2 Dias Velejando em Alto Mar – Minha Travessia Épica até Fernando de Noronha

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Foram quase dois dias navegando em mar aberto, mais de 500 km entre João Pessoa e a fantástica ilha de Fernando de Noronha. Mas essa travessia foi muito mais do que uma simples jornada pelo oceano. Foi um mergulho profundo e uma experiência transformadora. [Música] Entre o dourado dos poros do sol e o brilho prateado da lua cheia, o veneniro seguia em seu caminho. Um convite à desconexão do mundo e a entrega total ao silêncio, à imensidão e ao pulsar do oceano. uma travessia épica, onde o horizonte se torna o limite entre o real e o sublíme. [Música] [Música] Aí, Marco, esse é o capitão aí que vai levar a gente nessa aventura. Você aqui, cara. Estamos quase pronto. Tá quase pronto pra gente sair. Isso aíó. Estamos estamos aqui juntos, prestes a entrar nessa aventura. Isso aí. Vamos embora. Noronha. Noronha que nos espere. Tem um espaço bem legal aqui. O pessoal que tem os barcos parado na marina pode usar este lugar aqui. [Música] E aí os barcos ficam parados ali, ó. Tem esse trapicha aqui e tem aquele outro lá, ó. E o nome é Marina Jacaré Village, ó. [Música] Esse é o Marco, é o cara que vai nos levar até Fernando de Noronha. Marco, eu tenho algumas perguntas para você, porque eu sei que nos próximos dias a gente vai est aí numa jornada até Fernando de Noronha. Acho que a primeira coisa gostaria de saber quanto tempo, quantas noites vão passar no no barco, né? Oi, Hugo. Então, essa saída saída de João Pessoa aqui em Cabedelo é um ponto muito próximo. A gente vai passar uma noite no total do percurso 36 horas. E essa é uma, eu sempre faço essa viagem e escolho fazer nas noites de lua cheia. Uhum. Porque, pô, a gente tem toda a visão do mar, cara. É um escrau muito bom, todo mundo curtindo ali e conversando, cara. perde até o sono tamanho dessa lua que está. Eh, são cinco tripulantes eu, o capitão do barco, eu sempre faço essa viagem com seis pessoas no barco. Então, ó, para quem tiver interesse de fazer essa essa travessia, entra em contato com o Marco. Hugo, é uma viagem para proporcionar uma experiência na vida da pessoa, então não precisa ter conhecimento. É, e esse básico do conhecimento eu vou passar porque eu vou pedir para que cada um faça seu turno e durante o seu turno tome conta do barco, acompanhe a questão das nuvens, do vento, dos eletrônicos, equipamentos do barco estão funcionando. É como uma viagem de avião, cara. Sim, né? O barco vai praticamente sozinho. Você tem que só monitorar o que tá acontecendo. Então é isso, gente. Estamos prestes a começar essa travessia. Eu nunca estive em Noronha. Vai ser a minha primeira vez e vai ser a primeira vez assim chegando de veleiro. Então vai ser especial. Lua cheia, tudo de bom, tem tudo para ser perfeito, gente. É uma experiência incrível chegar em Noronha velejando. É uma experiência muito bacana, cara. E a viagem, né, em si de da da daqui do continente, a Noronha, cara, passa tanta coisa na tua cabeça, vai ver quanto como nós somos pequenos nesse universo no meio daquele oceano, cara, que é longe, tá? A gente sai aqui às vezes sem noção do qual distância a gente vai percorrer, mas falar em 500, em 300 milhas, cara, são 600 km. 600 km. É muito longe, cara. [Música] Aqui estamos no veleiro Labadi. [Música] É isso, meus amigos. Estou aqui caminhando até o barco, o veleiro labadi que se chama. Pera aí, mano, que eu vou te ajudar. Enrolando o lindo pô do sol. Olha só que linda. Já já estamos nos preparativos aqui, né, para zarpar hoje à noite. E aqui, ó, esses veleiros tudo aqui. Maioria de gringo, cara. Muito francês, alemão, tudo parado aqui em João Pessoa por vários motivos, né? E esse aqui é o veleiro Labadi que a gente vai até Noronha. [Música] E será incrível porque tá o tempo tá muito bonito. Com certeza a gente vai pegar também uma lua cheia nesse caminho, né, cara? E serão muitos aprendizados, né? Primeira