o lago
artificial mais longo do estado de Washington. Duzentos e quarenta quilômetros de água, que transformaram o Rio
Columbia num corredor navegável. Sendo de natureza artificial, este lago
conta uma história tipicamente americana, ou seja, a capacidade de redesenhar
a geografia, para criar progresso. Suas margens rochosas emergem de águas que mudam
de nível segundo as necessidades da represa, criando paisagens lunares pontilhadas
por baías escondidas, e que abrigam uma fauna ictíca surpreendentemente rica.
As casas flutuantes se movem preguiçosas ao longo do rio, enquanto os pescadores perseguem
salmões e trutas entre os cânions, que contam milhões de anos de história geológica.
Esta é certamente a demonstração de que o homem pode mudar a paisagem, criando
novas formas de beleza, que funcionam. Lago Alder O que acontece quando se represa
um rio que desce do Monte Rainier? Simples, nasce o Lago Alder!
Uma bacia que transforma a energia da montanha em eletricidade, para meio milhão de casas.
Mas este lago tem uma personalidade dupla, ou seja, engenharia hidráulica
e paraíso para pescadores. Durante o verão, além disso,
quando o nível das águas baixa, emergem do lago gigantescos troncos fossilizados
que criam uma paisagem surreal, transformando a bacia num museu natural onde a história
antiga do vale ressurge das profundidades. Suas águas, refletem a silhueta perfeita
do Monte Rainier quando o ar está límpido, atraindo fotógrafos da região, enquanto a represa
de mil novecentos e quarenta e cinco demonstra como o homem pode colaborar com
a natureza, em vez de combatê-la. Rio Yakima Trezentos e quarenta quilômetros de água, que
atravessam o coração agrícola de Washington, transformando desertos em jardins.
O Rio Yakima nasce das Montanhas Cascade e flui através do Vale Yakima, irrigando
vinhedos que produzem vinhos premiados, e pomares que abastecem metade do continente.
Mas nas partes altas flui impetuoso, oferecendo corredeiras que fazem a alegria dos rafteiros,
enquanto mais abaixo diminui a velocidade, criando meandros que atraem garças azuis e castores.
Há também os salmões Chinook, que ainda sobem este rio apesar das represas, demonstrando
uma tenacidade incrivelmente forte. Cada primavera, o derretimento das neves
transforma o Yakima numa torrente de energia pura, enquanto no inverno suas
águas se acalmam, permitindo ao rio recarregar os lençóis freáticos subterrâneos
que alimentarão as colheitas do ano seguinte. Este é sem dúvida o rio que tornou
possível a civilização no deserto. Rio Skykomish
Nasce das geleiras das Cascatas do Norte, e corre para o Puget Sound, com a fúria de
uma torrente que não aceita compromissos. O “Sky”, como o chamam os locais,
é lenda entre os pescadores. De fato suas águas frias atraem salmões
reais, prateados, e trutas, numa das migrações mais espetaculares do Noroeste.
Obviamente não esperem um rio tranquilo. Suas corredeiras de classe três e quatro
põem à prova os rafteiros mais experientes, enquanto a Highway dois, que é a estrada
panorâmica que segue o curso do rio, oferece vislumbres incríveis sobre os cânions.
Os lodges ao longo de suas margens oferecem um refúgio perfeito após um dia de pesca intensa.
Muitos são construídos em estilo rústico com madeira local, e ostentam guias experientes
que conhecem cada poça e cada corrente do rio. A atmosfera, além disso, é
aquela autêntica do Noroeste. Lareiras acesas, relatos de pescarias lendárias, e a promessa de acordar com o som
da água, que corre veloz para o mar. La Conner
Uma cidadezinha de conto de fadas ao longo do Canal Swinomish, onde as casas vitorianas
conservam o fascínio pioneiro de quando este, era um porto importante para o comércio de madeira.
Hoje, as velhas casas abrigam lojas e restaurantes, que servem os frutos
do mar mais frescos da região. Martha’s Beach oferece um refúgio tranquilo
ao longo do canal, e é uma pequena praia arenosa de cerca de quatrocentos metros
que uma moradora local doou à cidade. Nas proximidades, Isolated Rock emerge
solitária das planícies lamacentas, e é uma formação rochosa natural, que durante
a maré baixa se torna visível e acessível. Mas a verdadeira joia são as wetland circundantes.
