ZEMA: O FUTURO DA DIREITA? – Flow News #002
0Salve salve família, bem-vindos a mais um Flow News. Cara, eu sou o Igor e hoje eu vou conversar com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Obrigado por vir aí, Romeu. Quer dizer, Zema, todo mundo chama de Zema agora, né? Era Romeu, depois de eleito, alguns já me chamavam de Zema. Mas muito bom estar aqui de novo com você depois de tr 4 anos. É, já faz um tempo já. né? Exato. Eh, e hoje a gente vai falar sobre, bom, um monte de, tem um monte de coisa para falar sobre o próprio governo de Minas Gerais e tem coisa pra gente falar sobre o ano que vem também, que tu eh lançou nas redes sociais lá, que lançará a tua pré-candidatura oficialmente no dia 16 agora, 16 de agosto. Exatamente. Então, tem, tenho certeza que tu tem bastante para falar sobre Brasil de uma forma geral, né? Muito. Pois espero que sim. O que não falta no Brasil é problema. Concorda, né? Amém. E láem, e lá em Minas nós já consertamos muita coisa. Tem muito que consertar, mas temos consertado. Tá bom. Então vamos falar sobre isso. Vamos falar sobre coisas que tem em Minas também, que eu sei que tem um tem umas paradas escondida ali que vocês vão ver. É, antes de terminar, eu tenho de te dar a cesta mineira aqui, tá? E vai ser um prazer porque da outra vez, meu irmão, foi incrível. E ó, antes da gente continuar aqui, deixa eu falar para vocês do parceiro de hoje, que é o Nescafé Pro Energy, que é isso daqui. E hoje em dia ele serve para mim como um préudo. Então, se eu vou treinar, eu tomo o Nescafé Pro Energy, se eu vou fazer um episódio aqui, eh, também. Então, ele ele é tem ele é não é só um café gelado que você eh tá acostumado a ver por aí. Na verdade, ele tem aqui, ó, 15 g de proteína, 3 g de TCM, 100 mg de cafeína. Então, serve para você ficar eh para você ficar ativo, mais ativo durante o seu dia aí, além de ser gostoso para caramba, tá? Esse que eu tô tomando aqui é o chocotino, mas tem também o cappuccino clássico, cappuccino com canela. E, cara, se você não conhece ainda, da próxima vez que tu for no mercado, da próxima vez que tu for fazer suas compras aí, considera pegar um desses aqui que além de ser muito gostoso, ele ainda te ajuda a se manter mais ativo, a se manter mais ligado no seu dia, tá? Então, experimenta aí o Pro Energy do da Nescafé, que eu tenho certeza que você vai gostar. E bom, é gostoso para caramba aí além de tudo. Tá bom? Então, tem um Qcode aqui para você saber mais. Tem o link na descrição aí também. Vai lá conhecer que tu não vai se arrepender não, com certeza. Tá bom? Eh, se quiser mandar uma mensagem pra gente aqui, ficar faltando falar de alguma coisa e você e quiser participar de alguma forma, você pode mandar aí uma mensagem pra gente pelo Live Pix. Tem o QR Code, tem o link na descrição também. O Genzão vai escolher ali os cinco melhores que tem a ver com com o tema do que a gente vai conversar aqui hoje pra gente ouvir aqui no final, tá bom? Então fica à vontade, entra lá e manda a tua pergunta ou a tua a tua sei lá, quer falar alguma coisa, fica à vontade, tá bom? É isso, Zéma. Como a gente tava falando aqui, eh a gente tem um cenário político, ah, nesse momento bastante complexo para começar, né? a gente tem um momento que eh tem o principal o o o líder da direita, que é o Bolsonaro, ele é ele tá num momento político complicado, ele tá para provavelmente ser preso ou ou tá inelegível e tudo mais. Eh, e a gente tem do outro lado também o Lula, que apesar de já ter falado que ele quer disputar a reeleição, eh, tem um monte de desafio também, como por exemplo, a própria popularidade dele, eh coisas que têm acontecido no governo que pegam mal de uma forma geral com com a população. Então é um cenário complicado para ele também, especialmente porque não há um não tem um um sucessor, no caso do do Lula ali, nunca teve ali um uma ideia de imaginar ou tive teve uma ideia tímida do Hadad, mas porque o Lula não tava podendo disputar em 18, mas eh não tem um um sucessor claro. Acho que não tem nem interesse de ter um sucessor claro, mas dá para dizer isso também do lado eh da direita, tá? eh o Bolsonaro e a família Bolsonaro não parecem eh estar dispostos a ceder um o parte do eleitorado deles, que que a minha sensação é que eles querem manter dentro da própria família isso daí. Eh, então para começar, cara, como é que como é que tem como é que é para você lançar uma candidatura eh para presidente da República agora, uma pré-candidatura agora no dia 16 de agosto num cenário que ele é de certa forma incerto? Porque ah, eu suponho que para uma candidatura, tanto de um lado quanto do outro, para ter mais força, precisa de uma de mais convergência, eu diria, para não dizer unanimidade, eh, que é complicado. Mas me fala qual que é o teu sentimento, porque a gente tem e da na direita, a gente tem algumas pessoas eh que tão que gost que disputariam isso daí. Você, por exemplo, dá para citar os dois principais, você e o Tarcío, mas dá para falar do Ratinho Júnior, dá para falar do do Leite, toda essa galera mais no campo da direita, né? E como é que tu enxerga o o a tua candidatura no meio desse desse cenário instável politicamente? Perfeito, Igor. Eu quero trocar uma ideia aqui com você. Vamos ver se você concorda com que tá acontecendo e deve ser o provável cenário. Realmente por parte da esquerda, eu falo que até nisso a esquerda costuma pecar, né, em formar novos talentos. Só tem um que é o presidente, que pelo jeito nem terá sucessor. No dia que ele não estiver aí mais, eu acho que vai ter uma fragmentação, uma disputa interna que vai enfraquecer a a esquerda ainda mais. Agora, a nossa direita, eh, que vale lembrar, ela foi resgatada, quase que fundada pelo Bolsonaro, que tem todo esse mérito, ela tem caminhado bem no sentido de ter várias opções. Uma empresa que forma muitos talentos é uma empresa melhor do que uma que só forma um. Você concorda? Ela vai ter condição de prosperar mais. E hoje a visão nossa, governadores da direita, que você citou aí vários, é que muito provavelmente em 2026 nós teremos alguns candidatos pela direita disputando o primeiro turno. Uhum. E esses candidatos vão trazer muito mais votos pra direita do que se a direita tivesse só um. Em conjunto, se tiver três, por exemplo, eles vão trazer mais votos paraa direita do que se tivesse um só. Se o Ratinho, que é governador do Paraná, for candidato, com certeza ele traz mais votos pra direita no Paraná do que se eu ou Tarcísio fosse, entendeu? Então essa lógica vai existir e todos nós estaremos juntos no segundo turno, apoiando aquele que for pro segundo turno e com uma chance muito maior de transferir os votos que vieram no primeiro turno. Então, tudo sinaliza nessa eh nesse cenário que deve se concretizar. Eu tô sendo o primeiro a lançar a pré-candidatura, até porque eu sou de um partido menor, mas um partido que eu falo que é o mais coerente do Brasil. Hum. O partido novo tem valores, tem princípios. Se for pra gente levar pedrada, nós vamos levar. Mas esses valores e princípios são mantidos. quer combater corrupção, quer combater privilégio, que transparência das contas públicas, que é gente competente, ficha limpa. Muitas dessas coisas alguns partidos não gostam. falou ficha limpa na política, você leva pedrada do povo quer, mas o político não quer, porque a política atrai muito bandido, infelizmente. Então, o Partido Novo combate isso frequentemente, é o é o partido que mais combate. Então, eu tô eh, vamos dizer, sendo o primeiro a lançar e o partido também quer eleger mais deputados federais o ano que vem e ter um candidato a presidente é fundamental para que isso ocorra. Então, nós estamos começando nosso trabalho e hoje, ô Igor, diferente eh de quando eu tive aqui a primeira vez, existia um projeto de governo do partido novo, um projeto de governo Zema, hoje nós já temos entregas. É só ir lá em Minas Gerais e ver que nós tiramos o Titanic do fundo do mar lá. Uhum. Porque o PT afundou Minas Gerais. O tu a prioridade do teu governo lá era era financeira? Era financeira. Colocamos as contas em dia. Falar que o estado tem condição de fazer grandes investimentos não tem, tá apertado. Mas é aquela família que voltou a viver pagando as contas em dia. Dá para reformar a a parede que tá feia, você tá entendendo? Não dá talvez para fazer uma casa nova, boa ainda, mas dá para fazer já bastante coisa. E quem tá lá em Minas sabe, nós já reformamos 2300 escolas. Eu vou entregar ainda cinco grandes hospitais regionais de 200, 400 leitos. Estamos recuperando as estradas. Então tudo isso aconteceu com o estado que até 4 5 anos atrás não tinha dinheiro para pagar a folha de pagamento. Durante 3 anos eu paguei a folha parcelada ainda. Então o estado melhorou. Mas o cenário é esse. Eu não sei se você concorda que ter mais gente na direita fortalece a direita e mostra que a direita forma talentos também. Entendi. É bom a visão interessante. Eh, mas uma coisa que me chama atenção é o novo eh tem esses valores que você falou, mas ele ele ele acabou se tornando um um partido bastante identificado com o vou chamar de bolsonarismo, né? Eh, isso não é perder um pouco da identidade também. Esse vínculo eu acho que existiu porque o novo praticamente surgiu junto com a eleição do Bolsonaro. É um partido de direita e houve sim alguma identificação com o Bolsonaro. Mas assim, eh, vamos pegar a minha eleição e reeleição, Igor. Tanto numa como na outra, eh, eu não caminhei junto com o Bolsonaro. estava num partido, eu em outro. Inclusive, na minha reeleição em 2022, o Bolsonaro apoiou um outro candidato a governador lá em Minas e eu apoiei um outro candidato a presidente, mas no segundo turno nós caminhamos juntos. Mas existe por parte, eu acho que do grande público essa conexão. Sim, entendi. Eh, e a gente tava falando também sobre eh a maneira de como se dará a eleição do ano que vem. Então, a gente tem o nesse cenário, você como governador reeleito de Minas Gerais, eh, seria um caminho natural mesmo tentar uma a eleição a presidente, porque não dá para tu tentar a reeleição de novo. É, mas existem, por exemplo, tem o Tarcísio que ele poderia tentar uma reeleição aqui em São Paulo e ele é bem avaliado aqui também, então há bastante chance de se de se reeleger. É, nesse sentido, putz, eu não queria que você falasse por ele, mas falando por você, se fosse, no teu caso, você fosse, essa fosse tua primeira, tu ia, tu tentaria nesse momento, com com o que você tem, tu tentaria uma, nesse momento político, eh, tu tentaria uma reeleição no teu estado ou tu tentaria mesmo uma presidência da República? É muito difícil para mim falar por ele, né? É uma decisão dele, né? Mas eu optei há há 3 anos atrás pela minha reeleição lá. Eh, eu fui muito feleito no primeiro turno, né? Fui eleito no primeiro turno. É. Agora é muito ruim para mim. difícil opinar por ele, ele vai ter de ver com o partido. E e vale lembrar também, ô Igor, que mesmo que o Tarcísio tenha uma opção, no final acaba sendo uma decisão do partido. Aham. Em 2018, eu larguei na minha pré-campanha junto com o Rodrigo Pacheco, que era candidato ao governo de Minas. Chegou em determinado ponto da pré-campanha, o partido dele falou: “Agora você é candidato a senador”. Eu larguei junto com o ex-prefeito de Belo Horizonte, que era muito bem avaliado, Márcio Lacerda. Chegamos a ter eh reuniões dos candidatos lá no início. Em determinado momento o partido dele falou: “Você não vai ser candidato mais porque nós fizemos uma aliança em outro estado e aqui em Minas agora nós vamos apoiar o outro candidato aqui”. Então, as coisas não dependem só de mim, só do Tarcísio, só de outro governador. Tem essas questões de partido que estão lá nos bastidores que ninguém sabe muito bem o que tá rolando lá, entendeu? Entendi. Entendi. Tá. Eh, e, e a gente tem, eh, se a gente for pensar no nesse teu segundo mandato, eh, primeiro que tu chega na política já se tornando governador de Minas, não é isso? nunca tinha disputado. Eu tinha aversão a política. Eu era presidente de uma empresa que eu que durante mais de 30 anos, uma empresa que vale lembrar, eu peguei ela pequenininha e multipliquei o tamanho dela por mais de 100. Quando eu comecei eram quatro lojas, quando eu saí eram 470 cidades com presença da empresa. Fiquei 30 anos rodando, mais de 2 milhões de km. Eu conheço Minas Gerais, eu falo só os motoristas ganham de mim, o caminhoneiro, porque eu rodeio aquele estado de cabo a rabo, entendeu? Todas as regiões. Mas aí eu prejudi. Que que você pergunta? a gente tava falando sobre eh o o o esse momento. Eu eu na verdade eu nem cheguei a perguntar que era eh você chega na política já se tornando governador e agora eh deve ter um monte de coisa que você aprendeu que talvez não desse para fazer do jeitinho que você imaginava que dava antes de se tornar governador, não é? Então, eh, nesse sentido, o que que, quais são os principais aprendizados que você teve como governador que, que te mostram que você tá preparado, por exemplo, para, para, para concorrer à presidência? É, você tinha me perguntado se eu gostava de política. O que eu ia falar também, nunca gostei. Eu proibia a empresa que eu presidia de receber candidato a político. Eu falava: “Plblema político é dos políticos. Eu tô aqui dentro”. Mas o que me fez mudar de ideia foi a crise de 2015 16, a recessão. Aham. Você já tava aqui no Não, a gente tá, eu já tava na internet. Sim, tava na internet, mas foi uma época que teve eh muito desemprego e eu tive de demitir, reduzir o quadro naqueles dois anos, ô Igor, mais de 2.500 pessoas foram os piores anos da minha vida. E naqueles dois anos, 2015, 16, só o Brasil é que engatou macharé. O mundo inteiro tava crescendo. Argentina crescia, Europa, Ásia, todo mundo crescendo. E o PT fez o Brasil engatar macharé com impeachment da Dilma, com mala de dinheiro, com lava- Jato. Você lembra muito bem disso aí. E aquilo ali foi mais ou menos a a gota d’água que começou a fazer com que a ficha caísse para mim. Eu comecei a ver que não adianta você estudar muito, não adianta você ser um bom profissional, você fazer uma empresa crescer, ser eficiente, se você tá num país que tá fundando, o que que vale uma empresa, alguma coisa na Venezuela? Nada. Concorda? Ali é que eu comecei a ver, falei: “Gente, eu eu sempre fiquei tão voltado só paraa empresa, empresa, empresa, empresa, crescer, crescer, crescer, agora eu tô vendo o Brasil afundar, que que adiantou?” tudo. E aí a ficha começou a cair e coincidiu que em 2017 eu já tinha pedido para sair da empresa, fiz a minha sucessão lá, empresa profissionalizada, com balanço auditado, mais de 5.000 funcionários e falei: “Eu quero ver essa empresa funcionar sem a minha presença.” A a área que eu mais gosto na minha vida é gestão, é montar time e ver o time ganhar de goleada. Você tá entendendo? Eu sou meio que técnico para poder montar o time. E a empresa continuou funcionando lá. Tá lá até hoje no interior de Minas. Pouca gente conhece, porque a especialidade da empresa é loja em cidades de 10, 20.000 habitantes e não em shopping center, em grandes metrópolis. Nós não temos uma loja em shopping, nem em grandes metrópoles, só interiores de Minas e estados vizinhos. e a empresa funcionando lá e eh e eu saí e aí veio o convite do Partido Novo. Olha que coincidência, eu acabei de sair da empresa, seis meses depois o partido me convida. E aí é o partido que é o que eu sempre sonhei em termos de política no Brasil, que combate a corrupção, que quer combater privilégio, que quer transparência em tudo. Nós não queremos esconder nada. Minas era o 22º estado em termos de transparência das contas públicas. Hoje é o primeiro do Brasil, de acordo com o rank aí da Controladoria Geral da União. Um partido que quer gente ética, ficha limpa na política e não ficha suja como tem muitos aí. E eu falei, gente, isso aqui é o que eu sempre sonhei. Sei que a minha chance é muito pequena, mas eu tô vendo que o Brasil tá indo pro buraco com tudo que tá acontecendo aí, que foi logo depois de Lava-Jato, etc. Eu falei: “Pelo menos eu vou contribuir com esse partido, que essa causa aqui é nobre e merece”. E fui candidato. E a minha candidatura em 2018 eram tubarões no Aquário e eu como lambari, tá entendendo? Era desse jeito. Eu só tava competindo com gente experiente de partidos grandes que já tinham disputado diversas eleições. Eu num partido pequeno e desconhecido, mas trabalho dá resultado. Peguei meu carro, rodei 70.000 1000 km em 2018 fui em mais de 200 cidades e o nome que era desconhecido foi ficando conhecido. Os outros iam só de avião, uma cidade grande ou outra só. Aquele negócio de política. Eu quero é ficar aqui no gabinete com ar condicionado, né? Que é muito característico que as pessoas sabem. E eu sempre fui gestor chão de fábrica. E acho que o Brasil, voltando à sua pergunta, precisa disso. Você entendeu? Eu não sou político de carteirinha, não sou político profissional, eu me considero mais empreendedor do que político, porque na minha vida toda eu sou político há 6 anos e 7 meses e fui empreendedor desde criança. Comecei ajudando o meu pai desde os 5 anos de idade. Assim que eu aprendi a contar, meu pai já me colocou para contar parafuso, porca arruela, que ele vendia lá, entendeu? Ele tinha uma uma loja de ferragem, tinha uma loja de autopeças. É, minha a empresa nossa sempre atuou nesse ramo aí. Então eu ficava lá contando que era simples para poder agilizar o