vez para mim velejando assim uma distância longa, que para mim é longa, né? Vou prender muito. Quem sabe a gente também consegue pescar alguns peixes no caminho, né? Já fiz compras também, tá tudo organizado aqui, minhas compras, minhas comidas, não só pro passeio, mas também para quando chegar em Noronha. Serão quatro dias em Noroonha, então é muito cara a comida lá e eu já estou preparado para poder cozinhar minha própria comida. Mas de qualquer maneira vai ser uma aventura essa essa viagem, né, cara? Porque está num está em alto mar, num raio de quilômetros e não ter mais nada, somente você e os outras pessoas desse barco, entendeu? É incrível. Eh, então aqui no veleiro nós temos três cabines. Aí temos aqui um banheiro também, mas com barco pô também na para todos os lados. Tem esse sofá aqui, ó, que também acomoda duas pessoas e e é disputado. Todo mundo quer ficar aqui, né? Porque fica no meio de tudo que tá acontecendo, perto da cozinha, entre o banheiro, tem fogão com estufa, uma geladeira também, água quente e água fria. E e para essa noite tem previsão de muito vento? A previsão tá maravilhosa, cara. A previsão tá muito boa. Vai ser uma viagem muito tranquila. Que bom. Eu achei vento calmo, sem chuva. Então é isso, gente. Logo logo partiremos e logo logo chega também os outros tribulantes. Estaremos em seis pessoas. É isso aí, galera. Logo logo sairemos. [Música] [Música] Já estamos nos preparativos aqui para zarpar, para começar essa aventura. E já são quase 10 da noite. Eu não tenho problema. me enjoar enjoar com as viagens de de veleiro, mas para garantir eu tomei um remedinho. E esse aqui é o Marco Vinícius, né, Vivi, né? Já já apelidamos ele de Vivi para não confundir com o Marco Capitão, né? Mas é que o Marco Capitão, vou chamar ele de capitão daqui a pouco. Você é da onde, Vinícius? Tá do Rio, do Rio de Janeiro. Masso. Tamamos junto. [Música] É isso, gente. Agora estamos nos distanciando do deck. Agora pisar em terra só quando chegar em Fernando Noronha. [Música] [Música] [Música] Estamos movendo o barco com o motor porque a gente tá saindo ainda do rio, do rio Paraíba e assim que a gente chegar em alto mar, aí a gente vai levantar as velas. E olha lá o tamanho da lua. Lua brilhando. Amanhã é lua cheia. Bom, hoje já tá meio cheio, né? Amanhã é o principal, dia mais cheio e a gente tem que tomar muito cuidado porque a maré tá bem baixa para não raspar na no fundo do rio, né? Diz que tá apenas 1,5 m só essa parte do rio. Nossa tripulante. Mais uma aqui. Onde você vem, cara? De Goiânia, Goiás. Ó a nossa tripulação. Tem até a Goiana aqui, ó. Ah, tá em pé. E a Susana, Rosana. Hosana do Rio de Janeiro. Do Rio de Janeiro também. E o Raul Campina Grande, Paraíba. Aí essa é essa é a nossa tripulação aqui, nosso time para Fernando de Noronha. [Música] Ali tem algumas luzes piscando, ó. Aquilo ali é a boia sinalizando que tem uma rede de pesca, cara. E tem vá, tem várias por ali, ó. Tá meio perigoso navegar essa hora por causa disso. E agora eu estou na ponta, bem na ponta aqui do veleiro, checando se não tem nenhuma boia por aqui, né, para enroscar nessas redes de pesca. Aí ele já me falou se tiver alguma boia, avisar ele, porque às vezes tem alguma boia sem luz, né, e a gente não consegue ver. E agora a gente viu que tem aqui, ó, estamos cercado de de rede de pesca por aqui, ó. Os pescador estão tirando a rede de trás ali, ó. Puxando a rede. E não parece ter muito peixe, não. Tô vendo a rede vazia. Tá pegando muito peixe aí. É, tá vazio, né? Estamos passando agora na frente do porto. Coiso de cabedelo. Eu sei. Parou. Eu acho que tá um pouquinho para cá. Aí, ó. Vai, bora. Venta. E agora levantaram a vela. Finalmente vamos ser guiados pelo vento. [Música] [Música] [Música] E nesse momento estamos finalmente saindo do rio. Aqui é exatamente a entrada, a junção do rio Paraíba com o mar. [Música] [Música] E agora subiu a outra vela. Tem duas velas agora. [Música] [Música] Meiaoite:30. O mar está