Um ecossistema pantanoso que abriga garças, patos, martins-pescadores e
inumeráveis espécies migratórias. As trilhas através dos pântanos permitem
mergulhar neste mundo aquático, onde o silêncio é quebrado apenas pelo farfalhar
dos juncos, e pelos chamados dos pássaros. Port Townsend
Parem, e respirem. Port Townsend é a porta de acesso a
um paraíso natural que se estende bem além dos limites da cidade, onde a península
Olympic revela seus tesouros mais selvagens. No porto, veleiros de época e iates
modernos balançam suavemente, enquanto a cidadezinha vitoriana se ergue na colina,
com suas casas cor pastel que olham a baía. Kala Point emerge como um promontório espetacular,
que se projeta no Estreito de Juan de Fuca, oferecendo panoramas selvagens sobre
as águas e sobre as Ilhas San Juan. As trilhas que serpenteiam através das florestas conduzem a penhascos ricos em
águias-carecas, focas e orcas. A costa se fragmenta em baías escondidas e
praias de seixos, enquanto as florestas tropicais temperadas que circundam a zona, abrigam veados de
cauda negra, guaxinins e o ocasional urso negro. Aqui, a natureza do Pacífico noroeste mostra
toda sua potência primitiva e intocada. Leavenworth Como se transforma uma cidadezinha
moribunda, num destino de sucesso? Leavenworth encontrou a resposta,
justamente na arquitetura bávara. Nos anos sessenta, de fato, quando a indústria da
madeira estava em crise, os habitantes decidiram reinventar completamente sua cidade, transformando
cada edifício numa réplica da arquitetura alemã. No inverno, a neve transforma
a cidade numa vila natalina, enquanto no verão ciclovias e trilhas
oferecem aventuras para todos. Hoje, parece literalmente saída de um conto
de fadas dos Grimm, com casas em enxaimel, cervejarias que servem autênticas cervejas
lager, e festivais da Oktoberfest sob as montanhas de Washington.
Mas não é apenas folclore, aliás, a posição torna Leavenworth perfeita para
explorar a Reserva Natural dos Lagos Alpinos, onde há lagos ao lado de picos que
superam os dois mil e quinhentos metros. Dry Falls
Cinquenta mil anos atrás, aqui corria a cachoeira mais
poderosa que o mundo já tinha visto. As Dry Falls são o que resta
de um cataclismo geológico. De fato, quando as represas de gelo do Lago
Missoula cederam, liberaram volumes de água inimagináveis, que escavaram cânions e criaram
esta parede rochosa, alta de cento e vinte metros e larga de mais de cinco quilômetros.
Hoje, o silêncio reina, onde uma vez rugiam cachoeiras dez vezes mais
poderosas que as do Niágara. O Centro de Visitantes conta esta história
através de modelos que ajudam a imaginar a força das inundações, enquanto do ponto
panorâmico o olhar abraça a Grand Coulee, e os lagos que pontilham o deserto.
Esta, é a demonstração de que a paisagem que vemos hoje, é apenas o último fotograma
de uma história iniciada há milhões de anos. Scablands Bem-vindos à paisagem mais alienígena
dos Estados Unidos continentais. As “Channeled Scablands” são uma extensão
de rocha basáltica nua, que se estende por milhares de quilômetros quadrados no Washington
oriental, onde o solo foi literalmente arrancado, deixando exposta a pedra vulcânica subjacente.
São atravessadas por centenas de cânions secos, ou com poças temporárias, chamados “coulées”,
e são gargantas profundas de centenas de metros mas sem rios, como se alguém tivesse
desenhado cicatrizes gigantes na terra. Esta paisagem impossível foi criada há cerca de
dezoito mil anos, quando o Lago Glacial Missoula, se esvaziou catastroficamente
após o colapso da represa de gelo. As mega-inundações que se seguiram corriam com uma força dez vezes superior a todos os rios do
mundo juntos, escavando cânions instantâneos, transportando rochas grandes como edifícios, e
criando cachoeiras secas largas de quilômetros. Ponte Baring Uma ponte de concreto ao longo da Highway
dois poderia parecer insignificante, mas a Ponte Baring se tornou um dos símbolos
mais fotografados das Cascatas do Norte. A velha ponte em arco dos anos
trinta, emoldura perfeitamente as montanhas que se elevam do vale, criando
uma paisagem que atrai diversos fotógrafos. Mas o que torna especial
este lugar é sua história. Baring era uma cidadezinha nascida ao redor
da ferrovia que conectava Seattle às minas das montanhas, e esta ponte representava
a ligação vital com o mundo exterior. Hoje porém a cidadezinha desapareceu, mas a
ponte permanece testemunha de uma época em que a América se construía metro por metro, também e
sobretudo através de montanhas intransponíveis. As águas do rio correm velozes abaixo, enquanto os
salmões continuam sua migração rumo às geleiras. Este, portanto, é Washington!
Um caleidoscópio de maravilhas naturais e culturais, que desafiam a imaginação.
E se quiserem explorar outros lugares fantásticos na América e no mundo, escolham de nossa
playlist que encontram aqui à direita.