atendimento a cliente desde sempre. A mão ficava toda suja de óleo e de gracha lá. É. E ser e ser um gestor eh se reflete em como eh gerir um estado de maneira eficiente. Por quê? Eh, a gente sabe que é isso daí é uma posição política no fim das contas, né? E o e ela supõe-se que precisa de um monte de eh acordo ou concessões para que a coisa funcione de forma suave, né? Tem a ver com montar um bom time, tem a ver com tudo isso, mas no fim eh não é todo mundo que tá ali fazendo o trabalho junto com o governador que tá que inclusive tá de acordo com com o que o governador eh gostaria de fazer. Eu tô falando dos deputados, tô falando disso aí. Eh, como é que qual foi a principal diferença? Vai, porque lá na empresa que você que você era o gestor era tu que mandava, tu que mandava. Mandava. É, gente ruim não ficava. Mas aí tu chega no chega para ser governador, tem uma outra dinâmica ali que não necessariamente é ser eh um e apenas um gestor, precisa de uma habilidade política no fim das contas, não é? E como é que foi para você essa essa transição de Na verdade eu queria saber o que que você entendeu que precisava, que era diferente do que tu acreditava quando tu chegou, porque você disse, não era, não gostava de política, comecei a a me envolver com isso e aí fui, acabei eleito. Eh, alguma coisa ali te assustou? Com certeza. É, tem as suas diferenças no setor privado, como aqui no seu negócio, no seu podcast, aqui você muda as coisas porque você falou: “Aquilo ali tá no lugar errado, essa pessoa aqui não tá desempenhando bem e no setor público tudo é muito engessado e lento. Uma pessoa que passou num concurso público que tem estabilidade, você até pode demiti-la. Uhum. Mas você precisa ter uma quantidade de provas gigantesca, entendeu? Para caracterizar um processo disciplinar até chegar nisso vai levar anos, talvez. Então, eh, aí tem uma diferença grande. Na minha empresa, se eu queria reformar, comprar um imóvel, a gente decidia lá numa reunião de meia hora, entendeu? No estado, se você quer fazer alguma coisa, tudo tem que passar por um trâmite. Mas o pior do estado é a tal da licitação. Hã, essa mata vidas, tira vidas. O Igor, se uma máquina num hospital público, uma máquina de ressonância magnética que faz diagnóstico, estragar, às vezes você vai ficar sem atender as pessoas 90, 180 dias, porque você tem seguir a lei para mandar consertá-la. Num hospital privado você conserta em 3 horas. Aham. No público às vezes você vai levar 6 meses e nas estatais a mesma coisa. Por isso que um negócio, uma estatal é ineficiente. Você entende? Se a nossa SEMIG, que é a Companhia Energética de Minas Gerais tem de fazer uma obra, ela tem de publicar uma licitação, tem de aguardar diversas empresas que se interessar a apresentar proposta e se a primeira ganhar, às vezes a segunda ainda entra na justiça alegando que a primeira não preenche um requisito e aquilo vai ficar sendo discutido um ano. Daqui um ano você não começou a obra ainda. Então, o que mais atrapalha o setor público é isso. As estradas em Minas Gerais que nós estamos recuperando, pontes que nós estamos construindo, tudo atrasa porque toda hora tem questionamento judicial. Agora você quer reformar sua casa, o seu negócio aqui, você contrata quem você quiser. Lá eu não posso contratar, eu tenho de publicar edital e às vezes quem ganha é uma empresa picareta. Tá entendendo? Essa picareta ganha, começa a obra, começa a pedir reajuste falando que tem desequilíbrio financeiro e aí você tem de parar tudo, você não vai dar e ter fazer um novo edital. Isso acontece com frequência. Então o estado precisa aperfeiçoar alguns mecanismos, alguns procedimentos, porque tem hora que essa burocracia impede que as coisas aconteçam. Agora, se eu for contratar aquela empresa que é confiável, que eu conheço, eles vão falar que eu tô direcionando para ela. Então você fica nesse, esse é o pesadelo do gestor público, entendeu? O que que tu sugere que seja diferente? Porque assim, para mim parece que, bom, a ideia da licitação tem a ver justamente com uma proteção de como acontecem essas contratações mesmo, porque se for um cara que ele não tem um um a ética como um valor principal, ele poderia contratar o irmão dele ou o sei lá, o cunhado para fazer uma obra. Exato. Então, a licitação ela tem ela tem esse o objetivo de manter a coisa mais eh honesta, né? Exato. Que faz sentido. Na hora que você vai comprar um livro, você olha onde tá mais barato, não é? O livro você sabe exatamente o que é. Aham. Agora, na hora que você vai comprar um café, a gente tem uma brincadeira lá. fala que o café que órgão que você toma em órgão público é o pior possível, porque você tem que comprar o mais barato. Às vezes o mais barato tem mais casca e e pedaço de madeira do que café propriamente. Você tá entendendo? Porque você é obrigado a comprar o mais barato. Então, eh, precisa encontrar uma saída para obras grandes. Nós já começamos a fazer lá algo diferente em Minas. é exigir da construtora que ela coloque no preço a contratação de um seguro para que a obra seja entrega naquela data. Se a construtora desistir, a seguradora tende a assumir, tá entendendo? Então você começa a criar eh uma uma questão de confiabilidade e de credibilidade. A seguradora só vai querer fazer o seguro de quem ela sabe que tem condição de cumprir. Aham. Começa a ficar de fora o picareta. Tá entendendo? Não sei se você entendeu a lógica aí. Então isso no Brasil ainda é novidade. Poucas obras são contratadas assim, mas no meu entender tinha de ser para tudo. E no caso, vamos dizer de eh equipamentos de hospital, o certo é o governo dá o dinheiro para uma OS administrar o hospital, porque a OS é a organização social sem fins lucrativos, que pode ser uma fundação. Eh, o Albert Einstein aqui em São Paulo, entendeu? é uma fundação lá, ele tem condição de comprar daqui a 5 minutos. Ele não precisa fazer licitação, mas ele recebe dinheiro do SUS para fazer os procedimentos. Então esse é o ideal. na hora que o hospital é público, aí é que a coisa complica. Entendi. Eh, e a gente também tava falando que eh o teu o teu foco lá no estado de Minas era cuidar do do ponto de vista financeiro, de como as coisas estavam acontecendo. É, o, e aí existem existem vários outros aspectos que, que que precisam ser que precisam tomar, que a gente precisa tomar cuidado quando a gente tá gerindo, eh, um estado, por exemplo, ah, sei lá, segurança pública, como é que como é que tu como é que tá o trabalho? Como é que tá a segurança pública lá em Minas? Eu sou um governador abençoado, hã, porque a nossa Polícia Militar é a mais antiga do Brasil. Nós acabamos de completar agora 250 anos. Ela começou a existir no ciclo do ouro. Era a coroa portuguesa ainda que colocou lá um policiamento para evitar desvio de ouro. É, não pode aparecer outro Tiradente, né? É, exatamente. E teve o Alferes Tiradente, né, que foi é o márstir lá, o patrono da nossa Polícia Militar. E a nossa Polícia Militar sempre teve eh um patamar de governança bem acima da média Brasil. Uhum. E com o nosso governo isso foi intensificado. Não há, eu posso dizer hoje, interferência política na Polícia Militar e até na Polícia Civil que sempre foi vítima de interferência política. No meu governo também nós definitivamente não permitimos. Questão de interferência, sim. Eh, é um político chegar lá e falar: “Isse aqui tem que ser promovido e não o outro”. Aham. Tem que promover por por mérito. Você concorda? Tem a pontuação interna lá, tem os critérios. Eu acho que o político tinha que ficar fazendo o papel dele e essas instituições funcionarem de maneira autônoma e dependente, né? Elas têm maturidade para isso. Mas parece que aqui no Brasil a maioria dos políticos gosta de entrar em tudo, sabe? Porque eu acho que assim, aí depois ele chega para aquilo que ele ajudou a promover e falou: “Agora você tem que ser meu cabo eleitoral”. Você eu acho que deve ser isso o raciocínio dele, sabe? Agora você tem de arrumar voto para mim. Você tá entendendo? Como se ele ficasse distribuindo favores para todo mundo e todo mundo depois tivesse de fazer isso. Aham. Mas a nossa polícia hoje ela tem acesso, ô Igor, a 100% do território mineiro. Não tem um beco em Minas Gerais que o crime organizado controla. Você concorda que isso é um privilégio? Parece um privilégio, porque tem outros estados, outras regiões do país que você não consegue entrar. A nossa polícia entra em todos os lugares. 2016, governo PT, nós tivemos em Minas Gerais, quem quiser consultar, tá lá na internet, 263 explosões de agências e caixas de banco, 263 em 2016. Sabe quantos nós tivemos o ano passado? Um. Uma ocorrência. Aham. E sabe por quê? Porque agora tem algumas diferenças. Primeiro, 2021, não sei se você lembra do que aconteceu em Varginha. O que que aconteceu em Varginha? Em 2021, o crime organizado alugou uma fazenda, tava lá com um arsenal de guerra, 28 pessoas criminosos, prontos para fazer essa ação do novo cangaço, que é atacar uma cidade pequena, 10.000, 20.000 1000 habitantes, eles chegam lá, incendeiam um ônibus, um caminhão na porta do quartel e começam a explodir as agências bancárias, os caixas, usam escudo humano, pega um sujeito, eh, um refém, coloca dentro do carro ou no capô pra polícia não atirar e fazem de tudo na cidade, geralmente madrugada. E em 2021 a nossa inteligência detectou que havia uma movimentação suspeita nessa fazenda e foi lá e foi recebida a tiros. Resultado da operação, 28 mortos do lado dos criminosos e nenhum da polícia. E aí nós demos o recado, vim para Minas Gerais não é um bom negócio não. Ir de lá para cá, então bandido, você no combate dialogando, não. Você é recebido a tiros e acho que você tem de devolver com a mesma moeda, entendeu? Então nós temos deixado isso muito claro. Outro ponto também que inclusive ajudou lá em Varginha, antes as aeronave do governador de Minas ficava só pro governador e pros amigos do governador usar. Desde que eu assumi, todas as aeronaves ou foram vendidas ou ficaram também paraas forças de segurança e paraa saúde usar. Hoje se tiver uma ocorrência em Uberaba, que tá distante de Belo Horizonte, 5 horas, 6 horas de carro, em meia hora o jato tá lá em Uberaba levando o nosso pelotão de elite, entendeu? O nosso BOPE lá para poder combater esses criminosos. Então isso também deu uma agilidade muito grande. Eu, como governador, me senti na obrigação de colocar as aeronaves a serviço do serviço, os transplantes em Minas. Antes perdia órgão porque não tinha aeronave para transportar. No meu governo, eu tenho certeza que isso não aconteceu, porque o avião, o helicóptero tá lá à disposição. Antes ficava só para um grupinho usar. Isso aqui é nosso. Eu falo que é a privatização do estado, entendeu? Então são uma série de medidas que faz com que Minas Gerais seja hoje um dos estados mais seguros do Brasil. Hoje a sensação de segurança em Minas é muito maior. Nós temos centenas de cidades em Minas que entra ano, sai anos sem ter um homicídio. Eh, tá. Isso é isso. Mas isso faz é uma das coisas que você tava falando no lá no começo da nossa conversa lá que já muita coisa melhorou em Minas, eh, muita coisa mudou. Eh, mas ainda tem bastante coisa para mudar, né? O que que você diria que é que que seria a prioridade pro próximo governador prestar atenção? Porque já que tu não pode ser mais governador lá, pelo menos no próximo mandato, né? Tem muita coisa. Eh, uma delas que nós estamos resolvendo, ô Igor, que dia a dia é que o estado fica mais seguro no que diz respeito à questão ambiental. Nós temos lá em Minas hoje dezenas de barragens sendo desmontadas desde a tragédia de Brumadinho. Uhum. Eram 54, nós já desmontamos 17 e as outras estão em processo de eles, o termo técnico é descomissionamento, entendeu? Tirando o material. Então, a cada dia que passa, o estado fica mais seguro no que diz respeito a uma nova ocorrência, como foi a tragédia de Brumadinho e de Mariana. Então esse é um avanço. Eu disse naquela ocasião que eu queria ter sido o último governador a ter enfrentado uma tragédia como aquela que foi em janeiro de 2019, no meu primeiro mês de governo. Aham. Esse é um ponto. Então, vou entregar um estado bem melhor nesse ponto. O meu sucessor também, diferente de mim, eu herdei um cemitério gigantesco de obras inacabadas, abandonadas, depredadas. Muitas vezes eu vou entregar pro meu sucessor um canteiro de obras em andamento com dinheiro depositado para ele concluir. Olha que diferença. Eu recebi obras no meio do caminho sem dinheiro para concluir e vou entregar o contrário, uma grande quantidade e tudo com dinheiro reservado. Vou entregar pro meu sucessor um estado com as contas em dia. Hoje qualquer um que constrói, que fornece para Minas Gerais, pro governo, que fornece medicamento, sabe que venceu o dia 10, ele recebe pontualmente. Antes ele recebia 2 anos depois, eu nem recebia, entendeu? Tanto é que ninguém vendia mais para Minas Gerais quando eu assumi o estado. As estradas já melhoraram muito, mas ainda temos de melhorar. Eu queria muito. Eu brinco com o Tarciso, quando eu encontro com ele, eu falo: “Tarciso, meu sonho é ter as estradas de Minas como as de São Paulo, sabe? Ele ri, ele acha bom, ele fala: “Você nunca vai alcançar que eu só tô melhorando antes de São Paulo, sabe?” Bom, esse é o essa é a expertise dele, né? É, mas nós estamos avançando lá também. Então você sempre tem na saúde. Eu ainda vou entregar cinco grandes hospitais regionais que vai melhorar. são todos no interior, melhorar muito a saúde no interior e vai aliviar a de Belo Horizonte, porque hoje muita coisa do interior vai para Belo Horizonte. Aham. E e eu falo, Igor, que o meu governo plantou muito café. Café não, plantou muito milho e soja, porque milho e soja secolhe rapidinho, né? Se colhe em meses, né? Mas plantou muito mais eucalipto e Mogno. Muitos projetos nossos, os meus sucessores é que vão inaugurar. Tá entendendo? O rodoel metropolitano. São Paulo já tem um rodo anel. O de Belo Horizonte, o da região metropolitana, começa a execução agora nos próximos meses. A linha dois do metrô já começou. Talvez eu inaugure duas estações ou três, mas os meus sucessores é que vão inaugurar. E como eu te falei, tudo com o dinheiro reservado paraa execução, o que é o mais importante, porque uma coisa que político gosta muito é de fazer uma festança para lançar obra e depois não tem dinheiro para dar continuidade. Geralmente isso acontece em ano de eleição, entendeu, né? E no meu governo o que eu mais presei foi o seguinte: nós só vamos iniciar uma obra na hora que o dinheiro tiver reservado. Tanto é que não tivemos obra paralisada lá. Tivemos sim quando a construtora abandonou, igual te falei, né, agora a pouco. Então o estado tá avançando, tem muito o que fazer ainda. As finanças de Minas Gerais ainda são frágeis. Eu falo que é igual aquela família que vive com tudo em dia, mas apertado. Uhum. Se nasceu uma criança, talvez não tem dinheiro para construir um cômodo novo. Vai ter de ajustar ali. É a situação de Minas. Aí não falta comida, mas não dá às vezes para fazer algo mais ousado ainda. Mas a recuperação financeira ela é lenta. Eu falo quando você vai limpar, organizar, você consegue fazer tudo rapidinho. Você faz um mutirão. Agora quando você vai pagar a dívida, você tem que parcelar e ficar 10 anos pagando. Você concorda? Sei como é que demora. Quem quem tá aqui conosco e já ficou endividado sabe que leva tempo. Agora você quer arrumar, organizar seu quarto, sua casa, sua empresa, você faz rapidinho. Agora para pagar a dívida leva tempo. E Minas tá nesse processo, mas o bom é que a dívida tá caindo ano a ano. Isso é que é importante. E você mencionou algumas coisas aí que que como milho e soja. Eh Minas talvez seja um dos dos estados mais afetados pelo pelo tarifá do Trump, não é? foi um dos mais afetados. Sim. Pois é. Eh, como é que tu vê isso que tá acontecendo, essa relação Estados Unidos, Brasil numa numa em algumas ações do Trump que elas são eh, especialmente essa do tarifá que ela ela serve para atrapalhar a maneira como a gente funciona aqui. Como é que tu enxerga isso? Especialmente sendo governador de um dos estados mais afetados pelo tarifá. É, eu fiquei muito preocupado, contrariado com o tarifaço. Agora nós temos pôr algumas coisas aqui na mesa. Hum. um cliente bom seu, um patrocinador bom seu, você vai ficar criticando ele, você vai ficar agredindo ele gratuitamente, você vai ficar questionando ele. O que o presidente Lula fez com os Estados Unidos, com o dólar, foi isso. E nós temos de lembrar o seguinte: os Estados Unidos é o segundo maior cliente dos produtos brasileiros. Primeiro a China, depois os Estados Unidos. E o Brasil, Igor, ele tem um histórico de se dar bem com todos os países do mundo, até esse governo Lula, que começou a agredir gratuitamente, principalmente os Estados Unidos. O anterior encheu o saco da China também. Eh, é, eu acho que você tem de eh ver os interesses comerciais eh de uma maneira isenta, entendeu? Eu sou comerciante, eu tenho que tratar bem todo o cliente que entra na minha loja, não é? Se ele é corintiano ou se ele é palmeirense. Você tá entendendo? E tu é galo ou raposa? Não pode falar se vai dar merda. Deixa quieto. É, deixa quieto. Aí é, eu afastei de futebol porque eu sofri muito quando criança e e e não acompanho mais, sabe? Não sei se é muito bom tu falar também, não. Agora, né? Sei lá, atrapalha. Tá certo? É, então quem vende e e eu