bem agitado. Dá uma olhada nisso, cara. É bem difícil até de se movimentar no barco. Ele fica de lado o tempo todo. A noite tá linda. Eu tentei gravar lá em cima, mas o é tanto vento que o áudio não não o vento não permite gravar o áudio. Mas eu queria dizer que tá rolando um vento muito forte e o mar tá bem agitado. E aí a gente pega algumas ondas de frente e começa a subir a onda como se tivesse subindo uma montanha e depois desce elas assim. Eu nunca tinha velejado num mar tão agitado assim. E é difícil se movimentar pelo barco também. Tem que ficar se segurando. E aqui é onde eu vou dormir agora. Vou tirar um cochila. Vou deitar um pouco. Tô cansado. Ai. Ai. Bom dia, meus amigos. Demorei para dormir noite passada, mas no geral dormi bem. E aí, capitão? Ah, eu dormi bem para caramba, cara. Apaguei. Já são 7:30 da manhã e já percorremos 8 horas de viagem. Bom dia, Ja. [Música] Você vai ficar aí enrolar isso aqui, ó. [Música] Tá, eu vou fogar o de carro, tá? [Música] E a gente deu uma soltada na vela menor de lá da frente para que o barco fique mais para que o barco fique mais estável. O mar tá bom. Para mim tá muito agitado, né? A água tá bem mais azul agora. Quanto mais o tempo avança, mais o continente fica para trás e mais nos integramos a imensidão do oceano. É nesse silêncio profundo entre o vento e as ondas que percebemos a verdadeira dimensão da nossa existência. O veleiro antes protagonista agora é apenas um ponto minúsculo perdido no azul infinito. E nós que nele seguimos somos convidados a sentir o que raramente sentimos em terra firme. A humildade diante da grandeza, a paz diante do desconhecido e a beleza de simplesmente pertencer ao má. [Música] Já são quase meio-dia Estamos em Alto Marca, muito longe de qualquer terra, qualquer forma continental. O mar deu uma acalmada agora, mas venda continua para mim, né? Eu sempre repito, para mim continua agitado, porque de acordo com o capitão, isso aqui não é nada. Eu estou aqui quase na ponta do veleiro. Aqui é a parte que mais balança, cara. E até agora não senti nem um pouco enjoado. Tô de boa. Não sei se é porque eu já me acostumei um alguns anos atrás já trabalhei embarcado num num barco. Talvez pode ser isso. Umas ondulações muito grandes de água. Olha isso. Eu me sinto às vezes como se tivesse subindo montanhas e descendo montanhas. É incrível isso. Que massa essa parte aqui, cara. É muito legal ficar nessa parte. Um vento gostoso e balança para caramba. Uhu! Fora os banhos que a gente toma aqui, né? [Música] [Música] [Música] 1:30 da tarde, o mar ainda continua azul, não tem muito o que fazer, apenas dormir, acordar, comer. Acostumado a pescar ou é armadura? Aí tá bom. Oi. Esse barco sempre inclinado a esquerda e hoje já noite promete lua cheia, né? Hoje é o dia principal da lua cheia. Eu não vejo a hora de ver aquela lua gigante nascendo no horizonte. [Música] A sensação de liberdade começa a dominar a jornada. Aqui, isolados do mundo e sem conexão com a internet, o tempo parece desacelerar. Asiedade causada pelo excesso de estímulos desaparece e o silêncio do oceano se transforma em uma espécie de meditação inconsciente. É nesse estado de presença que compreendemos de forma quase instinta a nossa verdadeira integração com a natureza. Ao perdermos a conexão com as redes sociais, ganhamos algo muito mais profundo, a conexão com o mundo natural. com o vento, com o mar e sobretudo com nós mesmos. Uh! [Música] [Música] Agora vamos jogar a isca no mar para ver se pega algum peixe. Capitão, que que você tá colocando de isca aí? É, aqui tem uma lula artificial. Ah, não é de Não é artificial. É uma lula artificial e eu dou uma revitalizada nela usando um balão de festa. Mas que peixe que você tá pensando em pegar? Que você poderia tá pegando aqui? É, a gente pega aqui é cavala, barracuda. Aham. São peixe grande. Ó o tamanho do É grande mesmo o negócio, hein? Dá, vai tá para comer. Não, vai dar para fazer um sushi aí com dois peixinhos e só pegando a carne nobre, né? Porque a gente joga o resto de fora. Se pegarmos um peixe, vai ser sushi pro almoço. Qual a quantidade de peixe que a gente tem? Almoço, janté amanhã vai ser sushi. A gente bota esse balão de fecha branquinho que funciona como atrator. O peixe fica curioso em ver essas essas manch as as borrachinha branca, né, vibrando. Aham. Como se fosse tentáculo da Lula. Sim. Bom, esperamos que dê resultado. Hã, vai jogou. Agora só esperar o prato principal para embarcar ele. Grande de peixe Aham. Cadê? Pegou, pegou, pegou. que a pegou mesmo. Já vi o peixe fulano lá. Azulzão bonito. Ele tá com peixe. Pegou, pegou. Ah, soltou demais aí. O peixe acabou soltando, cara. Soltou. Já temos um arroz pronto. [Música] Salada. Arroz. Um arrozão aí. Ah, é arroz. É arroz. Ah, eu vou comer com atum. Então, já temos uma um picadinho de carne. Uhum. [Música] Tá feito aí, ó. Picadinho, arroz, salada. Nossa. E então presenciamos um dos momentos mais extraordinários de toda a travessia. De repente, o mar ao nosso redor ganhou vida. Um imenso cardume de golfinhas surgiu, deslizando sobre as ondas com graça e harmonia. Eles acompanhavam o veleiro como se nos convidassem a fazer parte de seu mundo, a integrar sua dança silenciosa nas profundezas do oceano. Moviam-se em perfeita sincronia, como se o próprio mar respirasse através deles. Naquele instante não éramos mais apenas viajantes cruzando o oceano, éramos parte dele. Tem vários golfinhos acompanhando o veleiro, cara. Coisa mais linda. Tem meu, tem três desse lado, três do outro lado, mais dois na frente. São vários golfinhos. เฮ [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] Que sensação incrível, cara, que está no meio desse marzão aqui e a gente olha pro horizonte, só se vê água. É uma sensação meio estranha. É um pouco de medo de saber que num raio de quilômetros e quilômetros tem água. Incrível isso. [Música] Aqui se vê a imensidão desse mar. [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] depois. [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] E hora de dormir novamente. Hoje vou dormir mais cedo. Acho que deve ser umas 6 horas ainda, cara. Mas já tô cansado. São 3 da manhã agora. Ah, foi daí foi consegui mais dormir. Aí eu vim aqui para fora dar uma olhada. Cara, essa rua tá linda, tudo claro aqui. Parece até dia. Estamos passando bem perto de um navio gigantesco, cara. Navio contêiner. São acho que 7:30 da manhã, mais um dia em alto mar, mas hoje a gente chega. [Música] 9:30 da manhã agora. Segundo o capitão, a gente vai chegar em torno da 1 da tarde. A gente sabe mais ou menos a hora que vai chegar, porque no final tudo depende do vento, né? Mas a nossa sorte, o vento tá bom. Viagem inteira foi um mar bem agitado, mas o bom é que eu não passei mal nenhum momento. Que bom tá dando tudo certo. [Música] [Música] chegar se a gente consegue ver lá no horizonte a ilha, a ilha já abrindo lá no horizonte. E apesar de a gente já conseguir ver ela lá, segundo o capitão, ainda vai demorar 2 horas para chegar, cara. Não parece, mas tá longe. [Música] Terra à vista. Olha que parada. [Música] E a gente tá dando a volta pela lateral esquerda da ilha para chegar até o porto de Santo Antônio. E passando aqui na lateral da ilha, a gente consegue ver esse lado, né, que é um lado meio que inabitado, muito interessante para cá também. [Música] Sanch esse é essa Olha [Música] [Música] chamando [Música] lá. [Música] [Música] [Música] [Música] Baixando as velas. [Música] Esse foi o rugido do leão. A água quando entra ali faz esse barulho. Estamos tentando ancorar o veleiro aqui. [Música] [Música] Finalmente em terra firme. Aí isso aí, Marquinho. E aí, Vinícius? Terra firme, finalmente. E eu tô me sentindo meio tonto agora que eu pisei em terra firme, eu tô tô meio tonto aqui, cara. Esse pia tá balançando, né? É, tá a impressão que o chão tá balançando agora. [Música] [Música] [Música] [Música]

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