fui comerciante a vida toda, empresário, eh, você tem de ter um relacionamento comercial isento. E aqui eles começaram a misturar a política. E o Lula com os bricks mais ainda, ele foi se aliar a países declaradamente anti-americanos, Cuba, Venezuela, Irã e outros mais aí se aliando a ditadores. Então, parece que ele deu motivo pro Trump. Agora o Trump errou também e um erro não justifica o outro. Se o Trump queria retaliar quem estava contra os interesses dos Estados Unidos, deveria ter retaliado as pessoas e não a nação. A nação, nós somos mais de 200 milhões. Tem gente que pode perder o emprego, pode quebrar, fechar a empresa por causa dessa retaliação que o Lula provocou. Uhum. Mas um erro não justifica o outro. E é que eu aí vamos então trocar uma ideia aqui, ó. Acabou assim, não é que nem eu te falei antes, não é uma entrevista, a gente vai trocar uma ideia aqui. Cara, o o Lula realmente ele ele falou algumas coisas que tinha a ver com usar outra moeda que não o dólar, né? Eh, tem de fato se relaciona, na verdade é esse bloco que tem uma galera tem agora tem, sei lá, país para caramba, né? Tem bem mais do que só o Brix. Exato. Tem um alfabeto inteiro já. Você concorda, né? tem alfabeto inteira. Eh, mas eh o Brix, ele ele tem uma ele tem uma um perfil de fazer com que a gente tenha uma uma comércio exterior um pouco mais diversificado. Eh, não sei. E aí eu eu acho que eu concordo contigo no ponto de que o Trump se passou quando ele colocou essas tarifas no no Brasil, mas eu não tenho tanta certeza assim se o Lula é realmente o principal causador disso tudo. Eh, eu acho que o Trump e a política que ele emprega para negociar é uma política meio de de quase que de guerra no fim das contas. Eh, o Trump é aquele sujeito o seguinte, se o seu carro vale 200.000, ele chega aqui e fala: “Ô, Igor, eu te ofereço R.000 para poder barganhar”. Ele é mais ou menos essa linha. Mais ou menos isso. Ele falando que que queria fazer uma riviera lá em Gaza, por exemplo, porque a sensação que anexar o Canadá, anexar o Canadá, isso são, né? Então, a a impressão que eu tenho é que ele joga muito alto pra gente ir negociando e ele ainda assim na negociação ficar em vantagem. No caso do tarifaço, eh, ele recuou em vários pontos, mas ainda assim existe essa essa essa tarifa, esse que é uma um movimento muito esquisito, porque ele tá eh impondo ao próprio povo, inclusive eh uma dificuldade de acesso a os nossos produtos, porque quem que vai pagar essa conta no fim das contas é sempre o povo, não é? As exceções do tarifaço que ele abriu foi exatamente que ele viu que o preço ia subir muito lá pro consumidor e acabou voltando atrás. Ele não é bobo também não. E mas e vai lembrar, não concordo com o que ele fez. Você tá entendendo? É uma posição meia autoritária, né? Mas ele aproveitou a deixa do nosso presidente aqui. Então, tu acha que que a culpa número um da gente tá sofrendo eh com com esse tarifaço é do Lula e da maneira como ele se põe eh no sei lá, no mundo? Certamente, se o Lula não tivesse feito isso, a chance do tarifaço acontecer teria sido reduzida em muito. E mesmo se tivesse acontecido, ele poderia ir lá e falar: “Ó, eu tô aqui, quero saber o que que é necessário para nós continuarmos te atendendo aqui, como sempre aconteceu.” Aham. Por uma retalção, ele deu motivo pro Trump ter justificativa para se ele procurar o Trump hoje, o Trump vai falar: “Ó, eu fiz o tarifaço porque você tá questionando o dólar como moeda de uso internacional. Você tem criticado sistematicamente os Estados Unidos? Você tem se aliado a países que só criticam, que mandam terroristas pros Estados Unidos, que provocam ações nesse sentido. Então ele deu motivo de graça, porque se o que que o Brasil ganhou com isso? E nós temos de lembrar também, ô Igor, que o Briaks é uma colxa de retalho para não dizer um Frankstein. Que que tu quer dizer com isso? pega o Globo e olha onde estão os países dos brickos. Vamos, vamos esquecer os novos entrantes, vamos pegar os originais. Só o Brasil na América lá nas Américas, concorda? Depois tem a maioria lá na Ásia, não tem nenhuma afinidade geográfica igual o Mercosul, igual a comunidade europeia, que são blocos econômicos. blocos econômicos faz muito sentido quando você tá próximo. Aí você constrói ferrovia, rodovia, hidrovia, tá, tá fácil nafta na América do Norte, a mesma coisa. Então não faz nenhum sentido geográfico. O Brasil, esse governo que tá aí, ele se fala que é o maior defensor da democracia no mundo. Quantos países são democráticos lá no Brick? Bom, eu sei que tem um monte que não é, um monte que não é. Então é mais fácil falar os que não são do que são. Se ele fala que é tão democrata, Lula e turma, vamos nos aproximar das grandes democracias. Concorda, não é? E outra questão, nós nos aliamos e eu não tenho nenhuma restrição a outras culturas, não, mas o que ocorre em blocos econômicos, em associações, é você se aliar a quem tem uma semelhança histórica e cultural com você. Nós somos um país ocidental, um país cristão, um país que veio, né, que tem origem na civilização greco-romana, não é isso? Nós estamos aliando com outros países que não tm nenhuma afinidade com essa origem nossa. Aliás, somos o único lá dos bricks. Se pegar só os iniciais, que tem um início greco-romano. Os outros são eh outras histórias que nós nem estudamos aqui. Não sei se você conhece a fundo a história da China. Eu não conheço. É, tem muita coisa para estudar da história da China. É, você concorda agora a história da África do Sul, por exemplo, lá um pouco a gente conhece porque foi colonização inglesa que tá na Europa. África do Sul seria uma exceção. Aí agora nós conhecemos muita história dos países do ocidente, não é? Sabemos aqui que os países da América Latina a libertação foi pelo Simon Bolívar, não é isso? Então, a gente sabe como foi as coisas aqui. Então, acho que tudo isso pesa na balança. O Brick é algo que foi feito, no meu entender, para questionar os Estados Unidos e a Europa, para fazer um contrapeso. Aham. Agora, nós temos que ser contra os países do Brix de forma alguma. Nós só não deveríamos ter entrado. Temos de manter bom relacionamento com os mesmos, mas não precisamos ficar fazendo esse movimento que dá a entender que é um bloco anti-americano, antieuropa. E o o eles, mas assim, a China que tá lá no Brick lá é um é o nosso principal parceiro comercial, certo? Sim. Eh, e o e os bricks de uma forma geral também representam uma boa parte do de da nossa das nossas exportações, né? Então, por exemplo, Minas exporta bastante também para pra China. Exportamos. É o principal cliente de Minas. Nós temos que manter uma um excelente contato com a China. Temos de manter Mas só que fazendo em dólar as negociações. Nós precisamos mudar o metro, o quilo. Você acha que precisa mudar o metro e o quilo? Então, não é para que complicar o mundo já o dólar foi aceito porque era a moeda mais disponível, a que tinha mais credibilidade. Não foi ninguém que impôs, ó, tende de eh aceitar dólar. antes do dólar foi a libra esterlina que foi aceita porque a Inglaterra lá no século XIX tinha predomínio do comércio e hoje o metro é aceito porque é um sistema que foi adotado pela maioria dos países. Agora amanhã alguém é presidente e fala: “Ó, nós vamos mudar o metro aqui no Brasil não vai ser metro mais. Nós vamos usar aqui é uma medida tal, é o tamanho do pé do presidente. Só vai complicar a vida das pessoas. Você concorda? o que tá e deixa de olhar os problemas reais. Você sabe qual que é um dos maiores problemas e vergonhas do Brasil, Igor? Nós somos o campeão há décadas no número de homicídios no mundo. Não tem nenhuma guerra no mundo que mata mais do que a guerra que existe aqui no Brasil de facções criminosas. Então, parece que é para desviar dos problemas reais. fica questionando o dólar que não tem impacto na vida de ninguém aqui. É, é simplesmente uma convenção internacional que foi usada por facilidade. Então é ficar criando, né, o que a esquerda gosta muito do inimigo externo, achando um bode expiatório. Se você for na Venezuela, tudo de ruim que acontece lá é culpa dos Estados Unidos. Então, parece que eles estão querendo fazer o mesmo aqui. Entendi. Eh, bom, há controvérsias de como o dólar foi adotado no mundo, mas eh de fato é é tem sido assim há muito tempo. E mas eu fico pensando se, cara, não é só mais simples, já que a gente vai negociar com a China, não é só mais simples, porque assim, imagina se eu vou comprar alguma coisa da China, eu eu compro em dólar, chega aqui eu transformo e aí transformo em outra coisa, não sei o quê. Eh, e eu não tô defendendo não, tá? É que o que o que o eu também acho que dá pro dá pro Lula fazer as negociações sem ficar falando muita coisa por aí que ele falam tipo esse lance do o dólar que não sei o quê. também concordo. Mas eh não sei se esse é uma se é um problema muito grande no sentido de pô, se a gente usasse outra moeda. É porque a gente eu entendo que o se o dólar deixa de ser, inclusive o próprio Trump falou isso, se o dólar deixa de ser a moeda do mundo, é como se fosse perder uma guerra, né? Um problema muito sério para eles lá pela maneira como funciona a economia americana. Então, eh, de fato, eles vão retaliar se a gente, se qualquer um entrar numa de não fazer negócios em dólar no mundo. Eh, e é e é preciso cuidado nesse nesse momento de fato, porque senão a gente se coloca numa numa posição de de antagonista sem necessidade, né? Eh, e teve uma outra uma outra interferência que que tá rolando dos Estados Unidos aqui, eh, tem a ver com o Alexandre de Morar com STF de uma forma geral, né? Eh, o que que tu achou quando tu viu a imposição da lei Magnitsk e a remoção dos vistos dos de algumas pessoas aqui do Brasil? Para mim parece uma uma uma não sei uma ameaça, mas um uma afronta a soberania brasileira. Como é que tu enxerga isso daí? Porque o resultado disso, vamos lá, se a gente parar para pensar qual, tô ameaçando que eh eu vou punir o o Xandão, por exemplo, com uma lei magnitisk para que porque ele tá, na minha opinião, sendo antidemocrático, ele tá atrapalhando, tá prendendo o Bolsonaro, não sei o quê. No do jeito que eu enxergo, não existe um cenário em que o STF brasileiro vai arregar de certa forma. Por que que eles Porque ao arregar acabou, concorda? Ao não tem não tem ele. A única coisa que pode acontecer daqui para frente é escalar. Não tem vou punir o o Supremo Tribunal de um país sendo um país externo e esperar que eles cedam. Não cederão em nenhum lugar do mundo, né? E o que é muito interessante para mim é que tem uma eh eu queria te ouvir, mas eh eu já conversei com algumas outras pessoas que que defendem esse tipo de coisa. Mas o que me chama atenção é que, vamos lá, se tu é um bolsonarista que tava falando até outro dia de Deus, pátria e família, eh, tão atacando a nossa pátria no fim das contas, porque tem a ver com soberania nacional, não é? Mas o que que você pensa sobre isso? É, eu quero deixar claro aqui, Igor, o seguinte. O Brasil como nação, os mais de 210 milhões de brasileiros estão acima de qualquer pessoa, tá? Você concorda? Idealmente, sim. Ninguém pode estar acima. Pode ser presidente, ex-presidente, governador, mãe, pai, a nação em primeiro lugar. Agora você prejudicar uma nação toda por causa de alguém, não tá certo, né? Então eu eu sou dessa linha de pensamento, então eu discordo de ter alguém que possa ser privilegiado em detrimento da nação. Boa. Agora, a lei Magnitisk até hoje ela já foi adotada acho que dezenas de vezes e as pessoas para quem ela foi adotada é tipo Nicolas Maduro. Uhum. Os juízes da Venezuela. Eu não sei se eh alguém que tá aqui nos acompanhando concorda com o que ocorre na Venezuela, que é um é um país que parece que eh as eleições não são respeitadas, que quem é oposição é preso, é detido, sofre retaliações, as pessoas estão vivendo uma vida deplorável e só quem tá ali na casta política é que vive bem e que não tem nenhum direito democrático. E me parece que aqui no Brasil nós não estamos no estágio da Venezuela, mas essa corrosão dos valores democráticos, ela ocorre de forma muito sutil, de forma quase que imperceptível. Ele não é o bicho papão, que chega aquec em você, não, que de uma vez, sabe? Ele é tipo um berne que tá dentro de você e vai te comendo devagarzinho, você nem tá percebendo. Na hora que você vê, ele já reproduziu e você tá num estágio quase que irreversível. Então, o que eu tenho grande temor aqui no Brasil é de que isso esteja acontecendo. Alguém que assenta na sua poltrona, invadiu aqui o seu imóvel indevidamente, depredou, assentou aqui na sua poltrona 17 anos de prisão, é algo meio excessivo. Precisa ser punido, 1 ano, 2 anos de prisão, depredor. patrimônio público invadiu indevidamente. Tudo bem. Agora tão falando que isso é golpe de estado. Me parece que é o único golpe de estado do mundo que não teve um tiro, que não teve derramamento de sangue, que não teve forças armadas, que só teve uma população meia que enlouquecida ali, meia que eh uma multidão igual uma manada meia descontrolada, que foi o que aconteceu lá no meu entender aquele dia. A moça do Batom a Débora, não é isso? 14 anos de prisão. Então, tá claramente tendo um excesso. Agora, se nós demos anistia para quem sequestrou no regime militar, matou, fez barbaridades e não pode dar anistia para essas pessoas, então, eh, me parece assim que tá tendo um peso e duas medidas. E o pessoal da Lava-Jato que tem prova material, que teve uma mala de dinheiro que foi apreendido, o dinheiro levado pro banco, o sujeito tá solto aí, R8 milhões deais de dinheiro público, né? Então eu fico analisando e percebo que há parece assim, se você é meu opositor, a lei com todo rigor ou até mais rigor. Agora, se você do meu lado, faço vista grossa. Mas mas então tá estamos dizendo que basicamente o o o e o STF na figura do Alexandre de Moraes tá servindo a a o a esquerda de certa forma. Eu não vou dizer exatamente a esquerda, mas eu vou dizer que a quem está no poder, tá? Porque tem muita gente que serve a quem está no poder, nesse momento é esquerda, mas me parece que claramente tem uma combinação aí, né? Exatamente. Tá servindo sim. E lembrando, a nossa justiça, Igor, ela tem perdido credibilidade. É a justiça no mundo que mais condena e descondena. Você concorda? Você já pensou se jogo de futebol fosse anulado depois de concluir? Acredito. É, você já pensou a o Corinthians ganhou de 1 a 0 do Palmeiras. Aí depois aí depois não, não foi não. Parece o parece o Brasileirão de 87. Isso daí, pô. Tá entendendo, né? E para mim deu a sentença, tá dado, né? Tinha prova material, tudo aí vem descondendo a todo mundo e agora com esses excessos. Então eu acho que a lei magní tem sido aplicada corretamente a quem tem representado ameaça a democracia. E lembrando, do meu ponto de vista, ela não é intervenção no Brasil, não, porque tá, ela tá afetando questões dos Estados Unidos, só que os Estados Unidos fornecem aqui o o software que tá transmitindo essa e eh e essa não é o o sistema de pagamento de cartão de crédito, né? Dá uma dificultada na vida. Ex dá uma dificultada. a pessoa não vai morrer nada, mas vai passar por uns momentos eh difíceis. Mas você não acha, e assim de coração aberto, você não acha que essa aplicação dessa lei eh você falou que não acha que é uma interferência na na soberania, mas é não é uma coação, cara. Tipo, por que que por que que aplica-se essa lei para tentar coagir o Supremo, não é? Sim. Então, então é interferência. Na verdade tá aplicando a pessoa física. Você concorda? Não é, mas é, mas é, não é qualquer pessoa física. é o Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal que tá teoricamente e tem nesse caso tem a ver com a com os atos de 8 de janeiro, tem a ver com a com a com a tornzeleira eletrônica do Bolsonaro, tem a ver com isso, tem a ver com processos internos que, e eu não tô defendendo, eu também acho que o Alexandre de Moraes comete vários excessos, tá? Também acho que que [ __ ] 14 anos para para para Débora é demais. Com certeza. Eu eu como você acho que a gente tem que algo precisa acontecer, mas estamos respondendo com muita força de fato, tá? Concordo contigo nesse sentido aí e que e que há excesso mesmo. Mas o meu ponto é que eh putz, tem um poder, tem um um grande um talvez o principal player internacional que é dos Estados Unidos. tentando dizer pra gente aqui como a gente deveria est operando no nosso judiciário. Quem devia est fazendo isso não era a gente. A gente meio que não perdeu a chance lá na Lavatoga. Sim, eu acho que principalmente o nosso Senado perdeu essa chance. Você entendeu? Nós precisamos ter contrapesos aqui entre os poderes. E nós estamos vendo o judiciário, Igor, assumir um protagonismo como nunca aconteceu na história do Brasil. E acho que nenhum outro país. Lá nos Estados Unidos, eu acho que nenhum membro da Corte Suprema lá dá entrevista, aparece em jornal. O judiciário foi constituído para pegar um processo, analisar o processo até sem saber quem tá envolvido e aplicar a lei. Aqui no Brasil nós estamos vendo um judiciário que tá fazendo muito mais política, que tá querendo muito mais protagonismo do que os próprios parlamentares que foram eleitos para isso. questão do IOF a cerca de 30 dias, o Congresso praticamente derrubou o veto do presidente Lula com unanimidade. Uhum. E um juiz em decisão monocrática vai lá e reveste aquilo que 300, 400 parlamentares votaram, né? Então não precisamos de Congresso, de Câmara Federal, ser vamos fechar. E o Supremo define tudo, então, né? O que dá a entender é isso. Então, eh, tem, nós temos de lembrar o seguinte, está havendo excessos e os Estados Unidos tá aproveitando todo esse contexto. Eu acho que o Trump de bobo não tem nada. esse grande jogador que você falou, não que eu apoie o que ele está fazendo. Agora nós temos de lembrar o seguinte, se falar para ele, ô Trump, você tá interferindo no Brasil, vai falar, mas o Brasil foi interferir lá no Peru. O presidente Lula não mandou um avião lá para tirar de lá alguém que é corrupto, que foi condenado na justiça. Parece que até esse tipo de ação que o presidente faz aqui também dá a entender que isso é permitido. Mas a gente, bom, no cenário internacional não tem ninguém bonzinho, tá todo mundo cuidando da do próprio quintal, tentando fazer o melhor para si mesmo. Então, eh, concordo, cara. A gente não tinha que ter ido no Peru buscar ninguém, mas isso não quer dizer que eu, ah, então, já que a gente foi lá no Peru, pode interferir aqui. Não, o Brasil é soberano. Concordo, não é? é soberano. Agora, se nós temos um sistema que, vamos dizer, virou o canibal, pessoal lá começou a comer as criancinhas, eu acho que o Brasil tem todo o direito de falar: “Eu não vou fornecer mais produtos e serviços aqui para para esse país aqui que o pessoal tá tá sendo comido.” Uhum. Você concorda? Nós não estamos afetando a soberania. E o que os Estados Unidos têm feito de certa maneira é algo que tá, vamos dizer, na jurisdição dele. Ele não mandou gente para cá, ele não veio aqui retirar nada. O que ele fez é algo que afeta aqui, mas que tá na soberania dele. Se o Brasil quiser falar: “Eu não vou fornecer mais alimento aqui para esse país, porque aqui tão comendo criancinhas, o Brasil não está afetando a soberania daquele país. Agora aquele país pode sofrer as consequências. Então, nós temos de ver um pouco por esse lado. Já que os Estados Unidos tia, ele acaba afetando muito mais do que um outro parceiro. Total. Eh, a gente falou rapidamente sobre o o lance da anistia, eh, e aí você disse que, cara, nunca vi um golpe de estado que não tem derramamento de sangue, que não tem arma, que não tem não sei o quê. E parecia muito mais uma galera eh que tava meio que uma turba, que foi lá depredar ou fazer qualquer coisa do que um golpe. Mas e aí, então vou te provocar, cara. A gente viu antes do do que aconteceu no dia 8 de janeiro de 2023, antes disso, a gente viu uma mobilização forte da galera em frente aos aos quartéis, né? Eh, e não era segredo, na verdade, tava em tudo quanto era lugar na mídia, era fácil de de perceber isso daí. Sim, cara. Então esse sentimento ele tava crescendo, ele tava se tornando, tava ali fermentando e se tornando alguma coisa, né, que culmina no 8 de janeiro. Não faltou um um sei lá, o líder falar assim: “Família, olha só, não faz isso não, cara. Não entra nessa, vai geral para casa que não sei o quê”. Por quê? Eh, existe um inclusive um um uma investigação da Polícia Federal que mostra que que o Bolsonaro estaria envolvido numa minuta do golpe ou qualquer coisa assim. eh, o que agrava toda essa situação. Então, eh, por mais que você tá dizendo, “Pô, nunca vi golpe assim”. E de fato, sim, também nunca vi golpe assim, mas isso não quer dizer que não era uma que não havia ali a intenção de dar um golpe. Concordo contigo que eh escrever com batom na na estátua é diferente de pegar um fuzil e dar tiro no na segurança lá e que, portanto, não sei se merecia ficar de fato lá 14 anos preso. Acho que tem se passaram aí, foram demais. Mas eh é fácil de dizer que aquilo ali foi uma tentativa de golpe, não é? Concordo. Agora nós temos de interpretar a lei, ô Igor, no na seguinte questão. Hã, eh, até onde intenção é ação? Aí é que tá, acho que a grande dúvida, a grande questão. Vamos dizer, hum, que você queira ser um benfeitor? Uhum. Aí você fala: “Ó, Romeu, tem essa instituição aqui lá em Minas, eu gosto muito dela. Eu vou te dar aqui um cheque de R$ 100.000 para você dar lá pra instituição. Você preenche o cheque aqui, fala: “Eu quero que você leve esse cheque aqui e que você dá. Eu quero muito ajudar essa instituição.” Aí na hora que eu tô indo embora, você fala: “Ó, Romeu, mudei de ideia, não vou dar mais não”. Aí você liga, ao vivo que é. Aí você liga para mim amanhã e fala: “Ô, Romeu, você fala para uma instituição aí para fazer uma estátua para mim de benfeitor, porque eu tive a intenção de dar o cheque”. Uhum. O que que você acha disso? Uma loucura, né? Maluquice. Agora, se você quer fazer o mal e não faz o mal, você merece ser condenado. A estátua você não merece. O mal você merece, hein? Calma aí, hein. Hein? Mas assim, eh eh um a intenção, eu aí eu não sei porque não sou aí que tá a questão de intenção e ação. Você tá entendendo? Tem tem muita coisa nossa que eu acho que fica só na intenção. Tem hora que alguém deve te fazer raiva. Se você não fosse alguém civilizado, eu penso que o seu instinto te moveria a dar um soco, a dar um tapa, a dar um empurrão. Às vezes até dar um tiro se você tivesse armado pela raiva que você sentiu. Mas você se contém, que você sabe que aquilo ali pode te trazer seríssimas consequências. Concorda? o nosso instinto civilizatório. Então, alguém ter planejado algo e e acho que todos planejam a todo momento com com o cônjuge, com o namorado, com a namorada, com o filho, com o pai, tem hora que as pessoas enchem a paciência da gente. Vamos ser claros aqui, não é? você, mas em nome da boa convivência, em nome da civilidade, você se mantém tolerante. E falando nisso, hã, eh, você deve conhecer, eu gosto muito é dos históicos que ensina muito essa tolerância aí. Você concorda, né? Marco Aurélio, Cênca, Epíteto, tô sempre escutando os podcasts deles, porque sobre eles, né, deles já morreram tem 2000 anos. É. sobre eles. Exato. É, você eu eu não me coloquei bem. Verdade. É, tá, mas veja, eh, e eu tô te provocando mesmo. Eh, o Bolsonaro ao longo do, eu sei que tu não é o Bolsonaro, nem faz parte da família e tudo mais, mas ao longo de de 2022, eh, tinha todo um papo ali que tinha a ver com urna eletrônica, ó, urna eletrônica isso, urna eletrônica aquilo, ó, vou chamar o exército para auditar. tinha uma um sentimento de, pelo menos do lado bolsonarista, de pô, não sei não, hein? Urna eletrônica. Ele ele meio que alimentou isso. Eh, no final do ano, para não passar a a faixa por Lula, ele ele foi pros Estados Unidos, ficou lá. E a gente tem logo no começo do do ano já alimentado por toda aquela galera na pela aquela movimentação de estar de frente, na frente dos quartéis lá pedindo intervenção, não sei quê. eles vão e tentam fazer alguma coisa. Eh, então, cara, eu diria que existe algum certo tipo, existe um certo tipo de de responsabilidade no ponto que dava para ter pedido pra galera ir embora para casa ou não acender essa essa ou não é nem não acender, porque eu acho que a gente deveria ter a possibilidade de de debater e falar sobre e discutir qualquer assunto, inclusive urna eletrônica, né? Uhum. Eh, mas a intenção no fim, pô, chamar embaixadores para embaixadores, diplomatas para falar de urna eletrônica, não sei o quê, tudo tem uma uma o efeito de inflamar a população, a a os eleitores, para tentarem fazer alguma coisa no caso de um revés, que inclusive é o mesmo é o sistema que o elegeu muitas vezes e o elegeu presidente também. Então, eh, não tô dizendo que é impossível que haja fraude, mas, eh, ele tava eleito, presidente. Eh, eu eu te dou toda a razão nisso aí. Não tem árbitro que erra num jogo e marca ou deixa de marcar um pênalti e e e aquilo é determinante pro jogo e o jogo acabou tendo aquele resultado mesmo que injusto. Aham. E eu acho que tem hora que a gente tem de se resignar, se conformar. Não existe a regra perfeita, o sistema 100% seguro. Você tem conta em banca, eu tenho. Tá sujeito a ter fraude uma hora, não é? Eu acho que até as nossas urnas são confiáveis e poderiam ficar mais ainda se tivesse o comprovante impresso como opção para quem quisesse, entendeu? Acho que poderia ter um avanço aí, mas não questiono a lisura do sistema, não. Mas eu vejo assim, eu sou muito de olhar pra frente, tá? e não de ficar olhando pro passado. Quem olha pelo retrovisor não vai fazer uma viagem boa. Você tem de olhar pelo para-brisa. Eh, eu acho que assim, o juiz apitou mal, o meu time foi prejudicado. Eu quer eu na minha visão, o jogo acabou. Paciência. Hoje eu fui injustiçado, mas eu quero é que o meu time treine mais, fique melhor ainda para vencer na próxima. E parece que tem gente que às vezes fica remoendo o passado e e isso talvez tenha acontecido e talvez é o que o Lula está fazendo. O Lula hoje é um presidente que tá só eh parece que retaliando, preocupado com isso, não tem um plano de futuro também, entende? Eh, e nós precisamos eh como seres humanos, eliminar esses ressentimentos. A coisa que eu mais prezo é isso. Se alguém me xingou, me atacou, não sei o que, eu falo: “Amanhã eu não quero lembrar mais disso, senão vou ficar carregando pro resto da vida”. Eu já conheci pessoas próximas de mim que ficam carregando, ô Igor, esse peso, isso faz mal, é para quem carrega. É como se alguém te mandasse uma pedra, você colocasse na sua mochila, fala: “Eu não vou esquecer essa pedra nunca mais. Pensa bem o peso que essa mochila vai tomar”. E a coisa que mais acontece comigo lá em Minas é eu ser agredido verbalmente, xingado, ridicularizado. Já fizeram não sei quantos enterros meu, já colocaram fogo no meu boneco lá com meu nome, já me deram apelido de tudo quant coisa? Qual faz? Menciona um apelido aí. Ah, tem te perguntar lá. Eu não quero nem saber, eu nem acompanho uma coisa depois de governador que eu aprendi é não escute noticiário, não leia jornal, senão você vai ter raiva, porque sempre vai ter gente te questionando. Na hora que eu tomo uma decisão lá que agrada 5.000, tem cinco que ficaram eh inimigos meu. Você tá entendendo? Mas em 2025, em fevereiro desse ano, tu tinha 62% de aprovação, cara. Então tu tem uma galera boa que gosta de você, né? Tem, não, tem uma galera boa. Tem. É. E nós temos feito um governo sem corrupção, tem pequenininha e punida na hora, entendeu? Numa empresa tem. Aonde eu trabalhava tinha gente que fazia coisa errada e lá no governo tem. mais grande uma organização, como acontece em governo PT, que coloca lá a gente para poder e direcionar licitação, etc. Isso não acontece de forma alguma. É um governo transparente. Antes de eu ser governador, você ia saber os voos do governador de Minas depois de 5 anos. Ah, isso aí ter acesso. Por que ele usou o avião, quem foi com ele? No mês seguinte, hoje você tem acesso. Se você quiser saber os voos que eu fiz, tá no portal da transparência o mês passado, aonde eu fui, quem foi comigo e quais compromissos eu tive. Entendido? E só uso o avião do governo para trabalho, nunca para qualquer coisa particular. Eu moro a 400 km de Belo Horizonte, 5 horas de carro. A maioria das vezes que eu fui de carro, não de avião. E o avião tá lá a uso do governador. Não sei se você sabe, não moro no palácio do governador também. Eu continuo levando a a mesma vida de interior de Minas. Não, quem me conhece sabe que eu não mudei nada. O que eu visto, o que eu alimento, aluguei uma casa em Belo Horizonte que eu pago com o meu salário e não moro no palácio. Sabe quantas empregadas tinham o palácio lá? Hã? 32 empregadas, garçons, metre governanta. 32. Era lagosta, era vinho estrangeiro, era só banquete todo dia. Quero ser governador de Minas. É. E eu assumi um estado quebrado, mas quem governava antes do tudo pelo social do PT vivia desses desse jeito. 32 empregadas, refeição, eh, palácio de Versalhes, o padrão, entendeu? Eu tenho uma empregada que eu pago com o meu salário, o meu armazém eu faço. Toda semana dou lá meu cartão de crédito, o pessoal vai lá e compra. Antes eu comprava, mas como eu ia no supermercado com cinco, seis acompanhantes da segurança, com o tempo eles foram aprendendo, é mais fácil um só e hoje. Você concorda? Então, para efeito simplicidade, eu dou a listinha e eles já já quem vai já sabe muito bem. Então eu sou uma pessoa que eu considero, Igor, que quem tá governando tem que ser servidor público. E nós temos uma ideia no Brasil de quem ganha uma eleição, muitas vezes é para viver igual um monarca, um imperador. O ex-governador de Minas, do estado quebrado ia e voltava pro trabalho diariamente de helicóptero. Isso aí custa por ano alguns milhões de reais. alguns milhões. Eu aluguei uma casa perto do local de trabalho, vou e volto todo dia. Então, tu vai para, tu vai pro pro interior no fim de semana. É assim que funciona a tua rotina? Não. Eh, eu vou na nas cidades que eu tenho de ir como governador durante a semana. Geralmente quinta e sexta eu tô no interior do estado. Eu sou o governador de Minas mais presente. Sabe quantas cidades eu já fui diferentes? 415 cidades diferentes. Tô quase fazendo meia Minas Gerais. São 853. Isso como governador. Fui em 415 nesses anos como governador. Mas contando uma vez tipo Uberlândia onde eu já fui 20, entendeu? em Uberlândia eu já fui mais de 20 vezes, tô contando uma para não repetir a mesma cidade. Eu chego em algumas cidades, é interessante, eu tenho descoberto o seguinte, os últimos governadores de Minas não gostavam de ir no interior, de estar junto das pessoas, não. Eu escuto muito o seguinte, ó. O último governador que teve aqui foi o Francilino Pereira. Francilino Pereira foi governador de Minas 78, 1980. Esse homem andou. Já escutei. O último governador que teve aqui foi o Jcelino Cubicheque. Já escutei. O último governador que teve aqui foi o Magalhã Pinto, 1962, 64. Agora uns recente aí eu nunca escutei. Eu acho que eles gostavam só de ficar no gabinete, no ar condicionado, tomando cafezinho e atendendo os bajulador ou os cabos eleitorais. Você entendeu? rodar o estado, porque não é fácil não. Já teve dia de eu fazer num dia, começo às 7 da manhã, vou até 10 da noite, 10 cidades de carro, 10 num dia. Não é fácil não. Isso você consegue fazer quando as cidades são próximas. Tem que deixar claro. Cidade 20 minutos uma da outra, 15 minutos e nós temos regiões lá que as cidades são próximas. Se eu for pro norte de Minas é impossível cair uma hora uma cidade uma da outra. Entendi. Então, eu sou o governador mais presente e eu falo, Igor, que rede social, quem tá nos acompanhando aqui, é ótimo, mas o contato olho a olho, você cumprimentar, você ter a oportunidade de ver a pessoa pessoalmente, tem a sua diferença, tem o seu lugar. Você concorda? Tanto é que eu acho que eh a educação de filhos acontece é nesse contexto e e um prefeito gosta de ver o governador na cidade dele. O vereador a mesma coisa, o produtor rural que eu faço muito, às vezes vou lá numa noa fazenda para conhecer e tem lá verdadeiros milagres em Minas Gerais em termos de produção rural. Não sei se você acompanhou, eu trouxe aqui para você. No final do ano passado, o queijo mineiro artesanal foi considerado patrimônio cultural e material pela UNESCO. Nossa, [ __ ] Eu sei que tem um, olha que interessante, isso é uma parada interessante. Tem um queijo que é um queijo mineiro. Ele é premiadíssimo assim no mundo, mas o curioso é que ele fica, na verdade, no estado do Rio, perto da divisa com Minas, sabe? A galera que fala lá é mineira e tudo mais, fica no estado do Rio. E aí, tá do lado de lá da tá na Serra da Mantiqueira ali. Então é o o queijo que ganhou o a medalha de ouro na última Expoqueijo, que pela primeira vez foi um queijo brasileiro, é exatamente dessa região, da cidade de Alagoa, que é uma cidade pequenininha, mas que está ali próxima de Campos do Jordão, mas em Minas Gerais. Ganhou queijo da Mantiqueira excepcional. Eu sei. Queijo é uma parada que me pega de verdade. Assim, o cara que não gosta de queijo, boa gente não é, inclusive, né? Tô brincando. E e e eu quero comentar aqui com você, ô Igor, o trabalho que nós fizemos com queijo artesanal. Porque até nós chegarmos lá no governo, a grande maioria dos produtores de Minas tinha de produzir isso clandestinamente. Porque é uma produção artesanal com leite cru, não é leite pasteorizado. E vendia isso no porta-mala do carro. Aquilo ia meio que de forma informal, sem pagar impostos. sem atender normas sanitárias. Aham. Mas junto com a nossa Emater, que é a empresa mineira de Agropecuária, que dá assistência técnica, junto com o IMA, que é a parte sanitária e a EPAMIG, que é a parte pesquisa, nós desenvolvemos uma forma de que com um pequeno investimento o produtor consegue atender as normas sanitárias. Então, a a multiplicação de queijo formalizado e de qualidade foi gigantesca. Tem uma senhora na cidade de São João Batista do Glória, dona Nilseia. Ela tem uma micropropriedade, 6 haares, só ela e o marido, eles não têm empregados, só os dois. 6 haar não é nada em termos de propriedade rural. Depois todo mês de pagar todas as despesas, eles têm lá umas vaquinhas, produzem queijo canastra ali, tá no pé da Serra da Canastra. Depois de pagar energia elétrica, pagar combustível, veterinário, medicamento, tudo, eles tiram limpinho. Pessoas que não tiveram oportunidade de fazer curso universitário, nada, o casal tira 30.000 ou mais todo mês. Dá para dizer legal. com umas vaquinhas numa cidade pequenininha que o custo de vida é menor e só tem investido e melhorado. E isso é cada vez mais frequente. Quem gosta de queijo Minas Artesanal hoje entra na internet, deve ter lá 500 opções que compra direto do produtor. Com o advento da tecnologia, o atravessador perdeu o espaço e o produtor tá conseguindo vender direto. E isso gera uma multiplicação de renda no interior gigantesca. E antes o filho do queijiro que falava: “Eu não quero saber desse negócio de jeito nenhum, eu quero é ir paraa cidade grande”. Tá vendo que a grande oportunidade dele tá no interior? é o que acontece na França, é o que acontece na Itália, nesses vilarejos que tem lá, vinhos e queijos de altíssima qualidade. Então, Minas tem caminhado nesse sentido. É, [ __ ] que bom, porque eu acho que boa parte do que a gente devia estar prestando atenção como país é mesmo em mostrar pro mundo o que que a gente tem de incrível de do de vários pontos de vista, não só eh porque a gente pensa em ah, o Brasil é agropecuária, é turismo, mas tem tanta coisa que a gente tem aqui incrível que a gente explora pouco, pelo menos assim para como imagem mesmo ou como cultura, que talvez a gente devesse prestar mais atenção nisso. tava falando antes de começar aqui, mas ó, mudando um pouquinho de assunto, já já a gente volta para para cá. É o seguinte, eu não sei, eu não sei até que ponto tu pode me falar, porque você é se tornará pré-candidato e eu não tenho certeza das limitações do que pode ser dito ou não, mas uma das coisas que o Bolsonaro disse que ia fazer em 18 era ter um ministério técnico que era eh, olha, eu vou colocar aqui, aqui não vai ter cargo político nos ministérios, eu vou colocar só gente que entende, manja do que tá fazendo e tudo mais. Eh, e logo depois ele descobriu que talvez não dê muito certo isso, porque o jogo político ele precisa funcionar de alguma de outra maneira, né? Tem também o fato de, na minha opinião, ele ter de fato colocado lá, por exemplo, ministro da saúde técnico e quando o cara falou uma parada técnica, ele não quis respeitar. Mas isso aí é um outro assunto. O ponto é você acha para você caso, é porque estamos falando de muito tempo para frente, mas tu imagina que que no o governo federal consegue funcionar de uma maneira mais técnica? Dá para compor eh esses esses esses ministérios e pensar numa num plano pro país? Porque isso também é uma outra coisa. Parece que a gente vive num eterno concurso de miss, porque eu aposto que a gente descer ali e perguntar qual que é o plano de governo do Lula e que em 2022 a galera não vai saber ou do Bolsonaro também não vai saber porque vira um concurso, é um concurso de popularidade no fim das contas, mas pensando no que dá para no que tu acha que dá para fazer, eh, dá de fato para tornar o governo uma coisa mais técnica, usando como base a experiência que tu tem lá lá em Minas, que parece ser um desafio, né? O último que disse que ia fazer não rolou. Eh, lá em Minas, ô Igor, nós provamos que sim. E nós estamos falando que o meu governo não tem um ano, já tem 6 anos e 8 meses já. Quando eu fui eleito, no final de 18, nós contratamos uma consultoria de recursos humanos, o que no mercado aí se chama de head hunter, né? Caçador de cabeças, de talentos, né? é o termo inglês. E montamos um selecion um um secretariado totalmente técnico. Agora não é porque você montou um secretariado técnico que você não vai atender questões políticas desde que adequadas. Então eu vou te explicar aqui para ficar entendido. Primeiro, eram 21 secretarias no governo anterior, nós reduzimos para 14, tá? Minas Gerais é o estado que menos tem secretarias no Brasil, apesar de ser o segundo mais populoso. Tem muitas prefeituras que tem mais secretarias. Eu acredito em craque e não em quantidade de perneta, entendeu? Que geralmente é o que acontece aí. É, eu acredito em craque. Então nós montamos lá primeiro um time de craque, tá? Dos meus secretários até hoje eu não conhecia nenhum. Todos selecionados, veio gente todo lugar. Entendeu? Do Brasil todo. Minas Gerais tem 300.000 funcionários públicos. Então eu tô comandando 300.000 pessoas. O meu time de trabalho. Sabe quantos parentes eu tenho nos 300.000? Eu vou chutar aqui zero. Zero. E olha que eu tenho gente talentosa na minha família. Zero. Sabe quantas pessoas eu levei da minha cidade? Que eu tenho muitos amigos, colegas lá na minha cidade. Adivinha quantos eu levei? Se tu levantou esse ponto, é porque é zero. É zero também, entendeu? Eu não quero dar margem para nada, eu quero fazer, entendeu? Se eu prego meritocracia, eu prego competência, mesmo que eu tenha, essa pessoa tá bem colocada em outro lugar, não precisa. Eu preciso de gente competente e de confiança e e que age eticamente. Então, acho que nós conseguimos, porque todos os indicadores de políticas públicas avançaram. Uhum. secretário técnico. Aí tem o deputado que lá na região dele tem alguém muito competente que ele conhece, que já foi diretor de escola, que já tá na área de educação há muito tempo e ele recomenda essa pessoa para ocupar a superintendência regional de educação lá da região dele. Minas Gerais tem 47 superintendências regionais de educação. E um deputado fala: “Eu tenho essa pessoa aqui”. Aí nós falamos: “Nós vamos entrevistá-la. Se ele atender os quesitos técnicos e se ele tiver um bom desempenho, ele vai ficar no cargo. Agora, se ele entrar lá, começar a fazer coisa primeiro, se ele não atender, ele nem vai ser nomeado. Se a gente vê que é uma pessoa que não tem condição. Então dá para conciliar. E o deputado que sabe que nós funcionamos assim, adivinha se ele vai querer levar lá uma pessoa totalmente desqualificada com histórico ruim? Não vai. Então, na hora que você já deixa claro as suas expectativas, o comportamento dos outros mudam. Você concorda? Por isso que bandido chama bandido e gente ética chama gente ética. Tem aquele ditado: “Gambá cheira gambá”. Não é? Se você deixa claro, eu faço negócio é desse jeito, só vai te procurar quem ético, porque você já deixou claro. Tanto é que para mim, governador do estado, e acho que paraa grande maioria do meu secretariado, nunca chegou uma proposta indecente, porque eles já sabem qual vai ser a nossa postura. Eu nunca fiz nada errado na minha vida pregressa para ser condenado, para ser questionado. Sempre procurei fazer tudo com lisura. Então isso começa a sinalizar para quem te procura. Parece que os bandidos já vão para outro lugar, sabe? Que ali não vão ter eh prosperidade ali. Então você consegue mudando. E essa que é a mudança cultural que faz uma empresa ou um país ou uma cidade ou um estado ir para adiante, porque você começa a colocar para fora quase que pelo sistema cultural as frutas ruins e podres. Entendi. Eh, eu vi mudando de novo um pouquinho de assunto. Eh, bom, tem pelo menos aqui mais umas duas ou três coisinhas pra gente falar, que é o seguinte, eu vi tu, eh, bom, você deve ter, você viu com certeza, porque eu vi você comentando sobre eh o tema que tá mais quente hoje em dia, que é o, o a adultização de crianças, né? Eh, que eu vi tu comentando que o PT estaria usando esse tema para impor uma regulamentação da rede. Tu falou isso, não foi? É, sim. Eh, você acha que o jeito que operam as redes sociais hoje em dia e a gente não precisa de nenhum tipo de cuidado ali, ó. Eu vou, é porque o jeito que eu tô falando aqui parece que eu sou a favor de uma de da gente ficar eh policiando o eu tenho a perder, inclusive quando se a gente se passa uma lei, uma lei que é mal feita e pior do que isso mal aplicada, né? Mas por outro lado, cara, eh esse esse tema não é primeiro que ele não é novo. Eh, acho que essa é pelo menos a segunda vez que explode assim bem grande, né? né? Já teve uma outra pelo, mas eu acho que da outra vez ficou só com quem tava na internet mesmo. E dessa vez ele vai motivar, e eu acho que é um que não tem jeito, ele vai motivar alguma ação dos parlamentares ali. Eh, como é que a gente consegue fazer, na tua opinião, uma legislação que seja inteligente? Porque o meu maior problema com a maneira como como eh existem já alguns projetos falando de regulamentação das redes, para mim o maior problema que tem ali é é a sensação que eu tenho de que quem tá fazendo aquilo ali não sabe muito bem quais podem quais são as consequências que que podem acontecer pela maneira que tá que a coisa tá se formando. O que que eu quero dizer com isso? Eh, se a gente coloca uma uma restrição de olha agora a plataforma e eu quero te ouvir, tá? E a gente agora a plataforma precisa cuidar eh de se o determinado assunto tá tá sendo dito. Então essa plataforma ela, eu suponho que uma das possibilidades é essa plataforma começar a atrapalhar a disseminação de um conteúdo. Vamos dizer, por exemplo, que aqui no Flow a gente tava falando mais cedo de falamos rapidamente sobre urna eletrônica. Sim, se urna eletrônica for um e assim é completamente diferente da utilização, mas é só um exemplo. Eh, se a urna eletrônica entrar no balaio de coisas que deveriam e ser ditas com mais cuidado, eh não dá pra plataforma ficar olhando todo mundo que tá falando de de urna eletrônica e, portanto, diminui só o alcance de todo mundo. Essa essa é uma das possíveis eh um um dos resultados possíveis de uma regulação mal feita, né? Tu faz alguma ideia ou tu já parou para pensar em como seria ou qual seria pelo menos o melhor método para fazer uma uma regulamentação das rede que seja eficiente e inteligente ou tu acha que a gente não devia mexer nesse nesse assunto? Ô Igor, eh nós estamos falando de algo que em termos de controle é extremamente complexo, né? Quantos milhões de usuários nós temos aí? Mas eu vejo o seguinte, nós temos de punir exemplarmente qualquer pessoa, qualquer site que entre, entra em questão de pedofilia. Uhum. Nazismo. Uhum. E racismo e coisas assemelhadas assim. Isso é, já existe na lei. Agora é extremamente temeroso você acreditar que nós vamos ter um grande cérebro, um grande iluminado, que vai saber o que pode e não pode ser publicado. Aí, especialmente se tiver na mão do poder público. Especialmente se tiver, se fosse uma autorregulamentação, um conselho, menos mal, né? Não tem aí o conselho de autorregulamentação publicitária, não tem. acho que até funciona adequadamente. Então acho que assim, o que vale muito é punir exemplarmente aqueles casos que a lei inclusive já existe e prevê em vez de ficar querendo censurar isso pode e isso não pode, porque isso vai muito ao sabor de quem tá governando. Você entendeu? Eu como governador de Minas, eh, acho que todo governador, né, deseja que as críticas sejam amenizadas. Uhum. todo prefeito, todo presidente. Então, haveria uma tendência natural a você querer calar os seus opositores. E mas isso seria uma aplicação eh horrível da lei, né? Isso. A lei precisaria ter sido construída de um jeito horrível para dar margem a esse tipo de coisa, não é? Então, mas e na hora que você às vezes você pode ser mais sutil, né? às vezes você pode falar eh eu quero calar essas propostas aqui porque eu considero elas antidemocráticas, você tá entendendo? E aí aquilo vai atingir aquele ponto o que que é é muito sutil. Você concorda, não é? Então eh eu vejo que tem aí um grau de subjetividade muito grande. Então acho que nós temos é de est procurando eh punir aquelas pessoas que efetivamente usaram mal. E nós temos de lembrar que isso não é inédito, né? Quando surgiu a mídia de massa, há 120 anos atrás, os jornais, eh, principalmente no nos Estados Unidos, Europa, eh havia proliferação de notícias falsas, mas que se puna não é porque é digital que é falso, pode estar no papel também na rádio, né? Eh, já publicaram sobre mim lá barbaridades, você entendeu? Coisa totalmente sem fundamento. E tem coisa que eu acho que nós temos de encarar com naturalidade quem tá na política, porque sempre o ser humano, me parece, boa parte deles é fofoqueiro por natureza, gosta de uma intriga, gosta de ver o circo pegar fogo. Então, se não puder ser na internet, vai ser no boca a boca, vai ser na rádio, vai ser de outra maneira. Sei que na internet ela tem um poder maior de propagação, mas eh isso na minha opinião faz parte de quem tá, de quem é governador, de quem é prefeito, de quem é presidente. Nós deveríamos encarar isso com mais naturalidade. Eu encaro as críticas lá com naturalidade. Às vezes até considero algumas para mudar alguma coisa. Agora sempre vai acontecer a crítica. Nós temos de saber o seguinte, aquele que perdeu a eleição, no dia seguinte, ele começa a te criticar porque ele quer ganhar a próxima com ou sem razão. Então, faz parte da natureza eleitoral e política esse tipo de procedimento. Agora, é lógico, nós não podemos permitir os excessos, né? Que que seria o excesso? Alguém cria lá um filme com a inteligência artificial, eu fazendo uma coisa absurda. Você tá entendendo? né, que eu não fiz eu falando algo totalmente inadequado, impróprio. Você tá entendendo que é possível hoje, né? É possível. Então, aí eu acho que cabe punição, sim. Eh, já falaram coisa, tem coisa minha até que eu não vou falar aqui, mas que eu entrei com processo na justiça, tá em andamento aí, porque falando que eu me beneficiei de algumas coisas que não tem nada a ver. No dia que eu ganhar, às vezes eu publico. Eu gosto como bom mineiro, de fazer as coisas em silêncio, sabe? Eu gosto é de entregar, fazer boas entregas pros mineiros. Isso eu gosto. Agora, ficar com essas polêmicas, parece que isso até te desvia dos grandes problemas principais que é aonde o político deveria atuar. E o Brasil, nós temos de lembrar aqui, Igor, nos principais problemas que nós temos no Brasil, é que nós nos transformamos no país das pautas minúsculas. Tudo que discute aqui é pequenininho. O que se aprova lá no Congresso, nas assembleias, é nós vamos criar aqui o dia da floriculturista. Nada conta os floriculturistas, mas não é isso que vai mudar a vida de ninguém. é projeto dessa natureza que fica se debatendo e discutindo muitas vezes, infelizmente. Ah, é, mas se a gente parar para pensar que as eleições do ano que vem provavelmente serão tensas nesse sentido de eh vou chamar de milícia digital, porque eh o que uma coisa que a gente pode ter certeza que haverá é vídeo de inteligência artificial, porque tá fácil demais de fazer hoje, né? E e são eh são materiais que enganam com facilidade o o eleitor que não tá habituado com esse mundo. Por exemplo, a minha mãe, por exemplo, a minha so pessoas mais velhas, porque elas viveram num mundo em que o telejornal era fonte de credibilidade. Eu era menino. Is você falava: “Isso existe porque vídeo é verdade. E eu tenho minha mãe, tios que sempre estão me mandando, olha aqui que que tá acontecendo.” Eu falo, isso não é nada de verdade. É. E então, eh, a gente, você acha que a gente devia deixar rolar? Porque, ó, ó, veja, não que não sei se teve um, se teve um, um grande impacto eh para valer, mas a gente teve, por exemplo, aquela a ideia da mamadeira de [ __ ] né, lá em 2018. Eh, coisas que são assim meio absurdas e que a pessoa que não tá eh habituada com isso pode acabar tomando desavisada. Então, eh, na tua opinião, deveria, a gente deveria prestar atenção disso, nisso, nesse tipo de coisa, de um jeito a a criar uma lei ou ou criar algumas limitações ou deixa rolar? Ô, Igor, eu sou favorável, como eu te falei, a punição exemplar. O problema no Brasil é que alguém comete um delito e nada acontece. E nada acontece, né? Eu falo o seguinte, se alguém tá dirigindo bêbado, o risco dele matar alguém, dele se envolver num acidente é enorme. Sim. Aqui no Brasil às vezes ele atropela, esse processo vai levar 5 anos e sei lá se ele vai ser preso ou não. Aham. Mas o policial que viu aquele bêbado ali na hora, na minha opinião, de antemão, mesmo que ele não tenha causado nenhum problema, mas se ele tá com teor alcoólico alto, ele deveria ficar, na minha opinião, cco dias detido como uma lição didática. A lição didática pro ser humano vale muito. Ia ser um constrangimento para ele perante filhos, perante esposa. Cinco dias não mata ninguém perante os empregados ou o empregador dele. Mas isso serviria como esse efeito para ele não dirigir novamente. Hoje multa, paga dinheiro, você entendeu? Não sou contra a multa não, mas o dinheiro parece que hoje compra impunidade no Brasil. Então eu sou, entendeu? Se eu por acaso fizesse isso, que fosse punido exemplarmente. Bebo pouquíssimo, digan de, diga-se de passagem. Aí então nós diminuir morte no trânsito e diminuir uma série de coisas. E a mesma coisas algumas outras questões que acontecem. Tô falando de dirigir bêbado porque é claramente quase que doloso. Eh, o ano passado em Minas Gerais, lá na cidade Lotone, teve um dos piores acidentes rodoviários da história do Brasil. um motorista que tava lá com sob efeito de químico, sei lá o quê, de dirigindo um caminhão com uma pedra gigante, aquelas que são cortadas para virar peças de granito, de mármore. Bateu num ônibus, 39 mortes. O ônibus incendiou. A grande maioria dessas pessoas lá do estado da Bahia, que saíram aqui de São Paulo e estavam indo paraa Bahia, morreram porque alguém irresponsável. E aí levou meses, tá, tá detido esse motorista detido, mas eu vejo que esse efeito de Então acho que nós tínhamos é de ter uma legislação. Agora você que conhece de internet muito mais que eu, tem jeito de controlar um um um WhatsApp que começa a circular aí? Quem que controla isso? De onde que vem esse WhatsApp? É muito complexo. Mas mas o meu ponto é justamente esse que assim é é muito complexo, não dá para fazer de um jeito. Ah lá vão ter. Tem que ser com, tem que ser com com tecnologia, com inteligência, ouvindo inclusive a galera que vive disso, né? A própria sociedade civil. Exato. Eu acho que nem você e e eu menos ainda entendemos tanto de tecnologia para saber o que pode ou não tá controlando, né? Alguém quer imprimir uma notícia falsa, ele tem uma máquina de xerox na casa dele, no emprego dele ele imprime, não é? E e no digital é mais fácil ainda do que uma máquina de xerox. Agora, se alguém fez mal, tem de ser punido. Agora, como controlar isso? Sinceramente, eu não sou nenhum especialista em tecnologia para saber e acho que é até impossível. É quase que a mesma coisa que falar: “Ó, povo tá fofocando muito, vamos costurar a boca de todo mundo.” Talvez a solução seja essa. Tira a internet de todo mundo. Acho que a única, na minha visão, é essa a única solução possível. Tem jeito de acabar com fofoca, né? Não tem. Costura a boca de todo mundo, aí acaba corta a língua, né? Isso aí você soluciona. Me parece que alguns tecnocratas sonham com isso. Eu acredito muito mais nas pessoas do que desconfio. Eu até falo que eu consegui eh acho que caminhar bem na vida empresarial. Puxaram o meu tapete diversas vezes, mas de cada 1000 pessoas que eu contratei, acho que três ou quatro puxaram a o meu tapete. É uma minoria. Então acho que nós temos de dar crédito paraa grande maioria que é honesta e punir quando a gente detectar aqueles que não estão procedendo bem, porque você quer criar uma sociedade policialesca é meio complicado. Será que nós queremos a Está aqui no Brasil, né, que tinha lá na Alemanha oriental, como que chamava da Rússia, né? Tinha lá KGB, não é? Será que é isso que nós queremos aqui? Todo mundo olhando por trás para ver se tem alguém passando um WhatsApp indevido ali. Eu acho que não é essa sociedade que vai nos levar pro futuro, não. É, eu gosto da ideia da educação no fim das contas, porque eh eu não sei se de fato tem algum jeito eficiente de fazer com que essas mensagens que chegam em pessoas que não são letradas digitalmente eh fazer com que as que que entendam que, por exemplo, a minha parte eu é é fazer o seguinte, quando chega esse tipo de coisa e e aí, por exemplo, minha mãe ou minha sogra me manda, eu falo assim: “Cara, ó, quando parece um absurdo, geralmente é”. Então fique esperto, né? E e eu vi recentemente também, você deve acompanhar isso até mais de perto do que eu acompanho, uma tendência de rede social tá sendo menos utilizada. Hum. que isso no início era novidade, as pessoas se interessam mais, com o tempo o ser humano vai ficando meio cansado de tudo, a até da comida mais gostosa, não é isso? O lugar paradisico, se você vai lá todo dia, ele deixa de ser paradisico. Você concorda? Mas se você vai uma vez a cada 5 anos, ele continua sendo paradisico. Então eu vejo também que talvez a gente esteja vivendo aí um um ápice de de dessas fake news e as pessoas começam a se cansar também. Daqui a pouco isso não vai tá pegando tanto mais quanto já pegou. No passado tinha alguns estilos de programa de televisão que tinha uma audiência gigantesca e que hoje já não chamam tanto atenção. O gosto vai mudando. Eu eu eu espero que esse essa quantidade de mensagem falsa, isso com o tempo também as pessoas vão sabendo selecionar aquilo que é e não é que procede ou não procede. Então eu acredito muito nessa sabedoria coletiva também, sabe? Eu acho que isso também acontece ao longo do tempo. E me diz uma coisa, cara, o que que tu acha da ideia do impeachment do Alexandre de Morais? Cara, se se dependesse de do teu apoio, isso daí iria pra frente? Cuidado, hein? É, ele tem feito realmente excessos. Eu acho até que ele é uma pessoa que destoa dos demais ministros do Supremo. Eu conheço, acho que diria, praticamente todos. Em algum momento já estive com um ou com outro. Uhum. E vejo que ele precisava maneerar aquilo que ele está fazendo, né? Boas intenções são boas, mas nós temos de tá vendo resultado disso para coletividade. E realmente essas penas que nós comentamos aqui, 17 anos, 14 anos e a prisão do Bolsonaro, o que que tu acha? A prisão domiciliar. Ah, excesso. Vai de encontro. Excesso. Ele não tava oferecendo perigo a ninguém. Ele não tava querendo fugir do país, mas eh excesso, né? Me parece que tem pessoas e isso é extremamente perigoso, que se julgam mais donas da verdade do que as outras. Eu sou governador de Minas, mas eu sou falível. Quando eu vou tomar uma decisão, eu escuto a minha equipe. Se é na área de saúde, eu vou escutar meu secretário que é médico, uma área que ele entende muito mais do que eu entendo, a equipe dele e exijo que todos escutem. E nós estamos vendo aqui no Brasil pessoas que se julgam iluminadas, que t o conhecimento e a sabedoria acima de todos os demais. E nós somos humanos. Aqui não existe Deus. Tanto é que eu não idolatro ninguém e não quero que ninguém me idolatre também. Eu acho que você concorda com isso, não é? Todos nós somos falíveis em alguns momentos. Então acho que você ter essa humildade, essa visão te coloca numa posição de que nem sempre você tem razão e que vale a pena escutar. E acho que o ministro não tá eh dentro dessa linha de pensamento, não. E aí a gente eh porque tem existem, se eu não me engano, mais de 30 eh pedidos do impeachment dele lá. Inclusive, eh, a gente teve, eh, já teve mais a ver com a anistia, né, o que aconteceu lá na na Câmara com com os caras tomando a mesa e tudo mais, mas você acha que existe um caminho porque aquilo que a gente tava falando lá no começo do da do da lei magnísk e tudo mais, eh, a gente deveria ter, já que, digamos que existe uma uma maioria dos nossos representantes que discordam ou acham que o Alexandre de Moraes, especificamente, eh tá cometendo excessos. Então, a gente deveria usar eh o nosso próprio nossos próprios ritos e o nosso próprio estado de direito para alcançar o objetivo de impeachment pelo caminho interno, né? Será que tem alguma chance de de andar? Você apoiaria, por exemplo, alguma coisa nesse sentido assim de, cara, vamos investigar e ver se isso daqui se vale o impeachment fazer, sei lá. Tá, tá, tá demais. Alexandre de Moraes, como é que tu vê isso daí? Então, Igor, aqui no Brasil eh eu falo que uma um dos avanços que nós precisamos no setor público e até como democracia, né, é que nenhuma categoria, nenhuma profissão é compostas de homens infalíveis. E nós temos hoje aqui no Brasil uma categoria que se inclui nela, que você sabe quais são. Quem no Brasil nunca vai ser detido, nunca vai ser demitido, mesmo que tenha feito um crime bárbaro, tem uma categoria. Nós temos de mudar isso. Todo mundo é falível. E como 99% de quem está lá é correto, é honesto, aquele que não é que comete excessos ou não ético ou que se corrompeu, acaba prejudicando a classe. Isso acontece em todos os estados. Nós estamos aí com vários tribunais de justiças de alguns estados sob investigação. Uhum. Por corrupção, né? Mas as penas costumam ser prêmios. afasta e aposenta antecipadamente. Pensa bem, você já pensou estender isso pra população brasileira, né? O sujeito hoje tá aí ralando, trabalhando, amanhã ele comete um delito, ele continua recebendo o salário dele. Nós tratamos hoje a magistratura desse jeito. Isso, na minha opinião, é totalmente antidemocrático, imoral e precisa mudar. E lembrando, sou contra os magistrados, não, porque conheço muitos, respeito e 99% ou mais são pessoas lisas e corretas, mas em todo lugar que tem ser humano não existe nenhuma categoria isenta. Pode ser padre, pode ser pastor, pode ser rabino, pode ser tudo. Não, não pode. Aonde tem ser humano, tem alguém que algum momento E pode até ser que você que nunca fez nada até hoje, amanhã cometa. Aham. Você cai em tentação, sei lá o que que pode acontecer, sua cabeça entra em parafuso. Aí não é, é possível. Agora aqui nós consideramos uma categoria isenta de erro. E esse tipo de privilégio que você tá falando que a gente tem que combater no Brasil, eh, esse é um exemplo deles. Eh, sei lá, foram privilegiado, é outro exemplo deles. O que que você pensa sobre quais são esses privilégios quando tu fala, ah, tem uns privilégios que não deviam existir no Brasil? Por que que o Lula colocou sob sigilo os gastos dele, os voos, etc? Por 50, 100 anos. Tudo que eu faço lá em Minas o mês que vem, todo mundo sabe. Se alguém quer sigilo, se alguém não quer mostrar o que gasta, o que compra, o que faz, quem leva, o que pagou, é porque se mostrar vai gerar algum incômodo. Você concorda? Então eu acho que quem tá no mundo político tem de escancarar as informações. Lá na minha empresa que é privada, a Receita Federal tem acesso a tudo. Fiscal chega lá, Ministério do Trabalho chega lá, eles têm de ver tudo. Não tem nenhuma informação que eu posso guardar para mim. Agora, na hora que eu tô isso, isso quando eu tô gastando o dinheiro privado, agora na hora que eu tô gastando o dinheiro dos 200 milhões de brasileiro, eu vou guardar informação. Tem que ser mais pública ainda. Você concorda? Eu acho que se o presidente gastou o cartão de crédito corporativo, amanhã tinha de tá tinha de tá visível. Agora é público o cartão dele. Ele tá gastando dinheiro dos brasileiros. Se ele tá com agora se é informação relativa à segurança pública, a nossa polícia tá tendo um gasto em tal lugar porque tá investigando, tudo bem, publica isso depois, depois que a operação foi concluída para não prejudicar o andamento do processo ali. CL existem informações que são sensíveis, mas existem as que não são, as que não são, o que são gastos. Então, eh, eu vejo que o Brasil na hora que avançar na transparência, a democracia avança, o combate à corrupção se concretiza. Eu falo que tudo na vida, ô Igor, ou é um círculo vicioso ou é um círculo virtuoso. Lá em Minas, o estado vivia um círculo vicioso. Corrupção, emprego para companheirada, zero de transparência. Se você queria investir em Minas, era uma dificuldade. Na hora que você começa a corrigir uma coisa, as outras vão corrigindo. Tudo na vida é meio com efeito dominó. Uhum. ou pro lado positivo ou pro lado negativo. No dia que o Brasil tiver um presidente que fala: “Eu sou servidor público e não um monarca, como na tem acontecido na maioria das vezes. O que eu gastar vai ser mostrado. Eu não tenho nenhum parente aqui, eu não tenho nenhum protegido aqui.” As coisas começam a mudar automaticamente. Não muda de um dia pro outro, não. E lembrando que essas despesas, mesmo se forem eliminadas, não corrige o problema do gasto, não. Tá? Mas sem exemplo você não faz nada. Se eu quero que, eu sou seu pai, quero que você tome banho todo dia e eu não tomo banho e cheiro igual um gambá, eh, você vai me questionar, não vai? Você vai me questionar. Então, eh eh eu falo que exemplo conta e é necessário. E lá em Minas eu faço questão. Quando eu assumi lá tinha quatro elevadores privativos para o governador. Eu não sei se existe isso em outros prédios públicos, mas lá na cidade administrativa quatro elevadores para o governador usar. Mandei passar a chave em todos. uso elevador comum que todo mundo usa. E acho bom porque eu vejo se as pessoas estão trabalhando satisfeitas ou não. Eu começo a ter um contato com o mundo real. Parece que governar no Brasil é perder contato com o mundo real. Quando eu vou no interior, igual eu te falei, toda semana eu vou, já fui em 415 cidades, eu faço questão de conversar com o prefeito, converso com os vereadores, converso com o produtor rural, pergunto para ele: “Como é que tá o preço do leite, como é que tá o preço do queijo? Tá dando para ganhar vida aí? Como é que estão as estradas? Até passo nas estradas de carro. Na hora que o rei fica encastelado, e é o que acontece no setor público no Brasil, a população fica relegada para um segundo plano. Boa. Eh, e a gente daqui a pouquinho vamos falar das coisas boas de Minas que estão dentro daquela cistinha ali. Mas pra gente passar para lá, deixa só eu voltar numa coisa que me que me que eu lembrei aqui agora, que tem a ver com a gente estava falando de como é provavelmente se darão as eleições do ano que vem, que é a com várias pessoas, com vários candidatos mais à direita disputando, né? Eh, você mesmo falou aí que o Bolsonaro, de certa forma fundou eh a direita brasileira, né? Eh, isso significa que o apoio do Bolsonaro é muito valioso, né? E aí a gente tem aquela questão que é, cara, será que a família Bolsonaro tá disposta a Porque que acontece, não sendo, não sendo um Bolsonaro candidato à presidência da República, eh, ao apoiar o Zema, por exemplo, e o Zema se torna presidente da República e ele passa então e e vamos dizer que faça um bom trabalho, você passará a ter eh, certo domínio sobre essa essa essa essa massa eleitoral por conta do por conta do que você conseguiria conseguiu fazer, por exemplo, vamos dizer. Eh, então eu suponho que existe um certo uma certa um pé atrás ali para apoiar o candidato A ou B. E talvez por isso que até agora a gente não sabe claramente quem eles apoiariam, né? Eh, isso combinado com o fato de que a gente vai ter provavelmente mais de um nome de direita, eh, não complica mais ainda. Assim, existe um e o como é que você vê que que as coisas se formarão atrás do do apoio do Bolsonaro. É, esse é algo que tu que tu tá planejando correr atrás, por exemplo. Ô Igor, eh, eu e o presidente Bolsonaro sempre tivemos um relacionamento institucional, mas nunca fomos do mesmo partido, né? Em 2018, quando eu disputei eh o governo de Minas Gerais, no primeiro turno, eu apoiei um outro candidato que era do meu partido. O mesmo aconteceu em 2022. Meu partido tinha candidato a presidente, mas tanto no segundo turno de 18 e também no segundo turno de 22, eu apoiei o o presidente Bolsonaro. Lembrando que eh nós temos algo em comum que nos aproxima, que tanto ele quanto eu não acreditamos nas propostas do PT, tá? Entendeu? eh, eu vejo qualquer outro partido lá como melhor do que o PT e ele a mesma coisa. Então, isso nos aproxima. E em 2022, eh, nós tivemos um fato que foi ele inclusive ter um candidato do partido dele ao governo de Minas. Aham. Entendeu? Que é natural, já que é do governo dele. É. E exatamente do partido dele. É, mas candidato dele não ganhou. Eu ganhei em primeiro turno e no segundo turno eu apoiei ele. Então, em política essas coisas são comuns, né? Ele eh não se manifestou, nem sei se vai se manifestar sobre estar apoiando alguns dos candidatos de direita e é lógico que aquele que ele apoiar tem mais chance, vai ter um número significativo, né, de de apoiadores, de votos e aumenta sua chance, sim. Então, eh, isso vai depender muito dele e com certeza vai ser alguém do partido dele. Eu, pelo meu partido, eh, eu já até me considero um tanto quanto com a chance extremamente pequena, mas tenho noção disso, porque já aconteceu em outras eleições, entendeu? Mas isso não impede a minha caminhada de continuar e de num segundo turno todos estarem juntos. Entendi. Eh, e o que que tem de bom lá em Minas, cara? Que que tem dentro dessa cestinha aí, cara? Vamos. Cadê? Bota aqui. Bota aqui. É, eu também não tive tempo de ver hoje lá não. Mas eu sei. Então vamos ver, pô. Só sei que são produtos de Minas. Ó, o brasileiro precisa saber. O Rio Grande do Sul produz muito vinho, mas os vinhos que mais t ganhado prêmios aí no Brasil são os mineiros. Aí olha isso. Eu gosto aqui no sul de Minas, na região de Andradas, de Caldas. Cachaça, todo mundo sabe que as melhores cachaças de Minas são lá de Salinas, norte de Minas, né? Taíso aí já é mais conhecido. É mais novidade. Aí, ó, tem um monte de cachaça aqui. Café, café, café, café. Te contar um caso aqui. Ah, conta aí. 3 anos atrás, aproveite falando no microfone também. Eu tô falando longe aqui. Trs anos atrás, quatro, nós tivemos um produtor de café lá que teve uma colheita excepcional, de altíssima qualidade. Ele vendeu a saca dele, a a produção dele por R$ 63.000 a saca. Isso é quase que o pó de café ser quase que igual um pó de ouro. R$ 63.000 a saca. A saca. O preço normal hoje tá 1700 aproximadamente para você ver. Então nós estamos falando aí que é 40 vezes mais. Que que é isso? Vamos pegar os outros aí. Isso aqui é um, tá com cara de um docinho esse daqui, hein? Bora ver isso daqui tudo produzido no interior de Minas. Tudo no interior, tá? Que já que a capital nossa produz só produtos industrializados, né? A Belo Horizonte a produção agrícola é quase que nula. Ah, esse aí é bandeirinha de Minas. Bandeirinha de Minas. Exato. Tá aí para você. Maneiro, maneiro. E esse aqui é novidade. Esse aqui acho que nem você, quem tá nos acompanhando aí conhece. Que será? Vamos ver. Esse aí é um azeite, mas ele não é feito de oliva. Olha aí de que que ele é feito. Azeite de abacate. Abacate é uma oliva gigante. Já tive lá na produção, hã, nessa indústria. E um abacate excelente. E eles estão produzindo agora também, é sabonete cosméticos de abacate. Vou ficar com a pele boa. Produzido com puro azeite de abacate, sem adição de corante. Pô, legal, cara. Obrigado pelos presentes. Valeu. Eu gosto quando você vem aqui, pô, traz uns presentes gostoso. É. E e vou te entregar também, ó. Eu sou de uma família que veio da Itália sem nada para trabalhar nas lavouras de café, substituindo escravo ali na região de Ribeirão Preto. Aham. E o meu pai sempre gostou muito de colecionar as fotos antigas, de pegar depoimento dos familiares. Então, há uns anos, há uns anos atrás, nós escrevemos um livro que dá para você ler em 3, 4 horas, tem muita fotografia aí que conta a história nossa dessa jornada da Itália aqui pro Brasil. Então, a história de um nome, Zema. É. E uma coisa que eu tenho muito orgulho, ô Igor, é o seguinte. A minha família chegou aqui para trabalhar na enchada, nunca dependeu do governo, nunca vendeu, prestou serviço pro governo, eventualmente vendia lá uma gasolina, uma peça, né? Lógico, a gente tava lá no comércio, mas nunca teve essa dependência e nunca precisou dar o tombo, prejudicar em ninguém para poder prosperar. Então, hoje a nossa empresa tá lá, já tem mais de 100 anos, emprega mais de 5.000 pessoas diretamente, sem considerar os indiretos e nunca teve nenhum vínculo com o estado nesse sentido. Aí quem começou foi teu avô? Meu bisavô. Mas o negócio resumidamente é o seguinte. Nós sempre fomos concessionários de veículo, desde o início, peça, combustível. Meu pai fez o negócio crescer, comprou mais postos, mais concessionárias e eu comecei meio que uma vertente nova que foi as lojas de varejo. Meu pai queria que eu fosse trabalhar com ele em concessionária de veículos. Eu não me adaptei a concessionária. Eu falei que queria ter mais autonomia, liberdade, concessionári. Você tinha quantos anos? Eh, isso aconteceu, tinha 22 anos, tava recém formado, estudei aqui em São Paulo, fiz faculdade aqui e mas sempre trabalhando. Férias eu tava lá trabalhando. Deu trabalho praticamente desde os 5 anos. Eu comecei a trabalhar quando eu aprendi a contar. 1 2 3, meu pai já pôs para mim contar parafuso e porca e arruela. Então ele vendia a peça complicada e falava: “Conta 10 parafusos desse aí, 20 arruelas dessas e e eu já ajudava ir lá”. Então minha vida sempre foi, tá? É, é igual quem nasce numa casa de músico, tá o piano ali, a guitarra aqui, não sei mais o que, toda hora tá fazendo. Eu tava lá, a minha casa era no meio, uma casinha de 40 m², tava junto do negócio. Então aquilo era a vida do meu pai e a minha também. E meu pai passou por muitas dificuldades, eh, herdou uma empresa praticamente falida, teve de reergê-la. E aí eu acabei frustrando ele, ele querendo que eu fosse vender Opala Chevete. E eu falei: “Não, não vou dar conta disso aqui não. Não gosto disso. Até tentei e fui abrir loja de eletrodoméstico.” Falei: “Me presta dinheiro que eu vou trabalhar com eletrodoméstico”. E fiquei 30 anos eh abrindo loja em 470 cidades. A grande maioria em Minas. Tanto é que eu falo que eu conheço o estado de Minas, talvez não tão bem quanto os caminhoneiros, porque rodei mais de 2 milhões de quilômetros lá para abrir essas lojas, para acompanhar a operação. Troquei de carro mais de 20 vezes e trocava de carro lá na empresa. A regra era quanto tava mais ou menos com 100.000 km. Então trocou andou muito. Então andei bastante e não sabia, né? Desde o final dos anos 80, quando eu comecei a fazer isso, eu já tava meio que fazendo política, que eu fui ficando conhecido em toda a cidade. Você concorda? Verdade. É verdade. Toda a cidade que eu chegava, eu alugava um imóvel, ficava conhecendo o pessoal da imobiliária, o dono do imóvel, ia na rádio anunciar, ficava conhecido na rádio, ia atrás de uma construtora para reformar o imóvel, ia atrás de não sei mais quem para fazer a entrega, ir atrás de não sei mais quem para prestar aquele tipo de serviço. Então, é, praticamente em todo lugar de Minas alguém me conhecia já e deve ter contribuído na minha eleição lá em 2018, provavelmente, né? E a empresa tem mais de 3 milhões de clientes cadastrados também, que a empresa tem, o meu sobrenome é Loja Zema, que tá escrito lá. Então, tudo isso deve ter contribuído sem eu saber, que eu nunca tive interesse de candidatar. É. Eh, tu não, tu não tá mais no dia a dia da loja? Não, não. Desde que eu eh eh saí em 2016, foi praticamente 2 anos antes da eleição. O primeiro eu fui pro conselho e depois que eu fui eleito nem no conselho eu participo mais. O que que aconteceu? Tu cansou em 2016? Tudo na vida tem ciclo. Eu não sei se já aconteceu com você, né? E e e assim, teve um fato interessante que quando o partido me chamou para ser candidato partido novo, eu falei: “Não, de início”. Eu falei, eu nunca fui político. Agora que eu tô com 52 anos, 53, eu vou mudar de profissão. Pensa bem, alguém foi médico a vida inteira, aí chama ele para ser engenheiro. É meio difícil, não é? Então eu falei: “Não, mas eu comecei, ô Igor, toda noite de madrugada a acordar e a questionar. Eu sempre critiquei tanto o setor público que é burocrático, que é lento, que atende mal, que já me prejudicou muito. Uma vez eu fiquei com um empreendimento lá, 3 anos pronto, um empreendimento grande que nós gastamos muito, investimos muito sem operar, faltando uma uma assinatura da Secretaria do Meio Ambiente em Minas Gerais, 3 anos. Em vez de dar 70 empregos, eu fiquei pagando quatro vigilantes para ficar vigiando o imóvel e depois teve assinatura, mas 3 anos. Isso às vezes se é uma pessoa que não tá bem estruturada quebra. Você entendeu? Se se não fosse um negócio um pouco maior quebraria. Então eu sempre tive essa indignação, esse inconformismo com relação ao estado. Aí aquilo começou a me incomodar. Eu falava: “Agora tão me chamando para ser candidato. Criticar, falar é muito fácil. Agora você tá sendo convocado e não quer ir”. Então essa autocrítica minha me moveu, mas eu achei também que eu tava tendo tipo uma alucinação. Por quê? Aos 53 anos, com a vida resolvida, você ir procurar sarna para coçar, você concorda? Não é? Eu acho que eu teria ficado em casa. É. E e e e você começa a duvidar até da sua sanidade, né? Mas aí eu fui eh eu não comentei aqui, mas eu fiz psicanálise uns 20 anos. Sério? Sério? E aí eu fui na psicóloga e falei: “Ó, eu tô pretendendo ser candidato, tô pensando assim assado, mas eu tô desconfiado que eu posso estar tendo uma alucinação. Eu quero que você me faça um diagnóstico aqui.” Ela fez um punhado de pergunta, aprofundou na questão e falou: “Não, você não tá tendo alucinação, não. Você tá normal, pode levar adiante aí o seu projeto”. Porque tem hora que a gente cisma com algumas coisas, acha que tá certo, acha que tá ajudando e às vezes pode tá atrapalhando, não é? Então é bom sempre você escutar os outros. Eu sempre tive essa visão aí de antes de decidir, sei que muitas vezes a decisão é minha, você tá escutando as partes envolvidas para poder melhorar a qualidade da decisão. Você acaba errando um pouco menos. Teus filhos trabalham na na empresa? Meu, eu tenho uma filha que é da área artística, fez cinema aqui na FAAP em São Paulo e tá fazendo mestrado nessa área lá em Londres. Até ela forma o ano que vem eu vou ter de lá na formatura dela. Então ela não tem nada a ver com atividade muito empresarial, né? Eh, ela dedica essa área e eu tenho um filho que fez poli aqui na USP em São Paulo e que trabalha numa startup na Quinto Andar, tá? Sabe? Trabalha lá, começou lá recentemente, tem pouco tempo, e tá na área de tecnologia. E lá nós temos também na empresa eh já consolidado o seguinte: você quer vir trabalhar na empresa, primeiro mostra que você é competente no mercado, aí depois você vem, entendeu? Paraa empresa não ser cabide de emprego para ninguém. Então, eu já tenho um sobrinho que é um pouco mais velho, que trabalhou aqui em diversas instituições financeiras, formou no Insper e que já tá lá ajudando. Então, eu já tenho um sobrinho que já passou pelo teste e que hoje já tá fazendo um bom trabalho lá. Então lá a gente quer gente boa e não é porque é da família que vai ser privilegiado, não. Às vezes é melhor ser sionista só do que entrar e ser um executivo que não tá contribuindo ou que pode até atrapalhar o negócio. Concordo. Eh, entendi. Então, o nepotismo lá lá é é com o método, não é? Com método. Aí já não é nepotismo, mais é profissionalismo. Você concorda? É, é importante a gente da família, porque quem é da família parece que representa o negócio de uma forma diferente do que só o profissional. E nós temos casos de empresas que se profissionalizaram e que não deram certo. Não é porque profissionaliza que vai dar certo, não. A família, eu aprofundei nisso muito, que eu vivi a minha maior parte da minha vida em negócios, empresa privada, tem um papel importantíssimo. A cultura da empresa tem muito a ver com a família, sabe? Sim. Então, nós sempre fomos uma família austera que nunca gostou de holofot, uma família que, mesmo que o negócio tenha crescido, continuou vivendo a mesma vida. Você tá entendendo? Uma família que faz questão de ser comedida em tudo. Não temos ninguém lá fanfarrão que que saia aí fazendo coisas que muitas pessoas fazem e isso se acaba transferindo automaticamente pra empresa, pro seu negócio. Não sei se você teve na sua vida profissional oportunidade de trabalhar com alguém em algum lugar. Geralmente a equipe tem algo da figura do gestor, da mesma maneira que a empresa tem algo da figura do fundador ou de quem tá controlando ela de maneira ali a dar as diretrizes. Sim, sim, sim. Eh, sim, cara, eu já eu já fui até recruta do exército, cara. Já fiz uma porrada de coisa. Então, você tem uma parar aqui, você já foi bastante coisas então aí na sua trajetória já. Já andei de verde oliva por aí. Olha isso, que doideira. É, eu já tive, né? Você vai morrer de rir disso. O primeiro lugar que eu fui trabalhar assim que eu formei, né, para ver como que as ideias nossas podem ser tortas, né, numa fábrica de carroça, tração animal. Meu pai tinha comprado lá uma metalúrgica. Assim que eu formei, eu falei: “Esse negócio aqui deve poder crescer bastante”. Cavalo no come capim, não bebe gasolina, né? Eh, a África tem um mercado enorme. Tentei exportar paraa África e vender carroça desmontada, porque todo mundo que produz vende ela montada já. Ela não é desmontada e ela montada ocupa muito espaço, mas daí com os burros na água, sabe? Mas foi bom. emito meses eu vi que eh no que que não dava jeito, você entendeu? Que aquilo ali não ia. Então foi um teste muito bom. É bom você errar no início porque serve de aprendizado. É porque quem vai errar no meio do caminho ou no final do caminho acaba não tirando lição. Então eu tirei valiosas lição. Então quando às vezes eu vou no auditório ou ia, né, quando eu era empresário, tinha lá 200 pessoas, eu perguntava: “Levanta a mão aqui, quem já comprou uma carroça?” Ninguém levantava. Você concorda que é muito melhor vender celular que o que eu Então saiu da água pro vinho. Então foi uma lição dolorida, porque se abandonar um negócio, falar eu não vou atuar é frustrante, né? Mas faz parte da vida a gente levar tombo. Por isso que eu falo que não existe ninguém iluminado. Nós vamos continuar errando para sempre. E erra até hoje também. Aham. Eh, tu já parou para pensar que caso tu não seja eleito, tu vai voltar para casa e ficar lá, meu irmão. Será que tu consegue ficar parado, Zema, tomando só tomando café e comendo pão de queijo? Não. Eh, eu sei que lá na empresa tem muito o que fazer, mas eh o meu projeto é ajudar o Brasil. Se for eleito, temos como ajudar muito. Se não for eleito, também vou tá ajudando o partido novo a crescer no Brasil. Nós temos crescido muito. Nenhum partido no Brasil, Igor, tem essa postura, esse posicionamento do novo te falar. Nós somos aqui aguerridos para combater a corrupção, para combater o nepotismo, para combater privilégio, por mais transparência, por mais gente competente, por ficha limpa. Nenhum outro tem esse posicionamento aguerrido. E isso faz uma diferença gigantesca. Então eu quero tá apoiando esse projeto que na minha opinião é o que o Brasil precisa. Não quero aqui, né, desconsiderar nenhum outro partido, mas nenhum tem um posicionamento tão firme quanto o novo tem com relação a esses itens que são fundamentais numa gestão pública séria e numa democracia. O que nós temos aqui no Brasil muitas vezes são partidos da conveniência. Ah, você vai me dar aqui um ministério, dois, eu vou votar com você. Ah, você vai me dar aqui essa estatal, vou caminhar com você. Conosco lá não tem isso não. Fala, nós queremos isso, queremos transparência, queremos sem nepotismo. Aí eu caminho com você. E isso tem um custo caro. Você entendeu, né? Então, nós sempre vamos ser um partido que não vai ser aquele grande partido com 50, 60 deputados, mas com 15 deputados lá na Câmara Federal, nós vamos fazer mais diferença do que um partido com 60, 70 deputados lá, porque nós somos críticos, nós somos atentos a questões que passam totalmente desapercebidas a outros partidos. Nós não somos tolerantes com muitas práticas que são comuns aí para outros partidos. Então, com 15 lá, nós fazemos esse país aqui avançar de forma significativa. Tá? Eh, bom, deve ter aqui algumas algumas perguntas pra gente aí, né? Então, tem cinco aí, Jean? Tem. Então, tá, então vamos começar. Vai lá. Esse café é cheiroso, hein, cara? Muito bom. É, esse aí é um dos melhores que nós temos lá. A mulher vai se amarrar. Ah, pode. Alguém me trupa mandou R$ 30. Zema, gostei da compra dos novos metros, mas não seria mais viável aumentar as estações até outras cidades, tipo Betim? O IPVA ser infinito e o ICMS de MG são problemas que poderiam ser melhorados? É bom, ele tá falando do metrô. É, o metrô nosso, depois de mais de 20 anos de políticos prometendo, tá tendo a construção da linha dois. Muitos políticos no passado, governador, soltaram o foguete, anunciaram a expansão da linha dois do metrô e eu que fui eleito sem prometer nada, vamos estar fazendo a linha dois. No momento nós já temos um projeto definido. A prefeita Marília de Contagem está pleiteando e provavelmente vai conseguir uma verba do BNDS para ter mais duas estações até e quase que o centro de Contagem. Então isso vai melhorar mais ainda esse projeto nosso. Então o metrô vai crescer e um estado que ainda tá, como eu falei, nessa dificuldade não tem tanta condição de investir, mas eu tenho certeza que à medida que o estado caminhar, meus sucessores vão levar esse projeto adiante. Já tô dando o passo, o grande passo aí, que é fazer a linha dois. E na história toda nós fizemos a linha um, agora num estado que ainda tem dificuldade, nós já estamos dando conta de fazer a linha dois, então por consequência vai vir mais linhas e mais estações aí. Entendi. Eh, dá lhe aí, Jean. Gabriel Moita mandou R$ 20 com relação às altas taxas de analfabetismo funcional do nosso país, como o senhor acha que devemos criar políticas públicas eficazes? e como devem ser aplicadas para reverter a situação pro futuro. Ó, coincidentemente, Igor, nesse ponto aí, na última semana ou duas semanas atrás, saiu um ranking da alfabetização e e muito orgulhosamente adivinha qual o estado que ficou em primeiro lugar e o que mais avançou. Bom, se você tá citando isso, adivinha? Minas Gerais. Então esse internauta que tá aí nos acompanhando, pode ter certeza se ele consultar aí o ranking do Ministério da Educação, ranking da alfabetização, o Estado de Minas foi o que mais, acho que nós estávamos na quinta, quarta posição, fomos pra primeira e o maior salto entre todos os estados. E o que nós temos feito lá, ô Igor, é deixar as escolas mais interessantes e atrativas. Essa meninada quer ir num prédio que tá bem conservado, que tá bonito e principalmente que tem uma boa merenda. Eu falo que o PT é muito hipócrita. Em 2018 o PT em Minas Gerais gastou com a merenda escolar 19.700.000. Tá lá no site, eu sei esse número de corpo, porque é um dos principais que eu gosto de memorizar. 19.700.000 com merenda escolar. Nós estamos gastando esse ano 490 milhões de 19700 para 490. Nós estamos falando que é mais de 23, 24 vezes mais do que o PT gastava. Antes era uma água com alguns grãozinhos de arroz que eles davam pras crianças lá. Um absurdo. Hoje todo dia tem carne, tem fruta, tem verdura, tem biscoito na hora do lanche com leite, com chocolate, etc. Então, uma mudança que faz com que eu eu possa dizer aqui com que a grande maioria das crianças hoje tem uma alimentação na escola muito melhor do que tem em casa. Porque quando eu vou no interior, nesses meus giros aí pelo interior, às vezes eu faço questão de almoçar em escola estadual e não fica devendo pra comida que eu como na minha casa, não, entendeu? A comida que a a moçada mais gosta é de strogonof. Tem lá eh muitas vezes o feijão tropeiro também, eh o a tilápia que o pessoal também gosta muito. Então hoje eu tenho orgulho de falar, tem esse fato isoladamente, Igor, já faz com que compense tudo que eu sofro como governador, porque eu melhorei a vida de 1.600.000 crianças e adolescentes no que diz respeito à merenda, que antes era uma porcaria. que o social dizia que fazia e que hoje eles criticam que é o governo dos ricos que está fazendo, entendeu? Mas quem é estudante em Minas Gerais sabe a diferença que isso fez na vida e isso faz a criança aí na escola. Boa, porque ela vai ter uma alimentação excelente. Reformamos 2300 prédios, muitos estavam desabando. Tinha banheiro lá em Minas Gerais. no governo anterior, que em vez das crianças usar o banheiro, ia no jardim fazer necessidade. Tamanha era precariedade do banheiro. Isso não existe mais. Ainda temos escolas para serem melhoradas, reformadas, mas a grande maioria passou por uma reformulação completa. E acho que isso tem a ver com a questão da alfabetização. E é lógico, né? Eh, nós temos também o principal fator em tudo isso é a figura da professora. Uhum. ela precisa est orientada, ela precisa tá eh prestando contas, ela precisa tá eh fazendo aquilo que as melhores práticas determinam. E nós temos caminhado nesse sentido. Agora, mudar eh a educação de um país é um processo lento, até porque nós estamos falando de 2 anos na pré-escola, 9 anos no ensino fundamental, 11, mais 3 anos no ensino médio, 14. Se você começar a fabricar um produto hoje, daqui 14 anos, ele tá pronto. E um dos problemas do do Brasil não avançar na educação, é que às vezes cada governo que entra mexe nesse processo. Você nunca sabe na hora que o produto tá pronto, né, o que que foi afetado por essas mudanças. Mas nós temos muitos bons exemplos aí no mundo. E outro orgulho que eu tenho lá para concluir aqui essa pergunta é o maior programa técnico profissional do Brasil, sem o Estado construir uma escola e sem precisar contratar uma pessoa. Sabe o que que nós fizemos lá? Hã? Em vez de construir escola e contratar a gente para dar o curso, nós falamos: “Você quer fazer um curso em eletrotécnica? Você quer fazer um curso enfermagem? Você quer fazer um curso em irrigação? Você quer fazer um curso em mineração? Procure uma escola, eu vou te dar a bolsa mais auxílio alimentação e auxílio transporte. Já formamos 80.000 jovens em escolas privadas particulares com esse auxílio e temos mais 70.000 estudando num estado que precisa de mão de obra. Eu te eu te falei no início que nós rompemos lá a barreira de 1 milhão de empregos com carteira assinada. Acho que nós já falamos tanto que eu tô começando a esquecer aqui já, né? Então é um estado que tá demandando mão de obra e boa parte tá sendo suprida por essa quantidade de jovens que nós estamos formando em cursos técnicos. Eu falo que a faculdade complementa a formação, mas ninguém para ser bem-sucedido precisa. Na minha carreira, é bom salientar, tem muito jovem aqui nos acompanhando, eu vi engenheiro desempregado ganhando pouco e vi mestre de obra ganhando muito mais. Aham. O que vale é a pessoa se aperfeiçoar naquilo que faz. Você entende? Se o sujeito tem um bom profissional naquilo que faz, às vezes ele vai ganhar mais do que quem procurou só o título. Sim. Sim. Um mestre de obra bom hoje continua ganhando mais do que um muitos engenheiros aí. É, é normal. Existe profissional ruim, tudo quanto é área, né? Exato. Um bom eletricista, a mesma coisa também. Você entendeu? Então, eh, eu falo assim, no Brasil, eu, eu não gosto de falar curso superior, eu gosto de falar curso universitário, porque quando fala superior parece que você tá falando que os outros são inferiores e e não existe isso para mim. Na minha empresa eu tive grandes talentos, pessoas que estiveram comigo lá décadas que não tinhaam um curso superior, curso universitário, né? É. Entendeu, né? E que contribuíram mais do que outros que chegaram: “Ó, eu tenho diploma, diploma ajuda, não sou contra, não tenho. Nunca te pendurei o meu na parede. Não é isso que muda a vida de ninguém, não atrapalha. Tem deixar claro, mas o que faz alguém avançar profissionalmente é a pessoa falar: “Eu vou ser bom nisso que eu faço, qualquer que seja a profissão”. E é o você aqui, você estuda todo dia, você se atualiza, não é isso? Você procura ver lá fora o que que tá acontecendo. Tem que ser, né? Senão fica para trás. Vai lá, Ginzão. Rinaldo Reis mandou R$ 20. Boa noite, Zema. Parabéns pelo excelente trabalho que vem fazendo em MG. Como você avalia as críticas feitas pelo Amoedo aos rumos que o Novo tomou? O Amoedo fundou o novo, ele tem todo esse mérito que eu reconheço e ele foi alguém que realmente teve um papel decisivo. O novo hoje tem mudado Minas Gerais, tem mudado Joinville, que foi o primeiro prefeito que nós elegemos há 5 anos atrás e tá mudando muitas cidades devido a esse projeto original. Mas, infelizmente, na trajetória do Novo, ele acabou sendo um fator meio que desagregador e o partido optou, principalmente os mandatários, por mudanças. Uhum. E eh então ele teve o mérito dele, eu reconheço, teve a contribuição dele, acho que como todos nós em algum período de alguns projetos temos, mas foi naquele ciclo ali, em determinado momento, eh, a pessoa dele, as ações deles começaram mais a prejudicar do que contribuir com o projeto. Então, hoje o partido está sobiro, que eu admiro muito, me dou muito bem com ele, que escuta os mandatários e que tem feito o partido crescer e vai fazer crescer muito na próxima eleição. Então, acredito muito no projeto do novo. Pô, eh, tem mais aí, né? Tem mais. Então vai. Camille mandou R$ 20. Se Minas Gerais está nos trilhos, por que o senhor continua deixando os órgãos ambientais às mínguas? Defasagem de 400 servidores, 83% de perdas inflacionárias. Bom, nós temos de lembrar que nós temos lá Igor e quem está nos perguntando qual que eu não lembrei aqui o nome. Tudo bem, é que nós temos sempre reclamações de defasagem de quadro. Mas eu estou bastante acostumado a lidar com isso. Quando eu tava na empresa, 470 unidades, loja, todo gerente queria mais alguém para trabalhar, né? Mas tanto no setor privado quanto na no setor público, muitas vezes você tem de trabalhar de acordo com o recurso que você tem. Eu gostaria que fosse lá na minha casa todo dia uma empregada, mas a que vai lá vai duas vezes por semana. Eu queria ter alguém lá que eh lustrasse os móveis também para eles ficarem mais bonitos, apesar de não ter nada de luxo lá na minha casa. Então, acho que tem hora que a situação se impõe aos nossos desejos. Eu sou muito realista. Nós temos reclamações praticamente em todas as secretarias. Todas gostariam de ter melhores computadores, gostariam de ter mais veículos, diversos outros equipamentos, mas igual o pai, cujo filho quer ter um carro e não tem dinheiro. Como é que você vai fazer? Você vai vender a casa para comprar o carro, né? Eu acho que não é recomendável, não. Então nós temos ainda limitações orçamentárias em Minas Gerais e o estado ainda vai conviver com isso por um tempo, como muitos estados já convivem no Brasil. Uhum. Vai. Cleiton Gustavo mandou Rais. Governador, por qual motivo o senhor aumentou o próprio salário em 300%? E após a vitória do Lula em 2026, como a direita vai se comportar? Um abraço. Essa é a grande pergunta, né? A oposição adora essa pergunta, ama. Mas lá, ô Igor, nós tínhamos secretário de estado, vamos pegar o secretário de educação de Minas Gerais, ele recebia menos do que qualquer secretário de educação de uma cidade de 2.000 habitantes. Ele que dirige, tem na secretaria dele 200.000 pessoas. 200.000 pessoas trabalhando. Você consegue atrair gente para ser secretário do estado ganhando menos do que um secretário municipal que às vezes tem 30 pessoas trabalhando na equipe dele. É igual um exército. É como se ali o tenente, o sargento, ganhasse mais que o general. Não sei se existe isso no mundo. Lá em Minas existia. E eu fui o único que teve coragem de corrigir isso, porque se eu não fizesse isso, eu ia ficar sem secretário. E para corrigir o salário do secretário, tem de corrigir o do governador. Você entendeu? Agora eu quero lembrar aqui para todo mundo que desde que eu fui eleito governador, eu tenho doado o meu salário. Então, para mim, se o salário é um, é 10, é 50 ou 100, não faz diferença, não. E tu doa para quem? Oi? Tu doa para quem? Majoritariamente eu doei no primeiro mandato pras APAs. Primeiro mandato doei 100% praticamente pras APAIS do interior de Minas Gerais. Todo mês dividia lá o salário, mandava para uma, paraa outra. E e agora eh, eu tô doando, eu não vou me recordar o nome aqui para uma instituição, eh, que vai fazer eh tratamento oftalmológico, que eh tá adquirindo um microibus consultório que percorre o interior do Brasil todo, mas como eu sou governador de Minas, eles vão fazer um trabalho no interior de Minas, operando pessoas que têm algum problema de vista. primeiro fazendo a consulta e depois operando. Mas eh eles estão comprando o ônibus e eu não não gosto muito de ficar divulgando, não. Acho que quando a gente faz o bem, a gente faz porque quer e não para poder tá mostrando, se vangloriando, entendeu? Mas eh essa questão eles falam, mas eu falo o seguinte, hoje, ô Igor, nenhum secretário nosso tá ganhando acima da média de outros estados, nem o governador. Você tá entendendo? ganha acima. Eh, eles adoram eh colocar isso porque o meu governo não tem corrupção, não tem escandalo, é um governo austero. Agora, ninguém critica o governador que tinha 32 empregadas que o estado pagava. Quanto que custa 32 empregadas? Eu acho que custa algumas vezes ao que eu recebo hoje que dou. Você entendeu? Então você vê que como as coisas ficam distorcidas, mas acho que quem tá nos acompanhando aqui não é bobo para cair nessa mais não. Um governador que além disso andava de helicóptero todos os dias para ir e voltar ao trabalho. Eu vou e volto de carro. Então acho que fica claro aí a minha postura, né? Dou transparência a tudo que faço. Nunca uma aeronave foi buscar levar filho meu, como acontecia no passado, tá entendendo? Então acho que eh quando não tem o que criticar, fica procurando cabelo em casca de ovo, né? Entendi. Bom, Governador Romeu Zema Neto, muito obrigado por vir aí. Obrigado pelo teu tempo. Eh, você quer falar mais alguma coisa? Se quiser, aquela letra. Não, aqui, ó, eu tava esquecendo. Dicionário do Mineir, aí sim, hein? Tá para você aprender algumas expressões que é são usadas. Mandongado, aquele que é avacalhado, sujeito atrapalhado. Tá. Lambicar. Que que é lambicar? Beijar na boca. É, ó. Ah, o cara que tá na capa, esse é fácil, né? Emagreceu a pessoa ou animal que emagreceu demais. Por exemplo, você viu o Steven, o Stevan Gaipo, ele tá na capa. Tadinho doc. Eu sou entender, né? Tão de coisa. Tchau para você. Eu gostei, cara. Legal. Obrigado. Depois você diverte aí, tá? Valeu. E bom, para te encontrar nas redes sociais, só procurar pro Romeu Zema, eu suponho. É Romeu Zema oficial. Tô lá nas redes sociais. Eh, e acho que você viu aqui que é um trabalho simples. Eu falo que o o o quem trabalha no setor público é um manancial de oportunidades. Ninguém precisa ser gênio para ter bom resultado, porque o mato é muito alto. Então, qualquer foice Serga faz um belo trabalho. E se você manter as raposas longe do galinheiro, você já tá fazendo algo extraordinário, porque o que não falta é raposa para invadir o galinheiro, entendeu? Então, lá em Minas, como é uma gestão séria, as raposas acham que estão ficando cientes que elas não vão entrar no galinheiro e o mato era muito alto. Nós estamos conseguindo aí avançar e eu fico muito satisfeito de estar contribuindo. E lá nós mostramos em Minas, ô Igor, que é possível tirar o Titanic do fundo do mar e fazer ele navegar de novo, porque quem estava lá em Minas em 2017,1 viu a tragédia que era o estado naquela época lá. E provamos que é possível consertar os erros do PT, as tragédias que o PT cometeu em Minas Gerais. Tanto é que em 22 eles nem lançaram candidato a governador. Entendi. Entendeu? Eh, acho que vão ficar um bom tempo sem lançar para ficar porque eu acho que dá vergonha, né, você lançar e ter lá não sei quantos por centos, né? Melhor às vezes nem lançar, porque lá a tragédia foi grande. Infelizmente o Brasil tá vivendo isso agora de novo, né? Eu falo que esses números bons da economia que o presidente fala com a boca cheia são números que tem tem de ser visto com muita reserva. A economia brasileira tá crescendo via anolizante. Você sabe o que que é anabolizante? É o sujeito que vai ficar bombadão, fortão, bonitão. Daqui a pouco tempo ele tá com problema renal, hepático, de impotência, cardíaco e por aí vai. O que a Dilma fez foi exatamente isso. Cresceu, cresceu, falou que tava tudo bem, veio a maior recessão da história e agora mesmo nós vamos ter aí o resultado desse crescimento anabolizado da economia brasileira. Não vai demorar, não é sustentável. Nenhum país do mundo deu certo com taxa de juros de 15% para mais, que é o que tá acontecendo no Brasil. Nenhum. Talvez eles acham que consigam aqui. Parece que aqui a visão deles é o seguinte. No mundo, no mundo todo deu errado, mas nós vamos fazer dar certo aqui no Brasil. Acho que nenhum médico pensa desse jeito, senão todo dia tava matando alguém. Você concorda? todo dia aqui parece que o PT pensa assim, no mundo inteiro deu errado, mas aqui nós vamos fazer dar certo. E não vai dar certo não. Nós não somos diferentes do resto do mundo. Então nós temos aí eh prova lá em Minas Gerais de que é possível fazer diferentes. É uma política diferente. Chame aí 1000 políticos para vir aqui e pergunte para eles quantos não tem nenhum parente trabalhando na prefeitura, no governo. Quantos não tem nenhum protegido amigo trabalhando? Acho que serão pouquíssimos, mas é nisso que eu acredito. É levar seriedade pro setor público, é levar gente competente, é levar método de trabalho, metas. Todo secretário meu tem meta, sai correndo o dia todo. Eu te falei que eu tô no interior sempre. Meus secretários, a mesma coisa. O que eu faço, eu cobro da equipe. Então, acho que a gente precisa hoje no setor público mais de gestores do que de político. A política tem o seu lugar, mas acho que o lugar por excelência da política é no legislativo. Poder executivo, como o próprio nome já fala, precisa de execução e parece que tem interferência demais da politicagem que acaba atrapalhando. Então o executivo precisa de gestão e muitas vezes fica lá e distribuindo favor. Então eu acredito no Brasil. O Brasil já superou dois grandes mega problemas que nós tínhamos. É bom lembrar aqui a hiperinflação. Eu vivi, eu acho que você era muito criança, não lembro. É, eu vivi hiper, fazia duas listas de preço por semana, 80% de inflação, superamos. Eu lembro de uns comerciais da Casa e Vídeo, na época eu sou do Rio, né? E aí tinha uma loja lá que era casa e vídeo que vendia eletrodoméstico, essas paradas com que eles vendiam parcelado com apenas 50% de juros ao mês. Exato. Apenas um televisor R$ 2.300.000. Era desse jeito. Aí eu peguei cruzeiros. Cruzeiros. Isso. Cruzeiros. Nós resolvemos a questão da hiperinflação. Agora, adivinha qual partido votou contra o Plano Real? Você deve saber. O único partido que votou contra PT. Parece que eles gostam de deixar o problema perdurar. E depois conquistamos também em 95, com a mudança legal que o FHC fez, esse mérito é dele, de atrair investimentos estrangeiros, o país começou a criar reservas e hoje nós somos um país, de certa maneira protegido contra contra interpes aí no mercado internacional. Se tiver uma crise financeira internacional, o Brasil não vai sofrer como já sofreu no passado. Aí fica sem dólar, uma, o país não consegue eh ter reservas, etc. Então, hoje o Brasil, diferente da Argentina, é um país que tem um colchão de aproximadamente 350 bilhões de dólares, coisa que não acontecia. Eh, enquanto eu administrava a empresa, ô Igor, nós tínhamos lá endividamento em dólar. Teve algumas vezes que o dólar hoje era um, a semana que vem era dois. A dívida dobrou a dívida. Pensa bem, alguém que tá pagando a prestação de um carro hoje de R$ 1.000 por mês, o mês que vem vai para 2.000. Era isso que acontecia, tá entendendo? Dívida em dólar, você às vezes quase quebrava a empresa devido a esse problema. Então, o Brasil ficou livre. que o que o Brasil precisa hoje é diminuir a gastança do governo federal, que o PT fala, gastar é viver, gastar é vida, né? A frase lá que eles usam, gastar irresponsavelmente é gasolina na fogueira da inflação e dos juros altos. Isso sim. Então, precisamos estar resolvendo isso e e e sou otimista, confiante que o Brasil ainda vai resolver, não com esse governo aí que tem essa visão. Quem já superou tragédias maiores, com certeza vai superar essa aí. Amém. Então, eu espero que o brasileiro um dia e eu não comentei aqui, eu fui em El Salvador 3s meses atrás para ver questão de segurança pública lá. é o único caso de país no mundo que reduziu a taxa de homicídios em mais de 99% em 3 anos. O único, acho que não existe outro na história. E lá 300.000 mil salvadorenhos que moravam em outros países voltaram pro país, porque todo mundo fugia de lá por causa da bandidagem, da violência que impede inclusive o desenvolvimento. Então eu espero que aqui no Brasil a gente tenha um país que o brasileiro, em vez de procurar oportunidade fora, comece a ficar aqui e que aqueles que foram até volte para cá. No dia que tiver um governo sédio, um governo responsável aqui, que gere oportunidades e não que distribua favores, com toda a certeza nós vamos assistir orgulhosamente aquilo que trouxe a minha família pro Brasil. Eles vieram para cá porque aqui era melhor do que na Itália. Trabalhar aqui substituindo escravo era melhor do que na Itália. Tô falando que seria isso não, né? Que hoje o mundo mudou muito, mas eh nós temos condição de fazer. Tem tudo para dar certo. Nós não temos aqui terremoto, não temos furacão, nós temos é político ruim aqui e é isso que a gente precisa mudar. É isso. Bom, Zema, muito obrigado aí pela tua presença mais uma vez. Obrigado vocês que assistiram. A gente vai deixar aqui no comentário fixado as redes sociais do Zema para você encontrar com facilidade, tá bom? E bom, se inscreve aí também, dá o like aqui nesse vídeo, muito importante, e comenta aí que que dá pr os caras comentar hoje aí. Comenta aí. Deixa eu ver aqui, ó. Calma aí que eu vou escolher uma aqui. Comenta aí, eh, Moiô. Não, moiô não. Moiô é coisa ruim, né? Deu errado. Não, melhor não. Vamos por eh Mundarel, tá? Comenta aí, Mundarel, se você ficou até aqui, pra gente saber se tu é para levantar a vibe aí do do da dos comentários, tá? Mais uma vez, obrigado e a gente se vê amanhã, tá bom? Até lá. Tchau.